Revista - Todos pelo Nosso Hospital n.º2

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Testemunhos

que a partilha, a solidariedade e a ajuda aos outros faz cada vez mais sentido e enriquece a nossa passagem por esta vida terrena.

Agora que vivemos novos tempos, no que concerne à pandemia COVID19, em que já podemos tirar as máscaras em muitos dos locais da nossa vida quotidiana (ainda não dentro dos hospitais), estamos no início da retoma da presença dos nossos amigos de bata amarela nos serviços do Hospital Padre Américo – os voluntários da Liga. Estiveram todo este tempo a contar o tempo. Viam o tempo passar, a fugir-lhes sem o poderem agarrar. Mas agora é tempo de voltar a ter tempo. Tempo para voltar a dar o seu tempo. Os doentes, os familiares e outros utentes do nosso hospital passam a ter de novo a proximidade e a ajuda desprendida destes voluntários. As agruras dos últimos dois anos, que nos trouxeram tanto sofrimento colectivo e tantas tristezas, mostraram-nos também 4 | Todos pelo nosso Hospital

Dar sem esperar nada, dar mesmo quando nos fizer falta, pode ser esta a diferença que ajude alguém carenciado e que seja a faísca dinamizadora de uma energia mais cintilante e nos transforme em pessoas melhores. Saibamos sorrir, abraçar, ser simpáticos, ajudar. Saibamos tirar as pedras do caminho, saibamos caminhar ao lado de quem está sozinho. Saibamos ser o ombro amigo de quem chora, estar disponível não importa a hora. Vamos estar atentos e ajudar quem deambula pelos corredores perdido, Vamos tentar acalmar quem está exaltado sem sentido. Vamos, todos em conjunto, contribuir para uma sociedade melhor, mais tolerante, com sentido positivo e construtivo. Vamos lutar por um hospital cada vez melhor, onde cada vez haja mais e melhores respostas à população desta região do Tâmega e Sousa, mas saibamos fazê-lo reconhecendo o trabalho dos muitos profissionais que, no dia a dia, têm vindo a dotar o nosso hospital de serviços cada vez melhores.

O esforço de maior humanização, particularmente nos serviços de saúde, tem-se vindo a mostrar com acrescida relevância, à medida que a sociedade vai evoluindo e as pessoas se tornam, naturalmente, muito mais exigentes neste domínio. Cumprir regras de boa convivência, cumprir horários, ser cortês e delicado, ser bem educado e ter bons modos, são cada vez mais atributos que devemos impor aos profissionais e aos utentes. A presença amiga dos voluntários nestes cenários é, pois, uma mais valia muito importante para a construção de uma vida colectiva melhor e mais tolerante. Vamos à obra, todos juntos, remando no mesmo sentido. Vamos a isto com energia renovada. Vamos! Dr. Carlos Alberto Presidente do Conselho de Administração do CHTS


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