viva melhor #001 | julho de 2013
uma publicação do ISH - Instituto Santista de Hemodinâmica
:-) você é feliz?
ESTÁ RINDO DE QUÊ?
COLECIONANDO ALEGRIAS
PEDALA, MEU AMIGO
Qual é sua atitude diante dos entreveros que a vida nos traz?
O triatleta Paulo Miyasiro aprendeu no berço a não desistir
30 km de ciclovias à sua disposição
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viva melhor
C A RTA AO LE IT OR foto: gisciasca.com
N ESTA ED IÇ ÃO
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Um bate-papo informal Ficou pronta! A primeira edição da revista Viva Melhor acaba de sair do forno. É com muita alegria que toda a equipe do ISH - Instituto
O ISH foi criado em 2008 com o apoio irrestrito da Casa de Saúde Santos e com a missão de oferecer à população da cidade e região um atendimento médico individualizado, qualificado, digno
BOM APETITE
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BATE-PAPO
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REPORTAGEM DE CAPA
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COMPORTAMENTO
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AÇÃO & MOVIMENTO
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BONS HÁBITOS
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SAIA DA ROTINA
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DESAFIO
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ATITUDE
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GESTÃO EM SAÚDE
e mais humano das patologias cardiovasculares. Durante estes cinco anos de existência, sempre quisemos ir além do atendimento médico e disponibilizar a pacientes, familiares e amigos mais do que os nossos atendimentos. Queríamos ter um canal de comunicação que fosse, ao mesmo tempo, questionador e orientador. Queríamos uma maneira de bater um papo informal com você sobre assuntos que permeiam os momentos em que somos obrigados a fazer um exame ou procedimento de relevância para a manutenção e qualificação da vida. Foi assim que surgiu a ideia de criar a revista Viva Melhor. Novamente,
Desafio pouco é bobagem
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Santista de Hemodinâmica compartilha com você esta publicação, que nasce tratando de um tema especial: FELICIDADE.
PERFIL
Hora de rever conceitos O colecionador de alegrias Você é feliz?
Está rindo de quê? Xô, preguiça!
Que tal pedalar? O herói da resistência É hora de aproveitar Felicidade e coragem Conforto médico ...
o apoio da Casa de Saúde Santos foi essencial, assim como o de todos os apoiadores, anunciantes, pacientes, colegas e parceiros que participaram desta primeira edição. Vale dizer que não temos a pretensão de publicar um manual de saúde ou um material que vai revolucionar a vida dos leitores. Queremos que esta revista seja uma companhia agradável, capaz de
EXPEDIENTE Viva Melhor é uma publicação do ISH - Instituto Santista de Hemodinâmica. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião deste veículo ou da entidade por ele representada. Conselho Editorial: Elizabeth Just, Luiz Claudio Mendes Carvalho, Luiz Otávio Lopes Abrantes e Renato de Souza Astolfi.
conversar com você sobre assuntos curiosos de maneira leve, como
Responsável técnico: Luiz Otávio Lopes Abrantes, CRM 96552
em um bate-papo entre grandes amigos. Será que conseguimos?
Projeto editorial, projeto gráfico e produção: take-a-coffee Comunicação Ltda. | www.take-a-coffee.com Diretor de redação e jornalista responsável: André Ciasca – mtb 31.963 Editora: Carla Ciasca Colaboraram nesta edição: Isadora de Campos e Thiago Paes. Impressão: ARFernandes Tiragem: 3.000 exemplares Circulação: nacional
Mande um e-mail para revistavivamelhor@ish.med.br e dê sua opinião ou envie uma fotografia que retrate um momento de felicidade com a cidade de Santos como pano de fundo. Quem sabe você não esteja na próxima edição. Boa leitura e até lá! Luiz Claudio Mendes Carvalho ISH - Instituto Santista de Hemodinâmica
Fale com a revista Viva Melhor Redação: revistavivamelhor@ish.med.br Comercial: comercial@ish.med.br | (13) 3221-2625
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Pioneiro na Baixada Santista no uso das tecnologias Flat Panel, StentBoost e Reserva de Fluxo Fracionada (FFR).
Jairon Nascimento Alencar CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA
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Luiz Otávio Lopes Abrantes ESTIMULAÇÃO CARDÍACA ARTIFICIAL u
Luiz Cláudio Mendes Carvalho CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA
u
I S H - Inst it u to Santista de Hemod in â mic a Av. C o nse l heiro Nébias, 6 44 – 1° a n d a r – Sa n t os ( SP)
take-a-coffee.com
Responsável técnico: Luiz Otávio Lopes Abrantes, CRM 96552
Luiz Marcelo Ventura NEURORRADIOLOGIA INTERVENCIONISTA
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Renato de Souza Astolfi CIRURGIA VASCULAR/ENDOVASCULAR u
( 1 3 ) 3 2 2 1. 2625
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Roberto Higa Junior CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA
u
w w w. i s h. me d . b r
P E RF IL
Desafio pouco é bobagem Por Carla Ciasca Ter o privilégio de enxergar e entender o chamado para os desafios da vida não é para muitos. Aceitar a missão e encará-la da melhor maneira possível foi o caminho escolhido por este brasileiro de 56 anos que dedica todo o seu amor e atenção à sua família e à família dos outros, incluindo centenas de crianças bruxificadas na África Ocidental.
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viva melhor
fotos: divulgação
Valmir Bodruc é voluntário na Caminho Nações, uma associação humanitária que atua no atendimento a crianças bruxificadas na África Ocidental
E
ra o começo de 2012. Valmir Bodruc es-
Ao ir ao médico, no dia seguinte, Val-
tava passando rodo no corredor de sua
mir descobriu que não se tratava de fria-
nhas no peito, típicas de quem toma friagem. Não
nhado ao cardiologista e assim conheceu
casa quando sentiu uma daquelas dorzi-
ligou muito e continuou com sua missão de secar o corredor. No trabalho, começou a perceber que,
durante uma caminhada com certo aclive, aquela dorzinha voltava. Em um daqueles temporais de verão, a ventania derrubou um galho em uma
cerca elétrica na empresa. Sempre prestativo,
Valmir foi ajudar os colegas a tirar o tronco dali. Não aguentou, passou mal e voltou mais cedo para
casa. À noite, acordou suando, com uma sensação estranha acompanhada de forte dor no peito. Levantou, tomou um banho quente e voltou a dormir. Naquela noite, Valmir podia ter perdido a vida.
gem, mal jeito ou esforço. Acabou encamio ISH – Instituto Santista de Hemodi-
nâmica, onde passou por um cateterismo realizado pelo médico Luiz Claudio Men-
des Carvalho. O exame apontou que Valmir tinha 90% de uma artéria obstruída. Foi um
susto? Certamente. Mas depois de desobstruir a artéria com o implante de um stent,
não seria demais considerar como apenas mais um obstáculo no caminho deste obstinado senhor de 56 anos, que se tornou figu-
ra conhecida no ISH, onde contou algumas de suas histórias.
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Nascido na cidade de Osasco, na Grande São Paulo, Valmir tem
quatro filhos e é morador da Baixada Santista desde 1967. Foi sua mãe que convenceu o pai de que a família deveria fazer a mudança. No litoral paulista, Valmir estudou, cresceu e conheceu Luciana. A meta era
formar-se em Edificações, mas uma boa surpresa surgiu no caminho. A namorada estava grávida. Valmir e Luciana se casaram e passaram a fazer parte da árdua vida de adultos antes do que esperavam. “Fui
batendo cabeça de emprego em emprego”, ele diz. “Até que, em 1983,
consegui entrar para a Rhodia Indústria Química.” Instalada em Cubatão, a empresa parecia ser uma salvação. Trabalhando ali, Valmir fez o
curso técnico de Segurança no Trabalho, atuou como operador de sala
de controle e sustentou a família. Mas a salvação virou um infortúnio da noite para o dia.
A empresa foi interditada, as operações interrompidas e os fun-
cionários convocados a passar por uma bateria de exames. Diagnósti-
co: todos estavam contaminados por uma substância tóxica chamada Hexaclorobenzeno (HCB), composto químico que pode afetar fígado, tireoide, rins, sistemas endócrino, imunológico e nervoso. O que Valmir poderia fazer? Entrar em desespero? Jamais. Com a parcimônia e
a paciência que lhe são peculiares, Valmir seguiu sua vida, mantendo os olhos nos exames regulares e sem abrir mão da energia que usa para sustentar sua família.
Em 1994, Valmir teve um mal súbito. Uma dor de cabeça surgiu
de repente. O organismo deixou de absorver os alimentos. Esqueci-
mentos passaram a ser regulares. “Mergulhei numa síndrome do pâ-
nico fora da realidade”, conta Valmir. “Eu quase morri.” Ele conta que, a partir deste momento, nunca mais foi o mesmo. Seu apoio foi a
esposa, Luciana, e os quatro filhos: Fernanda, Mariana, Lucas e Sarah
(e hoje também tem o amor incondicional de três netos). Desistir e desanimar são palavras que Valmir aprendeu a combater. “Já são 36
anos de casados e, desde cedo, enfrentamos tudo juntos”, ele conta. “Alegrias e dificuldades.” Talvez tenha sido esse estilo paizão, um
cara 100% dedicado à família, que o atraiu para uma missão humanitária: salvar crianças no interior da África. UMA GRANDE MISSSÃO
Enquanto reorganizava sua vida pessoal e profissional – até se
embrenhando como empreendedor em um negócio da família –, Valmir conheceu um movimento cristão que surgia no Brasil. Bus-
cou informações, envolveu-se com o grupo e acabou participando
ativamente da fundação da Associação Humanitária Caminho Nações – Way to the Nations. Como desafio pouco é bobagem, Valmir assumiu a missão de ajudar crianças africanas estigmatizadas, acusadas de serem “crianças-bruxas” e abandonadas pelas famílias por problemas físicos e comportamentais.
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fotos: divulgação
P E RF IL
Aquele movimento começou suas atividades no Estado de
São Paulo, mas logo foi expandido nacionalmente e ganhou
ares internacionais. Por volta de 2009, algumas pessoas que
participavam do grupo assistiram no YouTube uma espécie de documentário que falava das crianças-bruxas. A indignação to-
mou conta de todos, e foi o que bastou para que a associação humanitária internacional fosse criada e enviasse uma equipe
de sete pessoas à Nigéria para constatar a situação. A partir daí, o projeto cresceu. “Fomos para lá, estabelecemos uma base,
criamos material didático e começamos, primeiramente, a mexer na cultura, com literatura, visitas e muita conversa com as famílias”, afirma Valmir. “Depois, montamos um lugar para
ensinar uma futura profissão às crianças resgatadas para que não se tornassem apenas um ex-bruxificado.”
Enquanto Valmir e seus amigos da associação humanitária
estavam concentrados na atuação na Nigéria, ouviram falar de
uma situação estranha acontecendo no Senegal, costa oeste da África. Crianças eram enviadas por suas famílias a sacerdotes muçulmanos para aprender o alcorão. “Na verdade, aquelas
crianças eram colocadas para mendigar, deixando de estudar e
evoluir culturalmente”, explica Valmir, que é um dos responsáveis pela comunicação geral da associação. Diferentemente da
realidade da Nigéria, ali no Senegal a equipe teve o apoio do
governo local, preocupado em como seria o futuro do país daqui a alguns anos com tantas pessoas desqualificadas. “Estamos
focados em 50 crianças em um projeto-piloto”, conta. “Aluga-
mos uma casa, compramos um computador, já montamos uma estrutura e a molecada já está aprendendo francês, que é a base para qualquer formação ali.”
No começo de 2013, Valmir voltou ao médico para uma
avaliação clínica e para fazer uma cintilografia miocárdica. O resultados indicam que o coração vai muito bem e Valmir tem passe livre para seguir em frente como o patriarca de uma grande família e um dos anjos da guarda de centenas de crianças a milhares de quilômetros de sua casa.
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foto: Shutterstock
B O M AP E T IT E
Pão inte gral, arroz integ ra l, ave ia, am e ndoim e salm ão s ã o alim e ntos que ge ram e nerg i a para o corpo e são ric o s em vitam ina B6, alé m de a j u d a r no controle de e njoo, do r d e cabe ça e irritabili d a d e.
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Hora de rever conceitos Por Isadora de Campos Dizem que você é o que você come. Verdade e mentira. Você é o que você é, e ponto. A felicidade não está em um prato, seja ele colorido e saudável ou gordinho e delicioso. A felicidade está nas escolhas que você faz para viver bem. Se você ainda não pensa assim, é hora de rever seus conceitos. Não é de hoje que ser saudável está na moda. Na década de 1980, surgiu a geração saúde. É verdade que nos idos de 1990 o papo de coma mais verde e menos gordura sumiu um pouquinho para dar lugar ao fast -food que invadia o Brasil. Mas vieram os anos 2000 e a revolução tecnológica impôs ao ser humano um padrão de comportamento baseado no sedentarismo.
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A
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B O M AP E T IT E TV ganhou centenas de novos canais. O cantinho vazio dentro de casa passou a ser dominado por uma mesa e um computa-
dor. E tudo o que nos colocava em pé para queimar algumas calorias foi dando lugar a facilidades. Então, chegamos a 2013 e percebemos que, há pelo menos três anos, ser saudável voltou à moda. Ao que tudo
indica, dessa vez a moda não vai passar. Tem ex-jogador de futebol perdendo peso na TV, reality show
com disputa para ver quem perde mais peso, livros e
revistas sobre ser saudável ocupando prateleiras em
bancas e livrarias, além da conscientização de que não
basta viver muito, é preciso viver bem. Helder Sturari
5 PASSOS
Mariano é um garoto de 24 anos, estudante de jorna-
lismo, do tipo fofinho. A namorada nunca reclamou de seu peso, mas ele sabia que não estava nas melhores
das formas físicas e que seu colesterol precisava ser
PARA ENCONTRAR A FELICIDADE NO PRATO
controlado. Fã de frituras e outros alimentos que não constam das listas de comidas saudáveis, o garoto se
convenceu de que não estava feliz e precisava mudar. sional para reeducar seus modos alimentares.
O arroz branco deu lugar ao integral. Os bolinhos
banhados em óleo quente passaram a dividir o prato
De acordo com o cardiologista Wilton Fuschini Franco, não basta deixar de ingerir gorduras e reduzir o sal. É preciso deixar a pressa e a tensão de lado nos momentos de refeição. “Trocamos a combinação brasileira de arroz, feijão e bife por fast-food e estamos sempre preocupados, mexendo no celular ou no tablet”, afirma Fuschini.
foto: divulgação
Fácil? Nem um pouco. Helder procurou ajuda profis-
com legumes. Os petiscos açucarados tiveram que disputar atenção com as frutas. Em dez meses, 28 quilos
desapareceram. “Hoje, me sinto mais disposto, feliz e
autoconfiante”, diz Helder, que não deixou de comer o que quer, mas se convenceu de que o caminho para
a felicidade passa pelo equilíbrio da alimentação. Não se trata de um depoimento decorado e exagerado nem dos louros de uma vitória pessoal. É ciência.
Denise Cussioli Gonçalves, nutricionista, gastrô-
noma e membro da diretoria da Associação Paulista de Nutrição (APAN), explica que alimentos com alto
teor de carboidrato e gordura têm o poder de estimular os centros cerebrais relacionados ao prazer e ao bem-estar. Não é à toa que esses alimentos da pesada
fazem a gente encher a boca d’água. Basta os olhos perceberem o alimento ou sentirmos aquele cheirinho gostoso saindo do fogão que nossa memória é
ativada, enviando a mensagem para todas as células
do corpo de que algo delicioso está por vir. Resista, encontre o seu equilíbrio alimentar e seja feliz!
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viva melhor
:-)
#01 #02
#03
Evite alimentar-se com pressa. Evite alimentar-se com frequência em ambientes tumultuados, como praças de alimentação.
Coma o que gosta, sem exageros, mas antes preencha o espaço vazio do seu prato com os alimentos saudáveis.
Escolha companhias agradáveis para suas refeições.
Coma sem pressa, e de preferência com celulares e tablets desligados.
#04 #05
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B ATE- PAP O
o colecionador de
ALEGRIAS Por Thiago Paes
Se os filhos são a imagem e a semelhança de seus pais, pelo menos no dom de colecionar vitórias, o santista Paulo Miyasiro vem cumprindo bem o seu papel durante sua trajetória no esporte. 14
viva melhor
N
ascido em 7 de junho de 1976,
precisou recorrer às atividades esportivas
Miyasiro acostumou-se a ver o
sendo um verdadeiro estímulo para a mi-
desde os seis anos de idade Paulo
pai, João Henrique, a conduzir com maestria sua equipe de atletismo, o Beth’s Clube,
nos anos 1980. “Foi nesta fase que desper-
para acelerar a recuperação, o que acabou nha vida, contribuindo para minha formação profissional.
tou em mim a vontade de dar os primeiros
A dedicação permanente exigida durante
me dediquei até completar 18 anos”, relata o
necessário à formação de um triatleta?
passos, até que optei pela natação, à qual atleta, que neste esporte sagrou-se, ao longo
os treinos é tarefa para poucos. O que é
O apoio da família é fundamental. Mas
da vida, como um dos melhores nadadores
vale lembrar que se identificar com a filoso-
problema de saúde na família foi o upgrade
nho é primordial para o sucesso, e qualquer
do mundo. A busca pela recuperação de um
na formação do perfil esportista de Paulo Miyasiro, que revela, em um bate-papo exclusivo, suas lutas e vitórias no esporte.
Seu pai foi uma inspiração na prática de
esportes ou era uma paixão que já estava no sangue?
Acompanhar todo o trabalho que meu
pai desempenhava junto a outros atletas acabou despertando em mim a vontade de in-
fia de vida exigida para um bom desempeum pode, sim, desde que sejam tomados todos os cuidados necessários, a partir de uma
investigação adequada para detectar even-
tuais problemas que possam impedir alguns
tipos de treinamentos. O triathlon é movido pela capacidade de enfrentarmos nossos de-
safios especiais e controlar a empolgação é importante para que não ocorram problemas que comprometam o rendimento do atleta.
gressar nesta área profissionalmente. Passei
Atualmente distante da adrenalina de
momento, optei pela natação. Foram anos de
treinos constantes, como mantém o
por diversas modalidades até que, em certo batalha, esforço e muito treino.
Sua vivência no esporte não se resume à
natação. Qual o papel do triathlon na sua carreira?
Com a maioridade, o amadurecimento
profissional chegou naturalmente, e novas
modalidades foram inseridas entre as minhas preferências, como ciclismo, travessias
de mar aberto e corrida, que me renderam títulos nacionais e internacionais, além de
participações nos principais eventos esportivos mundiais, como as Olimpíadas de Ate-
nas e os Jogos Panamericanos da República Dominicana.
Tantas conquistas acabaram servindo como uma homenagem ao seu irmão?
Sim, meu irmão sofreu uma paralisia e
disputar grandes campeonatos e dos esporte em sua vida?
Continuo trabalhando com o incentivo
ao esporte. Assumi recentemente a presi-
dência da Fundação Pró-Esporte (Fupes)
de Santos, órgão responsável pelo geren-
ciamento do esporte de alto rendimento no município. A Fupes desenvolve a política municipal voltada exclusivamente para es-
portes de competição e, em parceria com a Secretaria Municipal de Esportes (Semes),
promove a integração de todas as modali-
dades esportivas que representam a cidade nos Jogos Abertos, Regionais e da Juventude, entre outras competições nacionais e
internacionais. A Fupes coordena também o desenvolvimento de parcerias pública e pri-
vada, com a finalidade de oficializar o patrocínio e apoio aos atletas santistas, ampliando a obtenção de recursos.
:-)
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:-) você é
feli z? Por Isadora de Campos Ainda não inventaram uma fórmula para determinar quem é feliz. Há um mundo de pessoas investindo tempo nesta ideia. De um lado, empresas de pesquisas inventam mil maneiras de medir a felicidade do ser humano e criam rankings para mostrar quais são as profissões mais felizes, quais são os países mais alegres. De outro lado, agências de publicidade colocam suas mentes mais criativas para pensar em como transformar produtos em sinônimos de felicidade.
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viva melhor
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fotos: Shutterstock, SXC.hu, divulgação
V OCÊ É FE LIZ? O psicólogo e editor-júnior da revista
“Temas em Psicologia”, da Sociedade Bra-
sileira de Psicologia, Bruno Figueiredo Da-
másio, afirma que a busca pela felicidade envolve aspectos individuais, de interação social, da cultura pessoal e do contexto de
Q
inserção do indivíduo. Estudos científicos uem tem uma conta no Facebook já deve ter esbarrado em campanhas de refrigerante, sorvetes e
produtos de beleza, sempre exibindo pessoas felizes, sorridentes e quase perfeitas. Mas ainda há um outro lado, o nosso. É o
lado de pessoas comuns, que batalham no dia a dia para cumprir com suas obriga-
ções, criar e educar seus filhos com respei-
to e dignidade e, ao fim de cada dia, deitar na cama, fechar os olhos e conseguir dizer para si mesmo que foi mais um dia feliz.
Não, não é fácil. Só você sabe como
sua vida é difícil. Só você sabe o quanto
os negativos. Estar alegre, esperto, entusiasmado e divertido é melhor do que estar
raivoso, incomodado, irritado e triste. “Ou
seja, para que a pessoa tivesse uma vida feliz, ela deveria vivenciar mais afetos posi-
tivos do que negativos”, explica Damásio. “Estes são um importante indicador de fe-
licidade, mas temos encontrado evidências
de que existem pessoas que, apesar de vi-
venciarem frequentemente estados positi-
vos, não se consideram felizes.” O que falta a estas pessoas?
Martin Seligman, autor americano do
livro “Felicidade Autêntica”, é enfático
todo insiste e pressiona para que você seja
compreendida se fossem incluídos outros
feliz. Será que nossas ambições estão erradas? Será que a felicidade existe de verda-
de? Será que existem respostas para estas perguntas?
Sâmia Aguiar Brandão Simurro é psi-
cóloga e mestre em Neurociências e Comportamento e vice-presidente de projetos
da Associação Brasileira de Qualidade de
Vida (ABQV). Para ela, uma especialista
ao afirmar que a felicidade seria mais bem dois aspectos além dos afetos positivos: o
engajamento e o sentido da vida. Se enten-
dermos que o sentido da vida é algo intrinsecamente pessoal e intransferível e que o
engajamento depende exclusivamente do indivíduo, podemos concluir que o que é
felicidade para você pode não ser para mim ou qualquer outra pessoa.
Sabe aquela pessoa sempre de bem
no assunto, a felicidade tem sido percebi-
com vida que insiste em ser feliz mesmo
caminhos reais para se chegar lá. Sâmia
volta? Esta é Vania Ferrari, diretora de
da como uma ciência e, portanto, existem explica que a felicidade tem a ver com as
expectativas individuais e a autorrealização. O problema é quando confundimos o
prazer com a felicidade. “O prazer é apenas
um pilar”, afirma a psicóloga. “O prazer
traz a sensação imediata de bem-estar, mas não se sustenta.” Esta é a primeira regra da busca pela felicidade.
viva melhor
ponderância dos estados positivos sobre
aperta seu coração lembrar das suas dificuldades. Mesmo assim, parece que o mundo
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sobre a felicidade a definiam como a pre-
quando o mundo está pegando fogo à sua
Operações e Finanças da empresa Repen-
se Comunicação. Para ela não existe tempo ruim, o que não a exime de dificuldades e momentos nem sempre agradáveis.
“Acho que o segredo é não dar valor para alguma coisa de ruim que acontece nem
transformar a situação em uma espécie de
sinal de que todo o resto vai dar errado”,
fotos: divulgação
Vo c ê n ã o p o de esc o lher o q u e a c o n t e c e na sua v id a , m a s po d e e s colher o q ue v ai f a z e r c om o q ue a c ontec e. ” Vania Ferrari, di reto ra de Ope rações e Finanças
N ã o m e p e r m i t o entr a r em de pre s s ã o , eu d esv io o c am i n h o , d e s l i go , d eleto o q u e n ã o m e fa z b em . ” Mari a C ec í li a Grachet t a El Hay ek, pu bli c i tári a qu e i mpl ant ou t rês st ent s em du as ar t érias coronárias n o ISH em set embro de 2011 afirma Vania. “Você não pode escolher
é o ponto de partida. “Não me permito
escolher o que vai fazer com o que
minho, desligo, deleto o que não me
o que acontece na sua vida, mas pode acontece.” Vania seria um ser humano evoluído? De maneira alguma, ela é
uma pessoa comum, com problemas e
dificuldades como todo mundo. A diferença está na forma de encarar a vida
e equilibrar seu dia a dia entre os momentos bons e os nem tão bons assim.
Não há um manual de instrução. De
acordo com a publicitária Maria Cecília Grachetta El Hayek, de 52 anos, o auto-
controle é fundamental para atingir este
equilíbrio e estar bem consigo mesma
entrar em depressão, eu desvio o ca-
faz bem”, diz. Em setembro de 2011, Maria Cecília passou por um susto e teve de realizar um procedimento car-
diológico, quando recebeu o implante de três stents em duas artérias coronárias no ISH - Instituto Santista de
Hemodinâmica. Com a saúde em dia,
ela se considera plenamente feliz e sabe
exatamente de onde vem o combustível para se manter assim. “Hoje tenho saú-
de, uma família bem-sucedida, um filho maravilhoso, só tenho a agradecer.”
viva melhor
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V OCÊ É FE LIZ?
NÃO CUSTA TENTAR Sâmia Aguiar Brandão Simurro, psicóloga e mestre em Neurociências e Comportamento e vice-presidente de projetos da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), defende que a prática constante é o melhor caminho para alcançar a felicidade. “É preciso tornar isso um hábito, que não seja um esforço”, ela afirma. “É preciso praticar e repetir as boas práticas para que se tornem uma atitude de vida”.
O professor de Filosofia Moderna da
Universidade Federal do ABC, Fernando
Costa Mattos, lembra que a discussão sobre
felicidade é milenar. Aristóteles atribui um
papel decisivo à razão para alcançar a felicidade, com base no argumento de que sendo
racional é possível planejar melhor a vida e distribuir os prazeres. Já Rousseau acredi-
ta que a razão pode ser um problema, uma forma de controlar os desejos e nos tornar
menos espontâneos e, em certo sentido, aproveitar menos a vida. Para o professor Mattos, não há um único caminho para ser verdadeiramente feliz. Para ele, a vida tem de ser
enfrentada e esse enfrentamento talvez possa
ser mais bem-sucedido se as pessoas não estiverem obcecadas com o “ser feliz”.
Novamente, a palavra-chave é equi-
líbrio, um termo que define a direção do
#1 #2 #3 #4
bem-estar. Para Renato de Souza Astolfi,
cirurgião vascular e endovascular do ISH - Instituto Santista de Hemodinâmica, a
felicidade não está apenas nos momentos e situações que acontecem à nossa volta. Está nos cuidados que temos com nós mesmos.
“É preciso cultivar o bem, ter a consciência
tranquila e sempre buscar o melhor de cada
alimentação e fazer uma atividade física, como caminhar diariamente, fazer passeios
regulares de bicicleta e, acima de tudo, fazer o que gostamos.”
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viva melhor
:-)
O prazer passa porque você se acostuma. Já a felicidade é um estado duradouro. Se esforce para superar os momentos negativos. Todo mundo erra e nem sempre as situações são justas, mas tudo pode ser superado. Não abra mão de estar com quem você gosta. Os afetos positivos são um importante combustível para sentir-se bem. Procure algo para estar engajado. Pode ser uma causa pessoal, como concluir os estudos ou até fazer uma jantar especial para o namorado ou a família. Mas também pode ser uma causa social, como colaborar com uma instituição.
#5
um, respeitando o próximo”, afirma o cirur-
gião. “Mas também é necessário cuidar da
Não confunda prazer com felicidade.
Todos os dias ao acordar, defina uma meta curiosa, divertida e surpreendente. Pode ser algo muito simples, como dar um abraço em alguém que esteja triste, entregar uma flor para a filha, a esposa ou a namorada.
#6
Não desista dos seus propósitos. Por mais difícil que seja sua rotina, não há nada melhor que um dia depois do outro.
viva melhor
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C O MPORTAME N T O
foto: sxc.hu
Está rindo de quê?
Por Isadora de Campos Existem pessoas que vivem de bem com a vida em grandes metrópoles e em pequenas cidades, em tempos de paz e também de crise. E há pessoas que vivem de mal com a vida exatamente nesses mesmos lugares. De onde vem a motivação para encarar a vida de forma positiva?
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viva melhor
ra enxergar o lado bom em tudo o que
e tem duas cachorras que preenchem a
licidade que tem em viver. Aos 86 anos,
lhos adultos saíram de casa.
acontece. Adelina transmite na voz a fea dona de casa coleciona histórias de su-
H
grandes enigmas dos tem-
pos modernos é saber driblar
os problemas e manter o otimismo na maior parte do tempo. Um “bom dia”,
um sorriso, uma reação positiva aos de-
contramos a solução para conseguir o
de um câncer de pele no couro cabeludo,
cas para tornar a mente sã. Este é o con-
situações encaradas com fé e otimismo. A motivação? Vontade de viver. “Amo a vida, amo viver”, diz Adelina. “Sou a pessoa mais rica do mundo, pois tenho saúde e uma família maravilhosa.”
Hoje Adelina procura retribuir todo
safios mais adversos que surgem pela
o bem que recebe por meio de ações
culdades do dia a dia, mas especialistas
quinhos, meias, gorros e cachecóis de
frente podem soar falso em meio às difi-
garantem que um comportamento oti-
mista é o primeiro passo para alcançar a tão sonhada paz de espírito.
Muitos devem se perguntar de onde
vem tanta inspiração. As condições externas influem, sim, mas há fatores que
podem justificar por que algumas pessoas conseguem deixar de lado a amargura em busca de um estado pleno de felici-
dade. Um deles é a herança de família. De acordo com a psicóloga especialista em Neuropsicologia, Ruth Ferreira
Santos-Galduróz, o comportamento oti-
mista tem traços genéticos, mas o que o
que a fazem se sentir bem: faz casa-
tricô para crianças e adultos carentes. De acordo com Jairon Nascimento
receita de sucesso.
Evanira Ramires Coleti é um exem-
plo de que otimismo em casa contagia. Aos 57 anos, a bancária aposentada não tem dúvidas de que toda a positividade
com que encara a vida aprendeu com sua mãe, Adelina Poianas Ramires, que
nunca reclamou dos contratempos que
teimam em aparecer e sempre procu-
Santista de Hemodinâmica. Conhecida
carinhosamente pelos amigos como Dona Rosinha, em dezembro de 2012 come-
morou 90 anos de idade com uma grande festa ao lado de seus três filhos, oito netos
e 14 bisnetos e mais de 100 convidados.
“Procuro sempre mostrar à minha família a importância de estar sempre feliz.”
Moradora do bairro do Gonzaga,
Seu segredo para chegar a esta idade
que um simples trabalho manual, é im-
portante para que corpo e mente reajam positivamente e façam com que a pessoa se sinta mais feliz. Evanira diz que
a mãe está sempre de bom humor, vive recebendo amigas para um café ou um
simples bate-papo, transmitindo seu otimismo e amor pela vida.
“Mãe positiva, filha positiva”, afir-
que procura aproveitar um dia de cada
educação familiar tem sua parcela nessa
bosa para os pacientes do ISH - Instituto
dinâmica, a atividade física, mesmo
do ISH - Instituto Santista de Hemo-
seu pensamento são o resultado da inculturais”, afirma Ruth, indicando que a
selho de Rosa Buongermino Pereira Bar-
em Santos, ela pinta quadros e gosta
ma Evanira, que tem o sorriso como sua
teração de aspectos biológicos e socio-
equilíbrio. Manter-se ativo é uma das di-
Alencar, cardiologista intervencionista
define mesmo é o ambiente de criação. “O comportamento do homem e mesmo
Mas não é só dentro de casa que en-
peração como a rápida recuperação após
uma cirurgia de risco no intestino e a cura á quem diga que um dos
vida dela e do marido depois que os fi-
marca registrada e faz questão de dizer vez, buscando atividades que aliviem o
de caminhar na praia para se exercitar. com tanta disposição e alegria? “Traba-
lhando!”, revela. “Ocupar a cabeça com um hobby e nunca ficar parada.” Com a saúde em dia e uma energia de dar in-
veja, Dona Rosinha dá aulas de pintura,
promove exposições de seus quadros e deixa a modéstia de lado para dizer, aos
risos, que tem uma memória fabulosa. “Nunca esqueço números de telefone,
sempre fui assim, desde que me conheço estou sempre ativa, então não tenho tempo de ficar triste.”
Não existe uma fórmula secreta, um
estresse e substituam as preocupações.
“passo a passo” que ensine como man-
dia, ela conta que a fórmula é bem sim-
meio às eventualidades. É importante
Para combater as adversidades do dia a
ples. Depois de se aposentar, a ex-ban-
cária encontrou na natação um bem-estar muito grande e ressalta a importância de se fazer algo que dê prazer. Seguindo os
passos da mãe, Evanira tem um grupo de amigas que se encontra semanalmente para jogar cartas; ela também estuda ita-
liano para manter o cérebro em atividade
ter um estado de alegria constante em
procurar superar os desafios por meio de
atitudes que tornem a rotina mais leve. “Mudança de comportamento ou pensamento é uma das tarefas mais difíceis
para qualquer um”, afirma a psicóloga
Ruth Ferreira. “Mas nada impede que
um indivíduo resolva refletir sobre o quanto é feliz na vida.”
:-)
viva melhor
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foto: sxc.hu
A ÇÃ O & MOVIM EN T O
Xô, preguiça! Por Carla Ciasca Nos últimos dez anos, o Brasil aumentou a expectativa média de vida da população de 68 para 74 anos. Entretanto, neste mesmo período, os brasileiros perderam qualidade de vida. Para reverter o cenário, profissionais da área de Saúde apostam suaS fichas na prática regular de atividades físicas, inclusive para idosos.
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viva melhor
que ainda faz aulas de canto e teclado.
Ele começou a praticar atividades físicas
foto: arquivo pessoal
bola, adoro dançar, adoro ler”, diz Mesquita,
ainda muito jovem, aos 18 anos. Nunca foi
colecionador de títulos esportivos nem viciado em academias, mas sempre teve consciên-
D
cia de que mexer o esqueleto seria uma forma e acordo com o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui mais de 14 milhões
de habitantes com 65 anos ou mais. Destes,
de manter a saúde em dia. Hoje, aos 81 anos,
ele mantém essa rotina e recomenda a todos
os amigos, com as ressalvas de quem é da área de saúde.
Para que a atividade na terceira idade não
cerca de 65 mil vivem na cidade de Santos,
provoque dores e traga melhores resultados,
município, de quase 420 mil habitantes. Não
Segundo Luiz Carlos Carnevali Júnior, espe-
o que corresponde a 15,5% da população do
é de hoje que Santos é considerada uma cidade com qualidade de vida e, por este motivo,
muitas pessoas decidem mudar-se para o lito-
ral em busca de uma vida mais saudável assim que conseguem se aposentar.
Um estudo realizado pela Faculdade de Saú-
de Pública da Universidade de São Paulo (USP)
avaliou duas gerações de idosos nos anos 2000
e 2010 e concluiu que, embora a expectativa de
existem alguns cuidados a serem tomados. cialista em Fisiologia do Exercício e em Biologia Celular e Molecular, se não há preparo
ou até mesmo um acompanhamento, a pessoa
pode se sentir mal e até ficar traumatizada. “A prática da atividade física, seja ela qual for, deve ser prazerosa”, diz o especialista. “O resultado deve vir como consequência e
Antes de iniciar qualquer ciclo de ativida-
de física, é fundamental consultar um médico
nhou na direção oposta. O número de pessoas
O segundo passo é procurar uma atividade que
incapazes entre 60 e 64 anos subiu de 27% para 32% e, entre os idosos de 70 a 74 anos, este ín-
dice foi ainda maior: de 30% para 40%. É ver-
dade que cada caso é um caso, mas, de acordo com Luiz Otávio Lopes Abrantes, médico especialista em Estimulação Cardíaca Artificial do ISH - Instituto Santista de Hemodinâmica,
se a prática de atividades esportivas fosse uma
rotina na vida de todo brasileiro, chegaríamos à longevidade com a mente sã e o corpo saudável, na medida do possível, claro.
Um bom exemplo é o santista João Henri-
que Braga de Mesquita. Espirituoso e alegre, o dentista de 81 anos esbanja disposição e
exibe o porte físico pra lá de saudável. Além
de fazer musculação, ele pratica boxe, nata-
ção, surfe, kitesurf e faz caminhadas na praia. “Não sinto dor, não tenho colesterol alto, jogo
João Henrique Braga de Mesquita, 81 anos
não como objetivo principal.”
vida no Brasil tenha aumentado em 8% na última década, o índice de qualidade de vida cami-
Sempre me cuidei e tive uma alimentação saudável. O que vale é a cabeça, não pode ter preguiça.”
e fazer um check up para indicar seus limites.
agrade e dê prazer. O último passo é buscar orientação profissional, ainda que a atividade
tenha caráter recreativo. “Se a pessoa andar errado ou não respeitar o seu limite, pode causar algumas lesões”, afirma o fisiologista.
Para quem tem problemas na coluna ou
nas articulações, como artrose no quadril, joelho ou tornozelo, o ideal é fazer exercícios
mais leves, de baixo impacto, como alonga-
mento, hidroginástica, natação, esteira e até musculação. Mais do que fazer exercício, atividades físicas regulares podem agregar
amigos, apresentar uma nova rotina e mudar
as perspectivas de vida. “Há quem pense que idoso não pode se esforçar por ter problemas
no coração ou diabetes”, diz Carnevali Jr. “Mas se a pessoa acertar desde o início, nunca é tarde para começar.”
:-)
viva melhor
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foto: Rogテゥrio Bonfim
B O N S H テ。 IT OS
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viva melhor
Que tal pedalar? Por Carla Ciasca Trocar o carro pela bicicleta para
M
ais do que um veículo de lazer ou para praticar esportes, a bicicleta pode ser o meio de transporte que leva
as pessoas ao trabalho, à escola ou para compromis-
sos do dia a dia, como ir à farmácia ou ao cinema. O trânsito caótico tem levado muita gente a aposentar o carro e se aventurar sob
ir ao trabalho ou à faculdade pode
duas rodas. E há também aqueles que escolhem andar de bicicleta
ser uma boa opção para quem está
meio ambiente e não causam tanto transtorno quanto os automó-
cansado do trânsito e ainda rende benefícios para uma vida mais saudável
por uma questão ideológica, já que as “magrelas” não agridem o veis. A bicicleta é um veículo prático, rápido, seguro, além de sau-
dável e econômico. Por que não juntar-se a este crescente grupo e aderir a este novo hábito?
De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Mo-
tocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abra-
ciclo), o Brasil é o quinto maior mercado mundial de bicicletas. Do
total de bikes que circulam no País, 50% são usadas em substituição a veículos poluidores. Como forma de lazer é a preferência de 17%. Esses índices apontam as bicicletas como os veículos individuais mais utilizados nos centros urbanos do País, pois está ao alcance de todos, não levando em conta a base cultural, o clima, o nível de ren-
da e a escolaridade. Entre seus usuários mais frequentes encontram-se industriários, comerciários, estudantes, entregadores de mercadorias, carteiros e outras categorias de trabalhadores.
Ademir do Espírito Santo, de 41 anos, morador de São Vicente,
é operador de equipamentos pesados em uma empresa em Santos e já chegou a estacionar o carro no meio do caminho e seguir o res-
tante do trajeto a pé até o trabalho, devido ao trânsito de caminhões
próximo ao porto. Desde então, decidiu deixar o carro na garagem.
“Sempre gostei de bicicleta e o trânsito na Baixada está cada vez mais complicado”, afirma Ademir, que percorre sete quilômetros
pedalando até o trabalho há mais de uma década, exceto nos dias
de muita chuva e aos sábados. “Se fosse de carro todos os dias, gastaria em média R$ 200 por mês só em combustível. Sem contar pneus, manutenção, óleo etc”.
viva melhor
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B O N S H ÁB IT OS
A hora de começar é agora foto: arquivo pessoal
Que tal conhecer um grupo de pessoas bacanas que vão te ajudar a resistir à preguiça e te viciar em uma boa pedalada semanal?
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Eliane Cristina Seki (com boné laranja na foto acima)
O primeiro mês com o grupo foi difícil, muito
é técnica em Enfermagem no ISH - Instituto Santista
cansativo. Mas Eliane resistiu. “Se você não está
de Hemodinâmica desde novembro de 2010. No
com uma turma legal, o cansaço toma conta”,
primeiro semestre de 2012, ela passou por uma
ela diz. Depois de um mês, tudo muda e você
avaliação médica e descobriu que o colesterol
começa a sentir necessidade de pedalar, e quando
estava alto. O médico recomendou a prática de
não vai, sente falta de verdade.”
atividades físicas. Mas o que fazer quando o tempo
Para conhecer a turma da Eliane, visite o site
não permite frequentar uma academia? Pergunta
www.pedalnoturno.com. Por lá você encontrará
daqui e dali, alguns amigos sugeriram que Eliane
dicas de segurança, lista de equipamentos
conhecesse o grupo Pedal Noturno de Santos. Nem
obrigatórios e ficará sabendo dos eventos e
pestanejou. Ela foi, conheceu e se apaixonou pelo
aventuras dessa turma que adora pedalar.
grupo e pela pedalada. “Eu não fazia atividades há
A saída dos passeios acontece de quinta-feira,
anos”, ela afirma. “Assim que comecei a participar
às 20h, e aos domingos, às 8h. O grupo se
das pedaladas, passei a me sentir melhor no
encontra na Praça das Bandeiras e as únicas
condicionamento físico, na respiração,
exigências são ter uma bicicleta em boas condições,
até o colesterol diminuiu.”
usar capacete e luvas para garantir sua segurança.
viva melhor
ilustração: Portal da Prefeitura Municipal de Santos
Enquanto economizam em tempo e dinheiro,
os ciclistas esbanjam saúde. Muitos estudos mostram os benefícios e vantagens do exercício da
bicicleta como uma das atividades mais completas e universais para prevenir dores nas costas, proteger as articulações e melhorar o sistema cir-
culatório, além de ser um ótimo exercício cardiovascular que fortalece o coração. O uso regular da bicicleta ajuda a manter a forma, aumenta a disposição para o dia a dia e ainda possibilita a
Santos: cidade amiga da bicicleta Por ser uma cidade quase totalmente plana, a cidade de Santos tem uma condição que favorece a adesão a esta modalidade de transporte, que além de econômica, é saudável e ambientalmente correta. Atualmente, a cidade alcançou a marca de 30 km de ciclovias e foi destacada pela Associação Brasileira dos Ciclistas como ‘cidade amiga da bicicleta’ pelo estímulo que dá ao uso desse meio de transporte. A malha cicloviária santista interliga as zonas Noroeste e Leste; e também a divisa com São Vicente na orla até a área portuária. Ao longo da praia, da divisa com São Vicente até a Avenida Mário Covas Júnior (Portuária), na Ponta da Praia, são 7.874 metros. Nas avenidas Francisco Glicério e Afonso Pena, mais 6.250 metros; na Mário Covas, 3.050 metros; na Avenida Rangel Pestana, 476 metros; na Avenida Martins Fontes, 1.680 metros; e da Praça Dutra Vaz (em frente à Santa Casa) até a Praça dos Andradas, passando pelo túnel, são 1.600 metros.
queima das gordurinhas em excesso. “Estou sempre disposto, faço exames regularmente e os níveis estão sempre bons. Mantenho meu peso há anos”, comemora Ademir.
O benefício à saúde é o que anima Adriana
Aparecida da Costa Silva, de 38 anos, que optou por usar a bicicleta há cerca de oito anos para ir do
Guarujá até Santos, onde trabalha, em um percur-
so de 30 minutos. “É um exercício de meia hora que eu faço diariamente. Quando estou de folga, aos domingos e segundas, sinto falta de pedalar”,
conta a manicure, que economiza alguns minutinhos na ida e na volta. “É bem mais prático e mais
rápido. Na balsa, por exemplo, enquanto os carros ficam na fila, nós passamos direto com a bicicleta. Prefiro mil vezes a bicicleta.”
As ciclovias e faixas especiais para ciclistas
são o melhor caminho para quem deseja pedalar com tranquilidade e segurança. Mas é possível que alguns trechos não sejam contemplados pela ciclofaixa e percorram ruas e cruzamentos movi-
mentados. Além de conhecer e seguir as regras de
trânsito, é importante manter a bicicleta em ordem e utilizar os equipamentos obrigatórios como campainha e espelho retrovisor, e também usar acessórios como capacete e farol, a fim de evitar acidentes e surpresas indesejáveis durante o percurso.
viva melhor
:-)
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S A I A DA R OT INA
O herói da
resistência Por Isadora de Campos O Casarão Branco é um daqueles cantinhos da cidade que a gente nem repara direito. De tanto passar por ali, já faz parte da paisagem. Mas tente romper com a rotina e fazer uma visita fora de hora. Se não se surpreender com as obras expostas ou os livros que podem ser emprestados e lidos eM casa, tente bater um papo com os funcionários da casa. Eles são os guardiões das histórias e memórias desta construção que, aos 112 anos, permanece em pé em meio aos edifícios que tomaram a orla nos últimos 100 anos.
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viva melhor
fotos: divulgação
A Pinacoteca Benedicto Calixto fica localizada na avenida Bartolomeu de Gusmão, 15, no bairro do Boqueirão, e funciona de terça a domingo, das 9 às 18 horas. A entrada é gratuita
H
á pouco mais de três anos, o velho casarão branco
cultivar a memória do pintor nascido na cidade de Itanhaém e,
é Bárbara Andressa Leite. Ao reparar que crianças e
Quem adorou a ideia foi Edith. Era a oportunidade de perpe-
ganhou uma funcionária observadora. O nome dela
por consequência, do próprio casarão.
adolescentes chegavam para os tradicionais passeios escolares
tuar as histórias que guardou em sua memória e sempre contou
decidiu escrever um livro sem grandes pretensões.
curioso que encontra por lá. Foi assim que Edith e Bárbara se
sem conhecer muito a história da edificação, a garota de 30 anos
O casarão branco foi construído em 1900 por Anton Carl
Dick, um alemão que viveu ali por alguns anos. Em 1924, uma família com 12 filhos mudou-se para lá. A caçula era uma me-
nina de quatro anos chamada Edith Pires Gonçalves, que viu
o casarão tornar-se sua grande paixão. Foi ali que ela cresceu e viu suas irmãs se casarem no Salão Nobre. O tempo passou,
a família mudou-se e, em 1986, o casarão foi transformado em
patrimônio cultural ao abrigar a Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto. A instituição sem fins lucrativos assumiu a missão de
para seus dois filhos, quatro netos, quatro bisnetos e qualquer conheceram, contando as histórias do velho casarão branco. Foi
assim que Bárbara ficou sabendo como o glamour das celebrações familiares deu lugar à exposição permanente das 32 obras assinadas por Benedicto Calixto. O espaço passou a ser palco de
exposições nacionais e internacionais, lançamentos de livros, recitais de piano e workshops culturais. São incontáveis os nomes
de artistas que já passaram por lá, deixando um pouquinho da sua história para que gente como Edith e Bárbara possam contar para os novos visitantes.
:-)
viva melhor
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D ESAF IO
É hora de aproveitar Prof. Dr. William da Costa é coordenador da Disciplina de Cardiologia da Faculdade de Medicina do Centro Universitário Lusíada, diretor científico da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – Regional Santos, coordenador do Serviço de Cardiologia do Hospital Guilherme Álvaro da Secretaria de Saúde de Estado.
A
o aceitar o pedido para escrever so-
mente conquistar a qualidade de vida tão almejada.
difícil missão de separar a felicidade
miliares que temos saudades dos velhos tempos?
co preciso com uma terapêutica adequada, e a
juntas. Tudo que fazemos nesta vida vem ao encon-
bre “felicidade”, deparei-me com a
que sinto como médico, ao fazer um diagnóstiabstrata felicidade emocional.
Questionei minha filha Victória (16), a respeito
do que entendia como felicidade. Na hora esboçou
tro de um projeto que idealizamos no passado, ou seja, o queremos ser no futuro!
Os desafios surgem a cada dia. As experiências
vividas são os alicerces para a construção e con-
definia felicidade como “um dia bem aproveitado,
muito trabalho e dedicação, a fim de colhermos os
estar com quem ama de verdade, aquele abraço apertado ou o beijo roubado, estar em uma reunião
cretização do projeto idealizado, perseguido com frutos que plantamos lá atrás.
O que fazer agora? É hora de aproveitar. Vi-
com amigos, estar bem consigo próprio, fracassar e
mos os filhos nascerem e crescerem, apostamos
voltar, sem maldade para fazer o outro chorar e ter
Estamos, então, realizados e felizes.
não desistir, sentir estar no paraíso, sem hora para
por perto para te apoiar todos aqueles que te amam
neles, participamos do sucesso deles, fantástico!
A felicidade é um fato e está em nossas atitu-
de verdade”. Mas, afinal, o que é felicidade? Pa-
des. Está no resultado obtido, na qualidade de vida,
plicação, como “saudade”, que não existe tra-
mas repleto de realizações.
lavra de fácil compreensão, mas de difícil exdução para outros idiomas, mas também é fácil
nos desafios conquistados, às vezes a duras penas, Felicidade é ter algo que fazer, que amar e que
de sentir e complicado para explicar.
esperar, não dependendo do que nos falta, mas do
tornam nossas vidas completamente realizadas: os
estrada real para a felicidade, mas sim caminhos
Felicidade vem ao encontro dos eventos que
desafios profissionais, a formação de uma família, identificação de hobbies, que enchem de prazer, o amor, o companheirismo, as amizades, a religião e,
por que não, a ética de conduta, hoje em dia tão en-
fatizada, mas muito pouco praticada. Sem falarmos obviamente da saúde, pois de nada valem todos es-
tes esforços sem a mesma para persegui-los e real-
viva melhor
Acredito, sim, que felicidade e saudade caminham
um sorriso e nada respondeu. Bem tarde da noite,
pediu-me que lesse um e-mail escrito por ela onde
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Não é comum comentarmos com amigos e fa-
bom uso do que temos. Concluo que não há uma diferentes. Há quem seja feliz sem coisa alguma, enquanto outros são infelizes possuindo tudo. Por-
tanto, o segredo da felicidade, segundo Bertrand Russell, é deixar que os nossos interesses sejam
tão amplos quanto possíveis, e deixar que as nossas reações em relação às coisas e às pessoas sejam tão amistosas quanto possam ser.
:-)
ATITUDE
fotos: divulgação
Felicidade e coragem todo o País se iniciaram e, de fato, eu já
não poderia deixar de relacioná-las com o tema. No noticiário da TV, vendo estes
brasileiros, que representam, em verdade,
O
cada um de nós, percebo, claramente, algo convite para escrever essa coluna na primeira edição da
revista Viva Melhor, confesso,
me alegrou muito. Participar de uma iniciativa tão especial, como a criação de uma
revista de variedades, um veículo dedicado He r me s To r o s Xa v ier é mé d i c o c a r d i o l ogista . P o ssu i D o u t o r a d o p ela F a c u l d a d e d e Me dic ina d a U n i v e r si d a d e d e Sã o P a u l o . É o a t u a l presid ente d o D e p a r t a me n to d e A t e r o sc l e r o se d a S o c ied a d e B r a si l e i r a d e C a r diolo gia .
a temas de qualidade de vida, e a possibili-
dade de compartilhar com os seus leitores
mais do que uma pauta de reivindicações, redução da tarifa do transporte coletivo,
melhoria nos serviços públicos, saúde,
educação, segurança etc. Clamam por uma vida melhor, por uma sociedade menos ex-
cludente e mais justa, protestam pela remota possibilidade ou pela esperança de serem felizes.
São pessoas comuns, homens e mulhe-
diversos assuntos de meu interesse, me pa-
res de todas as idades, mostrando ao mundo
Fui informado que o tema central do
mir o rumo de nossa nação. Que é preciso
receu desafiante e prazeroso.
primeiro número da revista seria FELICIDADE e que ficasse à vontade para esco-
lher a forma de abordar o tema, podendo discorrer sobre a minha área de atuação, a
propósito sou médico, falar de meus hábi-
que temos opinião e queremos, enfim, assureformar o País e suas instituições, cobrar
daqueles que nos representam o respeito que nos cabe e austeridade com o que é nosso, todos reconhecemos.
Vislumbro nesse momento histórico a
tos de vida, uma vez que adoro cozinhar e
possibilidade de se resgatar o orgulho de
gens, lugares e gente, música, ah! a ópe-
construirmos o País que queremos.
gosto muito de vinhos, ou ainda, de viara ou então da família e de pessoas, com
ser brasileiro e a força de nossa gente para Enfim, dou as minhas boas-vindas a
as quais troco afeto e busco cumplicidade
todas as manifestações que possam nos
ternativas para vencer esse desafio.
DADE, incluindo a revista Viva Melhor,
para ser feliz. Seriam, sem dúvida, boas alOcorre que nessa mesma semana do
convite, as manifestações populares por
ajudar na incessante busca pela FELICInessa sua primeira edição. É preciso coragem para ser feliz.
:-)
viva melhor
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G ESTÃO E M SAÚ D E
Conforto médico Um lugar especial para um Corpo Clínico diferenciado foto: divulgação
E v a n d r o R a mb a ld i e M a tos é d i r e to r su p e rintend ente d a C a sa d e S a ú de Sa ntos S.A.
A
Casa de Saúde Santos, buscan-
outros colegas.
de vida a seus profissionais
tar com: internet wifi, telefonia, TV LCD,
gante e repleto de facilidades de forma
radas por chefes e, claro, um lugar para
do garantir melhor qualidade
médicos, oferece um ambiente aconchea contribuir para aliviar o estresse destes profissionais.
descansar entre uma cirurgia e outra.
Investir na qualidade de vida dos pro-
fissionais é fator primordial. Acredita-
viços que superam as expectativas dos
tribuição, podemos oferecer algo novo e
médicos, onde podem sentir-se fora do ambiente hospitalar, confraternizar-se e até mesmo trocar conhecimentos com
viva melhor
souvenirs, refeições diferenciadas prepa-
Chamado de Conforto Médico, o
local foi projetado para oferecer ser-
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Entre outras coisas, eles podem con-
mos que, mesmo com esta pequena conde qualidade e que ao mesmo tempo traz
a excelência aos serviços prestados pelo hospital e seus colaboradores.
:-)
A
alvorecer