Idade Media

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Hist贸ria da Arte Prof. Tatiana Martins Material de apoio Arte Medieval


O poder da arte na Idade Média a imagem doutrina

Basílica de Santo Apolinário em Ravena, Itália. Construída por volta do ano 530.


Em 311, o imperador romano Constantino estabeleceu a Igreja Crist達 como um poder no Estado.


Com a propagação e aceitação do Cristianismo, o mundo se dirigia ao fim da Idade Antiga e se iniciava o que chamamos Idade Média, também conhecida como Idade das Trevas. Este período é compreendido entre os séculos V e XV.


A partir de então, a arte e a Igreja passaram a manter uma nova e íntima relação, tendo em vista que a maior parte da população mundial era analfabeta e, como disse o papa Gregório Magno (séc. VI): “A pintura pode fazer pelos analfabetos o que a escrita faz pelos que sabem ler.” O imperador Constantino. Mosaico na Basílica de Santa Sofia, em Constantinopla (atual Istanbul, na Turquia), Século X.


Então, a história deveria ser contada da maneira mais clara e simples possível, e tudo o que pudesse desviar a atenção da finalidade principal e sagrada deveria ser omitido.

Mosaico da basílica de Saint Apollinaire, Ravena, criado há cerca de 2500 anos.


A tÊcnica de mosaico inicialmente prestou-se muito bem aos fins de decoração das igrejas que se concentravam cada vez mais no estritamente essencial.


Durante o longo período da Idade Média (século V ao XV), a arte na Europa teve grande influência da Igreja Católica, que tinha atuação mais que religiosa, controlando a vida social, econômica, política e cultural. A arte medieval, portanto, apresentou a religião como temática durante este longo período e todas as manifestações artísticas eram influenciadas e supervisionadas pelo clero católico.



Durante o período da Alta Idade Média (entre os séculos XI e XIII) um estilo conhecido como Românico prevaleceu na arte européia.


No estilo Românico, a arquitetura de mosteiros e basílicas utilizava influências da arte romana: os arcos de volta perfeita e abóbadas.


As igrejas e castelos eram construçþes visualmente pesadas, voltadas para a defesa. As paredes eram grossas e existiam poucas e pequenas janelas.


Nas esculturas e pinturas destacou-se o caráter didático religioso. Quando pouquíssimos sabiam ler, a Igreja utilizava esculturas, vitrais, mosaicos e pinturas, especialmente em igrejas e catedrais, para ensinar os princípios da religião católica com temas cristãos como a vida de Jesus e dos santos e passagens da bíblia.


Martírio de São Lourenço. Mosaico do Mausoléu de Gala Placídia, por volta de 440 em Ravenna, Itália.






Imperatriz Theodora, detalhe de um mosaico do sĂŠculo 6, na BasĂ­lica San Vitale, em Ravena, Italia.


Na I Cruzada (1095), Pedro (1053-1115) mostra o caminho de JerusalĂŠm aos Cruzados - Iluminura Francesa, 1270


O papa Urbano II numa gravura do sĂŠculo XIV, de Godfroi de Bouillon.


Mosaico da Basílica do Santo Sepulcro – Jerusalém.


No período da Baixa Idade Média (final do século XIII ao XV) o estilo Gótico passou a predominar na Europa. Grandes construções como as igrejas, os mosteiros, os castelos e as catedrais reuniam algumas características em comum, como detalhes e elementos decorativos que passaram a ser muito usados, e especialmente o formato tornou-se mais verticalizado, dirigindo-se aos céus.

Gárgula na catedral de Ulm, Alemanha.


As torres tinham formato piramidal e as paredes agora eram mais finas, causando a impressão de leveza. As janelas aumentaram em quantidade e os arcos de volta quebrada e ogivas passaram a ser recursos utilizados. A construção da Catedral de Colônia, na Alemanha, teve início em 1248 e levou mais de 600 anos para ser completada. Suas torres possuem 157 metros de altura.


Na pintura Gótica as iluminuras, os vitrais, painéis e afrescos de temática religiosa ainda prevaleciam.

Iluminura de Jean Pucelle, Horas de Jeanne d'Evreux (c.1324-1328) com A Prisão de Cristo e A Anunciação.


Mas no século XV começavam a surgir algumas características do Renascimento como a busca do realismo, expressões emotivas e diver-sidade de cores.

Giotto di Bondone (Itália, 1266-1337) Deposição de Cristo (13041306), ciclo de afrescos na Capela Scrovegni Pádua


Giotto é considerado o introdutor da perspectiva na pintura medieval.

Giotto di Bondone. A adoração dos magos (1304-1306) Afresco na Capela Scrovegni, Pádua.


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