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The Good Dinosaur
from Take 52
ANTÓNIO ARAÚJO
A Viagem de Arlo conta uma História alternativa em que o meteorito que provocaria a extinção dos dinossauros falha a Terra por um triz, num momento de humor inspirado, e a evolução coloca estes míticos animais no caminho da inteligência, vindo-se a cruzar com os primatas a dar os primeiros passos em direcção à Humanidade. Arlo é um jovem apatossauro com dificuldade em atingir o seu potencial na quinta da família. Quando, numa incursão para lá dos limites do seu espaço seguro, encontra-se só e longe de casa, forma uma aliança inesperada com uma criança humana selvagem na tentativa de voltar a casa. Pelo caminho vão viver perigos e aventuras, fortalecendo o laço que os une e ultrapassando medos e preconceitos.
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Se as produções da Pixar são sempre atribuladas, com as narrativas em constante mutação e evolução, A Viagem de Arlo foi o segundo título — depois de Brave: Indomável — em que as atribulações tomaram proporções problemáticas. O realizador Bob Peterson foi afastado do projecto em 2013, a um ano da estreia planeada, na sequência de diferenças criativas e problemas no desenvolvimento da história. A Pixar vivia o seu primeiro momento de quebra de qualidade, e foi neste contexto que Peter Sohn tomou as rédeas à produção e retrabalhou completamente a história.
Por causa dos atrasos, o filme viria a estrear em 2015, tal como Inside Out – Divertidamente, a primeira vez que a Pixar estreou dois filmes no mesmo ano. Dada a popularidade daquele título, o “bom dinossauro” passou relativamente despercebido. Não sendo um ponto alto da produtora, é, no entanto, um filme simpático com uma narrativa simples que parece, de certa forma, desmerecer os deslumbrantes cenários de realismo fotográfico, em notório contraste com as opções visuais para as personagens, nitidamente apontadas aos mais novos.
Título nacional: A Viagem de Arlo Realização: Peter Sohn Elenco: Jeffrey Wright, Frances McDormand, Raymond Ochoa, Jack Bright Ano: 2015