Endonews #13

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Uma publicação Boston Scientific

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Ano VI

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N. 13

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Dezembro/2011

Debate em grande estilo

O encerramento da Noite da Pizza 2011 teve discussões científicas de alto nível

Pizza & Endoscopia

Encontro dos endoscopistas de São Paulo 2011

Nos vemos em 2012 Pizzaria Carlitos Rua França Pinto, 1.347 – Vila Mariana A partir das 20h00


editorial

Prezados doutores,

Neste mês de novembro, concluímos com sucesso mais uma série de encontros da Noite da Pizza, com a oportunidade de discussão e troca de experiências entre profissionais de diversas instituições médicas de São Paulo. Ao longo do ano, anunciamos a chegada de novos produtos para o portfólio de Gastroenterologia em 2012.

Para relembrarmos alguns momentos das reuniões, podemos destacar o fio-guia Hydra Jagwire® Guidewire, com duas pontas ativas e revestimento EndoGlide™, projetado para passagem mais suave e melhor sensação tátil pelo endoscópio. Também relembramos que o Resolution® Clip é a opção de clipe quando o reposicionamento é a chave para a hemostasia. O Resolution® é uma opção pré-montada, que permite abrir e fechar até cinco vezes, e tem abertura de 11 mm – a maior do mercado. Apresentamos ainda o portfolio completo de alças de polipectomia, com diferentes formatos e tamanhos, todos produzidos em aço inoxidável e multifilamentar. Os participantes conheceram o Extractor Pro™, balão desenvolvido para ser utilizado em cálculos biliares, cujas vantagens estão no aumento da espessura da parede do balão e maior resistência do cateter. Anunciamos também a chegada ao Brasil da Expect™, agulha de aspiração ultrassonográfica de última geração com benefícios de precisão, controle, performance e ecogenicidade. Registramos uma nova indicação para o Stent Metálico Biliar WallFlex Totalmente Coberto, que passou a ser indicado também para estenoses benignas, além das malignas.

Na última Noite da Pizza de 2011, no dia 8 de novembro, reconhecemos a participação de todos que apresentaram casos clínicos ao longo do ano. Dentre estes, se destacaram por apresentar casos em todas as reuniões os profissionais Dr. Cezar Fabiano Manabu Sato, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), e a Dra. Silvia Mansur Reimão, do Serviço de Endoscopia Gastrointestinal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), reconhecidos por mérito de trabalho e dedicação durante o ano em levar informação de alta qualidade a todos. Agradecemos aos participantes dos diversos encontros e contamos com vocês na Noite da Pizza 2012 com novos casos, novos desafios e grandes lançamentos.

Alessandra Rincon Especialista de Produtos Endoscopia Boston Scientific do Brasil

Endonews

Uma publicação da Boston Scientific. www.bostonscientific.com Coordenação: Beatrix Coutinho Contato: beatrix.coutinho@bsci.com | (11) 5853-2519 Reportagem, edição e revisão: take-a-coffee Comunicação Projeto gráfico: Piola mkt Fotografia e tratamento de imagens: Gis Ciasca Impressão: Power Graphics

pizza e fotos


casos

caso 1

Dra. Aline Paula de Sousa Silva Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Paciente: masculino, 71 anos. Histórico: A queixa principal era dificuldade de engolir há um mês. O paciente relatava disfagia para sólidos, associada à pirose e dor epigástrica em queimação, que piorava com jejum e melhorava com alimentação, e perda ponderal de 5 kg no período. Negava tabagismo, etilismo e alergia a medicamentos; histórico de constipação intestinal; atropelamento por caminhão em 2010 com fratura de punho esquerdo fixada; HAS sem tratamento medicamentoso. Ao exame físico apresentava-se em bom estado geral, porém descorado, com sopro sistólico em foco aórtico e dor abdominal à palpação. O raio-X de tórax evidenciou alargamento do mediastino e foi proposta uma endoscopia. EVOLUÇÃO CLÍNICA: A endoscopia mostrou esôfago pérvo até 32 cm da ADS, a partir de onde notava-se acentuado abaulamento em parede póstero-lateral esquerda, às custas de compressão extrínseca, que se estendia até a transição esofagogástrica. Observou-se extensa e profunda lesão ulcerada, pulsátil, na mucosa que recobria tal abaulamento, com cerca de 5 cm de extensão, com sangramento intermitente e fundo da lesão vinhoso; no estômago notava-se extensão do abaulamento (visto no esôfago) para pequena curvatura, medindo cerca de 5 cm e recoberta por mucosa íntegra. Realizada biópsia da lesão ulcerada esofágica, que mostrou carcinoma espinocelular pouco diferenciado invasivo e ulcerado. No dia seguinte, foi feito ecodopplercardiograma que mostrou valva aórtica calcificada, com insuficiência grau importante e estenose de grau discreto; ectasia da raiz da aorta (39mm) e da aorta ascendente (41mm). Foi feita também uma tomografia do abdome, que mostrou formação expansiva/ infiltrativa, nodular e mal delimitada, no epigastro, determinando compressão extrínseca do estômago; fígado com coeficiente de atenuação preservado, exceto por lesões hipoatenuantes, mal delimitadas, que realçavam pelo contraste iodado. Foi evidenciada aorta tortuosa com calibre aumentado no segmento torácico ascendente e extensas calcificações parietais. Tratamento: O paciente foi encaminhado para a equipe da cirurgia. DISCUSSÃO: Apesar de a história clínica sugerir câncer de esôfago, a lesão encontrada indicava aneurisma dissecante de aorta torácica, uma vez que a lesão se encontrava sobre um abaulamento importante da parede do esôfago, era pulsátil, apresentava fundo vinhoso, e pelo raio-X de tórax notava-se alargamento do mediastino. Mesmo diante desse possível diagnóstico diferencial, optou-se pela biópsia da borda da lesão, a qual resultou em carcinoma espinocelular.

caso 3

Dr. Ricardo Leite Hospital Israelita Albert Einstein

Paciente: feminino, 78 anos. Histórico: Diabética e hipertensa, a paciente teve uma grande lesão retal diagnosticada durante uma colonoscopia de rotina realizada em outro serviço. A biópsia deu adenoma e ela foi encaminhada ao Hospital Albert Einstein. DIAGNÓSTICO: Lesão extensa no reto baixo. Tratamento: Não foi possível determinar a extensão total da lesão, que estenosava uma parte em cólon. Foi utilizada a técnica de postectomia, em que foi injetada uma solução salina de óxido em etileno na submucosa, e foi passada uma alça. Ao perceber que a lesão continuava, notou-se que o pedaço retirado tinha 5 cm e não era nem metade do pólipo. A medida final foi estimada em mais de 10 cm. DISCUSSÃO: O caso foi realizado por um R2, sem complicações, em 40 minutos, muito diferente de uma dissecção submucosa, que é tecnicamente mais difícil. A conclusão é que, independentemente do método utilizado, a qualidade depende de treinamento, orientação e repetição do procedimento.

caso 2

Dr. Cezar Fabiano Manabu Sato Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) Paciente: masculino, 55 anos. Histórico: Paciente com carcinoma espinocelular avançado de esôfago (estádio T3N1), com colocação prévia de prótese esofágica metálica autoexpansível, parcialmente recoberta, valvulada, em vigência de quimioterapia e radioterapia neoadjuvantes. Durante 4º ciclo de quimioterapia, paciente evoluiu com nova piora da disfagia. Realizada EDA, evidenciando excelente resposta ao tratamento, com diminuição importante do tumor, e prótese prévia migrada para a câmara gástrica. DIAGNÓSTICO: Migração de prótese esofágica, devido à excelente resposta tumoral à quimioterapia/radioterapia. TRATAMENTO: Optado pela remoção da prótese. Visando não causar traumatismos ao esôfago e, ao mesmo tempo, evitar possíveis danos ao endoscópio, em decorrência da malha da prótese, foi optado por utilizar uma pinça de corpo estranho, introduzida em um empurrador de prótese biliar plástica de 10 Fr, sendo o conjunto passado por dentro do canal de trabalho do aparelho, e a extremidade do empurrador de prótese ligeiramente exteriorizada através da extremidade do endoscópio. Dessa forma, foi possível a retirada com segurança da prótese. DISCUSSÃO: Migração de prótese esofágica em vigência de quimioterapia e radioterapia é complicação comum e frequente, amplamente descrita na literatura. A maioria dos trabalhos advoga a remoção da prótese, justificada pelo risco de obstrução e/ou perfuração intestinal, que, embora raros, em um paciente já em precárias condições clínicas, podem ocasionar um desfecho clínico fatal. A segunda questão é como se retirar a prótese, e, neste sentido, encontramos várias técnicas descritas na literatura, utilizando-se alças, endoloops, etc. A técnica utilizada no paciente em questão cumpriu seus objetivos, primeiramente de não causar lesões iatrogênicas e, ao mesmo tempo, não danificar o endoscópio.

caso 4

Dra. Silvia Mansur Reimão Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Paciente: feminino, 27 anos. Histórico: Quarto pós-operatório de colecistectomia videolaparoscópica com drenagem de cerca de 500 mL/dia pelo dreno de Penrose. Realizada tomografia computadorizada que mostrou pequena coleção subhepática. Exames laboratoriais: BT: 4,0 mg/dL; BD: 3,5 mg/ dL; BI: 0,5 mg/dL; FA: 480 U/L; GGT: 550 U/L. DIAGNÓSTICO: Estenose biliar pós-cicatricial: fístula cutânea e estreitamento em via biliar (Bismuth I). Tratamento: Passagem de prótese metálica autoexpansível totalmente coberta Boston® tipo total Wallstent 6 cm x 8 Fr. Após três meses, a paciente se manteve assintomática, foi realizada nova CPRE e foi observada recanalização completa da via biliar, optando-se pela retirada da prótese. A paciente está há cerca de um ano e meio sem a prótese, persiste sem sintomas e faz acompanhamento clínico ambulatorials. DISCUSSÃO: A cirurgia para o tratamento da estenose biliar alcança um índice de reestenose de até 45%. O tratamento endoscópico para a estenose biliar benigna começou com o uso de múltiplas próteses plásticas e atualmente o uso de uma única prótese metálica vem sendo estudado, com resultados animadores. Apesar do custo da prótese metálica ser mais elevado, o custo total do tratamento é menor se comparado ao custo de múltiplas próteses plásticas, além de o paciente ser submetido a um número reduzido de exames e procedimentos.


Expect

TM

Endoscopic Ultrasound Aspiration Needle

Precis達o. Controle. Performance.


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