sutil #14

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Número quatorze

ZERANDO A 'PORTUGAL TELECOM'

MAGAZINE DIGITAL DE AMOR, ARTE, CULTURA TECNOLOGIA, MODA TENDÊNCIAS ETC

EX-EXEMPLO DE PRIVATIZAÇÃO EMPRESA VALE HOJE -99,81% DO QUE EM 2000

HÁ 50 ANOS FAVELA COMUNIDADE RIO DAS PEDRAS QUER VIRAR BAIRRO DO RIO DE JANEIRO

A ARTE SOPRA AS VELINHAS PREPARADA PARA OS SEUS 100 ANOS, A SEMANA DE ARTE MODERNA DO BRASIL ENSAIA UM UPDATE NA HISTÓRIA OFICIAL



ITANHANGÁ RIO, BRASIL


TEXTO M.I.K.A. FOTOS FÁBIO COSTA A VOZ DE RIO DAS PEDRAS M.I.K.A.


RIO DE PEDRAS

A COMUNIDADE DA ZONA OESTE DO RIO JÁ COMPLETA 50 ANOS, PEDE ESTATUTO DE BAIRRO E VIRA UM CASE SOCIOLÓGICO


'RIO

das Pedras' não é uma licença poética. Germina a meio século desde uma área de manguezal na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, algures entre Jacarepaguá, o Itanhangá, a Barra da Tijuca e o sistema fluvial de Marapendi - onde antes havia um único casebre para permanência de um segurança -, e tornou-se uma das maiores comunidades de todo o Estado. Nos últimos anos, debate-se para se livrar de todas as mazelas colaterais do seu surgimento e crescimento desregulamentado, enquanto ostenta algumas das suas proezas ao longo de sua história e peculiaridades com tiques bairristas.


A maioria dos cariocas desconhece Rio das Pedras. Dentre os que conhecem a região, outra grande parte apenas cruzou-a nalgum dia pela Estrada de Jacarepaguá que corta a comunidade no trecho entre a Barra da Tijuca e o bairro Anil, e saiu facilmente enganada quanto à sua dimensão e demografia. Sobram duas fatias: os que frequentam aquela área e a dos seus habitantes. Há toda a ladainha das favelas: reclamam condições sanitárias, melhorias das ruas, recolha de lixo, instalações elétricas adequadas… Mas a cinquentona Rio das Pedras tem mesmo algumas características próprias. Outras, já nem tanto… Segundo dados oficiais, 80% dos moradores da comunidade são oriundos do Nordeste do Brasil. A explicação para este êxodo regional e boom subimobiliário é tão linear que envergonha, já que o crescimento da Barra e do Recreio dos Bandeirantes – bairros de classe média, média-alta e alta –, data dos mesmos anos 60, quando praticamente não existiam e eram apenas usados como áreas de lazer por suas praias selvagens num litoral quase inóspito. Porém, os empregados pela construção civil que os ergueriam não aplicaram o mesmo esmero no desenvolvimento do novo bairro que criaram ao ocuparem o que hoje é Rio das Pedras, e, somando-se a este cenário o descaso contínuo dos ex-governantes, a comunidade virou mais uma 'terrade-ninguém', onde até os serviços públicos mais básicos não só tardaram a chegar quanto ainda funcionam de maneira precária como nas regiões mais distantes e carentes de ajuda humanitária. Há terrenos espalhados pela zona com acúmulos de lixo, vários pontos sem o devido escoamento das águas das chuvas e de esgoto provocando constantes inundações e milhares de ligações elétricas públicas irregulares, que sobrecarregam postes e transformadores e causam apagões. Mas se você, caro leitor, desconhece Rio das Pedras e acha que tal descrição corresponde a de um lugar onde não é possível de se viver, saiba que apesar de a comunidade sobreviver a tudo isto, eles também concordam com você.


QUANDO CRESCEM QUEREM SER BAIRRO A face feliz de Rio das Pedras é igualmente impressionante. Suas façanhas remontam aos primeiros tempos de terreno baldio com tudo ainda por ser feito, quando os comerciantes pioneiros criaram as famosas 'milícias do Rio', que são grupos armados formados por policiais contratados ilegalmente para fazerem segurança particular, o que evitou que a área atraísse ou fosse posteriormente tomada por gangues de traficantes a medida em que ampliava o território. Os milicianos logo se tornariam um dos mais graves problemas da segurança pública, mas foi fundamental para garantirem a posse da região, e até hoje dizem orgulhosamente que não têm bandidos dentro da comunidade. O comércio efetivamente prosperou. Certamente, em Rio das Pedras pulsa uma das maiores áreas comerciais de toda a Zona Oeste, sendo uma franca maioria do ramo gastronômico. Isto fez surgir um outro fenômeno local no final dos anos 90 e que atraiu muita gente das redondezas que andava atrás de diversão noturna diferente e a preços módicos: os bailes funk. O campo de futebol é outro xodó apesar de não haver estádio nem arquibancadas, pois conseguem até realizar campeonatos de times amadores graças às suas dimensões e condições, além das costumeiras peladas. Recentemente, Rio das Pedras viveu um período de agitação e de inclusão social que renovou suas forças e expectativas, e que só abrandou quando a distância entre o disse-me-disse nas ruas e as esporádicas promessas das autoridades voltou a ficar evidente. O último Governador e agora detento #Pezão foi um dos que mais deram atenção à comunidade, mas o contributo que deixou foi a implantação de uma unidade de saúde, necessário mas paliativo quando confrontado com os demais problemas estruturais.


O BAILE FUNK DO CASTELÃO FEZ 25 ANOS E PAROU. NAS PÁGINAS ANTERIORES, O CAOS DO COTIDIANO FOTO: PROMO/FESTAS & SHOWS


SÍNDICO, O MARANHENSE FRANCISCO AINDA LEMBRA DO SURGIMENTO DA COMUNIDADE COMO SE FOSSE MAIS UM 'CAUSO' DA CIDADE FOTO: PERFIL FACEBOOK


Um dos motivos do ôba-ôba foi o projeto @AVozdeRiodasPedras [ https://issuu.com/avozderiodaspedras ] , um dos mais profissionais jornais comunitários já surgidos no Rio. Fundado em 2013 e editado por jornalistas, fotógrafos, designers e agentes culturais, gratuito, full color, em formato standard e com distribuição personalizada através de stands dispostos nos próprios pontos comerciais locais, a publicação durou pouco mais que dois anos, mas foi o suficiente para sublinhar as deficiências de Rio das Pedras e conectar os moradores e associados com personalidades interessadas no desenvolvimento da região e com aqueles que poderiam lançar um olhar mais pragmático sobre eles. @RicardoSouza do @JornaldoBrasil foi um dos responsáveis pelo desenho do projeto, um participante ativo no conteúdo do jornal e diz que “é um passo uma pauta, tamanha a quantidade de abordagens que dava para fazer na favela. Desde os muitos problemas, que são urgentes, passando pelas pessoas, que é a maior riqueza do lugar. Rio das Pedras é apaixonante, é uma favela única com todas as contradições”.

'EU VÍ O RIO DAS PEDRAS NASCER' @FranciscoMendes fala do assunto com a nostalgia dispersa de quem viu muita coisa acontecer na cidade dos 60 para cá, desde quando chegou ao Rio vindo de São Luís do Maranhão e também o escolheu como lugar para viver. Aos 80, morador de Copacabana há décadas, nunca cercou-se apenas dos conterrâneos – aliás, como muitos outros nordestinos. Rio das Pedras é uma formação consequente da demanda de mão-de-obra para a construção civil especificamente na região daquela época, e não uma questão cultural. “Eles botaram um casebre lá com um segurança e disseram para ele ficar tomando conta dali para ninguém invadir”, conta Francisco com certa ironia face aos acontecimentos posteriores. O 'lá' é a comunidade de Rio das Pedras, há 50 anos atrás. O plano inicial era arranjar um local próximo para que um grupo recém-contratado na área pudesse morar. Hoje, se ainda estiver lá, o tal segurança já conta mais de 30 mil moradores na comunidade.


sutil is a non-periodic digital magazine without any pre-format defined about Love, Art, Culture, Technology, Fashion & Style, Trends, published by Puri Productions #14


sutil é um magazine digital não-periódico e sem formato pré-definido sobre Amor, Arte, Cultura, Tecnologia, Moda & Estilo e Tendências, editado pela Puri Produções Número 14


TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À PURI PRODUÇÕES 2019.

EDIÇÃO & ARTE

M . I . K . A.

CAPA

AUTO­RETRATO DE TARSILA DO AMARAL

PUBLISHER

ISSUU [ h t t p s : / / i s s u u . c o m / s u t i l m a g a z i n e ]

DISTRIBUIÇÃO

FACEBOOK [ h t t p s : / / f a c e b o o k . c o m / s u t i l d i g i t a l m a g a z i n e ]

e

s q

F E D N @ M P A # R A T M [ D P A Z R A


editorial

seremos+ que30000

FAZER UMA REVISTA NÃO É FÁCIL. PUBLICAR UMA ONE-MAN-MAGAZINE É UM EMPREENDIMENTO QUE TALVEZ SÓ QUEM ATUA NAS ÁREAS EDITORIAIS CONSIGA DIMENSIONAR. MAS, LANÇAR UM TÍTULO COM ALGUMA PERIODICIDADE E VENDAS NESTE ESQUEMA É OUTRA CONVERSA: É DESEJAR QUE VOCÊ GOSTE DE LER A @sutil. POR ISSO TOMEI ESTA DECISÃO SÓ DEPOIS QUE OS INDICADORES DA @Issuu MOSTRARAM QUE CERCA DE 30 MIL LEITORES E IMPRESSORES FORAM ATÉ À NOSSA PRATELEIRA VIRTUAL, E NÃO POR UMA QUESTÃO MERAMENTE MONETÁRIA. É OUSAR AINDA MAIS AO APOSTAR QUE VAI ACONTECER. O AUTO-RETRATO DA PINTORA #TarsiladoAmaral NA CAPA É UM EXEMPLO. COINCIDE A ARTISTA SER UMA DAS MAIS RENOMADAS DENTRE OS PARTICIPANTES DA CHAMADA 'SEMANA DE 22', MAS NÃO É A ÚNICA – E NEM AQUELA SERIA A SUA TELA MAIS REPRESENTATIVA. O ROSTO DE TARSILA TRANSVERSALIZA TODOS OS TEMAS DESTA EDIÇÃO 14, DESDE O ESTILO MODERNISTA À ATUAL SITUAÇÃO DA EMPRESA PORTUGUESA PHAROL, SGPS, S.A. [ EX-PORTUGAL TELECOM, FUNDADORA E EX-SÓCIA DA VIVO E ATUALMENTE SÓCIA DA OI ], SEM IGNORAR O ANIVERSÁRIO DE 5O ANOS DE UMA COMUNIDADE PRECÁRIA QUE SURGIU APENAS COMO LOCAL PARA UM ALBERGUE PROVISÓRIO DE ALGUNS TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL DE UM EMPREENDIMENTO NA ZONA OESTE DO RIO, E QUE AINDA HOJE SOBREVIVE ENTRE A VONTADE DE SER RECONHECIDA COMO UM BAIRRO CARIOCA E O RECEIO DE SER DESTERRADA PELAS AUTORIDADES A QUALQUER MOMENTO. O ASSUNTO É MODERNISMO. DIVIRTAM-SE.


ANO 2000

9,40 EUROS

(( )) NASCE A PORTUGAL TELECOM, SGPS, S.A. EMPRESA PRIVADA DE TELEFONIA E MULTIMÍDIA


BREA KING BAD

A PORTUGAL TELECOM CHEGOU A TER A SUA AÇÃO COTADA QUASE AO DOBRO DO QUE VALE UMA DA PETROBRAS NO BRASIL QUANDO FOI PRIVATIZADA EM 2000 E A SER ACUSADA DE MONOPOLIZAR O MERCADO INTERNO, MAS QUASE 2O ANOS DEPOIS SOB O NOME 'PHAROL' É UM DOS MAIS INTRIGANTES CASOS DE DECLÍNIO DE UMA EMPRESA DE TELECOMUNICAÇÕES EM TODO O MUNDO


11,00 EUROS

A NO DA M ÁX I MA HI S T Ó RI CA

 2010

8,74 EUROS 2011

6,77 EUROS

2012

3,80 EUROS

2013

3,48 EUROS

2014

2,30

EUROS


S

COTAÇÕES MÉDIAS ANUAIS FECHADAS SEMPRE EM DEZEMBRO, DESDE 2010, ÚLTIMO ANO EM QUE A EMPRESA MANTEVE A SUA AÇÃO ACIMA DOS 8 EUROS E FORA DA CURVA DE QUEDA NA BOLSA EM RELAÇÃO AO ANO EM QUE FOI PRIVATIZADA FONTES: PHAROL SGPS S.A. / BLOOMBERG / EURONEXT

AN O DA MUDA N ÇA DE N OM E PA RA 'P HA RO L '

0

A DÉCADA DA QUEBRADEIRA NA PHAROL

2015

0,46 EUROS

2016

0,19 EUROS

2017

0,33 EUROS

2018

0,22 EUROS


TEXTO: M.I.K.A.

Uma ação. Uma única ação que detenho em carteira na minha conta bancária e que é da companhia telefônica portuguesa bastou para que esta reportagem surgisse na pauta desta edição da @sutil. O extrato nem precisou ser o mais atual: em 2003 adquiri algumas numa iniciativa da empresa análoga à da brasileira @Petrobras em parceria com o FGTS, que permite aos correntistas da @Caixa comprarem os papéis por valores inferiores usando o fundo, oferecendo assim uma maior projeção de rentabilidade. Naquela época, o meu custo de aquisição foi de 2,60 euros. Cinco anos depois, a ação valia 8,25, mas aquele seria o último ano em que a empresa brilharia na Bolsa de Valores após 10 anos de sua privatização… Desde 2011, a comumente conhecida por 'PT' sofre uma desvalorização vertiginosa no mercado, o que a levou a valer hoje menos do que 20 centavos da moeda europeia. O assunto é tão grave que a capital administrativa da União Europeia está tratando diretamente do caso desde 2005. Todavia, o histórico da #PortugalTelecom enquanto empresa privada remonta outros 10 anos anteriores, pois em 95 deram o start no seu elaborado plano de privatização que seria concluído em 2000 e que contemplou cinco etapas técnicas. Em cada uma delas, o Governo ia abrindo mão das suas


participações até que todas as ações estatais estivessem disponibilizadas para aquisição. Em 2000, a Portugal Telecom chegava 100% no mercado valendo 9,40 euros por papel, e manteve esta robustez até ao fatídico ano 2011, oscilando dos 5 aos 13 euros. Para o país a nova empresa tornou-se muito mais do que um modelo exemplar de desestatização. A PT foi a responsável por toda a modernização da telefonia fixa em Portugal que herdou da companhia pública, pela implantação da telefonia celular, pela da TV a cabo e pela disseminação da Internet. Ajudou a inserir os portugueses no grupo dos países emergentes da Europa comunitária elevando a auto-estima social; dinamizando a economia com a criação de novas empresas e subsidiárias; desenvolveu, produziu e comercializou tecnologias hoje utilizadas por outras empresas de várias procedências [ incluindo do Brasil ]; e contribuiu de forma prática na formação dos cidadãos lusitanos ao apostar e valorizar a geração de conteúdos, comprando e renovando empresas do ramo de mídia, como o grupo de comunicação @Lusomundo e o portal @Sapo. Com este perfil, em pouco mais de quatro anos a PT alcançava o sucesso.O foco principal da empresa era


atingido numa velocidade tão estonteante quanto o da navegação digital, e Portugal rapidamente se revia como um dos países com mais portadores de aparelhos de telefone móvel do continente, de acessos à Internet e de assinantes de canais de TV a cabo. Por uma precaução de interesse nacional, o Estado mantinha apenas 500 ações da empresa, mas das qualificadas como sendo de 'direitos preferenciais' nas votações de acionistas [ golden share ], uma medida sem fins lucrativos mas que assegurava algum poder decisório estratégico na sociedade devido à sua área de atuação. Porém – como citamos –, Bruxelas não gostou desta posição de Portugal no sistema e em 2005 apresentou um processo contra o Estado português alegando interferência do mesmo na livre circulação de capitais, o que seria fatal para a Portugal Telecom.

QUEM DERA TUDO ISTO FOSSE APENAS 'ECONOMÊS'… A internacionalização do problema começou ali. Por um lado, Portugal tentava resguardar-se de que as suas telecomunicações pudessem acabar sob o controle majoritário de algum grupo estrangeiro, mas isto foi entendido como um desalinho completo com as políticas da União Europeia e, dois anos após a queixa, Bruxelas venceu a disputa que havia ido parar no Tribunal de Justiça da UE. E, de fato,


COM EXPERIÊNCIA EM DIREITO, MARCELO REBELO DE SOUSA 'CANETOU' AS EMPRESAS DEVEDORAS DO ESTADO PORTUGUÊS E APANHOU ATÉ A IMPRENSA DE CALÇA­CURTA FOTO: PERFIL FACEBOOK


mal pôde respirar após o veredito ao sofrer um ano depois a primeira ameaça real de que isto estava mesmo prestes a acontecer. A Portugal Telecom já conhecia a espanhola @Telefónica de outros carnavais. Eram parceiras aqui no Brasil desde quando compraram a #Telesp em 98 e, a seguir, fundaram a operadora @Vivo [ 2003 ], mas foram os hermanos quem bateram à porta da empresa querendo comprar as suas ações ao ouvirem a sentença do caso UE x Portugal, tendo ao seu lado uma outra multinacional portuguesa, a @Sonaecom. Foi o descalábrio. A Sonaecom punha sobre a mesa da PT um projeto de dificílima digestão por todas as partes envolvidas: chamado 'Oferta Pública de Aquisição' [ OPA ], a investida azedava o conceito de sociedade anônima para afastar temores nacionalistas quanto a um controle estrangeiro das telecomunicações, mas visando adquirir a empresa mesmo sendo uma concorrente em várias de suas áreas de atuação – o que agravava ainda mais concentração e o monopólio –, e contando com a até então aliada Telefónica como sócia. A proposta gerou debates quase intermináveis em Portugal, mas com o Governo amarrado pelas decisões da UE, não houve ingerência política direta e coube aos acionistas


resolverem a questão. Durante o processo que decorreu até 2006 caíram CEOs, ocorreram mudanças de estratégias, vendas de empresas ligadas ao grupo… Mas curiosamente o mercado não reagiu negativamente de imediato e a OPA foi recusada pela maioria dos acionistas, sob a condição da empresa voltar-se exclusivamente para as áreas de telefonia e tecnologia em detrimento do seu braço multimídia [ TV a cabo, portal Sapo, @DiáriodeNotícias, @JornaldeNotícias, jornal @24Horas e rádio @TSF ] e do negócio de cinema [ circuito de salas e de distribuição de filmes, adquirido posteriormente pela própria Sonaecom, em 2007 ]. Não foi uma mera reestruturação. A Portugal Telecom sobreviveria apenas mais 3 anos naquelas condições até que a Bolsa de Valores acusasse o ataque e as sequelas. Com as regiões mais populosas do país cobertas pelos seus serviços remanescentes e sem os conteúdos para oferecer aos seus clientes e que agregavam valor ao tráfego, o mercado regulou a sua importância dando como cumprida a sua missão ao realizar o trabalho de infra-estruturação.

O BREXIT PORTUGUÊS O 'Britain Exit' foi experimentado pela PT antes da proposta política da terra da rainha ir ao parlamento


inglês. Com o horizonte encurtado, em 2010 a empresa portuguesa decidia apostar mais fortemente no mercado de telefonia brasileiro numa espécie de 'Brazil Exit', saía da sociedade com a Vivo e comprava parte da concorrente @Oi. Este caminho foi recebido internamente com um despencar imparável das suas ações em Lisboa, mas a estratégia permanece. A SGPS S/A [ Sociedade Gestora de Participações Sociais ], alterou o nome para @Pharol, SGPS S.A. em 2015, e prossegue assistindo ao descenso do valor dos seus papéis, atualmente cotados a 0,19 euro.

ATÉ AO ANO PASSADO, O EDIFÍCIO­SEDE EM PICOAS, LISBOA, AINDA ESTAMPAVA O LOGOTIPO DA 'PT FOTO: DIVULGAÇÃO


Entretanto, a empresa voltou a ganhar relevância na agenda em Fevereiro deste ano, quando as polêmicas em torno dos casos de dívidas de bancos portugueses com o Governo receberam uma canetada do presidente @MarceloRebelodeSouza [ eleito em 2016 ], que decretou que seja aberta a lista onde constam os maiores devedores do Estado. A medida apanhou imediatamente a @Controlinveste e o senhor @JoaquimdeOliveira, um dos sócios majoritários e gestor da ex-#PTMultimedia [ atualmente o @GlobalMediaGroup ]. O empresário declarou insolvência poucos dias depois e explanou que deve ao @BCP e ao @NovoBanco o dobro do que contraíram de empréstimos para comprar as empresas ao terem mantido um fluxo de linhas de crédito para se capitalizarem – mais de 1 bilhão de euros. O embaraço remete à desvalorização da Pharol e ao desmonte da Portugal Telecom porque Oliveira também está no rol de sócios da Sonaecom, onde detém quase 8% do capital. Ou seja: o atual dono de um importante grupo da imprensa portuguesa adquiriu-o junto à PT com dinheiro emprestado, e não só não pagou o empréstimo como continuou a buscar recursos nos mesmos bancos, e agora todos estão quebrados e obrigando o Estado a recolher os seus cacos para abaterem as dívidas, e tendo participação acionária direta no concorrente das suas próprias empresas… Uma estatização na banca e uma reestatização de meios de comunicação de formas fraudulentas, unilaterais e sem o aval do Governo que ainda darão muito o que falar.


ACAB OU O CAFÉ DA SEMANA DE ARTE

MODERNA DO BRASIL


A SEMANA DE 22 CAMINHA PARA O SEU CENTENÁRIO, MAS A DATA JÁ VIROU ASSUNTO E A @sutil INTERVÉM ATUALIZANDO A HISTÓRIA QUE RONDA O MOVIMENTO E COLABORA NO SEU REPOSICIONAMENTO. AFINAL, O QUE ACONTECEU EM SÃO PAULO NÃO FOI UM 'PETIT COMITÉ'. COM O FIM DA COLONIZAÇÃO E A REINVENÇÃO DO BRASIL, DO GRUPO QUE COMPUNHA AS NOSSAS PRIMEIRAS UNIVERSIDADES COM PRODUÇÕES NA NOVA FEDERAÇÃO SURGIU A NOSSA CULTURA


TEXTO: M.I.K.A.

TERRA.

Terras e mais terras verdejantes e montanhosas como as nossas ilhas mais à Oriente até hoje

sinalizam a perder de vistas foi o que os colonizadores encontraram nas Américas quando desembarcaram aqui no início do século XVI. A História remonta a história dos 400 anos para que as nações americanas surgissem, mas, ao menos no Brasil, alijado mais de 300 anos de constituir uma imprensa livre, foi a Arte que reportou a realidade, a subjetividade, as análises, os depoimentos e as imagens do que era este nosso Novo Mundo.


'BRASIL EM IV FASES', DE DI CAVALCANTI ­ CONCLUÍDO EM 1965 ­, MOSTRA A DIVERSIDADE DO RIO NA REPÚBLICA EM TRAÇOS TÃO COSMOPOLITAS QUANTO TROPICAIS. AO LADO, O IMPRESSIONISTA 'SALETA DE DESCANSO', DE ANITA MALFATTI. ACIMA, A 'PIETÀ' INTERPRETADA POR VICENTE DO REGO MONTEIRO EM ESTILO CUBISTA COM O EFEITO QUE MAIS TARDE SERIA CHAMADO DE 'EMBOSS'. NA P ÁGINA ANTERIOR, 'O OVO DE URUTU,' DE TARSILA DO AMARAL

A imprensa engatinhava e a fotografia ainda iniciava-se para ser a 7 a. em 1922. Porém, a Literatura e a Pintura desenvolvida pela igualmente fresca intelectualidade brasileira encontrava não apenas ecos nas obras dos maiores artistas da época como trazia todo o nosso ineditismo transoceânico. Assim que aquela semana pontuou no calendário da Humanidade um movimento disperso e difuso por culminar aquilo que viríamos a aceitar como a identidade da cultura nacional, com alguns de seus participantes e organizadores integrando a lista de artistas mais renomados do Mundo.


JÁ NEM SOMOS TÃO MODERNOS ASSIM 'Fala...'. De tudo o que lí e do restrito que sei ou ví até hoje de Arte considero que este foi o marco que dividiu a Era Clássica da Era Moderna. Protagonizado pelo artista italiano #Michelangelo em 1515 após terminar a sua escultura de Moisés – o profeta –, diante da perfeição de sua obra recémacabada, dali o Renascimento deixaria pouco a pouco de ser a referência universal com o surgimento de tendências menos realistas e exatas. Não foi apenas uma questão de ápice e declínio natural... o Mundo estava mudando com a chegada dos europeus às Américas e a própria Europa e as comunidades árabes, do Oriente Médio e asiática estavam passando por transformações que inspiraram as sociedades a trilharem caminhos cada vez mais sensoriais e difusos, inclusive na Itália, como – por exemplo –, vemos na obra de #Caravaggio. É fácil perceber: se no Renascimento houve uma admiração e adoração da criação e do Divino e uma tentativa obsessiva por reproduzir o real, a partir do século XVI o sobrenatural e o intuitivo foram ganhando espaço, como podemos constatar nas produções já citadas.

A Europa foi ensombrada. Mesmo antes de 1500, aqui, ali e acolá começaram a surgir artistas com obras intrigantes e cada vez mais impregnadas de mistério, após um longo período de afirmação renascentista sobre suas influências fundamentais - principalmente a bizantina das regiões grega e turca, a moura em geral e a indiana. Exemplos mais do que renovadores foram as dos proto-surrealistas #HieronymusBosch, #PieterBruegel e #VincentvanGogh, oriundos dos Países Baixos.



Aliás, seria o Surrealismo juntamente com o Expressionismo e o Impressionismo que migraria o foco da Arte da Itália para a França e Holanda e, a seguir, para a Ibéria, e se tornaria a maior influência dos futuros artistas nacionais. Há um fator estético relevante nesta identificação: se em Caravaggio e Bruegel a pintura prenunciava contornos sombrios e terríveis da época pós-descobrimentos da América e da decadência local, com Bosch, #PabloPicasso e #SalvadorDalí houve um resgate através do humor, tornando a leitura das obras algo bem menos repulsivo, mas nunca menos inquietante quanto às dimensões pouco perceptíveis da existência.

Quatro séculos se passaram desde a chegada dos portugueses ao Brasil e da selva continental às primeiras metrópoles. No início do século XX já havia uma classe artística no país, maioritariamente formada pela burguesia letrada dentre os filhos dos comerciantes e produtores agrários, mas também com alguns intelectuais emergentes da nova cidadania. Havia imprensa, universidades, bibliotecas, cafés, ateliers... e uma crise mais proeminente: as consequências da libertação dos trabalhadores escravos pela falência dos ciclos de agricultura colonial.

Era mais do que isto: o sistema estava mudando. A República havia sido proclamada antes da virada dos séculos XIX para XX e tudo estava em transformação. Assim, esta classe do pensamento nacional estava construindo o que seria o país no futuro, porém à luz do que interpretava de fatos mais cotidianos do que na época das encomendas coloniais, como a reorganização social composta por políticos e burocratas, pela elite


econômica, homens livres, e toda a diversidade deflagrada, principalmente, pela decadência da cultura do plantio do café no Sudeste.

Este cenário seria inevitavelmente promissor, mas o que causou a importância do Modernismo brasileiro no contexto internacional talvez possa ser resumido em três tópicos: a óbvia formação de uma identidade artística do país; os ecos dos movimentos estrangeiros [ primordialmente europeus ], quando foram detectados traços e desenvolvimentos estéticos com muita técnica e criatividade em nossas produções; e #MonteiroLobato.

Sobre os dois primeiros não avançaremos agora porque ainda há tempo e muito o que entender nesta introdução à Semana de Arte Moderna, mas é fundamental sublinhar o episódio da reação do crítico Monteiro Lobato ao evento: quando o movimento concentrou-se formando um portfolio da nova Arte feita no Brasil, o colaborador do jornal @OEstadodeSPaulo redigiu um texto inflamado e de violentos ataques pessoais contra alguns dos artistas que, intencionalmente ou não - pois é um fato ainda não esclarecido -, acabou por relevar a proposta coletiva e promover a 'Semana de 22'.

A questão da dúvida é que como é sabido o próprio Monteiro Lobato era escritor e autor de peças literárias que trabalhavam tanto com o imaginário quanto os modernistas nacionais, e esta foi a ênfase negativa da sua crítica, pois, ao contrário do que a sua obra demonstra, defendeu que a Arte deve se esmerar em se aproximar ao máximo da realidade.


'RETIRANTES', DE PORTINARI. NA PÁGINA ANTERIOR, 'MOISÉS', DE MICHELANGELO FOTO: WIKIPEDIA/ALVESGASPAR


MATÉRIA ESCURA A escravidão surgiu há milênios. É quase tão antiga quanto a sociedade, por isso é de se estranhar que no Brasil ainda persista uma ideia de que foi uma prática de apenas algumas monarquias colonizadoras europeias e contra uma África tribal, subdesenvolvida e subserviente. Povos israelitas da Antiguidade foram feitos escravos; os egípcios foram escravizados; os próprios europeus fizeram escravos entre si ao longo da História para serviços forçados, incluindo, o do empreendimento das frotas de caravelas que possibilitou chegarem aos outros continentes. A navegação que proporcionou a vinda dos colonizadores às Américas é outro invento mais antigo do que conseguimos imaginar. Porém, de fato, ao desenvolver a sua marinha no início dos anos 1000 DC, Portugal se tornou um dos cinco grandes reinos que alcançariam as costas americanas [ como a Inglaterra, a Espanha, a França e a Holanda ], gerando avanços tecnológicos e as cartografias que são utilizados até aos dias de hoje pelas marinhas e aeronáuticas, e que integram o orgulho daquelas nações. Mas basta a curiosidade em saber quem plantava, cultivava, cortava e transportava toda a madeira usada na construção das caravelas, quem fazia a mineração e a fundição do ferro e quem ergueu todas as embarcações antes da ampliação do mercado escravagista português para o continente africano e sob que condições para perceber o quão deturpado é o tema, porque o trabalho era pesado e o ambiente desumano.


Após mais de 500 anos dos Descobrimentos tal insistência acabaria por revelar os seus reais motivos, e é o que está ocorrendo neste preâmbulo do centenário do Modernismo, que, em primeira instância, é algo semelhante a um suicídio espiritual – seguido do suicídio do indivíduo, do civilizacional e do cultural. É maléfico; diabólico. A origem vem de uma divulgação histórica equivocada ou devido à falta de registros na literatura brasileira por alguma insistente política educacional quanto ao tema, mas isto de certa forma até nos protegeria de uma Era tão terrível que foi o período pré-descobrimentos – com pragas, pestes, fome, possessões demoníacas coletivas generalizadas, decadências monárquicas e caças às bruxas na Europa –, se a Arte não a tivesse 'escancarado' em suas peças contemporâneas e mais conhecidas do público e se o interesse e contato com aqueles países não tivesse se intensificado tanto dos anos 50 para cá com o aparecimento e disseminação dos meios de comunicação. O que esta camada tão informada quanto desinformada que concorre com esta linha ideológica pretende é de fato esmiscuir-se de todo o dolo e culpa vitimizando-se por todo o processo de construção do Brasil, mas requisitando da fase pré-1500 os reconhecimentos de realeza e a autoridade e poder dos escravagistas, como se quem tivesse sido embarcado para colonizar e ocupar os territórios fossem apenas principados europeus e o trabalho forçado circunscrito só aos africanos. Ou seja, uma aberração sem sustentabilidade por nenhum viés…


Em Portugal, uma das coisas que mais me chamaram a atenção quando visitei seus inúmeros lugares históricos foi a preservação de alguns equipamentos de tortura e execução em praças públicas, e principalmente aqueles próximos de castelos e fortalezas. As informações são acessíveis para os visitantes e turistas: alguns dos aparatos foram mantidos em memória daquele passado e conservados como patrimônio histórico como marcos de tempos que não se quer mais de volta, e que por isto devem ser compreendidos. Há forcas, grilhões de ferro do tipo tornozeleiras e braçadeiras, ganchos fincados em paredes de pedra para prender correntes capazes de segurar até navios… Em algumas muralhas nas encostas ao longo das margens dos rios há calabouços com janelas fortemente gradeadas e com manchas nas paredes internas e externas das subidas dos níveis da água, onde constata-se que os que eram lançados ali dentro padeciam periodicamente com a subida das marés ficando com parte dos corpos embaixo d'água ou até mesmo submersos. Tudo isto é informação, com uma ou outra adjetivação ou ponto-de-vista. Mas o que pretendemos é enriquecer a discussão em torno de certos aspectos relativos à escravidão para quando forem debatidos no Brasil à propósito da Semana de Arte Moderna – se este for ainda um dos assuntos –, e não meramente ditados por uma cartilha enviesada pelo isolamento com que tais temas costumam ser abordados pelo senso comum. Para isto precisamos cruzar estas outras observações e propor mais linhas de raciocínio e de reflexão, almejando que a própria produção artística possa ser melhor, ao final, entendida.


A TURMA DE 22

ANITA

MALFATTI

DO AMARAL

TARSILA

DI

CÂNDIDO

PROTAGONIZOU A SEMANA GRAÇAS AO BAFAFÁ DA CRÍTICA DE MONTEIRO LOBATO E PELA QUALIDADE DE SUAS OBRAS

APESAR DE TER ESTADO EM PARIS DURANTE OS 3 DIAS DO EVENTO FOI RECEBIDA COMO UM DOS NOMES MAIS IMPORTANTES DO MODERNISNO BRASILEIRO

O CARIOCA FOI UM DOS ORGANIZADORES E O DESIGNER GRÁFICO DA SEMANA. É CONSIDERADO UM DOS MAIORES PINTORES DO PAÍS

COM APENAS 21 ANOS, O PINTOR SAÍA DA EBA E SE ENVOLVIA COM OS MODERNISTAS, O QUE O LEVOU AOS 1o.s PRÊMIOS E À ILUSTRE CARREIRA

RUBENS BORBA

GRAÇA

MÁRIO

OSWALD

EXPOENTE DO MODERNISMO, RUBENS ORGANIZOU A SEMANA DE 22. DESCENDIA DE BORBA GATO E PASSOU BOA PARTE DA INFÂNCIA FORA. FUNDOU A BIBLIOTECA DA ONU

MEMBRO DO NÚCLEO DURO DO MOVIMENTO. DIPLOMATA IMORTAL DA ABL, ROMPEU COM A ACADEMIA POUCO DEPOIS DEVIDO À SUA FILOSOFIA ARTÍSTICA

O ARTICULADOR. MÁRIO RESUMIU O MOVIMENTO NO LIVRO 'PAULICEIA DESVAIRADA' E SE DEDICOU À PESQUISA DO NOSSO FOLCLORE E À MÚSICA. ARMOU UM SHOW NO EVENTO

TALVEZ O MAIS MILITANTE DOS MODERNISTAS, OSWALD INTRODUZIU­O ATRAVÉS DE 2 MANIFESTOS E DO ROMANCE 'PAU­BRASIL'. COMO ARANHA, FOI DOS MAIS APLAUDIDOS

DE MORAES

ARANHA

CAVALCANTI

DE ANDRADE

PORTINARI

DE ANDRADE


VICENTE DO RÊGO

LASAR

SEGALL

BRECHERET

VÍCTOR

HEITOR

NATURAL DE RECIFE, TEVE CONTATO COM A VANGUARDA PAULISTANA 2 ANOS ANTES E PARTICIPOU DO EVENTO. INSPIROU­SE NA CULTURA INDÍGENA E NO CUBISMO

ADOTADO PELO BRASIL AOS 7 ANOS, SEGALL ERA LITUANO DE ORIGEM JUDIA, E AJUDOU A DESENVOLVER A PINTURA NO PAÍS. HOJE, ESTÁ ARROLADO COMO UM PRÉ­MODERNISTA

ESCULTOR DE ORIGEM ITALIANA, PARTICIPOU AO LONGE, MAS EXPÔS NO EVENTO. TRABALHAVA SÓ E FOI QUEM INFLUENCIOU A SUA ARTE COM A TENDÊNCIA

CLÁSSICO E POLÊMICO, O COMPOSITOR REVOLUCIONOU A MÚSICA AO AGREGAR O REGIONALISMO. ENTROU DE CHINELO NO TEATRO MUNICIPAL

MENOTTI

GUIOMAR

MANUEL

RONALD

TAMBÉM ÍTALO­BRASILEIRO, DEL PICCHIA FOI DIRETOR DO 'A NOITE' E DO 'A CIGARRA' E PARTICIPOU ATIVAMENTE DA SEMANA COM POEMAS REGIONALISTAS

PIANISTA CLÁSSICA MUITO DEDICADA A CHOPIN E SCHUMANN VEIO AO BRASIL PARA TOCAR ABRINDO O EVENTO. PASSOU A DIVULGAR VILLA­LOBOS NOS EUA

PROFESSOR E IMORTAL DA ABL QUE TEVE O POEMA 'OS SAPOS' VAIADO DURANTE SUA RECITAÇÃO NO EVENTO, MAS ESTAVA ENFERMO E NÃO VIU. EMBLEMÁTICO

LEU O POEMA DE BANDEIRA. RONALD ERA POLÍTICO, ACADÊMICO DE DIREITO E COLABOROU COM O 'DIÁRIO DE NOTÍCIAS' E COM A REVISTA LISBOETA 'ORPHEU'

MONTEIRO

DEL PICCHIA

NOVAES

BANDEIRA

VILLA-LOBOS

CARVALHO


:

APÓS 2 MANDATOS COMO VICE, DO CARGO DE SECRET ÁRIO DE OBRAS E DE TER SOBREVIVIDO A UM LINFOMA, LUIZ FERNANDO PEZ ÃO FOI PRESO POR CORRUPÇÃO EM 2018. A OPERAÇÃO VEIO NA SEQUÊNCIA DOS PROCESSOS QUE CONDENARAM O GOVERNADOR SÉRGIO CABRAL FILHO E DA AÇÃO MOVIDA PELO DEPUTADO DO PSOL MARCELO FREIXO QUE O TORNOU PRIMEIRAMENTE INELEG ÍVEL. QUANTO ÀS COMUNIDADES, INTERVEIO NO ALEM ÃO E NA ROCINHA FOTO: REPRODUÇÃO DO BLOG ÁLVARO NEVES




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