Revista Abla - Nº 24

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Revista da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis

ANO IV - Nº 24 - Agosto/Setembro - 2008

Locação de automóveis busca seu espaço Entrevista com Miguel Jorge, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Manutenção preventiva reduz custos Um giro pelas Regionais ABLA



editorial

Alertas sobre os preços

No Brasil, o setor de locação de automóveis pratica preços médios comparativamente mais baixos em relação aos outros países. Inclusive os verificados hoje nos Estados Unidos, especificamente na Flórida. Desde o Plano Real, em 1994, nossa tarifa média sofreu uma redução superior a 30% em valores reais (descontada a inflação). De lá para cá, as locadoras filiadas à ABLA promoveram revisões em suas operações, em busca não somente de uma estrutura adequada à realidade do mercado nacional, mas principalmente visando ganhos em escala, que pudessem viabilizar essa política de preços enxutos. O êxito dessas locadoras certamente tem sido decisivo para o desenvolvimento da cultura da locação entre os clientes brasileiros. Preços comparativamente mais baixos que os do exterior têm gerado mais locações e economia de escala, permitindo assim mais investimentos, incluindo o aumento do volume de carros adquiridos. Todavia, é preciso que a definição das tarifas, que é uma decisão administrativa que compete a cada uma das locadoras, obedeça a princípios elementares de manutenção da locação como atividade produtiva, geradora de divisas e de empregos. Segundo os indicadores da ABLA, o número de empresas que atuam no setor diminuiu nos úl-

timos anos. Exatamente porque muitas locadoras que operavam com valores abaixo da realidade já tiveram de fechar as portas. O mercado dá provas de que não há espaço para esse tipo de estratégia suicida, que desvirtua a própria atividade. Isso cria uma ilusão de preço ao cliente, levando-o a uma precipitada avaliação sobre nossos serviços. O segundo alerta é exatamente sobre o perigo de deixarmos que o cliente acredite que o preço artificial e até irresponsável de algumas empresas é parâmetro para o setor de aluguel de automóveis. É preciso conscientizá-lo de que a tarifa, quando irreal, provavelmente não levará à qualidade que se espera do serviço. Esses alertas não invalidam, porém, um fato consumado, que conspira a nosso favor: os preços do mercado brasileiro já são os melhores possíveis para o cliente, seja pessoa física ou jurídica. O preço da locação de automóveis no Brasil tem sido um ponto de partida importante para um crescimento sustentado do negócio, que certamente verificaremos também ao longo dos próximos anos. * José Adriano Donzelli é presidente do Conselho Nacional da ABLA


regionais

Ceará

Aleksander Rangel A Regional ABLA do Ceará reuniu-se com a prefeita e o secretário de turismo de Fortaleza para solicitar uma ação mais incisiva contra as locadoras “piratas” que atuam na cidade, e que têm prejudicado o setor e o turismo locais com serviços de péssima qualidade. “Ficou determinada uma intensa fiscalização na avenida Beira Mar e apreensão dos veículos parados de maneira ilegal”, disse o Diretor Regional da ABLA no Estado, Aleksander Rangel.

Marco Antonio de Almeida Lemos A Regional de Mato Grosso do Sul conquistou um lugar no Conse­ lho Municipal de Fomento ao Comércio, Indústria e Serviços – COMCIS. “A partir deste mês, vamos ter um canal aberto para levar nossas questões e problemas que possamos vir a ter diretamente ao Conselho Público Municipal” , afirma o Diretor Regional da ABLA no Estado, Marco Antonio de Almeida Lemos. Um projeto para produzir mapas orientativos para a cidade de Campo Grande já está sendo desenvolvido em parceria com o Convention Bureau. Além disso, já foram solicitadas melhoras na sinalização geral e turística na cidade.

Paraná

Mato Grosso do Sul

Valmor Weiss A diretoria regional da ABLA no Paraná realizou uma reunião esta­ dual em Foz do Iguaçu, que reuniu membros do Sindloc e da ABLA. Foram discutimos temas como a relação entre locação e política, procedimentos e a integração dos associados junto às entidades. Houve também uma pale­stra sobre estes assuntos. “O resultado foi altamente positivo, principalmente a integração entre Sindiloc e ABLA: ampla, geral e irrestrita”, afirmou o Diretor Regional da ABLA no Paraná, Valmor Weiss.

Israel Protásio Um encontro com a Coordenadoria de Controle do IPVA esclareceu dúvidas sobre o Decreto 20.505, de 07/05/2008, que fala sobre o direito à redução de 1% sobre o IPVA, desde que as empresas locadoras tenham atividade única de locação de veículos no CNPJ e Contrato Social. O Diretor Regional Israel Protásio representou a ABLA.

Rio Grande do Norte

Rio Grande do Sul Félix Peter A ABLA esteve representada no Fórum de Governança Local do Turismo de Porto Alegre, em que participaram diversas entidades ligadas à atividade turística local. O Diretor Regional Félix Peter também participou dos preparativos do Prêmio Porto Alegre Turismo.

Antônio Pimentel Entre os meses de junho e agosto, a regional da ABLA em Pernambuco programou quatro debates com os principais candidatos à prefeitura de Recife. Os candidatos Raul Henry, deputado federal, e o ex-governador de Pernambuco Mendonça Filho, já participaram do evento. Cada debate contou com a presença de aproximadamente 50 convidados, entre associados do Sindloc e da ABLA. “Questionamos os candidatos quanto ao setor de locação e, em seguida, abrimos para outras perguntas”, explicou o Diretor Regional da ABLA no Estado, Antonio Pimentel.

Pernambuco


índice

Expediente Conselho Nacional José Adriano Donzelli (presidente); Afonso Celso de B. Santos (vice-presidente); Alberto de Camargo Vidigal; Alberto Faria; Antonio Carlos R. de Lemos; Antônio Cláudio Resende; Edward de La Paz; Erozalto do Nascimento; Marcelo W Simonsen; Nildo Pedrosa; Paulo Gaba Júnior; Paulo Roberto do Val Nemer Conselho Nacional (suplentes) Carlos César Rigolino; Cássio Lemmertz; Eduardo Vanucci; João Regueira; José Salim Mattar; Luis Antonio Cabral; Luiz Mendonça; Paulo Bonilha; Valmor Emilio Weiss; Wanessa Ramos; Wilson Pereira Santos; Wilson Tadeu Domingues Conselho Fiscal Carlos Malagoni; Carlos Roberto P. Faustino; Carlos Teixeira; João Carlos de Abreu Silveira; Raimundo Nonato de Castro Teixeira; Saulo Tomaz Fróes Conselho Fiscal (suplentes) Eládio Paniágua; Fernanda Duarte; Hélio Godoi Martins Netto; Luiz Carlos Lang; Mauro Roberto Alves Ribeiro; Nelson Reis Diretor-Superintendente Weber de Oliveira Mesquita Redação e Edição RAF Comunicação (raf@raf.com.br) Jornalista Responsável Olivo Pucci (MTb 22.949) Produção Gráfica Matiz Design (matiz@matiz.com.br) Fotos Divulgação ABLA, exceto quando indicado Gráfica Duograf Tiragem 12 mil exemplares Foto da Capa Divulgação MDIC É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte. Locação é uma publicação da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), distribuída gratuitamente a Empresas Locadoras de Automóveis, Clientes das Locadoras de Automóveis, Montadoras , Revendedores Autorizadas das diversas marcas, Importadoras de Veículos, Líderes Empresariais, Empresas e Entidades da cadeia produtiva do Turismo Nacional, do Mercado Financeiro e Jornalistas especializados. Endereço Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar CEP 04011-904 – São Paulo/SP Telefone: (11) 5087-4100 – Fax (11) 5082-1392 E-mail: abla@abla.com.br Endereço Eletrônico: www.abla.com.br Brasília SAS Quadra 01 Conjunto J, 6º Andar, Sala 602, Edifício CNT CEP 70070-944 Telefone: (61) 3225 6728 Fax: (61) 3226 2072

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Regionais Atividades da ABLA pelo país ABLA em Ação Programa de Qualificação Turismo Os set-jetters, turistas amantes do cinema, merecem investimento da Embratur Terceirização Governador do Rio de Janeiro enaltece vantagens da terceirização Terceirização

Oportunidades que surgem em Pernambuco

Capa Ministério do Desenvolvimento e o Setor de Locação de Automóveis Locação Diária Minas Gerais e suas estradas

Manutenção A importância da prevenção Frota Modelos aguardados já estão no mercado Opinião Rodrigo Flávio Sá Roriz, Diretor Regional ABLA, fala sobre a importância da presença da entidade em Brasília




ABLA em ação

Programa de Capacitação na Feira das Américas

Estande da ABLA na Feira das Américas 2007: este ano, o Programa Nacional será um dos principais destaques da entidade no evento

Durante a exposição ABAV 2008 – Feira das Américas, de 22 a 24 de outubro, no Rio de Janeiro (RJ), a ABLA destacará em seu estande a apresentação do Programa Nacional de Capacitação em Gestão e de Recursos Humanos, que a entidade está implantando, em parceria com o Ministério do Turismo e o Sebrae. O programa está em fase final de contratação e licitação de serviços, etapa prévia à realização dos cursos presenciais e via internet que irão compor os módulos de qualificação, dedicados a gestores e funcionários de locadoras. No total, ao longo de dois anos, serão beneficiadas cerca de 500 empresas em todo o Brasil, o que deverá corresponder a um total de 2 mil profissionais. Eles serão capacitados a fim de que possam proporcionar um atendimento que não apenas seja adequado às necessidades turísticas, mas que possa ir além, com o propósito de fortalecer o setor e a atividade turística como um todo, fidelizar clientes, difundir a cultura do automóvel alugado e promover a responsabilidade social. “A expansão do negócio no segmento turístico ainda está longe de ser esgotada. A locação de automóveis tem espaço para se tornar um serviço imprescindível, tanto para o turista, quanto para o agente de viagens, que oferece nossos serviços”, explica o presidente do Conselho Nacional da ABLA, José Adriano Donzelli. Ainda durante a Feira das Américas, a ABLA realizará pelo sexto ano consecutivo o sorteio de um carro 0 Km, em ação dirigida aos agentes de viagens“aba­vi­ anos”que participarem do VI Concurso Cultural ABLA/ General Motors.


turismo

Mariana Vianna

Brasil no cinema O turista europeu já tem o hábito de incluir o aluguel de automóvel em seus roteiros. Portanto, ações para atrair esse turista para o Brasil acabam favorecendo, também, o setor de locação de automóveis. Uma iniciativa interessante da Embratur aconteceu durante o Brazilian Film Festival em Roma, na Itália. Sacolas personalizadas com a Marca Brasil, produzidas com papel reciclado, foram distribuídas durante as sessões (foto). Dentro, guias de roteiros turísticos brasileiros em italiano, chaveiros, pins e imãs de geladeira com imagens dos destinos brasileiros. Visitar lugares que são pano de fundo de filmes é hoje uma das tendências do turismo mundial. Os adeptos deste tipo de turismo já têm até nome: setjetters.

Dando continuidade às ações de público final promovidas na Europa, com a exposição de estandes do Brasil e de distribuição de materiais promocionais, a Embratur convidou os argentinos para conhecerem mais das belezas naturais e culturais do País. A “turnê informativa” possui o mesmo formato das já realizadas em Lyon, Paris, Barcelona, Madrid, Munique e Frankfurt. O estande, aberto durante 12 horas diárias, foi montado no Shopping Unicenter, em Buenos Aires. Os visitantes receberam mapas, revistas e kits. O objetivo é consolidar o mercado argentino como um dos principais emissores de turistas para o Brasil. De acordo com o Plano Aquarela – Marketing Internacional do Brasil, no ano passado 920.210 argentinos visitaram o País.

Divulgação Embratur

Foco nos argentinos

Divulgação Embratur

“Irashaimase” Com o Centenário da Imigração Japonesa, os turistas do Japão que desembarcam no aeroporto de Guarulhos recebem um certificado de visitação ao Brasil. Trata-se de uma iniciativa do Ministério do Turismo, por meio da Embratur e em parceria com a Infraero. No certificado (foto), os visitantes encontram o seguinte texto: “A sua visita ao Brasil no ano de 2008 é motivo de grande alegria, pois comemoramos os 100 anos de intercâmbio cultural entre Brasil e Japão. Obrigado por visitar o Brasil neste momento histórico para os dois países. Temos certeza de que o futuro fará com que nossos países se aproximem cada vez mais”. Os japoneses foram os principais turistas asiáticos no Brasil em 2007: somaram 63.381 pessoas. Além disso, têm o hábito de alugar automóveis e estão entre os que mais gastam em viagens ao exterior.


terceirização

Novas viaturas no Rio Polícia Militar terá 1.325 veículos terceirizados

A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro segue ampliando a terceirização de suas frotas. Em setembro, serão entregues 596 novas viaturas em regime de locação, para policiamento de Marcos Benjamin/Ascom Seseg

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O governador do Rio, Sérgio Cabral, na cerimônia de entrega das viaturas terceirizadas

municípios na Baixada Fluminense, São Gonçalo, Niterói e Itaboraí. Somadas aos outros 729 veículos já utilizados pela Corporação, a Polícia Militar do Estado passará a ter 1325 viaturas terceirizadas. O Governo fluminense iniciou a terceirização da frota policial em fevereiro, com 632 viaturas. Em julho, foram entregues mais 97 veículos para batalhões da cidade do Rio de Janeiro. Na solenidade de entrega dos novos automóveis – 35 Gols e 62 Blazers–, o governador Sérgio Cabral destacou as mudanças ocorridas com a gestão terceirizada, sobretudo a agilidade no conserto e manutenção dos veículos. Cabral explicou que o tempo em que uma viatura fica parada para revisão preventiva passou de 15 dias para 35 minutos; as revisões corretivas, que demoravam 30 dias, agora são feitas em no máximo duas horas e demais consertos, que poderiam levar até 90 dias, ficam prontos em até três dias. O governador concluiu afirmando que a média de aproveitamento das viaturas policiais cresceu de 40%, antes da terceirização, para 96% após a adoção do sistema. O contrato de locação de veículos assinado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro tem validade até maio de 2010 e estabelece, por exemplo, que viaturas com problemas devem ser repostas em até 48 horas. A cada 25 mil quilômetros percorridos, ou quando a profundidade dos sulcos de rodagem estiver em três milímetros, os pneus devem ser obrigatoriamente trocados e a empresa responsável pelo serviço precisa fazer revisões preventivas nos veículos a cada 15 mil quilômetros rodados. Todas as viaturas são equipadas com GPS e podem ser abastecidas com álcool, gasolina ou GNV. Além do Rio de Janeiro, outros estados também terceirizaram a gestão de suas frotas policiais. Em Minas Gerais, a terceirização fez aumentar de 60% para 97% a disponibilidade de viaturas para uso da Corporação. Em Goiás, foram entregues mais de 800 veículos desde que a frota da Polícia foi terceirizada, há pouco mais de um ano. E, recentemente, a Prefeitura de São Paulo contratou 196 veículos em regime de locação, para uso da Guarda Civil Metropolitana (GCM).


Simone Medeiros / Ascom Suape

terceirização

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Obras impulsionam terceirização em PE

Em um ano, demanda por veículos para empresas privadas responsáveis pela execução de projetos no Estado cresceu 50% Nos próximos cinco anos, pelo menos quatro grandes empreendimentos deverão ser inaugurados em Pernambuco: a Refinaria Abreu e Lima, a Usina Siderúrgica de Pernambuco, o Estaleiro Atlântico Sul (todos localizados no Complexo Industrial Portuário de Suape, entre as cidades de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho) e o Pólo Farmacoquímico que será construído em Goiana, município da zonada-mata pernambucana. Juntos, os investimentos previstos para os projetos somam mais de U$$ 8 bilhões, entre recursos dos Governos Federal, Estadual e iniciativa privada, gerando também cerca de 261 mil empregos diretos e indiretos, tanto durante a fase de obras (algumas já iniciadas) quanto após o início das operações. Além dos reflexos na economia local, os projetos já impulsionam o setor de locação de veículos no estado. Segundo Nildo Pedrosa, representante do Conselho Nacional da ABLA em Pernambuco, a principal demanda é por terceirização de frotas.“Em um ano, a procura por veículos alugados para as diversas empresas privadas envolvidas nesses empreendimentos cresceu 50% e a expectativa é de que ainda cresça pelo menos duas vezes mais nos próximos meses”, afirma. Veículos de modelos leves e pesados têm saído dos pátios das locadoras para os canteiros de obras. Para atender às solicitações, muitas estão dobrando suas frotas. “Com o crescimento da demanda para a construção civil, aumentou também a responsabili-

dade das locadoras em fazer investimentos iniciais para atingir esse mercado. As empresas compram mais para atender mais”, explica Pedrosa. A possibilidade de concentrar o foco de atuação nos empreendimentos nos quais estão envolvidas é o principal atrativo para que as empresas optem pela terceirização de frotas. “O custo baixo e a rapidez de atendimento também são diferenciais da locação. Além de reduzir ou praticamente eliminar os gastos com reparos em veículos, a gestão terceirizada proporciona mais agilidade, por exemplo, na reposição de automóveis que venham a apresentar problemas. É um serviço de pronto-atendimento”, comenta Nildo. Depois da construção civil, o segmento de serviços (empresas de vigilância, alimentação, vendas, entre outras) é o que mais terceiriza frotas em Pernambuco. As locações feitas para turismo de negócios também impulsionam a demanda. Assim como ocorre em outros estados brasileiros, diversos órgãos do Governo Pernambucano optam pela terceirização de suas frotas. Dos seis mil veículos em uso nas Secretarias e demais instâncias da Administração Pública Estadual, 30% (1800 veículos) são mantidos por locadoras de automóveis. Em quatro anos, o número de veículos disponíveis nas 64 locadoras do Estado cresceu 20%, passando de 5.664, em 2003, para 6.791 carros em 2007, conforme números do Anuário ABLA.

Vista aérea do porto do Complexo de Suape, onde grandes projetos estão em andamento


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Mais desenvolvim Divulgação MDIC

“Se analisarmos o que vem acontecendo nesse segmento, o que se observa é um constante crescimento da frota de veículos”

Ministro Miguel Jorge

Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Miguel Jorge também entende (e muito) de automóveis. Em 1987 entrou na Autolatina, joint-venture entre Volkswagen e Ford, e chegou a vice-presidente de assuntos corporativos e recursos humanos. Com a separação da empresa, passou a vice-presidente de assuntos legais, recursos humanos e assuntos corporativos da Volkswagen, cargo que ocupou até janeiro de 2001, quando se transferiu para o Santander Banespa. Agora, como ministro de Estado, se depender da disposição da ABLA, também terá à disposição informações relevantes sobre o setor de locação de automóveis, que é o principal cliente da indústria automotiva, na qual o ministro trabalhou. Locação ABLA acompanhou e ouviu Miguel

Jorge, em entrevista coletiva em São Paulo (SP), quando o ministro falou sobre a Política de Desenvolvimento Produtivo, posta em prática pelo MDIC. E também obteve também respostas importantes do ministro por e-mail. Confira. Locação ABLA: De alguma forma, o senhor tem acompanhado a evolução do Setor de Locação de Automóveis no Brasil? Miguel Jorge: Sim. Se analisarmos o que vem acontecendo nesse segmento, o que se observa é um constante crescimento da frota de veículos, bem como aumento do faturamento do setor, que se caracteriza por exigir um investimento consideravelmente alto. É uma atividade que requer investimentos expressivos, se considerarmos fatores como


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mento para o país preços de automóveis no Brasil e custos indiretos, que exercem alguma pressão sobre o setor de locação. Mas as perspectivas são muito favoráveis. Locação ABLA: Qual o grande mérito do setor, em sua opinião? Miguel Jorge: Mesmo que desde 2000 eu não esteja mais ligado ao setor automotivo, sempre acompanhei com interesse tudo que repercute sobre a indústria e a produção de automóveis no Brasil. É o caso do setor de locação de automóveis. De lá pra cá o Brasil mudou muito e mudou para melhor. Muitas atividades passaram a atrair investimentos e a oferecer oportunidades de negócios. Esse foi o caso do setor de locação de automóveis no País e isso é um grande mérito. Locação ABLA: E a indústria automobilística? O que o senhor tem a dizer sobre seu ritmo de crescimento no Brasil? Miguel Jorge: O Brasil está registrando um ciclo de ampliação da Formação Bruta de Capital Fixo, ciclo que não é visto há 20 anos. O País conta com investimentos significativos, como os US$ 20 bilhões das indústrias automobilísticas e fabricantes de autopeças, nos próximos 3 anos. Exemplo disso é que a produção de automóveis no Brasil está impulsionada. A Toyota, por exemplo, acaba de anunciar mais uma fábrica em Sorocaba-SP e acho que isso indica que teremos um cenário muito promissor consolidado. Locação ABLA: O aumento dos juros reduziu o ritmo dos investimentos? Miguel Jorge: O aumento de juros não reduziu nem aumentou o ritmo dos investimentos, que continua o mesmo. A maioria dos investimentos é feita pelas empresas com recursos próprios e não acredito que vão ser afetados pelo aumento da Selic. Locação ABLA: A inflação ainda o preocupa? Miguel Jorge: O governo não abre mão do controle da inflação e, se for preciso, outras ações podem ser adotadas além do aperto monetário do Banco Central. Até sei quais medidas poderiam ser

adotadas, mas não vou falar. Prefiro esperar para ver qual é o impacto do aumento dos juros sobre a inflação. Já há sinais de que existe uma redução dos índices de preços. É preciso aguardar o efeito do primeiro remédio; se funcionar, não será preciso outro. O movimento de alta de juros é momentâneo. Depois que surtir efeito, ocorrerá redução da taxa. Locação ABLA: O senhor concorda que o turismo é uma atividade exportadora?

“Sempre acompanhei com interesse tudo que repercute sobre a indústria e a produção de automóveis no Brasil” Miguel Jorge: Concordo. Políticas e iniciativas que favoreçam a atividade também ajudam a promover as exportações. Trata-se de uma questão de referência ou mesmo de imagem, se preferir. Toda vez que um estrangeiro vem ao Brasil, seja em viagem de passeio ou negócios, ele deixa divisas, ajuda a manter empregos e leva também o tratamento e a acolhida que recebeu. A impressão que um viajante leva ao deixar o Brasil não é apenas a de um mero registro, mas a de referência. Locação ABLA: O senhor poderia exemplificar? Miguel Jorge: Sim. Se a referência a respeito do País é positiva, é muito provável que haja maior aceitação a um produto brasileiro; se negativa, os efeitos são piores ainda porque, como todos sabem, a propaganda negativa é potencialmente mais eficaz que uma promoção. O comércio é uma ferramenta a serviço da integração entre os países e o papel do turismo é inegável como instrumento de aproximação e confiança. Para exportar, seja lá o que for, é preciso que o produto ou serviço seja conhecido por fatores atrativos.


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Turismo como atividade exportadora

Responsável pela política de desenvolvimento produtivo do País, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) tem à frente Miguel Jorge, que construiu carreira como executivo na área automotiva, antes de ingressar no governo.

Foz do Iguaçu, um dos destinos preferidos do turista estrangeiro: atividade traz divisas para o país

O diálogo da ABLA com esse Ministério ganha importância à medida que mais e mais visitantes estrangeiros vêm ao País. E por aqui realizam gastos, gerando divisas. “Se um italiano vem ao Brasil, aluga um automóvel e paga com um cartão de crédito internacional, emitido na Itália, na prática estamos internando recursos vindos da União Européia”, explica José Adriano Donzelli, presidente do Conselho Nacional da ABLA. O Turismo, então, não deveria ser enquadrado como atividade exportadora? Se assim o for, os agentes da cadeia produtiva do Turismo poderão ter acesso às linhas de crédito e financiamentos oficiais existentes para fomentar a exportação. Portanto, essa visão do Turismo, enquanto atividade exportadora, também fez crescer a importância do MDIC para o setor de locação de automóveis. Além disso, conforme o mais recente Censo ABLA, praticamente 55% do movimento do setor de locação de automóveis está relacionado à terceirização de frotas, cujos clientes são pessoas jurídicas, na iniciativa privada e também nos órgãos públicos. Essa modalidade de negócio também faz com que a ABLA, que representa nacionalmente as locadoras de automóveis, acompanhe de perto as ações não apenas do Ministério do Turismo, como também do Ministério das Cidades e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. “O setor de locação de automóveis está inserido e ganhando importância a cada ano no contexto econômico e social”, acrescenta Donzelli. A ABLA também esteve com representantes do Ministério do Turismo, quando surgiu a idéia de tentar criar uma ação conjunta com outros ministérios. Se viabilizada, essa iniciativa poderá ajudar na busca de soluções consistentes para entraves do setor. Um exemplo é a questão da validade das carteiras de habilitação de estrangeiros no Brasil. Para Donzelli, “ao nos aproximarmos e apresentarmos a ABLA aos ministérios, cujas ações têm relação com o nosso setor, nós trabalhamos para viabilizar futuras parcerias, que certamente trarão benefícios aos usuários, às empresas, ao Governo e ao País”.


locação diária

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Minas Gerais com automóvel alugado Um rico passado que remete à procura do ouro e esmeraldas. Histórias de escravos, hoje ainda na memória de gente simples e hospitaleira. Assim é a 99 km de Belo Horizonte, capital mineira, onde se encontram as cidades de Ouro Preto, São João Del Rey, Congonhas, Diamantina, Tiradentes e Sabará. Admiradas por sua arquitetura colonial e tombadas pelo patrimônio cultural, essas localidades ainda guardam o conhecimento da época dos desbravadores Bandeirantes, da luta pela liberdade na inconfidência mineira, além das obras de Aleijadinho que encantam o mundo. Mas, além da história que se confunde com a do Brasil, encontrase um dos mais completos e diversificados circuitos turísticos do país, oferecendo cultura, romance, belezas naturais, esporte e ótima estrutura de turismo para atender a todos os seus visitantes, com bons hotéis e restaurantes. Um exemplo dessa franca expansão do turismo em Minas Gerais está nos automóveis alugados por turistas, que, de acordo com a ABLA, terão aumento na demanda de 10% a 15% até o fim do ano. “Temos a Estrada Real que faz o caminho de Diamantina até Paraty no Rio de Janeiro, um grande apelo para aqueles que procuram turismo histórico e ecológico”, comenta Saulo Tomaz Fróes, diretor regional da ABLA, referindo-se à estrada, ainda em construção, mas que em 2007 atraiu cerca de 1,7 milhão de pessoas e em 2008 espera atingir dois milhões. Os percursos montanhosos desse roteiro que remete ao tempo dos bandeirantes e do tráfico de escravos entre o Rio e Minas é a principal razão para a locação de carros adaptados. Interessados em se divertir ao volante em lindas paisagens naturais são atraídos por essa estrada, que começa na serra e termina no mar. “Apesar de o carro popular ser o líder das locadoras, temos algumas solicitações específicas para locação de caminhonetes especiais e veículos 4x4 graças ao setor turístico que se expande”, explica Fróes.

Estrada Real: um dos roteiros que podem ser “descobertos” Locais a serem explorados pelos turistas que alugam automóveis são as cidades de Tiradentes e São João Del Rey, onde as igrejas, museus e bibliotecas são muito procuradas, pois criam o clima ideal para casais que estão em busca de momentos românticos e relaxamento. Além disso, em Ouro Preto, há os períodos de Carnaval e Semana Santa, marcados pelo intenso movimento de jovens. “Essas cidades têm muitas opções de bons hotéis e restaurantes, clima agradável e, claro, a hospitalidade do povo mineiro”, conclui o Diretor da ABLA.

Encontro Regional Para integrar as locadoras mineiras, será realizado, com o apoio da ABLA, entre os dias 18 e 21 de setembro, o II Grande Encontro Sindloc-MG, em Tiradentes. O evento é uma iniciativa do Sindloc de Minas Gerais, presidido por Saulo Tomaz Fróes, também diretor regional ABLA. O Encontro é uma oportunidade para o empresário mineiro discutir as principais questões do setor de locação de automóveis e o mercado local. Entre as palestras estão previstos painéis sobre o futuro do turismo no estado, alterações no Código de Trânsito Brasileiro, aspectos jurídicos de interesse do setor, vendas, relacionamento entre as empresas e capacitação, entre outros temas.




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manutenção

Prevenção reduz custos em até 30% Cerca de 407 veículos são socorridos todos os dias em São Paulo por falhas mecânicas e pane elétrica

Muitos itens, como os pneus, merecem atenção na manutenção preventiva Manter os carros da frota sempre em perfeito estado é um dos desafios das locadoras. O uso constante do automóvel em condições diferentes de tempo, estradas e manuseio pode trazer alguns problemas inesperados, que, muitas vezes, custam caro. Mas, para se prevenir de imprevistos como estes, algumas atitudes podem e devem ser tomadas pelos empresários do setor. Viviane Tareskivits, consultora de negócios da DPaschoal, explica que a melhor forma de controlar gastos é programar as manutenções futuras. “É de total interesse e segurança dos gestores das frotas ter o controle dos itens que precisarão de manutenção a médio e longo prazos. Entre outros serviços, o trabalho de empresas como a nossa consiste em identificar as peças e informar aos gestores, para que eles se programem”, explica Viviane. Segundo ela, serviços como alinhamento, balanceamento, troca de óleo, filtros e pneus são os que costumam merecer maior atenção. De acordo com a CET/SP (Companhia de Engenharia de Tráfego), cerca de 407 veículos são socorridos todos os dias em São Paulo por falhas mecânicas e pane elétrica. Veículos zero-quilômetro raramente necessitam de manutenção corretiva. Porém, apesar da constante renovação das frotas, é preciso lembrar que os carros circulam por vias esburacadas e podem enfrentar congestionamentos. O fato é que custa menos prevenir do que reparar. Um amortecedor, por exemplo, que deveria suportar 50 mil

quilômetros, pode ter seu funcionamento alterado por passar em buracos e lombadas constantemente. Neste caso, é preciso alinhar e balancear, evitando que o problema se multiplique. Outro bom exemplo é a correia dentada do motor, que custa cerca de R$ 400 e precisa ser trocada a cada 50 mil quilômetros. Caso a correia arrebente e atinja as válvulas de admissão e de escapamento, além do cabeçote, esse valor pode chegar a R$ 1.600. Atualmente, apenas 210 estabelecimentos em São Paulo são certificados pelo IQA (Instituto de Qualidade Automotiva) e Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), em quesitos como formação de profissionais, equipamentos disponíveis, garantia e atualização em tecnologia. Para mudar este cenário, um projeto de lei está em trâmite na Assembléia Legislativa para criar padrões de funcionamento de oficinas, baseados em normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Com revisões periódicas e preventivas, uma locadora pode reduzir seus custos em até 30%, além de evitar problemas que podem causar a insatisfação de seus clientes. Por isso, é importante seguir as orientações dos fabricantes e, ao sinal de qualquer anomalia, enviar o veículo para um centro automotivo especializado de confiança.


frota

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Prisma 2009 Lançado pela Chevrolet, o novo Prisma 2009 traz algumas alterações em comparação com o modelo anterior. Entre as novidades do sedã compacto estão a barra cromada na grande frontal e rodas de aço aro 14 polegadas na versão Joy. Além disso, traz console central traseiro com porta-copo e portamalas de 439 litros de capacidade, que pode chegar a 829. Já o motor, o 1.4 Econo Flex, utiliza tecnologia VHC (Very High Compression), que oferece maior rendimento volumétrico.

Doblò Adventure Locker A linha 2009 do Doblò Adventure ganha novos atrativos, como o sistema Locker , que aumenta a praticidade e a versatilidade do modelo, oferecendo condições para o veículo ser mais eficiente em pisos escorregadios ou em vias irregulares. E, além de itens de série como brake light e volante com regulagem de altura, o novo Doblò Adventure possui pneus de uso misto, maior altura do solo e amplo espaço interno para os passageiros.

Gol Nova Geração O novo Gol chega às concessionárias da Volkswagen em versão sedã e com a mesma plataforma da linha Polo. O lançamento possui um design diferenciado dos modelos anteriores da linha, mais largo, mais alto e com maior espaço interno para os passageiros. Disponível nas versões 1.0 e 1.6 dos novos motores VHT (Very High Torque), o novo Gol proporciona desempenho eficiente e consumo reduzido de combustível em níveis mais baixos de emissões. Além disso, diversas tecnologias combinadas elevaram o conforto acústico do veículo, tornando a rodagem ainda mais suave.


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frota

Ford Ranger Limited 2008 Visando atender o segmento de picapes de luxo, a Ford passa a oferecer a versão Ranger Limited 2008 em suas concessionárias, com novos atrativos. O modelo vem agora equipado de fábrica com estribos laterais e santantônio cromados, protetor de caçamba, capota marítima e sensor de ré. Além disso, traz de série rodas de liga leve de 16”, farol de neblina, luz elevada de freio, bancos e volante revestidos em couro, CD player com MP3, computador de bordo, air bag duplo, freios ABS nas quatro rodas com válvula reguladora de carga na traseira, volante com ajuste de altura, entre outros itens.

Mitsubishi L200 Savana Desenvolvida a partir da L200 Outdoor, a L200 Savana incorpora equipamentos que a credenciam como parceira ideal para enfrentar situações de serviços pesados e acesso a lugares inóspitos. Praticantes de ralis e esportes de aventura encontram na modelo a praticidade e a robustez que garantem eficiência e segurança nos deslocamentos. A L200 Savana traz pintura especial em grafite nos párachoques dianteiro e traseiro, molduras dos pára-lamas, grade do radiador e protetor do pára-choque. As molduras dos faróis e os espelhos retrovisores externos são pintados na cor do veículo.

Nissan X-TRAIL Baseado no conceito “all roads”, o Nissan X-TRAIL 2009, chega às concessionárias da marca nas versões SE e LE, oferecendo tração 4x4 All Mode na segunda geração da transmissão XTRONIC CVT, que aumenta o rendimento de seu motor 2.0 16V de 138 cavalos de potência. Direção elétrica com assistência variável, rack de teto com faróis integrados, porta-malas com partes laváveis (que possibilita diversas configurações), teto solar maior e porta-copo climatizado no interior são outros destaques da espaçosa SUV.


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New Civic em alta A Honda aproveitou o aquecimento do mercado de automóveis e atingiu a marca de 55.569 unidades vendidas no acumulado entre janeiro e junho, o que significou um acréscimo de 52,2% em comparação com o primeiro semestre de 2007. Seu desempenho foi liderado pelas vendas do New Civic com 31 mil unidades comercializadas no país. Outros modelos também tiveram alta em comparação com os seis primeiros meses do ano passado,como o sedã de luxo Accord, que, com as suas vendas puxadas pela versão EX V6, já atingiu 450 unidades comercializadas no período.

Toyota confirma criação de fábrica O presidente da Toyota no Mercosul, Shozo Kasebe, confirmou em julho o investimento para a criação de uma nova fábrica no Brasil em 2009, que iniciará suas operações em 2011. A unidade será em Sorocaba (SP), a ser erguida em um terreno de 370 hectares. Produzirá um veículo de pequeno porte, a ser lançado nas concessionárias. A previsão é que sejam finalizados cerca de 150 mil automóveis no primeiro ano. Quanto aos empregos, serão gerados 2.500 diretos e cerca de 12 mil indiretos. A montadora já tem uma fábrica no país, em Indaiatuba (SP), onde a linha Corolla (foto) é produzida.

Kangoo Express 2009 A Renault do Brasil iniciou a comercialização da linha 2009 do utilitário Kangoo Express, que foi lançado com motorização bicombustível 1.6 16 V Hi-Flex, atingindo potência de 98,3 cv (álcool) / 95 cv (gasolina) a 5.000 rpm. O modelo é idealizado para atender as mais diversas necessidades no transporte urbano de volumes. As cargas podem ter acesso por amplas portas traseiras assimétricas e laterais deslizantes. O novo Kangoo passou por uma total reformulação estética na sua parte frontal, na qual foram incorporados faróis com design de gota d’água. Um fator adicional de segurança é a barra dupla de proteção contra a invasão de carga na cabine do motorista.


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opinião

Brasília e a consolidação do aluguel de automóveis *Rodrigo Flávio Sá Roriz

Em Brasília, entre as obras de Oscar Niemeyer e Lucio Costa, principais responsáveis pela arquitetura e urbanismo locais, próximo à Praça dos Três Poderes e a Torre de TV, a ABLA fincou um alicerce importante, com a recente abertura de seu escritório no prédio da CNT (Confederação Nacional dos Transportes). Trata-se de termos aqui, no centro dos acontecimentos políticos do país, uma estrutura apropriada e à altura do setor de locação de automóveis no Brasil. Particularmente, as locadoras do Distrito Federal filiadas à ABLA ganham um instrumento importante, um ponto de apoio. E isso em um momento em que Brasília vem investindo em seu turismo. A cidade busca agora atrair não só os turistas de negócios, como também visitantes interessados em

conhecer a história e os pontos turísticos da capital. Há expectativa de crescimento de pelo menos 20% no turismo de lazer este ano no Distrito Federal. A operação de linhas aéreas internacionais, ligando Brasília à Europa, vem facilitar ainda mais este intercâmbio, que também favorece o setor de locação de automóveis. Em especial, as locadoras que trabalham com a chamada locação diária. O cenário favorável à consolidação da cultura do aluguel de automóveis em Brasília nos estimula a trabalhar ainda mais para tornar o setor uma referência em excelência. Nesse ponto, a ABLA investe na hora certa na qualificação profissional das pessoas que trabalham no setor, com o Programa Nacional de Capacitação em Gestão e de Recursos Humanos, em parceria com o Ministério do Turismo e com o Sebrae. Temos plena convicção de que esse programa será muito bem aceito pelas empresas locadoras de automóveis em Brasília. E no Brasil como um todo também. Vamos qualificar funcionários e gestores das locadoras associadas e, em um espaço relativamente curto de tempo (dois anos), deveremos estar ainda mais preparados para um mercado cuja competitividade não pára de crescer. É válido ressaltar, ainda sobre o programa de qualificação, que o sucesso estará diretamente ligado ao comprometimento de todos os proprietários, gerentes e demais profissionais do setor, além das Diretorias Regionais e Sindlocs. No que depender de Brasília, o setor pode contar conosco. Nestes 31 anos da ABLA, muito já foi conquistado. A ABLA cresceu e agora mostra força, apoiada por suas locadoras associadas em todo o Brasil. Colaboramos com o amadurecimento do mercado, e a instalação do escritório em Brasília é uma etapa importante desse processo. Com a participação e empenho do setor, tenho certeza de que as locadoras do Distrito Federal, assim como as espalhadas pelo território nacional, terão pela frente grandes e boas oportunidades. *Rodrigo Flávio Sá Roriz é Diretor Regional da ABLA no Distrito Federal e Tocantins




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