Mary ray

Page 1

Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary 38

Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray


Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary Mary

39


Mary Ray


índice prólogo ---- 04-05

Y Y Y Y Y Y y

a A A A

a A A A

raízes ---- 08-09

estudos e influências ---- 10-11 2


M M M M MM MMMMM M

MM MMMMMM M M M M

Turn on, Tune in Drop out ---- 14-23

y Y Y Y Y Y Y

despertar ---- 26-32

arquivo ---- 34 bibliografia ---- 35 3


01

4


PRÓLOGO Este livro é uma retrospectiva da vida e obra da designer Mary Ray. Nestas páginas são reveladas memórias, fotografias e outros objetos do arquivo, que a própria Mary Ray disponibilizou. Na vida desta designer esteve sempre presente uma ambiguidade e divisão da sua personalidade. Apaixonada pela Costa Este e Oeste da América, mas também por tudo o que ficou das suas aventuras entre estes dois lugares, fascinada pelo simples, mas apaixonada pelo complexo, sonhadora, mas madura. Mary Ray é uma personalidade que contribuiu para a história do design e da arte norte americanas, continuando ainda hoje a ser uma inspiração para novas gerações.

5


02 04

06 05

6


03

7

07


Y Y Y Y Y Y y

RAÍZES

M

ary Ray, designer e artista norte americana, nasceu em Clearwater, na Flórida, a 6 de Novembro de 1938. O seu pai era pescador e a sua mãe professora primária. Desde a pintura e escultura à cenografia e fotografia, cedo começou a mostrar interesse pelas artes em geral. Com quinze anos realizava já pequenos trabalhos que lhe encomendavam, pois os seus pais nem sempre podiam suportar as despesas que fazia com as suas visitas a exposições e teatros. Começou por fazer retratos por encomenda, até que o diretor do teatro, que costumava frequentar, lhe pediu que desenhasse um cartaz para a próxima peça que lá se realizaria. Foi a partir deste desafio que Mary Ray começou a ganhar o gosto pelo design gráfico, mesmo antes de perceber o que isso era.

08

8


10

09

11

12

9


a A A A E

a A A A

Estudos e influências studou Arte e Design em Nova Iorque, na Universidade de Yale, onde teve como professor Josef Albers e como colega Victor Moscoso, com o qual viria a trabalhar mais tarde em S. Francisco. A partir desta fase observa-se no trabalho de Mary Ray a influência de Alphonse Mucha, pelo qual tinha uma grande admiração. Durante este período frequentou os locais boémios da cidade, onde conviveu com artistas das mais diversas áreas e para quem chegou a realizar alguns trabalhos. A ambiguidade de estilos desta designer reflete o seu carácter e personalidade inquietos, sempre em busca de novos estímulos e desafios. Por isso não é de estranhar que ao longo da sua carreira constem trabalhos das mais diversas áreas, temas e estilos. Em 1960, com vinte e um anos, terminou o curso e encontrou emprego numa loja de discos. Apesar de não ser um trabalho na sua área profissional, este revelou-se muito importante para a sua carreira. Para além de ter ganho muitos contactos com figuras do mundo da música, muitas vezes estes também lhe encomendavam cartazes ou capas de discos. Por esta razão se encontram no espólio de Mary Ray muitos trabalhos relacionados com diversas bandas da época. Viveu durante cinco anos em Nova Iorque.

13

10

14


15

11


12


16

13


Turn On Tune In Drop Out

M M M M MM MMMMM M

MM MMMMMM M M M M

E

m 1965, Mary Ray partiu em direção à costa oeste dos Estados Unidos, inspirada pelo espírito aventureiro , que começava a contaminar a juventude daqueles anos. Durante a viagem cruzou-se com uma comunidade que começava a crescer no Colorado, a Drop City. Conheceu pessoas de toda a espécie, incluindo artistas que ali se vinham refugiar em busca de inspiração, longe da sociedade capitalista e consumista dos EUA. Mary Ray contribuiu fortemente para o crescimento desta comunidade, ajudando a planificar e erguer os domos geodésicos, pelos quais esta comunidade ficou conhecida. Este período revelou-se marcante para a sua evolução como artista. Os seus trabalhos a partir deste momento adoptaram características da Arte Nova, assim como criaturas mitológicas, tudo isto aliado a cores fortes e contrastantes.

Pintura de Mary Ray em Drop City

14


17

18

19

15


E

M M M M MM MMMMM M

MM MMMMMM M M M M

m 1967 deu continuidade à sua viagem, e acabou por se estabelecer em São Francisco. Reencontrou-se com Victor Moscoso e conheceu outros artistas do mesmo meio, como Alton Kelley, Rick Griffin, Stanley Mouse e Wes Wilson. Juntamente com estes, foi convidada a expor os seus posters numa grande exposição na Galeria Moore, onde se puderam observar os trabalhos realizados para bandas que atuaram no Avalon Ballroom e no Fillmore Auditorium. O padrões psicadélicos, as imagens e letras distorcidas e as formas orgânicas continuam a destacar-se e a causar sucesso na comunidade jovem da altura. Mary Ray sabia como passar uma mensagem, conhecia o seu público, pois fazia parte dele.

Em 1968 começou a trabalhar na editora e livraria independente City Lights Books, onde se interessou particularmente por obras marcantes da cultura “Beat”. Foi através desta editora que soube que Jaques Kerouac se tinha mudado recentemente para São Petersburgo, na Flórida, por coincidência cidade vizinha da sua, Clearwater.

20

16


22

21

23

17


Variaçþes do cartaz para o concerto de Melanie no Fillmore Auditorium Mary Ray - 1968

18


19


Variaçþes do cartaz para o concerto dos Fighting Axes no Avalon Ballroom Mary Ray - 1966

20


21


Variaçþes do cartaz para o concerto dos The Stooges no Avalon Ballroom Mary Ray - 1967

22


23


24

28

27

24


25

26

30

31

25 29


despertar

y Y Y Y Y Y Y M

ary Ray regressa à sua cidade natal em 1969, onde procura incansavelmente por Jack Kerouac e o foi encontrar, já decadente, a viver com a sua mãe e com a sua mulher num bairro mortiço de São Petersburgo. Passam tardes a conversar sobre os tempos áureos do escritor e dos restantes Merry Pranksters, tal como as viagens e aventuras vividas a bordo do autocarro Further. Desta fase de convívio com o escritor, Mary Ray retirou grande inspiração para os trabalhos que se seguiram na sua carreira. Ambos decidiram fazer uma edição especial da obra On the Road, cuja capa seria criada por Mary Ray e o lançamento teria lugar na Livraria onde trabalhava, em São Francisco. Para grande tristeza desta, Jack Kerouac faleceu antes do lançamento desta edição. Durante o tempo que ficou em Clearwater reencontrou amigos e familiares. Alguns deles tinham regressado da Guerra do Vietnam.

32

26


Capa da nova edição do livro The Howl Mary Ray - 1969

Capa da nova edição do livro On The Road Mary Ray - 1970

27


y Y Y Y Y Y Y É

na viragem da década que Mary Ray adopta a simplicidade e começa a defender diversas causas, entre elas o fim da Guerra no Vietnam. “Quando pretendemos passar eficazmente uma mensagem, temos de ser simples mas impactantes.” - Mary Ray

Em 1970 abre um atelier próprio em Nova Iorque, para onde convida outros artistas a partilharem o espaço e fazerem exposições, performances e concertos. O seu atelier tornou-se um espaço aberto a novos projetos, onde Mary Ray teve um papel essencial. Apoiou muitos jovens artistas no seu percurso, até conquistarem um lugar no mundo da arte.

33

28


1ÂŞ versĂŁo de poster de propaganda anti-guerra no Vietnam Mary Ray - 1969

29


2ÂŞ versĂŁo de poster de propaganda anti-guerra no Vietnam Mary Ray - 1969

30


10th drama festival of florida

clearwater theatre

presents:

sweeney todd fridays / 9:00 pm - saturdays / 5:00 pm

Poster para a peรงa Sweeney Todd incluida no 10ยบ festival de tearo de Clearwater Mary Ray - 1973

31


y Y Y Y Y Y Y E

m Julho de 1973 casa com o escritor Travis Maverick, que conhece numa das suas viagens à Califórnia e com quem viveu durante oito anos em Nova Iorque. Atualmente vivem em Santa Cruz, na Califórnia, onde Mary Ray se tem dedicado à pintura e escultura, artes com as quais nunca perdeu a ligação e que, segundo a própria, a fazem encontrar-se consigo mesma.

34

32


33


ARQUIVO 01 Mary Ray 02\03\04\05 Postais da Flórida 06 Fotografia de família, Mary Ray com avó, irmã e primos 07 Passeios de carro 08 Mary Ray com 1 ano 09 Mary Ray na praia, Flórida 10 Mary Ray com amigas 11 Mary Ray com a mãe 12 Mapa de actividades a fazer na Flórida 13 Mary Ray (1960) 14 Fotografia Universidade de Yale, Nova Iorque (1959) 15 Trabalhos de Josef Albers que influenciaram Mary Ray 16 Experimentações com serigrafia sobre aguarelas (1966) 17 Esboços 18 Fotografia de Drop City (1966) 19 Mary Ray (1965) 20 Maquete das estruturas das casas de Drop City (1966) 21 Esboço para poster de Melanie

22 Esboço para poster dos Fighting Axes 23 Esboço para poster dos The Stooges 24 Folheto a anunciarmarcha contra Guerra no Vietnam 25 Fotografia de helicópteros no Vietnam (1969) 26 Fotografia protestos anti-guerra do Vietnam (1971) 27 Poster de concertos contra a Guerra no Vietnam (1971) 28 Revista Esquire sobre o Vietnam 29 Poster satírico, utilização do slogan da coca-cola para chamar a atenção à realidade no Vietnam 30 Fotografia protestos anti-guerra do Vietnam (1972) 31 Postal do Vietnam 32 Bob Donlin, Neal Cassady,Allen Ginsberg, Robert LaVigne, Lawrence Ferlinghetti in front of City Lights Books in San Francisco, 1955 33 Vista de Nova York 34 Mary Ray Travis Maverick

34


Referências Web:

Livros/ jornais:

The Psychedelic issue - Aspen no. 9 http://www.ubu.com/aspen/aspen9/ index.html

MEGGS, Philip. (2006). Meggs’ History of Graphic Design. Hoboken, New Jersey, John Wiley & Sons, Inc.

Posters, handbils, adverts http://makemyday.free.fr/mc5_concert_ posters.htm#66

SADLER, Simon. (2006). Drop City Revisited. Journal of Architectural Education pp. 5-14

Pop Culture - The Sixties http://www.pbs.org/opb/thesixties/ topics/culture/index.html The Sixties, Part 3, Psychedelia - Pattern Observer http://patternobserver.com/2014/04/17/ sixties-part-3-psychedelia/ Psychedelia and the Psychedelic movement 1960-1975 - Graphic Design History http://visualartsdepartment.wordpress. com/psychedelic-60s/

35


36


40

Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray Ray


y Y Y Y Y Y Y susana barroso 2013/2014 37


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.