Jornal da SBHCI Edição Especial BH

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Especial

Ano XIII | Edição Especial | 22, 23 e 24 de julho de 2010

Publicação especial da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista


palavra dos presidentes

P

rezados colegas, Ao aceitar o desafio de ser presidente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), ainda em 2009, tive a grande notícia de que o Congresso 2010 de nossa Sociedade seria realizado por aqui, em Belo Horizonte. Ao lado de Marcos Marino, colega hemodinamicista de Belo Horizonte, sinto-me orgulhoso de trazer a capital mineira ao epicentro deste momento de ebulição científica que a hemodinâmica vive em todo o mundo. Ao participar dos grandes eventos internacionais, como o EuroPCR 2010, em Paris, ou do Congresso do American College of Cardiology 2010, em Atlanta, nos Estados Unidos, tínhamos a clara sensação de que todo trabalho despendido pela Comissão Organizadora deste evento estava no caminho certo. Foram longas e inúmeras reuniões realizadas em São Paulo para debater temas, horários, formatos de apresentação, nomes de convidados nacionais e internacionais e inserção de novas tecnologias, para tornar o Congresso amplamente acessível até mesmo àqueles que não podem, por motivo de força maior, comparecer pessoalmente ao evento. Foram horas ao telefone ou trocando e-mails com colegas de todos os cantos do mundo. Foi um esforço que, paulatinamente, mostrou-se eficiente, eficaz e prazeroso. Dia a dia, nossa planilha de programação científica foi sendo preenchida com a confirmação da participação de grandes nomes da cardiologia e da hemodinâmica que vêm construindo a história da medicina moderna mundial. São ao menos 15 colegas da Europa, da América do Norte, da Ásia e da América Latina, que não poupam esforços em participar da expansão de conhecimento científico, mesmo que seja à distância, por meio das transmissões via satélite para os casos ao vivo. Em paralelo ao incessante trabalho em busca da programação científica ideal, sonhávamos em poder apresentar aos colegas congressistas um pouco da hospitalidade do povo de Minas Gerais. Assim, surgiu a ideia e a oportunidade de criar esta edição especial do Jornal da SBHCI, que tem a missão de ser um guia de rápido acesso às principais informações do Congresso e um convite para conhecer melhor nossa capital mineira. É com grande satisfação que recebo todos os colegas congressistas em minha cidade natal. Desejo que todos tenham um excelente Congresso e uma ótima estada na capital mineira.

Maurício de Rezende Barbosa Presidente da SBHCI

M

eus amigos e colegas, Quando fui indicado para ser presidente do XXXII Congresso da SBHCI, senti uma alegria em especial. Mais que um momento para discutir os avanços da tecnologia e os novos tratamentos da hemodinâmica, vislumbrei a fantástica oportunidade de apresentar aos colegas hemodinamicistas o que nossa Belo Horizonte tem de tão especial. Nesta edição especial do Jornal da SBHCI, você conhecerá um pouco mais da programação científica que a Sociedade preparou ao longo dos últimos 12 meses, tendo à frente Fábio Sândoli de Brito Jr. como diretor científico. Serão três dias de programação científica, com sete transmissões ao vivo de casos internacionais e nacionais, além de conferências, debates e sessões de discussão sobre o que há de mais atual em nossa especialidade. Como presidente do XXXII Congresso da SBHCI, mineiro de coração e anfitrião, abro as portas da capital mineira para compartilhar as atividades científicas preparadas com empenho por nossa comissão, e também faço um convite para que não percam a oportunidade de apreciar a cultura desta cidade, bem como sua gastronomia peculiar, destacada pela famosa comida de boteco. A cidade de Belo Horizonte é um local central, de fácil acesso, e a época – mês de julho – é de um clima extremamente agradável. O modelo de programação, com o término do evento no sábado pela manhã, oferece a chance para estender este período longe do trabalho e curtir um programa diferente com a família, com os colegas e com os amigos. A previsão do tempo e a temporada de inverno prometem e permitem que esta viagem extravase o campo científico para conhecer um pouco da capital mineira. Particularmente, indico qualquer dos passeios, restaurantes e bares que indicamos neste Jornal. Tenho a certeza de que, após três dias compartilhando conhecimento científico, serão ótimos momentos de lazer tipicamente mineiros.

P

rezado colega, Você está recebendo a edição especial do Jornal da SBHCI dedicada ao nosso Congresso. A exemplo dos grandes congressos internacionais, idealizamos uma publicação especial. Este material tem o objetivo de contribuir para que sua estada na cidade durante os próximos dias seja a mais proveitosa possível. É um Jornal inédito, em novo formato e com conteúdo que vai além das informações sobre cardiologia e hemodinâmica, porém, foge ao padrão dos modelos que encontramos nos congressos do Brasil e do exterior. Nossa intenção foi criar uma publicação que atendesse a todas as possibilidades de necessidades com as quais um congressista se depara ao sair de sua cidade de origem para viajar até a sede do evento. Assim, definimos que, neste Jornal, você encontraria as informações relevantes sobre a programação científica, os palestrantes e um guia de rápida consulta indicando todos os serviços presentes no Congresso, inclusive com as novidades da Indústria. Mas também criamos um guia de história, cultura e turismo sobre a cidade sede do XXXII Congresso da SBHCI, com dicas sobre pontos culturais, turísticos e gastronômicos da cidade. Agradecemos ao Maurício de Rezende Barbosa, presidente da SBHCI; Marcelo Cantarelli, diretor administrativo; Marcos Antonio Marino, presidente do Congresso; e Fábio Sândoli de Brito Jr., diretor científico, pelo apoio nesta iniciativa, e ao jornalista André Ciasca e sua equipe, da take-a-coffee Comunicação, pelo brilhante trabalho executado. Esperamos que seja do seu agrado e desejamos que você tenha um ótimo congresso!

Um abraço a todos,

Marcos Antonio Marino Presidente do XXXII Congresso da SBHCI

Alexandre Schaan Quadros Diretor de Comunicação SBHCI


índice

04

09

08

XXXII Congresso da sbhci

Cardiopatias Congênitas

Intervenções extracardíacas

Um grande evento científico

Caso ao vivo inédito no Brasil

Impactos da revascularização extracardíaca

10

14

palestrantes internacionais

18

Um pouco de história

parceiros

O que há de novo na Indústria

Conhecimento globalizado

20

Bem-vindo a Belo Horizonte

22

Entrevista

Turismo

Oscar, o brasileiro

Um passeio pela capital das alterosas

30

33

gastronomia & Cultura

Cidades históricas

Um convite à história viva do Brasil

34

gastronomia & Cultura

Bom apetite

26

guia do congresso

Dois lugares, quatro programas

EXPEDIENTE

Especial

SOCIEDADE BRASILEIRA DE HEMODINÂMICA E CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA

Gestão 2010-2011 Presidente: Maurício de Rezende Barbosa (MG) • Diretor Administrativo: Marcelo José de Carvalho Cantarelli (SP) • Diretor Financeiro: Fernando Stucchi Devito (SP) • Diretor Científico: Fábio Sândoli de Brito Jr. (SP) • Diretor de Comunicação: Alexandre Schaan de Quadros (RS) • Diretor de Qualidade Profissional: Adriano Dias Dourado Oliveira (BA) • Diretor de Educação Médica Continuada: Antônio Carlos de Camargo Carvalho (SP) • Diretor de Intervenções Extracardíacas: Marco Vugman Wainstein (RS) • Diretor de Intervenções em Cardiopatias Congênitas: Francisco José Araújo Chamié de Queiróz (RJ) • Editores do Jornal da SBHCI: Flávio Oliveira (PE), Hélio Castello (SP), João Luiz Manica (RS) e Luciana Constant Daher (GO) www.sbhci.org.br Rua Beira Rio, 45 – cjs. 71 e 74 – Vila Olímpia São Paulo, SP – CEP 04548-050 Fone: (11) 3849-5034

Jornal da SBHCI é uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista – SBHCI. Os textos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da SBHCI. Edição e jornalista responsável: André Ciasca, mtb 31.963 • Reportagem: Aline Khoury e Carla Ciasca Revisão: Christina Domene • Projeto gráfico e direção de arte: Manoela Tourinho • Chefe de arte: Alexandre Louzada • Ilustração: Isabela Ayres • Edição de Fotos: Gislene Simonetti • Tiragem: 9.500 exemplares • Impressão: Ipsis

www.take-a-coffee.com Fone: (11) 3571.5353 Skype: take.a.coffee


Um grande

XXXII CONGRESSO DA SBHCI

evento científico

Pela primeira vez, em evento exclusivo da SBHCI, haverá a transmissão de casos ao vivo realizados do exterior, em centros de excelência dos Estados Unidos, Espanha e Canadá [ Por Carla C iasca ]

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Divulgação Belotur

Agência Nitro | Leo Drumond

do, que tem capacidade para 600 pessoas; e Araxá, uma sala com 300 lugares. O espaço dedicado às cardiopatias congênitas é a sala Diamantina, preparada para receber 210 pessoas. O Departamento de Enfermagem reunirá enfermeiros, auxiliares e técnicos no auditório chamado Mariana, com capacidade para 450 pessoas. Os simpósios satélites serão realizados todos os dias, das 12h15 às 14h00, nestas quatro salas e, ainda, na sala Sabará, com capacidade para abrigar 140 pessoas. Os 5.500 metros quadrados da área de exposições foram traçados para que o caminho entre os auditórios, entradas e saídas ofereçam aos visitantes a oportunidade de avistar praticamente todos os estandes. Nos intervalos, eles poderão visitar com calma e conhecer a tecnologia, rever contatos, obter informações extras sobre as novidades de sua área de interesse. Mais uma vez, os temas livres selecionados para apresentação oral foram mantidos em meio às sessões mais nobres do Congresso, valorizando a produção científica da cardiologia intervencionista nacional. A elaboração da grade científica foi amplamente discutida pela comissão organizadora do evento, que desenvolveu a programação em várias etapas. Em um

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A

pós um ano de preparativos, o XXXII Congresso da SBHCI está pronto para oferecer aos hemodinamicistas um sólido cenário para discussões relevantes sobre a essência do “estado da arte” na especialidade, contemplando o que existe de mais atual na cardiologia intervencionista, bem como os mais controversos assuntos da área. O local escolhido para receber o Congresso neste ano, o Expominas, é um espaço multifuncional localizado a apenas dez minutos do centro de Belo Horizonte. Toda a estrutura do evento foi montada no Pavilhão 1, e suas salas de apoio e foyers, em uma área total de mais de 10.000 metros quadrados, com uma disposição preparada para que os congressistas possam usufruir de toda a grade científica e ainda ter fácil acesso às novidades que as 51 empresas parceiras da SBHCI levaram aos estandes do Congresso. Para facilitar a identificação de acesso aos congressistas, as salas do Pavilhão 1 levam o nome de belas cidades históricas de Minas Gerais. Os encontros científicos foram distribuídos em duas salas para cardiopatias adquiridas: Ouro Preto, uma ampla arena de 2.630 metros quadrados, também conhecida como pavilhão redon-

Divulgação Belotur

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Pela primeira vez, a SBHCI fará transmissões pela internet dos casos ao vivo apresentados no Congresso

Painel de Cândido Portinari na Igreja São Francisco de Assis, na Pampulha


XXXII CONGRESSO DA SBHCI

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA DIA 22 – QUINTA-FEIRA* AUDITÓRIO OURO PRETO

AUDITÓRIO ARAXÁ

8h30

8h40

• Abertura oficial

8h40

10h00

• Conferência Inaugural: Avaliação da Segurança dos Stents Farmacológicos • Caso ao vivo internacional (Madrid, Espanha)

10h30

12h00

• Mesa redonda dedicada Terumo

• Sessão: Segurança dos Stents Farmacológicos Tema Livre Oral

14h00

16h00

• Mesa Redonda dedicada Cordis • Caso ao vivo nacional (Belo Horizonte, MG)

• Sessão: Novas Tecnologias Tema Livre Oral Stents Bioabsorvíveis

• Conferência: Tratamento Percutâneo de Valvopatias • Caso ao vivo nacional (São Paulo, SP)

Sessão: IAM Supra Tema Livre Oral

16h45

18h00

DIA 23 – SEXTA-FEIRA* AUDITÓRIO OURO PRETO

AUDITÓRIO ARAXÁ

8h30

10h00

• Casos ao Vivo (Belo Horizonte, MG)

• Tratamento Percutâneo da Estenose Aórtica Tema Livre Oral

10h30

12h00

• Mesa Redonda (Bioassist)

Sessão Extracardíaco

14h00

15h00

• Conferência – Oclusão Percutânea do Apêndice Atrial Esquerdo • Caso ao Vivo (Montreal, Canadá)

15h00

16h00

• Conferência – Intervenção em Tronco de Coronária Esquerda • Caso ao Vivo (Belo Horizonte, MG)

Sessão Multiarteriais/ Diabéticos Tema livre ora • Sessão: Multiarteriais/ Diabéticos Tema livre oral

16h45

18h30

• Conferência Via Satélite • Lesões Complexas • Caso ao Vivo (Nova York, EUA)

Sessão • Terapêutica Farmacológica • Sessão: Terapêutica Adjunta Tema LivreAdjunta Oral Farmacológica Tema Livre Oral

DIA 24 – SÁBADO* AUDITÓRIO OURO PRETO 9h00

10h30

Sessão : Tronco de Coronária Esquerda/Bifurcação Caso ao Vivo (Belo Horizonte, MG)

11h00

12h00

Conferência: O Laboratório de Hemodinâmica do Futuro Caso ao Vivo (Belo Horizonte, MG)

* Das 12h15 às 14h00 haverá simpósios satélites nos auditórios Ouro Preto, Araxá, Diamantina e Sabará

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AUDITÓRIO ARAXÁ


DUAS PERGUNTAS

de forma exclusiva, um evento da SBHCI terá transmissões ao vivo de centros internacionais de excelência, de modo a garantir que, além da teoria, os associados possam ter acesso aos aspectos práticos de nossa área de atuação. E o cardiologista que não puder comparecer no Congresso terá acesso ao casos ao vivos que serão exibidos, em tempo real pela internet, no Portal da SBHCI (www.sbhci.org.br). A última etapa da confecção da grade científica foi a definição das conferências, palestras e debates, a partir da confirmação dos nomes internacionais e convidados nacionais experientes e atuantes. A indicação dos palestrantes baseou-se na experiência e na produção científica prévia de cada profissional. Vale ressaltar que também buscou-se a renovação com cardiologistas intervencionistas jovens e atuantes que integram os quadros da SBHCI.

para Fábio Sândoli de Brito Jr., diretor científico da SBHCI e um dos responsáveis pela programação científica deste Congresso. Leon e Eulógio Garcia como operadores, seguramente nos mostrarão os novos horizontes da cardiologia intervencionista. Nos centros nacionais, casos extremamente didáticos, com intervenções coronarianas e extracardíacas serão demonstrados em conjunto com métodos de imagem discutidos por autoridades em ultrassom, como Gary Mintz (Estados Unidos), e em OCT, como Marco Costa (Estados Unidos). 6) Temas importantes do dia-a-dia do intervencionista, como intervenção no infarto do miocárdio, terapêutica farmacológica adjunta e abordagem de multiarteriais e diabéticos não foram esquecidos e serão abordados de forma extremamente prática.

Apresentação dos Temas Livres será feita em local estratégico na área de exposições do Congresso.

Casos ao vivo internacionais serão uma grande atração da programação científica.

Fotos Gis Simonetti

primeiro momento, foram definidos os tópicos de destaque a serem abordados. Os quatro principais temas, considerados extremamente atuais, estão focados no tratamento percutâneo das valvopatias aórtica e mitral; na avaliação da segurança de stents farmacológicos; no tratamento de lesões do tronco da coronária esquerda; e em novas tecnologias, como stents farmacológicos com polímero biodegradável, não-poliméricos e balões liberadores de fármacos. O passo seguinte foi estabelecer quais as principais lideranças científicas mundiais destes quatro temas estariam aptas a proporcionar uma ótima oportunidade de atualização aos sócios da SBHCI. O convite foi feito aos convidados internacionais e nacionais, todos de altíssimo nível e reconhecimento em todo o mundo. Outra importante decisão é que, pela primeira vez,

Quais serão os maiores destaques na grade cientifica? Destaco ao menos seis grandes aspectos da grade científica: 1) Logo na abertura do congresso, seremos brindados com a conferência sobre segurança de stents farmacológicos, proferida por Stephan Windecker, da Suíça, que nos trará as informações mais recentes desta área. 2) As intervenções em tronco de coronária esquerda serão abordadas pelo italiano Marco Valgimigli, um dos principais investigadores do importante estudo EXCEL, que deverá ter início ainda neste ano. 3) As intervenções percutâneas para correção da estenose aórtica e da insuficiência mitral terão muito destaque neste evento, com casos ao vivo de implante percutâneo de bioprótese valvar aórtica e com conferências do norte-americano Ted Feldman, principal investigador do estudo EVEREST, e de Eberhard Grube (SP), que nos falará sobre as novas tecnologias em desenvolvimento neste campo. 4) As novas tecnologias, como os stents com polímeros biodegradáveis, os stents sem polímero, os stents biodegradáveis e os balões liberadores de fármacos, serão amplamente discutidas em palestras e debates com diversos palestrantes nacionais e internacionais, como Alexandre Abizaid (SP), Eberhard Grube (SP), Ian Meredith (Austrália), Stephan Windecker (Suíça), Dario Echeverri (Colombia), entre outros. 5) Casos ao vivo internacionais com intervenções de alta complexidade transmitidos diretamente de Nova Iorque (Estados Unidos) e de Madri (Espanha), com Martin

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Este Congresso será tão grandioso quanto o de 2009, realizado no Rio de Janeiro? O Congresso da SBHCI realizado no Rio de Janeiro, em parceria com Sociedade Lationamericana de Cardiologia Intervencionista (SOLACI), foi um marco em termos de evento científico. Para 2010, esperamos um Congresso com a mesma qualidade científica. Porém, por se tratar de um evento exclusivo da SBHCI, teremos a vantagem de poder interagir de maneira mais próxima com colegas do Brasil e do exterior, o que costuma gerar ótimos frutos. Além disso, em 2010, pela primeira vez em evento exclusivo da SBHCI, haverá a transmissão de casos ao vivo realizados no exterior, em centros de excelência dos Estados Unidos, Espanha e Canadá. Em Belo Horizonte, teremos, pela primeira vez, a transmissão de um procedimento extremamente novo, que, seguramente, vai ganhar espaço nos laboratórios de cardiologia intervencionista. Em uma sessão conjunta com o grupo de cardiopatias congênitas, teremos a transmissão ao vivo do fechamento de apêndice atrial esquerdo, realizado em Montreal, no Canadá, por Reda Ibrahim, um dos proctors nos Estados Unidos para o protocolo do Food And Drug Administration (FDA), departamento do governo norte-americano que regula o uso de drogas e alimentos. Este é um privilégio para poucos eventos científicos e é por isso que eu acredito que temos tudo para nos firmar como um dos eventos mais importantes da cardiologia intervencionista mundial. Será um evento conciso, focado, e, ao mesmo tempo, grandioso.


CARDIOPATIAS CONGÊNITAS

Caso ao vivo

inédito no Brasil A programação científica de Defeitos Congênitos e Estruturais está bem abrangente, com temas voltados tanto para profissionais iniciantes quanto para os mais experientes

apêndices atriais esquerdos; Indicação de resultados e aspectos técnicos”; dentre outras sessões. Da mesma forma que o evento realizado no ano passado, no Rio de Janeiro (RJ), neste ano, o foco é a realização de casos ao vivo. Ao longo dos três dias do Congresso serão realizados sete casos ao vivo, sendo quatro deles realizados, por operadores nacionais de grande experiência, e três, por operadores estrangeiros, líderes da especialidade nos seus campos. Entre os convidados internacionais confirmados está Mário Carminati (Itália), diretor da Unidade Pediátrica de Cardiologia do San Donato Milanese Hospital, em Milão. O ponto alto do Congresso, dentro da área de Cardiopatias Congênitas, será uma apresentação de Ted Feldman (Estados Unidos) na sessão plenária, sobre um tema da oclusão percutânea dos apêndices atriais esquerdos. Na oportunidade, pela primeira vez em um congresso brasileiro, assistiremos um caso ao vivo realizado por Reda Ibrahim (Canadá), que, juntamente com outros profissionais participantes do painel, poderá interagir e discutir sobre este importante tópico. “É a oportunidade de atualizar-se podendo privar do convívio, sempre agradável, dos colegas de todo o país, bem como de especialistas estrangeiros tão destacados e acessíveis, na aprazível cidade de Belo Horizonte”, afirma Francisco Chamié (RJ), diretor do Departamento de Intervenção em Defeitos Estruturais e Congênitos da SBHCI.

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O

Departamento de Intervenção em Defeitos Estruturais e Congênitos da SBHCI preparou uma programação especial para o Congresso 2010, em Belo Horizonte (MG), que promete atrair a atenção de iniciantes e veteranos. Durante os três dias de evento, os congressistas interessados na área de Congênitos participarão de uma série de encontros com convidados renomados, e terão o privilégio de assistir à transmissão de um caso ao vivo nunca realizado no país. Para os profissionais em início de carreira, haverá um minicurso sobre “Noções básicas de Cateterismo dos Defeitos Congênitos”, envolvendo temas como as principais vias de acesso, angiografia nos defeitos congênitos, seleção de material necessário para o estudo da hemodinâmica e intervenção, e como lidar com as complicações mais comuns. O programa contempla os mais variados temas divididos em encontros dinâmicos, como a miniconferência sobre “Como minimizar os riscos biológicos da radiação ionizante em intervenção pediátrica”; sessão interativa de “Casos Interessantes”; conferências sobre “Experiência atual com o implante pulmonar da valva Melody-Bonhoeffer” e “Material e Técnicas Utilizadas para resgate dos Principais Dispositivos empregados nas Oclusões Percutâneas dos Defeitos Congênitos”; mesa-redonda discutindo os “Aspectos ecocardiográficos dos principais defeitos submetidos a fechamento percutâneo”; palestra sobre “Oclusão dos

Transmissão de caso ao vivo de cardiopatias congênitas será realizada do Hospital Biocor, em Belo Horizonte.

O ponto alto do Congresso, dentro da área de Cardiopatias Congênitas, será uma apresentação de Ted Feldman

Divulgação

[ Por Carla Ciasca ]


INTERVENÇÕES EXTRACARDÍACAs

Impactos

da revascularização

extracardíaca

Uma das novidades da área de Intervenções Extracardíacas para o Congresso é a apresentação na mesma sala dos temas de Coronária e Estrutural [ Por Carla Ciasca ]

DIA 22 - QUINTA-FEIRA início

término

aulas

8h40

10h00

• Minicurso: Noções Básicas para o Cateterismo nos Defeitos Congênitos

10h30

12h00

• Mesa Redonda: Terapia Percutânea no Coração Direito • Miniconferência: Como Minimizar os Riscos Bilógicos da Radiação Ionizante em Intervenção Pediátrica

14h00

16h00

• Caso ao Vivo: CIA (Belo Horizonte, MG) • Temas Livres • Controvérsia: Cardiopatias com fluxo pulmonar ducto dependente

16h45

18h30

Mesa Redonda: Correlação anatomo-ecocardiográfica

DIA 23 - SEXTA-FEIRA início

término

aulas

8h30

10h00

• Caso ao Vivo: FOP (Belo Horizonte, MG) • Conferência: Implante Percutâneo de Valvula Pulmonar

10h30

12h00

• Caso ao Vivo: CIV (Belo Horizonte, MG) • Conferência: Resgate dos Dispositivos Empregados nas Oclusões Percutâneas

15h00

16h00

• Mesa Redonda: O Estado da Arte: Intervenção em cardiopatia congênita

16h45

18h30

• Mesa Redonda: Sessão de casos interessantes • Caso ao Vivo: PCA (Belo Horizonte, MG)

DIA 24 - SÁBADO início

término

aulas

9h00

10h30

• Caso ao Vivo: FOP (Belo Horizonte, MG) • Conferência: Miscelânea de casos interessantes

11h00

12h00

• Caso ao Vivo: FOP (Belo Horizonte, MG)

E

Gis Ciasca

AUDITÓRIO DIAMANTINA

specialistas do segmento de Extracardíacos terão espaço para debater os avanços da área no XXXII Congresso da SBHCI. Neste ano, os destaques serão os procedimentos em artérias carótidas, que ganharam força após a recente publicação de estudos favoráveis ao tratamento percutâneo, como o Carotid Revascularization Endarterectomy versus Stent Trial (CREST), um ensaio clínico norte-americano, multicêntrico, randomizado e controlado, que comparou a eficácia da endarterectomia cirúrgica com o stent carotídeo. Outro destaque são os procedimentos em artérias renais, que tiveram resultados controversos e desfavoráveis em estudos recentes, como o Angioplasty and Stenting for Renal Artery Lesions Trail (ASTRAL). A análise comparou os impactos da revascularização, utilizada na tentativa de evitar a progressão da doença, mais ainda não mostrou evidências conclusivas. As palestras serão dirigidas por profissionais da SBHCI, com prestígio e reconhecimento notório na área de Extracardíacos, como Marcos Marino (MG), Ari Mandil (MG) e Marco Vugman Wainstein (RS). Vale ressaltar que a área coronariana também será abordada durante as sessões. “A grande novidade deste ano é que os temas de Extracardíacos serão

Marco Wainstein (RS), diretor de intervençõe extracardíacas da SBHCI.

apresentados de forma combinada com os temas de Coronária e Estrutural”, afirma Marco Wainstein (RS), diretor de Intervenções Extracardíacas da SBHCI. “Assim, não será necessário o deslocamento do congressista para uma sala especial. Além disso, haverá casos ao vivo de procedimentos extracardíacos sendo apresentados na mesma sala dos temas de intervenções coronárias.”

AUDITÓRIO ARAXÁ

DIA 23 - SEXTA-FEIRA início

término

aulas

10h30

12h00

• Sessão extracardíaco • Tema Livre Oral

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PALESTRANTES INTERNACIONAIS

Conhecimento globalizado Conheça os 15 convidados internacionais que estarão em Belo Horizonte para participar do XXXII Congresso da SBHCI

Marco Valgimigli Itália Graduou-se em medicina em 1997 na Universidade de Bolonha (Itália) com o grau summa cum laude. Continuou seus estudos em medicina idade de Bolonha até 1999 e espeUnivers interna na cializou-se em cardiologia na Universidade de Ferrara, em 2003. No ano seguinte, obteve uma bolsa de estudos em clínica e pesquis a no Laboratório de Cateterização do ThoraxCenter do Centro Médico Erasmus, em Roterdã. Em novembro de 2005, mudou-se para Caen, na região frances a da Normandia, para se qualificar na abordagem transradial. Em 2006, assumiu o posto de cardiologista sênior no Hospital da Universidade de Ferrara e, três anos mais tarde, foi designado diretor do Laboratório de Cateterização.

Marco Costa Estados Unidos É diretor do Centr o de Intervenção Cardiovascular e do Ce ntro de Pesquisa e Inovação do Institu to Cardiovascular Harrington-McLaughlin. É também professor de medicina da Unive rsidade Case Western Re serve. Graduou-se em medicina na Universidade Federa l de Minas Gerais e fez doutorado em Cardiologia Intervenci onista na Universidade Erasmus, em Roterdã. Foi membro efetivo do corpo de cardiologista s e diretor de pesquisas em cardiologia intervencionista do Instituto de Cardiolog ia Dante Pazzanese, em São Paulo . Costa foi ainda nomead o diretor de pesquisa, professor associado e diretor dos Laboratórios Centrais de Imagem Cardiovascular da Unive rsidade da Flórida, nos Estados Unidos. Suas áreas de maior conhecimento são interve nções percutâneas cor onarianas, doença arterial periférica e doença cardíaca adulta estrutural adquirida ou congênita. Fundou o Laboratório Ce ntral de Tomografia Cardiovascul ar de Coerência Óptica e liderou estudos nacionais e inte rnacionais utilizando TC CO para avaliar aterosclerose e ste nts coronários.

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Ted Feldman Est ados Unido s Graduou-se em medicina na versidade de UniIndiana e cu rsou residência Médic a como resi dente-chefe no Centro M de Saint Luke édico Rush-P , em Chicago resbyterian . Após conclu estudos em ir sua bolsa de cardiologia na Universidade permaneceu de Chicago, ali como prof essor de med do Laboratório icina e direto de Cateterizaç r ão Cardíaca. exerce a profi Atualmente, ssão no Hospi tal Evanston, Laboratório de como diretor Cateterização do Cardíaca. Fe hoje a cadeira ldman ocupa Walgreen em Cardiologia In ta e é profes tervencionissor de clínica médica da Esc na da Univers ola de Medic idade de Chi icago. Publicou estudos, entre mais de 400 capítulos, resu mos e editoria coautores do is. É um dos Guia de Orie ntações para Coronária Per a Intervenção cutânea e part icipa do Com Escritos de C itê de Exames ardiologia Inte rvencionista da ricana de Med Câmara Ameicina Interna. Participa de in sas clínicas. S úmeras pesqui uas linhas de pesquisa de m são as que in aior interesse cluem reparo s não-cirúrgic da válvula mitr os, percutâneo al, substituiçã , o da válvula aó em cateterism rtica com base o, fecho em de svio para doen congênitas e ças cardíacas para enxaquec a, fecho anci querdo, implan lar do átrio es te de stent ca rotídeo e dese novos stents co nvolvimento de ronários.


i Darío Echevarr Colômbia

terem medicina in Especializou-se rca es çõ en rv clínica, inte a gi lo io rd ca , ce na . Exer u e cateterização diovasculares versidade ntista III na Uni o cargo de Cie Estados Lexington, nos de Kentucky, em ico carst nó ag área de di da r to re di é , ente retor do Labo Unidos. Atualm encionista e di rv te in ão e aç vo nd si da Fu diovascular inva nção Vascular uisa sobre Fu rri é também va he Ec il. nt ratório de Pesq Cardio Infa ia og ol di rsidade de ar C ve ni Instituto de edicina da U M de e ad ld cu biana de Heprofessor da Fa sociação Colom As da e nt de si re esidente da So Rosário e ex-p o cargo de pr ce ta er is ex on e, ci oj en H rv te modinâmica. Cardiologia In Americana de pesquisa básica de po ciedade Latinom ca um pioneiro no na em modelos (S O LAC I). É nose coronaria te es re eu em e e in vitro. Receb em ateroscleros função vascular de da r do to tu Au es . is internaciona animais e no ns nacionais e co io em êm s pr õe aç 30 nt mais de são, aprese vi re de r os se tig de ar s s, além três livros, vário pítulos de livro ca e is na io ac ferências intern de graduação. dúzias de teses co-orient ador de

Mário Carminati Itália Graduou-se em medicina na Universidade de Pavia, Itália, onde fez esp ecialização em Doenças Cardiovasculares. Foi membro da Comissão Científica do Jornal Eco cardiografia e membro do Conselho Editorial do Jornal Italiano de Cardiologia, entre 1988 e 19 93. Em 1994, especializ ou-se na área de Pediatria, na Universida de de Milão. Desde agosto de 1998, é consultor da Associação Eur opeia de Cardiologia Pediá trica (AEPC). Foi presidente da Sociedad e Italiana de Cardiologia Pe diátrica entre 1998 e 2001, fellowship da Sociedade Italiana de Cardiologia Intervencionista (Gruppo Ital iano di Studi Emodinamici - GISE) desde 2003. Atualmente é diretor da Unidade Pediátrica de Cardiologia do San Donato Milanese Ho spital, em Milão. Carminat i produziu mais de 100 publicações na imp rensa nacional e internacio nal. Também escreveu cerca de 150 res umos científicos e 95 arti gos para livros médicos. Uma de suas últim as publicações, sob o tem a “Fechamento percutâneo da CIV (oclusã o de comunicação interve ntricular) residual: resultados em curto e médio prazo”, foi veiculada recentemente na seção de Cateterismo e Intervenções Cardiovas culares do jornal oficial da Sociedade de Ang iografia e Intervenções Ca rdíacas.

Ian Meredith Austrália Chefe de pesquisas cardiovasculares no Centro Médico da Universidade Monash, em Melbourne, Meredith é também professor e diretor de cardiologia na Southern Health. Com 20 anos de experiência em clínica e intervenção cardiológicas, já atendeu mais de 15 mil pacientes. Poucos anos depois de sua graduação, já havia conquistado um posto de referência internacional nestas áreas, concluindo seu PHD no Baker Institute. Em seguida, atuou durante três anos em cardiologia intervencionista no Hospital Brigham & Women’s e na Escola Médica de Harvard, na Inglaterra. Em 1997, foi cofundador da Brighton Heart Care. Soma hoje mais de 8 mil intervenções cardíacas e procedimentos de coronária. Publicou 150 artigos, sendo pesquisador de 20 centros internacionais, incluindo ensaios clínicos randomizados pioneiros com stents farmacológicos. Meredith é membro do Conselho da National Heart Fundation, chairman da Sociedade de Cardiologia da Austrália e Nova Zelândia e membro do comitê organizador da ANZET, além de ser o único australiano no Conselho da Sociedade Internacional de Angiografia Cardiovascular e Intervenções (SCAI). Atua também como consultor em comissões profissionais e do governo australiano.

Oscar Mendiz Argentina Graduado pela Universidade de Buenos Aires, especializou-se em hem odinâmica e angiografia na mesma faculdade e em terapia com cateterismo pela Universidade Favaloro. Atuou como secretário científico da com issão diretora do Colégio Argentino de Cardiol ogistas Intervencionistas (CACI), de 2006 a 2007, e como cardiolo gista intervencionista no Instituto Cirúrgico de Callao, e médico de hem odinâmica do Hospital Universi tário Austral. Somente na Fundação Favaloro trabalhou como chefe do Departamento de Cardiologia Inte rvencionista, plantonista na Unid ade de Atendimento Coronário e asse ssor de implantes de endoprótese s de aorta, além de ter sido membro do Conselho Diretor. Teve experiê ncia em assessoria de implante de end opróteses de aorta abdominal e angioplastia com proteção distal no Irã, Jordânia e Líbano. Atualme nte, é chefe do Departamento de Car diologia Intervencionista da Fun dação Favaloro, membro do Conselh o de Hemodinâmica SAC, e sec retário, presidente do comitê científico , e membro da comissão diretora do CACI. Mendiz é membro fund ador da Sociedade Latino Am ericana de Cardiologistas Intervencionistas (SOLACI), ocupando o cargo de vice-presidente. A Sociedade de Angiografia Cardíaca e Interven ção e o American College of Cardiology (ACC) são algumas das instituiçõ es das quais é membro atuante no momento. Mendiz apresentou mais de 140 resumos em congressos internacionais e tem 43 trabalho s publicados na Argentina e em outr os países.


PALESTRANTES INTERNACIONAIS

Reda Ibrahim Canadá

Stephan Windecker Suíça Graduado na conceituada universidade alemã de Heidelberg, Windecker, atua no Centro de Cardiologia Invasiva do Hospital Universitário de Bern, na Suíça. Como diretor do setor, supervisiona os procedimentos e tratamentos com catéter em deficiências estruturais e coronárias. Sua principal área de pesquisa clínica envolve avaliaç ões de stents no tratamento da artéria coronária, bem como intervenções não-coronárias no tratamento percutâneo de forame oval patente e defeitos do septo atrial. Estabeleceu um recorde em ensaios clínicos cardiovasculares, sendo o principal pesquisador de diversos estudos clínicos em cardiologia. Participou de dezenas de ensaios multicêntricos internacionais. Windecker é ainda memb ro de um consórcio de pesquisa acadêmica que recomenda um padrão de definições de desfecho clínico em ensaios de stents coronários, a fim de facilitar a avaliação de segurança e eficiência deste dispositivo, permitindo comparações históricas e indiretas.

Especialista em cardiologista intervencionista, Ibrahim é membro do Centro de Cardiopatias Congênitas e Adultas, do Instituto do Coração de Montreal, Canadá, onde realiza um trabalho de monitoramento de pac ientes que sofrem de doenças graves do cora ção, desde a infância até a fase adulta. É também professor adjunto da Faculdade de Medicina da Univ ersidade de Montreal. Participa de uma equipe de 10 médicos especialista s, em Quebec, que estuda a imp lantação de uma pequena prót ese circular no átrio esquerdo do cora ção. Entre suas recentes publicaç ões, está um artigo científico sobre o “Efeito do sangramento, tem po de revascularização e um ano de evo lução clínica da abordagem radi al durante a intervenção coronária perc utânea primária em pacientes com infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST”, que tem o objetivo de relatar a redução da incidência de complicações hem orrágicas durante o tratamento.

Motomaru M asut ani Japão

Gary Mintz Estados Unidos

ica pela UniversiGraduado em quím li, em 1970, especia dade da Pensilvânia de de da rsi ive , pela Un zou-se em Medicina 1974. Foi diretor do em l, exe Dr Medicina m Coronariano do so Programa de Ultras ascular do Wae Educação Cardiov Centro de Formação DC, Estados Uninter, em Washington shington Hospital Ce hnemann por ital-Universidade Ha sp Ho no u no cio Le dos. r do Laboratório m atuou como direto bé tam de on , os an 13 Coronariana e o, diretor da Unidade de Ultrassom Cardíac e 1991, é diretor cionista sênior. Desd cardiologista interven ação de Pesquind ços editoriais da Fu de publicações e servi iretor e editoro-d dic mé a ainda como sa Cardiovascular. Atu for Interventional D.com (The Source chefe do site TCTM idade pioneira and Education). Autor Cardiovascular News lares, Mintz é cu as de imagens intrav a áre na a cid he on e rec publicações que igos científicos, com autor de mais 600 art em sua área esnça do pensamento indicam perícia e lidera o livro “Intracoroobras, destaque para pecífica. Entre suas nary Imaging”.

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Com gradua ção e P.h.D dade de Med pela Faculicina de Hyo go (Japão), professor as foi sistente da di visão de defic cias coronári iênas e diretor do laboratóri cateterismo o de na mesma fa início dos an culdade. Atu os 9 0 no D ou no epar tamento Kaibara, da de Medicina Cruz Vermel Interna ha. Masut an ciedade Japo i é membro nesa de Car da di S oologia, das fa CTO, TR IC O culdades TO (Índia), Facu P IC, ldade de Sin de Terapia In gapura, Facu tervencionis ldade ta da China de Angioplas e Faculdade tia. Suas atua Coreana ções recentes nização do co englob am a mitê de dem orgaonstração K a direção do amakura, be grupo de es m como tudos Kinki T de Cateteris R I e do Labo mo da Unive ratório rsidade de H também cons yogo. Atualm elheiro da S ente, é ociedade Ja gia Intervenci ponesa de C onista e da A ardiolossociação Ja de Cateteris ponesa de Te mo Cardiovas rapias cular.


Michael Wyman Estados Unidos

na Universidade Após graduar-se ore (Estados Uniltim Johns Hopkins, em Ba is parceiro dos hospita dos), atuou como rd, rva Ha de iversidade Beth Israel e da Un fessor e médico assis pro i Fo n. em Bosto ro mb me mo co m be llege de Virginia, tente do Medical Co no e da Penínspitais Bom Samarita ho s do da equipe ativa 90 atuou como Califórnia. Nos anos sula de São Pedro, na l Bom Samariita Coração do Hosp diretor no Instituto do lifórnia, local Ca na l, o Mary Hospita óri rat bo La no e o tan incrementos de u na coordenação de onde também trabalho s dos quais par. Os principais grupo qualidade e resultados de Medicina, na Associação America ticipa atualmente são ção Médica cia so As a, Phi Beta Kapp O, CT s nê po Ja e ub Cl ebeu o prêmio s Angeles. Wyman rec da Califórnia e de Lo geral e homenampany em química Chemical Rubber Co llege. ppa e do Pomona Co gens da Phi Beta Ka

Martin Leon Estados Unido s Graduado pe la Faculdade de Yale, Estad de Medicina os Unidos, co ncluiu sua espe lização em ca ciardiologia no H ospital New H de Yale. Foi di aven retor de Pesqu isa e Educaçã Cardiovascula o r no Lenox H lar, em Nova ill Instituto Va York, também scuatuou como di Cardiovascula retor de Pesqu r no Washing isa ton Center C tal Central de ardiologia do Washington, e Hospifoi professor na Georgetow clínico de Med n University M icina edical Center. presidente em Leon é fundad érito da Fundaç or e ão de Pesquis codiretor da D a Cardiovascu ivisão de Pesqu la re is a Médica e Edu é professor de cação. També medicina na U m niversidade de ciado do Cen Columbia e as tro de Terapia soVascular Interv pital Presbiteria encionista do no de Nova Yo Hosrk. Cardiologis de renome in ta intervencion ternacional, fe ista z co quase todos os ntribuições si gnificativas pa desenvolvimen ra tos no campo intervencionis da terapia vasc ta nos últimos ular 20 anos. Ele 7 mil interven tem realizado cionistas e tem mais de coautoria em blicações cien mais de 1.10 tíficas. 0 pu-

Eberhard Grube Alemanha Graduou-se na Universidade de Friedrich-Wilhelm Rhenish, em Bonn, na Alemanha, em 1972, onde trabalhou por muitos anos como médico sênior do Departamento de Cardiologia da Faculdade de Medicina. Foi professor consultor do Departamento de Medicina Cardiovascular da Universidade de Stanford, Estados Unidos. Atualmente é chefe do Departamento de Cardiologia e Angiologia do Centro Cardíaco de Siegburg, Alemanha. Membro do Conselho Federal Alemão de Medicina, do Jornal Alemão de Cardiologia e do Conselho Editorial da Revista Internacional de Intervenções Cardiovasculares, Grube é reconhecido internacionalmente por sua influente liderança no desenvolvimento e teste clínico de novos dispositivos e procedimentos da cardiologia intervencionista.

Eulogio García Fernandez Espanha Formado em medicina em 1971, especializou-se em cardiologia pediátrica no Hospital Henry Ford, em Detroit, e na Universidade Western Reserve, em Cleveland, nos Estados Unidos. Foi chefe da Cardiologia Pediátrica no Hospital Geral Universitário Gregório Marañ ón, em Madri, Espanha. Desde 1991, atua como diretor do Departamento de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencioni sta deste hospital. É membro da Sociedade Espanhola de Cardio logia, da qual foi presidente da Seção de Hemodinâmica e Cardio logia Intervencionista entre 1995 e 1998. É membro da Sociedade Europeia de Cardiologia, Sociedade Latino Ameri cana de Cardiologia Intervencionista, entre outras importantes entidades internacionais. Possui mais de 600 contribuições científicas, incluindo artigos publicados em periódicos espanhóis e internacionais, trabalhos apresentados em encontros científi cos e livros médicos. García também participa do grupo de diretor es de um dos cursos mais importantes da especialidade na Europ a, o Terapia Endovascular e Miocárdica (TEAM), realizado anualm ente em Madri.

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PARCEIROS

O que há de novo

na Indústria

O XXXII Congresso da SBHCI recebe o apoio de 51 parceiros da indústria de dispositivos percutâneos, produtos radiológicos e farmacêuticos, que receberão os congressistas no pavilhão de exposições do Expominas. Conheça as principais novidades que as empresas trouxeram para o evento

A Bioassist mostra em primeira mão a AMPLATZER Cardiag® Plug, uma prótese de fechamento de apêndice atrial esquerdo. No mesmo espaço, a Biosensors divulga sua tecnologia de polímero biodegradável, com aplicação abluminal e droga Biolimus A9, que demonstrou eficácia na apresentação do estudo LEADERS 2Y.

A Boston Scientific apresenta o Platino-Cromo, uma nova geração de stents farmacológicos. Na divisão de imagens, a novidade é o equipamento para ultrassom intracoronário iLab, com novo software que permite a visualização colorida das placas de ateroma. A Boston Scientific ainda apresenta um caso ao vivo diretamente de Curitiba, tendo como operador Costantino R. Costantini, e a participação de Gary Mintz como palestrante.

O simpósio da Abbott Vascular vai abordar temas atuais como o futuro das novas plataformas de stents e a transferência de seus dados clínicos, por David Rutledge (Estados Unidos), e a angioplastia em lesão de tronco e o estudo Excel, que avaliará a eficácia do uso de stent farmacológico com everolimus no tratamento de lesões de tronco, por Marco Valgimigli (Itália).

Terumo apresenta o Guia para OTC, Crosswire NT – Oclusão Crônica, com excelente desempenho no cruzamento de lesões crônicas, calcificadas e de alta complexidade; Ponta Distal em Platina e Irídio, com excelente visibilidade para a identificação da ponta; Revestimento Hidrofílico, com navegabilidade em artérias tortuosas; Pontas com Peso Progressivo: 10g, 40g e 80g, que garantem o cruzamento de oclusões totais.

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A Philips destaca o Dose Aware, um medidor do nível de Dose, quantidade de radiação emitida pelos equipamentos de raio-X. Outro destaque é o Allura Xper CV20, medidor que pode ser utilizado em procedimentos cardíacos intervencionistas, diagnósticos de radiologia e eletrofisiologia. E o Xper Swing, um software inovador.

A Toshiba lança uma nova opção de tamanho do painel detector de 30cm x 30cm, projetado para trabalhar na área cardíaca, criando assim uma excelente opção de equipamento para uso não somente em hemodinâmica, como também em regiões extracardíacas.

A Biomedical lança o cateter de infusão de drogas ClearWay RX, um balão de PTFE com microporos que libera o medicamento diretamente na lesão, em uma concentração infinitamente maior do que se injetada por IV ou através de cateter Guia.

A Shimadzu apresenta a série Bransist SAFIRE, aparelho equipado com o FPD de Selênio amorfo (a-Se) que garante imagens de alta definição com baixa dose de radiação, que possibilitam a visualização dos stents com maior facilidade e segurança.

Os primeiros resultados do estudo RESOLUTE All Comers demonstraram que o stent Resolute eluído com zotarolimus é seguro e eficaz. O stent farmacológico Resolute é indicado para melhorar o diâmetro luminal coronário e reduzir a reestenose em pacientes com doença cardíaca isquêmica sintomática.

A Biotronik apresenta seus produtos recém-lançados como o Streamer, fio-guia 0,014” polimérico com revestimento hidrofílico e outros produtos como o Pantera Lux, balão coronário eluidor de Paclitaxel e o Fortress, introdutor aramado 4F.

A Boynton, distribuidora exclusiva da linha de produtos da empresa Lifetech, traz mais uma vez ao Congresso, como palestrante internacional em um caso ao vivo, o cardiologista Zhi-Wey Zhang (China), com ampla experiência no uso de próteses de fechamento do Defeito do Ventrículo Septal, sem a necessidade de cirurgia.

A B.Braun apresenta o SeQuent® Please, o primeiro cateter balão liberador de fármaco para tratamento dos vasos coronarianos.

A XPRO celebra o lançamento da terceira geração do AngiX e, entre as principais inovações, está o Arco com movimentos mais rápidos e flexíveis, permitindo estudos de Angiografia Rotacional e Reconstrução 3D; Mesa com capacidade de 300 kg e pivotamento de 110º para cada lado.

CCL e Eurocor apresentam o DIOR PTCA CATETER, um cateter de duplo lúmen coronariano de troca rápida com um balão e duas marcas radiopacas (proximal e distal), que facilitam o posicionamento do balão no X-Ray fluoroscopia; o cateter é revestido com Paclitaxel ingredientes farmacêuticos ativos (3 mg/mm²).

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PARCEIROS

O Agrastat - cloridrato de tirofibana é indicado para prevenção de isquemia, em combinação com heparina, em pacientes com angina instável ou IAM sem elevação do segmento ST; prevenção de complicações coronárias isquêmicas relacionadas ao fechamento da coronária tratada em pacientes submetidos a angioplastia coronária ou aterectomia.

O novo Stent MGuard é uma endoprótese coronariana revestida por malha microscópica e biocompatível, que proporciona a prevenção da embolização distal, aprisionando o material trombótico entre o stent e o vaso, além de difundir a pressão criada entre a parede da artéria e o stent.

A nova linha de stents da Clinical Thinks é composta de sistema de tratamento tipo enxerto para artérias coronárias e periféricas que apresentam aneurisma, ruptura ou perfuração. Sua estrutura é pré-montada no balão SDS e conta com uma excelente força radial, conferindo segurança, flexibilidade, garantindo conformidade em anatomias tortuosas.

Empresa genuinamente gaúcha, a Discomed é a importadora nacional exclusiva do RenalGuard®, stent fabricado pela americana PLC Medical System, Inc., e que tem por objetivo proteger os pacientes da Nefropatia Induzida por Contraste (NIC).

A EPTCA apresenta um novo produto aos congressistas: o balão Conic, desenvolvido para reduzir a dissecção distal em procedimentos de angioplastia e que acompanha a anatomia da coronária.

A Justesa informa aos profissionais do segmento de diagnósticos por imagem que o contraste radiológico Iopamiron (Iopamidol) está disponível para o mercado brasileiro em todas as apresentações e concentrações (300 mg e 370 mg).

A Translumina oferece o stent YUKON CHOICE DES, com tecnologia farmacológica livre de polímero, para a impregnação in-loco de Rapamicina a 2%. Estudos recentes comprovam a eficácia e segurança em longo prazo.

A LifeLine disponibiliza produtos de alta tecnologia como o Over and Under, o único stent 100% recoberto com pericárdio, como a solução para ponte de safena e aneurismas; e o Satinflex, um stent com menor quantidade de níquel, com excelente flexibilidade e força radial.

O stent coronário Cappella Sideguard é dedicado para ramo lateral e seu exclusivo sistema de entrega fabricado em nitinol grau cirúrgico, pré-montado em sistema autoexpansível. Projeto cilíndrico cortado a laser, conta com extremidade em forma de coroa, projetado para acomodar-se à anatomia tridimensional do ostium de um ramo coronário lateral.

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A Neomex divulga os Oclusores Septais Cardia, que estarão presentes em um dos casos ao vivo do Congresso; os produtos da Blue Medical: XTRM WAY Cateter Balão para PTCA e CTO, XTRM FIT Stent Coronariano de Aço e XTRM TRACK Stent Coronariano de Cromo-Cobalto; e o Cateter Aspirador de Trombos – THROMBUSTER.


A Nuclemed apresenta novidades em materiais de proteção plumbífera contra radiações, a exemplo de seus novos óculos, com armações mais modernas e leves em modelos nacionais e importados; novos aventais com design e corte diferenciados, mais leves e flexíveis; e novos acessórios para hemodinâmica.

O BioSTAR® Implante Septal Bioabsorvível foi projetado com o objetivo de garantir a máxima eficácia no fechamento do defeito (tanto comunicação interatrial quanto forame oval patente) e acelerando o processo de cicatrização. É construído a partir de hastes de MP35N ao qual a camada de colágeno intestinal porcino (ICL) é costurada.

A SISMED lança o DIGISTAR 600 com Flat Panel Detector, a nova geração de equipamento com sistema de captura digital de imagens. Outra novidade é o KIT para processadores de imagens integrado com uma câmera, que atenderá aos clientes que necessitam fazer upgrade em seus equipamentos geradores de imagem médicas.

A St. Jude Medical destaca o Pressure Wire, aparelho destinado a avaliar o grau da lesão da artéria através do FFR (Fluxo Fracionado de Reserva). Este método foi publicado num estudo chamado FAME e ELETROCARDIÓGRAFO provavelmente se tornará um novo pa-EMAI drão para diagnóstico de lesões coronárias e decisão para implante de stents.

A empresa Tecmedic, distribuidora autorizada dos produtos Occlutech, participará de um caso ao vivo com a prótese para fechamento percutâneo de comunicação interatrial (CIA).

A Transmai apresenta a nova linha de eletrocardiógrafos modelos EX-01 e EX-03, que oferece a mais avançada tecnologia em representação gráfica, na qual as curvas e os dados são processados através de um sofisticado tratamento de imagens realçando assim a sua apresentação.

3 canais e 12 derivações Display gráfico de ECG Impressão de tempo de registro e BPM

A Barrfab, líder em mesas cirúrgicas no Brasil, apresentará aos congressistas a mesa cirúrgica hemodinâmica com tampo em fibra de carbono totalmente motorizada.

CERTIFICAÇÃO

Boas Práticas de Fabricação

A novidade da Angiolux é o CCFlex ProActive, um sistema coronário de Stent Cobalto Cromo com Revestimento Camouflage®, que possui excelente flexibilidade, sem comprometer a força radial. Suas principais características são redução da espessura dos segmentos de ligação e excelente adaptação do stent expandido com a anatomia vascular.

Confraternização Além de trazer as principais novidades da indústria em seus estandes, os parceiros também investem em ações de confraternização entre os congressistas. O jantar especial para os palestrantes e o coquetel de abertura do XXXII Congresso da SBHCI serão oferecidos pelas empresas:

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Bem vindo

UM POUCO DE HISTÓRIA

a Belo Horizonte

A tradição e a inovação caminham juntas em Belo Horizonte. Mesmo consolidada como quinto maior parque industrial da América do Sul, a cidade preservou o charme histórico que abre as portas para receber convidados do XXXII Congresso da SBHCI [ Por Aline Khoury ]

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ão cerca 2,3 milhões de habitantes. Nem todos mineiros, pois, há algum tempo, a cidade passou a atrair o interesse de brasileiros cosmopolitas que desejam continuar vivendo em um grande centro urbano, mas sem as loucuras, as correrias e os incômodos inevitáveis de São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo. O resultado desta mistura é um mosaico refletido na variedade de opções culturais. O perfil eclético não se limita à cultura e invade o vasto leque das alternativas de lazer e possibilidades de gerir e criar novos negócios. Tanto o agito da vida noturna quanto o capricho da culinária local tornaram-se famosos por todo o país. Belo Horizon-

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te é a cidade brasileira com mais bares (ou botecos, que vão de simples, com atendimento de balcão, ao sofisticado, com atendimento em bandeja de prata) por habitante, e não faltam opções para todos os estilos culturais e musicais. Além do preparo dos estabelecimentos, o conforto é garantido pela localização geográfica da capital mineira. Há quem reclame de tanto sobe e desce pelas ruas da cidade, mas não do clima agradável para passeios ao ar livre e prática de esportes durante o ano todo, em especial no inverno de ar frio e céu azul. Sua viagem a Belo Horizonte não foi a passeio? Provavelmente não, como a de muitos que chegam à cidade pela

primeira vez e acabam se apaixonando pelos mineiros e pela capital mineira. Não é de hoje que Belo Horizonte disputa com as capitais carioca e paulista eventos comerciais, industriais e profissionais de todos os setores. A capital mineira passou a ser parada obrigatória de importantes eventos nacionais e internacionais. Efeito da solidez das indústrias automobilística, siderúrgica, eletrônica e da construção civil, que atraíram outros setores, outros profissionais e deram a importância e imponência econômica ansiada pelos mineiros e já refletida pela história da cidade, e do Estado, e de muitos personagens que nasceram ou viveram por ali.


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UM LONGO TRAJETO

Para alcançar o status de capital cosmopolita, comparável às cidades de países desenvolvidos, Belo Horizonte passou por um caminho de lutas e peculiaridades interessantes. Desde a Inconfidência, planos de uma nova capital começaram a ser traçados para ganhar força com o espírito republicano, anos depois. Os ideais positivistas do fim do século XIX já não condiziam com o perfil colonial e imperial de Vila Rica, anos depois rebatizada como Ouro Preto. Como sede desta missão, foi escolhido Curral Del’Rei, um povoado fundado por volta de 1700. Ao longo de quase 200 anos, a área foi completamente reestru-

Divulgação

turada até sua inauguração em 1897, quando passou a ser chamada de Cidade de Minas, e tornou-se a primeira cidade planejada do Brasil. Quem rabiscou os primeiros traços da capital mineira foi o engenheiro paraense Aarão Reis. Ele deu ênfase à modernidade e buscou separar os setores urbanos dos suburbanos. Ruas largas, quarteirões simétricos e um parque central procuravam trazer toques de metrópole europeia. Porém, o crescimento superou as expectativas, e algumas das previsões acabaram frustradas. Rebatizada de Belo Horizonte em 1906, a cidade atraía cada vez mais brasileiros, principalmente por suas qualidades climáticas e topográficas. Diver-

sos municípios que concorriam ao posto de capital de Minas Gerais ofereciam as mesmas facilidades para drenagem dos terrenos e construção de redes de esgoto. Mas a eleita foi Belo Horizonte. Havia quem defendesse a permanência do nome Vila Rica, para evitar despesas. Mas, certamente, muitas de suas relíquias arquitetônicas e históricas teriam sido devastadas com o crescimento posterior. Neste sentido, a fundação de Belo Horizonte teve grande importância para a preservação de parte valiosa da história brasileira. E, ao que indica o progresso econômico, industrial e científico das últimas décadas, seu papel será fundamental para o país também no futuro próximo.

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Vista da Casa do Baile, criada por Oscar Niemeyer, no Complexo da Pampulha.

Agência Nitro | Bruno Magalhães

A capital não para de crescer e surpreender, seja pela renovação da vida cosmopolita ou pelos bate-papos com os habitantes

Uma única visita à capital mineira é suficiente para encantar turistas. Da noite boêmia de cardápios fartos, passando pelo luxo dos shopping centers e pubs moderninhos, a capital não para de crescer e surpreender, seja pela renovação da vida cosmopolita ou pelos bate-papos com os habitantes, que não perdem a chance de lembrar os grandes mineiros que fizeram a história do nosso país. É por isso que uma única visita a Belo Horizonte também é o suficiente para deixar o visitante com a sensação de que falta algo, com o sentimento de que precisa voltar, porque sempre faltará uma história para ser contada, um prato para experimentar ou um lugar para visitar.


Oscar, o brasileiro

ENTREVISTA

Muitos grandes homens e mulheres saíram de Minas Gerais para ganhar o mundo. Mas ninguém foi tão longe quanto Oscar Niemeyer, o maior arquiteto moderno que o mundo já conheceu [ Por André Ciasca e Carla Ciasca ]

A

s últimas entrevistas concedidas por Oscar Niemeyer foram em 2007, quando completou 100 anos de vida e participou de comemorações e homenagens em todo o Brasil e também em outros países. Nesses últimos três anos, o mestre da arquitetura moderna afastou-se da mídia, mas não do trabalho. Só em 2009, concluiu pelo menos dois projetos imponentes: uma torre em forma de cogumelo de 60 metros de altura, em Niterói – cidade localizada a 15 km do Rio de Janeiro – projetada para ficar a dez passos da baía de Guanabara e que pode ser avistada a quilômetros de distância; e o prédio que abrigará a Biblioteca América do Sul-Países Árabes, em Argel, capital da Argélia. Poucos dias após conceder esta breve entrevista exclusiva e inédita, recebemos a notícia de que Oscar estava internado e

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que passaria por uma cirurgia. Foi a primeira de uma série de internações que o deixaram ainda mais debilitado. Forte de alma e espírito, o brasileiro ainda tem na agenda alguns projetos na fila de espera. É o caso do Museu Casa Pelé em Santos, cidade no litoral de São Paulo; o Porto da Música de Rosário, na Argentina; uma praça em Brasília; um auditório em Ravello, na Itália; e um parque aquático em Postdam, na Alemanha. Respeitando seu cansaço e saúde debilitada, conseguimos que o mestre respondesse a quatro perguntas. As histórias, algumas já muito conhecidas e diversas vezes publicadas, ficaram de lado para dar lugar à objetividade de quem não quer perder mais tempo com bobagens. O passado ficou para trás. O que importa é o que se mantém em pé e será capaz de transformar o futuro.

Da simplicidade à genialidade

Talvez, nenhum outro homem nascido no Brasil tenha sido tão bem sucedido em suas metas pessoais. Eram infinitos os sonhos de garoto que se tornaram cerca 500 trabalhos produzidos a cada década de vida. Menções, premiações, reconhecimentos e honrarias por todo o mundo mostram o quanto grandes e poderosos homens se curvaram pessoal e moralmente diante do mestre da arquitetura moderna. Sim, moralmente. Após mais de uma década de vivências e experiências, manter-se na retidão de atitudes e pensamentos defendidos ao longo da vida é só mais um galardão que este brasileiro carrega. Carioca da zona sul, Oscar Niemeyer Soares Filho nasceu em 15 de dezembro de 1907, no bairro das Laranjeiras. Formado em arquitetura e engenharia pela Escola


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Apesar de ser carioca, Niemeyer tem seu coração em Minas. Ele é o criador de quase todos os cartões postais de Belo Horizonte

A Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, inaugurada em março de 2010, é a mais recente obra de Niemeyer inaugurada em Belo Horizonte

QUATRO PERGUNTAS

Edifício Niemeyer, inaugurado em 1955, é umas das obras mais antigas do arquiteto

PARA O MESTRE

Fotos Divulgação

Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, em 1934, passou a frequentar o escritório do arquiteto Lucio Costa, famoso e de extrema importância na história da arquitetura brasileira dos anos de 1930. Suas ideias pouco convencionais para um arquiteto daquela época – e muitas ainda o são para alguns profissionais de hoje – ganharam o espaço e o impulso que precisavam para abrir caminho para a criação de novos e grandes marcos da arquitetura. Foi naquela época que Niemeyer conheceu CharlesEdouard Jeanneret, o renomado arquiteto franco-suíço Le Corbusier, influência definitiva em seu trabalho e trajetória de vida. Entre as primeiras obras que surgiram em sua carreira está a construção do edifício do Ministério da Educação e Saúde, no centro do Rio de Janeiro, com um sistema de pilares de concreto que mantém o prédio “suspenso”, permitindo o trânsito livre de pedestres em seu vão. O prédio possui azulejos de Portinari, esculturas de Alfredo Ceschiatti e jardins de Burle Marx, reunindo características que o tornaram o primeiro grande marco da arquitetura moderna no Brasil. Foi apenas o começo. Nas décadas seguintes, surgiram amizades e contatos que fortaleceram a ideia de Niemeyer de desenhar com traços mais livres e modernos. E as encomendas começaram a aparecer. Uma delas veio do então prefeito de Belo Horizonte, em Minas Gerais, Juscelino Kubitschek. Niemeyer desenhou um conjunto de edificações conhecido como Conjunto Arquitetônico da Pampulha. De acordo com Niemeyer, este foi o grande divisor de águas em sua carreira. Oscar Niemeyer afirma que ao projetar

a Igreja da Pampulha, e durante a obra, percebeu, pela primeira vez, que estava no caminho certo. Suas ideias e conceitos não eram tão absurdos quanto alguns comentavam. Pelo contrário, eram traços bem aceitos que demonstravam que a arquitetura livre e criativa era possível. Niemeyer não parou mais de projetar obras de arquitetura, de arte e da humanidade que se tornariam cartões-postais. A lista é imensa. Parque do Ibirapuera e o Edifício Copan, em São Paulo; o Sambódromo do Rio de Janeiro; e, claro, Brasília, a capital do país, outra encomenda do amigo Juscelino. Enquanto arquitetos projetam casas e edifícios, Niemeyer projetou uma cidade inteira. Ao sobrevoar a capital do Brasil, ainda hoje, Niemeyer se pergunta como foi possível, em apenas três anos, erguer uma cidade em um lugar onde não havia nada. Em 1965, suas convicções políticopartidárias o levaram ao exílio, quando instalou-se em Paris, na França, onde viveu por mais de 15 anos, durante todo o período da ditadura no Brasil. No exílio, sua estrela brilhou acima de todas. Na França, ele projetou a sede do Partido Comunista Francês, a Bolsa de Trabalho de Bobigny, o Centro Cultural Le Havre, e mais uma série de trabalhos pela Europa, como a Editora Mondadori, na Itália. Suas obras se estenderam a Portugal, Alemanha, Inglaterra, Noruega, Argélia, Israel... A lista é longa. O currículo e a grandiosidade do tra-

balho deste arquiteto visionário sugerem um homem grande, forte, com todo o direito de ser esnobe com quem e quando quiser. Mas ele não é assim. Oscar Niemeyer é um homem baixo, de fala contida e que se declara desinteressado de suas conquistas e glórias terrenas. Esta é a descrição que o jornalista brasileiro e recifense Geneton Moraes Neto fez após seu último contato com o arquiteto, em 2004. Passaram-se cinco anos. Em 2007, Niemeyer completou um século de vida, foi comemorado e homenageado em sessões das quais participou perfeitamente lúcido e ativo. Recebeu a mais alta condecoração do governo francês pelo conjunto de sua obra: o título de Comendador da Ordem Nacional da Legião de Honra. No mesmo ano, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional decretou o tombamento de 35 obras de Oscar Niemeyer, a maioria foi selecionada pelo próprio arquiteto. Hoje, sua atitude é a mesma de 2004. Niemeyer não se acanha em demonstrar enfado e pessimismo diante da vida e da humanidade. Não se trata de uma crítica, mas de um elogio que revela a retidão, a lucidez e a coerência do homem centenário em relação ao jovem arquiteto que fazia declarações semelhantes há mais de meio século, ao escrever que sua “posição diante do mundo é de invariável revolta”.

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A herança cultural e intelectual do mestre é administrada pela família. A neta Ana Lúcia foi a idealizadora da Fundação Oscar Niemeyer. Ainda entre os netos, Ana Elisa desenvolve e acompanha os projetos, Carlos Henrique faz as maquetes e Carlos Eduardo fotografa. Paulo Sérgio, um dos bisnetos, também é arquiteto e assume parte do legado do bisavô, com quem mora em Ipanema, no Rio de Janeiro. Foi com a ajuda dele que conseguimos esta entrevista. Qual foi a primeira vez em que o senhor se imaginou um arquiteto? Quando projetei a Igreja da Pampulha e verifiquei que a minha ideia de uma arquitetura mais livre e criativa foi bem recebida. Senti que estava no caminho certo. Por diversas vezes o senhor se mostrou, de certa forma, pessimista diante da vida. Como é possível um homem tão bem sucedido ser pessimista? É claro que isso é possível. Sempre digo que a vida é mais importante que a arquitetura; que colaborar para um mundo mais justo deveria ser o principal objetivo para todos. Uma vez, o senhor escreveu “minha posição diante do mundo é de invariável revolta”. De onde vem este sentimento? É algo que se mantém vivo no senhor? Eu poderia dizer que das misérias do mundo decorre esse sentimento permanente de revolta, embora reconheça que os momentos de felicidade que o mundo às vezes nos proporciona nos fazem sorrir um pouco. Hoje, aos 103 anos, o senhor é capaz de refletir e dizer qual o maior prazer que encontrou ao longo de sua vida? Um deles é sentir que as respostas que hoje acabo de lhes dar seriam as mesmas que lhes daria 50 anos atrás, o que me agrada em particular.

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Um passeio

TURISMO

pela capital das alterosas

Do alto da Serra do Curral, que cerca parte de Belo Horizonte, é possível deslumbrar belezas naturais, simbolizadas por extensas áreas verdes e arranha-céus, que abraçam os valiosos conjuntos arquitetônicos da cidade conhecida por suas alterosas montanhas mineiras [ Por Aline Khoury ]

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cidade, carinhosamente chamada de “Beagá”, é famosa pela inigualável hospitalidade de seus habitantes e por suas paisagens tão particulares, revelando cenários que mesclam o clássico e o contemporâneo em uma arquitetura eclética e rica, com características que vão de obras-primas do arquiteto Oscar Niemeyer e do artista Cândido Portinari a encantadores parques e jardins projetados pelo paisagista Burle Marx. O agradável passeio merece começar pela Praça Rui Barbosa, ponto principal do antigo ramal ferroviário, também conhecida como Praça da Estação. Hoje, o trem dá

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lugar ao moderno metrô, que vive bastante movimentado na região. A imponente torre do relógio, construída em 1922, é um dos cartões postais da cidade. Ao lado da Estação, e na lista dos grandes símbolos de BH, está a Praça do Papa. A mais de 1100 metros de altitude, o local traz uma das vistas privilegiadas da cidade. Seu nome original é Praça Israel Pinheiro, mas recebeu o apelido depois da admiração do papa João Paulo II pelo horizonte visto dali. Além de encontros religiosos, a praça costuma ser palco de shows musicais. Bem perto dali, ainda é possível conferir um ponto curioso e bas-

tante popular entre os belo-horizontinos. A Rua do Amendoim chama a atenção pela ilusão de ótica proporcionada por sua topografia: os carros desligados e em ponto morto parecem subir sozinhos a suave ladeira. Parece papo de mineiro abusado! Não é. Depois de passar pela Praça do Papa, faça você mesmo o teste da ladeira! Ainda no circuito das belas praças, não poderia faltar a imponente Liberdade. Combinando diversos estilos, o espaço reflete a evolução da capital com o neoclássico do final do século XIX, art déco dos anos 1940, moderno das décadas de 1950 e 1960 e pós-moderno. Fundada


Divulgação | Sergio Mourão

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Na lista dos grandes símbolos de BH, está a Praça do Papa

A Praça da Liberdade une diversos estilos arquitetônicos, da art déco a edificações pós-modernas.

Divulgação | Lourêcio Quintino

A Praça do Papa é um fabuloso mirante para ser visitada no fim das tardes mineiras.

logo no início da construção de Belo Horizonte, ela foi projetada para sediar o Poder Executivo do Estado. Até hoje mantém essa função, hospedando boa parte das Secretarias de Estado e o Palácio da Liberdade, de onde despacha o governador.

Berço de ouro

Para continuar este passeio pelo nascimento de Belo Horizonte, vale visitar o Museu Mineiro, na região central. O próprio edifício faz parte do acervo. Em estilo eclético com elementos neoclássicos, foi erguido no final do século XIX para sediar o extinto Senado Mineiro. Ali dentro, po-

dem ser apreciadas várias coleções sobre a cultura local da época, com destaque para a Arte Sacra colonial. Ainda no roteiro dedicado à história da capital mineira, uma atração inédita no país é o Museu de Artes e Ofícios, que conta a trajetória do trabalho no Brasil. Ferramentas antigas como tornos e teares retratam profissões já extintas ou que inspiraram ocupações modernas. A Estação Rodoviária, completamente restaurada, é a sede deste interessante acervo. Mas, para narrar o passado, o museu optou por uma exposição mais interativa e dinâmica, utilizando tecnologias do presente.

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Outro ponto que acompanhou o crescimento da cidade foi o Mercado Central, com as portas abertas há oito décadas. Queridinho dos belo-horizontinos, é ideal para comprar as delícias locais, como o requeijão e a goiabada. A variedade de aromas e cores das frutas e dos vegetais chega também ao artesanato. Peças em palha, pedra sabão e cipó surpreendem quem espera apenas quitutes. Ao longo de quase 14 mil metros quadrados, é possível beliscar uma ou outra delícia na degustação das 380 bancas. Aos finais de semana, os bares fervem com a freguesia fiel que busca o tradicional fígado acebolado.


TURISMO

É na Pampulha que o principal complexo turístico espera o visitante. Nos arredores da famosa lagoa que leva o nome do bairro, estão a Igreja São Francisco de Assis, a Casa do Baile, o Iate Tênis Clube e o estádio Mineirão. Em uma combinação única de paisagismo, artes plásticas e arquitetura, o Conjunto da Pampulha é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. À parte os pontos imperdíveis, há um vasto espaço para corrida e ciclismo, além de bares e restaurantes. O cenário fica completo com as luxuosas residências e clubes campestres das redondezas. Ícone do desenvolvimentismo de Juscelino Kubitscheck como prefeito da cidade, a Pampulha une os traços modernos de Niemeyer e o paisagismo de Burle Marx aos afrescos de Portinari e esculturas de Cheschiatti, Zamoiski e Pedrosa. Primeiro projeto de Niemeyer na região, o Museu de Arte da Pampulha sediou um cassino até 1946. Dez anos depois, passou a sediar o museu e ganhar fama com o apelido de Palácio de Cristal. Arte contemporânea é a principal tendência das exposições periódicas, mas há também obras de outras escolas de artistas renomados como Di Cavalcanti, Cândido Portinari, Alfredo Volpi, Ivan Serpa e Thomie Ohtake. Outra célebre construção de Niemeyer é a Casa do Baile, o maior salão de dança da cidade até o final da década de 1940. Reinaugurada em 2002, abriga um memorial à arquitetura e ao design. Por sua vez, o Iate Tênis Clube mantém a ousadia arquitetônica do complexo da Pampulha. Como um barco que se lança no espelho d´água, o clube tem uma bela vista para as demais atrações turísticas. O paisagismo de Burle Marx coloriu a construção com jardins e painéis. Também compondo as belezas da lagoa, a Igreja São Francisco de Assis foi inaugurada em 1945. Mais uma vez, as mãos de Niemeyer dão forma a um experimento inusitado, com uma abóboda em concreto que dispensa alvenaria. A ousadia das curvas da igreja chocou autoridades eclesiásticas, que, por 14 anos, proibiram a celebração de cultos ali. Completaria o escândalo o painel de Portinari no qual um cachorro representa um lobo ao lado de São Francisco de Assis. O mesmo artista assina a Via Sacra do interior da igreja, junto a obras raras de Paulo Werneck e bronzes de Alfredo Ceschiatti. Se a Pampulha abriga de um clube esportivo a um museu de arte, o Mineirão só vem reforçar esta diversidade. Segundo maior estádio brasileiro – perde apenas para o Maracanã – a arena comporta 130 mil pessoas. O Estádio Governador Magalhães Pinto foi inaugurado em 1965 e sediou duelos memoráveis. Já

O Museu de Artes e Ofícios conta a história das profissões e ofícios no prédio da Estação Ferroviária.

no ano da inauguração, foi palco de um episódio histórico na final do campeonato mineiro. O Cruzeiro vencia o Atlético por 1 a 0, quando, 10 minutos antes do final da partida, alguns diretores atleticanos invadiram o campo, alegando a marcação de um pênalti irregular. Então, o Atlético simplesmente abandonou o jogo, cedendo o título ao clássico rival. Este evento é considerado o marco inicial da “Era Mineirão”, que assistiu ao crescimento impressionante do Cruzeiro. No total, 22 títulos regionais fazem do Atlético o maior vencedor do torneio mineiro. Mas desde a “Era Mineirão”, o Cruzeiro é dominante : 22 troféus após 1965, contra 18 do adversário. Ronaldo, Reinaldo, Éder Aleixo e Tostão estrearam neste campeonato. A arena de tantos craques foi reformada em 2004, e, para inveja de paulistas, cariocas e gaúchos , está na lista de favoritos da Fifa para a Copa de

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2014. Entre as obras exigidas pela FIFA, estão previstos o rebaixamento do gramado, o aumento dos setores de imprensa e número de vagas no estacionamento, a construção de uma estação de metrô mais próxima do estádio, além da extinção da “geral” . Muitos mineiros dizem que será mais fácil atender a todas as exigências do que ver São Paulo construindo um novo estádio para substituir o Morumbi. Será?

Mudando de assunto

Quatro galerias de exposições, anfiteatro para concertos de câmara, sala multimídia, cinema, centros de convivência, classes para ensaio, biblioteca, musicoteca, ateliês, videoteca e oficinas cenográficas. Tantos espaços culturais assim já formariam um leque invejável de opções espalhadas pela capital. Mas, a melhor parte é que todas estão reunidas em apenas um lugar: o grandioso Palácio das Artes. Inaugurado

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A pulsação de BH

Além dos passeios únicos por diferentes temas e épocas, BH é destino certo para compras


em 1971, o templo artístico fica em uma das principais avenidas da cidade, bem na ligação com a Serra do Curral. O Grande Teatro com mais de 1700 lugares é a maior e mais confortável casa de espetáculos de todo o Estado. Nas redondezas do Palácio das Artes, o visitante encontra a mais ampla área verde de Belo Horizonte. O Parque das Mangabeiras é um dos maiores parques urbanos da América Latina, com mais de 2 milhões de metros quadrados. Amostras da típica vegetação mineira e uma centena e meia de espécies de aves são alguns dos destaques deste refúgio. Localizado a mil metros de altitude, o local traz o paisagismo inconfundível de Burle Marx. Além de centros de pesquisa em botânica, conta ainda com estrutura para espetáculos. O pulmão da capital tem acesso fácil e garante a tranquilidade que mantém o belo-horizontino sempre de bem com a vida.

do Vinho com unidades no Sion e no Barro Preto é referência no ramo desde 1947. Entre as 500 rolhas da Europa e América do Sul, o destaque fica para a nova safra de espanhóis, como o Valdelosfrailes Jovem e o Matarromera Prestigio. Sommeliers ficam à disposição, e cursos e degustações periodicamente são promovidos. Porém, toda a sofisticação europeia não pode dispensar uma boa lembrança regional. A visita a Minas não é completa sem a degustação de sua genuína cachaça. A marcante bebida é tão procurada, que muitas lojas se especializaram no ramo. Uma delas é a Adega da Pinga, em Lourdes, que oferece 380 marcas de todo o Brasil. Destacam-se raridades

envelhecidas por até 50 anos na Região da Pedra Azul. As vendas são feitas em garrafas e em barris de carvalho de até 200 litros. Outra boa opção de onde comprar a “marvada” é a Casa da Cachaça, no mesmo bairro. Além dos 120 rótulos da famosa aguardente, oferece licores de todo o Estado, doces e artesanatos típicos. Entre iguarias, guloseimas, fotos e enfeites, certamente, o melhor que se leva de Belo Horizonte é a vontade de retornar. Poucos dias bastam para que você entenda porque a capital atrai cada vez mais pessoas. Os encantos locais merecem novas visitas, e seu estado de espírito também.

Divulgação

Além dos passeios únicos por diferentes temas e épocas, Belo Horizonte é um destino certeiro para compras. Quem gosta de levar mais do que fotos – mas algumas sacolas – costuma surpreender-se com a agitação do comércio local. Lojas de rua, shopping centers e grandes feiras trazem opções variadas de moda e decoração à tecnologia ou estética. O programa mais tradicional é a Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena. Quando foi criada, em 1969, era chamada de Feira Hippie e ocupava a Praça da Liberdade. Anos mais tarde, a onda hippie passou, mas o ponto continuou crescendo. Tantas barracas foram agregando-se que, em 1991, a praça já não tinha espaço suficiente, e a maior avenida de BH passou a ser o novo endereço. O que começou como um movimento cultural de artesãos, tornou-se um complexo com muitos outros produtos. As principais atrações são as bancas gastronômicas. Mais de 100 vendedores oferecem caldos, salgados e quitutes para serem degustados entre uma pechincha e outra. Peças exclusivas do Vale do Jequitinhonha, bijuterias, sapatos e boas malhas do Sul de Minas são exibidos em meio aos músicos e estátuas-vivas neste excêntrico lugar. Para quem prefere a comodidade dos shopping centers, uma boa pedida é o BH Shopping. Pioneiro no Estado, há mais de 30 anos reúne as tendências em diversão, conforto e moda. Vila Romana, Centauro, Track & Field, Crawford, Siberian, Brooksfield e TNG são alguns dos destaques para o público masculino. Entre as mulheres, fazem sucesso Animale, Arezzo, Zara, Bob Store, Patachou e Gregory. Além das lojas, há opções de lazer como cinema, exposições, jogos eletrônicos, praça de alimentação, espaço gourmet e afins. Aliás, gourmet já virou sinônimo de Belo Horizonte, com suas dezenas de empórios, adegas, rotisserias e outros templos da boa cozinha. Uma incrível variedade de rótulos está disponível em espaços sofisticados ou singelos armazéns. Para os apreciadores do vinho, a Enoteca Decanter, no bairro do Savassi, traz 500 opções de tintos, brancos e espumantes de várias nacionalidades. Os 70 tipos de queijo são outra especialidade, acondicionados em uma cave com temperatura ideal para maturação. Alguns deles são exclusivos, como o francês Brienangis. Com mais de 800 rótulos de vinhos de todo o mundo, a Boníssima é uma das delicatessens mais requintadas da capital. A loja em Gutierrez traz ainda 100 marcas de cerveja e destilados em geral. Já a Casa

A Enoteca Decanter, no bairro da Savassi, oferece 500 opções de vinhos.

Divulgação | Guilherme Starling

Divulgação | Sergio Mourão

De malas cheias

O Estádio do Mineirão é palco de histórias que colocam mineiros, paulistas, cariocas e gaúchos em lados opostos.

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viva doBrasil

CIDADES HISTóricas

Um convite à história O Centro de Convenções Expominas batizou suas salas e auditórios com nomes de cidades históricas de Minas Gerais. São belas cidades marcadas pelo ciclo do ouro, que guardam relíquias da arte barroca e são conhecidas no mundo inteiro pelas obras de artistas como Aleijadinho e Mestre Ataíde. Pegamos carona na ideia e apresentamos sugestões que completam o Circuito das Cidades Históricas de Minas Gerais [ Por Carla Ciasca ]

Ouro Preto

Mariana

BH 96 km

Fotos Divulgação | Setur | Sergio Mourão

Ouro Preto

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amosa por sua arquitetura colonial e pelas obras de Aleijadinho, Ouro Preto foi a primeira cidade brasileira a ser declarada o Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A cidade impressiona pela riqueza e grandiosidade do maior conjunto de arquitetura barroca do Brasil. Além de igrejas, capelas, museus e monumentos, a cidade abriga o mais antigo teatro em funcionamento da América Latina, o Teatro Municipal de Ouro Preto.

Passeios imperdíveis

Praça Tiradentes: É a praça central de Ouro Preto. A antiga Casa da Câmara e Cadeia, construída no século XVIII, abriga hoje o Museu da Inconfidência. Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis da Penitência: Uma das obras-primas de Aleijadinho, a igreja foi construída entre 1771 e 1794. Possui belíssimas pinturas de teto feitas por Mestre Ataíde no início do século XVIII. As esculturas na fachada, feitas por Aleijadinho, são um marco da cidade. Funciona de terça a domingo, das 8h30 às 12horas, e das 13h30 às 17horas. Parque Municipal da Cachoeira das Andorinhas: Localizado em uma área montanhosa, possui cachoeiras e piscinas naturais e a maior queda d’água da região, com 40 metros de altura. A cachoeira que dá nome ao parque está no interior de uma formação rochosa semelhante a uma gruta e é assim chamada por abrigar grande quantidade de andorinhas-de-coleira no verão.

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BH 110 km Mariana

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onsiderada uma das mais importantes cidades do Circuito do Ouro, tem como grande atrativo turístico a Mina da Passagem. Conhecida como berço de Minas Gerais, ainda possui relíquias do tempo em que era capital, a exemplo das belas igrejas construídas com ouro dos garimpos. Sua importância para a história é percebida pela arquitetura colonial de casarões, igrejas, praças e ruas do município, fundado em 1711. Na Catedral da Sé e na Igreja de São Francisco de Assis encontram-se primorosos trabalhos da arte barroca.

Passeios imperdíveis

Casa da Câmara e Cadeia: Construída em 1784, a antiga Casa da Câmara, atual sede da Prefeitura de Mariana, é considerada uma das principais obras da arquitetura colonial brasileira. Funciona das 8h às 11horas, e das 13h00 às 17horas. Endereço: Praça Minas Gerais, 89 – Centro – tel.: (31) 3557-1158. Mina da Passagem: Maior mina de ouro aberta à visitação do mundo. A descida até as galerias subterrâneas é feita em um trólei (carrinho sobre trilhos), chegando a 120 metros de profundidade, onde se vê um maravilhoso lago natural. O passeio tem um visual deslumbrante. Funciona das 9h00 às 17horas. Endereço: 5 km a partir do centro da cidade. Maria-fumaça: Passeio turístico de maria-fumaça entre as belas paisagens de Ouro Preto e Mariana. Funciona de sexta, sábado, domingo e feriados nacionais. Horário de saída do percurso Mariana-Ouro Preto: 14h00. Distância do percurso: 18 km. Duração: 55 minutos.


Diamantina

Diamantina 284 km BH

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cidade fica no coração do sertão de Minas Gerais e é um convite para um passeio pelas ruas íngremes e de calçamento feito com pedras do centro histórico. Terra de Chica da Silva e do presidente Juscelino Kubitscheck, Diamantina possui um dos mais expressivos acervos históricos do País. Dona de um belíssimo conjunto arquitetônico e igrejas que retratam fielmente a riqueza da arte barroca, a cidade também é Patrimônio Histórico da Humanidade e considerada um dos roteiros culturais e turísticos mais ricos do Brasil.

Passeios imperdíveis

Igreja Nossa Senhora do Carmo: Concluída em 1765, é a igreja mais suntuosa da cidade, com rica talha dourada, trabalho de Aleijadinho e Manuel Pinto. Um dos maiores músicos sacros setecentistas da América Latina, José Américo Lobo de Mesquita, tocou no órgão desta igreja, que é todo trabalhado em ouro. Funciona de terça a sábado, das 9h00 às 12horas e das 14h00 às 18horas; e de domingo, das 9h00 às 12horas. Casa de Chica da Silva: Mansão construída pelo contratador João Fernandes de Oliveira para servir de residência a sua amante, a ex-escrava Chica da Silva. É uma das mais interessantes construções residenciais coloniais mineiras. Anexa a ela, existe uma capela dedicada a Santa Quitéria, local em que Chica da Silva fazia suas orações. Funciona de terça a sábado, das 12h00 às 17h30; e de domingo, das 9h00 às 12horas. Gruta do Salitre: Catedral gótica esculpida pela natureza, é uma das atrações mais fabulosas de Diamantina. Nas fendas da rocha existem grutas subterrâneas de até 15 metros de profundidade. No interior, um imenso salão circular, com jardins e acústica perfeita. Alguns concertos com bandas de música são realizados no local. Fica a nove quilômetros da cidade, pela estrada de terra que leva ao distrito de Extração.

Araxá

É

Araxá

a mais distante de todas as cidades históricas, a 374 km de Belo Horizonte, mas vale a pena percorrer esta distância para conhecer sua bela paisagem. Araxá integra o Circuito das Águas de Minas Gerais, reconhecido pelas propriedades medicinais diversificadas de suas águas e pelo clima agradável durante o ano todo. O Complexo do Barreiro é o local perfeito para relaxar e aliviar as tensões. Oferece banhos terapêuticos, aromaterapia, massagens, ducha escocesa e saunas.

Passeios imperdíveis

Museu Histórico de Dona Beja: Construído na primeira metade do século XIX, o museu conta a história da cidade, com acervo composto de peças indígenas, liteira, móveis do período do império, louças coloniais, documentos históricos e obras contemporâneas. Funciona de quarta a segunda, das 10h00 às 17horas.

Divulgação | José Wilson Silva

Complexo do Barreiro - Parque das Águas: Principal ponto turístico de Araxá, atrai milhares de visitantes por sua magnitude, riquezas minerais, águas radioativas e sulfurosas e sua natureza em abundância. Grande Hotel: Impõe-se pela magnitude de seu conjunto arquitetônico. Com aproximadamente 43 mil metros quadrados de área construída, impressiona pelos seus imponentes salões, revestidos com mármore de Carrara e decorados com rico mobiliário, lustres de cristal da Boêmia, janelas com cristais franceses bisotados, obras de arte em afresco e vitrais.

374 km

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BH


CIDADES HISTóricas

Sabará

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Localizada na região metropolitana de Belo Horizonte, é um retrato fiel de um dos períodos mais fascinantes da história do Brasil. O carro-chefe da arquitetura da cidade são os elementos barrocos de suas igrejas e casarões. Sua história é contada por meio das minas escondidas em suas montanhas, pelas bateias e outros instrumentos rudimentares utilizados na extração, ainda hoje encontrados no fundo dos rios. O patrimônio cultural, com valiosas obras de Aleijadinho, está muito bem preservado no centro histórico de Sabará, em um roteiro que pode ser visitado a pé.

BH

25 km Sabará

Passeios imperdíveis

Capela Nossa Senhora do Ó: Erguida em 1717, impressiona pelos ricos detalhes esculpidos em madeira. É um belo exemplar da primeira fase do barroco mineiro. Cartão-postal da cidade de Sabará e conhecida internacionalmente, fica localizada no bairro Siderúrgica. Funciona de terça a domingo, das 9h00 às 12horas e das 14h00 às 17h30.

Museu do Ouro: Autêntico exemplar da rude arquitetura colonial brasileira do século XVIII, a antiga Casa de Intendência e Fundição é a única construção com estas características ainda em pé no Brasil. O museu tem exposição permanente de peças de mobiliário e arte sacra, e no andar térreo, calçado com pedras redondas, são guardadas peças relacionadas à extração do ouro. Funciona de terça a domingo, das 12h00 às 17h30.

BH

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214 km

erço do sentimento revolucionário que deu origem à Inconfidência Mineira, Tiradentes foi uma das cidades que mais teve ouro de superfície no Brasil. Seu estilo arquitetônico do século 18 é mantido até os dias de hoje. Ainda era chamada de Vila de São João del Rei quando, em 1889, o governo republicano decidiu trocar o nome do município em homenagem à figura ilustre do mártir Joaquim José da Silva Xavier, nascido às margens do Rio das Mortes, naquela mesma vila. Hoje, a região faz parte de um roteiro turístico que pode ser conferido em um passeio de Maria-fumaça em máquinas e vagões similares aos da época. O trem foi inaugurado em 1881 por Dom Pedro II. O trajeto entre Tiradentes e a cidade vizinha São João del Rei revela a paisagem bucólica marcada pelos rios. Localizados ao pé da Serra de São José, a cidade e todo o seu entorno paisagístico são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Tiradentes

Passeios imperdíveis

Gruta Casa da Pedra: A gruta de superfície é toda iluminada e possui formações calcárias, com 400 metros de extensão e cinco salões. A visita guiada dura 30 minutos. Funciona aos sábados e domingos, das 10h00 às 16h30.

Divulgação | Setur | Sergio Mourão

Tiradentes

Divulgação | Fernando Bezerra

Casa da Ópera: Construído em 1770, é o segundo teatro mais antigo do Brasil em pleno funcionamento. É considerado também o teatro mais famoso de Minas Gerais. Possui excelente acústica, e suas linhas arquitetônicas têm a influência dos teatros ingleses do reinado de Elizabeth I. Também é conhecido como Teatro Elizabetano. Funciona todos os dias, das 8h00 às 12horas e das 13h00 às 17horas.

Chafariz de São José: Um dos mais belos exemplares do período colonial, o Chafariz de São José foi construído pela Câmara Municipal em 1749, para abastecer a cidade de água potável. Apresenta elementos tipicamente barrocos: pilastras, coruchéus, volutas e cruz. Possui três carrancas esculpidas em pedra, das quais jorram água em um tanque único, um pequeno nicho com a imagem de São José de Botas e um brasão com as armas de Portugal. Roteiro Noturno – Jardineira 1935: É um passeio de, aproximadamente, 80 minutos, realizado à noite pelo centro histórico de Tiradentes, em uma charmosa jardineira Chevrolet do ano de 1935. Durante o percurso, o condutor apresenta histórias, causos e lendas de Tiradentes de maneira descontraída. As saídas ocorrem todos os dias, a partir das 19horas.

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201 km São João del Rei

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idade vizinha de Tiradentes, São João Del Rei foi erguida em um vale extenso na época do ciclo do ouro do Brasil. A pequena cidade de 85 mil habitantes é a terra natal do ex-presidente Tancredo Neves. Conhecida por suas tradicionais festas religiosas, as suntuosas igrejas, herança do período colonial, são parada obrigatória do programa turístico de qualquer pessoa que visita a cidade.

Passeios imperdíveis

Igreja São Francisco de Assis: Construída em 1774, a igreja é considerada a obra-prima de Aleijadinho, juntamente com a Igreja da mesma Ordem, em Ouro Preto. É um dos mais belos exemplares do barroco mineiro. Museu de Arte Sacra: Está localizado onde funcionava a segunda Cadeia Pública da Vila de São João del Rei. O acervo reúne cerca de 200 peças dos séculos 17, 18 e 19, entre objetos sacros, porcelana, cerâmica, indumentária e prataria, cedidos pelas irmandades religiosas locais. Entre os destaques está a escultura da cabeça de Cristo, atribuída a Aleijadinho; a pintura “Fuga para o Egito”, de Venâncio do Espírito Santo; e o retábulo da Capela de Nossa Senhora da Ajuda, remanescente da Fazenda do Pombal. Funciona de terça a domingo, das 11h00 às 17horas. Solar dos Neves: No Largo do Rosário está o imponente solar onde viveu o ex-presidente Tancredo Neves, natural de São João del Rei. Chama a atenção por ser um dos mais belos e conservados sobrados da cidade. Hoje, o casarão pertence à família Neves. Centro de Preservação Ferroviária: O museu ferroviário funciona nas dependências da estação da Estrada de Ferro Oeste-Minas, uma construção típica do século 19, com belíssima cobertura em ferro. Reúne equipamentos, peças mecânicas, painéis didáticos e fotografias que contam a história da ferrovia na região. Exibe, também, a primeira locomotiva com vagão de luxo utilizada e uma coleção de 11 locomotivas a vapor Baldwin, além de carros e vagões de carga. Funciona de terça a domingo, das 9h00 às 11h30 e das 13h00 às 17horas.

Divulgação | Eduardo Andreassi

BH

Divulgação | Setur | Sergio Mourão

São João del Rei

Congonhas

BH

83 km Congonhas

A

ntigamente era conhecida como Congonhas do Campo, mas seu nome foi mudado em 1948, embora muitas pessoas continuem chamando-a pela velha denominação. A cidade sempre teve como foco o centro de mineração e, por conta disso, muitos homens construíram grandes fortunas por lá. Muitos historiadores indicam que a cidade abrigava famílias de larga prosperidade por conta da enorme concentração de ouro encontrada no Rio Maranhão. Mas a fama de “afortunada” estampada nos monumentos históricos civis e religiosos não é o único motivo que atrai multidões todos os anos à cidade. Congonhas abriga um dos mais admiráveis patrimônios artísticos mineiros: o complexo do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, reconhecido pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade, onde podem ser vistas as esculturas em tamanho natural dos Doze Profetas Bíblicos, obras de Aleijadinho.

Passeios imperdíveis

Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos: Templo construído em razão de uma promessa feita pelo arcepispo Feliciano Mendes que, acometido de uma enfermidade, prometeu construir uma igreja em homenagem ao padroeiro, caso fosse curado. Em 1757 começava a ser edificado o maior santuário de Minas Gerais. O templo causou grande transformação na vida local, pois se tornou um centro de devoção popular que atrai centenas de fiéis. A fama do Santuário não se deve apenas à questão religiosa, mas, também, por guardar um dos maiores patrimônios artísticos do Brasil: Os 12 Profetas Bíblicos. As famosas obras executadas por Aleijadinho, que completam o caráter sacro do Santuário, foram esculpidas em pedra-sabão em tamanho natural entre 1800 e 1805. O santuário funciona de terça a domingo, das 6h00 às 18horas. Romaria: É uma enorme construção circular de 1932, que servia de hospedagem para os fiéis que iam a Congonhas para as festas religiosas. No começo da década de 1960, a pousada foi demolida para a construção de um hotel, o que acabou não acontecendo. Tombada em 1981, foi totalmente reconstruída e hoje abriga um importante espaço cultural e turístico. Funciona de segunda a sexta, das 7h00 às 18horas, e aos sábados e domingos, das 9h00 às 17horas. Salão dos Ex-Votos: No Pátio da Basílica, está o inusitado espaço forrado de pinturas, retratos, ceras modeladas no formato de braços, mãos e cabeças, cartas, entre outros itens que registram os milagres obtidos por intermédio do Bom Jesus de Matosinhos. Algumas peças datam do século 18. A “Coleção dos 89 Ex-votos de Congonhas” foi tombada em 1981 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

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GASTRONOMIA & Cultura

Bom apetite

Com a supervisão e aprovação dos presidentes do Congresso e da SBHCI, selecionamos nove sugestões de restaurantes e bares para quem quiser conhecer o espírito gastronômico de Belo Horizonte

[Por Aline Khoury]

Fotos Divulgação

Panela de vovó

Japonês de Minas

O

Rokkon foi eleito pelas revistas Gula e Encontro o melhor restaurante japonês da cidade. Nos ambientes modernos de suas duas unidades, as robatas – pratos grelhados – ganham destaque por terem mais de 20 opções de sabores. O lugar de mais pedidos da casa pertence aos temakis, cones de algas recheado com sabores exclusivos do Rokkon, entre eles, o de ovas de peixe voador e o de caranguejo. As okonomiakis – panquecas japonesas de massa bem fininha – são outra opção interessante do menu, ao lado das trouxinhas de camarão, cenoura e tofu como entrada. Agora, se o apetite não estiver para comida oriental, dê uma passadinha lá para experimentar o ice tempurá, um sorvete de creme empanado com calda de chocolate, para completar a refeição típica de qualquer lugar do mundo.

Serviço

Rokkon Rua São Paulo, 2164 – Lourdes (31) 3275-2940 De quinta a sábado, aberto das 12h00 à 1hora. www.rokkon.com.br

30 | jornal da SBHCI edição especial

C

om clima das antigas fazendas coloniais, o restaurante Dona Lucinha ficou tão requisitado, que inaugurou a segunda unidade para atender a clientela. A chef que dá nome à casa teve grande cuidado ao escolher cada prato, pesquisando costumes, receitas e ingredientes da época do ciclo do ouro. O resultado da pesquisa é um menu requintado com sabor de comida caseira e a dedicação pessoal de Maria Lucia Clementino Nunes – a própria Dona Lucinha – no fogão. “Estar na cozinha para mim é estar feliz, realizada”, ela afirma, sem revelar como o segredo do sabor que faz a gente saborear a primeira garfada de olhos fechados. Dona Lucinha não indica seu prato, dá a dica para experimentar o frango com ora-pro-nóbis, o purê de cará, a rabada com agrião e a traíra no fubá. Antes de escolher o prato, considere os tradicionais

angu e tutu à mineira. Você não vai se arrepender. Pelos R$ 39 do bufê, o cliente pode servir-se à vontade das sobremesas caseiras, como doces de figo, manga e leite, goiabada e ambrosia. Na saída, a degustação de licores caseiros é cortesia da casa.

Serviço

Dona Lucinha I Rua Sergipe, 811 – Savassi (31) 3261-5930 Dona Lucinha II Rua Padre Odorico, 38 – São Pedro – (31) 3227-0562 Abertos das 12h00 às 15horas e das 19h00 às 23horas; aos sábados, o almoço vai até às 16horas; e aos domingos, a casa só serve almoço até às 17horas. www.donalucinha.com.br

Boteco de luxo

I

naugurado em março, o botequim é fruto da união dos proprietários de dois badalados bares de Belo Horizonte, Leonardo Marques, dono do Boteco da Carne, e Nicola Vizioli, do Família Paulista, que resolveram juntar suas experiências e abrir a casa em um dos principais polos gastronômicos da capital mineira. A cozinha trabalha com pedidas dos dois bares: um entra com saborosas carnes, e o outro, com os famosos tira-gostos de boteco. O resultado é um cardápio variado que inclui picanha maturada, bife de chorizo, picanha suína e peito de frango, todos temperados exclusivamente com azeite extravirgem e tempero pronto em pó; além das porções de carne de panela, fígado acebolado, língua, dobradinha, moela, pé de porco e torresmo de barriga. Como destaque, pastéis de sabores variados como carne, queijo, frango, palmito, camarão ou bacalhau em porções de dez unidades. O bar oferece quatro marcas de cerveja nacionais, sete importadas e a linha completa da mineira Backer, incluindo chope, long neck e garrafa.

Serviço

Gonzaga Butiquim Rua Tomaz Gonzaga, 578 - Lourdes (31) 2512-8578. Aberto de terça e quarta, das 17h30 à 0h30; quinta, das 17h30 à 1h30; sexta, das 17h30 às 2horas; sábado, das 12h00 às 2horas; domingo, das 12h00 às 22horas.


O básico

incrementado

O

Specialli Pizza Bar envolve e supreende desde a entrada. O pé direito alto e o amplo espaço entre as mesas eliminam o velho espírito paulistano de pizzaria. O piso de madeira dá ares de ambiente rústico. A parede com poucos elementos, a iluminação levemente enfraquecida e o cheirinho de pizza pronta terminam de envolver o visitante recém-chegado ao ambiente. Se você é daqueles cuja opinião é de que só paulistano sabe fazer pizza de verdade, é hora de reavaliar o conceito. As quarenta opções que recheiam a massa fina da casa têm sabores que parecem suspeitos, mas conquistam o paladar de quem quer fugir do tradicional. Bacalhau, parma, queijo fontina com cogumelos portobelo e doce com Nutella são algumas delas. Boa massa se come com bom vinho, dizem os sommeliers. A carta da Specialli traz 150 rótulos de, pelo menos, 10 países. Além das redondas, há menu de saladas e paninis para agradar o paladar dos mais exigentes, e entrada de petiscos feitos com massa de pizza temperada com molho de pimenta, alho e sal grosso.

Poderoso

colarinho branco

A

lbano’s é o nome do bar mineiro que há 11 anos é eleito o melhor chope da cidade, segundo a Veja BH. Albano Cellini é o nome do dono do bar, que também e dono do famoso bar Pinguim de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, meca dos aficionados por chope. O Pinguim existe desde 1964 e é dono de várias lendas sobre a qualidade da bebida servida no interior de São Paulo. Cellini fundou a casa de Belo Horizonte em 1996, e assim nasceu a vertente mineira de lendas sobre o melhor chope da cidade. Sem esconder segredos, Cellini conta a história para quem o puxar para uma conversa. O chope passa 48 horas em uma câmara fria e as paredes de suas tulipas evitam a formação de bolhas. É uma preciosidade servida a zero grau. Para acompanhar, queijos, conservas e patês recheiam o balcão de antepastos. O clima descontraído se completa na decoração com cerca de 2 mil pinguins trazidos de vários cantos do mundo. Costela defumada, mandioca, carne de sereno e linguiça caçadora são as estrelas do famoso Combinado Albano´s.

Serviço

Specialli Pizza bar Rua Fernandes Tourinho, 805 – Lourdes – (31) 3284-7060 Aberto de segunda a sexta a partir das 18horas, e aos finais de semana a partir das 12horas. www.specialipizzabar.com.br

Serviço

Albano´s Rua Pium-í, 611 – Anchieta – (31) 3281-2644 Abertos das 18horas até último cliente. Aos finais de semana, as portas se abrem às 15horas. www.albanos.com.br

À moda parisiense O

ambiente pequeno garante um charme de esquina parisiense e permite o atendimento personalizado. Chef e sommelier, o proprietário Rodrigo Fonseca passa de mesa em mesa para indicar o vinho que combina com o prato escolhido. “A boa comida deve ser acompanhada de bons vinhos, promovendo uma harmonização entre os sabores, seja pela semelhança ou pelo contraste,” ele afirma. Composta por nada menos do que 700 rótulos, a carta de vinhos é a mais premiada de Belo Horizonte, trazendo clássicos e exóticos. Alguns exclusivos vêm da importadora do próprio chef. Anexa ao restaurante, funciona uma enoteca com descontos bem atrativos. Vinhos à parte, a criação do menu recebe a mesma dedicação. Cuidado e requinte franceses são aplicados especialmente na criação mais antiga da casa: os leves e variados suflês. Em um deles, a delícia regional surubim ganha um plaisir française ao lado do queijo gruyère. Também na sobremesa o suflê é favorito com o toque de chocolate.

Serviço

Taste-Vin Rua Curitiba, 2105 – Lourdes (31) 3292-5423 De segundas a quintas-feiras, está aberto da 19h30 às 0hora; Sextas e sábados, até às 23horas. Não abre aos domingos. www.tastevin-bh.com.br

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GASTRONOMIA & Cultura

Lugarzinho bom E

Fotos Divulgação

mbalado pela viola e sanfona do Trio Xapuri, o tradicional restaurante é um refúgio da agitação urbana. O terreno de 8 mil metros quadrados tem um quarto de sua área construída com decoração rústica. O restante é vegetação e natureza para desfrutar depois da refeição. Nelsa Trombino é a chef, dona e idealizadora do Restaurante Xapuri. É ela quem lidera o mutirão da cozinha, produzindo diariamente vinte receitas tipicamente mineiras. Ela é também uma figura muito querida de qualquer um que visite o restaurante, a quem sempre recebe com sorriso, simpatia e muitas histórias. O talento no fogão e a simpatia já conquistaram celebridades e críticos de gastronomia, gente que não abre mão de experimentar o clássico

carré de porco ao melaço e a linguiça enchida na casa, quando passa por Belo Horizonte. É gente que não sai do Xapuri sem passar pelas lojinhas da Dona Nelsa, onde são vendidos peças de artesanato em ferro, madeira, cerâmica ou potes dos doces servidos como sobremesa no restaurante.

Serviço

Restaurante Xapuri Rua Mandacaru, 260 – Pampulha (31) 3496-6198 De terças a quintas, das 11h00 às 23horas. Sextas e sábados, das 11h00 às 2horas. Domingos e feriados, das 11h00 às 18horas. www.restaurantexapuri.com.br

O chef da Assembleia C

olaborador e consultor de festivais no Brasil e no exterior, o chef Ivo Faria é referência em diversas culinárias. Prazeres da Mesa, Guia Quatro Rodas e Wine Spectator são algumas das publicações que premiaram o chef, à frente do restaurante Vecchio Sogno desde 1995. Políticos, gourmets, artistas, jornalistas e as tradicionais famílias da região são frequentemente vistos no Vecchio. As cozinhas criativas da Itália e do Brasil são as principais inspirações, mas não faltam toques de outros países para compor o

menu cosmopolita e original. “Apesar de ter estudado a linha francesa, optei pelo italiano porque tem mais em comum com a cozinha brasileira”, afirma Faria. “Gosto de valorizar as coisas de nossa terra.” Mais de 240 vinhos compõem a sofisticada carta. Portanto, não faltam opções que harmonizam com o tartare de salmão ao caviar ou com o lombo de bacalhau à la sarda. Criação exclusiva do chef, o nhoque sapori di maré acompanha um prato pintado à mão que pode ser levado como presente pelo cliente como recordação do pedido.

Serviço

Restaurante Vecchio Sogno Rua Martim de Carvalho, 75, 1º Piso da Assembleia Legislativa de Minas Gerais – Santo Agostinho – (31) 3292-5251 De segundas a quintas, das 11h00 às 0h30; Sextas, das 11h00 às 2horas; Sábados, das 18h00 às 2horas; Domingo, das 12h00 às 18horas.

Feijoada com chorinho

A

dica é simples: sábado de feijoada ao som de chorinho em um cenário espetacular. Em uma área verde de 30.000m2. Ao se aproximar do casarão onde está o restaurante, a impressão é de que se está chegando à casa principal de uma antiga fazenda. Não é à toa. As madeiras que deram forma ao casarão foram reaproveitadas das antigas fazendas. Pias, mesas e cristaleiras antigas ajudam a dar o ar imponente sem perder o lado simples e bucólico do campo. Lagoas, viveiros, baia, curral e cavalgadas são alguns dos atrativos oferecidos para tornar a tarde ainda mais agradável, além do que uma bela refeição pode proporcionar. O cardápio original é variado, com carnes, peixes e aves. A novidade para esta época é o cardápio de inverno, com fondues e caldos, que ficam ainda melhores com o cheiro de mato, o frescor do fim de tarde e o clarão da Lua.

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Serviço

Restaurante Fazenda Paladino Av. Gildo Macedo Lacerda, 300 – Pampulha – (31) 3447-6604 De terças a quintas, das 11h00 às 0hora; Sextas e sábados, das 11h00 às 1h30; Domingos e feriados, das 11h00 às 18 horas. www.restaurantepaladino.com.br


Dois lugares, quatro programas

Selecionamos duas edificações históricas e tradicionais na cidade de Belo Horizonte criadas por Oscar Niemeyer que são passagem obrigatória para quem quer conhecer a cidade. Mais do que referências arquitetônicas, as edificações se tornaram centros culturais e abrigam exposições itinerantes que valem a visita [ Por Carla Ciasca ]

Casa do Baile R

eferência da arquitetura moderna brasileira, o projeto original e o paisagismo da Casa do Baile foram concebidos por Oscar Niemeyer e Roberto Burle Marx que propunham uma integração total com o ambiente da lagoa. Niemeyer afirma ter sido o projeto com o qual ele se ocupou das curvas (sua marca registrada) com mais desenvoltura. A planta se desenvolve a partir de duas circunferências que se tangenciam internamente. Delas desprende-se uma marquise sinuosa, bem ao gosto barroco, que provoca o olhar e dialoga com as curvas das margens da represa. Essa marquise é suportada por colunas e termina em outro pequeno volume de forma amebóide. À frente desse volume, há um pequeno palco circular cercado por um lago. O projeto estrutural é de autoria do engenheiro Albino Froufe.

Museu de Arte da Pampulha

O

riginalmente construído para abrigar um cassino, o Museu de Arte da Pampulha, de Oscar Niemeyer, é uma das mais belas edificações brasileiras. As exposições de arte acontecem no Salão Nobre, no Mezanino e no Auditório. O prédio, parte integrante do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, foi projetado, em 1940, por Niemeyer, com jardins criados pelo paisagista Roberto Burle Marx, a pedido do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek. Completam o Conjunto Arquitetônico da Pampulha a Casa do Baile, a Igreja São Francisco e o Iate Clube. Em seu acervo, composto por aproximadamente mil obras, figuram as mais diversas escolas e tendências da arte moderna e contemporânea, como Guignard, José Pedrosa, Di Cavalcatni, Ivan Serpa, Ceschiatti, Franz Weissmann, Portinari, Renina Katz, Faiga Ostrower, Mary Vieira, Iberê Camargo, Edith Berhring, Goeldi, Tomie Ohtake, Amilcar de Castro, Burle Marx, Volpi, entre outros.

Olhar Pampulha

Mostra de 50 trabalhos selecionados e premiados no concurso fotográfico “Olhar Pampulha”, que destaca aspectos sobre a paisagem, meio ambiente, elementos arquitetônicos e atrativos turísticos da Pampulha. Promovido pela Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais. Endereço: Av. Otacílio Negrão de Lima, 751 - Pampulha Período: de 23/7 a 3/8. Horário: 3ª a domingo, das 9h00 às 19horas Informações: (31) 3277-7443

Coisário Cassino Museu

A mostra exibe um lote rico de obras nunca exposto integralmente, com peças de importantes nomes da história da arte inglesa, de artistas brasileiros e de outros acervos, procurando dialogar com coleções mineiras, públicas e privadas. Apresenta também artistas convidados como João Castilho, que traz um ensaio fotográfico sobre a arquitetura do Museu, e Sávio Reale. Endereço: Av. Otacílio Negrão de Lima, 16.585 - Pampulha Período: até dia 25/7 Horário: 3ª a domingo, das 9h00 às 19horas Informações: (31) 3277-7946

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Guia do Congresso Criamos este guia com as principais informações do XXXII Congresso da SBHCI para que você encontre facilmente todos os espaços do Expominas e concilie a programação científica com a exposição e os serviços oferecidos no evento

Lanchonetes Restaurante

Cyber Astrazeneca

Araxá

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POSTERES

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Credenciamento

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SBHCI

Hall de Credenciamento

Acesso

Mariana

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Sala Palestrantes

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Mídia Desk

Área de circulação

Abbott

Hall de credenciamento Auditórios Sanitários Área de acesso à internet Praça

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Sala de Reuniões

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Os 84 trabalhos de Temas Livres aprovados estarão expostos e serão apresentados neste espaço nos intervalos da programação científica, sendo 66 em hemodinâmica, divididos nas categorias, doença cardiovascular adquirida e doenças extracardíacas; e 18, em enfermagem/técnicos.

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POSTERES

Praça

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RESTAURANTE

ntin

O Boteco da Carne, do mesmo dono do Gonzaga Butiquim (indicado na seção de gastronomia) é o responsável pela área de alimentação do Congresso. A sugestão de Leonardo Marques, dono do restaurante, é o prato “Vem Kafka Comigo”, kafta a milanesa no espetinho, acompanhada de molho de alho especial, jiló japonês, batata frita com ervas e pétalas de cebola ao creme de leite e parmesão.

a

Sa

bar

á

Ouro Preto

TRANSPORTE Todas as manhãs e ao final de cada dia do Congresso haverá transporte gratuito entre o Expominas e os seguintes hotéis: • Mercure Lourdes • Belo Horizonte Plaza • Clarion Lourdes • BH Platinum Promenade • Ouro Minas Palace Hotel

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Abbott Vascular Angiomed Barrfab Boston Scientific BBraun Bioassist/Biosensors Biomedical Biotronik Boynton Cardiolife Cardiosystem Cellofarm Clinical Thinks CMS Covidien CRC Discomed Eli Lilly EPTCA Eurocor/CCL Fundação Costantini GE Healthcare Guerbet Hexacath HTS Intermedical Johnson & Johnson Justesa Line Life Medrad do Brasil Medtronic Micromedical Neomex Nuclemed Philips St. Jude Medical Scitechmed Shimadzu Siemens Signus do Brasil Sismed TEB Tecmedic Terumo Toshiba Transmai X-Pro

A numeração indicada neste mapa foi feita com base na lista por odem alfabética, e não ordem quotizada para venda de espaços.

Exposição da indústria Recomendamos que você aproveite os horários reservados na programação científica: das 10h00 às 10h30, das 16h00 às 16h45, no intervalo para almoço, e após as 18h30.


Curitiba Paraná

08 a 10

de junho

2 0 1 1

Infor mações (11) 3 8 4 9 5 0 3 4 eventos@sbhci.org.br www.sbhci.org.br


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