Sotaques nº7

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Dezembro| 2014 NÂş 07 | Gratuito

Os intensos prazeres luso-brasileiros Capoeira, uma arte brasileira universal O cante alentejano conquista o mundo Os Maias, um clĂĄssico portuguĂŞs

Prazeres Luso-Brasileiros


Editorial O prazer de ser Brasil e Portugal

tornaram valores absolutos. Tenhamos, por isso, prazer em ser como somos.

Na edição de Dezembro da revista Sotaques

Portugueses e Brasileiros, com alegria, desfrutan-

vamos enumerar alguns dos maiores prazeres

do dos nossos prazeres, trocando experiĂŞncias,

luso-brasileiros. Uma viagem surpreendente pelas

enriquecendo o outro com a nossa felicidade.

DĂ€QLGDGHV H VmR PXLWDV TXH QDVFHP GH XPD

Não façamos a pior coisa que um povo pode

UDL] FRPXP LGHQWLWiULD FXMDV UDPLWLĂ€FDo}HV FKH-

fazer: copiar os outros, perder a identidade, tor-

gam atĂŠ nĂłs.

narmo-nos povos indistintos, iguais a tantos out-

HĂĄ entre o tropical brasileiro e o latino portuguĂŞs

ros. Portugal e o Brasil nunca podem prescindir

uma ligação muito mais forte que a língua ou

GHVVH VXSUHPR SUD]HU H SULYLOpJLR TXH p DĂ€UPDU

a história. É um nexo de união invisível e visível

a sua prĂłpria identidade, os seus valores, as suas

ao mesmo tempo, que se transmite atravĂŠs dos

ideias, as suas pessoas.

cheiros, do tacto, do gosto, do corpo, do espĂ­rito.

E, caro leitor, não se esqueça de ler esta edição

O prazer ĂŠ uma linguagem de sentidos . E ĂŠ uma

com prazer. Nada nos provoca maior felicidade

linguagem com a qual os portugueses e brasilei-

na revista Sotaques Brasil/Portugal.

URV VH LGHQWLĂ€FDP H VH UHODFLRQDP DWUDYHVVDQGR o mar Atlântico e chegando ao outro.

Arlequim Bernardini

Seja atravÊs do passado e da tradição, da literatura, da música, da história, da gastronomia. Seja por via do futuro, das modernas autoestradas da informação, das redes sociais, da teleYLVmR TXH LQà XHQFLD RV QRVVRV FRVWXPHV H UHYROXciona os nossos comportamentos. O latino Ê o tropical da Europa e o tropical Ê o latino da AmÊrica do Sul. Nasce com uma sensualidade própria, um gosto pela imaginação e criatividade, uma vivacidade própria e malandra que escapa às lógicas de um mundo superindustrializado, onde o trabalho e o dinheiro se

Editor: António Bernardini Diretores: António Bernardini e Rui Marques Colaboradores Portugal - Rui Marques , Arlequim Bernardini , António Granja , Jon Bagt ,Gonçalves Guerra Brasil - Paulo CÊsar , Hernany Fedasi

Revista Sotaques Brasil Portugal Tel. 351 917 852 955 - 351 916622513 antonio.sotaques@gmail.com - rui.sotaques@gmail.com www.sotaques.pt - www.facebook.com/sotaques


Índice

04 06 08 12 18 20 24 32 36 40 44 46 52 56 64 72

Carrossel do Amor Os Maias, um clássico português Capoeira, uma arte brasileira universal Mestre Chapão ensina a magia da capoeira em Portugal Jorge Amado, o mestre que (re)descobriu a sensualidade brasileira Gabriela, a musa da sensualidade luso-brasileira $ &XOWXUD H D 'DQoD 3RSXODU GR %UDVLO H D ,QÁXrQFLD SRUWXJXHVD Os intensos prazeres luso-brasileiros “Third” - um artista plástico que pinta o Porto do século XXI O cante alentejano conquista o mundo Orfeão Universitário do Porto Anaoásis, a escritora que vê na Literatura uma forma de destino Paixão luso-brasileira Eduardo Pombal: um “must-know” da moda brasileira A Sinfonia da cortiça Daniel Silva, um fotógrafo apaixonado pelo instante


Microconto

Carrossel do Amor Santos Júnior vive junto à praia. Arranca acordes tropicais da gui Ƥ Ǥ ± Ǥ ­ ǡ ï Ǥ Ǥ ǡ Ǥ Ǥ ± Ǥ Ǥ Ƥ Ǧ Ǥ ­ Ǥ ± Ǥ Ǥ Ǧ ± ǡ Ǥ ± Ǥ ­ ǡ Ǥ Ƥ ǡ × Ǥ ­ Ǥ ± Ǥ ƪ Ǥ Ǥ ï Ǥ Ǥ Ǥ Ǧ Ǥ 2 Ǥ ǡ ǡ Ǥ Ƥ ǡ ǡ ­ ǥ Jon Bagt

4


5


Literatura

Os Maias, um clássico p À Dz dz ± ǡ Ƥ ǡ Ǥ ǡ ± ǡ ǡ ǡ Dz dz ­ ǡ ǡ ² Ǥ Ƥ Ǥ ǡ Ǧ ǡ ­ ǡ ǡ ǡ ǡ Ǥ ² Ǧ Dz dz Ǧ ± Ǧ ­ Ǧ Ǧ Ǥ Ǧ ǡ ǡ Dz dz ǡ ǡ Ǥ Ƥ ǡ × ǡ ± ï Ǥ Ǧ ­Ù ­ ­ ǡ ǡ ǡ ǡ ǡ ­Ù ǡ ǡ ± Ǥ Ù Dz dzǤ Ǧ ­ ǡ Ǧ ǡ ± ǡ ­ ± ǡ Ǥ ǡ ǡ ï À Ǥ × ± ± Dz dz ǡ Ǧ Ƥ × ǡ ǡ ǡ ­ À ² ǡ ­ ǡ ǡ ² À ǡ ǡ Ǥ

6


português ǡ Ǧ ï Ǥ À ǣ À ǡ ± ­ ǡ ± À × ǡ À ǡ ± Ǥ ­ ± Ǥ ǡ ǡ ǡ Ǧ Ƥ Ǧ Ǧ Ǥ ǡ À Ǧ ǡ Ǧ ± Ǧ Ù Ǧ Ǥ Dz dzǡ Dz dzǡ Dz dz Dz À dzǡ À Dz dzǡ ÀƤ Dz dzǡ ǡ Ǥ ͤ͝​ͤ​ͤǡ ǡ Dz dz À Ǥ ǡ ǡ Ǥ Rui Marques

7


Capoeira

Capoeira, uma arte bras 8


sileira universal 9


Capoeira

× ǡ Ǥ ǡ ͜͞​ͤ͜ǡ Ǧ × dade. × ± Ǥ Ƥ ­ ǡ Ƥ Ǥ × × ǡ Ǥ À ǡ ± ² ǡ ± ± Ǥ ± ǡ ­ ǡ ͤ͝​ͤ​ͤǡ Ǧ Ǥ ǡ × ï ǡ À Ǧ ǡ ï ǡ ͥ͟͜͝ Ǥ ± Ǧ ǡ Ǧ ǡ Ǧ Ǥ ǡ ͜͞​ͤ͜ǡ ǡ ǡ Ǥ

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ǡ ± ǡ ± ­ Ǥ Ǧ ǡ ² Ù Ǥ 2 ǡ ǡ ± ­ ǡ ǡ ǡ ± Ǥ À ± Ǥ ǡ ± À Ǥ ±ǡ ± ­ ǡ Ǥ ǡ ǡ Ǥ ± × Ǥ

Arlequim Bernardini

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Entrevista

Mestre Chap達o da capoeira

12


ensina a magia em Portugal

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Entrevista

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A capoeira tornou-se, recentemente, património imaterial da humanidade. Fomos falar com o Mestre Chapão, um nordestino que vive e ensina capoeira na cidade do Porto, e que nos revelou os segredos de uma história riquíssima. Leia esta entrevista com um doutorado em capoeira, que vive há mais de duas décadas entre nós, e ensina aos portugueses e brasileiros esta arte secular. P - Teve a sua primeira experiência com a Capoeira aos 12 anos. Como se recorda desse momento ? MC - ǡ Ǥ ­ ǡ Ƥ Ǧ Ƥ Ƥ ǡ Ǥ ǡ ǡ À Ǥ ǡ Ƥ ǡ ­ ǡ Ǥ P - O que torna tão especial a Capoeira ? MC - ± ± ǡ ± Ǥ × ± Ǥ ǡ × ­ ͟͝ ͤ͝​ͤ​ͤǡ × Ǥ ǡ ǡ ­ Ǥ Ƥ × ǣ À ǡ ±

ǡ ² ­ Ǥ ǡ À ǡ ± Ǥ ͜͞ ͟͜ ï Ǥ ï Ǧ ͟͜Ǥ ǡ ǡ ǡ Ǥ P - Quem são as suas referências a nível pedagógico - de mestres desta arte - na capoeira ? MC Ǧ ǡ ƪ Ǥ ± Ǥ P - Obteve um grau de doutoramento nesta área. Isso mostra que a capoeira tem uma história e uma complexidade cultural muito maior do que pensamos à partida ? MC Ǧ × Ǥ 2 ­ Ǥ

15


Entrevista

16


P -É mestre de capoeira na Associação Capoeiraarte na cidade do Porto. Na sua escola tem muitos alunos portugueses ? MC - Ǥ ǡ ǡ portugueses. ­ ǡ ǡ ǡ ± Ǧ Ǥ ± ­ × ǡ Ǯ ǡ Ƥ ǡ Ǥ P - A revista Sotaques fala nesta edição dos prazeres luso-brasileiros. Que prazeres portugueses o conquistaram ? MC Ǧ ǣ À Ǥ ± Ǥ ± ǡ

ǡ Ǥ P -A capoeira foi elevada à condição de património imaterial da humanidade. Que importância tem este reconhecimento ? MC - 2 Ǥ 2 × Ǥ P -Qual é o sotaque do mestre Chapão ? MC - ǡ Ǥ ± tino. ǡ ǡ ƪ ² Ǥ P - Quais são os projectos de futuro do Mestre Chapão e da Associação Capoeirarte ? MC - ǡ ǡ ² Ǧ ± randa. ± Ǥ × Ǥ Ǥ Ǥ Arlequim Bernardini 17


Literatura

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Jorge Amado, o mestr sensualidad


± ± ± Ǥ ­ ± Ǧ Ǧ ǡ ± ǡ ǡ ǡ Ǥ

­ ± Ǥ ǡ ± ǡ ± ǡ Ǧ ǡ ǡ ǡ À ǡ Ǧ Ǥ ²Ǧ ǡ ǡ ± Ǥ ǡ ± Ǥ Ǧ ± ± À ǡ ± ­ Ǧ ± ­ ­ ǡ ǡ ǡ Ǧ ̾ ̾ Ǥ ȋ Ȍ ǡ ± À Ǥ

͜͝ ͥ͜͝͝ǡ ǡ ƪ ± Ǥ Ǧ ï ǡ ou o teatro. ǡ Ǥ Ƥ Ǧ À ̾ ̾ À ǡ ǡ ̾ ̾ǡ ̾ ̾ ̾ ̾ ̾ ̾Ǥ ̾ ̾ ± ­Ù Ǥ Ǧ × ± ǡ ­ Paulo César ǡ ǡ -

re que (re)descobriu a de brasileira

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Cr贸nica

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Gabriela, a musa da sensualidade luso-brasileira Ǧ ̾ ̾ ǡ Ǧ ǡ Ǥ ǡ ͥͣ͝͡ǡ ͥͣ͝​ͣǡ × × Ǥ ǡ ͥͣ͝​ͣǡ ǡ ǡ Ǥ ǡ ͜͠ ǡ ǡ ǡ Ǧ ­ ǡ vida. ­ ǡ Ǥ ǡ Ǧ ǡ ǡ ǡ ǡ ̾ ­ ǡ ͥͣ͝​ͣ ̾Ǥ ͜͞​͜͞ǡ À ǡ Ǧ À ǡ ǡ Ǧ Ǥ ­ À Ǧ ǡ ǡ ² ± ǡ ǡ Ǧ ǡ Ǥ

21


Crónica

± ï ǡ ǡ ͥͣ͝​ͣǡ ǡ ² ǡ ̾ ̾Ǥ Ǧ ǡ ǡ ï ±rie. ̾ ̾ ± ͣ͜ǡ Ǧ × Ǥ Ƥ ǫ ǡ Ǥ ǡ Ǧ ǡ À À ͥ͝͞͡ǡ ± Ǥ ² ǣ × À × ǡ ǡ ± ± ǡ Ƥ ± Ǥ ǡ ǡ ­ ǡ À ǡ À ǡ tre outros.

22

Ǥ ǡ ̾ ̾ Ƥ Ǧ Ǥ ͥͣ͝͡ ­ À ǡ ͤ͜Ǥ À ǡ ­ Ǥ ǡ ǡ ï ǡ Ǥ × ̾ ̾ ± Ǥ Ƥ ̾ ̾ ͥͤ͝͞ǡ × Ǥ ͜͞͝͞ǡ Ǧ ̾ ̾ Ǥ ² À Ǥ ̾ ̾ Ǥ ǡ ǡ ǡ ǡ Ǥ Ǧ ² Ǥ ǡ À Ǥ

± À ÀƤ ̾ ̾ ͟͝͡ × Ǥ ± - Rui Marques ǡ ǡ ǡ ǡ ± ­ Ǥ ǡ ± Ǥ ǡ ǡ ǡ ǡ ­ ­ Ǥ ­ ǡ Ƥ Ǥ


23


Brasil

A Cultura e a Dança Influência p

24


Popular do Brasil e a portuguesa

25


Brasil

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0XLWDV GDQoDV EUDVLOHLUDV YLHUDP GH 3RUWXJDO $TXL ÀFDP alguns exemplos de danças que permaneceram até à actualidade, e se integraram no folclore brasileiro. ­ Ǥ ǡ ǡ Ƥ ǡ ǡ Ǥ ± ­ ­Ù Ǥ ǡ ǡ ǡ × ǡ Ǥ ­ × Ǧ ï ȋ Ȍ Ƥ Ǥ ­ ǡ ­ ï ǣ ­ ǡ Ǥ ­ × À ­Ù Ǥ ­ Ǥ À ǡ ­ × ± Ǥ ǡ ­ × ƪ ² ­Ù ǡ ǡ Ǥ ǡ ǡ ­ ƪ ǡ À Ǥ ­ ǣ ± ǡ ­ À ­ï Ǥ ± × ǡ Ù Ǥ ± ǡ ͣ͜͝͡ǡ Ǥ ­ ǡ ­ Ǥ ǡ ǡ ï Ǥ

27


Brasil

28


ǡ ǡ Ǥ ­ À × ǡ Ǥ Ǧ ­ À Ǥ ­ ± ­ ­ Ǥ ­ ± ǡ ± Ǥ ȋ ǡ Ȍ ǡ ǡ Ƥ ǡ ǡ ǡ ǡ Ƥ Dz dzǡ Ǥ ­ ­ ï Ǥ Dz ­ dzǡ × ͥͤͣ͝ǡ Dz dzǤ ­ ǡ ǡ Ǧ Ǥ × ͣ͝ ² ­Ù ï Dz dz ͜͞​͜͟Ǥ Ǧ ǡ ­ ­ × ǡ ǡ ǡ × ǡ ­ ² ­Ù ǡ criativo. ǡ ǡ ï Ǥ ï Ǧ Ǥ Ǧ ǡ ǡ ­ ǡ À ­ × Ǧ Ǥ -

Ǥ Ù ­ ǡ ǡ ­Ù ± Ǥ Ǧ ± ± ± Ǥ ǡ ­ ǡ Ǥ ǡ ï À ǡ Ǥ O grande cortejo reunindo todos os integrantes ǡ Ƥ ǡ ǡ ­ × Ǥ ǡ Ǧ ± ȋ ­ Ȍǡ ǡ ± ǡ ± ­ Ǥ ± ǡ ǡ ǡ ǡ Ǧ ȋ Ȍǡ ǡ ǡ ǡ ƪ ǡ ǡ Ǥ Ǧ ± ǡ Ǥ ­ ǡ ȋ ± Ȍǡ ȋ Ȍ ­ ǡ ± ­ ï ± Ƥ ǡ ± Ƥ ǡ ± Ǥ ×ǡ ² ǡ ǡ ­ ï ǡ ² Ǥ

29


Brasil

­ ï ǡ ­ Ǥ × ± ǡ Dz ­Ù dzǡ ± ­ ǡ À ȋ Ȍ Ǥ ± À ±ǡ ǡ ± À ±ǡ ǡ À Ǥ ǡ × ƪ ǡ Ù ï ­ Ǥ ­ ­ ǡ Ǥ × ǡ ×ǡ ǡ ǡ ï Ǥ ± Ƥ À ǡ ­ ǡ Ǥ ± ­ ǡ ǡ Ǥ ͜͞​͜͢ǡ ǡ ǡ ± Ǧ Ù Ǥ ͜͞​ͣ͜ ± ͙ ͣǤ͜͞͡ ͟͜ ͜͞​ͣ͜ǡ ï Ƥ ǡ ± × ­ ± Texto:Hernany Fedasi Fotos: Hernany Fedasi. 30


Ù ǡ ǡ ǡ ­ Ǥ ǡ ǡ × Ǥ × ± ǡ × ƪ Ǥ ǡ À

Dz × À dz ǡ ­ ±

­ ǡ ǡ Ǥ 2 ǡ ǡ Ù Ù

± Ǧ ǡ ×ǡ

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Ǥ ǡ Ǥ

31


Capa

Os intensos prazer

32


res luso-brasileiros

33


Capa

São muitos e muito bons os prazeres que destacamos nesta edição de Dezembro da revista Sotaques . São os prazeres que partilhamos no dia-a-dia, e que tornam as nossas vidas menos monótonas . Ǥ Ǧ ­ ̾ ̾Ǥ ǡ ǡ × ­ Ǥ À ǡ ǡ ǡ ï ­ ± ǡ ǡ Ǥ ǡ ± Ǧ ǫ ­ ǡ ǫ À ǡ ǡ À ­ ǫ ǡ ̾ ̾ ǡ ± Ǥ ǡ Ƥ Ǥ ± ×ǡ ǡ Ǥ ± ǡ ǡ Ǥ ­ ǡ ǡ Ǥ ­ À ǡ Ǥ Ǧ Ǧ Ǧ À ± Ǧ Ǧ Ǧ ± À Ǧ ± Ǥ ± ǡ ǡ ǡ ǡ ǡ ± ǡ Ǥ 34


± ± × Ǥ À ǡ ǡ ï Ǥ ï ǡ ǡ Ǥ ǡ ǡ ǡ ǡ ǡ Ǥ ± Ǥ ­ × × ǡ Ǥ ­ Ǥ ǡ ǡ ǡ Ǥ ± Ǥ ̾ ̾ ­ ² ǡ Ǧ Ǧ Ǧ Ǧ ǡ ǡ Ǥ ± Ǥ ­ ǣ ² ­ Ǥ ǡ Ǥ ǡ ǡ Ǧ ǡ Ƥ ǡ ­ Ǥ Rui Marques

35


Artes Plásticas

“Third” - um artista plá do sécu 36


รกstico que pinta o Porto ulo XXI 37


Artes Plásticas

Ǥ ̾ ̾ ± ǡ Ǥ

± ­ Ƥ ǣ ­ Ƥ Ǥ

ǡ ­Ù ƥ Ǧ ǡ Ǥ ǡ ǡ - ­ Ǥ Ǧ ǡ ǡ ǡ ǡ ̾ ̾ ± - ­ Ƥ × Ǥ ­Ù À ² À Ǥ × ǡ ǡ - ­Ù ǡ Ǥ ǡ ± ̾ ̾ǡ À À ǡ Ƥ ­ × Ǥ ­ ­ × ­Ù - tos. ǡ ǡ ±Ǧ Ƥ Ƥ ǣ Ǧ ƥ ǡ - ï ­ Ǥ Ǥ ­ ǡ Ǥ ­

38


̾ ̾ ǡ ­ Ǧ ï ǡ × ­ Ǥ ± ï × À Ǥ ­ ǡ ǡ ² × Ǥ ± ± À ̾ ̾ Ǥ ǡ À Ǥ João Castro

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MĂşsica

O cante alentejano 40


conquista o mundo 41


Música

­ × ǡ À ï Ǥ ï ǡ À ­Ù ǡ ǡ Ǥ × ǡ ǡ Ǥ À Ǥ ǡ ï Ƥ Ǥ Ǧ Ǧ × ǡ × ǡ Ǥ ± ̾ ̾Ǥ ­ ǡ ­ ² Ǥ ǡ ǡ Ǥ ǡ × ǡ ǡ × Ǥ ­ ǡ × ǡ Ǥ ± À ǡ organizados. Arlequim Bernardini

42


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Música

Orfeão Univers

­Ù ­ ǡ ǡ ± Ǥ Ù À ǡ Ƥ ± Ǥ ǡ À ± ͤ͜ǡ Ǧ ± ­ ǡ × ǡ ± Ǧ À ǣ

ǡ ǡ Ǥ Ǧ Ǧ Ǧ Ǥ Arlequim Bernardini 44


sitário do Porto

­ ǡ ͥ͝͝͞ǡ ǡ -

Ǥ ± × Ǥ ­ Ǥ ± ± À Ǥ

× ǡ ǡ ǡ ͣ͞

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Entrevista

Anaoรกsis, a escritora qu forma de 46


ue vĂŞ na Literatura uma e destino 47


Entrevista

Anaoásis é o pseudónimo literário da escritora Maria Antónia Jardim. Escritora, pintora e docente, doutorada na área das ciências humanas, reivindica o encanto da metáfora e o poder transformador da palavra. Entrevistámos a autora, no Mural do Poeta, na cidade do Porto, e redescobrimos o outro lado do espelho que existe dentro de todos nós.

P -”Vou seduzir-te” é o título do seu último ǡ × livro. Como seduz Maria António Jardim os Ǥ seus leitores ? a cidade. MAJ - ± ­Ù 2 ­Ù ± - À ǡ ­ Ǥ Ǥ × ǡ Ǥ P - A Maria Antónia Jardim é doutorada na área das ciências da educação. Não acha que × Ǥ ǡ o nosso sistema de ensino limita a imagi À Ǥ nação e o talento artístico dos alunos portu ­ ǡ gueses ? Ǥ ² Ǧ Ǧ MAJ - À ǡ ­ Ǥ ǡ ǡ ǡ ǡ ǡ ǡ Ǥ ± Ǥ

± Ǥ P -Quais são as suas grandes referências litP - Era chamada a menina das metáforas na erárias ? Escola. Que importância tem a metáfora para si ? MAJ - ± ² Ǥ ± Ù MAJ - ǡ escritores. × Ǥ ± ǡ Ǥ 2 À ǡ - ± Ǥ Ǥ × ± Ǥ ǣ ǡ P - O seu último livro “Vou seduzir-te” passa- ǡ se em Paris. Curiosamente apresentou-o no Ǥ salão nobre da Universidade da Sorbonne × meses depois de o escrever ? Ǥ 2 Ƥ ± ± Ǥ MAJ -

48


49


Entrevista

P - A revista Sotaques une o Brasil a Portugal Ǥ nas múltiplas áreas incluindo a literatura. ǡ Que escritores brasileiros admira ? ± ­Ù Ǥ ǡ ± Ǥ MAJ- ± Ǥ Ǥ Ǥ ǡ ͜͞͝͡ǡ À Ǥ P - Como acha que podemos aproximar mais as coisas. o Brasil e Portugal ? P -Quais são os seus projectos literários no MAJ - ± Ǥ futuro próximo ? Ǥ MAJ - ­ ǡ ǡ À Ǥ Ǥ Ǥ João Castro P Como olha para o estado da educação em Portugal ? MAJ - ­ ± Ǧ

50


51


Brasil Portugal

Paix達o luso 52


o-brasileira 53


Brasil Portugal

Brasil Portugal ­ ± Ǥ ǡ ǡ ­ ± ǡ ­ ǡ À Ǥ Ǥ ͟͞ ǡ ǡ ǡ ǡ ǡ Ǧ Ǥ ǡ ǡ ï ǡ ǡ ï ǡ Ǥ Ǧ Ǧ ï ǡ ǡ ǡ Ǥ ² ­ ̾ × ̾ ͣͥ͠ Ȁ ǡ ǡ À Ǥ ͜͝ Ƥ ± ̾ Ǧ ̾͜͟͞͝ ̾ ² ̾Ǥ Carlos Reis

54

͜͞͝͠ ­ ǣ Ǧ ǡ ± ǡ ǡ Ǥ × Ǧ ­ ǡ ± À ǡ Ǧ Ƥ Ǥ ± ­ ² À ǡ Ǥ ² Ǥ Ǧ ǡ ­ ǡ ± ̾ ± Ǩ̾ǡ Ǥ Ǧ ǡ ǣ ­ ǡ Ƥ Ǥ todas as barreiras. ± Ǧ ± Ǥ Ǧ ± ǡ Ƥ ǡ × nossa identidade.


55


Moda

Eduardo Pombal: da moda 56


um “must-know� brasileira 57


Moda

Mod

Neto de portugueses, Eduardo Pom PRGD EUDVLOHLUD XP PHUFDGR TXH ganha relevância a nível internaci

ǡ ǡ Ǥ Ǥ ǡ Ǥ ­ ǡ ­ ǡ ͝͞ ǡ ­Ù Ǥ ǡ Ø ǡ À Ƥ ǡ Ƥ À ǡ ± Ǥ Ƥ ǡ ǡ ǡ ͤ͠ ǡ ± ǡ ­ Dz Ǧ dz Ǧ

Ȃ À ǡ × Ǥ ×

58


da

ombal é um dos nomes mais relevantes da H FDGD YH] VH DÀUPD PDLV LQWHQVDPHQWH H ional.

× ǡ ǡ

ǡ × ǡ Ǧ ǡ ǡ ǡ × ­ Ǥ ͥ͞ ǡ ǡ Ǥ Ƥ Ǥ ǡ

² ǡ ² ± ± Ǥ Ǧ ­Ù ǡ ± ǡ ² Ǥ ǡ ǡ ± Ǧ Ǥ ± × Ǥ Ǥ Ƥ ǡ Ǥ

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59


Sabores e Paladares

60


Algodão doce 2 Ǥ 2 ǡ ǡ ǡ Ǥ ± ­ï Ǥ 2 Ƥ ­ ­ï Ǥ ǡ ǡ ǡ Ǥ ǡ ǡ ± Ǥ × ­ï ǡ ­ï Ǥ Ǧ Ǧ ǡ ǡ ǡ ͤͥͣ͝Ǥ

ǡ ï ǡ ǡ ­ï Ƥ ­ Ǥ ǡ ­ ² ǡ ± ± Ǥ Ǧ ï ǡ Ǥ

61


Sabores e Paladares

Brigadeiro Ǥ ǡ ǡ ² ï ǡ Ǥ

ǡ ×ǡ Ǥ Ǥ ± × ǡ ­Ù ǡ ǡ × ­ ­ Ǥ ǡ ± ­ ± ǡ ǡ ± Ǧ ­ Ǥ

ǡ ǡ ­Ù ͥ͢͝͠ ͥ͜͝͡ǡ ǡ Ǥ ǡ ǡ Ǥ ±

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Um local totalmente dedicado á cultura e arte na zona histórica do Porto... Venha tomar um chá de letra!!

Rua Duque de Loulé nº 228 - Porto - Telefone: 223 204 180 63


Entrevista

A Sinfonia da cort 64


Najha é o nome da marca que a jovem designer Daniela Sá desenYROYH GHVGH $ PRGD H D P~VLFD VmR DV GXDV JUDQGHV SDL[}HV GHVWD FULDGRUD TXH Mi MXQWRX RV DFRUGHV GH XP YLROLQR D XP GHVÀOH - e que continua a criar e recriar as suas peças em cortiça, e a surpreender o público com a sua criatividade e imaginação.

P - Como surgiu o prazer da moda na sua vida ? DS - ͜͞​͜͢Ǥ ­ ± ǡ Ǥ ǡ Ǧ Ǥ ­ ǡ ± ­ Ù × Ǥ ǡ Àǡ Ǥ P -O que a inspirou a utilizar este nome tão exótico ? DS - ­ Ǥ × A À Ǥ P - Que peças mais gosta de fazer em cortiça ? DS - Ǥ Ǧ ǡ ± ǡ Ǥ ­ ǡ ­ Ǥ P - A cortiça está omnipresente nas suas peças. Como nasceu este interesse pela cortiça ? DS - ǡ Ǥ À Ƥ ǡ Ǧ Ǥ ± ǡ Ǥ ² Ǧ ǡ Ǥ

tiça 65


Entrevista

P -Além da moda, quais são os grandes prazeres que a Najha gosta de praticar ? DS - ǡ ǡ ­ Ǥ ± Ǧ Ƥ Dz ±dzǤ ± Ǥ ï ± Ǥ Ƥ ǡ Ǥ Ǧ ± ǫ Ƥ ǫ DS - Ƥ ǡ ­ ² Ǥ Ǥ P - Gostaria de mostrar a sua colecção no Brasil ? DS- ­ Ǧ À À Ǥ P - E em Portugal ? Ǧ ǡ Ǥ ² Ǥ Ǥ

66


P - Qual é o sotaque da Daniela Sá ? DS - ± ± ǡ Ǥ Ǧ Ƥ × ǫ DS - ­ ͜͞͝͡ǡ ­ Ǧ ǡ ­ ­ Ǥ

× Ǥ À ± ǡ Ǥ P - Que nova peça gostaria de criar em cortiça ? DS - ­ Ǥ Arlequim Bernardini

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Ilha dos Amores

Ilha dos Amores: na rubrica deste mĂŞs de Dezembro vamos falar do prazer erĂłtico, dos corpos masculinos e femininos entrelaçados numa relação de amor. Dois poetas portugueses - Bocage e NatĂĄlia Correia - e um brasileiro - Carlos Drummond de Andrade HVFUHYHP HVVD JHRJUDĂ€D LUUHJXODU DUGHQWH TXH DV SDODYUDV SURFXUDP FDSWDU

68

Ilha dos Amores


O Que se Passa na Cama ȋ ± ǤȌ 2 ǡ ǡ ǡ ǡ ǣ ǡ ǡ ² Ǥ ǡ ǡ ­ ǡ ǡ ǡ ǡ ­ ­ ǡ ǡ ï ï ǤǤǤ ² ǡ ǡ Ǥ ǡ Ǥ ǡ ­ ï ± ǡ Ǥ

Carlos Drummond de Andrade

69


Ilha dos Amores

Soneto da Donzela Ansiosa ǡ ǡ ­ Ǥ ² À Ǣ ǡ Ǥ ǡ ǡ ǡ ­ ǡ Ǥ ± ­ ǡ Ǣ ± ǡ ± ² Ǥ 70

Bocage


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Portugal

72

Daniel Silva, um fot pelo in


t贸grafo apaixonado nstante

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Portugal

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3DUD R MRYHP IRWyJUDIR 'DQLHO 6LOYD D IRWRJUDÀD p R SUD]HU GR PRPHQWR H R IRWyJUDIR p DTXHOH TXH FRQVHJXH FDSWDU RV LQVWDQWHV HP TXH DV SHVVRDV H[SUHVVDP DV VXDV HPRo}HV ͥ͝​ͥ͜ǡ ǡ ǡ Ƥ ² Ǥ Ǧ ̾ ­ ǡ Ǧ Ƥ ̾ Ǥ ǡ Ƥ Ǥ Ƥ À Ƥ ǡ ǡ ­ ǡ Ƥ ǡ ǡ × ­ Ƥ Ǥ À ­ ² Ǥ ǡ ǡ ­ ͜͞͝͞ǡ ̾ ± Ƥ ǡ ̾ Ǥ ͜͞͝͞ǡ ± ̾ ­ Ƥ Dz dz Ǥ × ǣ ȋ Ȍǡ ­ ͠ ǡ ǡ ï ­ ­ ǡ ­ × ǡ ǡ ȋ ± Ȍǡ ­ ± Ǥ ǡ ï ǡ ̾ ­ ̾ ­ ± Ǥ ̾ ǡ × ­Ù ǡ ­ ̾Ǥ ­ Ǥ ̾ ̾ ­ Ǥ ± Ƥ ̾ ̾Ǥ À Ǥ João Castro

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