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MAIS MAIS MAIS LOJAS.

EMPREGOS.

PARCERIA.

EM 2016, O COSTAZUL SERÁ MAIS SUCESSO. 2015 FOI UM ANO DE MUITO TRABALHO E CONQUISTAS. MAS NESSE NOVO ANO, O COSTAZUL SERÁ MAIS, MAIS, MAIS! NOVAS LOJAS JÁ ESTÃO EM CONSTRUÇÃO E NOVOS EMPREGOS SERÃO GERADOS, TRAZENDO MAIS QUALIDADE DE VIDA PARA MUITA GENTE. E PARA CONTINUARMOS NESSE CAMINHO, SERÁ FUNDAMENTAL CONTAR COM A PARCERIA DE NOSSOS FORNECEDORES E PARCEIROS. FOI BOM TER VOCÊS AQUI EM 2015!

QUE VENHA 2016!

É BOM TER VOCÊ AQUI. ITABORAÍ: AV. 22 DE MAIO, 4.908 - RIO VÁRZEA | SÃO GONÇALO: AV. PRESIDENTE ROOSEVELT, 885 - VISTA ALEGRE

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EDITORIAL

Rua do Arroz, nº 90 – Grupo 443 e 466 Mercado São Sebastião Penha – Rio de Janeiro – RJ. CEP 21019-900 Tel.: (21) 2584-6339 / Fax (21) 2584-6648 Site: www.asserj.com.br |E-mail: asserj@asserj.com.br CONSELHO ASSERJ PRESIDENTE EXECUTIVO: Dr. Fábio Queiróz SECRETÁRIO EXECUTIVO: Sergio Maturo Lopes

PALAVRA DO PRESIDENTE

DIRETORIA ASSERJ BIÊNIO 2014/2016 CONSELHO DIRETOR: PRESIDENTE Princesa Autosserviço - Laerte Monteiro VICE-PRESIDENTE Costazul Alimentos Eireli Genival de Souza Beserra CONSELHEIROS Cencosud Brasil Comercial Victor Midlej Lavigne de Lemos Carrefour Com. e Indústria Ltda Carlos Roberto Oliveira da Silva Casas Guanabara de Comestíveis Walier José de Queiroz Cereais Bramil Mário Luis de Mello Germans Distr. de Comestíveis Arnaldo Germano dos Santos Intercontinental Com. de Alimentos Rosa Maria Lopes da Cunha Makro Atacadista S/A Ronaldo Monteiro Salomão Rede Supermarket Erasmo Gonçalves da Silva Sendas Distribuidora S/A Paulo Faria Drago Supermercados Mundial Ricardo dos Reis Leite Supermercados Vianense Mario José Viana Supermercados Zona Sul Pietrangelo Leta Walmart Carlos Ely Floresta Com. e Indústria Ltda Eduardo Abrantes Rede Multi Market João Marcelo Figueiredo Parede Rede Economia Paulo Fernando Moreira da Silva Rede Unidos Victor José Ferreira Mercearia Pérola do São José Ltda Alberto Moreira Cruz www.revistasuperrio.com - Dezembro/Janeiro de 2016

Depois de um ano considerado difícil, a expectativa do país e dos principais economistas para 2016 não é nada animadora diante de um cenário que se apresenta com incertezas e dificuldades. As últimas notícias antes do apagar das luzes de 2015 pioraram a expectativa econômica. Se houver uma solução para a crise política é muito provável que haja uma mudança no pensamento da sociedade, mas ainda assim o Congresso e os indicadores sinalizam que o ano será desafiador. Em virtude de muita competência e trabalho, o setor supermercadista não tem autoridade para falar de crise, sobretudo comparado a outros segmentos que experimentaram quedas vertiginosas. A estagnação (crescimento igual ao índice inflacionário) obtida em 2015 pode ser considerada uma vitória. Ainda não se fala em demissões nos quadros de colaboradores. Nosso setor vem se mantendo firme para conter o repasse de preços ao consumidor, mesmo com os custos cada vez mais altos e resultados ainda menores. Quando assumi o cargo de presidente executivo da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro, em Agosto, resolvi apostar no modelo participativo e na união de nossos esforços para enfrentar o momento econômico. A reunião dos 20 maiores supermercadistas do Estado resultou na atual gestão compartilhada, porque acreditamos que a união é um dos melhores e o mais curto dos caminhos para fortalecermos não só os supermercados, mas a indústria e toda a cadeia de abastecimento. Foi esse somatório de forças que nos garantiu boas conquistas no ano passado. Confesso que fechamos o ano orgulhosos porque atingimos a inédita marca de 84% de venda dos espaços da 28ª Super Rio Expofood, mesmo em meio às adversidades que o país enfrenta. Para a Associação essa conquista é a prova inequívoca da confiança da indústria e do segmento na Convenção, que adotou modelo voltado prioritariamente para negócios e contará com renomados palestrantes. Nossa satisfação é ainda maior por constatar que o setor supermercadista contribui significativamente com o nosso Estado, mantendo-se estável nesse momento de intempéries. Não sabemos ao certo o que nos espera amanhã. A única certeza é que estamos preparados para os desafios. Junte-se a nós. Dr. Fábio Queiróz Presidente 3


A Super Rio é o Veículo Oficial da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro e é desenvolvida pela AKS Editora, uma empresa do Grupo Global. AKS Editora

Direção Executiva: Alex Pardella. Comercial: Alexandre Knodler. Tel.: (21) 99565-0787 E-mail: comercial@revistasuperrio.com Editora: Eletícia Quintão MTB 26.069 Tel.: (21) 96471-5840 E-mail: jornalistaeleticiaquintao@gmail.com Fotografia: Cláudio Sáfadi Capa & Diagramação: Diego Gomes. Distribuição: Mala Direta ASSERJ / Correios Colaboradores: André Portes, Clóvis Monteiro, Dr. José Oswaldo Corrêa, Graci Cavalcante, Ingrid Teixeira, Marco Quintarelli, e Pietrangelo Leta. Os colaboradores acima citados não possuem vínculo com a ASSERJ nem com a Revista, portanto os artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da Revista. Periodicidade: Bimestral. Tiragem: 10.000 exemplares. AKS Editora Ltda. Av. Presidente Kennedy, n° 156 Coelho da Rocha .São João de Meriti - RJ. CEP: 21215-050.Tel: (21) 3753-6169 revista@asserj.com.br www.revistasuperrio.com

Escreva para a Super Rio. Para sugerir matérias, dar sua opinião, fazer críticas, elogios ou sugestões escreva para: revistasr@revistasuperrio.com.br Correio: Av. Pres.Kennedy, nº 156 – Coelho da Rocha – São João de Meriti – RJ. CEP:25.550-026. Lembramos que por motivo de espaço ou decisão editorial, os textos poderão ser condensados ou não publicados.

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NEGÓCIOS

Expofood: 84% dos espaços vendidos A segunda maior Convenção da América Latina vai receber aproximadamente 50 mil visitantes. E você, vai deixar sua empresa ficar de fora?

Importantes empresas do segmento vão unir forças para fazer a economia girar. Vamos juntos virar esse jogo. Fábio Queiróz

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Em dezembro a Asserj realizou um balanço para identificar como estavam as vendas para a convenção supermercadista: a 28ª Super Rio Expofood, que acontecerá em março do ano que vem, no Pavilhão 4 do Riocentro Climatizado. Para satisfação dos envolvidos, 84% dos espaços da Convenção estavam vendidos, o que representa mais de 140 empresas com as chaves de seus estandes nas mãos. Algumas das maiores companhias do mundo garantiram o espaço, através de um contrato de participação assinado com a Asserj. Confira a lista de alguns dos expositores ao lado. Para o presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro, Fábio Queiróz, o resultado positivo revela que, apesar de um cenário econômico desafiador,

os empresários estão confiantes e otimistas. — O resultado foi realmente surpreendente. É inédito na história da Expofood uma comercialização tão cedo e tão rápida. Fico feliz porque os números evidenciam que o nosso trabalho está dando frutos, avaliou Fábio. Fábio Queiróz assumiu o cargo de presidente executivo da Associação em agosto de 2015, desde então, com o apoio dos principais supermercadistas do estado, vem trabalhando duro por conquistas para o setor, dentre elas, elevar o nível da Expofood. O presidente chegou a realizar um evento de lançamento em setembro para apresentar o novo formato da Convenção, voltada agora prioritariamente para os negócios. Mais de 600 representantes da indústria participaram. Dezembro/Janeiro de 2016 - www.revistasuperrio.com


MAIS QUE UM TEMA, UM LEMA Há momentos em que a melhor estratégia é a união. Não é à toa que a convenção deste ano tem mais que um tema, tem um lema: “Juntos somos fortes, unidos somos invencíveis”. Importantes empresas do segmento, entre multinacionais e outras companhias em franca

expansão, estarão reunidas para fazer a economia girar. Além disso, empresas de grande potencial vão investir na Convenção: Cielo será patrocinadora ouro, Cidade Imperial prata e Alelo e BRF bronze. — Vamos unir forças em um lugar para discutir as tendências do varejo, estreitar relacionamentos e fazer muitos negócios. Juntos vamos virar esse jogo e multiplicar resultados para o setor, comemorou Fábio.

ALGUNS EXPOSITORES:

PATROCINADORES: OURO

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PRATA

BRONZE

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MARATONA DE CONHECIMENTO Grandes nomes do Brasil levarão sua expertise para a 28ª Super Rio Expofood Além de fazer muitos negócios, quem for à 28ª Super Rio Expofood este ano terá ainda a oportunidade de estreitar relacionamentos e aperfeiçoar conhecimentos técnicos e políticos. Profissionais renomados das mais diferentes áreas estarão dividindo o que sabem sob a forma de palestras, numa arena de conhecimento e competência. Entre os grandes ases do evento já estão confirmados nomes como o de Márcio Fernandes, um dos líderes mais admirados do Brasil; Clóvis Monteiro, o comunicador líder de audiência na Rádio Tupi e Carlos Alberto Torres, o capitão do tri. Em 2014 Márcio Fernandes estampou a capa da revista Você S/A por ter sido considerado o líder mais admirado do Brasil. Ele obteve 99% de satisfação e engajamento de seu time e criou uma nova filosofia de gestão que desafia o modelo tradicional e propõe ao mundo corporativo uma nova possibilidade: “Felicidade dá lucro”. A palestra de Márcio foi um generoso presente oferecido pela Granja Mantiqueira ao evento. Comunicador alto astral Clóvis Monteiro, que tem cerca de 170 mil ouvintes por minuto, segundo o Ibope, levará para a Super Rio conselhos de como alcançar resultados positivos na vida pessoal e profissional através dos relacionamentos. O capitão do tri e mais jovem jogador a erguer a taça de campeão mundial (aos 25 anos) fará palestra alinhando sua liderança e os motivos que levaram a seleção de 1970 à vitória, com as diretrizes necessárias para o sucesso de uma empresa. Nos painéis de debate especialistas do setor como Pietrangelo Leta, diretor comercial do Zona Sul; Genival Bezerra, diretor do Costazul, além do diretor comercial, Alex Ribeiro, e diretor geral José Rafael Vasquez, do Prezunic Concosud, darão um show de expertise. Vai perder?

MÁRCIO FERNANDES

CARLOS ALBERTO TORRES

COMUNICADO Sobre as inscrições: o supermercadista, ainda que não associado, poderá se inscrever gratuitamente para participar da 28ª Super Rio Expofood nos dias 15, 16 e 17, no Riocentro, pavilhão 4 – climatizado. No entanto, precisa realizar a inscrição até o dia 04/03/2016 no site www.superrio.com.br/inscrições. Após esta data será cobrada taxa R$ 100,00 (cem reais) por pessoa. Aproveite a oportunidade para inscrever gratuitamente seus colaboradores. Para mais informações: (21) 2584-6339. CLÓVIS MONTEIRO 8

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Juntos somos fortes. Unidos somos invencíveis. DE 15 A 17 DE MARÇO | Riocentro | Pavilhão 4 | Climatizado Participe da melhor feira de alimentos, bebidas, equipamentos e serviços, que em sua edição especial de 2016 estará incentivando os esportes e o evento a ser realizado na Cidade Maravilhosa. Serão muitas oportunidades de negócios e relacionamentos com empresários, executivos e profissionais de supermercados, hotéis, restaurantes, padarias e confeitarias. Entre nesse espírito de equipe e venha trabalhar o seu negócio com toda garra que ele merece.

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Realização

Departamento Comercial: Asserj 21 2584-6339 Escala 21 3799-0300 www.revistasuperrio.com - Dezembro/Janeiro de 2016

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OPINIÃO

Como foi sua retrospectiva? Por André Portes

Creio que ao final de 2015 a maioria de nós pôde ler, assistir e ouvir as retrospectivas do mundo, do país, da economia, política, times de futebol, personalidades, fenômenos da natureza, daqueles que se foram, etc. Entra ano e sai ano, a maioria das retrospectivas parecem se repetir. Você leu ou assistiu alguma? Ficou triste? Alegre? Teve medo? Foi indiferente? Me parece que no fundo não gostamos. Por que? Porque são sempre muito mais notícias tristes do que alegres. Gostaria de ponderar com você sobre nossa retrospectiva. É preciso ter cuidado com um comportamento muito comum na vida de praticamente todas as pessoas no mundo – ler sempre e com muito mais intensidade a retrospectiva do outro, independente de quem seja; deixando a própria retrospectiva no esquecimento. Creio que perdemos muito por não enfrentá-la. O que fiz em 2015 que deve ser comemorado? Que recompensa fui para alguém? Quanta mudança proporcionei? Fui uma satisfação para quem me conheceu? Em quem ou no que me tornei? Agora responda sem muita demora. Qual foi sua retrospectiva sobre sua família? Sua casa está melhor depois de 2015? O relacionamento com sua esposa e filhos melhorou? Com que expectativa vai para casa todos os dias depois de 2015? Quanto às amizades? Foi um bom amigo? Desenvolveu mais amizades? Aprendi que minhas amizades revelam meus valores, interesses e revelam onde está e o que me dá satisfação. Aprendi que perder um amigo é devastador. Afinal, não faremos muitos amigos ao longo de nossas vidas. Torço para que suas respostas sejam um descanso para sua vida, caso contrário, não deve estar vivendo uma vida feliz. É provável que esteja vivo no corpo, mas morto na alma. E com Deus, como foi sua retrospectiva? Tenho observado e presenciado muitas coisas ao longo do caminho. Vejo discursos vazios de quem não se importa com Deus, mas insiste em dizer que fala com Ele e agradece por tudo todos os dias. Tenho por certo que não seríamos felizes se nossos filhos não dessem a mínima para nós, mas todos os dias dissessem obrigado pelo que fazemos por eles. O que nos faz feliz com nossos filhos é um grande e intenso relacionamento, são ótimas conversas, obediência, estarmos juntos e viver em amor. Creio que com Deus não seja diferente. Permita-me dividir algo com vocês. Desenvolvi verdadeiramente um hábito de agradecer todos os dias 12

pelo que tenho, por minha família, pela cura que Deus proporcionou a minha filha tirando o câncer de seu corpo, pelo lugar que moro, o ar que respiro, pela saúde, roupa que visto, alimento que levo para minha casa juntamente com a mulher mais maravilhosa do mundo - minha esposa, pela cama que durmo, o ventilador, o ar condicionado... Enfim, aprendi a agradecer não uma vez ou outra, mas todos os dias, o que Deus tem me proporcionado. Talvez, você nem acredite em Deus, devo respeitar sua opinião, mas sinto a obrigação de dizer que não sabe o que está perdendo. Penso que deve ser difícil para Deus observar muitos que no início da caminhada pediram sua ajuda para crescer, prosperar, ganhar promoções e agora que conseguiram não fazem questão alguma da presença Dele, passam dias sem lembrar-se Dele, na verdade, até mesmo andam por lugares que Deus não deveria nem saber que existe. Às vezes penso e se por acaso a saúde faltar, os bens se forem? Será que seria justo Deus atender novamente os pedidos feitos no início? É bom nunca esquecer que Deus não é um tolo ou um velho bonzinho e bobão. Hoje muito me angustia saber que a ingratidão pode vir a fazer parte da minha vida, não a desejo e estou disposto a rejeitá-la. Espero que ao ler este artigo pense igual, por você mesmo, pela sua felicidade. Meu desejo é que depois de sua retrospectiva, tudo que observou que precisa ser mudado, transformado, recuperado; seja colocado como seu propósito, como alvo determinante em sua vida. Teremos outra retrospectiva ao final de 2016. Temos mais um ano para mudar nossas histórias. Creio que já viu na vida de muitos e talvez em sua própria vida que não vale a pena crescer, conquistar, melhorar se sua família, amigos e principalmente se Deus não estiver com você. É tempo perdido, energia desperdiçada, vida sem graça, tristeza anunciada. Estamos em 2016, levante a cabeça, descida, vá, faça, existe algo de bom esperando por você. Deus ainda não desistiu da sua vida. Um grande abraço e até nossa próxima retrospectiva. André Portes é gestor da Rede Multimarket. Administrador, possui MBA em Marketing pela COPPEAD-UFRJ e Gestão Empresarial Estratégica pela USP - SP. É professor do MBA em Gestão de Projetos nas disciplinas: Análise de Cenários, Marketing Empresarial, Negociação e Liderança Corporativa na Unisuam. Mais informações: andreportes@redemultimarket.com.br ou arportes@ig.com.br Dezembro/Janeiro de 2016 - www.revistasuperrio.com


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OPINIÃO

tempo e Temperatura dos produtos de panificação expostos à venda Por Ingrid Teixeira Akamine

Um dos itens de maior importância para as Boas Práticas de Fabricação e, consequentemente, para a Segurança de Alimentos é o controle das condições de manutenção (ou armazenamento) do alimento até o seu consumo, pois os microorganismos têm a temperatura como fator limitante de seu desenvolvimento. Como referência científica e legal os alimentos perecíveis devem ser mantidos em exposição ao consumidor fora da temperatura de risco, que está compreendida entre 5°C e 60°C. Quem trabalha com produtos de panificação, como pãezinhos recheados, semifolhados recheados sabe o quanto é difícil mantêlos em estufa a 60ºC, pois ressecam rapidamente ou mesmo sob refrigeração. O pão gelado perde seu apelo de frescor perante ao consumidor, então o que vemos são estes produtos sendo expostos próximos à temperatura ambiente. Atualmente tem crescido os estudos sobre microbiologia preditiva, que é aquela que através de modelos matemáticos procura estimar o tempo em que um determinado alimento leva para ficar impróprio para consumo através de suas características peculiares e temperatura de exposição. Estes estudos têm

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sido muito importantes, pois os alimentos possuem características diferentes que fazem com que sob mesma temperatura uns se tornem impróprios para consumo antes de outros. O que explica, por exemplo, que uma fatia de pizza de presunto esquecida sobre o fogão possa ser comida no dia seguinte sem causar nenhum dano à saúde de quem o come. Ainda há um campo vasto de estudo sobre o comportamento real dos microorganismos causadores de doenças nos alimentos, mas os responsáveis pela segurança de alimentos já podem contar com estes modelos matemáticos para preverem o comportamento dos produtos que produzem. Então, é preciso ter critério na hora de se expor um pão recheado doce ou salgado na área de venda, não somente em relação à temperatura em que ficará exposto, mas também por quanto tempo permanecerá naquela temperatura até seu consumo. Somente um profissional da área de segurança de alimentos é capaz de estabelecer padrão de exposição coerente e confiável destes tipos de produtos. Ingrid Teixeira Akamine Sócia-gerente da H&S Tecnologia em Alimentos Mestre em Ciência e Tecnologia em Alimentos

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OPINIÃO

Cadê o Padeiro? Por Pietrangelo Leta

No final de 2015 comecei a fazer parte do conselho de RH da Asserj. Criado pelo novo presidente, aceitei o convite de imediato por achar que o tema é extremamente desafiador para o nosso setor. Neste grupo participam profissionais brilhantes de RH, nenhum com menos de 10 anos de carreira. Dá para imaginar a quantidade de experiência que se escuta nestes encontros? Na segunda reunião do grupo discutimos, entre outros assuntos, uma ação que a empresa Coca Cola vem fazendo em algumas comunidades carentes, a fim de capacitar e formar jovens para o mercado de trabalho. No decorrer da discussão colocou-se o quanto a Coca Cola é desejada como empresa na hora de atrair esses jovens candidatos ao mercado. Comentando sobre a falta de vontade dos jovens de trabalhar em supermercados surge a minha primeira pergunta: por que não somos desejados como opção de trabalho como a Coca Cola é? Por que este desejo não acontece no nosso setor, ou por que acontece em menor intensidade? Será que é um problema de remuneração; de plano de carreira; de clima da organização? Será que são as condições de trabalho, como banheiros e refeitórios impecáveis, que fazem esse desejo crescer? O que será? A fórmula da Coca Cola eu não sei! Mas acredito, sim, que, dentro do nosso setor, estamos perdendo muito tempo procurando de quem é a culpa por não termos as nossas vagas preenchidas e o nosso turnover ser tão alto. Quem é o culpado? Será que é o departamento de RH ou será um problema de gestão de toda a empresa? Será que é delegando a responsabilidade de PESSOAS somente para o departamento de RH que a solução virá? Nesta mesma reunião falamos sobre a dificuldade de contratar padeiros. E, aí, pergunto novamente: o fato de não termos padeiros disponíveis no mercado é um problema também do RH? Ou é um problema de gestão da empresa como um todo, de como tratamos os nossos colaboradores e como estamos construindo o relacionamento com eles? Outro questionamento: será que a relação do passado patrão x empregado irá sustentar a 16

nova geração que necessitamos para formar novos padeiros? Por que, afinal, ninguém quer ser padeiro? Provavelmente não olhamos para esta função como deveríamos ter olhado no passado: no nosso plano de chão, não formamos padeiros suficientes para assumir o setor/seção ou categoria e, não “mergulhamos” na operação para entender melhor como funciona o dia a dia e, assim, poder propor melhorias. Por último, provavelmente também não criamos uma remuneração e metas atrativas para a função ser desejada como é, por exemplo, na França. Continuo acreditando que a mudança está nas nossas lideranças e ela deve passar por questões como atitude, tratamento, vontade e, acima de tudo, crença. Se não mudarmos, possivelmente, não iremos construir empresas DESEJADAS para se trabalhar e, neste cenário, padeiros, confeiteiros e peixeiros serão cada vez mais difíceis de achar! Só depende de nós supermercadistas! Pietrangelo Leta Formado em Administração pela Universidade Cândido Mendes e pós graduado em Mkt pela Puc RJ e acima de tudo “Carioca de coração desde 1992” Dezembro/Janeiro de 2016 - www.revistasuperrio.com


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JFC: um crescimento sólido com equilíbrio e maturidade Empresa começou a ser erguida há mais de 50 anos. Hoje é uma das líderes no abastecimento de verduras e legumes no Estado O empresário português José Ferreira Campanha, um dos maiores distribuidores de verduras e legumes do Estado se considera um homem de sorte. Quando chegou ao Brasil, 58 anos atrás, não podia imaginar que chegaria tão longe. Campanha, como é conhecido por todos, chegou nestas terras com 18 anos, veio pra cá sem ninguém e, como ele mesmo diz, com uma mão na frente e a outra atrás. Naquela época, já dizia o ditado popular: “No Brasil tudo que se planta dá” e foi assim que Campanha começou a sua história: — Sou do tempo que Jacarepaguá, Vargem Grande, Tanque, Curicica eram só chácaras. Comecei a plantar em Cascadura e já naquela época eu me preocupava em produzir verduras de melhor qualidade. Nunca passei fome, 18

nem dormi na rua. Tudo que ganhava ia guardando. Era uma época boa, mas muito sacrificante, conta. Depois de quatro anos juntando dinheiro, Campanha resolveu comprar um comércio, um pequeno armazém em Santa Tereza. Semelhante ao supermercado de hoje, logo o comércio consumiu as energias e também as economias de Campanha. —Tinha que cuidar da administração, do caixa, da entrega. Eu era sozinho! Em oito meses dei fim em quase todo o dinheiro que havia juntado. Mas quando a gente chega no Brasil e bebe dessa água não quer mais voltar. Optei por sacudir a poeira e recomeçar. Através de um amigo Campanha começou a trabalhar na Fazenda da Bica, também em Cascadura, e com o seu trabalho dobrou o faturamento. Dezembro/Janeiro de 2016 - www.revistasuperrio.com


PIONEIRISMO E DEDICAÇÃO Nesse meio tempo Campanha conheceu sua esposa e foi trabalhar no Ceasa, onde posteriormente, construiu e inaugurou um galpão para dar conta de escoar a produção para os mercados que já existiam naquela época. Foi dele a iniciativa pioneira de distribuição porta a porta para os clientes das verduras que vinham diretamente das produções de Teresópolis. Comprometido, Campanha pegava cedo no batente. Ainda hoje, mesmo com um ritmo menos acelerado, ainda acorda cedo. — Eu acordava às 5h da manhã, todos os dias. Era o primeiro a chegar na empresa e o último a sair, conta. Dona Adelina, sua esposa, sempre deu força e o apoiou incondicionalmente em todas as decisões. Logo vieram os filhos, José Antônio, Fernando e Abel que colocaram a mão na massa e fizeram o negócio crescer ainda mais: José Antônio, filho mais velho, administra os negócios relacionados aos legumes. Fernando Eu acordava às 5h. administra verduras e Era o primeiro a processados e Abel, chegar na empresa o filho mais novo, é e o último a sair. responsável pelas frutas.

A JFC tem no nome as iniciais de seu idealizador

José Campanha

Presidente da JFC

José Campanha leva uma vida modesta e ainda trabalha

e representa o sonho de empresa brasileira. Produz e fornece verduras, legumes, frutas e produtos processados para os principais supermercados e redes de fast food do país. Em 2005 foi inaugurada uma nova estrutura em Teresópolis, organizando e preparando o negócio para novos crescimentos. A região é responsável por metade de toda a produção de olerícolas, e 70% de todas as hortaliças folhosas do estado. Em 2010 a empresa inaugurou outra unidade de negócio, de produtos processados, para atender a demanda do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Bahia e Recife.

CAMINHÕES MODERNOS e adaptados para transportar os alimentos com qualidade e segurança

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Oportunidade para todos Atraídos pela paixão nacional, o futebol, haitianos chegam aos milhares, todos os anos, no Brasil

Gosto muito do Brasil e da empresa. Gosto tanto que quero ficar aqui por mais 20 anos.

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Philancio Mon, embalador

No início de 2015, assim como outras empresas, a JFC encontrou problemas com a falta de mão de obra no país. Sem mãos para o trabalho que precisava ser feito diariamente, a JFC abriu oportunidade para os refugiados. — Eles valorizam muito o trabalho e as oportunidades que lhes são dadas. Retribuem com uma alegria contagiante e muita disposição. São muito produtivos operacionalmente, avalia Sandra Souza, gerente de RH da empresa. Já faz um ano desde que chegou o primeiro grupo e a JFC está satisfeita com o resultado. Eles tomaram a difícil e corajosa decisão de deixar para trás o país, a família, os amigos... mas nem por um segundo deixam de sorrir. Adas Deneus tem 35 anos e foi um dos primeiros haitianos, vindos da cidade Gonaives, a colocar os pés na JFC. Deixou para trás um de seus maiores tesouros em busca de um futuro melhor: um filho de 6 anos. Sonha em poder trazer a família. Enquanto isso mata a saudade falando com o filho todas as noites, via internet. Aliás, a tecnologia tem sido a grande aliada do grupo, que todas as noites se recolhe e busca nas redes sociais o caminho para encurtar a distância e amenizar a saudade. Em 2010 um terremoto matou 326 mil pessoas e deixou outras milhares desabrigadas no Haiti. A consequente destruição e a falta de perspectiva e de empregos agravaram ainda mais a situação socioeconômica do país, com um pouco mais de 10 milhões de habitantes. No começo eram apenas dezenas de haitianos, saltando para centenas em 2011 e milhares nos anos seguintes atraídos pelo futebol, pelos números da maior economia latino-americana e pelas suas oportunidades. Dezembro/Janeiro de 2016 - www.revistasuperrio.com


BATONY: fé e perseverança o trouxeram até aqui

Lição de fé e perseverança Em meio à luta a esperança de viver dias melhores Nos noticiários são recorrentes as reportagens sobre refugiados da Síria, Iraque, Líbia e Somália, que tentam cruzar o Mediterrâneo para chegar à Europa. Algumas delas tão emblemáticas que chocaram profundamente, como a do menino sírio, Alan Kurdi, de 3 anos, encontrado morto em uma praia da Turquia. Alan e a família estavam em um pequeno bote que carregava 17 pessoas no momento em que virou. No Brasil e na JFC temos os nossos imigrantes. Acolhidos pela mesma Lei do Refúgio, porém refugiados são aqueles que sofrem perseguição. Pergunto a Batony Charles, de 28 anos, se o terremoto foi o maior responsável por essa fuga em massa? Ele responde: — Já era difícil. O terremoto aumentou a dor, mas a falta de oportunidade e a miséria são de muito antes. Pergunto se ele teve medo de morrer? — Não. Coloquei no meu coração que ia chegar no Brasil e cheguei. Quem tem fé e confia em Deus não tem medo. E repete a frase em crioulo, dialeto deles: — Moun kigen konfyans lafwa non Bondye pa janm pé. Philancio Mon tem 31 anos e também veio de Gonaives. Era cabeleireiro em seu país. Na JFC, seu primeiro emprego no Brasil, desempenha com orgulho a função de embalador. Pergunto se ele gosta da empresa e ele responde: www.revistasuperrio.com - Dezembro/Janeiro de 2016

JUSTIN: veio para o Brasil atraído pelo futebol

— Gosto muito. Gosto tanto que quero ficar aqui por mais 20 anos! Mas por que o Brasil? Desta vez quem responde é Justin Muracin, de 30 anos: No país do futebol tem gente solidária, que nos ajuda. Tem mais emprego. Desde que cheguei aqui nunca passei necessidade. Ganho bem, mas está ficando mais difícil com a alta do dólar, diz Justin, que assim como os outros, envia quase tudo que ganha para a família. O Ministério da Justiça estima que pelo menos 50 mil haitianos tenham residência permanente no país.

Coloquei no meu coração que chegaria no Brasil e cheguei. Quem tem Deus não tem medo.

Batony Charles,

carregador

PHILANCIO: um apaixonado21 pela empresa e pelo país


As verduras e legumes passam por uma minuciosa seleção, além de diversas lavagens para higienização

natural Salad´s

MÁQUINAS IMPORTADAS da Europa: o que há de mais moderno em equipamentos

Muito mais praticidade em prol da sustentabilidade Todos os dias chegam à Natural Salad’s, um dos braços da JFC, toneladas de produtos colhidos das fazendas da empresa para serem processados e distribuídos no mesmo dia. Todo esse frescor e compromisso, aumenta muito a qualidade dos produtos e proporciona uma boa experiência de compra para os clientes finais. — Quem trabalha com produção verde sabe o quanto a água é valiosa, por isso aplicamos todos os nossos esforços em sustentabilidade utilizando sistema de reuso de água, com tecnologia de ponta, conseguimos reduzir a quantidade empregada no processo, reaproveitando ao máximo esse bem. Essa é uma das vantagens de utilizar produtos processados. Além do frescor, há segurança no consumo, sem contar que a água utilizada no processo fica bem abaixo do normal, destaca Fernando Campanha, diretor da empresa. 22

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Opção fácil e saudável Só para ter uma ideia, uma dona de casa gasta 10 litros de água para higienizar 1kg de alimento. Na processadora os alimentos passam por inúmeras etapas, que vão desde a minuciosa seleção das folhas e legumes, a diversas lavagens com produtos para higienização, embalagem sem contato manual (a vácuo, no caso dos legumes descascados e picados, ou em atmosfera modificada, no caso das verduras) e armazenagem em câmaras frigoríficas, o que impede a perda das características nutricionais dos alimentos. Quem precisa comer fora, mas não quer pôr a dieta em risco, encontra nas bandejas prontas da Natural Salad´s conveniência pura.

VERDURAS E LEGUMES processados prontos para o consumo

100% Natural Seguindo a tendência e o apelo do mercado consumidor por produtos cada vez mais frescos e naturais, a JFC passou a produzir e comercializar sucos, com a marca Green People. Extraídos das frutas e vegetais, através do processo de prensagem a frio (técnica que garante a preservação de vitaminas, minerais e enzimas, resultando em bebidas ricas em nutrientes e), os sucos já são sucesso no estado. —Dentro de cada garrafinha de Green People tem suco de verdade, natural e muito fresco, explica Fernando.

NATURAL SALADS: opção saudável para quem precisa comer fora

VERDURAS HIGIENIZADAS prontas para serem consumidas

SUCOS PRENSADOS À FRIO: sabor e nutrientes preservados do início ao fim 24

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LANÇAMENTO

As novidades TRES que chegaram ao mercado em 2015 No final de 2013, o Grupo 3corações lançou a TRES, uma marca de máquinas multibebidas especializadas em espressos, cafés filtrados, cappuccino, bebidas quentes e chás 100% naturais. A marca TRES nasceu da parceria entre a 3Corações, empresa líder no mercado brasileiro de cafés torrado e moído e cappuccino em pó, e a Caffitaly, uma marca italiana especialista em cápsulas monodose, e que assina a tecnologia e o design das máquinas. Ao todo, são 5 modelos, MIMO, MODO, VERSA, GESTO e SERV, e 19 sabores de bebidas para acompanhar. Para lançar a marca, era necessário um ícone que representasse, ao mesmo tempo, os diferenciais e a qualidade superior do produto. E alguém com raízes brasileiras que, com ingredientes simples e corriqueiros, transformasse um simples momento em uma coisa mais do que especial. E foi assim que surgiu a ideia de convidar o chef Alex Atala para ser embaixador da marca. Usando o Chef Atala como embaixador, também foi feito o lançamento da MIMO. Uma máquina de café espresso e multibebidas que chegou para atender à demanda do mercado brasileiro por praticidade e eficácia. Ela é 100% automática, oferece aquecimento mais rápido, menor consumo de energia e tem um exclusivo compartimento de cápsulas usadas. Além disso, a novidade conta com suporte para copos maiores, permitindo o preparo de long drinks. A campanha de lançamento da máquina mostrou, com um toque de humor, que a TRES oferece um sistema 26

inovador e completo, que pode transformar todas as pessoas em especialistas em bebidas de qualidade. Além da MIMO, a TRES lançou no segundo semestre de 2015 três novas bebidas: Chocolatto Caramello, Chai Latte e o Espresso Cerrado Mineiro. O primeiro é um chocolate quente cremoso preparado com cacau de altíssima qualidade e um generoso toque de caramelo. O Chai Latte tem inspiração indiana, é aromático e feito à base de leite e chá preto. E o Espresso Cerrado Mineiro, a primeira edição limitada da marca. Ele é um café de uma parceria com a entidade certificadora Região do Cerrado Mineiro, a primeira e única região de origem controlada no Brasil e é feito dos lotes campeões do II Prêmio Região do Cerrado Mineiro (2014/2015). Uma prova de sua altíssima qualidade. TRES: A máquina de espresso e multibebidas da 3 Corações.

NOVAS BEBIDAS: Chocolatto Caramello, Chai Latte e o Espresso Cerrado Mineiro Dezembro/Janeiro de 2016 - www.revistasuperrio.com


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CAPA

2016: Um ano desafiador para o cenário político e econômico brasileiro

Por Eletícia Quintão

Dia 18 de dezembro de 2015, 20 horas em Brasília. A nuvem sombria que paira sobre o Brasil não tem previsão de se dissipar. “Será que vai chover?”... cantavam os Paralamas do Sucesso, em 1987. De lá pra cá continuamos não sabendo sobre muitas coisas. O que sobrou de real e consistente é que o cenário político e econômico do Brasil está cada vez mais intrigante. Às vésperas de fechar esta edição caiu o ministro da Fazenda Joaquim Levy. Diga-se de passagem que esta já é a terceira vez que altero esta matéria, e é bastante possível que, em janeiro, quando esta revista estiver nas ruas, o assunto já esteja obsoleto. Bom, com Joaquim Levy foi também a ideia de que o governo parecia mesmo estar se empenhando para equilibrar as contas públicas. O aumento da inflação, dos juros, do desemprego e da recessão são resultado direto da irresponsabilidade fiscal do governo nos últimos anos. Ainda assim, quem manda na economia, a presidente Dilma Rousseff, parece disposta a tentar mais do mesmo. Depois de o país perder a credibilidade na política econômica e sofrer dois rebaixamentos na nota de crédito, Dilma substituiu Joaquim Levy, um ministro com bom trânsito no mercado, por Nelson

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Barbosa, economista de esquerda, que ela considera ter um bom trânsito entre os grupos políticos. A pergunta que não quer calar é: por que agora? Seria por medo de sofrer o impeachment? Em última análise, o atual ministro da Fazenda é o autor das ideias responsáveis pela recessão que o Brasil se encontra hoje. Nelson Barbosa é um dos que podem ser responsabilizados pelas chamadas “pedaladas fiscais”, quando era ministro do Planejamento e que foram questionadas e consideradas ilegais pelo Tribunal de Contas da União, precedendo a abertura do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. As pedaladas fiscais foram aqueles atrasos nos repasses do tesouro nacional aos bancos públicos, para o pagamento de programas sociais, a fim de melhorar, ainda que artificialmente, as contas públicas.

Num passado não muito distante, no final de novembro do ano de 2014, era Levy quem assumia a Fazenda em substituição a Barbosa, que na época fora enviado para a pasta de Planejamento. Por que será que essa conta, de trocar seis por meia dúzia, não fecha?

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DEVER CUMPRIDO No final do dia 18, Levy posou para fotos de despedida e fez breves comentários aos jornalistas. Com um semblante mais leve, a sensação que transmitia era de alívio, de ter tirado um peso das costas. Brincou com os repórteres que o aguardavam na saída: “Não é mais comigo que devem falar...” No entanto, fez a política da boa vizinhança e até arriscou previsões bastante favoráveis para o país: — O Brasil é forte. Tem condições de voltar a crescer. Com as políticas e os ajustes certos haverá crescimento e os investimentos necessários para que haja tranquilidade política. Se isso acontecer 2016 pode ser um ano muito bom, disse Levy. Haja otimismo! Resta saber se o discurso será convincente o bastante para melhorar as expectativas do povo brasileiro, que já não aguenta mais tantas promessas não cumpridas e que já não tem mais paciência com o atual governo. Levy disse ainda que ele e sua equipe cumpriram com o que foi proposto. De fato, Levy combateu as pedaladas fiscais, hoje diante do cenário atual a gente vê o quanto isso é importante; praticou o

realismo tarifário, segurou as tarifas e leiloou a energia, angariando uma arrecadação considerável para segurar as contas públicas, mas nada disso foi suficiente para mantê-lo no cargo. O que ninguém entende é por que trazer de volta Nelson Barbosa? Mais do que aliviado, Levy agora vai descansar e se recuperar, já que ao longo de um ano não conseguiu vencer sequer uma queda de braço. Quando propôs ao governo economizar mais, sempre foi derrotado pelos que propunham economizar menos. Levy vinha do setor bancário e assumiu a pasta da Fazenda com o objetivo de liderar um polêmico ajuste fiscal para endireitar as maltratadas contas públicas, um projeto que teve dificuldades para avançar em um Congresso fragmentado inclusive entre a base aliada. Muitos parlamentares governistas acreditam que ganharam fôlego para defender o governo Dilma. Afinal, retomada do crescimento, retomada dos investimentos e redução de juros é o tipo de discurso que político adora. O que o governo nos deixa como sinal é de que Dilma resolveu agradar aos grupos políticos que até então vinham criticando duramente o ajuste fiscal.

Joaquim Levy conseguiu:

O que sobra para Barbosa:

Combater as pedaladas (que não é pouca coisa, a gente vê no atual cenário o quanto isso é importante);

CPMF - Difícil de se aprovar na atual circunstância;

Praticar o realismo tarifário

Reforma Tributária - Falada há mais de 20 anos. Mas jamais executada;

Leiloou a Energia (O que permitiu

Reforma na Previdência - Ninguém tem coragem política de enfrentar;

(segurou as tarifas por um bom tempo); uma arrecadação considerável para equilibrar as contas públicas).

Mas não conseguiu:

Corte de gastos - o atual governo já mostrou suficientemente que não é capaz;

cumprir as metas fiscais de 2015, 2016, nem evitar o rebaixamento da nota, muito menos apoio político no congresso.

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O governo continua na direção do equilíbrio da inflação... A condução da política econômica não muda, mas... NADA MUDA Barbosa nunca foi fervoroso ao defender as políticas de ajustes das contas públicas e segue a linha desenvolvimentista (que defende a participação ativa do Estado para o crescimento da economia, principalmente em momentos de crise). No dia 18, quando Dilma anunciou a dança das cadeiras, Barbosa deu uma coletiva à imprensa no Palácio do Planalto: — É natural essa flutuação no mercado financeiro. À medida em que ficar claro que o governo continua na direção do equilíbrio da inflação, essas oscilações vão se dissipar, disse ele. Mas não precisa ser letrado para entender que Barbosa não soube usar as palavras ou foi sincero demais: “Continua na direção do equilíbrio...” deixa muito claro que nada vai mudar. Também fez questão de frisar, várias vezes, que a condução da política econômica não muda, a não ser que agora não dá mais para abrir mão dos pesados impostos. “Vamos manter o ajuste fiscal e diminuir a dívida pública, mas não podemos reduzir a contribuição tributária porque estamos fazendo um esforço de reequilíbrio fiscal”, disse ele prometendo simplificar a tributação brasileira. Para o novo ministro da Fazenda, a simplificação por si só vai gerar um grande aumento de produtividade. Será? O mercado financeiro não foi nada favorável a essa troca de ministros. Até o fim do pregão do dia 18 de

dezembro, às 17h, o sucessor de Joaquim Levy ainda não estava oficialmente decidido, mas em meio às especulações, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) registrou queda de 2,98%, fechando aos 43.910 pontos. Por pouco o dólar não voltou à marca de R$ 4 — terminou o dia cotado a R$ 3,947, em alta de 1,48%. O reflexo da notícia foi visível na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), que continuou operando durante três horas após o fechamento do pregão no Brasil, devido ao fuso horário. Lá, as ações preferenciais da Eletrobras terminaram o dia em queda de 9,59%, enquanto as ordinárias (com direito a voto) tiveram desvalorização de 3,52%. Vale e Petrobras também sofreram impactos negativos, de 2,7% e 3,87%, respectivamente, nos papéis preferenciais, e 0,93% e 2,47% nos ordinários.

ANO NOVO, VELHOS PROBLEMAS Todos os esforços para conter a alta do dólar foram em vão, diante dos rumos que tomaram a economia. No primeiro dia de negócios do ano de 2016 a moeda subiu forte, e chegou à marca dos R$ 4, consequencia da busca de ativos considerados mais seguros pelo mercado. No entanto, apesar de no Brasil a variação do dólar ser mais acentuada, por conta das tensões econômicas e políticas do país, a moeda opera em alta na maioria dos mercados. O Banco Central iniciou o ano projetando uma inflação mais alta e uma queda mais acentuada do PIB neste ano.

EVOLUÇÃO DO PIB REAL NO BRASIL (%)

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O Brasil já perdeu o grau de investimento e caminha para uma hiperinflação. Estamos encurralados ou há uma saída?

SEM MUDANÇA, SEM SAÍDA Para avaliar todo esse processo político e econômico conversamos com o professor da Fundação Getúlio Vargas, Ulysses Reis. Diretor comercial de uma empresa especializada em varejo e com um know how invejável no setor, Ulysses traçou um paralelo do que está por vir e reforçou a percepção de que quem vai continuar mandando na política econômica é o Planalto: —Estão tirando uma pessoa do ramo financeiro para colocar alguém que ficará diretamente subordinado à presidente e não assumirá nenhuma postura em defesa do ajuste fiscal. O que aconteceu foi a nomeação de alguém que, assim como a presidente, ficará em cima do muro e que, assim como ela, não tem nenhuma aprovação. Obviamente o mercado não reagirá bem a essa mudança e responderá à altura, garantiu o professor. Para Ulysses, esse tipo de mudança não vai ajudar a recuperar a credibilidade do país depois do duplo rebaixamento. Na avaliação do economista a saída de Joaquim Levy deve acelerar ainda mais o rebaixamento do país pela Moody’s, que colocou em revisão a nota do Brasil, e deverá retirar o grau de investimento dos títulos soberanos brasileiros, a exemplo do que fez a Standard & Poor’s (S&P), em setembro, e a Fitch, na semana em que Nelson Barbosa tomou posse. Alguns economistas, assim como o expresidente Fernando Henrique Cardoso, defendem o impeachment. Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, disse que sem Levy, Dilma, Barbosa e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, formam, finalmente, um triunvirato de verdade. — Esse grupo dá garantia total de que a economia vai afundar mais ainda. Caso não seja tirada da

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presidência, Dilma vai assegurar um 2016 pior que 2015, resumiu Sergio. O professor Ulysses destaca ainda a instabilidade política vivida no Brasil. A discussão do impeachment da presidente Dilma, a abertura de um processo de cassação do mandato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por quebra de decoro parlamentar, e o suposto envolvimento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nas denúncias de corrupção na Petrobras, investigadas na Operação Lava-Jato colocam em xeque o governo. — As três pessoas mais importantes do Brasil estão sendo questionadas. Ninguém mais acredita nestas pessoas, muito menos no país nestas condições, lamentou. Sem saída, a grande maioria dos economistas torce para que haja uma mudança no cenário político que possa, enfim, clarear a economia brasileira. Para o professor Ulysses Reis, fôlego mesmo o Brasil só ganharia com o Impeachment da presidente Dilma. — O Brasil já perdeu o grau de investimento e caminha para uma hiperinflação. Os fundos de investimento, por lei, foram obrigados a sair do país. Ativos foram vendidos aos milhões, provocando um rombo avassalador nas contas. Estamos encurralados. Se ela sair o país ganha uma sobrevida, porque qualquer pessoa que tenha um plano e um mínimo de credibilidade, é possível que dê mais fôlego a essa história e talvez consiga trazer o país de volta à luz. Para quem entende o mínimo do riscado sabe que em economia e política não se pode falar em mudança de rumo dos ventos de uma hora para outra, até porque no Brasil as duas estão tão completamente mescladas, que fica difícil falar de uma, sem citar a outra. Dezembro/Janeiro de 2016 - www.revistasuperrio.com


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“Existe um Brasil que dá certo” Apesar de todo o pessimismo que ronda a economia e a política brasileira os supermercadistas acreditam num país que pode dar certo. “Ainda que o Brasil esteja passando por uma crise, parte dele apresenta bom desempenho”, afirmou o empresário Abilio Diniz, presidente do Conselho da BRF, em entrevista concedida em novembro do ano passado. —Eu não tenho dúvidas, existe um Brasil que dá certo. O agronegócio no Brasil dá certo, é uma fortaleza mundial. O país tem capacidade de alimentar o mundo, esse Brasil continua exportando muito, esse Brasil não tem crise e pede para o governo não atrapalhar, disse. Abilio, que também é um dos donos do Carrefour e gerencia seus investimentos por meio da Península Participações, ressaltou que seus negócios não enfrentam problemas. — Nem todo mundo está na crise, a Península não está na crise, teve um ano excepcional. A BRF cresceu 6% até setembro de 2015 em tonelagem no mercado brasileiro. O Carrefour Brasil cresceu 7% nos nove primeiros meses do ano, isso é performance, disse. De acordo com ele, o bom desempenho dos negócios está relacionado à sua capacidade de aproveitar as oportunidades. — Eu costumo dizer que, durante uma crise, há aqueles que se abatem, sentam no chão e choram. E há aqueles que levantam, fabricam lenços e vendem para quem está chorando. Nós somos grandes fabricantes e vendedores de lenços. O Grupo Carrefour informou que tem um plano de investimentos com foco no longo prazo e que vai manter a estratégia traçada em 2015. Ao longo

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do ano passado a companhia inaugurou no Brasil 17 lojas Carrefour Express e 1 hipermercado em Vila Velha (ES). De janeiro a dezembro, 20 hipermercados foram totalmente transformados e reinaugurados dentro do conceito de Nova Geração. O Grupo Carrefour alcançou 100% dos estados brasileiros: ao todo, o Grupo Carrefour no Brasil finalizou o ano de 2015 com 505 pontos de venda no País. Outro empresário do ramo que se destaca pela ousadia é Genival Beserra, depois de construir uma história de sucesso à frente das operações das Casas Sendas e Prezunic, ele inaugurou no ano passado um novo conceito em supermercado ao reunir a agilidade e o bom atendimento, com preços mais baixos, nascia assim o Costazul. Genival inaugurou duas lojas, uma em Itaboraí e outra em São Gonçalo. Neste ano de 2016 quer levar o Costazul também para Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, já no primeiro semestre e para Curicica e São Pedro da Aldeia, no 2º semestre. Ele também tem o seu jargão: — Crise existe para quem acredita nela. Mantenha o foco nos negócios que a crise passa e você continua firme, assegura ele. A rede Supermarket, uma das maiores redes associativas do estado e a primeira do país em faturamento no ano passado, segundo a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), cerca de 3.146.000.000, também pretende expandir. De acordo com a gestora da rede, Angela Amoedo, há três novas lojas para serem inauguradas, cujas obras já estão em andamento. Atualmente a rede possui 27 associados e 84 lojas que juntas somam 80.000m2 de área de venda e 1.138 checkouts. Já o Multimarket, rede com 68 lojas e faturamento de 1,2 bilhão ao ano, prevê a inauguração de 6 novas unidades. O setor supermercadista se manteve firme em 2015 para conter o repasse de preços ao consumidor e as demissões, mesmo com os custos cada vez mais altos e lucros ainda menores, e ao que tudo indica continuará com a mesma prática.

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OPINIÃO

NINGUÉM É INSUBSTITUÍVEL? Por Clóvis Monteiro

Na sala de reunião de uma multinacional, o Diretor Geral, nervoso, fala com sua equipe de gerentes. Agita as mãos, mostra gráficos e olhando nos olhos de cada um, ameaça: “ninguém é insubstituível”. A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gerentes olham um para o outro, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta, e o Diretor Geral se prepara para triturar o atrevido: - Alguma pergunta? - Tenho sim. E o Beethoven? - Como? O Diretor Geral encara o gestor, confuso. - O senhor disse que ninguém é insubstituível, e quem substitui o Beethoven? Silêncio. Ouvi essa estória esses dias, contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal, as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização, e que quando sai um é só encontrar outro para pôr no lugar. Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Dorival Caymmi? Garrincha? Michael Phelps? Santos Dumont? Monteiro Lobato? John Kennedy? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostavam e o que sabiam fazer bem - ou seja - fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim, insubstituíveis. Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar 42

em como desenvolver o talento da sua equipe, focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar 'seus gaps'. Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico. O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto. Se você ainda está focado em “melhorar as fraquezas” de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bundchen por ter nariz grande. E na sua gestão, o mundo teria perdido todos esses talentos! Clóvis Monteiro é Comunicador e Palestrante Motivacional . www.showdoclovismonteiro.com | clovismonteiropalestras@gmail.com Show do Clóvis Monteiro / Rádio Tupi FM 96,5 e AM 1280 – Diariamente de 6 às 9 da manhã. Dezembro/Janeiro de 2016 - www.revistasuperrio.com


Modelo: ThaĂ­s Ramos www.revistasuperrio.com - Dezembro/Janeiro de 2016

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INAUGURAÇÃO

rede varejão inaugura mais uma LOJA em rocha miranda

Unidade é a 47ª da Rede de hortifruti que tem crescimento de 30% ao ano Em clima de festa e de muita alegria a Rede Varejão inaugurou, no dia 12/11 sua 47ª unidade. Localizada na Av. dos Italianos, 714 em Rocha Miranda, a loja é a décima do presidente Marcelino Antonio de Abreu, o Xuxa. Antes da abertura, como de costume, todos os colaboradores fizeram uma oração de mãos dadas, abençoando a loja e seus empregos. O mascote da Rede, Varejito, e também a tradicional banda de inauguração fizeram a alegria de quem aguardava do lado de fora. Quando as portas se abriram os consumidores foram recepcionados com palmas, sorrisos e frases de efeito como: “seja bem-vindo”. Era mesmo uma festa! Além do preço convidativo, um bolo de quase dois metros foi servido para os clientes. Esse estilo de inaugurar as lojas e de encantar o consumidor com um atendimento mágico parece que tem surtido bastante efeito, tanto que a Rede não fala em crise, ao contrário, cresce algo em torno de 30% ao ano. No ano de 2015 a rede optou por investir ainda 44

mais no funcionário e no atendimento. De acordo com Xuxa funcionários satisfeitos fazem a diferença na linha de frente. O restante fica por conta da administração que também realiza um excelente trabalho. Está revelada a fórmula de sucesso da Rede Varejão.

Banda e o mascote Varejito animaram a festa Dezembro/Janeiro de 2016 - www.revistasuperrio.com


Loja tem quase 400 metros quadrados. Do piso ao teto tudo novinho e uma Comunicação Visual impecável feita pela Global

Funcionários rezam poucos minutos antes da abertura

Varejito e o bolo de quase dois metros.

Daniela Teles, com os gerentes Bruno e Renato, e Silvia Cristina

Bruno abriu a loja junto com as consumidoras. Em poucos minutos o estabelecimento lotou

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INOVAÇÃO

as tendências em embalagem que vão impactar os mercados globais em 2016 Mensagens nos rótulos, híbridos funcionais com grande presença nas prateleiras, além de aplicativos que apoiam as embalagens fazem parte das inovações para fidelizar o consumidor Com foco em 2016, a Mintel anunciou as seis principais tendências que impactarão os mercados globais de embalagem durante o próximo ano e quais são suas implicações para os consumidores e marcas. "Há um caminho paralelo entre as marcas que se esforçam para envolver os consumidores em um nível mais pessoal e as expectativas deles para que as embalagens forneçam essa experiência: impressão digital que cria experiências ‘hiper’ pessoais; mensagem clara no rótulo que aumenta a transparência da marca e promove confiança na compra; embalagem ecologicamente responsável, que capacita a consciência social; híbridos que oferecem benefícios funcionais e ambientais, 46

juntamente com grande presença de prateleira; tamanho certo de embalagem que atenda às necessidades de deslocamento dos consumidores, e aplicativos que apoiam embalagens “conectadas por celulares”. Esses são os temas chave que vemos em ressonância com os consumidores em 2016. As marcas e fabricantes inovam para manter os consumidores globais, não só envolvidos, mas para desenvolver fidelidade à marca, que está se tornando, cada vez mais, intangível nesse momento atual, quando os consumidores têm mais opções do que nunca em produtos embalados", afirma David Luttenberger, diretor global do departamento de Embalagens, da Mintel. Dezembro/Janeiro de 2016 - www.revistasuperrio.com


EVOLUÇÃO DIGITAL

A impressão digital chama a atenção das marcas por meio da criação de oportunidades para envolver os consumidores em um nível local, pessoal e até mesmo emocional. Com quase um quarto dos consumidores chineses citando que pagariam mais por embalagens personalizadas de refrigerantes, a impressão digital deve crescer muito além das estimativas da indústria. Em 2016, vamos experimentar um momento decisivo para a impressão digital em embalagens, à medida que as marcas investem mais em edições personalizadas e limitadas, ganhando, assim, vantagem econômica no mercado de decoração de embalagem tradicional.

MOSTRE-ME OS PRODUTOS

Com o crescente número de posicionamentos nas embalagens competindo pela atenção dos compradores, os consumidores estão exigindo mais informações sobre o que eles, realmente, estão comprando. Ao mesmo tempo, buscam menos confusão nas embalagens, que confundem suas decisões de compra. Essa característica é, talvez, mais aparente na área de alimentos, onde a informação clara e concisa sobre os ingredientes, os atributos funcionais e de segurança do produto, devem ser comunicados com transparência total. Futuramente, os conceitos de rotulagem limpa e comunicação clara na embalagem vão ter a mesma finalidade.

FLEXÍVEIS FENOMENAIS

Embalagens flexíveis são consideradas de menos qualidade. Quase um terço, 32%, dos consumidores associam embalagens flexíveis a serem ‘modernas’ e as marcas estão investindo em oportunidades de marketing nessa área. Mas até em que ponto as embalagens flexíveis irão, especialmente aquelas que são tipo ‘pouches’ , tornar-se não-diferenciadas? As marcas, de fato, inovadoras olharão para a próxima geração de híbridos rígidos/flexíveis que oferecem benefícios funcionais e ambientais, juntamente com grande presença de prateleira.

MAIS DO QUE “APENAS” EMBALAGEM VERDE

Apesar dos melhores esforços das marcas, a reciclagem de embalagens é bem abaixo do seu potencial. Além disso, 63% dos consumidores dos Estados Unidos afirmaram que as embalagens reutilizáveis são um motivo chave de compras. E quando o preço e a qualidade do produto são percebidos como iguais, os consumidores irão, cada vez mais, se voltar para essas alternativas ecológicas como fator decisivo de compra. Portanto, as marcas não se podem dar ao luxo de ignorar esse fato ao desenvolver suas estratégias de posicionamento e marketing.

O TAMANHO IMPORTA

Famílias americanas buscam valor em recipientes maiores para o leite; os consumidores britânicos, por sua vez, pedem mais opções de tamanho para bebidas alcoólicas. Acrescentando, as marcas devem oferecer uma maior gama de tamanhos de embalagens já que de acordo com os 50% de consumidores de snacks preocupados com a saúde, eles estariam dispostos a experimentar um novo produto se ele viesse em um tamanho pequeno como teste, voltado para ocasiões “on the go”. Em 2016, as marcas devem fornecer embalagens que os consumidores veem como do tamanho certo para si e para ocasiões de fácil transporte, a fim de superar a crescente falta de fidelidade à marca.

EMBALAGEM MOBIL-UTION

Há uma revolução acontecendo nas embalagens “conectadas por celulares”. Ao contrário da geração anterior, que incluiu códigos QR e texto desajeitado, desta vez, proprietários de marcas estão investindo na comunicação de campo próximo (NFC _ Near Field Communication) e bluetooth de baixa energia (BLE) como tecnologias primárias. Futuramente, como marcas procuram por formas inovadoras de se envolver com os clientes, o ambiente móvel vai se tornar a nova linha de frente na batalha para ganhar os corações, as mentes e carteiras dos consumidores. Fonte: Mintel www.revistasuperrio.com - Dezembro/Janeiro de 2016

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AUDIÊNCIA

O show líder em todos os rádios O comunicador Mario Belisário nasceu em Santarém, no estado do Pará. Começou a trabalhar cedo. Em rádio, deu seus primeiros passos aos 16 anos O comunicador Mario Belisário nasceu em Santarém, no estado do Pará. Começou a trabalhar cedo. Em rádio, deu seus primeiros passos aos 16 anos no Rádio Clube de Santarém, carregando de bicicleta os equipamentos para as transmissões de jogos de futebol. Todos diziam que ele tinha uma boa voz para o rádio, então passou a participar também da programação. Veio para o Rio de Janeiro em 1983. Passou por várias emissoras, até retornar a Super Rádio Tupi, onde comanda o Show do Mario Belisário, de segunda à sábado, das 3 às 6 da manhã. Quem acorda de madrugada, ouve uma nova forma de se fazer rádio. O ouvinte é fundamental e participa ativamente dos quadros como: a pesquisa do dia, história da vida com as canções do rei Roberto Carlos, o consulta popular, os ouvintes repórteres da Tupi interagindo com muito dinamismo e informação e a grande corrente de fé pro 48

Dia Nascer Feliz. O Show do Mario Belisário, da Super Rádio Tupi AM 1.280 e FM 96,5, vem conquistando cada vez mais o carinho dos ouvintes. Não é a toa que o programa lidera de 3 às 6 da manhã, ganhando de todas as rádios do Rio de Janeiro, tanto em FM, como em AM.

“Quero falar uma coisa pra vocês, tenho um enorme prazer em acordar a nossa gente com: alegria, energia, amor e muita informação. Ahh... e não esquece... Abração de coração do Amigão!!!”

Mario Belisário

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COMPORTAMENTO FOTO: Divulgação

GENIVAL BESERRA: “Pessoas são mais importantes que mercadorias”

Cenário Econômico leva setor de RH a se reinventar Profissionais buscam na felicidade dos funcionários alternativas para o crescimento “A crise não é o fim, mas o começo. O fundo do poço pode ser muito bom”, afirmou a gerente de RH do Instituto Estadual de Cérebro Dr. Paulo Niemayer, Alessandra Rosa, durante o workshop RH em Curso sobre intraempreendedorismo, promovido pela ETC Soluções em Negócios. Ela, juntamente com outros empresários e profissionais de RH traçaram um RX do setor para as cerca de 200 pessoas presentes no evento. O departamento de recursos humanos, muitas vezes visto como uma fonte de despesas para as empresas, segundo Alessandra Rosa, está sendo obrigado a se reinventar nesse momento de crise. Para ela, os profissionais de hoje precisam sim se preocupar com os lucros, com os resultados das empresas em que trabalham. —Somos convidados a ser empreendedores, ou mais do que isso, intraempreendedores. Pensar como sócios, disse. Segundo o fundador e presidente do IEG - Instituto de 50

Engenharia de Gestão, Bruno Leonardo, o capital humano é o grande diferencial para a produtividade das empresas. Diante da falta de comprometimento dos colaboradores, do absenteísmo e da incompetência das lideranças, além de contratar, os profissionais de RH precisam educar os funcionários e, principalmente, zelar pela felicidade deles. Índices mostram que os códigos de afastamento por doenças nas empresas, do nível operacional ao executivo, estão cada vez mais altos e ligados à saúde mental. — A síndrome de Burnout (doença causada por estresse profissional) tem feito com que muitos funcionários não vejam mais sentido no trabalho. Com isso, não conseguem retomar as atividades e tem que ser aposentados, explicou a gerente de RH do Instituto Estadual do Cérebro em resposta ao questionamento da psicóloga Márcia Belmiro (diretora da Rio Coaching) sobre o quanto a perda da saúde psicológica tem levado funcionários a se afastarem do trabalho. E, por incrível que pareça, o desinteresse e a falta de propósito aumentam à medida em que o salário é a moeda de troca pelo trabalho. — Eu nunca me preocupei com o salário. As pessoas não acreditavam, diziam que dinheiro é o que move o mundo. Mas sempre fui assim, desde quando limpava o chão das empresas em que trabalhava. Comecei como repositor mas sempre tive muito comprometimento com meu trabalho e com minha função, contou o diretor-presidente do Costazul Multimercado e presidente do conselho diretor da ASSERJ (Associação de Supermercados do Estado do RJ), Genival Beserra, que considera mais importantes as pessoas do que as mercadorias. O executivo acrescentou que contrata funcionários para seu multimercado pelo brilho nos olhos e pelo quanto eles demonstram gostar de pessoas. Para o coordenador de RH da Secretaria de Fazenda do RJ e criador do Fórum RH Debates, Léo Salgado, bons resultados nascem nessa busca pela felicidade corporativa. — Estamos, aos poucos, conseguindo mudar a mentalidade que alguns funcionário públicos tem. Graças ao trabalho de um conjunto de mentes pensantes estamos resgatando o orgulho deles de fazer parte da organização, e isso tem feito as coisas acontecerem, explicou. Conquistada a felicidade interna, fica mais fácil olhar para o lado. É o que pensa a diretora-executiva da Oi BT Call Center, Márcia Pollard, engajada na campanha da empresa por um natal mais farto para a população. Coube ao sócio fundador da Mercatto Modas, Marcos Cohen, encerrar o encontro com a palestra “Como ser feliz em um mundo tão conturbado?”. Cohen acredita que todos podem ser empreendedores da própria felicidade e que o trabalho pode sim, ser a ponte para realização de sonhos. Dezembro/Janeiro de 2016 - www.revistasuperrio.com


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OPINIÃO

“ Sua majestade: O Cliente ” ...Agora mais do que nunca ! Por Marco Quintarelli

Imaginem vocês estas cenas : Cena 1 – Sexta –feira , 18:30h voltando para a casa resolvo parar numa padaria e fico numa fila para ser atendido. Somente uma atendente para fatiar. Com trÊs pessoas na minha frente. Uma delas pediu queijo mussarela. RESPOSTA: “ Não temos, o queijo está mole!” A segunda pessoa da fila, pede peito de peru defumado. RESPOSTA : “Não temos, o fornecedor não entregou!” Na minha vez eu pedi queijo prato fatiado. RESPOSTA:” Não temos, o produto acabou!” Cena 2 – Na mesma padaria, alguns minutos depois. De três caixas de pagamento, somente 1 (uma) funcionando. Fila com 12 pessoas. A gerente ao lado dos caixas, só observando, justifica-se “estamos com menos cinco funcionários que faltaram” Cena 3 – No dia seguinte, sábado pela manhã, na mesma padaria, fui comprar meu pão aproveitei para comprar frutas para o café. OBSERVAÇÃO: frutas, verduras e legumes passados e até podres na área de vendas, sem condições de comercialização. Cena 4 - 2 dias depois , mesma padaria , por volta das 17h na fila do caixa : Uma senhora reclama sobre o atendimento, a operadora não olha nem nos olhos da cliente ao dar troco. Após a cliente sair a operadora de caixa diz “hoje tá difícil, até atenção os clientes querem”. São cenas que se repetem toda hora em diversos segmentos de varejo. Estas cenas aconteceram numa padaria próxima à minha residência e eu presenciei tudo. Esta padaria, posso chamar de pequeno varejo de sortimento amplo já que vende FLV , artigos de mercearia e bazar. Por confiar muito em sua posição estratégica, pois atende uma área de restrição deste tipo de serviço, esquece da base de qualquer relação de consumo: o atendimento. Esquece que a livre concorrência é bastante dinâmica e deixa brechas para outros que logo podem perceber esta oportunidade: baixa qualidade de serviço e de atendimento. O dinheiro do consumidor é um só e ele com certeza quer utilizá-lo da melhor maneira possível. Não temos mais a opção de “errar na conduta”. Principalmente naquilo que está em nosso alcance. Temos que valorizar cada oportunidade do cliente nos procurar. Em momentos de crise ou de mais dificuldade o consumidor gosta e necessita de uma valorização e reconhecimento. Aliás são nestes momentos que nós 52

do varejo, formadores de equipe e de opinião, devemos nos atentar mais quanto à valorização daqueles que escolhem nossos estabelecimentos para comprar. Ali que estão deixando seus recursos, muitas vezes limitados, confiando em nossos serviços, às vezes pagando mais do que deveriam, por uma necessidade ou conveniência. Mais que justo e adequado que sejam tratados da melhor maneira possível. Não só pelo ponto de vista de reconhecimento do cliente, que possivelmente se torna fiel ao seu estabelecimento, sabemos que todo aquele cliente que reclama é por que acredita que sua reclamação será atendida e o que estava errado vai mudar. É mais um voto de confiança ao seu estabelecimento. Aquele que não reclama, não lhe dá a mínima atenção e procura outro lugar para ser atendido. O momento econômico social que estamos passando é delicado, quase crítico. A sociedade brasileira está cansada de ver tanto erro, ingerência e desrespeito. O dinheiro está curto e deve ser bem utilizado. Toda e qualquer ação terá uma reação! Esperamos que para nosso negócio seja sempre positiva. Toda e qualquer atitude de atendimento de consumo negativa ou positiva se reflete diretamente nesta relação varejista x consumidor. E aquele que tiver a maior aproximação com atitudes positivas e domínio nesta relação está na vantagem. Pensem nisto. Marco Quintarelli é Consultor de Varejo do Grupo Azo – Arena Rio Trade Marketing e Azo Negócios Consultoria de Varejo e Sócio – Fundador da ABMAPRO – Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização. Dezembro/Janeiro de 2016 - www.revistasuperrio.com


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REALIZAÇÕES

RETROSPECTIVA ASSERJ

2015 Mobiliza Rio

A Asserj firmou parceria com o governo do Estado no projeto Mobiliza Rio. A iniciativa visa incentivar a concessão de crédito para empresas do Rio, com o intuito de fortalecer a economia e gerar emprego e renda. A ideia é capitalizar os empreendedores, principalmente os pequenos e médios, para que possam investir e prosperar em seus negócios.

Reinserção Social Os supermercadistas disponibilizaram vagas em suas lojas para os moradores de rua reabilitados. O projeto de reinserção social é da prefeitura do Rio com o objetivo de reconstruir a vida do morador de rua e capacitá-lo para o mercado de trabalho.

Ano de muito trabalho e conquistas. Mas Isso é só o começo: vem muito mais por aí !

Câmaras Técnicas Depois de criar os Conselhos Técnicos, a Asserj formou Câmaras Técnicas com a Vigilância Sanitária e o Procon Estadual. Compostas por profissionais da Asserj e dos respectivos órgãos públicos, visam realizar discussões com os principais representantes do setor para garantir qualidade e eficácia nas operações.

Bom relacionamento Às vésperas do Natal, a Asserj promoveu um encontro dos supermercadistas com o subsecretário de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses do Rio, Arnaldo Lassance. Na ocasião, a equipe de Lassance apresentou uma cartilha sobre como devem ser comercializados alimentos típicos das festas de fim de ano. Lassance elogiou o segmento e disse que o setor supermercadista foi o que mais avançou em termos de qualidade e prestação de serviços nos últimos tempos.

O pódio é nosso Quando 2015 terminou 84% dos espaços da 28ª Super Rio Expofood estavam vendidos. Não era 100%, mas representa uma vitória em tempo recorde. Nunca na história da Expofood a Convenção fora vendida tão rápido. Neste ano, além das grandes empresas brasileiras se anteciparem para expor na Expofood, Cielo e Alelo respectivamente serão patrocinadores ouro e bronze da Convenção. Temos motivos de sobra para nos orgulharmos. E você, supermercadista, é parte integrante deste sucesso. Muito obrigado. 54

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PONTO DE VISTA

EU, VOCÊ E A

CRISE

É, estamos de pé. Apesar de todo alarde e terror estamos, ainda, tentando entender o que levou o país a uma condição que há muito não vivíamos. E apesar de todo o nosso esforço estamos assustados, nós e toda a sociedade. Um dia desses, em um bate papo com um amigo, ele me disse: “se a crise fosse um terremoto, diria que começamos os abalos em escala 3...” E acho que é realmente assim, como um terremoto, quem não tiver uma estrutura segura, verá seu negócio desabar. Mas e aí, como passar pelos tremores sem sofres tantos abalos ou mesmo tombar? Bem, eu diria que construindo novas bases, novos alicerces e mudando as atuações. Não pense que o mais certo é cortar os custos, enxugando a qualidade, pelo contrário, neste momento ela é importantíssima para que se possa andar com segurança. Diríamos que a qualidade é aquela mola que seguram os prédios planejados no Japão: é ela que te mantém estável. Então como? Na minha opinião o que devemos é manter a corrente sem rupturas de elos, temos que ser coerentes e o primeiro ponto é olhar para as nossas contas internas e ver onde podemos começar a nos organizar. Desculpem, mas ainda tem empresário que esquece do pró-labore, aliás, muitos nem sabem o que é isso e acabam confundindo suas 56

despesas pessoais com as de seus negócios. É claro que o empresário tem o direito de fazer o que quiser, afinal a empresa é dele, é ele quem manda. Só que o fato de confundir e misturar as coisas, o coloca na condição de simples mortal e aí na crise, simples mortais ficam vulneráveis. É preciso organizar. Reconhecer que o salário do padeiro da loja é despesa da empresa e de sua empregada doméstica é custo pessoal. Mas isso é apenas o começo. Temos agora que surpreender nossos clientes com ofertas pontuais, buscando alternar os setores da loja, não adianta rasgar os preços. Não é esta a solução, pois se o mercado aponta, através de pesquisas, uma queda de renda é claro que o valor agregado tende a cair. Agora, ter o valor agregado menor e também sua margem de lucro... hummmmm, prato feito para o buraco. O empresário do setor supermercadista não deve ser predador, principalmente neste momento. Nesses meus quase 15 anos de mercado entendi que a dona de casa nem sempre quer o melhor preço, ela entende quando o preço é justo, e aí começam nossas variáveis. Precisamos entender que a jogada de perder nos commodities e ganhar na perfumaria é ultrapassada. Dezembro/Janeiro de 2016 - www.revistasuperrio.com


Não adianta um setor com uma margem alta e rotatividade parada. É preciso equilibrar, é ganhar mais no commodities e entender que o setor de perfumaria deve ser convidativo, e isto deve ser aplicado em todos os setores. Imaginem um hortifruti quase sem perdas? Isto pode estar (além da qualidade dos produtos) na melhor distribuição das margens. Hoje não podemos fugir da realidade do mercado, ainda mais com um monitoramento daqueles que estão diretamente na cadeia do negócio, que é o consumidor final. É o BIG BROTHER do mercado, eles estão filmando, tirando fotos e expondo tudo o que há de bom ou ruim mas, na maioria das vezes, expõem o ruim. É aí que entra a qualidade, ela é importantíssima para agregar valores. É o institucional se tornando uma realidade, principalmente aqui no Rio, e vejo isto mais por necessidade, do que por realidade, já que falta isso no espírito empreendedor. É claro que pode soar mal aos empresários do setor, mas precisamos ser realistas. São encartes, ações televisivas e todas com o intuito de mostrar sempre preços arrasadores. Alguma vez mostramos que estamos de acordo com as normas exigidas, que higienizamos ou que treinamos funcionários? É, triste mas o que respondemos...? E reflita mais ainda, porque respondemos? A crise pode ser superada, e para isto é preciso que o setor primeiramente entenda que tem uma crise interna a ser superada, que temos muito dever de casa a ser feito, principalmente quando nos tornamos emergentes muito rápido. É como a construção feita sem alicerce que pode não resistir ao terremoto. Mas nem tudo é motivo de intranquilidade. É importante entender que o setor também não será o único afetado e nem o mais afetado, aliás na escala, acredito será um dos últimos. O que nos leva a crer que as parcerias também serão favorecidas e muitas indústrias deverão redirecionar suas ações, buscando alternativas conjuntas . A oportunidade para os produtos de boa qualidade e preços inferiores também serão uma realidade, levando a uma abertura do mix, o que deve ser feito com cautela, pois o enxugamento é oportuno, mas deve ser analisado através dos relatórios de giro de produtos, que indicará o que está sem giro no mix, de acordo com sua opção de dias. Os compradores devem ficar atentos às oportunidades sem deixar de perceber as questões tributárias, das diferenças de com frete, CIF e FOB, das oportunidades de paletizadas e cargas batidas, de kits promocionais, ter

o fornecedor como parceiro, o apoiando de forma que ele entenda isso e saiba que você quer evitar prejuízos com as entregas, devoluções e trocas, irá fomentar uma parceria cada vez mais forte e com muito mais benefícios. As embalagens fracionadas serão fontes de bons negócios tanto para o supermercadista, como para o consumidor, já que a aplicação de margens mais reduzidas darão ao consumidor preços melhores, e isto, além de tendências é economia para o setor, comodidade para o cliente, redução de filas e conformidade com as leis de vigilância sanitárias. As empresas de carnes já se destacam pelos cortes fracionados, que podem ser até um pouco mais caros, mas compensam com a margem menor, proporcionada pela embalagem vendida fechada, o que resulta em não termos as perdas de manuseio. Linguiças de churrasco embaladas, assim como os cortes de frango resultam em economia e melhora acentuada de qualidade. Não pense que o momento é de fazer do corte de custos a guilhotina onde será o carrasco. É hora de analisar onde os investimentos são necessários e como eles devem ser feitos. Não é hora de financiamentos desnecessários, achar que os bancos serão nossos inimigos não é correto, mas também não serão paternais como num passado recente. Negociar as taxas de cartões e tarifas bancarias é pontual, mais ainda quando sabemos que as vendas feitas com o dinheiro de plástico representam quase 50% do faturamento. Aliás muitos empresários nem chegam perto das máquinas de cartões, imaginem saber as taxas? Bem, uma reciclagem geral será necessária e o lado bom da crise será a reeducação financeira, dever de casa que muitas vezes esquecemos de fazer. Cautela é importante, colocar as condicionais em dia fundamental e saber onde pisa nos proporcionarão as margens de segurança necessárias. O planejamento será vital. Saber o que vai fazer, o quanto vai gastar, de onde virá o que vai gastar e onde gastar é parte integral da boa condução e do sucesso de seu empreendimento. No mais, vamos torcer pela postura de nossos governantes e torcer para que o Brasil possa ficar livre de ações nocivas e destruidoras de corrupção. Eu e você temos a responsabilidade de mudar esta condicional, por isso devemos estar sempre em busca de aprendizado e atualização. Se soubermos aplicar as inovações tecnológicas da forma correta e favorável, se conseguirmos integrar o quadro funcional à realidade, isso provará que a crise, assim como toda tempestade, passa.

Adenilson Vidal é gestor da Rede Unidos de Supermercados e tem mais de 10 anos de experiência no Varejo.

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DESTAQUE

asserj NA MÍDIA

O jargão que “a crise demora para chegar no varejo” soa como um mantra. Mas não é tão verdade assim. Jornal Extra

Só não vai ficar mais caro devido ao acirramento nas negociaçoes... os mercados tiveram que pressionar os fornecedores para controlar a alta do dólar. Jornal Extra

...A gente não fala em crise, mas em momento econômico. E a expectativa é de crescimento de 10% nas vendas em relação a 2014. Jornal Extra

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Dezembro/Janeiro de 2016 - www.revistasuperrio.com Setembro/Outubro de 2015 - www.revistasuperrio.com


O jargão que a “crise demora a chegar no varejo” soa como um mantra.

Jornal O Dia

Intensificamos as negociações com os fornecedores, o que nos possibilitou conter a alta do dólar. Só assim conseguimos manter um preço mais em conta para o consumidor. Portal G1

Nossa proposta é aumentar o número de ofertas promocionais e de produtos cadastrados nos mercados, dando ao consumidor mais opções de preços.

Portal Abras

Com isso conseguimos manter as vendas aquecidas e o fluxo da produção industrial.

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Portal O Fluminense

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EXPANSÃO Fachada da unidade Cabo Frio 3

crescimento à prova de crise Localizadas nas regiões de Cabo Frio, Araruama (Centro) e Saquarema (Bacaxá), aquisições contribuíram para elevar em 15% o faturamento em 2015 O “mantra crise” não parece assustar os supermercados Princesa, cuja diretoria resolveu abrir três novas lojas no ano passado. As unidades foram adquiridas do supermercado Só Ofertas e se somam às 23 filiais do Princesa. Inauguradas já no quarto e derradeiro trimestre do ano, as três novas lojas têm seções de padaria, hortifruti, congelados e rotisseria, e contribuíram para elevar o faturamento em 15% em 2015. Para Ronaldo Teixeira, gestor do Princesa e um dos executivos que participam do plano de expansão, embora a empresa já esteja há 10 anos na Região dos Lagos, as novas aquisições vão reforçar a presença da marca. Para atrair o público o supermercado fez promoções agressivas de importados em ações divulgadas na TV e por meio de encartes, onde vinhos, massas, azeites e snacks serviram de chamarizes. Além da expansão, o Princesa procura garantir maior eficiência também em outras áreas. Por isso realiza diversos estudos para melhorar a operação, reduzir custos e elevar a produtividade. “Nosso otimismo é calcado na busca por melhores resultados sempre”, concluiu Ronaldo Teixeira. 60

Frente da loja de Araruama

Fachada da loja de Bacaxá, em Saquarema Dezembro/Janeiro de 2016 - www.revistasuperrio.com


Loja de Araruama conta com mix completo, incluindo diets, lights, mix gourmet e produtos sem lactose

Interior da loja de Bacaxá, com 600 m² de área de venda

Açougue e padaria da loja Cabo Frio 3. No entanto, todas as novas lojas têm padaria e açougue, além de hortifruti, congelados e rotisseria www.revistasuperrio.com - Dezembro/Janeiro de 2016

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TECNOLOGIA

O SUPERMERCADO DO

FUTURO

Em breve, escâneres e displays vão facilitar a vida dos consumidores dando informações sobre produtos e até receitas, e substituir os funcionários no comércio. Pesquisadores garantem que não é ficção científica. 64

No momento em que o consumidor pega um pacote de macarrão na prateleira do supermercado, um display mostra uma receita apropriada àquele tipo de massa. E uma luz verde pisca logo ao lado, exatamente onde está o vinho tinto recomendado para a macarronada. Na caixa do supermercado, não mais ocupada por um funcionário, um computador lê automaticamente os códigos de barra dos produtos na cesta de compras. O pagamento é feito simplesmente com a chave do carro, que está conectada com o cartão de crédito do consumidor. Ao deixar a loja, uma voz controlada por computador se despede: "Muito obrigado por sua compra, e até a próxima." Ficção científica? Não. Dentro de poucos anos isso já deverá ser realidade nos mercados de gêneros alimentícios. Pelo menos é o que Dezembro/Janeiro de 2016 - www.revistasuperrio.com


“Sob medida para o cliente” é uma expressãochave. Porém tamanha transparência também tem o seu preço. acreditam os cientistas do Centro de Pesquisa de Inteligência Artificial, localizado na pequena cidade de Sankt Wenden, no estado alemão do Sarre. Lá eles criaram a "loja do futuro" ou retail lab (laboratório de varejo). Displays eletrônicos dizem o que é o quê e quanto custa, no mercado do futuro Auxiliados por representantes de vendas, os pesquisadores testam como lojas e mercados poderão coexistir com a internet. Um deles, Gerrit Kahl, explica a necessidade de as lojas mudarem: — O comércio deve considerar que os clientes querem cada vez mais informações. Eles querem a transparência que isso traz, assim como os diversos serviços que conhecem do comércio online, diz. Parte dessa mudança é uma maior digitalização. Segundo estimativas, em breve os alemães estarão gastando na internet um de cada quatro euros. Com isso, cresce a pressão para que o comércio seja rápido e informativo. Uma ferramenta para isso são as assim chamadas tags, etiquetas eletrônicas nos produtos que enviam informações ao setor de estoque sobre os artigos que estejam em falta. Além disso, através delas o cliente tem acesso imediato ao preço e outras informações sobre o produto. Muitos processos precisam ser "feitos sob medida" para o cliente que anda pelo supermercado munido do próprio smartphone ou tablet, observa Kahl. Além de acompanhar lá a lista de compras eletrônica, ao enquadrar os produtos e prateleiras com a câmera, ele visualiza na tela dados tanto sobre possíveis agentes alergênicos como sobre eventuais descontos. "Sob medida para o cliente" é uma expressão-chave. Porém tamanha transparência também tem o seu preço: antes de obter todas essas informações, o consumidor tem que revelar muito sobre si. Ao se registrar com a impressão digital no carrinho de compras eletrônico, por exemplo, seu perfil é automaticamente carregado.

Questionado sobre eventuais críticas ao "cliente de vidro", o cientista Kahl reconhece que "naturalmente isso também é percebido de forma negativa". Mas o consumidor poderá decidir: ou ele disponibiliza seus dados pessoais e recebe as informações de valor agregado, ou não terá acesso a elas. A reportagem foi a um supermercado "de hoje" em Saarbrücken, capital do Sarre. As caixas são ocupadas por seres humanos e os clientes procuram seus produtos por conta própria, sem auxílio de nenhum dispositivo eletrônico. Indagados sobre os potenciais benefícios da loja "inteligente", muitos se mostram céticos. Uma jovem se opõe radicalmente ao comércio digitalizado: — Para mim, é muito impessoal. Quero poder perguntar onde está o produto X ou Y? Eu simplesmente quero uma coisa pessoal, critica. Um homem na seção de queijos balança a cabeça e indaga: — Pagar com o celular ou com as chaves? Não consigo imaginar. Eu preferia que ficasse do jeito convencional. E um jovem, que acaba de se informar sobre os vinhos com um vendedor, comenta: —Estes vendedores sabem exatamente do que eu preciso. Nenhum display saberia me recomendar um bom vinho. Apesar disso, os cientistas do centro de pesquisa em Sankt Wendel são unânimes: a digitalização é um caminho sem volta. Num de seus laboratórios, uma sala de estar simulada, os convivas sentados em volta da mesa de centro encomendam o que falta diretamente de um tablet superdimensional. A televisão também oferece opções: com um simples clique, o que é anunciado no comercial vai direto para a lista de compras digital. E com ele, o cliente vai para a loja de ficção científica – de volta para o futuro. Fonte: Portal DW

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OPINIÃO

O que é Marketing ou o que não é marketing? Por Graci Cavalcante

Marketing não é propaganda, não é só estratégia ou técnicas de venda, não é promoção de pessoas, nem de políticos, não é um departamento que cuida da publicidade e dos eventos de uma empresa, não é uma forma capitalista de fazer com que as pessoas queiram o que não precisam. Estas são algumas das percepções de pessoas que foram entrevistadas em um estudo realizado este ano com profissionais de varejo. Marketing para alguns é um vilão ao mesmo tempo um herói: reconhecido por seu papel essencial para a sobrevivência de uma organização, mas mal compreendido, acusado de manipulador. Hoje ainda é mal interpretado por sua amplitude de aplicações e definições. Poucos conceitos têm tantas e tão distintas definições quanto o marketing. As múltiplas definições tornam o conceito impreciso, o que gera muitas dúvidas. Por isso as empresas que baseiam seus negócios em certezas acabam por não ter a real noção de seu potencial e limitam o setor apenas a um dos “P”s do Mix de Marketing, a Promoção (comunicação). O marketing interliga todos os departamentos de uma organização e não se preocupa apenas com a divulgação ou venda, mas sim com todo o processo de desenvolvimento do produto, entrega ao consumidor final, impacto no ambiente e na sociedade. Ele está em constante evolução, e, para se adaptar às mudanças e movimentos sociais desenvolveu muitas vertentes, como: Marketing administrativo, pessoal, esportivo, cultural, digital, de experiências, de relacionamento, endomarketing, Consumer marketing, Trade marketing, Shopper marketing e muitos outros que ainda iremos conhecer com a evolução humana. Possivelmente essas transformações conceituais, como tudo no mundo, nunca terão um fim; a todo o momento haverá novas adaptações e atualizações para cada situação que o mercado apresentar a fim de acompanhar tais mudanças. Isso deixa claro que para entender e conceituar o marketing é preciso entender sua evolução histórica. Kotler, considerado o maior especialista no assunto, cita esta complexidade em um de seus livros: 66

“Meu romance com o marketing já dura 38 anos, mas ele continua a me intrigar. Quando finalmente pensamos que o compreendemos, ele começa a dançar uma nova música e temos que acompanhá-lo o melhor que pudemos.” Os conceitos de marketing mudam conforme a sociedade muda, e altera suas formas de conviver, consumir, se comportar e se relacionar. Com o advento da internet e o avanço da tecnologia, cada vez mais acessível e tornando consumidores mais informados, conscientes e conectados, é fácil perceber que marketing, assim como a humanidade, ainda vai surpreender muito em 2016. Esteja preparado! Graci Cavalcante Marketing e Comunicação Supermercados Vianense Dezembro/Janeiro de 2016 - www.revistasuperrio.com


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JURÍDICO

A Mediação, aplicação prática e a resolução dos conflitos Extrajudiciais Por Dr. José Oswaldo Corrêa e Dra. Thaís Christine Lopes de Lima

A Lei nº 13.140, mais conhecida como “Lei da Mediação”, foi sancionada recentemente com o objetivo de solucionar controvérsias entre particulares e autocompor conflitos no âmbito da Administração Pública. A Mediação é um método voluntário de solução de conflitos, por intermédio de uma atividade técnica exercida por pessoa imparcial de confiança das partes, ou aceita por estas, sem poder de decisão, que tenha por escopo auxiliar, estimular e desenvolver soluções consensuais para as controvérsias cotidianas. A Mediação difere-se da Conciliação já existente nos procedimentos judiciais, porquanto que, em regra, é utilizada em conflitos mais complexos e o mediador é responsável por facilitar o diálogo – de forma imparcial – entre as partes para que estas cheguem a um consenso próprio, sem que haja prazo pré-fixado para finalização. Enquanto que a conciliação é um método utilizado em conflitos mais simples, ou restritos, no qual o conciliador poderá adotar uma posição mais ativa, porém neutra em relação ao conflito. Com o fito de reduzir consideravelmente os processos em trâmite junto ao poder Judiciário, alguns infortúnios poderão ser dirimidos por meio da mediação, desde que versem sobre direitos disponíveis ou direitos indisponíveis que admitam transação, a exemplo do divórcio, das relações contratuais comerciais, do regramento contratual, da recuperação judicial ou da falência de empresas. Nos termos da Lei, sendo o processo judicial em curso pré-existente à sua vigência, as partes poderão submeter-se à mediação comunicando formalmente ao magistrado acerca de seu interesse, e este, por sua vez, determinará a suspensão do processo judicial até o encerramento da transação. Em contrapartida, as demandas que serão judicializadas após a vigência desta lei, desde que enquadradas nos requisitos legais, serão automaticamente submetidas à mediação. Com o objetivo de estimular os praticantes, na hipótese de o conflito ser solucionado antes que haja a citação formal do Réu, as custas processuais não serão devidas. A intenção do legislador, quando da criação desse instituto, não foi apenas de reduzir o volume das 68

demandas judicializadas, mas também de apresentar uma alternativa à solução dos conflitos extrajudiciais que versem sobre contratos e relações comerciais. Outrossim, a legislação visa à informalidade no procedimento, ao consenso e à boa-fé, sempre pautada na autonomia de vontade das partes, com o escopo de preservar relações e de manter estáveis as atividades comerciais sem que haja prejuízo para qualquer uma delas. Nesta seara, a lei prevê também a possibilidade de que haja nos contratos privados a estipulação de cláusula específica acerca da mediação como estratégia para dirimir possíveis controvérsias que surjam no decorrer da relação contratual. O procedimento extrajudicial, além de reduzir as necessidades de interposição de ações judiciais e, consequentemente, o prazo para solução do conflito, outorga às partes a estabilidade e a segurança com relação ao cumprimento do acordado, uma vez que o acordo entabulado em sede de mediação é revestido de executividade, sendo equiparado, pelo Poder Judiciário, a um título executivo extrajudicial e, portanto, passível de ser exigido junto ao Tribunal de Justiça. Destarte, por ser a mediação considerada uma via mais célere, livre de vícios, informal e revestida de autonomia, é possível afirmar que administrar os conflitos, acima de tudo, apaziguando-os de forma satisfatória às partes envolvidas, é uma estratégia inteligente que se perseguida cotidianamente, só tende a ser positiva às Empresas em razão da redução dos custos e harmonização de interesses pela satisfação recíproca. Advogado Titular e Colaboradora do Escritório de Assessoria Jurídica José Oswaldo Corrêa/RJ. Dezembro/Janeiro de 2016 - www.revistasuperrio.com


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BRANDS FATIADOR DE ALTA PERFORMANCE

PARA O MERCADO DE CONSTRUÇÃO E DE ACESSÓRIOS

O Grupo Astra, um dos mais importantes fornecedores para o mercado da construção no Brasil, ampliou sua linha de acessórios para banheiro e lançou mais um modelo de escova sanitária. O produto tem haste em polietileno e cerdas em nylon. Para mais informações acesse: www.astra-sa.com.br

A Urano, que desenvolve e produz equipamentos de alta tecnologia, lança no mercado o U SM1 320. Com lâmina de corte muito resistente de 320mm, o equipamento tem alta produtividade: faz 52 fatias por minuto de até 2mm de espessura, conferindo mais agilidade na operação e no atendimento ao cliente. O Fatiador Automático Urano atende às exigências estabelecidas pela NR-12 e está homologado pela portaria 371 do Inmetro. Para mais informações ligue: (51) 3462-8700. CEBOLA CROCANTE Para consolidar o

posicionamento do produto nas principais redes de varejo do Brasil, a La Violetera modernizou a embalagem da Cebola Empanada Crocante. O novo doypack de150gr terá preço proporcional ao do antigo pote de 100gr e possui sistema de abertura e fechamento com ziplock. Mais praticidade para o consumidor. O preço sugerido para o varejo é R$ 11,90.

HUUUMMMM! GOSTINHO DE SOBREMESA CASEIRA

A marca Tio João, líder de mercado, apresenta seu mais novo lançamento: Sobremesas Tio João Cozinha & Sabor Arroz Doce. Em três sabores: tradicional, coco e doce de leite, os produtos são fáceis de fazer e com gostinho de receita caseira. Basta adicionar água e seguir o modo de preparo das embalagens. A novidade não contém aroma artificial, glúten e espessante (goma xantana), além disso, pode ser preparado no microondas e o que é melhor custa R$6,99 e R$7,99. Para mais informações ligue SAC Josapar: (53) 3284-1000. 70

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*imagem meramente ilustrativa. “Sal ITA”, “Sal ITA Churra” e “Sal ITA Light” são marcas registradas e pertencem à Serv Sal do Nordeste.

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