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Toy Story 2

JOSÉ CARLOS MALTEZ

Com a ideia inicial de criar uma sequela de Toy Story para o mercado de vídeo, a Disney cedo se entusiasmou com o projecto, decidindo votá-lo às salas de cinema. Para tal voltou a encomendar o filme à Pixar, novamente com John Lasseter ao leme, chegando-se a Toy Story 2 – Em Busca de Woody, que contava com todas as vozes que tinham dado vida aos bonecos do primeiro filme, e algumas personagens novas. No seu cerne, voltamos a ter Woody, o boneco que parece ser a consciência do quarto de brinquedos, e guardião do seu dono humano, Andy. Só que Woody é roubado por um coleccionador sem escrúpulos (voz de Wayne Knight), e vai conhecer um conjunto de outros cowboys que terão pertencido à colecção original de onde ele foi extraído. Resta a Woody a escolha entre pertencer a um conjunto que lhe garante a imortalidade num museu e a efemeridade das brincadeiras infantis, na função de educar emocionalmente as crianças que com ele brincam. Mais uma vez, como acontecera com o tomo anterior, o filme de Lasseter funciona a dois níveis. Por um lado temos o humor, ritmo de peripécias, e a dinâmica entre personagens – com Joan Cusack a emprestar brilhantemente voz à intrépida e efusiva cowgirl Jessie; por outro temos as ideias mais sérias, como o sentido de realização e pertença, e o olhar para o mundo dos brinquedos quer como uma criança o faria (como objectos de diversão que se usam até estarem desfeitos), quer como um adulto provavelmente o faz (como peças de colecção que se querem intactas e cujo valor é monetário e não emocional). E assim, sendo uma sequela (a primeira da Pixar), Toy Story 2 voltou a divertir e emocionar, valendo como uma obra que nada fica a dever à sua antecessora.

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Título nacional: Toy Story 2 - Em Busca de Woody Realização: John Lasseter, Ash Brannon e Lee Unkrich Elenco: Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack, Don Rickles Ano: 1999

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