Sonho? Sim, sonho sempre, sonho muito. Como dizia o poeta: «O sonho é uma constante da vida!» – e faz parte da minha, desde sempre. E fará enquanto eu tiver essa capacidade, até porque viver não é só existir. Logo, existo! – e porque existo, vivo; e porque vivo, sonho. A minha existência é rendilhada de quimeras que me fazem imaginar um mundo paradisíaco. Vou bordando com palavras o meu livro de quereres e de creres. Vou esculpindo nos meus versos o amor que me enche a alma de mel. Vou aspergindo de ternura a poesia que molda o meu ser. Por isso, continuo a escrever... Nos poemas deste livro, está a minha pessoa inteira, desnudada, sincera. São sonhos que geram palavras ou palavras que geram sonhos? Não importa! Todos estes sentires aqui expressos têm dentro o amor que sinto pelas pessoas, pela natureza, pela sociedade, pelo mundo! O que será do mundo sem sonhar? O sonho é o ovo, a génese, o começo de tudo. Este livro fala de sonhos e é, ele mesmo, um sonho realizado. (Lucinda Maria)