Ministério da Cultura apresenta Banco do Brasil apresenta e patrocina
Produção Criativa
paulo branco o cinema de
Centro Cultural Banco do Brasil
DF: 19 de fevereiro a 9 de março | SP: 26 de fevereiro a 16 de março | RJ: aula magna em 6 de março
paulo branco
Centro Cultural Banco do Brasil
O
Ministério da Cultura e o Banco do Brasil apresentam Produção Criativa – O Cinema de Paulo Branco, mostra com 20 obras da extensa carreira de um dos mais importantes produtores de cinema autoral em atividade. A filmografia de Paulo Branco compreende mais de 200 obras assinadas por relevantes diretores. Estão presentes na mostra trabalhos produzidos por Branco de autoria de Manoel de Oliveira, Wim Wenders, Raúl Ruiz, Philippe Garrel, Olivier Assayas, Sharunas Bartas, Robert Kramer, Valeria Sarmiento, Alain Tanner, Werner Schroeter, Luc Moullet, Pedro Costa, Jerzy Skolimowski, Teresa Villaverde, Chantal Akerman e João César Monteiro. Paulo Branco é reconhecido como o produtor com maior número de filmes exibidos nos festivais de Cannes
e de Locarno. Além de atuar como jurado em diferentes festivais pelo mundo, também foi prestigiado diversas vezes. Dentre as homenagens e premiações que recebeu, destacam-se o título de Protagonista do Cinema Europeu, o Prêmio Taormina Arte de Excelência Cinematográfica, o título de Oficial da Ordem das Artes e das Letras da República Francesa e o Prêmio Raimondo Rezzonico para o melhor produtor independente, concedido pelo Festival de Locarno. Com a mostra, o Centro Cultural Banco do Brasil oferece ao público a oportunidade de conhecer, pelo trabalho do produtor, o cinema autoral de vários países, aproximar-se de outras culturas e ter contato com obras de qualidade e de renome mundial. Centro Cultural Banco do Brasil
David Cronenberg sobre o filme Cosmópolis
“Eu não tinha lido Cosmópolis... Paulo Branco e seu filho Juan Paulo vieram sugerir que eu o adaptasse para o cinema. (...) Isso é bastante incomum para mim, já que eu geralmente prefiro filmar meus próprios projetos. Mas, por causa desses dois, eu disse OK.”
Juliette Binoche
em entrevista ao jornal Correio da Manhã (Portugal) “Quando está trabalhando com ele você não pode dizer não. Mas quando não está… podemos nos vingar… [risos]. Não, a sério, foi um prazer trabalhar com o Paulo Branco.”
Marisa Paredes
sobre Paulo Branco
“O pirata português” Os novos caminhos do audiovisual
P
rodução Criativa – O Cinema de Paulo Branco insere-se entre as atividades da Associação do Audiovisual voltadas a promover o desenvolvimento da cultura e a defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico da linguagem audiovisual. A atuação desse importante profissional cinematográfico português emblematiza o conceito de produtor-autor, como bem esclarece o texto de Pedro Maciel Guimarães incluído neste catálogo. E a ocasião de exibir em bloco obras audiovisuais relevantes dirigidas por grandes nomes do cinema internacional e contar com a presença no Brasil de seu responsável Paulo Branco é bastante oportuna, pois na produção mais recente de filmes de nosso país o papel criativo do produtor vem se firmando como necessário e decisivo. A troca de experiências com o homenageado pode contribuir positivamente para a atuação de seus pares brasileiros – este é o desejo dos organizadores do evento.
Produção Criativa – O Cinema de Paulo Branco dá continuidade a uma série de iniciativas promovidas pela Associação do Audiovisual junto com o Centro Cultural Banco do Brasil – e que, nos últimos anos, resultou em retrospectivas dedicadas ao ator Louis Garrel e a cineastas como o brasileiro Aron Feldman, o francês Luc Moullet e o húngaro Péter Forgács. Consolida ainda a atuação da entidade, que também é voltada à formação de público (como quando promove a circulação de bens culturais em comunidades da cidade de São Paulo), à pesquisa em novas mídias audiovisuais (vide arte.mov – Festival Internacional de Artes em Mídias Móveis e sistemas / ecos: experiências com arte, design e meio ambiente) e à difusão da criação feita atualmente na América Latina (especialmente através do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo). Associação do Audiovisual
Paul Auster
em carta a J. M. Coetzee
Paulo Branco, produtor-autor
E
“Paulo Branco estava na cidade na semana passada e disse que gostaria de nos ter em um júri no próximo ano, um júri composto exclusivamente por escritores. Estou mais do que disposto.”
m junho de 1979, a reputada revista francesa Cahiers du Cinéma estampou, na capa da sua edição, o filme Amor de Perdição, de Manoel de Oliveira. O editor da revista, Serge Daney, um dos mais influentes críticos da época, chamou o filme de obra-prima e saiu em defesa da obra e do diretor, segundo ele, mal compreendidos no seu país de origem. Ao mesmo tempo, pipocaram críticas positivas em jornais como Le Monde e Libération, dizendo que o filme era de “uma beleza perfeita” e “reinventa o melodrama”. O ato político de Daney foi o ponto de partida do ascendente interesse crítico e cinéfilo que seria dispensado, a partir de então, ao decano dos realizadores e também à cinematografia lusitana na Europa e no mundo. O episódio abriu portas também para o mundo conhecer Paulo Branco, programador da sala Action République, na capital francesa, que exibiu o filme com apenas uma cópia. Branco era, naquele momento, um jovem produtor que,
apesar da pouca experiência, bancou a empreitada de produzir uma obra de mais de quatro horas, baseada num dos monumentos da literatura portuguesa, Camilo Castelo Branco. Amor de Perdição foi transmitido no formato de série na TV portuguesa, o que gerou controvérsias pela ousadia da adaptação e pelo ritmo lento da montagem. Vem daí um pouco da má interpretação dos críticos e público portugueses que Daney tenta desmontar com sua crítica. A elevação do filme ao estatuto de obra-prima pela cinefilia francesa – e, mais tarde, também pela portuguesa – revelou Oliveira, Branco e a cinematografia portuguesa como o hábitat de um cinema contestador, sem concessões, incólume às pretensões comerciais e interessado em pesquisa de linguagem que alie experimentações estéticas e manutenção das tradições nacionais. Branco: elo comum entre universos distintos Manoel de Oliveira e Paulo Branco caminharam juntos
por quase 30 anos. Branco produziu todos os filmes do diretor entre Amor de Perdição (1978) e O Quinto Império (2004). Por diversas vezes, enfrentou dificuldades financeiras pelo pouco retorno de bilheteria e vendas gerado pelos filmes. Mas, manteve-se firme e proporcionou a vertiginosa constância de criação e filmagens do mais velho cineasta do mundo, praticamente um filme por ano desde 1990. Esteve ao lado do diretor nos filmes de baixo orçamento, rodados em cenários praticamente únicos e com poucos atores; nas empreitadas mais ousadas, como Palavra e Utopia (2000), com elenco numeroso e rodado em parte no Brasil; e, principalmente, em Non ou a Vã Glória de Mandar (1990), filme mais caro do cineasta, filmado na África, com figurinos e direção de arte de época, milhares de figurantes e grandes cenas de batalhas. Branco esteve à frente também da megaprodução internacional de O Sapato de Cetim (1985), filme de mais de sete horas encomendado pelo governo francês para comemorar os 30 anos de morte do escritor Paul Claudel. O convite partiu do reputado ministro da cultura francesa, Jack Lang, e serviu para reforçar o prestígio da dupla, visto o alto nível de responsabilidade do projeto, o estatuto do poeta e a magnitude do texto a ser adaptado. Não é exagero afirmar que Oliveira só se tornou o “maior cineasta lusófono de todos os tempos” porque teve por trás de si um homem de negócios que possibilitava a realização prática e material de todos os seus desejos de gênio demiurgo criador. Nas coberturas da imprensa, era comum ver saudado o esforço de Branco para manter viva
a chama criativa de Oliveira. A posterior transferência dos negócios de Paulo Branco para a França (onde criou a Gemini Films) foi essencial para que o diretor continuasse filmando, pois grande parte dos investimentos na carreira de Oliveira, a partir de meados dos anos 1990, veio da França, da Itália e da Suíça. Além disso, havia a certeza da exibição de seus filmes em Portugal, já que Branco era também exibidor em Lisboa, onde “reservava” para os filmes produzidos por ele pelo menos uma sala. Ainda que o público português fechasse a cara para a maioria dos filmes de Oliveira, o público cinéfilo tinha a garantia de poder ver esses filmes no cinema. Depois do encerramento da parceria entre Branco e Oliveira, a carreira do cineasta já estava suficientemente estabelecida para que tal fato afetasse a regularidade de sua produção. Patrimônio nacional Mas não foi somente Oliveira que teve sua carreira estimulada pela inquietação produtiva de Paulo Branco. Praticamente todos os cineastas portugueses da sua geração, e das posteriores, trabalharam em algum momento com ele. É raro um produtor de cinema de qualquer país ou época que tenha tido tamanha penetração entre criadores de diferentes universos e estilos. O outro gigante português, João César Monteiro, também teve todos os longas produzidos por Branco, de Silvestre (1981) a Vai e Vem (2003). Branco é assim um dos poucos elos comuns entre o universo
“moderno arcaico” (conforme Mathias Lavin) de Oliveira e o escracho e o despudor de Monteiro. Entre os dois, passaram pela batuta de Branco cineastas como João Botelho, Pedro Costa, José Fonseca e Costa, Tereza Villaverde, João Mário Grilo, João Canijo e Fernando Lopes, ou seja, grande parte do cinema feito em Portugal desde 1970. Portugal é um país em que o número de autores prestigiados internacionalmente é inversamente proporcional ao número de filmes produzidos no país e ao interesse desses diretores junto ao público. Nesse panorama, a determinação de Paulo Branco ajudou a transformar a cinematografia portuguesa em celeiro de autores e plataforma de experimentações estéticas, objeto de um ciclo de valorização internacional iniciado a partir de meados de 1993, ano fatídico da estreia de Vale Abraão (Oliveira, 1993). A partir de então, o número de filmes portugueses exportados para outros países da Europa, principalmente a França, quadruplicou. A participação de Paulo Branco foi assim vital tanto na garantia da variedade da produção quanto na certeza da estreia desses filmes em salas estrangeiras. Um produtor internacional No circuito de festivais internacionais, a simples menção do nome de Paulo Branco sob a bandeira de qualquer uma de suas produtoras (Gemini Films, Alfama Filmes, Madragoa Filmes – dois bairros da cidade de Lisboa – e Clap Films) nos créditos de um filme já servia para a plateia se derramar em aplausos. O público cinéfilo sabe bem
o porquê de tal culto. Branco permite que diretores, muitos deles cultuados em diferentes países e que dificilmente conseguiriam financiamento, tenham seus filmes produzidos, veiculados nos principais festivais do mundo e até vendidos internacionalmente. Ele deixou de ser apenas um incentivador do cinema autoral português e passou a possibilitar a manutenção no Olimpo cinéfilo de diretores de diversas origens. Branco se inscreve numa linhagem de produtoresautores desses que não se contentam em apenas liderar as etapas de financiamento de filmes, mas cuja lista de filmes produzidos apresenta uma coerência formal, estética e ideológica. Ele é a face contemporânea dos velhos produtores hollywoodianos dos anos 1930 e 1940, da estirpe dos nababs David O. Selznick, Carlo Ponti e Dino di Laurentis ou, em outro registro, dos indies Georges de Beauregard, Humbert Balsam e os irmãos Bob e Harvey Weinstein. Mais do que produtores, esses profissionais são verdadeiros “cineastas”, no sentido amplo da palavra, gente que ama o cinema, que dialoga criativamente com os cineastas e é capaz de refletir sobre cinema como os grandes críticos. No âmbito internacional, assim como no cenário português, a atuação de Branco se dá em duas frentes. De um lado, mantém a assiduidade de autores já consagrados internacionalmente. É o caso de Raúl Ruiz, cineasta chileno radicado na França e do qual Branco produziu filmes desde os anos 1980. Amigo fiel do diretor, Branco
J. M. Coetzee
em carta a Paul Auster
“Caro Paul, você disse que Paulo Branco nos convidou novamente para o júri no Estoril [Estoril Film Festival]. Isso seria muito bom.” garantiu que projetos caros ao cineasta existissem mesmo depois da sua morte (2011), comandados pela mulher de Ruiz, Valeria Sarmiento. Ou ainda do suíço Alain Tanner, cineasta ponta de lança da “nouvelle vague” transalpina e que travou contato com Paulo Branco ao dirigir um filme em Portugal, Na Cidade Branca (1983). Os dois se tornaram parceiros desde então e Tanner tomou tamanho gosto pela cultura portuguesa ao ponto de mergulhar no universo de um dos seus grandes poetas, Fernando Pessoa, em Réquiem (1998). Muito da penetração de Branco entre reputados diretores internacionais se deu a partir do momento em que eles iam filmar em Portugal e testavam sua capacidade de produção, caso de Wim Wenders com O Céu de Lisboa (1994). No lado das apostas autorais, Branco investiu em cineastas de perfil ousado e pouco comercial, o que transformou sua produtora numa espécie de meca dos outsiders. A lista desses cineastas é consistente: Sharunas Bartas, Chantal Akerman, Werner Schroeter, Mathieu Amalric, Laurence
Ferreira Barbosa, Margarida Gil, Gael Morel. Mais recentemente, uma nova categoria chegou ao rol dos cineastas produzidos por Paulo Branco, aqueles já reputados internacionalmente mas que se voltam, esporadicamente, para um modelo de produção e difusão alternativo: é o caso de Jerzy Skolimowski, Philippe Garrel, Christophe Honoré e David Cronenberg, e dos atores Michel Piccoli e Fanny Ardant. Para esses diretores, Branco cria novos paradigmas de financiamento e lançamento, buscando variar o público e o alcance dessas obras já suficientemente estruturadas. A linha de conduta de Paulo Branco continua sendo a independência, a todo preço, ainda que as adversidades do mercado independente e autoral tenham, por vezes, custado caro à ousadia do produtor. Pedro Maciel Guimarães é professor e pesquisador em cinema e audiovisual. Doutor em Cinema pela Universidade Paris 3 – Sorbonne Nouvelle, pós-doutor pela ECA-USP, é autor de Créer Ensemble: la poétique de la collaboration dans le cinéma de Manoel de Oliveira (EUE, Sarrebruck, 2010).
produção criativa
A Casa The House diretor:
Sharunas Bartas
Mostra Un Certain Regard no Festival de Cannes 1997
(França, Lituânia, Portugal, 1997, 120’) Elenco: Valeria Bruni
“A minha casa. Não sei exatamente onde é que ela se situa no mundo. Só sei que é minha. Moram muitas pessoas em minha casa. Algumas estão só de passagem, outras permanecem. Algumas ainda estão lá. Às vezes faz muito frio em minha casa. Gostaria de saber quantas pessoas vivem em minha casa e quem são elas. O problema é que elas andam de cômodo em cômodo. Gostamos de comer todos juntos mas há sempre alguém faltando. As pessoas que moram em minha casa mudam constantemente de quarto, talvez vezes demais. E eu me perco lá dentro. Nem consigo contar quantas vezes. Mas ainda tenho tempo para aprender onde cada um está.”
Tedeschi, Leos Carax, Micaela Cardoso, Oksana Chernych, Alex Descas e Egle Kuckaite Produção: Paulo Branco
A Divina Comédia A Divina Comédia diretor:
Manoel de Oliveira
Grande Prêmio Especial do Júri no Festival de Veneza 1991
(Portugal, França, Suíça, 1991, 140’) Elenco: Maria de Medeiros,
Miguel Guilherme e e Luís Miguel Cintra Produção: Madragoa Filmes,
Afinal, nós é que compomos a grande comédia humana a que chamo A Divina Comédia: o prazer pela vida, o sexo como ídolo, o poder como ambição suprema e a morte como limitação de tudo; ou a aceitação do sofrimento e da ressurreição como verdadeira glória? Eis o dilema! Afinal, um filme histórico ou, se preferirem, uma parábola sobre a civilização ocidental.
Gemini Films e 2001 Audiovisuel
Amanhã Mudamos de Casa Demain on déménage diretora:
Chantal Akerman
Festival de Toronto 2004 / Festival de Chicago 2004
(França, Bélgica, 2004, 110’) Elenco: Sylvie Testud,
Após a morte de seu marido, Catherine se muda para a casa da filha, Charlotte. Rapidamente a vida das duas vira um pesadelo. Charlotte não consegue escrever o seu livro erótico e precisa lidar com os conselhos de Catherine, que se considera muito mais experiente no assunto. O espaço é escasso e elas acabam decidindo que é preciso vender e se mudar para um lugar maior. É quando começam as visitas dos possíveis compradores.
Aurore Clément, JeanPierre Marielle, Natacha Régnier, Lucas Belvaux, Dominique Reymond e Elsa Zylberstein Produção: Paulo Branco
E Então Alors voilà diretor:
Michel Piccoli
Prêmio da Crítica no Festival de Veneza 1997
(França, Alemanha, 1997, 97’) Elenco: Maurice Garrel,
Dominique Blanc, Arno, Roland Amstutz, Pascal Elso e Bernard Bloch Produção: Paulo Branco
Todas as semanas, Constantin insiste em realizar um almoço de família com seus filhos e netos. Invariavelmente, a experiência revela-se um pesadelo para todos os envolvidos, mas o ritual é realizado a cada semana, sem falhar.
Genealogias de um crime Généalogies d’un Crime diretor:
Raúl Ruiz
Prêmio Urso de Prata no Festival de Berlim 1997
(França, Portugal, 1997, 113’) Elenco: Catherine Deneuve,
Michel Piccoli, Melvil Poupaud, Andrzej Seweryn, Bernadette Lafont e Mathieu Amalric Produção: Paulo Branco
Solange, uma advogada que acaba de perder o filho em acidente, recebe a incumbência de defender René, um jovem que assassinou sua tia, Jeanne, uma famosa e controversa psicanalista. O desenvolvimento do caso mostrará que a morte de Jeanne confirma uma teoria freudiana.
Linhas de Wellington Linhas de Wellington diretora: Valeria
Festival de Veneza 2012
Sarmiento
(Portugal, França, 2012, 151’)
Em 27 de setembro de 1810, as tropas francesas comandadas pelo marechal Massena são derrotadas na Serra do Buçaco pelo exército anglo-português do general Wellington. Apesar da vitória, portugueses e ingleses retiram-se forçadamente diante do inimigo, numericamente superior, com o objetivo de atraí-lo até Torres Vedras, onde Wellington construiu linhas fortificadas. Ao mesmo tempo, o comando anglo-português organiza a evacuação de todo o território compreendido entre o campo de batalha e as linhas de Torres Vedras, numa gigantesca operação de terra queimada, que impede os franceses de coletarem suprimentos.
Elenco: Nuno Lopes,
Soraia Chaves, Marisa Paredes, John Malkovich, Carloto Cotta, Victória Guerra, Mathieu Amalric, Melvil Poupaud e participações especiais de Catherine Deneuve, Michel Piccoli, Isabelle Huppert e Chiara Mastroianni Produção: Paulo Branco
Mistérios de Lisboa Mistérios de Lisboa diretor:
Raúl Ruiz
(Portugal, França, 2010, 272’)
Um turbilhão de aventuras e desventuras, sentimentos e paixões violentos, amores desgraçados e ilegítimos numa viagem por Portugal, França, Itália e Brasil. Em uma Lisboa de intrigas e identidades ocultas, encontramos uma série de figuras que influenciam o destino de Pedro da Silva, órfão de um colégio interno: Padre Dinis, antigo aristocrata e libertino que se converte em justiceiro; uma condessa roída pelo ciúme e sedenta de vingança; e um pirata sanguinário que se tornou próspero homem de negócios. Todos eles atravessam a história do século 19 e ajudam Pedro na busca de sua identidade.
Concha de Prata “Melhor Realizador” no Festival de San Sebastián 2010 / Festival de Toronto 2010
Elenco: Adriano Luz,
Maria João Bastos, Ricardo Pereira e participações especiais de Léa Seydoux e Melvil Poupaud Produção: Paulo Branco
Na Cidade Branca Dans la Ville Blanche diretor:
Festival de Berlim 1983
Alain Tanner
(Suíça, Portugal, Inglaterra, 1983, 108’)
Paul, um marinheiro suíço, desembarca em Lisboa e aluga um quarto na cidade. Para ele, que está cansado da sala de motor barulhenta, o barco é como “uma fábrica flutuante de gente louca”. Paul escreve cartas para sua namorada na Suíça, descrevendo a brancura da cidade, a solidão e o silêncio. Ele envia filmes da sua câmera de 8mm, envia o seu amor e o vazio. E ela responde com amor e confusão. Paul conhece Rosa, uma camareira, e os dois tornam-se amantes. Ele continua a enviar cartas e filmes para casa, mas sua namorada suíça - magoada - lhe declara guerra, o seu último sinal de amor. Rosa abandona Paul, que partirá para o norte de mãos vazias, mas com o coração a palpitar.
Elenco: Bruno Ganz, Teresa
Madruga, Julia Vonderlinn, José Carvalho e Francisco Baião Produção: Paulo Branco,
Alain Tanner e António Vaz da Silva
O céu de Lisboa Lisbon Story diretor:
Wim Wenders
Mostra Un Certain Regard no Festival de Cannes 1995
(Alemanha, Portugal, 1994, 100’) Elenco: Rüdiger Vogler,
Phillip é um engenheiro de som que vai a Lisboa para ajudar seu velho amigo Friedrich a concluir um filme. Ele atravessa a Europa de norte a sul, até a capital portuguesa, mas chega tarde: Friedrich desapareceu. Na grande casa onde vivia, o amigo não deixou mais do que um filme inacabado, contendo imagens sem som, filmadas nas ruas de Lisboa. Pacientemente, Winter decide pôr o som nas imagens e, fascinado com a beleza do lugar, resolve ficar um pouco mais e explorar a região. É quando conhece Teresa, a bela vocalista do grupo Madredeus, por quem logo se apaixona. Mas novas surpresas o aguardam com o repentino reaparecimento de Friedrich.
Patrick Bauchau, Teresa Salgueiro, Madredeus e participação especial de Manoel de Oliveira Produção: Paulo Branco,
Ulrich Felsberg e Wim Wenders
O Coração Fantasma Le Coeur Fantôme diretor:
Festival de Locarno 1996
Philippe Garrel
(França, 1996, 87’)
Elenco: Luis Rego, Aurélia
Alcaïs, Maurice Garrel, Evelyne Didi, Roschdy Zem, Camille Chain e Lucie Rego Produção: Paulo Branco
e Pascal Caucheteux
Logo após se separar da esposa, com quem teve dois filhos, Philippe, um pintor de meia-idade, conhece Justine. Ele então começa a pensar sobre o amor e suas relações com suas ex-amantes.
O Estádio de Wimbledon Le stade de Wimbledon diretor:
Festival de Locarno 2001
Mathieu Amalric
(França, 2001, 80’)
Uma jovem mulher parte para Trieste à procura de um homem que morreu há pouco tempo, em busca das pessoas que o conheceram. Mas o que ela parece querer descobrir acima de tudo é por que esse homem, grande intelectual, amigo de escritores e editor reconhecido, nunca escreveu nada ele próprio. Aos poucos a figura do “escritor que nunca escreveu” torna-se cada vez mais forte, mas a busca dilata-se, os objetivos confundem-se e o pretexto para a viagem esvanece em benefício de uma certeza nascente.
Elenco: Jeanne Balibar,
Esther Gorintin, Anna Prucnal, Ariella Reggio, Peter Hudson, Jean-Paul Franceschini, Claudio Birsa e Rosa de Ritter Produção: Paulo Branco
O menino do inverno L’Enfant de l’Hiver diretor:
Festival de Berlim 1989
Olivier Assayas
(França, 1989, 84’)
Depois de anos vivendo juntos, Stéphane e Natalia decidem ter um filho. Natalia engravida, mas o tempo desgastou a relação e, embora sejam jovens, ela e Stéphane vivem como um casal de velhos. Stéphane revolta-se e não quer mais viver com Natalia nem falar de casamento. A ideia de ser pai é intolerável e ele não quer a criança. Stéphane deixa Natalia e vai viver com Sabine, uma jovem cenógrafa perturbada pelo fim de sua relação com um ator, e ambos tentam viver a frágil história de amor que os une.
Elenco: Clotilde de Bayser,
Michel Feller, Marie Matheron, Jean-Philippe Écoffey, Nathalie Richard, Anouk Grinberg, Gérard Blain e Yves Dangerfield Produção: Paulo Branco
e Jean-Claude Fleury
O Rei das Rosas Der Rosenkönig diretor:
Festival de Roterdã 1986
Werner Schroeter
(França, Alemanha, Portugal, Holanda, 1986, 106’)
Elenco: Magdalena
Montezuma, Mostefa Djadjam, Antonio Orlando e Karina Fallenstein Produção: Paulo Branco
e Udo Heiland A mãe, o filho, as rosas e a relação de posse, de domínio, entre as personagens. As rosas representam a beleza. Efêmeras, com a cor vermelha do sangue, têm espinhos que podem fazer sofrer. São também o símbolo do amor e a convergência de todas as paixões: a rosa enreda os destinos das personagens, leva-as por diferentes caminhos e, ao mesmo tempo, reúne-as.
O Reino de Doc Doc’s Kingdom diretor:
Robert Kramer
(França, Portugal, 1988, 90’)
Elenco: Paul McIsaac,
Vincent Gallo, Ruy Furtado, Roslyn Payn e João César Monteiro Produção: Paulo Branco,
Dominique Vignet e Harvey Waldman Doc, um médico americano, trabalha no subúrbio de Lisboa. Ele vive uma existência dolorosa, e a solidão e o álcool são sinais de uma vida conturbada. O seu passado assombra-o. Jimmy, filho de Doc atormentado pela morte da mãe, encontra-o e está determinado a finalmente aproximar-se dele. Trata-se de um filme sobre a morte da utopia.
Os Náufragos da D17 Les Naufragés de la D17 diretor:
Festival de Roterdã 2003
Luc Moullet
(França, 2002, 81’)
Elenco: Patrick Bouchitey,
Iliana Lolitch, Sabine Haudepin, Mathieu Amalric, Jean-Christophe Bouvet, Bernard Palmi e Gérard Dubouche Quando o carro de Paul quebra em uma região desértica na França, ele se recusa a abandonar o veículo e envia o copiloto para buscar ajuda. Enquanto isso, ali perto uma equipe de filmagem está em greve por falta de almoço, um homem ganha a vida abrindo buracos para ficar com os carros que caem neles e um grupo militar quer impedir a invasão... de Saddam Hussein.
Produção: Paulo Branco
Ossos Ossos diretor:
Pedro Costa
(França, Portugal, Dinamarca, 1997, 94’)
Prêmio Osella d’Oro de Melhor Fotografia no Festival de Veneza 1997 Elenco: Vanda Duarte, Nuno
Nas Fontainhas, um bairro negro do subúrbio de Lisboa, um casal de jovens acaba de ter um filho. A criança, com poucos dias de vida, vai sobreviver a várias mortes. Tina, sua jovem mãe, se desespera e abre o gás. É salva pelo pai da criança, que a leva com ele, mendigando, dormindo na rua e dando ao bebê o leite oferecido por caridade. Por duas vezes fica tentado a vender o filho, por desespero, por amor, por qualquer coisa. Tina, que não o esquece, vai em busca de vingança. Uma assistente social perde-se no labirinto.
Vaz, Mariya Lipkina, Isabel Ruth, Inês Medeiros, Miguel Sermão e Berta Susana Teixeira Produção: Paulo Branco
Palavra e Utopia Palavra e Utopia diretor:
Festival de Veneza 2000
Manoel de Oliveira
(Portugal, França, Espanha, Itália, Brasil, 2000, 130’)
Em 1663, quando o padre Antônio Vieira é convocado a comparecer diante da terrível Inquisição portuguesa, ele precisa explicar as ideias que defende ao questionar a escravidão, a situação dos índios e as relações império-colônia. Intrigas na corte e um pequeno mal-entendido enfraquecem o poder do jesuíta, que chegou a ser amigo íntimo do rei Dom João IV. Perante os juízes, padre Vieira passa a limpo seu passado: a juventude vivida no Brasil e os anos de noviciado na Bahia, seu envolvimento na causa dos índios e o primeiro sucesso no púlpito. Proibido pela Inquisição de falar em público, ele se refugia em Roma, onde conquista enorme reputação e sucesso.
Elenco: Lima Duarte, Luís
Miguel Cintra, Ricardo Trêpa, Leonor Silveira e Michel Piccoli Produção: Paulo Branco
Quatro Noites com Anna Cztery noce z Anna diretor:
Jerzy Skolimowski
(França, Polônia, 2008, 87’)
Filme de Abertura da Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes 2008 Festival de Toronto 2008
Elenco: Artur Steranko
Léon Okrasa trabalha no crematório de um hospital, numa pequena cidade da Polônia. No passado ele foi testemunha de uma brutal violação. A vítima, Anna, é uma jovem enfermeira que trabalha no mesmo hospital. Léon gosta de espiar Anna, nas ruas durante o dia e à espreita pela janela durante a noite. Mas ele quer mais. Uma noite, esgueira-se para dentro do quarto e passa a noite sentado na cama olhando para Anna. A obsessão cresce e as visitas noturnas sucedem-se.
e Kinga Preis Produção: Paulo Branco
e Jerzy Skolimowski
Transe Transe diretora: Teresa Villaverde
Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes 2006
(Portugal, Itália, Rússia, França, 2006, 126’) Elenco: Ana Moreira, Viktor
Esta é a história de uma mulher de vinte e poucos anos, Sônia, que abandona os amigos e a família em São Petersburgo, na Rússia, e decide partir sem olhar para trás. Uma mulher que vai conhecer a ilusão de uma vida nova e o inferno daqueles a quem a vida parece nada ter para dar. Fazendo a sua via-sacra Europa afora, atravessando todo o continente, primeiro pela Alemanha, depois Itália, para acabar no extremo oposto, em Portugal, Sônia vai conhecer toda a miséria e degradação que o tráfico e a exploração dos mais fracos provocam. Esta é uma história de uma outra Europa...
Rakov, Robinson Stévenin, Iaia Forte, Andrey Chadov, Tim, Filippo Timi e Dinara Droukarova Produção: Paulo Branco
Vai e Vem Vai e Vem diretor:
Festival de Cannes 2003
João César Monteiro
(Portugal, 2003, 179’)
Elenco: João César
Monteiro, Rita Pereira Marques e Joaquina Chicau O senhor João Vuvu, viúvo e muito pouco sociável, realiza diariamente o seu passeio no ônibus no 100 de Lisboa, sempre no mesmo trajeto: entre a Praça das Flores e o Jardim do Príncipe Real, onde, à sombra de um cipreste centenário, ele costuma fumar e recitar “Assim Falava Zaratustra” de Nietzche. Mas seu isolamento acaba perturbado durante essas viagens de ônibus e o Sr. Vuvu vê-se envolvido nas mais curiosas aventuras e desventuras filosófico-eróticas, encontrando-se com os mais insólitos personagens.
Produção: Paulo Branco
patrocínio
Banco do Brasil
vinheta
Caetano Brenga Bitencourt realização
Centro Cultural Banco do Brasil
design gráfico
Suzana Coroneos | Casa do Cachorro produção
Associação do Audiovisual
revisão de textos
Silvana Vieira curadoria
Francisco Cesar Filho Beto Tibiriçá
tradução e legendagem eletrônica
direção
assessoria de imprensa são paulo
Jurandir Müller
F&M ProCultura
produção executiva
assessoria de imprensa brasília
Kler Correa
Ulisses de Freitas
coordenação de produção
tráfego de cópias
Felipe Diniz
TPK Express
Brasília Ana Arruda
revisão de cópias
assistente de produção
seguro de cópias
Thayse Limeira
Allianz
produção
4Estações
Pamella Cabral
Produção
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