PARQUE E CIDADE
MOBILIDADE Do ponto de vista de transportes, na região de Águas Claras são claramente identificados grandes ramais de transporte priorizando as ligações entre centro e periferia. Já os deslocamentos transversais, na direção Norte-Sul, estão prejudicados pela linha férrea. Em contrapartida ao eixo Leste-Oeste, tais deslocamentos possuem importância predominantemente local, e, por isso, são caracterizados por percursos mais curtos, adequados a MOBILIDADE A PÉ e a meios de transporte não motorizados.
EQUIPAMENTOS Entendidos no bojo da leitura e proposta urbanísticas manifestadas, o atendimento ao solicitado no Termo de Referência se pautou pela concepção e distribuição destes elementos como MARCOS na paisagem. Suas formas e implantações estratégicas, mescladas no tecido urbano, os qualificam como orientadores de percurso na escala do território. Elementos com identidade própria capazes de fornecer aos cidadãos referências para o estabelecimento de intercomunicação visual, tanto interno ao parque propriamente dito quanto no tecido urbano no qual se inserem.
MOBILIÁRIO URBANO
R
EIXOS REGIONAIS X EIXOS LOCAIS
EIXO COTIDIANO
ZE
Dada a situação territorial peculiar, os percursos complementares se organizam de formas diversas. O resultado esperado, todavia, vai além da mera circulação através de eixos pré-determinados. O que se propõe é ATRAVESSAR de forma cuidadosa as áreas verdes, servindo de instrumento tanto para apropriação do potencial paisagístico do cerrado, com suas nuances e variantes, quanto para o equacionamento do programa solicitado e ampliado. Além dos pontos nodais e atividades programáticas, esta proposta considera a distribuição estratégica do mobiliário urbano como ferramenta de ativação de lugares de variadas escalas. Considerados nesta proposta como elementos que, além de abrigar funções de apoio e programáticas, também serão instrumentos para dinamizar espaços de pouca ou nenhuma atividade, definir bordas ativas para interface entre o parque e os demais usos lindeiros e qualificar a caminhabilidade dentro e fora dos limites estritos do parque.
LA
Adotou-se como ideia central a recomposição da paisagem e da flora utilizando espécies nativas. Inicia-se a norte, mediante conformação de um corredor ecológico desde o Parque Ecológico de Águas Claras, que adentra o Parque Central aravés de generosas faixas verdes, tanto de forração quanto de cobertura vegetal. Esse ‘CONECTOR’ ambiental vai, aos poucos, sendo pulverizado pelas demais áreas seguindo critérios paisagísticos precisos. As novas coberturas vegetais serão parte do repertório de técnicas para mitigação dos processos erosivos. Para o elemento água, por sua vez, optou-se por técnicas de manejo, mediante condução de fluxos superficiais e reorganização parcial da drenagem urbana. As VEREDAS foram apropriadas tanto como elemento paisagístico quanto como técnica de retenção e infiltração. Sua conformação foi obtida nos pontos baixos de cada quadra mediante pequenas modelagens de terreno. Tendo em mente a demanda por manutenção da vegetação e a promoção de melhoria nas condições ambientais dos espaços livres, propõe-se: empréstimo ao lençol freático e o armazenamento do excedente das chuvas torrenciais. Para fins de sustentabilidade, todavia, sugere-se a atualização do modelo da infraestrutura local de saneamento e drenagem, aproveitando os novos empreendimentos como oportunidade latente.
ENTORNO DO PARQUE CENTRAL: FACHADAS ‘INATIVAS’ E OPORTUNIDADES DE ATIVAÇÃO FUTURAS
DE
AMBIENTAL
A partir dessa análise, a proposta prioriza os deslocamentos transversais ao eixo Leste-Oeste. Tais elementos têm potencial para hierarquizar o sistema viário da região, de modo a estimular os deslocamentos a pé entre as porções Norte e Sul, guiando os pedestres para os pontos de referência. São propostos dois eixos principais, com características distintas. O primeiro, denominado EIXO COTIDIANO, tem caráter mais abrangente, conectando diretamente as principais áreas verdes do dia-a-dia - Parque Sul e Praça - ao Parque Ecológico, facilitando a comunicação entre as porções Norte e Sul e definindo um importante eixo estruturador dos deslocamentos dos pedestres. Cabe ao EIXO DE LAZER, prover a necessária continuidade aos espaços atualmente fragmentados que compõem o Parque Central, também afetado pelo sistema viário da região, tornando objetivo deste segundo eixo conectá-las. Seu trajeto articula, em um único percurso, a maior quantidade de porções de parque possíveis.
XO
O que mais se apreende da leitura urbanística do Águas Claras Vertical são os efeitos colaterais de uma visão distorcida da ideia de adensamento. Para além da crítica, todavia, faz-se necessário identificar e potencializar os avanços em relação aos rígidos princípios de ordenação do espaço urbano do Plano Piloto. Assim sendo, procurou-se consolidar as salutares estratégias relacionadas à compacidade e ao ordenamento territorial a partir do transporte público de alta capacidade. Levando em consideração o caráter de processo ainda incompleto desta urbanização acredita-se que questões de fundo como o tipo de verticalização, os arranjos espaciais, taxas de adensamento construtivo, entre outros, poderão ser rediscutidas a fim de recuperar parte dos prejuízos. Nesse sentido, a resposta aqui apresentada se coloca tanto como solução a uma interpretação ampliada das questões elencadas no Termo de Referência, como também na perspectiva de sensibilizar para a oportunidade ímpar de reorientar o processo de urbanização do território. Se faz necessário promover a aderência da população ao espaço público, conferindo-lhe atributos de LUGAR, cuja qualidade deverá ter a capacidade de servir à população dos setores circunvizinhos e também daqueles acessíveis via sistema de transporte. A proposta se orienta por estratégias que buscam calibrar a escala humana no território, dotando o espaço público de qualidades de estruturação da convivência. Diante do exposto, o PARTIDO se estrutura em 4 eixos temáticos, a saber:
EI
CONCEITUAÇÃO
ESCALA LOCAL: EIXOS NORTE-SUL PROPOSTOS
PERCURSOS Em meio à falta de legibilidade da paisagem do local, a proposta lança mão de artifícios literais para unir os fragmentos, concentrando travessias em pontos específicos para minimizar o atrito com o trânsito. Sem a objetividade do Eixo Cotidiano, a continuidade paisagística do percurso que se desenvolve pelo Eixo de Lazer é assegurada dotando o percurso de trajetos fluídos com declividades mínimas, garantindo ao mesmo tempo os gabaritos mínimos necessários para a transposição do ramal ferroviário aflorado. Em contraste à unidade de pavimentação, a riqueza do percurso seria possibilitada através da setorização das atividades do parque. Partindo da fragmentação oferecida pelo contexto, cada porção desse colar abrigará programas diferentes, com características vegetativas e compositivas distintas. EIXO VISUAL FEIRA - BIBLIOTECA
Concurso Público Nacional de Projetos Arquitetura e Paisagismo Parques Central e Sul de Águas Claras - DF
EIXO VISUAL BIBLIOTECA - TEATRO DE ARENA
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