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Escapismo? Sim, obrigado! . editorial
from Take 52
ESCAPISMO? SIM, OBRIGADO!
SARA GALVÃO
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“Quando a vida te deprime, sabes o que tens de fazer? Continua a nadar.” – palavras da grande filósofa azul Dory.
Se havia melhor altura para rever os clássicos da Pixar, não fui informada. Por estes dias, caíram que nem um mimo. Um mundo 3D extra colorido onde há alegria e esperança e não há referência a vocês-sabem-bem-oquê? Sim, sim, e sim. Escrever um editorial no final de 2020 sem martelar sem precedente no teclado? Provavelmente proibido por lei.
Os filmes de que falamos nas próximas páginas são, na sua maioria, um enorme testamento à criatividade e resiliência humana. Numa altura em que a maior parte dos governos parece ter-se esquecido do poder e importância das Artes, ver um peixe-palhaço atravessar o oceano pelo filho é, de certo modo, reconfortante. Sim, Marlin, também nós atravessaremos o oceano em direcção a parte incerta, e bolas se não nos havemos de divertir (q.b.) enquanto o fazemos. Apesar de tudo o que acontece fora da minha bolha sanitária.
Se isto fosse um filme, estaríamos no meio do segundo acto, antes das coisas ficarem mesmo negras e antes da grande transformação do terceiro e final acto. Ou então estamos todos numa prequela do Wall-E e ninguém nos disse nada (põe o ouvido à escuta para ver se topas a banda sonora do Thomas Newman).
Esta é uma edição que celebra uma produtora que, ao longo dos anos, trouxe alegria e emoção aos nossos corações enquanto expandia os limites da tecnologia para melhor servir as suas histórias. Estes filmes são mais do que escapismo. São odes à condição humana.
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