TFG | FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA | Novas perspectivas para o encontro| Tassia Botti

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FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA Novas Perspectivas para o Encontro TASSIA BOTTI BOZZA

Universidade São Judas Tadeu Trabalho Final de Graduação Orientadora: Luciana Tombi Brasil São Paulo, 2015


ACADEMIA INTEGRADA DE ARTES CIRCENSES VILA PENTEADO


FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA Novas Perspectivas para o Encontro TASSIA BOTTI BOZZA

Universidade São Judas Tadeu Trabalho Final de Graduação Orientadora: Luciana Tombi Brasil São Paulo, 2015


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Primeiramente agradeço à energia que me sustenta e me dá forças para seguir em frente buscando sempre melhorar meu desempenho e seguir realizando todos os meus objetivos e sonhos. Dedico esse trabalho aos meus pais Rita de Cássia Botti Bozza e Einer Bozza que me proporcionaram a realização do curso de Arquitetura e Urbanismo, sabendo que meu objetivo maior é alcançar a excelência da profissão e ser um agente qualificador da cidade. Agradeço a minha orientadora Luciana Tombi Brasil que me acompanhou em todo o processo de desenvolvimento do projeto, nas discussões e descobertas sobre esse tema, aos professores de todos os anos que me deram base para eu me estruturar e iniciar a profissão consciente da importância desse profissional no cenário urbano, e aos meus colegas que trouxeram experiências e informações pertinentes em relação à vivência e interpretação de cada um sobre o que é Arquitetura e Urbanismo.

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SUMÁRIO

CENÁRIOS APRESENTANDO: A ARTE DO CIRCO

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1. O SÍTIO E SUAS INFLUÊNCIAS

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1.1 Fato Urbano

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2. URBANIZAÇÃO CRÍTICA - OCUPAÇÃO MARGINAL

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2.1 A Macrodrenagem como desenho urbano

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2.1.1 Soluções técnicas

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2.2 Soluções técnicas adotadas no Sítio

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ESPECULAÇÃO ANÁLISE LOCAL 3. INVESTIGANDO O TERRITÓRIO

3.1. Legislação Urbanística

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PROPOSIÇÃO 4. PROJETO

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4.2. Programa

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4.3 Especulações sensitivas

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4.4. Projeto

60

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APÊNDICE Mais áreas em São Paulo

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5. ESTUDO DE CASO - De onde vem ?

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5.1 Espacial

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5.2. Racional e Programático

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5.3 Integração

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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4.1. Partido


INTRODUÇÃO

O Tema do Trabalho Final de Graduação surge de uma inquietude sobre o ‘não uso’ dos espaços fragmentados da cidade conhecidos como reservatórios de detenção de águas pluviais ou ‘piscinões’, resultado das ações imediatistas na implantação das infraestruturas de drenagem urbana. Por observações do espaço, compreende-se as influências das dinâmicas socioeconômicas na organização espacial, reconhecendo os métodos de resoluções na arquitetura e a partir de intervenções projetuais tem como foco condicioná-los à integração e fluidez do espaço. A partir das variáveis sobre o território, a água aparece como elemento estruturador do produto urbano estabelecido, sendo um fator compositivo do espaço, essencial ao ser humano, mas que hoje é visto como obstáculo na cidade. Ela desempenha papel fundamental na sua estruturação, no entanto, apresenta-se ausente na paisagem, e se presente, torna-se devastadora, invadindo o que a princípio seria seu (as margens), mas que hoje é de domínio da cidade. A questão não se restringe à presença da água em sua excelência na paisagem e o USO do espaço que é destinado à infraestrutura de drenagem (piscinão), mas sim à falta da sistematização das políticas urbanas setoriais e a um conjunto de fatores legais de gestão e manutenção dos instrumentos que orientam a disciplina dos recursos hídricos junto à urbanização. Entende-se que essa discussão se estende na multidisciplinaridade, pois se apresenta complexa incorporando questões sociais e ambientais. A técnica utilizada na infraestrutura dos reservatórios abertos seria barata e a sua implantação se daria em áreas não valorizadas, ou seja, tal investimento para esse tipo de reservatório é viável em regiões periféricas com grandes demandas que não tenham uma importância econômica e financeira significativa para a cidade. É nesse diálogo da urbanização crítica e da fragmentação dos espaços que o trabalho busca possibilidades de integração através da destinação e articulação do fato urbano (piscinão) - a um equipamento público urbano existente no local – Circo-Escola feito de lona, induzindo a sua resignificância e identidade, e assim revertendo seu caráter de “não lugar”.


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APRESENTAMOS

A ARTE DO CIRCO EM NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO A proposta do trabalho de conclusão de curso é intervir em uma área periférica da zona norte de São Paulo, especificamente na Brasilândia - Vila Penteado, resultando em um equipamento público de caráter socio-cultural e na reestruturação conceitual das técnicas de drenagem qualificadas no espaço público. Apresentamos a

Academia Integrada de Artes Circenses Penteado. O Circo Escola Penteado foi constatado em uma área de influência direta de 600 metros radial como o único equipamento público de maior influência social e cultural que atinge todas as faixas etárias. No entanto, por ser administrado pela Secretaria da Assistência Social, possuem vagas somente a pessoas de classe baixa. Analisando em âmbito local qual a função desse equipamento existente na comunidade pôde ser avaliada a falta de uma melhor infraestrutura construtiva, mas sua potencialidade como precursor dos espaços de encontro, de possibilidades culturais, educacionais e integradoras compõem todos os elementos conceituais de PRESENÇA estudados nesta pesquisa. Tratando o objeto como o enfrentamento do problema da fragmentação espacial e consequentemente social associada à infraestrutura de macrodrenagem, e buscando instrumentos de reversão que darão continuidade e urbanidade a esses espaços, o circo-escola torna-se o produto de ativação da reestruturação urbana nessa área. Consegue-se uma solução? Pode-se dizer que talvez. Encontrar a melhor forma de possuir o espaço é enfrentar diversas questões que permeiam pelos debates interdisciplinares e que ainda sim relutam em encontrar a melhor fórmula.

1º Croqui do cenário ideal Fonte: Acervo pessoal - Memorial do circo


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CROQU

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UI

Dizer que existe um programa certo ao território analisado para rebater os empates na sua AUSÊNCIA é fechar os olhos e idealizar o mundo que queremos. Investigando intenções existentes, potenciais reluzentes, encontra-se um produto da fluidez, da espacialidade (literalmente), arquitetando as relações da paisagem e das entranhas sociais: Circo Escola. Um equipamento interessante. É curioso que por muito tempo ocupa seu espaço nas atividades cotidianas do mundo. Estabelecer relações diretas ao problema diagnosticado revela um grande esforço, entendendo uma arquitetura “nômade” a princípio, na intenção de permanência e fluidez de sua ação. Mas estudando a sua trajetória, podem-se constatar muitos vínculos com espaços, movimento, fluidez, mobilidade, provocação, ocupação desse cenário que se incorpora na paisagem, hoje, de forma rude, estúpida. Tendência de um conjunto poético ritmado, disciplinado, o Circo Escola potencializado poderá superar suas fronteiras na base espacial, na arquitetura da paisagem urbana e principalmente, nas condições de ocupação e usufruto dos espaços.

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Os espaços são criados a partir da intenção que se quer ter. Espaços que surgem como centro das dinâmicas e relações sociais, econômicas e políticas; espaços geridos pela religiosidade, pela comunhão; espaços entendidos como pontos de encontro, permanência, descanso; espaços de travessia, dinâmicos, de passagem, de trocas; Ou talvez espaços entre duas pessoas, entre dois corpos, entre vãos, em uma fresta. No entanto, tem-se espaços restantes, esses que estão em toda parte, tomando conta do SEU espaço na cidade, espaços vazios, torturantes, obscuros, sombrios, espaços úmidos, que nem se quer oferecem uma sombra, e se oferecem, fazem-no de monte a ponto de congelar seus dedos e deixá-lo desconfortável.

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E é com prazer que se ilustra um pouco da trajetória dessa arquitetura efêmera têxtil que envolve o ser e o espaço em um ato, em um instante, em qualquer lugar, independente do contexto ameaçado pela cidade grande que engole as pessoas e diluem suas percepções e sentidos.

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Quem disse que criamos esses espaços? Essa necessidade é uma justificativa para o convívio, para a confraternização, para o conhecimento mútuo, na sua mais simples condição, para a gentileza de cidade. A busca é constante por fluidez entre a ausência e a presença deles. A busca é para o seu preenchimento com urbanidade.


1886 1926

Na Argentina, José Podestã inaugura o gênero Circo Criollo Primeira ESCOLA oficial de circo do mundo - Escola de Circo de Moscou

1856

1859

Circo de Angelo Onofre se apresenta em Sorocaba EUA, Phineas Taylor Barnum abre o Museu Americano de Barnu. Circo Equestre de Alexandre Lowande talvez o primeiro circo norte-americano a chegar ao Brasil

1864

1854

Inauguração da primeira ferrovia brasileira, a Estrada de Ferro Mauá, em Petrópolis

Companhia Cândido Ferraz e Custodio Amazonas se apresentam em Minas Gerais

1835

Espetáculo de Chiarini e família realizada no Teatro João Caetano, um tipo de espetáculo apresentado à figura do palhaço

Padre Anchieta é considerado precursor do teatro nacional

Circo Equestre de Alexandre Lowande Fonte: Acervo pessoal - Memorial do circo

MUNDO

1880

1842

EUA, Phineas Taylor Barnum lança um circo com três picadeiros

Circo Napoleão (França) o ginasta Jules Leotard inventa o trapézio voador

EUA, Phineas Taylor Barnum, abre o Museu Americano de Bamu. Circo Equestre de Alexandre Lowande talvez o primeiro circo norte-americano a chegar ao Brasil

J. Purdy Brown estabelece a LONA DE CIRCO (chapiteau), tornando-se símbolo da independência e do nomadismo dos artistas de circo

1825

1793

Circo como instituição moderna de espetáculo. Charles Hughes leva o circo para Rússia Bill Ricketts abre um circo na Filadélfia, EUA

Fim séc XVIII

PALHAÇO DE CIRCO foi considerado um personagem cômico novo, pois mescla o palhaço de tablado de feira. Surgem os diferentes tipos de criados da Commedia dell” arte, as cenas tradicionais do clown inglês, o clown da pantomima e o jester shakesperiano

1768

1680

Em 1680, a Commedie Française conquista o privilégio de ser a única companhia autorizada a representar em frencês INGLATERRA - Londres. Phiplip Astley constroi um anfiteatro a céu aberto com um picadeiro de 13 metros de diâmetro.

1176

Idade Média

Criada a feira de Saint Germain em 1176, e depois, a de Saint Lazar, mais tarde as de Sturbridge e Southwark, na Inglaterr; Frankfurt, Colônia, Nuremberg e Leipzig, na Alemanha; Florença, Nápoles, Veneza, Milão e Gênova, na Itália; Medina na Espanha e Nijni-Novgorod na Rússia

A feira de Saint Denis, por Dagoberto em 629

AO LONGO DO TEMPO EUA – Phineas Taylor Barnum com três picadeiros; Fonte: Acervo pessoal - Memorial do circo Arrelia se apresenta no circo dos Irmãos Seyssel – Lg. da Pólvora, Liberdade; Fonte: Acervo pessoal Memorial do Circo


1999 2006 2009

Circonferência com oficiais e seminários sobre o “Circo contemporâneo” Circo encerra suas atividades nasce o CIRCO ZANNI CENTRO DE MEMÓRIA DO CIRCO

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1988

CiIRCO MÍNIMO - voltado para jovens em situação de risco que usa o circo para cultura e conhecimento

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SÃO PAULO

1985

Surge o Circo Spacial

1977

1976

1972

Apresentação do circo de Piolin no Masp Fonte: Acervo pessoal - Memorial do Circo

ACADEMIA PIOLIN DE ARTES CIRCENSES comandada por Francisco Colman

PESQUISA CIRCO - Espetáculo de Periferia pelo Departamento de Informação e Documentação Artística - IDART (Secretaria Municipal de Cultural de São Paulo). O “Café dos Artistas” sediado inicialmente no Largo do Rosário, atual Praça Antônio Prado passou a acontecer no LARGO DO PAISSANDU, chegando a reunir mais de 600 pessoas em torno de vários cafés - Ponto Chic, Juca Pato, 518

Circo PIOLIN é armado no Belvedere do Museu de Arte de São Paulo (MASP) e, nesse ano, a data de aniversário do palhaço se transforma no DIA NACIONAL DO CIRCO

1949

1934

Família Sbano inaugura o Circo Sbano. Circo Garcia tornase um dos primeiros circos brasileiros da época a apresentar espetáculos de variedades Associação Brasileira de Empresários e Proprietários de Circo

1928

1925

1920

1884

1991

1984

Circo do Danilo foi fundado o Sindicato dos Artistas de São Paulo

Surgimento do Circo Garcia

Federação Circense, a primeira associação brasileira de classe artística, reunindo 831 sódios espalhados em 39 circos Semana de Arte Moderna

Federação Circense foi gerada e administrada Circo Queirolo e Alcebiades

Em SÃO PAULO, o Grande Circo Europeu, de Paulo Serino, apresenta-se no Largo São Bento e o Circo Pery, de Manoel Pery, excursiona por Minas Gerais

BRASIL

Casa do Teatro Amador, o atual Teatro Funarte, projetado por Oscar Niemeyer, Brasília. Dois festivais internacionais de circo em BH e Recife

José Wilson Moura Leite, trapezista, cria o Circo Escola Picadeiro

1982

1977

Circo Piolin - Paraíba, Nordeste Escola Nacional de Circo RJ

1871

Bartolomeu constroi o maior teatro da corte: o Imperial Teatro D. Bartolomeu Circos Nerino e Garcia Circo de Ângelo Onofre em Sorocaba Fonte : Acervo pessoal - Memorial do Circo Lg. Paissandú - hoje Memorial do Circo; Fonte: http://colunas. cbn.globoradio.globo.com/platb/miltonjung/tag/cinema/


CENÁRIOS

O SÍTIO E SUAS INFLUÊNCIAS

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OBSTÁCULOS E POTENCIAIS

É possível constatar que como soluções aos problemas de enchentes no Brasil, a construção de reservatórios de detenção e regulação das águas pluviais nomeado “piscinão” é frequente. Sua função é acumular água e retardar a vazão, reduzindo os riscos de transbordamento dos cursos d’água. Hoje o piscinão substitui os meandros dos rios que antes faziam o papel de reservar e acomodar as cheias dos cursos d’água, fenômeno natural que ocorre pelo ciclo hídrico e de seu sítio. De acordo com o artigo Vazios d´água de Fernando Mello Franco, na época de sua publicação, existiam 39 piscinões construídos em 131 projetos de obras que reservariam 15,5 milhões de m³ de água na região metropolitana de São Paulo. É ai que podemos perceber a quantidade de obras e a persistência das enchentes. Essa solução entende-se como uma ação emergencial, onde o planejamento não aparece. São vazios que tem grandes potenciais, mas que não recebem importância pela população, ocultos que são desconhecidos por moradores e usuários e que permitem a presença de ausência. A construção desses vazios urbanos é fato em São Paulo, mas podem ser aproveitados na difusão de redes de espaços públicos e é nessa linha que o trabalho se desenvolve. A preservação dos recursos hídricos e a promoção de permeabilidade do solo através de instrumentos urbanísticos da paisagem são essenciais no início de uma intervenção em áreas inundáveis. O trabalho tenta ilustrar a integração das intervenções nas localidades por croquis, desde o início da água nas nascentes até o enxultório, onde se encontra com o rio estrutural (Tietê) sendo essencial para a continuidade da qualificação da paisagem.

NOTA: FRANCO, Fernando de Mello. A construção do Caminho. A estruturação da metrópole pela conformação técnica das várzeas e planícies fluviais da Bacia de São Paulo. Tese de doutorado, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, FAU-USP, 2005.


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CENÁRIOS

Condicionar essas áreas a uma infraestrutura de drenagem que não exerça sua função social em uma cidade onde se procura espaços comuns, de convívio, de permanência, de mobilidade e gentileza é negar que o “piscinão” ou oficialmente conhecido como reservatório de detenção/ Retenção de águas pluviais seja um obstáculo ao uso, um grande vazio sem rumo, um perigo à saúde, um bloqueio a fluidez da água por entre a terra, um pecado à paisagem. As providências quanto ao planejamento e gestão dos recursos hídricos estão sendo feitas conforme os interesses específicos dos grandes empreiteiros e empresas. O que fazer com esse “buraco” criado? A partir de um primeiro olhar ao território investigando seu(s) caráter (s), pode-se entender as suas virtudes e defeitos que contrariariam o uso contínuo do território. O primeiro passo foi desafiar as possibilidades de integração do piscinão à cidade. Encontrar um meio de interagir fisicamente uma infraestrutura, que atualmente não cumpre função social, provocando reencontros com o ausente, que não fazia parte de seu cotidiano e que agora resurgira das águas. O terreno em frente (público) representou as intenções de intervenção, permitindo uma possibilidade real de integração física, de conectividade, fluidez, visibilidade, ENCONTRO, o estar, o BEM-ESTAR, a permanência, o nó que entrelaça os meios físicos, principalmente na mobilidade e na perspectiva visual (ver croqui, p.19).


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CENÁRIOS

1.1 Com base em Aldo Rossi, o Fato Urbano nasce dos componentes únicos da cidade: uma rua, uma comunidade ou uma construção. Segundo ele, o Fato Urbano se alimenta das transformações urbanas constantes. A dinamização da cidade iniciase na transformação da sociedade. Para o autor, os fatos urbanos de um território não devem ser estagnados. O fator histórico do lugar não deve prejudicar o seu desenvolvimento, mas a transformação futura também não pode intervir agressivamente no lugar, pois o passado traz seus significados e em alguns casos, a funcionalidade ativa. Para que o fato urbano seja recuperado, na busca de sua continuidade na cidade, e ainda sim com a permanência de sua essência, seria necessário, segundo Rossi, a sua manutenção plena na garantia de sua qualidade. É claro que a leitura do território e o entendimento das afetividades sociais para com os fatos urbanos é de suma importância na interpretação de proposições projetuais. Seguindo o raciocínio de Aldo Rossi, o território analisado apresenta-se frágil no reconhecimento dos fatos urbanos. Isso porque em uma região periférica a afetividade com o lugar só é possível quando há um entroncamento político de gestão dos espaços públicos e de sua manutenção, fato esse que não ocorre em sua excelência por mudanças significativas de governo e de seus planos de trabalho principalmente na periferia. No entanto, nada impede que lugares esquecidos pelo setor público e pela própria sociedade sejam transformados com novos significados sem que haja transformações ante-históricas, negando o processo de urbanização. A partir de uma leitura rápida de Rossi, as intenções de qualificação do sítio passam a ser mais estratégicas, entendendo as potencialidades e reaproveitando a funcionalidade do fato urbano para buscar novos horizontes, e que nesse caso, está representado pelo reservatório de detenção de águas pluviais.

FATO URBANO


Retrata o Teatro del Mondo como obra que participa do contexto e revela os fatos urbanos da cidade de Veneza. Fonte: http://www.designboom.com/history/teatromondo/4.jpg

Imagem do Piscinão e no fundo o conjunto habitacional de alta densidade construtiva Fonte: Acervo pessoal

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CONTEXTO + URBANO + HISTÓRIA + IMPORTÂNCIA


CENÁRIOS

URBANIZAÇÃO CRÍTICA

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OCUPAÇÃO MARGINAL

Mapa do plano de Saturnino de Brito para retificar o Tietê. Uma rede de navegação nos rios e represas da cidade, com portos, canais e barragens para ordenar o fluxo de balsas e barcos que transportariam passageiros e cargas de baixo valor agregado, como lixo, entulho, terra e lodo, entre outros projetos integrados. Fonte: http://revistatrip.uol.com.br/revista/193/especial/sao-paulo-e-o-rio.html


CAVALCANTI, Maria João. Ribeiro de Figueiredo. Córregos ocultos: redescobrindo a cidade. Tese de graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, Junho, 2009.

MATTES, Delmar. “O Espaço das Águas: As Várzeas de Inundação na Cidade de São Paulo”. São Paulo, 2001. Dissertação (Mestrado) Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo.

Essa ausência e perda de espaço viria de um processo desenvolvimentista, identificado como causa das retificações dos cursos d’água para a implantação das malhas viárias, das obras de urbanização e ocupação dos sítios em margem, e que por consequência de um não planejamento sustentável do uso do solo em fundo de vale haveria a alteração do ciclo hídrico e o impacto nocivo aos que habitam suas proximidades. Mesmo com essa urbanização exacerbada, a preocupação com o planejamento e o projeto de macrodrenagem já estaria presente desde a década de 20.

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

Oficial do Estado de São Paulo, 2004.

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Um dos projetos chefiado por Saturnino de Brito, realizado pela Comissão de Melhoramentos do Rio Tietê (1924), previa a navegabilidade mantendo o perfil natural do rio e sua sinuosidade, intervindo somente em alguns trechos que extravasavam as margens. Tinha o objetivo de aumentar sua vazão, propondo avenidas e parques para as áreas de várzeas.¹ Já era uma posição planejada sobre as prevenções na ocupação próxima aos cursos d’água (ver planta NOTA: p.24). No entanto, as obras de Saturnino foram terminadas por Ulhoa AB’SÁBER, Aziz Nacib.São Paulo: Ensaios Entreveros/ Aziz Nacib Cintra, diminuindo as áreas destinadas a acomodação das águas Ab’Saber. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo/ Imprensa para o alargamento das grandes avenidas .

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A expansão da cidade de São Paulo aconteceria sobre suas várzeas a partir da década de 20, e com a implantação do Plano de Avenidas, apresentado por Prestes Maia em 1930, soluções como a retificação e o enterramento dos córregos da cidade tornar-seia uma das principais ações dos governos nessa etapa. As redes de drenagem de toda a cidade passaria agora a ser tubuladas em galerias subterrâneas.A intenção provável seria proporcionar o uso urbano onde antes as águas invadiam em seu curso natural as suas margens.


CENÁRIOS

2.1

A MACRODRENAGEM COMO DESENHO URBANO

A partir da década de 60, a preocupação com esses problemas de inundação tornam-se frequentes em quase todos os trechos da cidade, com intervenções nas áreas de várzea para a ocupação urbana já descontrolada. O governo municipal de São Paulo, responsável pelas ações quanto a água na cidade, passaria a administração direta dos recursos hídricos para competência do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE). Como autarquia federal, seria a forma legal de conseguir recursos dos entes da União e do Estado no envolvimento de obras em várzeas paulistanas. (TRAVASSOS, 2004. p. 37). Segundo GORSKI (2010), as primeiras manifestações quanto a preocupação com o meio ambiente surge de George Marsh em 1862. Em 1891, é criada a lei das reservas florestais e em 1911, a lei de proteção das nascentes de cursos d’água. Partindo de estudos de SARAIVA( (2005) e BARBIERI (1997), GORSKI (2010) retrata a evolução dos estudos de preservação e gestão dos recursos naturais em três etapas: 1) Salvaguardas ambientais (déc. 60 a 70): políticas normativas e restrições nas atividades geradoras de poluição. 2) Gestão de recursos (dec. 70 a 80): levantamento da ineficiência na gestão e a preocupação na prevenção da poluição e em melhoramentos dos sistemas de produção, utilizando de tecnologia e sustentabilidade. 3) Desenvolvimento sustentável (1980): indicação das ameaça ao meio ambiente, integração entre os princípios ecológicos e econômicos, pensando em políticas de desenvolvimento que busque o equilíbrio no ciclo da vida. Em 1972, é organizado pela ONU – Organização Nacional das Nações Unidas, em Estocolmo, na Suíça, a I Conferência das Nações

Políticas públicas integradas. Fonte: Gestão de águas pluviais - Carlos E.M Tucci, p. 144.


Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, sendo o primeiro evento a pensar na preservação dos recursos naturais. A I Conferência das Nações Unidas sobre os recursos hídricos é realizada em Mar del Plata, Argentina, em 1977. Em 1983, o III Encontro Mundial da ONU, cria a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), coordenada por Bruntland. Em 1992, documentos como Mudança Climática, Convenção sobre Diversidade Biológica, Princípios para Manejo e Conservação de Florestas, Declaração do Rio e Agenda 21. A ECO-92, ocorre a Conferência Internacional da ONU sobre Água e Meio Ambiente, em Dublin, Irlanda. O Rio +10 , ocorreria em Joanesburgo, África do Sul, em 2002.

GORSKI, Maria Cecília Barbieri. Rios e cidades. Ruptura e Reconciliação/ Maria Cecília Barbieri Gorski. – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2010.

É essa resolução crua e sem lógica urbana vista na citação acima que se repete por toda a cidade de São Paulo e que mesmo com todos os estudos, reuniões e grandes eventos sobre a forma de interpretar corretamente as implantações de infraestruturas e da própria urbanização os governos tendem a continuar com ela. PrecisaBARBIERI, J. C. Desenvolvimento e meio ambiente. As estratégias de se pensar de forma responsável como reverter esse quadro tão grave mudança da Agenda 21. Petrópolis: Vozes, 1997. para o futuro da sociedade. SARAIVA, Maria da Graça Amaral Neto. O rio como paisagem: gestão de corredores fluviais no quadro do ordenamento do território. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian/ Fundação para a Ciência e Tecnologia, 1999.

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¹ TUCCI, Carlos E. M. Gestão de Águas Pluviais Urbanas/ Carlos E.M. Tucci – Ministério das Cidades – Global Water Partnership – Wolrd Bank – Unesco 2005.

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NOTA:

“O planejador urbano desenvolve a ocupação ciente de que o engenheiro de transportes de saneamento e de outras infraestruturas encontrará uma solução para o uso do solo planejado ou espontâneo que ocorre nas cidades. Neste sentido a água é retirada do manancial de montante (que se espera que não esteja poluído) e entregue a jusante sem tratamento, a drenagem é projetada para retirar a água o mais rápido possível de cada local, transferindo para jusante o seu aumento. O resíduo sólido é depositado em algum local remoto para não incomodar as pessoas das cidades. Este conjunto de soluções locais pode ser justificado dentro de um projeto local com todas as equações que foram desenvolvidas ao longo dos anos pelos engenheiros hidráulicos, hidrólogos e sanitaristas para resolver um ‘dado problema’.”¹

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Frente a todos esses manifestos contra o mal planejamento da urbanização x meio ambiente, é notável que o Brasil ainda engatinha sobre as ações práticas em relação ao desenvolvimento de cidades para pessoas em comunhão com o meio físico e seu ciclo natural.


CENÁRIOS

2.1.1 SOLUÇÕES TÉCNICAS Com a dissociação do uso do solo e a preservação dos recursos naturais, a infraestrutura de drenagem imediatista e tecnicista e o sistema viário foram prioridades até a década de 90, com intervenções pontuais de córregos visando somente a mitigação das inundações.¹ Entretanto, as soluções são ineficazes tendo consequências negativas quanto a drenagem do solo e as ilhas de calor, vindo a tona, em 1998, o Plano Diretor de Macro-Drenagem da Bacia do Alto Tietê. Esse plano poderia ser considerado uma superação no entendimento das ações quanto ao manejo de águas pluviais e fluviais e à integração das políticas públicas no planejamento dos recursos hídricos de São Paulo², mas ficaria somente na teoria. Infelizmente a água como recurso natural já começa sendo tratada de forma oculta e esquecida pela cidade. O seu uso é resumido no consumo de água potável e o restante é utilizada e dispensada, necessitando de tratamento para ser reutilizada. Esse processo deveria fazer parte de um planejamento urbano que englobasse todos os entes federativos e que previsse os impactos diretos e indiretos da urbanização nas várzeas dos rios.³ NOTA: (Referências) Uma decepção maior ainda é perceber que muitos dos profissionais que trabalham com as questões e os problemas urbanos não conheçam nem se quer a existência de um Plano de macrodrenagem. Com certeza essas pessoas estão procurando soluções que já foram discutidas e que seriam mais eficazes e rapidamente introduzidas na prática se o conhecimento fosse mútuo e responsável.

¹ CAVALCANTI, Maria João. Ribeiro de Figueiredo. Córregos ocultos: redescobrindo a cidade. Tese de graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, Junho, 2009.

² AB’SÁBER, Aziz Nacib.São Paulo: Ensaios Entreveros/ Aziz Nacib Ab’Saber. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo/ Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004.

³ TUCCI, Carlos E. M. Gestão de Águas Pluviais Urbanas/ Carlos E.M. Tucci – Ministério das Cidades – Global Water Partnership – Wolrd Bank – Unesco 2005.


Na tentativa de mitigar os impactos extremamente severos ao comportamento natural do ciclo hídrico em São Paulo, medidas de controle foram iniciadas em algumas áreas servindo como protótipos/ experiências práticas, com o objetivo de conter as inundações e enchentes nas margens dos cursos d’água, onde a ocupação urbana dominou sem nenhum planejamento ecológico e de prevenção. Para o controle do escoamento da água, houve uma classificação de acordo com a ação da bacia hidrográfica:

1. Distribuída – implantada no lote, em praças e passeios. Vila Madalena - córrego das Corujas, 2011 Fonte: http://parquessustentaveis.blogspot.com.br/2011/12/matagal-da-lugar-parque-linearna-vila.html

Ex.: Canteiros centrais, reservatórios de águas pluviais em lotes, calhas verdes, plantação de árvores, pisos permeáveis, reservatórios de retenção ou detenção.

Ex.: Parques lineares, preservação da área em APP (Área de Preservação Permanente)

Biotrincheiras - canaletas e piso drenante são técnicas utilizadas em toda a extensão do parque; Fonte: https://br.pinterest.com/ pin/493073859178180374/

. Cidade de Curitiba – rio Barigui Fonte: http://exame.abril.com.br/mundo/ noticias/curitiba-projeta-parque-linear-asmargens-do-rio-barigui

Medidas preventivas. Diminuição da vazão dos deflúvios em consequência de microdrenagem: infiltração na escala do lote e do bairro. Fonte: GORSKI (2010)

Dentro desse sistema de controle, várias ações podem ser tomadas, entretanto, para a sua maior eficiência cada uma delas possui um grau de atendimento e devem ser pesadas em cada situação:

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

3. Macrodrenagem – controle de riachos urbanos.

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Ex.: Tubulações de retardo de águas pluviais, separação de água cinza e água preta,

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2. Microdrenagem – controle sistemático de um ou mais loteamento.


CENÁRIOS

Infiltração - utiliza o armazenamento e o fluxo subterrâneo para o retardo do escoamento superficial. É recomendado para regiões onde não haja contaminação da água pluvial e nem do lençol freático, além de preferências em solos específicos, com maior facilidade de escoamento; Armazenamento – sua ferramenta é o reservatório que podem ocupar lugares abertos ou fechados. Sua função é reter parte do volume de água, reduzindo sua vazão no tempo; Na criação desse dispositivo, houve a necessidade de classificá-lo de acordo com as necessidades de cada região. Para dimensionar um reservatório parte-se de dois tipos: Detenção – Permanece seco a maior parte do tempo, sendo utilizado somente em chuvas intensas. Nesse caso é possível a utilização do espaço para outros usos quando não funcionando como reservatório. Os países que utilizam mais essa prática são os Estados Unidos, Canadá e Austrália (figura a). Retenção – mantém um nível permanente de água. O nível d’água ajuda na eficiência da qualidade de água impedindo. (figura b) Aumento a eficiência do escoamento – Surge através de condutos e canais que drenam a área inundada. Busca a transferência da enchente para outro lugar, mas também pode ser eficiente quando utilizado conjunto ao reservatório;

Reservatórios de detenção e retenção respectivamente ;Fonte: (TUCCI,2005)

Diques e estações de bombeamento – em áreas que não suportam obras grandes de mitigação de inundações.¹

A prática dessas intervenções devem ser muito bem estudadas, pois para cada região tem a ferramenta mais apropriada. É impossível discutir as técnicas construtivas de cada equipamento ou dispositivo sem associar ao comportamento do território sobre esse equipamento/dispositivo, analisando assim as funções reais que serão tratadas pela sua interferência.

NOTA: ¹ TUCCI, Carlos E. M. Gestão de Águas Pluviais Urbanas/ Carlos E.M. Tucci – Ministério das Cidades – Global Water Partnership – Wolrd Bank – Unesco 2005.


Há várias soluções de mitigação do problema de inundação. Entre os diversos DISPOSITIVOS DE INFILTRAÇÃO há: A drenagem lateral – utilizado paralelamente ao leito carroçável, em estrada e/ou estacionamentos. Concentram o fluxo das águas pluviais, criando a infiltração ao decorrer do percurso. DRENAGEM LATERAL - Plano de infiltração com valo e Valos de Infiltração (Urbonas e Stahre, 1993) Fonte: (TUCCI,2005) Dreno particular Tubo poroso Manta permeável entrada

Para a rede coletora

Cascalho

Cascalho

Pavimentos permeáveis – Utilizados em passeios, estacionamentos, quadras esportivas e ruas de pouco tráfego. Um ponto negativo desse piso é a incompatibilidade em vias de tráfego intenso, pois corre grande risco de deformação tornando-se impermeável.

tubo poroso

Berço de areia Trincheira de infiltração

Trincheiras ou valas permeáveis

Berço de areia

Concreto ou asfalto poroso

Filtro de areia fina

Filtro granular

PISO PERMEÁVEL Fonte: (TUCCI,2005)

Filtro granular

Base de rocha uniforme

Base de rocha uniforme

Filtro geotêxtil

Filtro geotextil

Solo existente

Solo existente

PISO PERMEÁVEL Fonte: (TUCCI,2005)

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

Bloco de concreto com orifícios verticais

31

Areia grossa

Entrada permeável de drenagem e trincheira permeável; Fonte: (TUCCI,2005)

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Entradas permeáveis de drenagem


ESPECULAÇÕES

2.2

SOLUÇÕES TÉCNICAS ADOTADAS


33

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

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TBB

ESPECULAÇÕES


TBB


ESPECULAÇÕES


37

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

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TBB

ESPECULAÇÕES


39

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

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ESPECULAÇÕES


41

TBB FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

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ESPECULAÇÕES



ESPECULAÇÕES

INVESTIGANDO O TERRITÓRIO

3 Na

escala

ANÁLISE LOCAL local,

a

análise

parte

dos

elementos

influenciadores da funcionalidade atual do sítio, do potencial do

terreno escolhido para a realização do projeto e concretização dos conceitos desenvolvidos no decorrer do trabalho.

Um levantamento do cenário atual e dos componentes para a decisão projetual é de suma importância nessa etapa. Após uma leitura mais precisa sobre as oportunidades, é diagnosticada a possibilidade de inserção de um equipamento estruturador, articulador e de fluidez que permite as conexões do “piscinão” com o lugar e que apresentado no início do trabalho resume a interpretação do espaço analisado - Circo escola. Para se aproximar e entender a construção existente ao espaço explorado, o primeiro passo foi buscar leituras verticais que consomem a percepção visual do pedestre e que será importante na maneira de se construir a arquitetura.

C

A B


A falta de cuidado com o ambiente nasce da ausência do mesmo.

No corte C-C percebe-se uma caixa de via larga, mas a intensidade de veículos é bem menor. Recebe aglomerações de jovens e crianças das escolas e um movimento de pessoas que usam o serviço do Sacolão.

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

No corte B-B, é perceptível um excesso de leito carroçável e a desintegração dos espaços de passeio. Os espaços público são esquecidos e a fruição acontece de forma plena apenas por veículos. A região é tomada pelo cinza do asfalto, afetando diretamente as relações das pessoas com o meio em que vivem.

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que foi dado ao córrego. Nota-se o desconhecimento da área do reservatório de detenção de águas pluviais pelos pedestre, reação essa que se deu pela impossibilidade de uso do espaço ‘vazio’ na maior parte do tempo, já que sua utilização é somente em chuvas torrenciais e no verão.

45

No corte A-A, percebe-se a destinação do espaço público predominantemente ao veículo. A ausência de vegetação às margens do córrego canalizado é um fator preocupante. Não há possibilidade de passagem do pedestre de um lado ao outro da via, consequência da forma de tratamento paisagístico


ESPECULAÇÕES


47

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

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ESPECULAÇÕES

3.1

LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA ZEU

ZEIS - 1

ZEUa

ZEIS - 2

ZEUP ZEUPa

ZEIS - 3 ZEIS -4

Próximo ao enxultório

ZEIS - 5

Área a montante

ZEM

ZDE - 1

ZEMP

ZDE - 2

ZC

ZPI - 1

ZCa ZC-ZEIS ZCOR-1

ZPI - 2 ZOE ZPR ZER-1

ZCOR-2

ZER -2

ZCOR-3

ZERa

ZCORa

ZPDS

ZM ZMa ZMIS ZMISa

Área de estudo

ZPDSr ZEPAM ZEP AC - 1 AC - 2

Mapa da Subprefeitura Freguesia do Ó/ Brasilândia. Minuta PL. 272/15 (ZONEAMENTO)

Iniciando uma análise do USO DO SOLO é possível aferir a predominância de grandes galpões com usos específicos para automóveis, desde de sua origem, entendendo a morfologia do parcelamento por grandes áreas sem a garantia da permeabilidade do solo. O mapa de ZONEAMENTO (Projeto de Lei 272/15)¹ indica diretrizes de adensamento na área próxima ao rio Tietê, próximo ao enxultório do córrego Água das Pedras, onde as atividades estão se transformando em serviços e comércios de 2º grau, que abastecem além da região local, as proximidades. Aproximando-se à regiões a montantes, o uso torna-se mais residencial, com serviços locais, onde a precariedade de ocupação e saneamento são visíveis, além da ausência perceptível de áreas públicas e espaços urbanos da cidade ainda sim, na revisão da lei de zoneamento. Na lei atual (13.885/2004)

NOTA: ¹ Secretaria Municipal de Desenvolvimento de São Paulo Departamento do Uso do Solo. Trata do zoneamento da cidade , uso e ocupação do solo.


Para realocar os equipamentos de saúde e educação que estão implantados no terreno e que são importantes na região, são especuladas algumas áreas que hoje não cumprem sua função social com qualidade. O critério segue a proximidade à população local e que estejam estrategicamente inseridos e interligados ao equipamento proposto para a área de intervenção. Já o Sacolão mercado municipal, poderá ser implantado em outras localidades, por não apresentar-se fundamental no atendimento da área de influência direta à pedestres. Imagem Google earth - 2015. Acesso: 24/04/2015.

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

a área em estudo é pública e continuará sendo mesmo com a inserção do zonas no mapa. (consulta no SMDU/DEUSO - Departamento do Uso do Solo.)¹

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Mapa digital da cidade (2004) - Prefeitura de São Paulo. Indicação do Terreno escolhido. Fonte: Elaborado pelo autor. Base PMSP.

49

Imagem Google earth - 2015. Acesso: 24/04/2015.


PROPOSIÇÕES

PROJETO

4

O projeto da Academia de Artes Circenses Integrada Penteado constitui-se na presença de um fato urbano (Aldo Rossi) – o piscinão. É a partir de sua leitura no contexto que as intenções de projeto são desenvolvidas. Trabalha-se a Interação, Integração e Articulação dos espaços através de perspectivas indutoras físicas e visuais. Para representar esses três elementos estruturadores de projeto, são determinados elementos de composição que ajudam a compreender as deficiências e potencialidades de cada não lugar indicado na área de intervenção. Através dos critérios de implantação no espaço, os elementos compositivos resgatam perspectivas relevantes da paisagem existente e permitem uma aproximação mais afetiva do lugar. O piscinão e seu entorno são as BASES e a academia tornase o ORGANISMO que vivencia e articula essa base. Além de ser um corpo programático, traz dinâmica e fruição àquilo que antes era ausente de função. Adota-se cinco elementos de composição: O CIRCO como programa básico que estrutura e dá caráter e identidade ao projeto e ao entorno; a ÁGUA como elemento integrador representando a permeabilidade entre os objetos construídos; o MÓDULO (Luis Antônio Jorge) representando o elemento intinerante do circo - o container – e que no projeto sofrerá a desconstrução da forma para um novo significado, uma identidade a partir do contexto e que através desses módulos novas perspectivas são postas.

Croqui da implantação da Academia de Artes circenses Integrada e o desenho urbano que ela desempenha. Fonte: Elaborado pelo autor


FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

Croqui dos elementos do partido. Fonte: Elaborado pelo autor

A concepção projetual tem como premissa a concepção espacial enfatizando a importância do espaço, de sua conexão com as necessidades urbanas atuais e sua relação física direta com a cidade.

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Há um sexto elemento de articulação que é identificado na MEMBRANA (Frei Otto) , provocando o uso da interação do ser humano ao elemento conceitual e da livre articulação pública dos espaços, dos encontros e da função do equipamento na cidade.

51

Nada é imutável na vida, e na busca pela transformação do espaço, uma provocação às sensações e às perspectivas serão ferramentas para a percepção de um novo lugar; a TOPOGRAFIA construída – o reservatório – indica que há lugares ocultos, e por esse motivo, devem ser trabalhados na busca de sua continuidade independente de seu desnível; e por fim a ARTE de viver o espaço com as atividades é a causa e consequência de todas as impressões e intenções na fluidez do espaço, pois é a estratégia mais eficaz de vivência e o ato que permeia e se adapta em qualquer lugar (ver imagem a seguir).


PROPOSIÇÕES

4.1

PARTIDO

Nos primeiros ensaios, a forma desempenha os 5 desejos de qualificação doAUSÊNCIA espaço representados no croqui ao lado: Permeabilidade espacial, novos lugares, integração dos espaços, centralizador de janelas urbanas e a qualificação do fato urbano PRESENÇA (reservatório). 3

O croqui abaixo apresenta as 4 janelas urbanas, cada uma com sua intenção na paisagem: 1º - É o convite, a entrada para a felicidade. Seu olhar pode ser de dentro para fora e vice-versa, pois a intenção é perceber o espaço de convívio e as dinâmicas do lugar, como a mobilidade estressante. 2º - Tem seu olhar de fora para dentro, buscando novos olhares em uma via onde tudo é muro sem conforto espacial. 3º - A janela se abre ao público. O espetáculo da cidade poderá ocorrer a qualquer minuto. Um palco utilizado para dois públicos. Mais uma vez percebe-se a integração dos espaços e seu contato direto. 4º - Deslumbre do “fato urbano”. Paisagem presente. A partir da intenção que se propôs ao projeto, foram iniciadas tentativas de volumetria que pesassem na importância de um equipamento social integrador, que não fosse mais importante que o espaço existente, mas que desse um caráter modelador e provocador dos olhares e encontros. A ideia é buscar a desconstrução nos módulos, a fluidez na cobertura e nos caminhos, o encontro nos espaços modelados, os olhares através das janelas urbanas e com o elemento tensionado, a integração dos espaços.

4

2 INFOGRÁFICO DO PARTIDO

Diagrama sem escala Elaborado pelo autor

N

1

Polo centralizador Massa Arbórea Perspectiva do pedestre

Croqui da relação estabelecida entre os polos centralizadores do encontro Fonte: Elaborado pelo autor


AUSÊNCIA PRESENÇA INFOGRÁFICO DO PARTIDO Diagrama sem escala Elaborado pelo autor

N

INFOGRÁFICO DO PARTIDO Diagrama sem escala

N

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

PRESENÇA

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AUSÊNCIA

53

Croqui da perspectiva vista do parque (piscinão) para a Academia. Primeira ideia. Fonte: Elaborado pelo autor


PROPOSIÇÕES

4.2

PROGRAMA

Tabela do programa quantificado em área construída. Fonte: Elaborado pelo autor.

INDICES URBANÍSTICOS

INDICES URBANÍSTICOS DO PROJETO

Área do terreno público – 10 359 m² Piscinão - 9 346 m²

Coeficiente de aproveitamento 0.46 – área 4 827 m² Taxa de ocupação 53 % - área 5519 m² Taxa de permeabilidade

LEI DE ZONEAMENTO (MINUTA 2015) - terreno público

Coeficiente de aproveitamento máximo 2 – área 20718 m² Taxa de ocupação máxima 70% - área 7251,3 m² Taxa de permeabilidade mínima 20% - área 2071 m²

Terreno + parque (compensação) + Piso permeável - 37 % - área 3824 m²


15 14

16 21 22

13

19

18 12

2 10

9 3

8 6 7

4 5

N Diagrama do programa em pictograma Fonte: Elaborado pelo autor. Iconogradia - Google imagens.

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

11

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20

55

1


PROPOSIÇÕES

4.3

ESPECULAÇÕES SENSITIVAS

A proposta de articular as camadas da cobertura veio na intenção de dinamizar ao máximo o edifício. O uso de materiais neutros com apenas uma cor (amarelo) busca simplicidade visual, mas traz elegância e leveza. A dinâmica e o movimento referenciando o circo aparece na cobertura metálica que surgem atravéz da diferença de alturas. A membrana traz a sensualidade, esbeltez e suavidade espacial trabalhando a arquitetura efêmera têxtil própria das atividades circenses (p.57 e 59). MEMBRANA - Os perfis de chapa dobrada estão separadas em duas alturas: a primeira a aproximadamente 48 metros de extensão e a segunda a 38 metros (fotos p.57, croqui p.59). A ideia surge de uma referência estrutural da capela Santo Frei Galvão - Arquitetos Lília Campelo e Artur Diniz, localizada em Guaratinguetá, SP. Utilizando do mesmo sistema, os perfis metálicos são curvos apresentando as angulações específicas que o projeto nessecita em cada face, permitindo a liberdade em projetar qualquer tipo de


57

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

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PROPOSIÇÕES

inclinação sem a dependência das forças de atirantamento dos cabos de aço. Esperiência e curvaturas feitas por programa 3D e maquete física. Os perfis são dimensionados partindo da dimensão mínima das chapas dobradas enrijecidas 25 x 50, pois só terá como carga o peso próprio e o peso da membrana de poliéster/ PVC. As peças serão fabricadas e levadas em comprimentos e medidas exatos, soldadas e parafusadas em sapatas de 2.10 x 2.50 aproximadamente.

Foto da Capela Frei Galvão Fonte: Sitio arcoweb

A membrana branca é feita de poliéster/ PVC buscando conforto térmico e proteção contra os raios solares. Se repete em nove faces, cada uma com um tamanho específico dependendo da face. O tensionamento se dá pela atirantagem dos cabos de aço embutidos nas bases de cada perfil de chapa dobrada (ver croqui abaixo). A fixação nas laterais das faces triangulares são feitas sobre as colunas metálicas curvas a partir de perfis de alumínio que apoiam o cabo de aço que por sua vez age a tração sobre a membrana. A estrutura principal é constituída por um perfil circular metálico de diâmetro 60 cm. A fundação é feita por uma sapata a 3.50 metros de profundidade. ( Referência da estrutura: https://arcoweb.com.br/finestra/ arquitetura/lilia-campelo-e-artur-diniz-capela-01-03-2008)

Já o BLOCO DA ESCOLA é feito de concreto armado autoportante aparente. Constituída em estrutura metálica, a cobertura utiliza-se do material e da diferença de alturas com o objetivo de buscar leveza e dinamismo a obra, além de fazer uma analogia à arquitetura efêmera (em constante movimento). Para resolver a cobertura, foi pensado em um mecanismo que resolvesse de forma única toda a estrutura. Através dos pilares independentes dipostos na perimetral do picadeiro, uma viga vierendeel sustenta a cobertura central treliçada. Dela sai uma barra de travamento que se apoia nas coberturas inferiores fazendo a força contrária ao ‘Momento’ (na vertical). Para obter a ideia de leveza visto de fora da escola pelo observador, foi adotada para a grelha metálica das coberturas, vigas vagão em balanço entre 2 a 3 metros, concentrando as estruturas na parte interna dos espaços (ver croquis/ diagramas p. 59).

Croqui Membrana tensionada - ideia Fonte: Elaborado pelo autor

Croqui Membrana tensionada - ideia Fonte: Elaborado pelo autor. Referência de https://secure.ifai.com/fabarch/ articles/0110_ce_connection.html


5 camadas da cobertura metálica do bloco cor amarela

5º nível - 755.71 4º nível - 752.61

1º nível - 749.85 4º nível - 752.61 3º nível - 751.82

2º nível - 751.29

2º nível - 751.29

Paineis superiores de placa cimentícia fixa

Paineis inferiores de placa cimentícia móvel cor amarela

Telha com caimento externo 3%

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

Telha trapezoidal metálica sanduiche - termoacústica

59

Telha com caimento externo 3%

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Balanço médio de 3 metros


IMPLANTAÇÃO

4.4

PROJETO - PROPOSTA Habitação vertical de alta densidade

Comércio e serviço

Futuro - Habitação popular

IMPLANTAÇÃO COBERTURA NÍVEL 782.20 ESC 1/1500 Escola Fundamental

Praça Circo-Escola

N


Habitação vertical de alta densidade

IMPLANTAÇÃO TÉRREO NÍVEL 745.70 ESC

1/1500

Praça Circo-Escola

N

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

Escola Fundamental

61

Futuro - Habitação popular

ACADEMIA INTEGRADA DE ARTES CIRCENSES - VILA PENTEADO

Comércio e serviço



1. Hall de entrada/ Foyer 2. Café/ Lanchonete 3. Acervo do circo/ Lojinha 4. Sala de aula

5. Sala multiuso 8. Sala de instrumentos de sopro 6. Depósito de figurinos 9. Academia 7. Depósito de som/ luz/ 10. Enfermaria malabares 11. Palco externo/ passagem

12. Picadeiro 15. Sala de maquiagem 13. Oficina 16. Camarins 14. Sala capoeira/ percurssão/ 17. Sanitários dança 18. Lavanderia coletiva

19. Vestiário 20. Bilheteria 21. Administração 22. Diretoria

PLANTA TÉRREO

N

Dimensionado para 800 alunos

NÍVEL 745.21 ESC

1/500


PROPOSIÇÕES

Peça soldada Fixação dos cabos no mastro Diagrama de ventilação - Cobertura e membrana Fonte: Elaborado pelo autor - sem escala

Platibanda metálica cobertura central

Força de tração dos cabos (Descarregar as cargas na estrutura principal)

Pano de vidro Bloqueio da chuva

Cabo de aço de sustentação dos aneis

Viga Vierendeel Fixação dos cabos de aço no anel

Ventilação

Força dos ventos/ horizontais (naturais)

Painel cimentício fixo Perfil metálico de travamento do anel no mastro

Carga dos perfis dobrados enrijecidos ‘U’ curvos

Peça de proteção da estrutura contra água pluvial Telha sanduiche metálica poliestireno

Perfil metálico 30 x 70 - Aneis metálicos de sustentação dos perfis

Perfil metálico de travamento das coberturas

Mastro perfil circular metálico diâmetro 60 cm

Perfil de chapa dobrada enrijecida - ‘U’ 25 x 50 curvo

Viga vagão

AMPLIAÇÃO 1 - Cobertura metálica da escola Fonte: Elaborado pelo autor

ESC 1/50

AMPLIAÇÃO 2 - Fixação dos perfis de chapa dobrada enrijecidos no mastro Fonte: Elaborado pelo autor

ESC 1/100


CORTE AA - LONGITUDINAL Academia de circo integrada ESC 1/500


PROPOSIÇÕES

Cabo de aço tensionado coberto pelo perfil metálico AMP. 4.1

Perfil de chapa dobrada enrijecida ‘U’ 25 x 50

Acesso principal - Escola Acesso principal - Picadeiro (circo) Circulação radial - Escola Circulação externa - Área expositiva/ eventos

Diagrama de circulação e acessos Fonte: Elaborado pelo autor

N

Pano de vidro - barreira contra chuva

Pilar de concreto

Membrana de poliester revestida de PVC - termoacústica

Proteção contra água

Perfil de chapa dobrada enrijecida ‘U’ 25 x 50 curvo Base em concreto Chapa metálica soldada no perfil metálico

AMPLIAÇÃO 4 - Fixação dos perfis no pilar do bloco da escola ESC 1/50 Fonte: Elaborado pelo autor. Referência de https://secure.ifai.com/fabarch/ articles/0110_ce_connection.html

Base de proteção contra chuva Piso drenante placa de concreto poroso

Força de tração

AMPLIAÇÃO 3 - Fixação do perfil no piso ESC 1/50 Fonte: Elaborado pelo autor. Referência de https://secure.ifai.com/ fabarch/articles/0110_ce_connection.html

AMPLIAÇÃO.4.1 - Fixação do cabo de aço na estrutura de concreto ESC 1/20 Referência de https://secure.ifai.com/fabarch/articles/0110_ce_connection.html


CORTE BB - LONGITUDINAL Academia de Circo Integrada ESC 1/500


Diagrama de ventilação e insolação Fonte: Elaborado pelo autor


CORTE CC - TRANSVERSAL Academia de Circo Integrada ESC 1/500


Área esportiva

CORTES EXPLICATIVOS

Área esportiva

1

1

Atividades ao ar livre

Atividades ao ar livre

Atividades ao ar livre Atividades ao ar livre

1

Fontes: Google imagem (palavra-chave - picnic/ futebol/ violão)

https://newlywedinny.wordpress.com/tag/picnic/ http://corpoacorpo.uol.com.br/blogs/mulher-de-corpo/nao-vai-viajar-neste-feriado-aposte-em-passeios-ao-ar-livre/1938 http://www.dicatual.com/como-fazer-um-picnic-o-que-levar-e-como-montar/

Acesso 10/09/2015

PLANTA PARQUE NÍVEL 745.70 ESC

N 1/500


CORTE DD - LONGITUDINAL Contexto Praรงa Parque ESC 1/500


PROPOSIÇÕES

6/8 3

Piso permeável Areia grossa (entre 3 a 5 mm de diâmetro) Pedrisco lavado

6

10

Base brita 2 Subbase brita 3

15

Tubulação de drenagem (quando necessário) Prumada de água pluvial da cobertura do picadeiro - segue a estrutura principal Solo compactado

Prumada de água pluvial das paredes autoportantes Parede hidráulica Caixa d’água - 4 000 L N

AMPLIAÇÃO 5 - Seção Tipo - Piso permeável drenante - área de passeio e estar (cm) Fonte: Elaborado pelo autor. Referência de http://www.oterprem.com.br

ESC 1/10

O RESERVATÓRIO DE DETENÇÃO de águas pluviais está no último patamar da praça/parque projetada, cota abaixo do nível do córrego. É utilizado quando a água do córrego extravasa certo nível. A partir de um dispositivo, uma tubulação se abre e a água desce (por gravidade) ao pavimento impermeável. Quando o nível do córrego diminui, outro dispositivo é ativado e uma comporta se abre despejando a água do reservatório à tubulação paralela ao córrego que tem o mesmo destino (rio Tietê). Nos outros patamares, a água escorre pelo piso drenante favorencendo a natureza, a vegetação presente e o micro-clima.

Diagrama de hidráulica e águas pluviais Fonte: Elaborado pelo autor


CORTE EE - LONGITUDINAL Contexto praรงa/parque ESC 1/500


ELEVAÇÃO 1 ESC 1/500


ELEVAÇÃO 2 ESC 1/500


PROPOSIÇÕES

ESTUDO DE CASO

5

DE ONDE VEM ?

A partir do momento que a janela conforta e protege o espaço interno, também transforma o espaço em segundos. As janelas permitem interpretações e significados a partir de quem às olha. A ideia do capítulo 5 é indicar depois do conhecimento do projeto quais foram as influências que permitiram essa composição e quais são as principais questões trabalhadas no desenho. A proposição é buscar as perspectivas pertinentes que revelarão os potenciais do lugar. É querer apontar o que se tem de melhor (supostamente), introduzir o potenciais existentes e as novas significâncias através das Janelas Urbanas. A arquitetura desempenha um papel fundamental na composição do território, da cidade, do tempo-espaço, das relações interpessoais, das relações sociais, políticas, econômicas, da paisagem, dos sentidos, da percepção, da perspectiva, de tudo o que é palpável e não palpável e que se relaciona com a escala humana. A cidade é um organismo em constante transformação. Mudanças que vão desde fatores políticos socioeconômicos, até culturais, filosóficos, científicos, psicológico, tecnológicos, de direito, deveres, objetivos de vida, significados e desejos. E é nessa cidade mutável que as adaptações são a chave para se viver. Sem que haja essa habilidade, as condições fatuais serão severas e a exclusão virá uma hora ou outra. O conceito básico para construção adaptável, segundo Frei Otto, é a flexibilidade e rapidez. Passando rapidamente por exemplos

“A janela, na arquitetura, é obviamente um signo metonímico que logo se metaforiza, quanto tem, sob si, hipostasiado, o olho, pelo qual o edifíciogente olha e espia para fora, muitas vezes vedando a operação contrária, através dos mais variados artifícios, da cortina ao vidro espelhado. É um buraco na parede, diverso, porém, do buraco de uma porta, portão ou portal: por este vão e vêm corpos e objetos; pelo outro, espraia-se (ou concentra-se) o olhar.”

(JORGE, Luis Antonio, 1995; p.09)


Iconografia - cap.: http://www.stylourbano.com.br/o-artista-de-rua-blu-e-seus-coloridosgrafites/. Acesso :20/04/2015 Croqui indicando as diversas perspectivas representando as janelas urbanas, tanto de quem usa o equipamento, quanto de quem chega. Fonte: Elaborado pelo autor.

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

NOTA:

ACADEMIA INTEGRADA DE ARTES CIRCENSES - VILA PENTEADO

“Os espaços se re-desenham ao longo do tempo, estáveis enquanto ‘endereço’, móveis no tempo, ao se reorganizarem como múltiplas ocupações, dentro de uma mesma materialidade. Mobilidade do tempo no espaço!”(BOGÉA, Marta Vieira,2006; p.81)

Esse conceito resume as transformações da cidade e a adaptabilidade do homem a elas. A “Arquitetura Adaptável” nesse trabalho faz referência as possibilidades de adaptação do ser humano ao meio e, em contrapartida, da utilização do espaço às necessidades do ser humano. E as janelas urbanas são os cenários em que o homem faz o espaço e o interpreta, tanto no uso interno quanto na vista externa da cidade.

77

interessantes que o autor cita, no Oriente, as pessoas vivem em botes sobre a água, utilizando pequenas tábuas como passagem e sem a necessidade de planejamento ou renovação. O interessante de tudo isso é saber que adaptar-se a algum fato urbano, é arquitetar suas próprias diretrizes de planejamento. O homem não ficará todo o tempo dentro do barco, procurará estratégias de locomoção, e projetando adaptações para suas necessidades. Os nômades são um bom exemplo nessa proposta de habitar lugares. Segundo o autor,o maior tipo de tenda móvel foi o circo. Eles desmontam, transportam e voltam a montar em uma só noite.


PROPOSIÇÕES

5.1

ESPACIAL

É importante destacar que a adaptabilidade posta em questão neste trabalho é direcionada a versatilidade do espaço em conduzir diversas funções sem que haja pré-determinações engessando suas funcionalidades. A intenção provem dos espaços flexíveis no uso buscando a representação do contexto mutável da periferia a partir de um elemento articulador dos espaços integradores - a membrana. A periferia referida está ligada a um território longe do centro, onde as relações sociais, políticas e econômicas são pesadas de outras formas, com uma intensidade diferente de uma região produtiva e financeira central, e com objetivos direcionados ao atendimento da dinâmica comunitária local. O trabalho não contempla a periferia como o lugar do não planejamento e das ausências de infraestrutura, e sim do seu espaço construído na paisagem existente, mas que necessita de um caráter de cidade presente. É no espaço periférico que os fatos urbanos tornam-se essenciais para o significado e para a reunião da comunidade na geração de espaços comuns de convívio. O “Fatos Urbanos” devem relacionar-se a sociedade local e desempenhar o papel de cidade produzindo a continuidade entre cidade e população, e é nessa perspectiva que o ato de intervenção é proposto em ensaios de provocação da intensificação das sensações e percepções com as janelas urbanas mencionadas na acima e no próprio elemento integrador do projeto que é a membrana.

Estádio Olímpico de Munique / Frei Otto & Gunther Behnisch Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-34759/estadio-olimpico-de-muniquefrei-otto-e-gunther-behnisch. Acesso: 20/04/2015


Av. João Paulo EQ. PÚBLICO

1º etapa- leitura do lugar

PRAÇA/PARQUE/ RESERVATÓRIO

Av. João Paulo

O tempo será o elemento estruturador das mutações e modificações espaciais, mas o ser humano sempre estará a frente das transformações e do significado.

CIRCO

2º etapa- Ocupando o lugar R. José N. Saldanha PRAÇA/PARQUE CIRCO RESERVATÓRIO

Ao lado croquis das especulações e experiências do conjunto arquitetônico fixo (o bloco de concreto) e o elemento de complementação (membrana).

Av. João Paulo

Croqui dos processos de elaboração da espacialidade arquitetônica e sua integração com a paisagem. Fonte: Elaborado pelo autor

Croqui - Corte longitudinal Elaborado pelo autor

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

R. José N. Saldanha

Baseando-se nessa narrativa, os espaços deveriam acompanhar o desenvolvimento da sociedade, se adaptados às novas necessidades e sempre em manutenção, garantirá a sua qualidade física, paisagística, sensitiva e de memória afetiva.

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PISCINÃO

Conceituando as adaptabilidades do artefato no espaço, as possibilidades de adaptabilidade, de Frei Otto, estariam correlacionadas ao processo de transformação dos fatos urbanos, de Aldo Rossi.

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R. José N. Saldanha


PROPOSIÇÕES

5.2

RACIONAL E PROGRAMÁTICO

Para entender o processo racional de construção de um programa de artes circenses, em que o picadeiro se encontra em primeiro plano, foi necessária a especulação de espaços programáticos que pudessem ilustrar as dimensões mínimas para o programa proposto. O projeto circo-escola Piolin representa os conceitos de espaços mínimos para a aplicabilidade das artes do circo e dos demais programas que incidem no cotidiano dessa escola.

“Com localização no Largo do Paissandu, que, historicamente, foi ponto de encontro de artistas circenses, o projeto de Claudio Libeskind, Marcus Cartum e Sandra Llovet recupera a magia do picadeiro e transforma a estrutura clássica da tenda itinerante em edifício permanente. Libeskind ressalta que “foi utilizada uma tecnologia avançada na instalação das lonas da tenda, feitas para durarem 35 anos ou mais, sem fugir das características do circo”. Para ajudar com o desafio, Hugo Possolo, artista circense e ator, “deu uma consultoria sobre o funcionamento dos espetáculos circenses, desde a composição dos espaços, até iluminação e performances” explica Libeskind.”.¹ A ideia era buscar uma linguagem nova para o circo escola que não fosse tão impactante no contexto, mas que tivesse um novo caráter. E a partir dessa referência, foi percebido uma estrutura fixa e de identidade onde o picadeiro é o principal espaço da escola e suas salas de aula são os membros que complementam a unidade. Conseguir fazer uma releitura do circo escola Piolin foi primordial para entender a hierarquia e as funções essenciais desse NOTA: equipamento. Portanto, entender a organização das atividades e as ¹ LibeskindLLovet + Marcus Cartum – Circo-Escola Piolin técnicas construtivas foram os objetivos desse estudo. http://www.arqbacana.com.br/internal/arq!aqui/read/889/ O picadeiro é o espetáculo e domina a entrada do edifício, libeskindllovet--marcus-cartum


Exoestrutura metálica

Cobertura tensoestruturada em uma exoestrutura metálica Luz zenital

Centro de memória do Circo Piolin composto por museu, biblioteca, auditório e espaço de leitura Vestiários

Corte BB e CC - Estudo elaborado pelo autor. Releitura da obra Fonte: ¹ http://fefnet178.fef.unicamp.br/ojs/index.php/fef/article/viewFile/204/162

Espacialidade: A altura de uma arena pode ser dimensionada a partir das necessidade dos ginastas. Geralmente as alturas variam de 10 a 15 metros¹ de altura para atividades aéreas. No projeto Circo-Escola Piolin, Libeskind desenha um espaço acima desses valores, entendendo supostamente a espacialidade além de sua função.

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1

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salas, administração e áreas de serviço. A circulação está concentrada na parte posterior do edifício. No subsolo, áreas que não necessitam ventilação foram organizadas pela hierarquia de circulação. Um acesso primário à área expositiva, as salas de leitura, biblioteca e um auditório. Os espaços técnicos podem ser acessados pela entrada posterior do terreno. Os estudos foram feitos somente pelos corte. Essa decisão veio da necessidade da leitura da referência. Ou seja, o objetivo é entender o espaço vertical e como o arquiteto organizou as funções e a arquitetura.

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

Camarins

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Atividade técnica e de produção

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Mezanino com restaurante


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PROPOSIÇÕES


Croqui da conceituação do Projeto Fonte: Elaborado pelo autor.

Diagrama da estrutura e racionalidade espacial Fonte: Elaborado pelo autor.

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

Pensando não na arquitetura final, mas na concepção que se quer chegar, essa referência traz a importância de uma racionalidade que permite compor de forma equilibrada os espaços internos, das técnicas utilizadas na escolha das alturas, do uso da membrana como elemento compositor e estruturador da espacialidade e da inserção do equipamento arraigado-se no tecido urbano existente .

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Perspectiva do Circo Paissandú e localização. Fonte: ¹ http://fefnet178.fef.unicamp.br/ojs/index.php/fef/article/viewFile/204/162

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Largo Paissandu


PROPOSIÇÕES

5.3

INTEGRAÇÃO

Esses exemplos de maximização dos espaços destinados à retenção de águas pluviais foram essenciais para entender as possibilidades de domínio dessas áreas a princípio ausentes de vida. TAKINOGAWA PARK Localização:Tokio, Japão. Intenção: supõem o uso de um fundo de vale em praça pública, utilizando o máximo de sua potencialidade na função social. Áreas de lazer, descanso e sossego, tendo a água como elemento organizador e de contemplação. (bacia de detenção in line.) Referências: FIGUEREDO, 2002.

Fonte:https://gvlt.wordpress.com/2014/04/20/cherry-blossoms-along-thetakinogawa-river/


TANNER SPRING PARK, PORTAND, EUA

Localização: Portand, EUA. Projeto de Atelier Dreiseitl (2004-2005). Intenção: Utilização de objetos para movimentação da água em busca de dinâmica e uso do som para influenciar o ambiente. Áreas de lazer, descanso e sossego, tendo a água como elemento organizador e de contemplação. (bacia de detenção in line.) Referências: FIGUEREDO, 2002.

Fonte:Elaborado pelo autor

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

Fonte:http://www.urbangreenbluegrids.com/projects/tanner-springs-park-portland-oregon-us

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No projeto, busca-se a permeabilidade e a integração de uma área (agora) permeável caracterizado como um parque ao equipamento público social e cultural Circo Escola.

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PROJETO


BIBLIOGRAFIA

URBANIZAÇÃO EM FUNDO DE VALE AB’SABER, Aziz. Geomorfologia do sítio urbano de São Paulo. São Paulo: FFLCH/USP, 1957. AB’SÁBER, Aziz Nacib.São Paulo: Ensaios Entreveros/ Aziz Nacib Ab’Saber. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo/ Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004. ALEX, Sun. Água e Paisagem: Questões de Paisagismo em Torno de um Reservatório de Abastecimento na Grande São Paulo. Tese de mestrado, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, FAU-USP, 1984. AMORIM, L.M. de. Ocupação de Fundos de Vale em Áreas Urbanas. Estudo de Caso: Córrego do Mineirinho, São Carlos – SP. São Carlos. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-graduação em Engenharia Urbana da UFSCar. São Carlos, 2004. CAVALCANTI, Maria João. Ribeiro de Figueiredo. Córregos ocultos: redescobrindo a cidade. Dissertação (Bacharelado) Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, Junho, 2009. DELIJAICOV, Alexandre. Os rios e o desenho da cidade. Proposta de projeto para a orla fluvial da grande São Paulo. Tese de Mestrado, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, FAU-USP, 1998. FIGUEREDO, I.B.S. Os Reflexos da Urbanização no Sistema de Drenagem em Fundos de Vale. Estudo de caso: Parque do Povo: Presidente Prudente – SP. São Paulo. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós- graduação em Engenharia Urbana da UFSCar. São Carlos, 2002. FRANCO, Fernando de Mello. A construção do Caminho. A estruturação da metrópole pela conformação técnica das várzeas e planícies fluviais da Bacia de São Paulo. Tese de doutorado, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, FAUUSP, 2005. GORSKI, Maria Cecília Barbieri. Rios e cidades. Ruptura e Reconciliação. – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2010. LUCCIA, Oliver De. Projeto de infraestrutura, equipamentos e habitação nos vales da bacia do córrego Tiquatira. Graduação, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, FAU-USP, 2009. MEYER, Regina Maria Prosperi. São Paulo Metrópole/ Regina Maria Properi Meyer, Marta Dora Grostein, Ciro Biderman. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004. Manual de drenagem e manejo de águas pluviais. Gerenciamento do sistema de drenagem urbana. Plano Municipal de Gestão do Sistema de Águas Pluviais de São Paulo. Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano - Volume I, II e III, São Paulo, 2012. MONTEIRO, Laércio Júnior. Infraestruturas Urbanas. Uma Contribuição ao estudo da drenagem em São Paulo. Tese de mestrado, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, FAU-USP, 2012. TRAVASSOS, Luciana Rodrigues F. Costa. Revelando os rios. Novos paradigmas para a intervenção em fundos de vale urbanos na Cidade de São Paulo. Tese de doutorado, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, FAU-USP, 2010. TUCCI, Carlos E. M. Gestão de Águas Pluviais Urbanas/ Carlos E.M. Tucci – Ministério das Cidades – Global Water Partnership – Wolrd Bank – Unesco 2005. MATTES, Delmar. “O Espaço das Águas: As Várzeas de Inundação na Cidade de São Paulo”. São Paulo, 2001. Dissertação


(Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo. MORETTI, R.S. Terrenos de fundos de vale: conflitos e propostas. Téchne. São Paulo, n.48, p. 64-67,2000. QUEIROZ, Juliana Borges. O Impacto da ocupação de fundos de vale em áreas urbanas. Caso: Córrego do Gregório – São Carlos (SP). Dissertação (Mestrado) Engenharia Urbana da Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2006. Vazios de água. Artigo de Fernando de Mello Franco, Marta Moreira e Milton Braga. http://www.usjt.br/arq.urb/numero_01/ artigo_07_180908.pdf

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ESTRUTURA/ESPACIALIDADE ENGEL, Heino. Sistemas Estruturais, com prefácio de Ralph Rapson. Editorial Gustavo Gili, SL, Barcelona, 2001.

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

CONCEITUAÇÃO CARLOS, Ana Fani Alessandri. O Espaço Urbano: Novos Escritos sobre a Cidade. São Paulo: Labur Edições, 2007; 123p. DREW, Philip. Tercera Generación. La significación cambiante de la arquitetura. Editora GG, Barcelona,1989. JORGE, Luís Antônio. O desenho da janela/ Luís Antônio Jorge. – São Paulo: ANNABLUME, 1995. – (Selo universidad ; 37) SANTOS, Milton. Pensando o espaço do homem. São Paulo, Ed. Hucitec, 1982. SÍTIOS: Arte, arquitetura e cidade - Cristiane Alcântara - “A arquitetura da cidade”, Aldo Rossi. http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/03.034/3174. Acesso em 16/03/2015 Artigo 10 - O eterno vazio e realidade na arquitetura Brasileira. http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/137/o-eterno-vazio-22214-1.aspx Acesso em 15/04/2015

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SÍTIOS: Terrenos de fundo de vale - conflitos e propostas - Ricardo de Sousa Moretti Engenheiro civil e professor do IPT- Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo e da PUC-Campinas http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/48/artigo286188-1.aspx. Acesso em 10/03/2015 O Plano Diretor De Macrodrenagem Da Bacia Do Alto Tietê Por Aluisio Pardo Canholi http://www.daee.sp.gov.br/acervoepesquisa/ relatorios/revista/raee9904/drenagem.htm Acesso em 05/03/2015 CESAD - Municípios da Região Metropolitana de São Paulo http://www.cesadweb.fau.usp.br/index.php?option=com_content&view=article&id=192848&Itemid=1494#current Acesso 05/03/2015 Intervenção na área do reservatório de retenção ecovias imigrantes em diadema – Letícia Yoshimoto Simionato e Marta Dora Grostein. http://www.fau.usp.br/disciplinas/tfg/tfg_online/tr/121/a051.html Acesso 10/03/2015


BIBLIOGRAFIA

NEUFERT, Ernst. Arte de projetar em arquitetura: princípios, normas e prescrições sobre construção, instalações, distribuição e programa de necessidades, dimensões de edifícios, locais e utensílios: tradução da 21. Ed. Alemã. 5 ed. São Paulo, 1976. OTTO, Frei. Frei Otto et alt. Arquitectura adaptable – Seminario organizado por el Instituto de Estructuras Ligeras (IL). Editorial Gustavo Gili, S.A., Barcelona, 1979. PUENTE, Moisés. 100 Años- PABELLONES DE EXPOSICIÓN. Editorial Gustavo Gili, S.A., Barcelona, 2000. SYKES, A. Krista (org.) O Campo Ampliado da Arquitetura: Antologia Teorica 1993-2009. Sao Paulo: Cosac Naify, 2013 SÍTIOS: Richard Rogers e a figura da epiderme - Rémi Rouyer http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/08.023/1763 Acesso em 15/04/2015 Tensoestrutura: Cobertura de Estruturas de Membrana Tensionada – Tensoestrutura http://wwwo.metalica.com.br/propriedades-das-mantas-mais-utilizadas-para-tensoestruturas Acesso em 15/04/2015 Pistelli Pelz – Coberturas Tensionadas e tensoestruturas http://www.estruturas.arq.br/projetos.html Acesso em 15/04/2015 Edificação e Design - Estruturas tensionadas, 2012 http://edificacaodesign.blogspot.com.br/2012/02/estruturas-tensionadas.html Acesso em 21/04/2015 Associação de engenheiros e arquitetos de Jaraguá do Sul – Estruturas Tensionadas http://aeajs.blogspot.com.br/2012/06/estruturas-tensionadas.html Acesso em 24/04/2015 Morro da Urca - Apoiada em um chassi de 60 t de aço, membrana foi projetada para resistir a ventos de 40 km/h de velocidade http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/169/artigo286824-1.aspx Acesso em 24/04/2015 Fiedler – Engenheiro Nelson Fiedler , Portifolio http://www.fiedler.eng.br/#!projects/c17b1 - auditoria araujo vianaAcesso em 24/04/2015 Millennium Dome- um projeto nacional de poucos. Zeca Brandão http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.010/912 Acesso em 19/03/2015


FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

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PROGRAMA: CASTRO, Alice Viveiros de. O Elogio da Bobagem – palhaços no Brasil e no mundo/ Alice Viveiros de Castro – Rio de Janeiro: Editora Família Bastos, 2005. Circo Paulistano arquitetura nômade. Coordenação de João Baptista Novelli Junior. São Paulo: Secretaria Municipal da Cultura, Departamento de Informação de Documentação Artística, Centro de Documentação e informação sobre Arte Brasileira Contemporânea, 1980. SÍTIOS: ESCOLA NACIONAL DE CIRCO de Niterói - Publicado na Edição Nº7 14-09 Categoria:Arquitetura. http://www.revistamemo.com.br/arquitetura/escola-nacional-de-circo-de-niteroi/ Acesso em 15/03/2015 LibeskindLLovet + Marcus Cartum – Circo-Escola Piolin http://www.arqbacana.com.br/internal/arq!aqui/read/889/libeskindllovet--marcus-cartum Acesso em 15/03/2015 Circo Permanente de Alcorcón / cmA Arquitectos http://www.archdaily.com.br/br/01-142645/circo-permanente-de-alcorcon-cma-arquitectos Acesso em 15/03/2015 Fundação Nacional de Artes http://www.funarte.gov.br/circo/ Acesso em 15/03/2015 Novo Circo Voador- Rio de Janeiro, 2004. DDG Arquitetura [Celio Diniz, Eduardo Canellas, Eduardo Dezouzart e Tiago Gualda] http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.045/2425 Acesso em 15/03/2015 Notas sobre o saber projetar - Alberto Rafael (Chango) Cordiviola http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/02.017/843 Acesso em 15/03/2015


APÊNDICE MAIS ÁREAS EM SÃO PAULO APROVEITAMENTO MÁXIMO


Esse trabalho tem como objetivo estimular o questionamento dos leitores sobre os métodos de implantação das infraestruturas de macrodrenagem na cidade e como o arquiteto urbanista pode ser o agente da qualificação dessas áreas afetadas. Demonstra possíveis intervenções e que podem ser enfrentadas de diversas maneiras. A partir de todo o desenvolvimento do trabalho, houve nessa última etapa a necessidade de ter um outro item, que não caberia no corpo do projeto, mas que serviria de complemento às discussões vistas até o momento.

FRAGMENTAÇÃO E AUSÊNCIA - NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENCONTRO

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Um levantamento de dados sobre os piscinões cotados do sítio da Prefeitura de São Paulo, com os atributos necessários para o cálculo aproximado das áreas foi feito na tentativa de visualizar em um contexto mais próximo ao real, o impacto dessas construções na dinâmica econômica da cidade. Alguns dados não foram contemplados, pois não houve informação suficiente para o georreferenciamento.

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Trata-se da situação territorial dos piscinões em uma escala macro evidenciando as áreas dimensionadas na implantação desse tipo de investimento e qual o potencial construtivo médio que se teria se não houvessem essas áreas ausentes de urbanidade.


APÊNDICE

São Paulo é considerada uma cidade grande que tem como maior disputa o uso do solo. De quem é o território? Quem pode dominar esse espaço? Como organizar e distribuir as funções urbanas em um território com questões geomorfológicas tão diversas? Como preservar e cumprir os direitos dos que vivem na cidade? Questionamentos como esses são feitos a todo instante e quando se fala de espaços ausentes e fragmentados da cidade é impossível não associar ao uso e ao potencial construtivo do mesmo. A partir desse cenário, a banca intermediária levantou a hipótese de dimensionar a área total de potencial construtivo que teríamos na cidade se houvesse a modernização adequada das técnicas de macrodrenagem urbana como reservatórios subterrâneos, parques lineares, pisos drenantes em todas as áreas destinadas ao passeio público entre outros dispositivos, além do atendimento do Plano de Macrodrenagem já elaborado.

Tabela de piscinões com localização precisa georreferenciados em São Paulo, SP - BRASIL. Ao todo são 20 piscinões. INHUMAS (Sub. São Mateus) não localizado. Fonte: Elaborada pelo autor. Levantamento de dados - Caroline Maderic e Tassia Botti. Dados até o ano 2010. Referências: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/infraestrutura/obras_de_drenagem/piscinoes/index.php?p=37938 Último acesso em 12/06/2015 às 17h20min. http://www.habisp.inf.br/theke/documentos/outros/plano-diretor-estrategico/ Página 67 – dispõe sobre os reservatórios de retenção concluídos. Último acesso em 12/06/2015 às 17h20min


Quantos metros quadrados de área não perdemos para a cidade quando grandes espaços são destinados a um uso exclusivamente técnico de macrodrenagem - piscinão (aberto)? É por essas indagações que a partir de dados levantados da Prefeitura de São Paulo, montou-se uma tabela com informações essenciais para investigar quanto temos de áreas ausentes. Feita a leitura do território utilizou-se a ferramenta de gerreferenciamento QGIS ilustrando a localização dos piscinões e como eles estão dispostos na cidade de SP. Analisando a proposta do novo Plano Diretor (Lei 16.050/2014) as Macrozonas e Macroáreas dão suporte aos parâmetros construtivos estipulados de acordo com as características físicas geomorfológicas de cada região. Localizados principalmente em áreas periféricas, os reservatórios de detenção e retenção de águas pluviais de São Paulo estão distribuídos entre as macroáreas de Estruturação e Qualificação Urbana, Qualificação da Urbanização, Redução da Vulnerabilidade Urbana, Redução da Vulnerabilidade Urbana e Recuperação Ambiental e Preservação dos Ecossistemas naturais. Com essas informações pôde ser quantificado o potencial construtivo médio do município baseando-se nos Quadros 2 e 2A anexos a Lei 16.050/2014.

Piscinão estudado

Lembrando que a quantificação indicada na tabela é apenas dos piscinões que tem informações de área e que são possíveis de serem georreferenciados com o propósito aqui exposto, pelos dados constatados teríamos aproximadamente um coeficiente de aproveitamento médio de 1.4. Mais de 1 milhão de metros quadrados para serem utilizados e distribuídos em lazer e cultura com caráter de espaços públicos. Ou seja, mais uma possibilidade de espaços para o encontro. Resume-se aí ‘As Novas Perspectivas’. Cabe a nós profissionais prontos para administrar a qualificação e a manutenção da cidade agir com sabedoria no planejamento e gestão da arquitetura e do urbano.


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