viva melhor #002

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viva melhor #002 | outubro de 2014

uma publicação do ISH - Instituto Santista de Hemodinâmica

(!) a ordem é transformar Mexa-se!

ISSO QUE É GOL DE PLACA

NÃO PERCA MAIS TEMPO

O que você faz para tornar o mundo melhor?

Um bate-papo com Narciso, ex-jogador do Santos

É hora de gastar energia com o que te faz bem


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viva melhor


C A RTA AO LE IT OR foto: gisciasca.com

NESTA ED IÇ ÃO

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Cinco anos de transformações Transformação. Percebemos, ao escolher as pautas dessa edição, que era a palavra que nortearia essa revista. Palavra essa que define

PERFIL

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BOM APETITE

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BATE-PAPO

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REPORTAGEM DE CAPA

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BONS HÁBITOS

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COMPORTAMENTO

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GESTão em SAÚDE

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DESAFIO

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ATITUDE

34

SUA SAÚDE

refletir sobre as atitudes que tivemos até aquele momento. Passamos a repensar o que desejamos para o nosso futuro e de nossa família. Mas as mudanças também acontecem a partir de boas notícias. É um filho que nasce, um prêmio que se conquista, um sorriso inesperado que nos faz ganhar o dia. É uma história de vida bem contada, uma lição aprendida, um aperto de mão para selar um compromisso e mudar a vida de seis colegas de trabalho. Ou melhor, de milhares de vidas. Sei que é uma forma bastante concisa de contar a história do ISH, mas foi mais ou menos assim que aconteceu. Há cinco anos, eu, Luiz Otávio, Luiz Cláudio Carvalho e Jairon Nascimento, convidaram Renato Astolfi, Marcelo Ventura e Roberto Higa para compartilhar um projeto chamado Instituto Santista de Hemodinâmica. Hoje, temos mais do que números para mostrar, temos histórias para contar. As dos pacientes recuperados, as dos colegas que se tornaram amigos e parceiros, além de nossas próprias histórias. E temos muito a agradecer aos nossos familiares, nossa equipe e em especial à diretoria da Casa de Saúde Santos, de quem sempre recebemos o apoio necessário desde o primeiro contato. E é assim, com histórias de transformação, que queremos celebrar o quinto aniversário do ISH. Afinal, é meia década transformando a vida de pacientes e seus familiares. A todos vocês, nosso muito obrigado. E boa leitura. Luiz Otávio Abrantes ISH - Instituto Santista de Hemodinâmica

Transformando vidas

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os grandes momentos das nossas vidas. Não é raro que eles tenham início a partir de um susto, um diagnóstico inesperado, que nos faça

5 ANOS

O poder da transformação O brasileiro come mal Isso que é gol de placa O que é preciso para você transformar sua vida? Não perca mais tempo Mexa-se, mas mexa-se já! Transformando a gestão da sua empresa Transforme-se A transformação da saúde em nosso País. Ajude a sua saúde ...

EXPEDIENTE Viva Melhor é uma publicação do ISH - Instituto Santista de Hemodinâmica. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião deste veículo ou da entidade por ele representada. Conselho Editorial: Elizabeth Just, Luiz Claudio Mendes Carvalho, Luiz Otávio Lopes Abrantes, Nathália Valério e Renato de Souza Astolfi. Responsável técnico: Luiz Otávio Lopes Abrantes, CRM 96552 Projeto editorial, projeto gráfico e produção: take-a-coffee Comunicação Ltda. | www.take-a-coffee.com Diretor de redação e jornalista responsável: André Ciasca – mtb 31.963 Editora: Carla Ciasca Colaboraram nesta edição: Gis Ciasca e Janaina Demarque. Impressão: Demar Editora e Gráfica Tiragem: 3.000 exemplares Circulação: nacional Fale com a revista Viva Melhor Redação: revistavivamelhor@ish.med.br Comercial: comercial@ish.med.br | (13) 3221-2625

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5 ANOS

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transformando

VIDAS

VOCÊ JÁ pensou onde gostaria de estar daqui cinco anos? Responder esta pergunta é mais do que sonhar, é o primeiro passo para a criação de um plano, para a concretização

de um sonho. É o primeiro passo para que um projeto de vida SE torne realidade. Há cinco anos, seis médicos fizeram esta mesma pergunta e traçaram planos para tirar do papel um projeto de transformação de vidas por meio da saúde. Hoje, depois deste tempo, sabemos que esta não é uma história que tem começo, meio e fim. Tem apenas um bom começo e um meio repleto de histórias de superação que só puderam acontecer graças à participação de todos. São cinco anos transformando a vida de pacientes e seus familiares com o apoio de Médicos da cidade, colaboradores e toda a equipe da Casa de Saúde Santos.

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5 ANOS TRANSFORMANDO VIDAS a linha do tempo Abr/2008 1o CONTATO COM A CASA DE SAÚDE - APOIO TOTAL O primeiro contato com a diretoria da Casa de Saúdes Santos foi determinante para que o projeto do centro de Hemodinâmica saísse do papel. Luiz Cláudio, Luiz Otávio e Jairon Nascimento receberam sinal verde e apoio do hospital.

Out/2009 O PRIMEIRO PACIENTE E Os PRIMEIROs EXAMEs O primeiro paciente foi encaminhado pela equipe do Hospital São Lucas e tinha lesão severa da óstio descendente anterior. Luiz Cláudio esteve à frente do procedimento. A primeira urgência ocorreu na sequência e foi comandada por Roberto Higa e Luiz Cláudio.

Nov/2009 O PRIMEIRO MARCAPASSO Dr. Luiz Otávio fez o primeiro implante de marcapasso definitivo. Dois meses depois, começaram a surgir os primeiros casos de ablação e arritmias.

Para que os equipamentos chegassem ao primeiro andar da Casa de Saúde Santos, foi necessário abrir a parede da fachada do hospital.

A

ideia nasceu com Luiz Claudio Mendes Carvalho, Luiz Otávio L. Abrantes e Jairon N. Alencar, um grupo de jo-

vens cardiologistas que atuavam no hospital. O conceito

era de um novo serviço de hemodinâmica para atender a Baixada

Santista. A intenção era criar um serviço médico que fosse reconhe-

cido pelo acolhimento, pela orientação objetiva, transparente e pelo atendimento de alto padrão.

A proposta era ótima. Mas faltava a oportunidade. Onde poderia

ser? Quem poderia apoiar? O projeto era ousado demais e exigiria um alto grau de investimento e responsabilidades. A oportunidade surgiu em abril de 2008 em reunião com a diretoria a Casa de Saú-

de Santos. O projeto foi apresentado e aprovado, surgindo assim o Abr/2010 1a Embolização de Aneurisma Cerebral Antigamente, intervenções na região do cérebro exigiam a mobilização de uma grande estrutura para realização da cirurgia. Com a tecnologia oferecida pelo ISH, intervenções para o tratamento de aneurisma cerebral são feitos por técnicas de cateterismo arterial.

Ago/2010 1a Embolização de Mioma Há poucos anos, o tratamento de mioma exigia a retirada do útero, como última opção. Agora, os casos selecionados, são submetidos à embolização, método minimamente invasivo que trata a doença e preserva o útero.

Instituto Santista de Hemodinâmica. Os primeiros desafios

Os desafios do projeto que daria origem ao Instituto Santista de

Hemodinâmica estavam só começando. O hospital cedeu o espaço físico no primeiro andar. Mas nada é tão simples quanto parece. Todo o ambiente precisaria de uma reforma de grande porte para receber

todas as adaptações necessárias para a instalação de um equipamento desse porte. Paredes foram derrubadas para receber os equipamentos. Os ambientes foram reconstruídos para que tivessem as característi-

cas que atenderiam às necessidades de um serviço de hemodinâmica padrão ouro. Mas a reforma era só um dos desafios.

Enquanto os médicos alinhavam o projeto, novos sócios foram

convidados a participar do desafio. Mais três médicos, Roberto

Higa, Renato Astolfi e Luis Marcelo Ventura, toparam o desafio e receberam a missão de agregar ao serviço a experiência que traziam de suas atuações em outros hospitais da Baixada Santista.

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alguns números

Em outubro de 2009, o ISH abriu suas portas para receber os primeiros pacientes encaminhados pela Casa de Saúde Santo e por médicos da Baixada Santista.

Local definido, sócios convidados e envolvidos no projeto, pla-

no de negócios traçado. Era hora de contatar as empresas fabrican-

tes dos equipamentos para avaliar o que melhor se adequava aos

propósitos do serviço que estava sendo montado. Os médicos com-

pararam as diferentes tecnologias e analisaram o mercado, ajustando o plano de negócios para a Baixada Santista.

Tudo estava planejado para que o serviço de hemodinâmica

abrisse as portas em fevereiro de 2009, mas veio a crise na economia dos Estados Unidos, a alta do dólar e a negociação dos equipa-

mentos se estendeu por mais tempo que o planejado. Foram mais sete meses de negociação e apreensão.

O primeiro andar da Casa de Saúde Santos começava a ganhar

formas diferentes. Uma sala de controle foi especialmente preparada para ser funcional, sendo construída de forma a privilegiar a atuação mais adequada dos profissionais.

A sala de procedimentos foi desenvolvida para ser equiparada às

salas dos mais importantes e modernos serviços de hemodinâmica

do mundo. Uma recepção aconchegante era pensada para receber pacientes e acompanhantes.

No dia 1o de outubro de 2009, o ISH abria suas portas. Os primeiros

exames e procedimentos terapêuticos foram realizados em pacientes que

estavam internados na Casa de Saúde Santos. Posteriormente, come-

çaram os encaminhamentos dos médicos da cidade. O ISH tornou-se

realidade e tinha a missão de inovar e tornar-se reconhecido pela comunidade médica, pacientes e convênios como um serviço de excelência.

Nestes cinco anos de atuação, já são mais de 200 médicos encami-

nhadores que confiam no serviço, mais de 2.400 pacientes atendidos

e quase 3.000 procedimentos realizados com uma taxa de sucesso equiparada aos melhores centros de hemodinâmica do mundo.

205 médicos

2452

pacientes atendidos

2805

exames realizados

28

procedimentos de cardiopatias congênitas

98%

de sucesso nos tratamentos realizados viva melhor

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5 ANOS TRANSFORMANDO VIDAS a linha do tempo Out/2010 HOMENAGEM PÚBLICA O ISH recebeu da Câmara Municipal de Santos homenagem prestada pelo vereador Marcelo Del Bosco pela excelência dos trabalhos realizados na cidade.

Jan/2011 CARDIOPATIA CONGÊNITA Para atender esta demanda, o ISH convidou o cardiologista Pedro Abujanra que passou a assumir o programa de cardiopatia congênita, como CIA - Comunicação Intra Atrial, e tornar o Instituto pioneiro e referência da cidade neste tipo de procedimento.

Mai/2011 1O caso de endoprótese Jair Maia foi encaminhado ao ISH com um aneurisma de aorta. Marcelo Ventura, Renato Astolfi e Charles Zurstrassen realizaram o procedimento. Hoje, aos 70 anos, o paciente segue bem e até virou personagem desta edição da revista Viva Melhor.

A inauguração do ISH contou coma presença de todos os sócios, da equipe administrativa e dos parceiros que estiveram ao lado dos idealizadores desde as etapas de planejamento.

Para que estes números se tornassem possíveis, foi necessário

empenho e dedicação, não só no atendimento e na execução do procedimento médico, mas também na gestão administrativa e visionária, que permitiu ao ISH renovar o investimento em tecnolo-

gias e métodos de procedimentos intervencionistas, que diminuem riscos e possibilitam maior segurança nos tratamentos e exames.

É o caso da Reserva de Fluxo Fracionado (FFR), um método

invasivo bastante simples, rápido e confiável, utilizado para detectar as obstruções coronárias que causam isquemia miocárdica.

É também o caso do Stentboost e do Flat Panel com tecnologia 3D.

O primeiro é um método de obtenção de imagens que melhora

a visibilidade dos stents durante a angioplastia. Esta tecnologia Mai/2012 início do uso de ffr O equipamento de Reserva de Fluxo Fracionado foi a primeira grande atualização tecnológica do Instituto, colocando o ISH na posição de pioneiro e único serviço médico a utilizar esta tecnologia na Baixada Santista.

Out/2012 SImpósio intervsantos O ISH realizou o primeiro Simpósio de Cardiologia Intervencionista da Baixada Santista, reunindo mais de 70 profissionais de saúde, que assistiram às aulas de grandes nomes desta área de atuação da Medicina.

é imprescindível para guiar o implante de stents, permitindo verificar a expansão das próteses e a aposição das hastes dos dispositivos nas artérias coronárias. Por consequência, os riscos de

reestenose e trombose são reduzidos. Já o Flat Panel possibilita a

geração de imagens de excelente qualidade, maior resolução e em 3D. O resultado é a maior precisão e assertividade na avaliação das imagens durante o procedimento. REFERÊNCIA

Há três anos, os casos de pacientes com cardiopatias congê-

nitas da Baixada Santista precisavam ser encaminhados para tratamento em São Paulo. Era onde estavam os hospitais e serviços

de hemodinâmica especializados nesta área. Essa história mudou em 2010, quando o ISH convidou o cardiologista intervencio-

nista Pedro Abujamra, especialista neste segmento, para tratar destes casos.

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viva melhor


Uma questão de ATITUDE Um serviço médico tem por princípio PROMOVER A saúde DE seus pacientes. O ish entende que deve ir além.

Aprimoramento CONSTANTE

entende que é necessário oferecer oportunidades que PREVINAM, ajudem e orientem seus pacientes e amigos a conquistarem uma vida melhor.

E

Dr. Luiz Claudio ao lado do cardiologista francês Dr. Thierry Lefreve no treinamento sobre intervenções complexas.

nvolvimento,

PRATIQUE A CORTESIA: criado pelo Rotary Club de Santos, este é um projeto que estimula a população da Baixada Santista a agir com cortesia e gentileza e que tem o ISH como um dos disseminadores da boa prática, ao lado de importantes empresas. divulgação/Zeca Meira

comprometimento

e

dedicação. Estas três palavras fazem parte da rotina do corpo clíni-

co do ISH. Todos os anos, os médicos participam dos mais importantes congressos,

simpósios e treinamentos científicos de suas áreas de atuação.

O rol de certificados inclui eventos nacio-

nais, como os congressos da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Interven-

cionista (SBHCI) e da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP).

Também inclui grandes eventos internacio-

PEDAL NOTURNO: a ideia de investir no Pedal Noturno nasceu de Eliane Cristina Seki, colaboradora do ISH que participa de um grupo de ciclistas. O ISH patrocinou a ação que convida a população a praticar o esporte como lazer, descontração e atividade física.

nais, como o EuroPCR, congresso da Sociedade Europeia de Intervenções Cardiovasculares Percutâneas; o TCT, congresso anual realizado nos

Estados Unidos; e treinamento realizado pelo Dr. Luiz Cláudio Carvalho com o cardiologista

francês Thierry Lefevre, um dos mais importan-

tes especialistas da atualidade em intervenções complexas, como bifurcação e lesão de tronco.

Todo conhecimento absorvido nos eventos

científicos, assim como a prática adquirida no

dia a dia do Instituto, é convertido em conteúdo

CORAÇÃO ALERTA: em 2014, o ISH tornou-se disseminador da campanha Coração Alerta ao lado do Rotary Club de Santos. O projeto idealizado pela SBHCI tem a missão de levar informações sobre a prevenção de infarto para toda a população.

compartilhado em aulas, palestras e treinamentos para profissionais da saúde em parceria com a SOCESP - Regional Santos.

O comprometimento com pacientes e com a

comunidade vai além das consultas, laudos e da sala de procedimentos.

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5 ANOS TRANSFORMANDO VIDAS a linha do tempo Nov/2012 CHEGADA DO STENTBOOST Depois do cuidado e da atenção com o paciente, a prioridade do ISH é o investimento em tecnologia. Foi assim que o planejamento do Stentboost, tecnologia imprescindível para guiar o implante de stents, tornou-se realidade em pouco tempo.

Dez/2012 1a Quimioembolização Hepática A quimioterapia tradicional ainda é o método mais utilizado no combate ao câncer. Porém, em alguns casos, é possível optar pelo procedimento percutâneo seletivo, que visa aumentar a efetividade do tratamento e minimizar o impacto nos órgãos próximos ao local da aplicação.

Jul/2013 1a REVISTA VIVA MELHOR O lançamento da Revista Viva Melhor é um marco na história do ISH. A revista permite que pacientes conheçam melhor seus médicos e apresenta histórias de superação. A publicação torna o Instituto referência na disseminação de conteúdo de valor para todas as idades.

Set/2013 ISO 9001 Em 2013, o Instituto deu início à padronização de processos a fim de conquistar a certificação que atesta a Gestão de Qualidade de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Em cinco anos de atuação, o ISH conquistou o reconhecimento como referência e serviço de saúde preocupado com prevenção e atenção a paciente de toda Baixa da Santista.

Dr. Pedro trouxe ao ISH sua experiência como profissional em

importantes centros de saúde, como o Hospital do Coração de São Paulo e o Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Os primeiros casos foram encaminhados ao ISH em 2011. Des-

de então, o Instituto é referência na Baixada Santistas para atender neonatos, crianças e adultos com cardiopatias congênitas.

Outro trabalho desenvolvido é na área do tratamento percutâneo

de câncer, principalmente hepáticos (quimioembolização). A equipe de radiologia intervencionista do ISH busca as melhores referências

para esse tratamento. Atualmente, Dr. Charles Zurstrassen, membro dessa equipe, é o responsável pelo departamento de radiologia intervencionista do Hospital A.C. Camargo, referência nesse tratamento.

Realiza-se também no ISH o diagnóstico e tratamento de arrit-

mias cardíacas, através de Estudo Eletrofisiológico, Ablação por cateter de alta frequência, implantes de marca-passo e cardio-desfibrilador.

Além destes, mais uma inovação foi o implante de stent cerebral

direcionador de fluxo para aneurismas cerebrais, realizado pelo neurorradiologista Dr. Michel Eli Frudit e pelo Dr. Fabiano Rivau.

Os projetos e inovações do ISH não param por aí. A diretoria pla-

neja seguir investindo em novas tecnologias que tragam ainda mais Out/2014 cinco anos transformando vidas O Instituto celebra o aniversário com o lançamento da segunda edição da Revista Viva Melhor e compartilhando com parceiros, amigos e pacientes seu novo posicionamento de imagem e reputação: ISH - 5 anos transformando vidas.

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viva melhor

segurança e assertividade a todos os tratamentos. E vai seguir em frente com a marca registrada do Instituto: o atendimento persona-

lizado e a atenção exclusiva a todo paciente, familiar, médico, colaborador e profissionais de convênios. São estas relações próximas,

objetivas e transparentes que fazem do ISH um serviço de referência do passado, do presente e do futuro. (!)


O poder da transformação Por Gis Ciasca Seu nome é Neide Martins. Aos 40 e poucos anos de idade, Neide levava uma vida dedicada ao trabalho. Passava a maior parte do tempo concentrada em seus afazeres na área de turismo. Vez ou outra, uma dorzinha de cabeça surgia. Não era nada demais e ela já estava acostumada com essa companheira persistente que tinha cara de estresse, cansaço ou um aborrecimento ou ansiedade qualquer. Aliás, ansiedade era uma palavra comum no seu dia a dia.

viva melhor

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P E RFIL

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viva melhor


H

á algum tempo Neide sonhava em ter filhos. Casada com José Roberto, que já era pai de dois adoles-

centes quando se conheceram e havia feito vasec-

tomia, gravidez era um tema delicado para Neide, que deixou

o sentimento de maternidade ganhar força quando começou a atuar como voluntária em uma instituição social chamada Vó

Benedita, em Santos (SP). A instituição foi criada em 1976 e atua no acolhimento de crianças e adolescentes vítimas de

maus tratos ou abandono. O trabalho da instituição atraiu a

atenção de Neide que, a princípio, fazia apenas contribuições mensais. Com o tempo, quis conhecer de perto os trabalhos desenvolvidos e passou a frequentar a instituição.

Não seria demais dizer que ela se apaixonou pelo traba-

lho e pelas crianças. Este foi o ingrediente que faltava para

E u entend i q u e d ev o d a r v a l or a o q ue r ea lm en te é i m p or ta nte e nã o a o q u e nos d eix a tr iste.”

que sua história de vida começasse a se transformar. Neide

Neide Mar ti n s , pacient e do I SH

conta que já conversava com o marido sobre sua vontade de

adotar uma criança. O marido passou a acompanhá-la na Vó

Benedita. Os dois atuavam como voluntários na instituição e não iam embora antes de passar pelo berçário.

Em casa, Neide voltava à sua rotina de trabalho, estres-

se, ansiedade, noites de pouco sono e aquela dorzinha de cabeça chata que ia e vinha. Mas o sonho de adotar uma

criança ganhava força, tomava forma e parecia que ia tor-

nar-se realidade. O casal deu entrada na papelada, entrou

para a fila de adoção e esperou. Foram quatro anos de uma

ansiedade infinita. No dia 15 de novembro de 2012, Neide e o marido se tornaram pais de dois irmãos, um bebê de

dez meses e uma menina de três anos. “A gente se apaixo-

nou pelas crianças na hora em que olhou para elas”, afirma Neide. “Era como se já fôssemos pais desde o primeiro mo-

mento.” Assim, a vida de Neide começou a se transformar. As prioridades haviam mudado.

Neide passou a trabalhar meio período. À tarde, levava a

filha para a escola e deixava o menino na casa da avó. Tudo seguia muito bem, menos a dor de cabeça.

A princípio, os médicos suspeitavam de problemas na co-

luna. O casal decidiu procurar um médico neurologista para ter um diagnostico completo, consultaram o Dr. Edson Martins

Carvalho, que pediu uma tomografia e uma ressonância magné-

tica. Ali estava a razão para a dor de cabeça constante e persistente: um aneurisma do tamanho de um ovo de codorna. Neide

levou um susto, mas permaneceu firme. “Eu pedia muito a Deus para me curar e viver para cuidar das crianças”, ela diz.

Em junho de 2013, Neide foi encaminhada à Casa

de Saúde Santos para uma consulta com o médico Fa-

biano Rivau no Instituto Santista de Hemodinâmi-

ca (ISH). Ela fez cateterismo e o exame auxiliou no diagnóstico e na definição da cirurgia que seria feita.

Foram 12 dias de internação, seguidos por seis meses

de recuperação e muitos cuidados até que voltasse ao ritmo normal e sem sequela alguma. “Todo o atendi-

mento na Casa de Saúde e na Hemodinâmica foi sensacional”, afirma.

A vida de Neide nunca mais foi a mesma. O susto

a fez repensar sobre tudo à sua volta. As prioridades

mudaram novamente, as preocupações passaram a ser outras, as pequenas coisas que tiravam seu sono per-

deram sentido. “Eu entendi que devo dar valor ao que realmente é importante e não ao que nos deixa triste”,

diz Neide. “A vida é curta, tenho que viver intensamente cada dia e ser mais feliz.” (!)


B O M AP E T IT E

o brasileiro COME MAL

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viva melhor


petida por pesquisadores do comporta-

mento alimentar brasileiro. Mais do que

foto: divulgação

A

frase, com tom de sentença, tem sido re-

uma frase de efeito, é uma constatação expressa em números. Apenas um em cada dez brasileiros ingere

os 400 gramas diários de frutas, legumes e verduras recomendados pelo Ministério da Saúde. De acordo com pesquisa científica divulgada pela revista Lan-

cet, 58% das mulheres brasileiras estão acima do peso. Entre os homens, o percentual é de 52%, não importando a classe social ou idade.

São vários os culpados por esses números: a tec-

nologia que estimula o sedentarismo, o excesso de alimentos processados, carregados em sódio, gor-

dura e açúcar, que são consumidos atualmente, ou até mesmo a escolha do prato levando em conta o

paladar e não a saúde. Independente de qual ou quais

sejam os motivos, só existe uma maneira de mudar esse cenário, começar uma transformação nos hábitos alimentares.

Daniele Forti, nutricionista e parceira do cor-

po médico do Instituto Santista de Hemodinânica

(ISH), conta que diariamente se depara com pacientes

que precisam seguir uma determinada dieta contra a sua vontade. Em geral, são pessoas que acabaram de descobrir ser portadoras de alguma patologia, como

mais energia Para repor o gasto energético do nosso dia a dia é muito importante fornecer ao organismo alimentos

diabetes, hipertensão ou colesterol alto, problemas

de qualidade, que tenham alto índice de vitaminas

dar os hábitos alimentares em busca de uma vida mais

batata

relacionados à obesidade. Apesar da vontade de musaudável, o caminho tende a ser árduo. “Posso dizer

que 90% das pessoas chegam ao consultório determinadas a mudar”, afirma Daniele. “Mas, com o decor-

rer do tempo, preciso rever a estratégia e caprichar ao montar cada plano alimentar personalizado.”

e minerais, como: couve, espinafre, cenoura, doce,

beterraba,

abóbora,

berinjela,

pepino, repolho, vagem, aspargos. Entre as frutas, podemos destacar: banana, abacate, açaí, maçã, morango, laranja, melão, mamão papaia, abacaxi. O consumo de proteínas magras, como sardinha e

A mudança radical não é nada fácil, por vezes são

atum, peito de frango, tofu, leite e iogurte desnatados

revistos. Bebidas alcóolicas nos finais de semana e

os cereais integrais, além das leguminosas como os

anos de alimentação inadequada que precisam ser

também trazem beneficios à saúde. As castanhas e

happy hours, associados aos alimentos fritos e gor-

feijões, são o último grupo dos alimentos amigos da

durosos, sobremesas todos os dias ou a troca do al-

moço por um sanduíche no escritório. Muitos são os

maus hábitos dos brasileiros na hora das refeições. Mas é possível mudar? Daniele é enfática: “sim, é

totalmente possível e fácil mudar”, afirma. “Basta procurar um bom profissional para auxiliar neste processo, ter força de vontade e determinação.”

(!)

alimentação saudável. Uma dica para aumentar a energia antes de uma atividade física é a ingestão de um suco de beterraba ou um cereal integral sem açúcar, tipo granola, com uma banana e uma xícara de iogurte desnatado.

viva melhor

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divulgação/Santos FC

B ATE- PAP O

Isso que é

gol de placa

Por Janaína Demarque

Não desistir é um lema propagado por muitos e executado por poucos. O sergipano

Narciso dos Santos

colocou isso à prova ao vencer um tipo raro de leucemia. Agora, ele também quer muitas vitórias dentro de campo!

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viva melhor


I

magine que você é um atleta profissional, na

Como foi o tratamento e como foi a sua volta

e, ao fazer exames de rotina descobre que tem

ensinou?

casa dos 27 anos de idade, no auge da carreira,

leucemia. Parece roteiro de novela, mas foi isso que

por cima? O que enfrentar a leucemia te

O tratamento foi difícil, complicado e doloro-

o ex-jogador de futebol, santista de coração – e até

so, porque é uma doença muito séria e que requer

família e o desejo de continuar trabalhando no que

muita preocupação para todos que estão à sua vol-

no nome –, Narciso dos Santos viveu. O apoio da mais ama foram as armas para dar a volta por cima.

Atualmente, ele é técnico do Clube Atlético Penapolense, time do interior de São Paulo. Mas ele sonha

grande. Narciso quer ganhar títulos importantes para o futebol brasileiro e revelar novos talentos. Você jogou pelo time do Santos em duas

ocasiões: de 1994 a 1998 e depois de 2000 a 2005. Qual é a sua relação com a Baixada Santista?

Minha relação é ótima. Moro com a minha fa-

mília há 20 anos em Santos. Meu filho Ruan nasceu aqui. Adotei Santos como a minha cidade natal.

muitos cuidados. Além disso, inevitável trazer ta: minha esposa, Mira; meu filho, Richard; minha

filha, Edna; amigos e familiares. Por outro lado, a

volta foi fantástica. Uma mistura de paz, alegria e felicidade, minha e de todos que se envolveram

de uma maneira direta ou indireta. Voltar a jogar

futebol novamente foi incrível [isso aconteceu em 2003], sentimento único! A leucemia me ensinou

a valorizar minha vida, a dar mais valor às pesso-

as que estão do meu lado, aumentou mais minha fé em Deus e me fez ver a vida de uma maneira diferente.

Adoro as pessoas, o clima, o time e estou muito

Você já passou pela Seleção Brasileira. Como

Tenho vários amigos na cidade. Santos se tornou

da atuação da nossa seleção na Copa do

feliz com o crescimento de toda a Baixada Santista. um lugar bem eclético e com muitas opções para todos os gostos e idades.

Qual a principal diferença entre ser jogador e

treinador? O que te levou para esse caminho do gerenciamento de times de futebol?

Como atleta, você só se preocupa em treinar

jogador e como técnico, qual a sua avaliação Mundo do Brasil?

O Brasil não jogou bem. Esperávamos muito

por estar jogando em casa e porque tínhamos conquistado a Copa das Confederações um ano an-

tes. Aprendemos, mais uma vez, que futebol é um jogo coletivo e com muita disciplina tática.

bem, jogar bem e em honrar a camisa do clube.

Quais são seus objetivos no Penapolense?

maior. Você tem de lidar com 40 ou 50 pessoas que

Já conseguimos boas conquistas nesses quatro

tejam todas motivadas para alcançar os objetivos

terior e agora classificar o time do Penapolense

Como treinador é diferente. A responsabilidade é pensam diferente e fazer com que essas pessoas esdo clube.

Quando você foi diagnosticado com leucemia? O que isso representou para você naquele momento?

Fui diagnosticado em 2000. No começo, não

estava preparado para um problema tão sério. A

Quero ajudar o clube a alcançar seus sonhos.

meses de trabalho sendo campeão paulista do in-

para a Série C do Campeonato Brasileiro e ser

muito mais reconhecido nacionalmente. Também quero ajudar no planejamento de crescimento estrutural do clube.

E para o futuro, quais são seus planos?

Ser um treinador respeitado e, um dia, quem

doença foi sinônimo de que eu tinha de parar de

sabe, comandar o time pelo qual eu torço: o pro-

a minha vida. Mas, ao mesmo tempo, representava

quistar títulos importantes dentro do cenário do

fazer o que eu mais gostava e sempre sonhei para que eu tinha de lutar.

fissional do Santos Futebol Clube. Além de confutebol brasileiro e revelar grandes atletas.

viva melhor

(!)

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viva melhor


(!) o que é preciso para você

T R A N S FORMAR sua vida?

E

sporte. Religião. Política. Um

Qual é o padrão? Qual é o ponto de

bate-papo entre comadres, com-

partida? É o susto. A maioria das pessoas

ser senso comum. Pode ser só uma insatis-

está exausta ou quando é obrigada, como

padres, amigos ou parentes. Pode

fação passageira. Pode ser uma irritação

com algo que deu ou que está dando er-

rado. Fique tranquilo, não é só com você. Parece que está acontecendo com muita

só abraça a ideia de transformação quando

quando surge um problema de saúde, por exemplo. Esse tipo de história é comum, é bastante comum.

Foi assim com Jair Maia, que comple-

gente e não está diretamente relacionado

tou 70 anos em maio de 2014. Ele traba-

Talvez sejam os astros. Talvez sejam

área de Recursos Humanos da Prefeitura

ao pessoal ou ao profissional.

os fatos. Talvez seja a hora de pedir, de fazer, de exigir uma transformação. Mesmo

assim, é natural que nada aconteça e que a sensação de inquietação, indignação,

irritação se esvaia com o tempo. Afinal

de contas, todos temos nossa rotina para tocar, contas para pagar e as responsabi-

lidades do dia a dia para cumprir. Talvez sejam estes os elementos que façam com que o padrão se estabeleça.

lhou a vida inteira com caminhões e na do Município de Cubatão. Por 44 anos foi

um fumante inveterado. Até então, não

havia nada que tirasse seu humor e seu cigarro do bolso. Nem mesmo as recomen-

dações do médico que, em 2007, diagnosticou suas dores abdominais como sendo

um aneurisma de aorta. “Mas o Jair é teimoso”, diz Erani, sua esposa. “Ele não pa-

rou de fumar, nem seguiu com o tratamento, aí o problema caiu no esquecimento.”

viva melhor

19


T RA N SFOR MAÇÃ O Foi o acidente vascular cerebral (AVC) ocorrido em 2008

que fez tudo começar a mudar. Ele largou o cigarro e aguar-

dou até estar recuperado do pós-cirurgico para voltar a investigar o aneurisma. Em 2010, conheceu os médicos do Instituto Santista de Hemodinâmica (ISH) Marcelo Ventura

e Renato Astolfi, que fizeram o procedimento para tratar do

aneurisma de quase seis centímetros utilizando uma endoprótese. “Quando saí do centro cirúrgico, achava que não tinham

feito nada”, conta Jair. “Eu fui para a sala de recuperação e me sentia tão bem que nem parecia que tinha passado por uma cirurgia.” Foi assim que Jair teve sua vida transformada e

renovada para seguir em frente na companhia da esposa, dos dois filhos, cinco netos e das famílias dos três sobrinhos cria-

dos por ele. “Mas a gente sabe que se ele tivesse mudado antes, esses sustos poderiam não ter acontecido”, afirma Erani.

Será que aguardar por um destes sustos da vida é com-

portamento exclusivo da turma de antigamente, que viveu

em uma época em que a cultura da prevenção talvez não fosse prioridade? A resposta é não. Entre os mais jovens, não

é diferente e os sustos recebem o crédito por ser o estopim para a transformação. Aos 70 anos, Jair Maia precisou passar por dois grandes sustos para mudar de hábitos e superar um AVC e um aneurisma de aorta.

Também foi assim com Rúbia Emanuelli Corrêa, uma

garota que viu o filme da sua vida passar em sua mente ao receber uma má notícia. Desde a adolescência, Rúbia sentia

dores de cabeça e enxaquecas de tirar o fôlego. A garota diz que todas as consultas médicas e exames que fazia indicavam que não era nada de mais e a garota seguia a vida, convivendo

com aquela sensação chata, incômoda e persistente. Em 2012, Rúbia já não aguentava mais. Decidiu procurar um novo médico, um neurologista.

Foi assim que a vida dela começou a se transformar.

A tomografia revelou um aneurisma cerebral e o neuro-

logista indicou o médico Fabiano Rivau, neurorradiologista intervencionista do ISH, para dar sequência à investigação

e ao tratamento. “Calmo, centrado, bem-humorado e super

esclarecedor, o Dr. Fabiano teve toda a paciência do mundo

ao explicar o que estava acontecendo comigo e quais seriam os procedimentos a serem feitos nas próximas semanas”,

diz Rúbia. O primeiro passo foi realizar uma angiografia cerebral. O resultado não foi nada animador. O aneuris-

ma já tinha um tamanho significativo e poderia romper-se a qualquer momento. A vida de Rúbia estava em risco, “saí

do consultório atônita, não lembrava onde havia parado o carro, aliás, não conseguia nem dirigir”.

20

viva melhor


As palestras de Eduardo Lyra costumam ser assim, com plateia lotada de garotos e gorotas vidrados em seu discursos de empoderamento e transformação.

Vi g en t e l a rg a r o c r im e, a s d ro g a s , a ba n d ona r a d e pre s s ã o e p assa r a a cre d i t a r n a v i d a , nos so nho s , n a f o rç a d e b usc a r aqu i lo e m q u e s e a c red ita . ” Edu ardo Ly ra, au to r do li vro “Jo v ens fal cões“

viva melhor

21


T RA N SFOR MAÇÃ O

A p r end i q ue tud o é im p er m a nente, tudo é tr a nsitó r io . A p r en di q ue nã o so m os e s im esta m o s .” Rúbia Emanue lli , jor nal ist a e pacient e do I SH .

Ao sair do ISH, sabendo que sua vida corria risco por cau-

sa do aneurisma prestes a se romper, Rúbia precisou de alguns momentos para retomar seu rumo. Foi com o apoio dos amigos

e familiares que ergueu a cabeça, respirou fundo e, sem medo,

se alguém que você conhece estiver tão imerso em problemas a ponto de nem reconhecer a própria situação? O que fazer? Devemos intervir? Devemos esperar?

Eduardo Lyra não quis esperar. Ele queria dar um chacoa-

enfrentou o procedimento em 8 de maio de 2013. No dia seguin-

lhão em todo mundo que leva uma vida semelhante à que ele

mas senti um peso tremendo nas pernas, que não respondiam aos

ver o livro “Jovens falcões”, publicado pela editora Novo Sécu-

te, ao acordar, havia algo estranho. “Tentei me ajeitar na cama, meus comandos”, disse a garota. “Ali começou outro pesadelo.” Novas perguntas. Novos receios. Novo diagnóstico. Rúbia

teve um ataque isquêmico transitório. Após três dias de novo

tinha no passado. Lyra decidiu expor sua história de vida e escrelo. A obra revela o desejo de Lyra provar que o jovem brasileiro tem potencial para ser protagonista da própria história.

Página após página, o autor conduz seu leitor por um cami-

tratamento, tudo estava resolvido e o susto passou novamente.

nho que o ajuda a tomar grandes decisões antes que se depare

tou a trabalhar, viajar e curtir a vida. “É impressionante como

ou nascido em berço de ouro. Os baques da vida podem atingir

Alguns dias depois, ela estava completamente recuperada, volexperiências assim nos impulsionam para frente”, diz a garota

que aprendeu a ser paciente, mais leve e a controlar os ímpetos e impulsos de quem curte levar a vida no 220. “Aprendi que tudo é

com um grande susto. Não importa se o jovem é da periferia

qualquer um. Pode até parecer um blá blá blá, mas ele conseguiu o que queria.

Lyra transformou sua história de vida em inspiração. “Mi-

impermanente, tudo é transitório. Aprendi que não somos e, sim,

nha luta pessoal se transformou em luta coletiva”, afirma o autor.

E eu? Eu aceitei, remei e atravessei!”

sonhos, na força de buscar aquilo em que se acredita.” Indepen-

estamos. Os ventos sopraram e mudaram o curso da minha vida. Quando o ponto de partida que nos faz refletir surge de re-

pente, como aconteceu com Jair e com Rúbia, é difícil ignorar. Mas o que acontece se este susto nunca acontecer com você? Ou

22

viva melhor

“Vi gente abandonar a depressão e passar a acreditar na vida, nos

dentemente da origem, das dificuldades ou dos sustos que a vida apresenta, Lyra acredita que a transformação individual está na luta por encontrar um significado para a vida. (!)


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São Paulo/SP

BRASIL.


foto: sxc.hu

B O N S H テ。IT OS

24

viva melhor


Não perca mais

TEMPO

Por Janaína Demarque Você usa como desculpa a falta de tempo para sair da rotina? O cardiologista Arnaldo Duarte é o exemplo de que é possível assimilar as atividades do dia a dia com hobbies muito prazerosos

A

cordar às 6h da manhã é um martírio para a maioria das

pessoas. Acordar às 6h, com um sorriso no rosto e disposição, é para o cardiologista Arnaldo Duarte, de 61 anos.

Ir para a academia é uma atividade diária. Mas musculação não é

o único esporte praticado pelo doutor. Além de médico, Arnaldo também é surfista de carteirinha. Para entender o quanto ele gosta das ondas, basta verificar que ele tem mais de um tipo de prancha.

Inclusive, uma longboard, muito usada nos anos 1970 e, até hoje, a

preferida dos surfistas das antigas. “Eu sempre pratiquei esportes.

O surfe surgiu na minha vida quando eu era muito novo. Eu par-

ticipei do nascimento desse esporte no Brasil, que também foi em

Santos. E, como cardiologista, mais do que nunca, eu preciso dar exemplo. O mar passa muita coisa: força, leveza e paz”, diz.

viva melhor

25


B O N S H ÁBIT OS O cardiologista Arnaldo Duarte é apaixonado pelo surfe e por sua coleção de carros clássicos.

Se o oceano acalma o Dr. Arnaldo, os motores dos cinco car-

ros antigos que ele tem na coleção chacoalham o coração do car-

diologista. A paixão também existe desde quando ele era peque-

no e acompanhava o pai no posto de combustíveis da família,

mas começou a tomar forma há 20 anos, quando ele comprou o primeiro: um Fusca 1968. Depois, outros modelos foram agre-

gados. E ele não quer parar por aí. “Minha meta é um Mustang

1966. Eu sei, porém, que ter e manter uma coleção de carros

não é barato. Vou com calma e pé no chão, mas vou”, completa. E quem pensa que Arnaldo deixa as raridades paradinhas, está

enganado. Todo domingo, ele e os amigos vão até a garagem, que fica no centro histórico de Santos, ligam os motores, escolhem um dos veículos e dão umas voltas. “Eu tomei uma injeção de ferrugem. Não seria o mesmo prazer se eu não pudesse

usufruir”, diz. A coleção não está aberta para visitação, mas é só ficar atento, a partir de agora, quando passar pela região onde os

automóveis ficam guardados. Quer mais? Essa mesma garagem, que guarda os cinco mimos do doutor, também é palco do início

de uma nova coleção: o local já está recheado de máquinas e

variados equipamentos antigos. “Daqui a pouco, vou ter meu próprio antiquário”, afirma, todo orgulhoso.

Para Arnaldo, todas as pessoas deveriam ter um gosto. “Às

vezes, existem hobbies que não são viáveis. Mas todo mundo tem de fazer algo de que gosta. O hobby tira a pessoa da mesmi-

ce, da rotina. Com meus carros, sou obrigado a fazer pesquisas, estudar de onde vieram. O hobby sempre vai te acrescentar, vai

te transformar de alguma maneira. Pessoas que não fazem nada, além da sua função básica do dia a dia, só falam dos mesmos

assuntos. Isso não faz bem”, acrescenta. Dr. Arnaldo se diz satis-

feito com a vida. “Eu já faço muita coisa e sou muito feliz. Não

vejo mais atividades que eu gostaria de realizar. Exceto comprar o Mustang”, finaliza, com simpatia. E se dá tempo de fazer tudo? “A gente tem de fazer dar”, finaliza.

Pode ser que você não tenha condições de ter uma coleção

de carros como o Arnaldo, mas você pode aprender a surfar como ele – e de graça! Em Santos, no bairro José Menino, é

possível encontrar a primeira escola pública de surfe do Brasil.

Alunos de todas as idades são aceitos e há opções diversas de horários para a realização das aulas. Portanto, sem desculpas para começar a se mexer e sair da rotina. (!)

26

viva melhor


A diferença é a

força de vontade

foto: arquivo pessoal

Qual é a hora certa de tomar a decisão de rever seus hábitos, mudar a postura e transformar-se em uma pessoa saudáveL?

Henrique Pereira de Figueiredo é técnico em

Assim que chegava em casa após o trabalho,

Enfermagem do ISH, tem 36 anos e cerca de 65

trocava de roupa e voltava para a rua. Henrique

quilos. Mas nem sempre foi assim. Há alguns anos,

queria correr, mas sabia que o sobrepeso poderia

ele percebeu que deixou alguns aspectos da sua

lesionar seus joelhos. Acabou comprando uma

vida saírem do controle. O garotão que sempre curtiu

bicicleta e decidiu pedalar. Assim que se sentiu

jogar uma bola na areia, pegar onda e se manter

mais seguro, com músculos fortalecidos, passou a

em forma tinha dado lugar a um rapaz sedentário,

intervalar meia hora de bicicleta com meia hora de

faminto por comida nada saudável e com 95 quilos.

corrida. E, assim, aqueles 30 quilos sobressalentes

“Eu estava enorme”, ele diz. “Meu pai e meu irmão

foram desaparecendo.

falavam que eu nunca tinha sido assim e que eu

Hoje, o pai da Karina, de 12 anos, e do Felipe,

precisava mudar.” E mudou. Henrique decidiu que

com pouco mais de um ano, é um exemplo de

precisava se mexer. Parou de comer massa, tomar

transformação. O futebol ele parou porque se

refrigerante, frituras e doces. Passou a se alimentar na

machucava demais. Mas não abre mão de cair

medida certa, com os alimentos adequados e aderiu

na água para surfar, remar seu caiaque e passar

às frutas entre as refeições.

algumas boas horas curtindo seus filhos.

viva melhor

27


C O MPORTAME NT O

Mexa-se,

fotos: arquivo pessoal/divulgação

mas mexa-se já!

28

viva melhor


Por mais despretenciosa e descompromissada que as novas gerações possam parecer para alguns, essa turminha carrega dentro de si uma vontade imensurável de fazer diferente e transformar o mundo em um lugar melhor para se viver.

A discussão é filosófica e pode preen-

cher intermináveis quantidades de páginas

A

de livros sem imagens. A discussão pode facordar, levantar, um café rapidinho na cozinha ou na padaria no

meio do caminho. Passar o dia de

trabalho sentado, em pé, ao telefone, de olho

cilmente descambar para comparações curio-

sas, provocativas e até descabidas, desviando

o foco do que realmente interessa. E o que realmente interessa?

Não existe estatística pronta e acabada.

nos e-mails, na agenda e nos detalhes. Fim

Mas a sensação é que, a cada ano, milhares

meçar tudo de novo no dia seguinte. Como

agenda de psicólogos e terapeutas. Não se

de expediente, hora de ir embora para co-

é a sua rotina? O que faz de você especial, diferente, um ponto fora da curva? Se olhar-

mos lá do alto, como se estivéssemos em um helicóptero a centenas de metros de altura,

veríamos uma massa de pessoas se movimentando. Todos parecem iguais. Todos parecem comuns. Todos querem ser únicos. E

são, uns diferentes dos outros, pelo menos é o que cada indivíduo costuma pensar de si

mesmo. Mas será que suas atitudes refletem o que pensam de si? Será que cada um des-

ses indivíduos realmente faz diferença no mundo, ou para o mundo?

de pessoas passam a marcar um horário na trata de pessoas mais ou menos seguras. É gente disposta a parar de olhar para o que fu-

lano, beltrano ou ciclano fazem por aí para se dedicar a refletir sobre seu próprio umbigo. Talvez voltar os olhos para dentro seja o

início de qualquer processo de transformação efetivo, eficaz e duradouro. Pelo menos é

este comportamento que se percebe em uma boa parte da juventude. Em vez de prestar

atenção demais nos erros e acertos dos outros, eles estão agindo, indo a campo para

fazer diferente e fazer diferença. É o caso de Juliana Almeida.

viva melhor

29


C O MPORTAME NT O Estudante do segundo ano do Ensino Médio no Colégio Objetivo

Baixada, ela tem 16 anos, é filha única e mantém um projeto que dá livros de graça para as pessoas. Livros de graça? Funciona assim:

1. Juliana escolhe um lugar por onde passe bastante gente,

como a Praça 22 de Janeiro, em São Vicente, ou a Praça Fonte do Sapo, em Santos.

2. Ela chega ali pouco antes das 15 horas, estende algumas cangas pelo chão e coloca os livros em cima.

3. As pessoas chegam, perguntam, Juliana explica sobre o projeto.

4. As pessoas voltam com livros usados e podem trocar por quais e quantos quiserem.

É simples assim. Aí a gente começa a ficar com algumas dúvi-

das. Será que alguém pode levar tudo? E se alguém quiser comprar,

pagar ou deixar algum dinheiro para colaborar? Por que ter tanto trabalho para não ganhar nada em troca? Juliana responde todas

na lata. As pessoas respeitam o trabalho e não são uma ameaça. O

dinheiro ela não aceita, explica como funciona e a pessoa leva de graça. E quem disse que é um trabalho para nada? “A leitura transforma o mundo, seja uma criança lendo um conto fantástico, um

adulto que tira o estresse antes de dormir ou a jovem fascinada por

aquele romance”, afirma Juliana. “Eu aprendi muito lendo e quero passar isso para as pessoas.”

O nome do projeto de Juliana é “Troca-troca de livros”. A

ideia nem foi da garota. Um rapaz teve a ideia de criar o projeto e ajudou a organizar tudo. Só que, no dia do primeiro evento, ele

não apareceu. Juliana chegou ao local combinado com 20 livros na mão, explicou para os curiosos como funcionava e ficou por

ali, até o fim. Cada vez que organiza uma nova edição, cerca de 30 a 40 pessoas passam por lá. “Uma vez chegou a 80 pessoas”,

diz Juliana, que conta com o apoio do publicitário Fernando Ara-

gone na confecção de banners para divulgação e de Gabriel Pedro Fernandes, dono do blog Confins da Leitura, que cede livros para

sorteios. Juliana não está sozinha nem é a única com o sentimento, a energia e a vontade de fazer algo para mudar o mundo.

Bruna Lobão tem 17 anos e está no terceiro ano do Ensino

Médio no Colégio Objetivo Baixada. Junto com amigos da Igreja Católica que frequenta, Bruna participa de um projeto que utiliza o teatro como ferramenta na prevenção e orientação a jovens usuários de drogas. De acordo com a psicóloga Ana Paula Dietter, que tra-

balha no Colégio Objetivo Baixada, a participação das duas garotas em projetos transformadores é reflexo da forma de agir e pensar

de toda uma nova geração. “Os jovens sempre optam por falar o que pensam e o que sentem, com clareza e espontaneidade”, afirma Ana Paula. “Eles mostram a cada dia que estão se preparando para executar grandes mudanças.” (!)

30

viva melhor


G E S TÃ O E M S A ÚDE

Transformando a gestão da sua empresa P o r E l i z a b e t h J u st , a d mi n i st r a d o r a d o Instituto S a n ti st a d e He mo dinâ mic a . w w w.a sse sso r i a j u st.c om.b r

T

ransformação e inovação são acon-

Tudo depende do diagnóstico e do objetivo.

ações que caminham juntas. Para

já é a transformação necessária para sobre-

tecimentos simultâneos, são situ-

transformar é preciso fazer as mesmas coisas

de modo diferente. Porém, para alcançar o sucesso nessa empreitada é necessário planejamento, visão de futuro, foco e otimismo.

A intenção de mudar, por si só, não ga-

Por vezes, reinventar seu modelo de negócio

viver e não custará tão caro. Outras vezes, é

necessário promover atualização tecnológica ou estrutural. Nestes casos, o custo pode até ser elevado, mas o retorno compensa.

Para investir é preciso ter saúde financei-

rante resultados positivos. Pelo contrário,

ra. Para ter saúde financeira é preciso plane-

o que vai bem, desalinhar o processo que

do um ciclo virtuoso de gestão e inovação.

mudança sem planejamento pode arruinar caminha adequadamente e desmotivar uma

equipe empenhada. O desafio começa antes de colocar as ideias em prática, começa no

planejamento, na intenção da mudança que será aplicada. Planejar para perseguir um ob-

jetivo e assim alcançá-lo com maior efetivi-

jar, executar, controlar e rever o plano, crian-

Somente inovando, transformando e reinventando o atual modelo de gestão será possível sobreviver a tantas variáveis. Mas, sejamos

francos, o receio do novo somado à acomodação pode ser o obstáculo a ser superado.

A transformação parte daqui. É necessá-

dade. Este é o segredo!

rio aceitar que o modelo atual precisa ser re-

é árdua a luta diária pela sobrevivência dos

comum. A parte difícil é assumir que você

Na Gestão de Saúde, especificamente,

serviços, consultórios, hospitais e instituições

de saúde. A estratégia necessita ser constantemente revista devido às inúmeras variáveis

visto. Reclamar do que não está bom é muito faz parte do cenário a ser reinventado, e que precisa aceitar a tranformação e a renovação. Quem aceita de maneira consciente e

deste mercado, que vão desde determinações

assume esta atitude positiva torna-se o dife-

são das operadoras de saúde, até os custos da

moderno age, sendo exemplo de aceitação e

da Agência Nacional de Saúde (ANS), presestrutura e de insumos. Como sobreviver a

tudo isso sem cautela? Impossível! É necessário se reinventar. É necessário inovar.

Toda transformação parte de um inves-

timento, seja financeiro ou comportamental.

rencial competitivo. É assim que um gestor transformação. Será que você está disposto a

ver seu projeto de vida evoluir? Será que você

está disposto a dar o primeiro passo em direção à renovação e à transformação do seu negócio? Se a resposta for sim, conte comigo.

viva melhor

(!)

31


D ESAFIO

fotos: divulgação

Transforme-se Que haja transformação, e que comece comigo.” Marilyn Ferguson

V

ocê já se transformou hoje? Você quer transformar alguma coisa na sua vida? Poucas pessoas pensam nisso, mas é normal, porque achamos que é difícil mudar, remodelar.

Mas pense... a partir do momento em que abrimos nossos olhos ao

acordar, já começamos a transformar a luz em imagem através da nossa retina, e outras funções em nosso organismo que são milhões de vezes

D r. R o b e r to A l e xa nd re d a R o c h a A l v e s, c a r dio lo gista .

repetidas ao longo da nossa existência. Então podemos concluir que somos organismos em transformação permanente.

Agora que sabemos que transformar é um dom inato que nos foi

dado, eu pergunto:

Porque não transformar nossas vidas para melhor? Você já tentou?

Se você acha difícil, talvez não esteja usando as ferramentas que lhe

foram dadas pra isso. Então, use a fala para dizer: “bom dia”, “obrigado”, “eu te amo” para a pessoa amada. Os braços para abraçar, amparar

e entregar flores. As pernas para levá-lo ao trabalho, a um encontro com os amigos. Você não imagina como estas coisas simples transformam!

Os olhos, para mim, são os mais especiais, como disse uma vez o

poeta: “são o espelho da alma”. Então use-o, treine-o, aperfeiçoe-o para olhar sempre o lado bom da vida . E o que é bom é simples. Ajude-o a encontrar a verdadeira felicidade que está dentro de cada um de nós.

Uma vez perguntaram a um Dalai, “o que era felicidade?”. E ele res-

pondeu: “O que deixa você feliz?” Com essa resposta simples, encerro fazendo um convite.

Transforme-se e, acima de tudo, seja feliz! (!)

32

viva melhor


ATITUDE

fotos: divulgação

A transformação da saúde em nosso País

O

governo federal vem, já de algum tempo, promovendo uma grande mudança na saúde em nosso País. Fez o seguinte diag-

nóstico: o problema é a falta de médicos. Remédio: abrir mui-

tas faculdades de Medicina; trazer médicos de fora; facilitar o ingresso de brasileiros que cursam faculdade fora do País.

A abertura de novas escolas de Medicina, que são conduzidas por

médicos, muitas vezes sem mestrado e doutorado, ou mesmo sem capa-

cidade didática para o ensino, está levando a uma quantidade enorme de profissionais recém-formados sem a mínima condição para o exercício

da Medicina básica, conforme temos observado pelos exames realizaA n to n i o M e n d e s Neto , c a r d i o l o g i st a .

dos pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo.

A vinda de profissionais do exterior, mais de 90% deles de Cuba, na

minha experiência na cidade de Guarujá, não está resultando em ganho

de qualidade, pois a amostra inicial é de profissionais com baixa qualidade técnica em relação às doenças crônicas que mais afetam nossa população.

O nível dos estudantes brasileiros que estudam fora do País, tam-

bém já foi avaliado pelo Conselho Federal de Medicina, através do exa-

me REVALIDA, que mostra uma taxa de sucesso por volta dos 10%, ou seja, novamente nos deparamos com a falta de qualidade.

Interessante que muito pouco está sendo feito pela infraestrutura

da saúde no País. Se tomarmos como exemplo a nossa região, os hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão todos,

sem exceção, falidos. Não adianta QUANTIDADE, se não tivermos QUALIDADE e INFRAESTRUTURA. O cenário para o futuro é que a crise na saúde se aprofunde, posto que o atendimento, embora presente,

não será resolutivo, levando a um custo bem maior do que o que temos atualmente. (!)

viva melhor

33


S UA SAÚDE

Ajude a sua saúde fotos: divulgação

Cuidar de si mesmo é o caminho para uma vida melhor.

N

os dias atuais, a idade média aumentou muito graças aos

avanços científicos e tecnoló-

gicos da humanidade, principalmente na área de saúde, pressentindo curar doenças com novas substâncias ou fazer diag-

é depositado para eventuais necessidades

doenças se alastrarem. Mas a prevenção

to excessivo leva a sobrepeso, obesidade.

nósticos mais precoces impedindo que as Luiz Carlos Ferraz, diretor clínico da Casa de Saúde Santos até o ano de 2014.

é a palavra de ordem. E prevenir não é

só fazer exames, para detecção precoce. A prevenção ideal é a que dificulta o

aparecimento de doenças, com cuidados ambientais (como dengue, por exemplo)

e higiênicos (infecções, por exemplo).

E uma boa parcela pode ser pelo menos

As consequências aparecem como problemas mecânicos: articulares, hérnias discais e outros problemas: de coluna,

hemodinâmicos (obstruções arteriais que podem levar a infartos e derrames) e metabólicos, que é o caso da diabetes.

O importante é manter uma alimen-

tação com o máximo de equilíbrio entre

A alimentação saudável é talvez a

saudável e exercícios físicos diários.

mais importante atitude de prevenção, permitindo manter nossas defesas mais eficientes. O corpo humano necessita de

quatro tipos básicos de nutrientes: proteínas, vitaminas, carboidratos e gorduras.

aporte e queima, ou seja, alimentação Mas, para que isto seja alcançado sem es-

forço, é preciso também equilíbrio emocional. Pois são numerosas as doenças de origem psicogênica, como autoagressão.

Comece a prevenção o mais preco-

As duas primeiras são fundamentais, os

ce possível. Não se autoagrida. Dê uma

de energia para as reações orgânicas e

mente do aumento da idade média huma-

dois últimos servem apenas como fonte para aproveitamento das duas primeiras.

viva melhor

futuras, que nunca chegam. Esse depósi-

minimizada com cuidados que dependem exclusivamente de cada um de nós.

34

O excesso de carboidratos e gorduras

chance para a SAÚDE. Participe ativana começando pela sua. (!)


Reduzir mortes por infarto ĂŠ uma atitude para todos

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