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O Tempo Quotidiano

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Almada Negreiros

Almada Negreiros

Que é o tempo?

Esta pergunta tem intrigado estudiosos, matemáticos, físicos, filósofos e curiosos ao longo da história da humanidade. Dificilmente se irá chegar a um consenso sobre a definição absoluta e definitiva do que é o tempo, porque ele é para a ciência um valor absoluto e imprescindível, e para o ser humano apenas um evento psicológico, apenas uma sensação derivada da transição de um movimento.

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Muito pode ser dito sobre o tempo, mas o que importa aqui salientar é o tempo quotidiano de cada individuo. A forma como cada um interpreta o seu próprio tempo.

Com certeza que já todos viveram momentos em que horas pareceram segundos, e outros em que segundos pareceram horas.

O tempo corre de uma maneira fluida e constante para todos os seres vivos. Quando o que se está a viver é do nosso agrado, cria-se um magnetismo positivo que eleva os níveis de energia e vibração espiritual. Níveis esses que geram uma espécie de força que se irá adicionar ao tempo, acelerando-o, fazendo uma distorção espaço tem- poral que nos leva crer que o tempo passou mais rápido que o normal.

Por outro lado, quando o que se está a viver não é do nosso agrado, cria-se um magnetismo negativo que baixa os níveis de energia e vibração espiritual. Níveis esses que geram também uma espécie de força, desta vez negativa, que se irá opor ao tempo, desacelerando-o, fazendo a mesma distorção espaço temporal, mas ao contrário, levando-nos a crer que o tempo está a demorar mais a passar.

Convido-vos a fazer um exercício. Peço-vos que fechem os olhos e que imaginem um rio. O caudal de água que corre no estuário do rio é constante para todos aqueles que o observam, podendo assim ser equiparado ao tempo cotidiano que é comum a todos os seres vivos. Imagine-se agora que pretendem atravessar esse mesmo rio. Quando se encontram junto ao local onde as margens do rio estão mais próximas, como o caudal do rio é constante, podem constatar que a velocidade da água é superior à do restante estuário. Já quando se encontram numa zona onde o rio sofre um aumento da distância entre as suas margens, observam uma redução na velocidade de deslocação da água. Ou seja, quando o nosso ponto focal ou, se quiserem, o objetivo, está próximo, seja ele o quer que seja, tangível ou intangível, físico ou psicológico, a perceção que temos do tempo é que corre mais rápido, tal como a água de um rio onde as margens estão próximas. O contrário também se verifica. Quando o nosso ponto focal se encontra mais afastado, ou seja, mais difícil de atingir, a perceção que temos do tempo é que corre de forma mais lenta, tal como a água de um rio onde as margens estão mais afastadas.

Esta é também a experiência das viagens, desde os nossos antepassados no tempo dos descobrimentos, até às viagens simbólicas que fazemos na passagem para o segundo grau, Grau de Companheiro. Reparem que a experiência adquirida em cada viagem torna menos difícil as seguintes.

À medida que as viagens se tornam menos penosas, a mente fica mais disponível para apreciar e se dedicar a outras matérias que não a do trajeto da viagem propriamente dito.

A primeira viagem do ritual de passagem para o segundo grau incide sobre os sentidos. É a primeira viagem e o desconforto é total. Não conhecemos o território. Estamos alerta. Objetivo muito difícil de atingir. Margens do rio muito afastadas. A segunda viagem, é dedicada à Arquitetura. A terceira viagem é dedicada às artes, à matemática à astronomia, a quarta à filosofia e a quinta, como uma compilação das anteriores, simboliza a liberdade, que tanto pode ser um elemento da natureza (Margens do rio próximas e fáceis de atravessar) como uma condição intrínseca do homem ou um estado emocional, ou seja, o caminho já não é desconhecido. Existe a perceção de que o objetivo é mais fácil de atingir. Já é possível ter disponibilidade física e mental para observar a forma de tudo o que nos rodeia. Com isto, a perceção do tempo decorrido em cada viagem altera-se, tornando a viagem, em perspetiva, menos dolorosa e, por consequência, menos morosa.

Termino com uma frase do ilustre Albert Einstein:

“O tempo é uma ilusão. A distinção entre passado, presente e futuro não passa de uma firme e persistente ilusão.”

O que é o tempo?

É algo que não é palpável, é algo que é de todos e que não é de ninguém.

Todos possuem o seu tempo mas ninguém é dono do tempo.

É algo que todos sabem que têm, mas que ninguém sabe o quanto. É algo que o rico não pode comprar e que o pobre não pode vender.

O tempo é dinheiro, é unidade de medida. O tempo é ação, é movimento, é aceleração... o tempo é tudo. Tudo depende do tempo.

O tempo é relativo. Quantificamos a distância entre dois pontos em tempo e não em metros nem quilómetros. Confusos Meus Queridos Irmãos? Estou certo que sempre que alguém se desloca de um ponto para outro, não pensa na distância física que vai ter que percorrer, mas sim, no tempo que vai demorar a percorrer essa mesma distância. Quando alguém apanha, por exemplo, um autocarro, um comboio ou até mesmo um avião, não quer saber a que distância fica o destino, mas sim, quanto tempo demora até o alcançar. O tempo é sem dúvida a unidade mais importante das nossas vidas.

Só no dia de hoje, quantas vezes já disseram a palavra tempo?

Não tenho tempo! Tenho pouco tempo! Daqui a quanto tempo? O tempo é a principal preocupação da sociedade moderna.

O tempo passa! Ouvimos tantas vezes dizer. O tempo passa sem que tenhamos, na maioria das vezes, noção do quanto fizemos ou do quanto poderíamos ter feito.

O tempo nunca mais passa! Todos ansiamos que ele passe para que este ou aquele objetivo, por vezes fútil, seja atingido.

Que o tempo passe rápido! Pensamos nós ansiosos para pagar o crédito, para que chegue o fim do mês, para ir de férias, para que termine o dia de trabalho que parece não ter fim. Todos queremos que o tempo passe, mas estamos sempre ansiosos por falta de tempo.

Não tenho tempo! Tenho pouco tempo! Não sabemos aproveitar o tempo em que temos o que temos, nem tão pouco o tempo em que estamos onde estamos.

Foi falta de tempo! Se tivesse mais tempo! Dizemos tantas vezes.

Mas afinal o que é o tempo? O tempo é o bem mais valioso que o ser humano possui.

Todos passam o dia, a semana, o mês, o ano e até mesmo a vida... a contabilizar o tempo, a gerir o tempo, mas o mais importante não é o tempo que temos, mas sim, aquilo que fazemos com o NOSSO tempo.

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