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USOS DA ÁGUA PARA OS HUMANOS versus NATUREZA - CONFLITO OU PACTO DE SOBREVIVÊNCIA?

Manuela Moreira da Silva Professora na Universidade do Algarve, Investigadora no CEiiA e CIMA

Bióloga, Mestre em Ecologia Aplicada e Doutora em Ciências e Tecnologia do Ambiente pela Universidade do Porto. Professora no Instituto Superior de Engenharia da Universidade do Algarve, Diretora do Mestrado em Ciclo Urbano da Água, Responsável pelo Grupo Disciplinar de Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente do Departamento de Engenharia Civil, Membro da UAlg na Cátedra UNESCO em Ecohidrologia – Água para os Ecossistemas e Sociedades, Investigadora Principal no CEiiA onde integra a Direção do CoLAB Smart and Sustainable Living, Investigadora no Centro de Investigação Marinha e Ambiental, CIMA-ARNET. Atualmente desenvolve investigação em ecohidrologia urbana, em estratégias de adaptação às alterações climáticas nas cidades para sequestro de carbono e implementação de origens alternativas de água como as ApR e a dessalinização.

“... numa sociedade informada e focada na construção do futuro, não faz sentido a existência de conflitos entre o uso da água para os humanos e para a Natureza, porque sem esta também a humanidade se extinguirá!”

Este ano de 2023 que agora se inicia, traz à humanidade oportunidades para superar grandes desafios sociais, à escala local e global, com destaque para a urbanização crescente, as desigualdades económicas, as alterações climáticas e a perda de biodiversidade, este último provavelmente, o mais intangível para o cidadão comum. Estes desafios encontram uma

Europa (ainda) em guerra, a enfrentar um inverno para muitos com frio e fome, e onde se tentam desenvolver soluções que capitalizem as lições adquiridas na última pandemia, responsável pela morte de mais 6 642 800 pessoas (WHO COVID-19 Dashboard, 2022). Neste contexto, a distribuição de água potável, primeiro no cenário de pandemia e depois da atual guerra na

Ucrânia, tem sido um tema permanentemente abordado, incluindo nos media, mostrando bem o importante retorno, sobretudo para os mais vulneráveis, dos grandes investimentos realizados nas últimas décadas no domínio do ciclo urbano da água. Mas o trabalho nunca está terminado... e a nível nacional, 2022 foi um exemplo disso. Muitos esforços foram investidos

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