Revista Abla - Nº 33

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associação brasileira das locadoras de automóveis ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS

vitória O Fim Da Tradução Juramentada

março / abril 2010

ReCaLL

ANO VI - Nº 33

O grande teste das marcas

Entrevista Anísio Campos e a arte de desenhar

ABLA

Essa revista tem suas emissões compensadas por restauro florestal em mata ciliar

33 ANOS

Sensacional!



E

Conselho Gestor Paulo Gaba Jr., Paulo Nemer, Alberto de Camargo Vidigal, José Adriano Donzelli, Saulo Fróes, Nildo Pedrosa, Carlos Rigolino Júnior, Alberto Faria, Roberto Portugal, Erozalto Nascimento, Luiz Mendonça e Marcello Simonsen. Conselho Gestor (suplentes) Carlos Teixeira, João Carlos de Abreu Silveira, Eládio Paniágua , Luiz Carlos Lang, Cássio Lemmertz, Paulo Miguel, Alberto Nemer Neto, Reynaldo Tedesco, Valmor E. Weiss, Marcelo Fernandes, Carlos Faustino, Nelma Cavalcanti Conselho Fiscal Antonio Pimentel, Eduardo Corrêa, Paulo Bonilha Jr., Flavio Gerdulo, Raimundo Teixeira, Jacqueline Moraes de Mello. Conselho Fiscal (suplentes) Joades Alves de Souza, Felix Peter, José Zuquim Militerno, João José Regueira de Souza, Marco Antonio Lemos e Emerson Ciotto. Conselho Editorial Aleksander Rangel, Eduardo Corrêa, Marconi Dutra e Saulo Froés. Presidente Executivo João Claudio Bourg. REVISTA LOCAÇÃO Projeto, criação e execução: Fatto Comunicação 360º www.fattostampa.com.br - 11 5507-5590

editorial

ABLA

Parabéns! 33 anos. Longos? Rápidos? Proveitosos? A nossa ABLA completou 33 anos no dia 30 de março. Passamos há muito da maioridade. Entramos em uma fase madura, consciente, ciente de que os nossos associados estão conquistando, cada vez mais, importantes vitórias. As locadoras ganharam o respeito do consumidor, a confiança dos grandes empresários e estão se tornando importantes ferramentas de trabalho. O Brasil é um país incrível. Grandes distâncias, grandes diversidades físicas e econômicas, grandes desafios. A ABLA não tem medo de desafios. Ainda teremos muitos pela frente e vamos vencê-los, como o fim da obrigatoriedade da tradução juramentada para estrangeiros dirigirem no Brasil

Coordenação Geral Aparecida Parlato Diretor de Conteúdo Rogério Nottoli (Jornalista Responsável - MTB: 31056) r.nottoli@fattostampa.com.br Editor de Arte Renato Prado Assistentes de arte Érica Igue e George Gargiulo Redatores Roberto Ferreira e Juliana Nottoli Fotos George Gargiulo e Shutterstock Estagiárias Gabrielle Victoriano e Mariana Fernandes Impressão Gráfica NeoBand.

Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis Rua Estela, 515 - Bloco A - 5º Andar Cep: 04011-904 - São Paulo/SP Telefone: (11) 5087-4100 Fax: (11) 50821392 - E-mail: abla@abla.com.br Site: www.abla.com.br SAS Quadra 01 Conjunto J, 6º Andar, sala 602 Edifício CNT Cep: 70070-944 - Brasília/DF - Telefone: (61) 3225-6728 Fax: (61) 3226-2072 A Revista Locação não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados. Permitida a reprodução das matérias desde que citada a fonte.

João Claudio Bourg

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março

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abril

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B rasília

índice

expediente

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anísio campos

Nosso mago do design E

le ainda tenta emplacar seu mais novo projeto: veículo pequeno, urbano e elétrico. Esteve perto, chegou a fazer os primeiros esboços e guarda a sete chaves o projeto final. Mas os investidores não bancaram e Anísio segue tentando abrir portas para mostrar que ainda falta personalidade ao carro nacional. Sua carreira como desenhista industrial – nome dado aos projetistas na década de 60 – poderia ter começado bem antes: em 63, na General Motors do Brasil. Só que o jovem queria mesmo acelerar carros de competição, como seus amigos José Carlos Pace, Christian Heins, Marinho, Bird Clemente e muitos outros. Então, quando Luiz Antonio Greco, um dos maiores chefes de equipe de competição do automobilismo nacional, o convidou para pilotar um Gordini em uma prova de rua em Pelotas, Rio Grande do Sul, Anísio Campos agradeceu o convite da General Motors, pegou um Gordini da fábrica e foi pilotando até a cidade gaúcha. Como um Cesar, “cheguei, vi e venci”, conta com muita modéstia, uma marca característica do nosso gênio. Nesta entrevista exclusiva, Anísio Campos conta um pouco da sua vida, desenhos e do que mais gosta: carros.

“Via as revistas e recortava os carros para brincar”

NICK AC

Dacon 828

GT 4R


Esta é a frase predileta de Anísio Campos, 76, um dos mais importantes designers de carros do Brasil

Vamos falar de design e conceitos de carros. Como você vê o design atual e como você planejaria um carro hoje? Os carros estão muito iguais. Parece que os projetistas atuais só tem um estilo para criar. Então, o que se vê são carros fabricados no Japão, China, Brasil e Estados Unidos muito parecidos. A minha escola era de botar a mão na massa, não apenas desenhar, mas também fazer o protótipo, batendo lata e experimentando. Tinha que fazer também a estrutura, o chassi. Era uma coisa fantástica, que me dava um prazer incrível. Como você começou a se interessar por carros? Eu deveria ter uns 6 ou 7 anos e via as revistas de automóveis do meu pai. Recortava os carros, colava em uma cartolina dura e os transformava em carrinhos, dando movimento a eles. Lembro de um automóvel amarelo que me marcou muito. Só não lembro o modelo. Como você classifica os estilos de automóveis? Para falar de automóveis, tenho que falar dos automóveis da década de 30, antes da Segunda Guerra Mundial. Eu era muito empolgado com o carnaval e lembro do corso (desfile de carros pelas ruas) na av. São João, em São Paulo. Os automóveis que participavam eram conversíveis, com os para-lamas altos, grade frontal horizontal e os faróis acoplados em cima. Isso foi uma base que absorvi, ainda muito criança. Depois, nos anos 40/50, os carros continuaram grandes, mas já tinham os faróis aplicados nos para-lamas e grades horizontais. Ainda tinham grandes para-choques. O que me marcou mais foi a grande revolução dos anos 50, quando os para-choques passaram a ser integrados aos carros, perdendo aquelas garras, que mais pareciam dentes. No pós-Guerra, nos anos 50, você tem uma fase norte-americana de carros audaciosos como o Hudson 1948/49, que era uma banheira fantástica. Você abria a porta e descia para alcançar o chão…O chassi era monobloco, uma mudança muito grande no automóvel. Essa era a minha escola. A gente sacava, se inspirava e se apaixonava. Mas você frequentou alguma escola de design? Tudo isso fui absorvendo na adolescência e cursei faculdade de belas artes, mas as influências mesmo foram as fotografias de carros para eu fazer os meus trabalhos. Podemos dividir a história dos automóveis em três estilos: o estilo americano, um automóvel grande para vencer as grandes distâncias, com muito conforto, motor V8, o para-lama traseiro que parecia um leme, alguns até lembravam rabo de peixe, e a frente igual a um torpedo, pontuda. Era um absurdo o enfeite pontudo colocado sobre o capô. Se alguém fosse atropelado furava a barriga. Os automóveis italianos eram belos, com grande influência da época renascentista, lindos, com paixão, desejados, uma coisa que os italianos fazem muito bem. E os franceses que tinham o “toque”. Um detalhe especial que só era encontrado nos carros

franceses, como o Citroën da época que, apesar de desenhado por Bertone, tinha um toque especial que eram as lanterninhas na capota. Um charme. Ainda é assim? O tamanho dos automóveis americanos foi diminuindo, mas continuam carrões. Os italianos continuaram exportando design e paixão e os franceses perderam um pouco do “toque”. Ficaram muito parecidos. Mas é assim no mundo globalizado, onde você aperta botões de computador e tem um projeto pronto, um design parecido em qualquer parte do mundo. É preciso ver muito mais custos de produção do que diferenciais. O computador não está oferecendo só uma coisa: criatividade, mas sim muitos recursos. Quisera eu tivesse avançado em computação, teria feito muito mais coisas. A juventude primeiro saca o que faz, mas não tem o conteúdo da história. Então, você hoje vê muito carro parecido com o outro. A personalidade tem que existir, mas é muito difícil encontrá-la. Eu entendo perfeitamente, aliás, já vivenciei isso quando trabalhei com o Paulo Goulart, na Dacon. Bertone, Pininfarina, Giuggiaro. Essas pessoas foram superadas? Ainda não. Tem novos talentos, mas eles são imbatíveis para fazer um carro. Veja o que Giuggiaro fez na Fiat com o 127 depois 147 e chegou até o Uno. Ele foi evoluindo sua criação. Quando trabalhei em alguns projetos com o Paulo Goulart, na Dacon, fazendo o 828 e depois o Nick, nós trabalhávamos com um chassi da Brasília cortado e peças que poderiam ser utilizadas do estoque da revenda Volkswagen Dacon. No início a fábrica até ajudava vendendo partes que serviriam apenas para os nossos carros, mas depois parou de fornecer as peças e tivemos que desmontar os carros da cota. Foi ficando inviável. Para se ter uma ideia de como trabalhávamos naquela época, vou contar uma passagem curiosa. Estávamos fazendo o Nick. Construíamos o carro em poliuretano, com sua forma final, mas faltava a entrada de ar para o motor, dianteiro. O Paulo me esperava ansioso para fazer a grade e eu, atrasado. Quando cheguei, ele falou: “faz a grade”. Sob pressão, peguei uma caneta de colorir e tracei três riscos verticais na frente do carro onde ficava o radiador. Pronto, eu disse. Vai ser assim. O Paulo olhou, olhou, coçou a cabeça e aprovou. Agora vi que o novo Fiat Uno tem a entrada do radiador de um lado só, como eu tinha feito no Nick, há muitos anos. O 828 nasceu porque nós tínhamos uma vontade muito grande de fazer um automóvel que tivesse uma ligação de superfície forte. Então nos inspiramos no Porsche 928 só que em tamanho menor e mais uma vez utilizando componentes que tinha na oficina da Dacon. Como começou a trabalhar com o Paulo Goulart? Um dia, em 1982, ele me chamou e disse: “Quero fazer um carro que as pessoas desejem colocar no quarto, conviver com ele, ir trabalhar, passear, viajar, sair a qualquer momento. Sobretudo se apaixonar por ele. Precisamos de performance, volume e desenho”. Pronto! Tudo explicado! Coloquei mãos à obra e logo depois apresentei o 828 Mini-Dacon – era o nosso oitavo projeto e o ano era 1982 - um dos carros mais

E entrevista

ABLA

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“ Carro tem personalidade.


anísio campos

especiais que a Dacon fez e que foi um sucesso especial na mídia do Brasil e do mundo. Era assim que a coisa funcionava. Os carros pequenos estão na moda? Eles nunca saíram de moda. Veja que já tivemos o Fiat 500, o Citroën 2CV, o Simca mini, o Peugeot com apenas um farol na frente, o MINI Cooper. Então, a indústria está voltando ao passado. Falta apenas os Estados Unidos se adequar, esquecer os carrões, os SUV’s, que eu acho horrosos e o mundo vai ser invadido por carros pequenos. Então, por que o Obvio ! não vingou? Fiz um dos meus melhores projetos. O carro era inteiramente desenvolvido por mim para um grupo de investidores e era equipado com motor feito pela Tritec, do Paraná. Apresentamos o carro nos Estados Unidos e foi o maior sucesso. Importadores queriam 5.000/6.000 carros apenas para pesquisar o mercado. Acho que isso assustou nosso grupo e o projeto não foi para a frente. A ideia era fazer automóveis urbanos para três passageiros, com versões tri-flexfuel - álcool, GNV e gasolina, unindo Design Brasileiro e tecnologias internacionais de alta segurança + alta performance, com capitalização garantida, baseada nos “pedidos firmes” das pré-vendas aos seus distribuidores exclusivos, com produção em vários lugares. O início de produção dos veículos estava definida para o final de 2008, mas com o sério problema do atraso no seu cronograma de entrega para a encomenda de 50.000 unidades para o distribuidor dos Estados Unidos, ocorrido em função do encerramento de operações da fábrica Tritec Motors em 2007, o projeto foi arquivado. A Tritec Motors era uma fábrica de motores pertencente ao joint-venture Chrysler/BMW - que se encerrou em julho de 2007 e passou a ser de propriedade da Chrysler LLC - que produzia no Brasil os motores do MINI Cooper BMW - localizada em Campo Largo, Paraná e era fornecedora-chave do Obvio !, tendo participado por cinco anos do desenvolvimento do projeto. Esse fato gerou considerável prejuízo e originou duas ações judiciais contra a Tritec, promovidas pelo Escritório de Advocacia Sergio Bermudes - que impediu sua venda e desmontagem para o exterior. Os novos modelos 828 e 012 da Obvio ! foram lançados no Salão Automotivo de São Francisco em novembro de 2005. Os protótipos também foram mostrados no Show da NADA (National Auto Dealers Association) em fevereiro de 2006 e 2007, no Nova York Auto Show em abril de 2006, na Festa do Rat Fink em julho de 2006 e 2007, novamente no São Francisco Auto Show em novembro de 2006.

Quantos carros você criou? Realizei um total de quatorze carros projetados, construídos e lançados até hoje, incluindo o Mini-Dacon, Nick e Chubby, feitos com curadoria do Paulo Goulart, da Dacon. Mais que importador, Paulo Goulart era um apaixonado pela marca Porsche. E durante muitos anos o nome Dacon foi sinônimo de luxo e alta performance no Brasil. Fundada nos anos 60 pelo empresário e engenheiro Paulo Goulart, ela foi a primeira importadora da marca no País e manteve-se em atividade até meados dos anos 90. Fiz o AC (sigla das minhas iniciais) que foi o primeiro “esporte protótipo de competição” projetado e construído em série para atender a demanda (pequena na época) das corridas oficiais (Divisão 4) do nosso calendário desportivo. Também fiz o bug Kadron, o Protótipo GT4R, para a revista “Quatro Rodas” em parceria com o Rino Malzoni e o Carcará, também com o Rino, um protótipo que bateu o recorde de velocidade, pilotado pelo Norman Casari. Fiz vários trabalhos a quatro mãos com o Rino Malzoni. Fale mais do Carcará? A carroceria era de alumínio, batida a mão numa fazenda de Matão, interior de São Paulo, foi montada sobre um chassi de Fórmula Júnior, com motor central-traseiro, feito por Chico Landi e Toni Bianco, uma categoria que, como tanta coisa no Brasil, não vingou. O volante era tão grande - para reduzir os problemas de estabilidade direcional que precisava ser colocado no “cockpit” depois do piloto sentado. Assinei com Rino Malzoni o design e o projeto, colocamos a inscrição “CARROÇARIA MALZONI-CAMPOS” nas laterais, abaixo da faixa verde e amarela do Brasil. Inicialmente foi batizado de “Arpoador” por seu idealizador, Jorge Lettry - Chefe do Departamento de Competições da Vemag - que criou a ideia para estabelecer o recorde brasileiro de velocidade absoluta em linha reta (streamlined), baseado no carro quebrador de recordes “Flecha Prateada”, da Auto-Union alemã


“A importância dos cartões de crédito no mercado de locação de automóveis” O

Brasil hoje tem o maior mercado de cartões de crédito e débito da América Latina. Segundo os dados da ABECS (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito) publicados em agosto de 2009, temos um total de 547 milhões de cartões sendo 132 milhões de cartões de crédito, 227 milhões de cartões de débito, e 188 milhões de cartões de lojas e grandes redes de varejo (Private Label) que estão em processo de receberem as bandeiras Visa/ Mastercard tornando-se assim cartões Private Label Híbridos. O faturamento gerado até agosto de 2009 foi de R$ 15,7 bilhões, com um crescimento de 18,3% em relação ao mesmo período de 2008. Do lado do nosso mercado de locação, conforme o Anuário ABLA, tivemos em 2009 um faturamento de aproximadamente R$ 4,5 bilhões com um crescimento de 13% em relação a 2008 e fechando 2009 com cerca de 2000 locadoras em todo o território nacional. No valor acima mencionado temos uma participação de 21% no nicho de turismo/lazer onde o cartão de crédito tem um importante papel como moeda no dia a dia dos associados ABLA. Então o que falta para que esse percentual aumente de forma mais rentável, com maior produtividade e com o acesso contínuo no dia a dia dos nossos associados junto às empresas Visanet, Redecard, American Express e Hipercard? Entendo que precisamos em 2010

incrementar a nossa relação pessoal/profissional com esses importantes players, buscando toda a sinergia comercial possível, treinamento e atualização dos nossos pontos de vendas em relação ao uso do cartão, redução das taxas atuais, implementar o parcelamento das despesas realizadas e buscarmos um lugar cativo nas promoções de turismo nacional e turismo receptivo, que, sem dúvida, serão foco dessas poderosas empresas para os dois importantes eventos esportivos internacionais (Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016) que serão realizados no Brasil. Além de negociarmos verbas de marketing anual para a utilização dos eventos de turismo nacional/regional. Estamos aguardando a entrada neste segmento de cartões administrados pelo Grupo Santander e GetNet, incrementando a concorrência em investimentos, bem como no atendimento do estabelecimento Locadora no dia a dia. Enfim, estes são alguns dos objetivos da ABLA para 2010 no que diz respeito à relação e tratamento com o dinâmico universo de cartões de crédito e meios de pagamentos, ferramenta essa indispensável para a manutenção e crescimento do negócio de locação de automóveis para os próximos anos

JOÃO CLAUDIO BOURG - PRESIDENTE EXECUTIVO DA ABLA

CONQUISTAS

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ARTIGO


13º SINDLOC

Bahia de Todos os Santos. E das locadoras também...

Mais de 200 profissionais do setor de locação de veículos de todo o Brasil se reuniram em Salvador, BA, dias 24 a 26 de março, para o 13º Encontro Nacional dos Sindicatos das Empresas Locadoras de Veículos (Sindlocs), no Hotel Pestana. A abertura do evento aconteceu na noite de quarta-feira (24), com a participação do secretário de Turismo da Bahia, Domingos Leonelli, representantes do trade turístico da Bahia, entre outras autoridades. Atualmente, a Bahia possui mais de 170 locadoras de veículos e uma frota de 13.650 veículos, um número maior do que o total dos estados de Pernambuco, Ceará, Alagoas e Rio Grande do Norte juntos. De acordo com o Sindloc Bahia, o faturamento anual do setor no estado é de R$ 180 milhões e gera nove mil empregos diretos e indiretos. Cerca de 40% dos aluguéis de carros na Bahia é feito por turistas, sendo 25% para o turismo de lazer e 15% para o turismo de negócios. De acordo com o presidente do Conselho Nacional da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis, Paulo Gaba, a escolha da Bahia para o encontro foi muito importante. “O estado tem crescido nos últimos anos, atendendo ao mercado de locação de automóveis. Com os eventos que estão programados para os próximos anos, como a Copa e as Olimpíadas, o sucesso do segmento na Bahia é inevitável”, explicou Gaba.

GESTÃO SINDICAL O encontro discutiu temas como a gestão sindical, a integração à Confederação dos Transportes, implantação da Federação das Locadoras, o programa nacional de qualificação e capacitação e problemas enfrentados pelo setor, como o código de trânsito, situação do condutor estrangeiro, terceirização

da frota, seguros e multas de trânsito. Durante a abertura, o secretário Domingos Leonelli comemorou o sucesso das locadoras de automóveis na Bahia e se mostrou disposto a apoiar e incentivar o crescimento do setor. “Quando soube que uma empresa tentou alugar dez carros no Carnaval e não achou nenhum disponível, fiquei muito feliz por saber que o serviço estava sendo tão procurado. Precisamos explorar ainda mais as potencialidades do setor, incentivar o turismo rodoviário e investir na qualificação dos profissionais”, destacou Leonelli. Para o empresário Filipe Benzota, receber um evento importante, de nível nacional, mostra como a Bahia é respeitada neste mercado. “Vamos reunir grandes e pequenas locadoras aqui para debater e fortalecer o setor, que cresceu 8% aqui no estado somente em 2009. Queremos tirar proveito deste crescimento, pois temos um cenário promissor para os próximos anos”, comemorou Benzota.


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N

ABLA

30 de março de 1977 nascia a ABLA. O objetivo era reunir as locadoras de automóveis em uma entidade forte, representativa, para conquistar melhorias para o setor de locação. E, ao longo destes anos, os objetivos estão sendo cumpridos. Ainda faltam alguns, é verdade, mas a união dos associados vai permitir realizar todos os projetos. O Brasil vive um momento especial e os eventos pontuais vão gerar lucro muito antes de começarem. Que venham a Copa do Mundo e as Olimpíadas. O mercado de locação, seguramente, vai estar muito presente nestes e em muitos outros eventos.

Programa de Qualificação

notas

ABLA, 33 anos de conquistas

O fim da Tradução Juramentada para turistas

Todo programa de qualificação começa pelo entendimento do que é qualidade. E esse entendimento virá com a participação de todos os associados. É aí que você entra, independente de ser ou não associado à ABLA. Primeiro, se cadastra, o que nos possibilitará conhecer um pouco mais sobre você, nos ajudando a definir os melhores meios de comunicação digital, facilitando a nossa interação. Depois, com o cadastro, você iniciará a construção de um perfil que será desenvolvido de acordo com a sua colaboração, te dando um lugar de destaque na construção do programa. Você deve estar se perguntando: Por que eu? Porque você está envolvido diretamente no dia-a-dia de uma locadora, conhece as necessidades e entende as dificuldades do setor. Portanto, é a pessoa que queremos do nosso lado. Esse será mais um passo para a Qualificação do Setor de Locadoras de Automóveis do Brasil, rumo ao desenvolvimento de um ambiente de comunicação e colaboração entre empresários, profissionais e gestores de entidades representativas. E que juntos, vamos construir e transformar o Programa Nacional de Qualificação e Capacitação em um grande Programa de Qualidade do Setor. É você e a ABLA tocando juntos o Programa Nacional de Qualificação e Capacitação. Mais informações acesse www.abla.com.br e responda a pesquisa para o mapeamento das ocupações e competências das locadoras de automóveis.

Conforme informamos no editorial da última edição, a ABLA tem a satisfação de anunciar mais uma grande conquista para o setor de Locação de Automóveis. Foi publicada em 23 de março, no Diário Oficial da União, a Resolução 345 do Contran, cuja íntegra (reproduzida abaixo) dispõe o seguinte: O estrangeiro que desejar ou necessitar dirigir no Brasil não precisa mais apresentar a tradução juramentada de sua carteira original de habilitação. Basta apresentar a carteira de habilitação original, dentro do prazo de validade, e um documento de identificação, que pode ser o passaporte. Com essa medida, foi dado sinal verde para o turista estrangeiro alugar um automóvel e dirigir no Brasil. Isso significa grandes oportunidades de negócio para todos, às vésperas da Copa do Mundo de 2014 e também da Olimpíada de 2016. A ABLA tem orgulho de ter alimentado a discussão sobre o fim da tradução juramentada da carteira de motorista estrangeiro, acompanhando de perto o processo que culminou no fim da exigência e incentivando sempre o empenho das autoridades para solucionar a questão. Foi uma vitória para todos! Com certeza, a medida vai influenciar positivamente nos negócios de nosso setor.

Conhecendo o Logan

março

2010

abril

A ABLA esteve presente no hotel IberoStar da Bahia acompanhando o lançamento da atualização do já conceituado Renault Logan e conferiu a excelente apresentação do produto, com destaque para uma simulação no palco que demonstrava a vantagem dimencional do Logan contra os seus concorrentes.


Motores

Diesel no carro. Por que não? L

imitações legais impostas há mais de 30 anos impedem a indústria brasileira de produzir automóvel movido a óleo diesel para o mercado interno. O fim da proibição estimularia maior desenvolvimento tecnológico na área e consequente crescimento econômico no País. O assunto é polêmico, mas merece amplas discussões. Um trabalho desenvolvido pelo SAE Brasil (Sociedade de Engenharia da Mobilidade) mostra que é sim possível ter motores a diesel equipando carros de passageiro, principalmente com as modernas tecnologias existentes. O Brasil está caminhando para a auto-suficiência de combustível com descobertas de petróleo na camada do pré-sal e outros campos que jorram petróleo de boa qualidade há muito tempo. O diesel é subsidiado pelo governo para incentivar o transporte rodoviário, grande apelo de governos passados que se preocuparam apenas em abrir estradas para escoar a safra ou transporte de cargas. Está na hora de rever estes conceitos. Na Europa, o diesel é utilizado nos automóveis há muito tempo. O combustível tem preço equivalente à gasolina e os carros com motor a diesel são mais caros. Só que o diesel traz grandes vantagens, como o menor consumo e maior autonomia. Deve acabar o subsídio? Os carros com motores a diesel devem pagar mais impostos? Os motores a diesel são realmente mais poluentes? São perguntas que a sociedade quer discutir. Mas o motor a diesel não pode ser encarado como o grande vilão da poluição do planeta

Cenário macroeconômico/antes Importação de 78% do petróleo consumido, condição agravada pelas duas crises do petróleo. Custo com importação de petróleo cresceu de US$ 600 milhões em 1973, para US$ 2,6 bilhões em 1974 e para US$ 10,6 bilhões em 1981. A participação do custo do petróleo importado, nos pagamentos externos brasileiros, passou de 9,7% para 52,7% no período de 1973 a 1980, a dívida externa brasileira pulou de US$ 6 bilhões para US$ 54 bilhões.

Cenário tecnológico/antes Tecnologia Diesel básica, motores ruidosos com baixa performance. Sem controle de emissões. Combustível com elevadíssimo teor de enxofre. Portaria MIC nº. 346, em 19 de novembro de 1976, proíbe a comercialização de veículos de

passageiros a diesel. Na época o Brasil tornou-se o único país do mundo a proibir o carro de passageiros a diesel.

Resoluções complementares à proibição: Portaria 140 de 90 – Inclui caminhonetes de uso misto na proibição; Portaria 23 de 94 – Proíbe o consumo de diesel como combustível; Resolução 25 de 98 – Proíbe o licenciamento de veículos a diesel.


T

Cenário tecnológico/atual

Cenário macroeconômico/atual

Tecnologia de motores Diesel no estado da arte.

Auto-suficiência em produção de petróleo.

Investimento em refino -> mais Diesel/barril, com melhor qualidade.

Potencial do pré-sal.

Emissões para carros Diesel regulamentadas (PROCONVE).

Superávit da balança comercial.

Combustíveis renováveis, uma realidade (atual 5% biodiesel).

Brasil, economia emergente BRIC.

Avanços tecnológicos high lights

Autonomia Diesel - 948 km (140%) Gasolina - 604 km (53%) Álcool - 395 km (ref.)

EGR (Recirculação dos gases do

* dados de consumo de diesel e gasolina obtidos com dois veículos renault mégane, um com motor ciclo otto (gasolina) e outro com motor diesel

1800 bar ou mais.

escapamento) controlado eletronicamente.

TECNOLOGIA

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O Senado acaba de convocar uma Audiência Pública para discutir a utilização do diesel em automóveis

ABLA

Aumento de pressões de injeção Injeção direta de combustível com controle eletrônico, múltiplas injeções. Turbo compressores com geometria variável. Otimizações da câmara de combustão, número de válvulas, comando variável. Evolução de lubrificantes. Pós-tratamento (SCR, filtro de partícula, etc.). Swirl (turbilhonamento).

Goiânia (948 km) Belo Horizonte (578 km)

Vitória (913 km) Curitiba (405 km)

Rio G. do Sul (992 km)

São Paulo Referência

Rio de Janeiro (446 km)

Florianópolis (550 km)

março

2010

abril

Evolução da especificação para carros de passeio 2007 2009 2013 Material particulado (g/km):

0,050 0,050 0,025

Óxidos de Nitrogênio (g/km):

2,000 0,603 0,080


manutenção

Você pode evitar acidentes C

esvi Brasil estabeleceu algumas orientações para a melhoria da qualidade de vida do brasileiro no trânsito. Além de uma conduta responsável ao dirigir, o motorista deve realizar revisões periódicas do veículo, principalmente antes de viajar, para verificar as condições dos freios, suspensão, alinhamento, pneus, estepe, injeção eletrônica, carga de bateria, líquido de arrefecimento, faróis e lanternas. A manutenção preventiva evita que potenciais problemas ocorram e possibilita a tomada de ações para aumentar a segurança, além de eliminar gastos extras que ocorrem quando uma peça quebra em uso. A verificação deve seguir a periodicidade ou a quilometragem recomendada no manual do veículo. O Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária), engajado em ações que resultem na redução de acidentes no trânsito, estabeleceu uma série de cuidados básicos de manutenção que devem ser seguidos para melhorar a qualidade de vida no trânsito. A tecnologia está sendo representada em nosso país pela DataDot Brasil, que iniciou suas atividades no mercado recentemente, com o propósito de implementar o negócio e contribuir com os esforços da comunidade para a redução do índice de roubo e furto

Limpadores de para-brisa

• Verificar se as palhetas limpadoras não estão ressecadas e se apresentam eficiência, proporcionando assim uma boa visibilidade em condições de chuva. • Manter cheio o reservatório de água do limpador de para-brisa, com um pouco de detergente neutro, que ajuda na limpeza de impurezas durante a viagem.

Suspensão e amortecedores

• Preste atenção aos ruídos do tipo “choque seco”. Leve o veículo a um especialista para checar os amortecedores a cada 30 ou 40 mil quilômetros. • Existe um método caseiro de testar os amortecedores: empurre o carro para baixo, sobre cada uma das rodas, solte e observe se ele oscila apenas uma vez, caso contrário, consulte um especialista.

Itens de emergência e segurança

• Triângulo, macaco e extintor: saiba a localização e confira o estado e a validade desses itens, antes de precisar deles; • Cintos de segurança: verifique o estado do cadarço (pode ocorrer o desprendimento de partículas devido a deterioração pelo sol). O cinto, quando não está sendo utilizado, deve ter seu fecho virado para a coluna do veículo e não para seu interior. Verifique se o fecho trava e libera o cinto facilmente. O cadarço deve correr livre durante o uso, porém deve travar em caso de um deslocamento forte, freada brusca e/ou trepidação excessiva do veículo. Em caso de colisão, efetue a troca de todo o conjunto (cinto, retrator e fecho); • Air bag: o sistema de air bag não necessita de manutenção, porém, caso a lâmpada-piloto do painel de instrumentos acenda, leve o veículo imediatamente a uma oficina especializada. A eficiência do air bag depende da utilização do cinto de segurança e da posição correta do banco.


T

13 ABLA

• Motor não foi feito para receber água. Para mantê-lo limpo, use um pano úmido; • Use combustível confiável e não acelere forte sem necessidade; • Troque o filtro de combustível a cada 10 mil km; • Verifique o nível de óleo e realize a troca, assim como do respectivo filtro, conforme recomendado; • Peça para inspecionarem e troque periodicamente o filtro de ar; • Verifique e complete o reservatório de água; • Fique atento ao período de troca da correia dentada do comando de distribuição de válvulas, pois a quebra com o motor funcionando pode causar um grande prejuízo, aumentando o custo de realizar a troca no momento recomendado. Consulte um mecânico se o carro apresentar os seguintes sinais: • Não pega, engasga ou apaga irregularmente; • Consome mais combustível; • Perde potência ou torque; • Esquenta mais do que normal; • Nível de óleo do motor varia mais do que o normal; • Vaza óleo no chão da garagem; • Muda o odor dos gases de escape ou surge fumaça de cor diferente do normal (cinzenta azulada, preta ou branca); • Reservatório de água varia com frequência.

• Não dirija com o pé sobre o pedal da embreagem; • Realize a troca de marchas com suavidade, sem trancos; • Verifique o nível de óleo do câmbio, conforme recomendado; Consulte um mecânico de confiança se o carro apresentar os seguintes sinais: • Patina nas trocas de marchas; • Roncos nos rolamentos ou estalos nas juntas homocinéticas (pontas dos eixos); • Problemas nas coifas. Fique atento, porque as linhas com cerol cortam as coifas.

Direção

• Cuidado com as trepidações e folgas. Em caso de direção hidráulica, controle o nível de óleo, com o motor ligado.

Faróis e luzes de sinalização

• Verificar se não há nenhuma lâmpada queimada no sistema de iluminação (lanternas, faróis, setas, luzes de emergência, luzes de marcha a ré, luzes de placa, luzes de freio e brake-light). Também é importante verificar a regulagem de altura dos faróis.

Pneus e rodas

• Fique atento e controle a calibragem (a cada 15 dias e antes de viagens longas) e o desgaste dos pneus. Dentre outros, esses fatores afetam a segurança e o consumo de combustível; • Verifique as condições do estepe, que também precisa ser calibrado, para evitar surpresas no trajeto; • Para controlar o desgaste dos pneus, é preciso inspecionar a profundidade dos sulcos, que pode ser feita de uma forma prática: procure no “ombro” (lateral) do pneu uma marca triangular ou a sigla TWI ou o símbolo do fabricante. Siga o alinhamento dessa marca até o sulco e nele estará um ressalto, que é um indicador do desgaste. A altura da banda deve ser maior do que a desse indicador, caso contrário, o pneu já atingiu o limite, necessitando de troca; • Na hora da troca, opte por pneus novos que tenham a especificação indicada pelo fabricante, com menos de cinco anos de fabricação, montando-os no sentido de giro indicado. Para saber se tem menos de cinco anos, veja a data de fabricação que é indicada também no ombro do pneu, numa sequência de códigos colocados depois da sigla DOT. Um deles são quatro algarismos dentro de um retângulo que pode ser, por exemplo, 1507, significando que pneu foi produzido na 15ª semana do ano de 2007; • O alinhamento, balanceamento e rodízio dos pneus precisam ser feitos dentro dos prazos recomendados pelo fabricante ou quando for repará-los ou trocá-los.

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2010

abril

Freios

• Cheque nas frenagens normais se o carro, trafegando em pista plana e reta, se mantém na mesma direção, sem puxar para os lados; • O sistema (pastilha, discos, mangueira e outros) precisa ser verificado, pelo menos, a cada 15 mil quilômetros. Atenção: o fluido de freio deve ser trocado, no mínimo, uma vez por ano ou a cada 15 mil quilômetros, na especificação indicada pelo fabricante.

tecnologia 2

Motor

Transmissão




A NASA vai trabalhar com o governo americano para apurar as falhas nos carros da Toyota

RECALL

U

ns condenam, outros aplaudem. A verdade é que na busca por maior participação no mercado, as montadoras trabalham em ritmo acelerado para colocar seus carros nas revendas. Só que… Por falhas de projeto dos fornecedores ou falta de maior desenvolvimento, muitos carros têm que voltar às revendas para resolver problemas, alguns mais sérios, que podem provocar acidentes graves. No final do ano passado e início deste ano, nunca a palavra recall esteve tão na boca dos consumidores. Começou com a Toyota, nos Estados Unidos, Honda, General Motors e Fiat, no Brasil.

A Honda teve que fazer a manutenção em quase 650 mil carros em todo o mundo e a Toyota, desde setembro do ano passado, já convocou mais de 8 milhões de veículos para revisão, o que levou o presidente da companhia, Akio Toyoda, a pedir desculpas públicas nos Estados Unidos. Para os padrões sérios japoneses, uma terrível vergonha. Esse movimento no exterior chama a atenção para um fato inédito no Brasil: em 2009, foram anunciados 35 recalls, maior volume em um único ano, segundo dados do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), ligado ao Ministério da Justiça.


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17 ABLA

Mais de 459 mil carros precisaram voltar às concessionárias no ano passado, no País. O número é inferior ao de 2008, quando foram convocados 468,7 mil veículos. É menor também que o recorde estabelecido em 2000, ano em que foram chamados mais de 1,4 milhão de unidades. No entanto, os dados de 2009 saltam aos olhos por dois motivos: as convocações se tornaram mais frequentes e os recalls de veículos passaram a responder por uma fatia maior dos recalls realizados no País (entram nessa conta recalls de medicamentos, brinquedos e produtos de informática, entre outros). Os 35 recalls de veículos corresponderam a 65% de todos os chamamentos de 2009. No ano anterior, foram 27 recalls de veículos, ou 58% do total. Mas o ano começou mal para a Fiat, que teve que chamar todos os Fiat Stilo produzidos em Betim (MG) por causa de um problema na roda traseira dos veículos equipados com freio a tambor que, segundo informações, soltava e chegou a provocar acidentes sem vítimas fatais. Após o aparecimento dos primeiros casos, os modelos com freio a tambor na traseira passaram a receber o sistema de freio a disco utilizado nos modelos 16V e Abarth. Muitos se dividem quando falam de recall. Enxergam pontos positivos e negativos. Positivo porque mostra que quando a fábrica tem problema em algum modelo, age rapidamente e procura solucionálo sem ônus para o consumidor. Mas outra corrente culpa a “pressa” em colocar carros na rua para conquistar mercado. Certo ou errado, o recall é sempre uma vitória do consumidor.

março

2010

Histórico de recalls nacionais Ano

Convocações

Nº de veículos

2001

9

116.900

2002

33

526.300

2003

29

161.900

2004

29

205.500

2005

26

184.900

2006

27

340.100

2007

28

253.800

2008

27

468.700

2009

38

459.500

Fonte: Ministério da Justiça (Inclui carros e caminhões)

Segundo especialistas, uma das justificativas para esse fenômeno foi o crescimento das vendas de veículos entre os anos de 2007 e 2008 – foram esses os convocados no ano passado. “A indústria automobilística nesse período trabalhou no limite da sua capacidade de produção, sem pausas para manutenção. A falta de controle de qualidade acabou comprometendo os automóveis”, afirma Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste).

abril

mercado

No Brasil


RECALL

Outro fator para o aumento do número de recalls, segundo as análises, é a crescente preocupação das montadoras de preservação de sua imagem. “As companhias querem correr menos riscos e, por isso, estão anunciando mais recalls para evitar multas e processos na Justiça”, diz Renato Fonseca, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças (Anfape). O número de convocações em 2009 foi recorde, mas poderia até ser maior, diz Renata Faria, consultora do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). “Isso não significa que a qualidade dos produtos brasileiros é excepcionalmente superior à do resto do mundo”. A contadora Cristiana Souza não chegou a engrossar as fileiras dos recalls de 2009, mas entende do assunto. Sua primeira experiência ocorreu em 2000, com o modelo Corsa, da General Motors – que naquele ano envolveu pouco mais de 1 milhão de veículos e se tornou o maior recall do País até hoje. O modelo apresentou defeito em uma peça do cinto de segurança. Cristiana afirma que só ficou sabendo da necessidade de levar o carro à concessionária por intermédio de seu pai, que viu o anúncio em um jornal. “Se não fosse ele para me avisar, talvez até hoje não saberia que o carro tinha problemas”, diz. O segundo recall enfrentado pela contadora foi em 2008 com o modelo Fox, da Volkswagen. Após ver uma reportagem na TV mostrando que o banco traseiro do modelo havia amputado parte dos dedos das mãos de algumas pessoas, Cristiana entrou em contato com a loja onde comprou o veículo. “Fiquei preocupada, mas como já tinha passado por uma situação parecida,

a experiência me fez crer que a montadora teria que tomar uma providência”, afirma. “Dias depois, o recall foi anunciado”. Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), diz que o anúncio de recall precisa ser eficiente, objetivo e transparente. “É preciso deixar claro para o consumidor que, caso o reparo seja ignorado, os riscos de acidentes são grandes”. O advogado Rodolfo Rizzotto, autor do livro “Recall – 4 Milhões de Carros com Defeito de Fábrica”, estima que apenas 50% dos proprietários convocados no Brasil comparecem para a revisão de seus veículos. Segundo o especialista, isso ocorre principalmente porque os comunicados não são precisos o suficiente.

O grande dilema é: a quebra do componente é a causa ou é a consequência?

Prevenção contra processos

Desculpas aceitas? Com a mão direita erguida na altura da cabeça, o presidente mundial da Toyota, Akio Toyoda, comprometeuse a falar a verdade durante sabatina no Congresso norte-americano. Em pauta, a crise enfrentada pela maior montadora do mundo, acusada de esconder dados sobre defeitos em seus carros, enganar autoridades para evitar prejuízos e que anunciou no início do ano o recall de 8,5 milhões de veículos. Ao final de horas de esclarecimentos e muitos pedidos de desculpas, uma pergunta permanecia sem resposta: até que ponto a maior crise dos quase 70 anos de história da Toyota pode afetar a sua marca?

Recall branco Quando não envolve o item segurança, existe o recall “branco”, feito pela montadora quando da revisão do veículo ou quando por qualquer razão este veículo adentrar uma concessionária da marca sem que o cliente fique sabendo. Esta peça substituída recebe uma identificação, geralmente é uma “pinta” colorida. Às vezes, encontramos um componente com mais de uma pinta, que significa mais de uma substituição do mesmo componente. Daí a importancia de utilizarmos somente as oficinas autorizadas pelas Montadoras.


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19 ABLA

! Não existe receita para lidar com uma crise como a enfrentada pela Toyota, mas algumas medidas ajudam a empresa a recuperar o prestígio da sua marca. Em primeiro lugar, é preciso identificar e reconhecer rapidamente a existência de um problema. Mais importante, a empresa tem de se esforçar para corrigi-lo custe o que custar. Alguns anos atrás, alguns pneus defeituosos da Firestone foram apontados como a causa por trás de acidentes envolvendo modelos Explorer, da Ford. Ao todo, 13 milhões de unidades de pneus foram trocados ao custo de US$ 750 milhões.

Nem o carro híbrido (que combina motor elétrico e gasolina) de maior sucesso da Toyota, o Prius, escapou do recall. E justamente em um momento que o mercado estava totalmente favorável às vendas, principalmente nos Estados Unidos. Por causa de um problema do acelerador, que estava travando, a Toyota anunciou o recall dos modelos de última geração do Prius, o sedã Sai e o Prius Plug-in cujos sistemas são similares. Os consertos começaram no Japão, onde 223.068 serão revisados, e se comprometeu a iniciar as medidas no resto dos mercados o mais rápido possível, ao mesmo tempo em que suspendeu as vendas dos modelos. O Prius se transformou no símbolo da aposta da Toyota pela tecnologia verde e seu mais recente sucesso de vendas. Desde que sua terceira geração chegou ao mercado, em maio passado, a empresa japonesa vendeu mais de 300 mil unidades em 60 países.

LEI DE MURPHY Um dia após a Toyota convocar jornalistas especializados norte-americanos para experimentar as mudanças feitas no sistema de aceleração do Prius, James Sikes, 61, dirigia seu Prius 2008 por uma autoestrada da Califórnia e, ao pressionar o pedal do acelerador para fazer uma ultrapassagem o mesmo travou, e a velocidade começou aumentar. Um patrulheiro emparelhou seu carro ao lado de Sikes e recomendou que pressionasse o pedal do freio ao mesmo tempo que deveria puxar a alavanca do freio de estacionamento. Sikes conseguiu diminuir a velocidade permitindo que o patrulheiro ficasse à sua frente para ajudá-lo a parar. “Pensei que teria um momento alegre e quase bati na traseira de um caminhão”, afirmou Sikes.

COMO FUNCIONA Em baixas velocidades, o Prius usa o motor de 67 cavalos movido a bateria. Na estrada, é a vez do 1.5 de 76 cavalos alimentados com gasolina. Mas se você pisar forte no acelerador, os dois motores juntarão forças para responder mais rápido e levar o carro de 0 a 100 km/h em pouco mais de 11 segundos. Quem coordena a atuação dos dois motores é o PCU ou Power Control Unit (unidade de controle de força), o cérebro do carro. A harmonia dessa união é abençoada por uma espécie de diferencial que transfere a força gerada por cada um dos motores para o câmbio CVT em qualquer combinação. E enquanto o Prius usa apenas gasolina, um gerador alimenta a bateria, aproveitando a rotação do motor. O mecanismo garante auto-suficiência ao carro

Seus direitos O fabricante deve informar, por meio de veículos de comunicação com circulação nacional, o recall dos veículos envolvidos com o problema. E o consumidor deve procurar uma revenda mais próxima - não precisa ser onde comprou o bem - para consertá-lo. Para saber se o seu veículo está na lista de recall, acesse o site do fabricante.

março

2010

abril

mercado

Até tu, Prius!


Fórmula 1 x Fórmula Indy

Briga sobre rodas A

parentemente – e só aparentemente – os carros da F-1 e da F-Indy são iguais. Ao acionar os motores, a diferença é brutal. Enquanto o motor de um Fórmula 1 despeja os seus quase 850 cavalos num piscar de olhos, o F-Indy com seu motor de 650 cavalos, permite uma segunda piscada. A tecnologia é o grande diferencial entre os dois carros. Tá certo, na aparência, as quatro rodas são expostas, o piloto fica em um monocoque, onde só o seu capacete é visível. Mas é por dentro que estão as grandes diferenças. A eletrônica que equipa um carro da F-1 é de primeira linha. Tudo é desenvolvido especialmente para ele. O gerenciamento do motor pode ser feito pelos engenheiros, dos boxes. Resta ao piloto obedecer as ordens e pisar no acelerador, por enquanto. Já no Indy, apesar de ter lá os seus computadores, estes são limitados. Os baixos custos, se é que podemos chamar de baixos, impostos às equipes pelos organizadores da Indy são irrisórios. Muito menor que a menor equipe da Fórmula 1 onde, até pouco tempo atrás, não havia limitação para gastos. Estimava-se que o orçamento da Ferrari, McLaren ou Toyota, beirava

os US$ 300 milhões por ano. A Federação Internacional de Automobilismo até tentou limitar os gastos este ano, e atraiu equipes novas. Mas as grandes equipes bateram o pé e ainda despejam centenas de milhões de dólares para ter seus carros brigando pela ponta. Na Fórmula 1, as equipes constroem seus próprios carros. Há maior variedade de marcas de motores, como Ferrari, Mercedes, Renault e Cosworth e câmbios de sete marchas. Além de todo um aparato eletrônico que permite ao piloto tirar brevê de qualquer jato supersônico. A Fórmula Indy, para limitar os custos, adotou a padronização. O chassi é construído pela italiana Dallara, igual para todos, assim como os motores Honda, também iguais. Apenas as regulagens aerodinâmicas de aerofólios traseiro e dianteiros ficam a critério de cada equipe. Por isso, é comum ver os carros da F-Indy estacionados em frente aos boxes com capas escondendo os aerofólios para evitar espionagem. Na Fórmula 1 existe um regulamento. Mas ele limita peso, comprimento, largura, tamanhos dos aerofólios. Tudo o que os engenheiros aerodinâmicos conseguirem dentro destes limites, é válido. E lá vai dinheiro.

As corridas de Fórmula 1 são realizadas em autódromos ou, no máximo, em alguns circuitos de rua, com destaque para Mônaco. A Fórmula Indy também utiliza circuitos de rua, mas a grande maioria das corridas são realizadas em ovais, com destaque para Indianápolis, circuito que por muito tempo também recebeu o circo da Fórmula 1. Os puristas fecham com a Fórmula 1. Os “american way” fecham com a Indy. Felizmente São Paulo fechou com ambas. A corrida de abertura do campeonato da Indy aconteceu no circuito de rua montado nas proximidades do Sambódromo do Anhembi. A Fórmula 1 tem como lar o autódromo de Interlagos, no final do ano. Apesar de próximas, elas têm anos-luz de diferenças tecnológicas, velocidade de reta e curvas. Mas para quem gosta de automobilismo elas são únicas


C COMPORTAMENTO

ABLA

Ficha técnica. As principais diferenças:

Fórmula 1

Fórmula Indy

Velocidade máxima: aproximadamente 362 km/h; Motor: aspirado, 2,4 litros, V8, fabricação livre; Potência: aproximadamente 850 cavalos a 18.000 rpm; Câmbio: semiautomático, de 7 marchas, borboletas no volante; Combustível: gasolina especial com alta octnagem, mas encontrada no mercado; Pneus: Bridgestone, tipo Slick (lisos), 2 tipos de compostos: macios e duros e chuva, sendo obrigatório o uso de 2 compostos; Largura (aro): na frente, 245 mm; traseiros, 305 mm; Peso: entre 605 kg e 620 kg; Altura: 0,95 cm máximo; Largura: 1,80 m mínimo; Chassi: livre fabricação. Reabastecimento proibido.

Velocidade máxima: aproximadamente 370 km/h; Motor: aspirado, 3,5 litros, V8, Honda para todas as equipes; Potência: aproximadamente 650 cavalos a 10.000 rpm; Câmbio: seis marchas, borboletas no volante; Combustível: 100% etanol brasileiro; Pneus: Firestone, tipo Slick (lisos), com 2; tipos de compostos: macios e duros e chuva; Largura (aro): aproximadamente 308 cm; Peso: mínimo de 710 kg para ovais ou 740 kg para circuitos de rua; Altura: aproximadamente 0,97 cm; Largura: 1,99 m máximo; 1,97 m mínimo (considerando de ponta a ponta); Chassi: Dallara para todas as equipes. Reabastecimento liberado.

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2010

abril




Brasília

Uma jovem senhora 21 de abril de 2010 a cidade de Brasília completou 50 anos. Idealizada pelo expresidente Juscelino Kubitschek, projetada pelos gênios Oscar Niemeyer, Lúcio Costa e Burle Marx, é o centro das decisões políticas nacionais.

J

uscelino queria retirar o centro das decisões políticas do Rio de Janeiro e idealizou um projeto ambicioso: conquistar o cerrado do planalto central. Encomendou aos arquitetos Oscar Niemeyer e Lúcio Costa uma cidade! Isso mesmo, apenas uma cidade para ser a capital federal do Brasil. 50 anos depois, a jovem senhora cumpriu os objetivos idealizados por Juscelino. Ocupou não só o cerrado, mas páginas e páginas de jornais e revistas do mundo inteiro por seu ineditismo, arrojo e criatividade. Ainda hoje é polêmica. Uns dizem ultrapassada, caótica e decadente. Mas ao despertar de cada manhã, um presidente eleito pelo povo sobe a rampa para governar o Brasil. Viva Brasília!

Primeira visão Às 7h45 de 2 de outubro de 1956 o DC-3 da Força Aérea Brasileira decolou do Aeroporto Santos Dumont a caminho do ponto onde seria erguida Brasília. A pista de 2.000 metros para pouso tinha sido construída na véspera. Depois de descobrir “a vastidão desconcertante do vazio”, Juscelino Kubitschek escreveu no Livro de Ouro: “Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino”.

“Era um rabisco e pulsava” Assim descreveu o poeta Carlos Drummond de Andrade sobre o projeto do arquiteto Lúcio Costa, sobre Brasília

O gênio Niemeyer Oscar Niemeyer, o homem que ensinou o concreto armado a voar, completou 102 anos no dia 15 de dezembro de 2009, mas ainda é capaz de se assombrar quando recorda a aventura quase impossível da construção de Brasília. “O problema era erguer uma cidade em menos de cinco anos, então a minha parte era fazer uma arquitetura mais simples, mais fácil”, afirmou em entrevista à revista “Veja”, em edição especial dos 50 anos de Brasília. Sob o olhar de um Dom Quixote de sucata, uma sombra de sorriso maroto passa por seu rosto vincado. “Mas não fiz nada disso. Por exemplo: as colunas do Alvorada podiam ser mais fáceis de construir, sem aquelas curvas. Mas foram elas que o mundo inteiro copiou.” Espanto é uma palavra-chave no discurso de Oscar, como o chamam amigos e colaboradores. Resume o efeito de beleza inesperada que toda boa arquitetura deve provocar, segundo a cartilha que ele conserva inalterada desde a juventude. A ideia é que “o sujeito pare e se espante”. No caso de Brasília, diz, “a arquitetura de fantasia valeu a pena porque tornou a cidade mais conhecida”, mas a mesma certeza já estava em sua cabeça quando projetou, no início dos anos 40, o curvilíneo conjunto da Pampulha por encomenda de Juscelino Kubitschek, então prefeito de Belo Horizonte. Niemeyer sempre enfatizou – e volta a enfatizar agora, por via das dúvidas – que na capital mineira foi plantada a semente da nova capital federal. O futuro presidente desenvolvimentista encontrara seu arquiteto. E seu arquiteto encontrara um estilo – para sempre.


T

ABLA

Não deixe de ver em Brasília Ponte Jk Inaugurada em 15 de dezembro de 2002, atravessa o Lago Paranoá e liga o Lago Sul, e regiões adjacentes, à parte central do Plano Piloto. A estrutura da ponte tem um comprimento de travessia total de 1200 m e o comprimento total dos vãos é de 720 m. Catedral Metropolitana A Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, famoso por seus traços modernos. Inaugurada em 1970, o belo edifício de vidro transparente e formato circular é sustentado por dezesseis impressionantes colunas de concreto. Palácio do Itamaraty Também conhecido como Palácio dos Arcos, o Itamaraty é a sede do Ministério das Relações Exteriores nacional. Inaugurado em 1970, o edifício principal foi obra do arquiteto Oscar Niemeyer e seu paisagismo ficou a cargo de Roberto Burle Marx. Congresso Nacional A sede do Poder Legislativo brasileiro, como a maioria dos mais importantes edifícios de Brasília, também foi projetada por Oscar Niemeyer, seguindo o estilo arquitetônico moderno. Localizado no meio do eixo monumental, a principal avenida da cidade, o gramado que adorna sua entrada é o grande palco das mais variadas manifestações públicas. O Congresso Nacional faz parte do grande Plano Piloto de Brasília que desde 1987 está classificado como Patrimônio da UNESCO. O Jardim Zoológico Ocupa área de 139,75 hectares, ao lado do Santuário de Vida Silvestre do Riacho Fundo, com 440 hectares, e do parque das Aves, com 110 hectares, os quais são geridos pela Fundação Jardim Zoológico de Brasília - FJZB, com área total de 689,75 hectares. Lanchonetes, teatro de arena, auditório e o museu de taxidermia dentro da área do parque. Palácio da Alvorada Onde o presidente da República despacha e recebe políticos nacionais e internacionais

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turismo

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Título:

LOCADORA DE AUTOMÓVEIS PARA AUTO-ESCOLAS Autor: Paulo Ricardo Antunes Ferreira

Curso: Comércio Exterior

Universidade Positivo, Curitiba - PR Este é o resumo do trabalho classificado em terceiro lugar no prêmio abla para estudantes em nível superior

A

presento uma proposta de viabilidade de uma LOCADORA DE VEÍCULOS desde a sua Constituição ao Gerenciamento. O foco deste projeto é de demonstrar a um novo serviço que uma LOCADORA poderá colocar no mercado. Trata-se da locação de veículos adaptados para uso exclusivo em instrução e realização de testes por alunos dos Centros de Formação de Condutores tratada aqui como AUTO-ESCOLAS que estão em estágio de requisição da Carteira Nacional de Habilitação. A LOCADORA percebendo esta oportunidade por notar o grande número de Auto-Escolas nas cidades verificará através de pesquisas que este mercado não possui atualmente alternativas para locação de veículos adaptados para prestação de seus serviços. Nesta apresentação é demonstrado, por meio de teorias e análises práticas, que o cenário local e nacional favorece a abertura do negócio

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS

E R PA

3º lugar

prêmio ABLA PARA ESTUDANTES EM NÍVEL SUPERIOR


FATTO STAMPA

O Programa Nacional de Qualificação e Capacitação ABLA já começou. Juntos vamos desenvolver um conceito de qualidade para os serviços das locadoras de automóveis.

Acesse o Blog do PQA abla.com.br/blog

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS

abla.com.br

Participe dos cursos e das campanhas, dê sugestões de conteúdo e colabore com as pesquisas do setor



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