Aquário do Pantanal

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - HABILITAÇÃO EM JORNALISMO

AQUÁRIO DO PANTANAL: A CONSTRUÇÃO DO MAIOR COMPLEXO DE ÁGUA DOCE DO MUNDO

GILVANA HOBOLD KRENKEL E YASMIN REZENDE SARAIVA

Campo Grande DEZEMBRO/2014


AQUÁRIO DO PANTANAL: A CONSTRUÇÃO DO MAIOR COMPLEXO DE ÁGUA DOCE DO MUNDO

GILVANA HOBOLD KRENKEL E YASMIN REZENDE SARAIVA

Relatório apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Projetos Experimentais do Curso de Comunicação Social / Jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Orientador(a):Prof.ª Dr.ª Katarini Giroldo Miguel

UFMS Campo Grande DEZEMBRO - 2014


SUMÁRIO

Resumo ......................................................................................... 5 1 - Alterações no plano de trabalho .............................................. 6 2 - Atividades desenvolvidas ........................................................ 8 2.1 - Período preparatório ......................................................... 8 2.2- Execução ........................................................................... 9 2.3– Referência bibliográfica ................................................... 11 3 - Suportes teóricos adotados .................................................... 14 3.1 – Componentes do Aquário ............................................... 14 3.2 – Conceitos de Jornalismo Ambiental e documentário ...... 16 4 - Objetivos alcançados .............................................................. 23 5 - Dificuldades encontradas ........................................................24 6 - Despesas (orçamento) ............................................................25 7 – Conclusões ............................................................................. 26 8 – Anexos .................................................................................... 28 8.1 – Roteiro ............................................................................. 28 8.2 – Clipping ............................................................................ 32


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RESUMO: O videodocumentário“Aquário do Pantanal: A construção do maior complexo de água doce do mundo” registrao momento histórico da construção do Centro de Pesquisa e Reabilitação da Ictiofauna (CEPRIC), intitulado Aquário do Pantanal, no Estado de Mato Grosso do Sul, previsto para ser inaugurado em dezembro de 2014. Por meio de pesquisa jornalística, apuração, entrevista, trabalho de campo, captação e edição de imagens, registramos a parte da finalização da obra e os principais componentes do complexo, que tem como propósito ser o maior Aquário de água doce do mundo e está localizado no município de Campo de Grande.

PALAVRAS-CHAVE: Comunicação; Jornalismo Ambiental; Documentário; Aquário do Pantanal.


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1 – ALTERAÇÕES DO PLANO DE TRABALHO Desde o início do processo de pesquisa e produção, a principal alteração no cronograma e plano de trabalho do nosso videodocumentário ocorreu em relação à data de autorização para a entrada, realização de entrevistas e captação de imagens jornalísticas na obra do Aquário do Pantanal. Após o envio de solicitação (cópia em anexo) assinada pelo Prof. Dr. Marcos Paulo da Silva, para o Sr. Carlos Alberto Negreiros Said Menezes, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (SEMAC), no dia 25 de junho de 2014, recebemos no prazo de uma semana a confirmação de que nossa autorização havia sido liberada, mas que ainda seria estipulada uma data específica para a entrada no Aquário do Pantanal, pois a obra estava em condições impróprias para a visitação naquele momento. No mês de julho fomos informadas por um dos responsáveis pelo Aquário do Pantanal, o superintendente da Superintendência de Ciência e Tecnologia (SUCITEC) de Mato Grosso do Sul, Felipe Augusto Dias, quea nossa entrada no complexo do Aquário havia sido autorizada a partir do dia primeiro de setembro. Para compensar o atraso nas filmagens, durante o mês de setembro agendamostodas as entrevistas, reunimos as informações necessárias, compramos e testamos os equipamentos que foram utilizados durante a captação de imagens, tendo em vista que todas as filmagens foram realizadas pelas acadêmicas, sem a ajuda de nenhum profissional. Sendo assim, em relação ao cronograma inicial, a nossa principal alteração foi emrelação àprolongação da data de coleta de dados para o videodocumentário, que envolve a captação de imagens e entrevistas, e que se estendeu até a penúltima semana do mês de outubro. Lembramos que a nossa intenção não era necessariamente mostrar a conclusão e inauguração do complexo, mesmo porque sabíamos que os atrasos na construção e a própria dimensão da obra dificultariam um registro conclusivo. Nesse sentido, optamos por desenvolver um produto de cunho jornalístico que acompanhasse e registrasse a etapa de construção e os principais componentes do complexo, e evidenciasse através de entrevistas, a importância ambiental e científica do Centro de Pesquisa e Reabilitação da Ictiofauna (CEPRIC) de Mato Grosso do Sul, intitulado Aquário do Pantanal.


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Com o início das captações de imagens dentro do complexo do Aquário do Pantanal, as alterações do nosso plano inicial de trabalho se deram em relação ao tempo de duração do produto e os temas que seriam abordados no final do videodocumentário. Quanto ao tempo de duração, reduzimos de 20 minutos estipulados inicialmente, para o tempo de 15 minutos.Em relação aos temas que foram abordados, eliminamos a entrevista sobre o projeto de extensão que envolve a biodiversidade do Aquário do Pantanal, uma vez que o tema já estava contemplado na abordagem que fizemos sobre acaptura e quarentena dos animais que devem habitar o complexo. A última alteração se deu em relação à captação de imagens do local onde é realizado o processo de quarentena dos animais. Até o mês de outubro, data que estipulamos como limite para captação de imagens, a estrutura do local ainda não havia sido finalizada e sequer recebido os indivíduos da ictiofauna que habitariam o local, sendo assim, optamos por substituir as imagens do local por cenas de referência e explicações do especialista, não comprometendo assim, o conteúdo do presente videodocumentário.


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2 – ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 2.1 Período Preparatório: Antes da elaboração do projeto ou realização de pesquisas mais aprofundadas sobre o Aquário do Pantanal, o primeiro passo que se evidenciou necessário para nós, acadêmicas, era conseguir a autorização para entrada na obra para captação de imagens, já que estávamos cientes das dificuldades do acesso por conta do relacionamento desgastado entre os responsáveis pelo Aquário e a imprensa campo-grandense, envolvendo as polêmicas sobre a data de entrega e custo do projeto. Como havíamos decidido que o tema do Projeto Experimental seria o Aquário do Pantanal, assunto que abrange de certo modo a disciplina de Jornalismo Ambiental, resolvemos recorrer ao professor responsável pela matéria no primeiro semestre de 2014, Eduardo Pereira Romero, em busca de instruções sobre o tema. Após algumas conversas e troca de e-mails, o professor Romero agendouuma reunião conosco e o superintendente da Superintendência de Ciência e Tecnologia (SUCITEC) de Mato Grosso do Sul, um dos responsáveis pelo Aquário do Pantanal, o Dr. Felipe Augusto Dias, para debater a possibilidade de realizar um videodocumentário no Aquário. Após a reunião, onde explicamos como seria realizado o documentário e apresentamos uma versão resumida do pré-projeto, enviamos no dia 25 de junho de 2014 um termo solicitando a autorização para a entrada, realização de entrevistas e captação de imagens jornalísticas na obra do Aquário do Pantanal, assinada pelo Professore Coordenador do curso, Marcos Paulo da Silva, juntamente com a cópia dos nossos documentos pessoais, para o Secretário de Estado, Carlos Alberto Negreiros Said Menezes, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (SEMAC). Com o passar de uma semana recebemos a confirmação por telefone de nossa autorização, e posteriormente, que a nossa entrada na obra seria liberada a partir de setembro. Antes disso, porém, realizamos o período de leituras acerca do nosso tema, pesquisas gerais e específicas sobre o Aquário do Pantanal, além de reuniões com a


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orientadora.Pesquisamos

questões

especificas

sobre

jornalismo

ambiental,

videodocumentário, as especifidades do documentárioambiental, para que pudéssemos embasar nosso trabalho, além de conhecer os dados referentes à obra. Tendo em vista que as informações oficiais sobre o Aquário eram muito escassas e de difícil acesso, nos foi disponibilizado pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento e da Ciência e Tecnologia (SEMAC) e Superintendência

de

Ciência

e

Tecnologia

(SUCITEC),

um

documento

específicointitulado "Aquário do Pantanal", contendo os principais dados, atualizados, sobre o complexo do Aquário. Com o intuito de agregar informações que talvez passassem despercebidas por nossas fontes e acompanhar o que saiu na imprensa a respeito do Aquário - desde notícias positivas a respeito da obra, até grandes reportagens envolvendo as polêmicas sobre custo e data de entrega – realizamos até a edição final do videodocumentário o clipping semanal (ver Anexo 2) dos principais veículos de comunicação do Estado.

2.2 Execução: Depois de todo referencial teórico reunido e pesquisas a respeito do Aquário realizadas, tornou-se fundamental elaborar um pré-roteiroa modo de planejar quais entrevistas e captação de imagens seriam necessárias para o desenvolvimento do videodocumentário. Em agosto, realizamos os testes dos equipamentos e softwares que seriam utilizados no videodocumentário. Para captação de entrevistas e imagens em full Hd 1080p, escolhemos a câmera Nikon D7000, disponibilizada pela universidade; microfone de lapela para gravar o áudio, adquirido por nós acadêmicas; e o programa Adobe Premiere Pro CS6 para edição do conteúdo. Na primeira quinzena de setembro foram realizadas três entrevistas e uma captação de imagens gerais do Aquário do Pantanal, seguindo as referências iniciais do roteiro. As entrevistas foram realizadas com profissionais de diferentes áreas, responsáveis e atuantes no desenvolvimento do Aquário: o engenheiro de campo responsável

pela

obra,

Pedro

Napoleão

da

Silva;

o

superintendente

da

Superintendência de Ciência e Tecnologia (SUCITEC) de Mato Grosso do Sul,Felipe


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Dias; e o coordenador do Biota/MS 1, programa que orientou a formulação do Aquário do Pantanal, e coordenador científico do Aquário, João Onofre. Na entrevista com o superintendente da SEMAC, Felipe Dias, abordamos os detalhes sobre os principais componentes do Aquário e a importância do complexo; o engenheiro de campo, Pedro da Silva, explicou sobre como é composta a estrutura da obra; durante a entrevista com o coordenador do programa Biota/MS, João Onofre, questionamosa relação do programa Biota MS com o desenvolvimento do Aquário do Pantanal, o processo de quarentena e captura dos animais que habitariam o Aquário, e a importância de um centro de pesquisa da ictiofauna para o Estado. No total, foram realizadas seis captações de imagens do Aquário, sendo duas captações iniciais realizadas em agosto no exterior da obra e quatro captações principais, realizadas em toda a obra do Aquário, durante os meses de setembro e outubro. No dia 5 de setembro de 2014 foi realizada a primeira captação de imagens gerais dentro da obra, além de uma segunda entrevista com Felipe Dias, explicando sobre a galeria de aquários. Na sequência, no dia 24 de setembro, realizamos a entrevista com um dos responsáveis pela criação da cenografia do Aquário, o biólogo José Sabino; e no dia 2 de outubro entrevistamos a professora responsável pelo Laboratório de Materiais de Construção Civil (LMCC) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Sandra Bertocini, coordenadora da pesquisa que desenvolveu o concreto auto-adensável presente em 80% da estrutura do Aquário. Paralelamente às principais fontes, entrevistamos também, durante as captações de imagens dentro da obra, trabalhadores que estavam envolvidos na construção do Aquário. Para a versão final do videodocumentário incluímos a entrevista com o encarregado de obra responsável pelo tanque 15, Antônio Medina Paz, e o engenheiro de campo, Pedro Napoleão Júlio da Silva.

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O Programa Biota/MS é o Programa Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação em Biodiversidade do Mato Grosso do Sul, que reúne iniciativas voltas a pesquisa para o mapeamento da biodiversidade e ao estabelecimento dos caminhos e parâmetros com objetivo de garantir maior interação do homem com os ecossistemas, sem riscos à sua sustentabilidade ambiental. As decisões das politicas públicas, quanto a projetos de desenvolvimento regional e local, tem se apoiado nas recomendações do programa, visando a promoção da sustentabilidade com a conservação da biodiversidade no Estado. O Aquário do Pantanal foi um dos empreendimentos que nasceu apoiado nas decisões do Biota/MS. (Disponível em: <http://www.unisite.ms.gov.br/unisite/controle/ShowFile.php?id=125640>. Acesso em: 7 ago. 2014>)


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Feitas todas as captações, o material foi decupado tentando extrair e comprimir as principais informações, ajustando ao roteiro estabelecido e o tempo médio de 15 minutos de videodocumentário. Todas as entrevistas e captações de imagens do Aquário totalizaram, aproximadamente, cinco horas de gravação.O passo seguinte foi a edição do produto, utilizando o programa Adobe Premiere Pro CS6, que foi dividido em cinco episódios/capítulosconforme consta no roteiro, que abordam os principais componentes do Aquário, a estrutura e detalhes da obra, o processo de quarentena e captura dos animais, o sistema de suporte a vida do Aquário, e por fim, uma junção de opiniões dos entrevistados sobre a importância do Aquário do Pantanal para o desenvolvimento do Estado, alinhado à preservação, divulgação e uso sustentável da biodiversidade aqui presente.Na etapa de finalização do videodocumentário contamos com a ajuda de um profissional responsável pela edição do produto, seguindo roteiro detalhado feito por nós acadêmicas.

2.3 Revisão Bibliográfica: Para o desenvolvimento do presente projeto, dividimos nossos estudos em duas frentes principais: o estudo sobre o Aquário do Pantanal, com documentos oficiais e pesquisas exploratórias em veículos de comunicação (jornais, sites, etc.); e o estudo teórico, que envolve entender o documentário e o jornalismo ambiental.

2.3.1 Livros: VILAR, Roberto. Jornalismo Ambiental : Evolução e Perspectivas. Campo Grande, MS, 1997. Disponível em:< www.agirazul.com.br/artigos/jorental.htm>. Acesso em: 11 de setembro de 2014. COLOMBO, Macri. Jornalismo ambiental: a sua história e conceito no contexto social. Amazonas, 2010. Disponível em: <http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2010/resumos/R5-2674-1.pdf>. Acesso em: 09 set. 2014. Gêneros do Jornalismo e Técnicas de Entrevista-Pedro Celso Campos - 2009 FARIA & NICOLA. Almanaque Brasil Socioambiental. Instituto Socioambiental. São Paulo: 2008. NICHOLS, Bill. Introduction to documentary. Bloomington: Indiana University Press,2001. RODRIGUES & COLESANTI. Educação ambiental e as novas tecnologias de informação e comunicação. Sociedade & Natureza. Uberlândia: 2008.


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Brasil, MMA. A Convenção sobre Diversidade Biológica- CDB, Cópia do Decreto Legislativo nº 2, de 5 de junho de 1992. MMA. Brasília, 2000, p.9. PENAFRIA, Manuela.Perspectivas de desenvolvimento para o documentarismo. 1999.Disponível em:<http://www.bocc.ubi.pt/pag/penafria-perspectivasdocumentarismo.pdf>. Acesso em: 21 jul. 2014. GUIMARÃES, Mauro. Educação Ambiental, no consenso um embate? Campinas: Ed. Papirus, 2000. ESTADO, Governo de Mato Grosso do Sul; SEMAC; SUCITEC. Aquário do Pantanal. Campo Grande, 2014. HAMPE, Barry. Making Documentary films and reality videos. New York: Henry Holt and Company, 1997. MELO; GOMES; MORAIS. O Documentário como Gênero Jornalístico Televisivo. Universidade Federal de Pernambuco, 1999. RODRIGUES & COLESANTI. Educação ambiental e as novas tecnologias de informação e comunicação. Sociedade & Natureza. Uberlândia: 2008. VIEIRA & ROSSO. O cinema como componente didático da educação ambiental. Rev. Diálogo Educ., Curitiba: 2011. VARGAS, Heidy. Documentário: um desafio no aprendizado do jornalismo. REBEJ – Revista Brasileira de Ensino de Jornalismo. Ponta Grossa: 2010. FARIA & NICOLA. Almanaque Brasil Socioambiental. Instituto Socioambiental. São Paulo: 2008. TRIGUEIRO, André. Meio Ambiente no século XXI. Editora Autores Associados. 2005. BUENO; W. SOUZA; J. Mídia, Ecologia e Sociedade. Intercom. São Paulo, 2008.

2.3.2 Redes, sites e outros: G1 MS. Aquário do pantanal recebe placas de acrílico em campo grande. Campo Grande, 2014. Disponível em: <http://g1.globo.com/mato-grosso-dosul/noticia/2014/05/aquario-do-pantanal-recebe-placas-de-acrilico-em-campogrande.html>. Acesso em: 15 jun. 2014. CAMPO GRANDE NEWS. Ms libera R$ 5,2 milhões para pesquisa de biodiversidade no aquário do pantanal. Campo Grande, 2014. Disponível em: <http://www.campograndenews.com.br/meio-ambiente/ms-libera-rs-5-2-milhoes-parapesquisa-de-biodiversidade-no-aquario-do-pantanal>. Acesso em: 10 jul. 2014. CAMPO GRANDE NEWS. Petrobras investe r$ 14,9 milhões em museu no aquário do pantanal. Campo Grande, 2014. Disponível em: <http://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/petrobras-investe-rs-14-9milhoes-em-museu-no-aquario-do-pantanal>. Acesso em: 09 jun. 2014. CAMPO GRANDE NEWS. Para garantir quarentena, peixes do aquário começam a ser capturados. Campo Grande, 2014. Disponível em: <http://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/para-garantir-quarentena-peixesdo-aquario-comecam-a-ser-capturados>. Acesso em: 27 jul. 2014 FALA MS. Licitação para contratar gestor do aquário do pantanal sai em 15 dias. Campo Grande, 2014. Disponível em: <http://falams.com/licitacao-para-contratargestor-do-aquario-do-pantanal-sai-em-15-dias/>. Acesso em: 08 set. 2014.


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MS NOTICIAS. Aquário do pantanal deve ser inaugurado no início de dezembro. Campo Grande, 2014. Disponível em: <http://http://msnoticias.com.br/noticias-campo-grande-ms/aquario-pantanal-deve-serinaugurado-inicio-de-dezembro>. Acesso em: 29 sep. 2014. CAMPO GRANDE NEWS. Governo fixa teto para ingresso do aquário do pantanal: r$ 30,80. Campo Grande, 2014. Disponível em: <http://http://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/governo-fixa-teto-paraingresso-do-aquario-do-pantanal-rs-30-80>. Acesso em: 05 oct. 2014. CORREIO DO ESTADO. Aquário do pantanal ter? animais da fauna pantaneira. Campo Grande, 2014. Disponível em:<http://http://www.correiodoestado.com.br/cidades/aquario-do-pantanal-tera-jacaresariranhas-antas-e-sucuris/229242/>. Acesso em: 10 oct. 2014.


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3 – SUPORTE TEÓRICO 3.1 – O Aquário do Pantanal

O Aquário do Pantanal objetiva ser um centro de difusão do conhecimento sobre a biodiversidade do Pantanal, com ênfase na biodiversidade aquática. Quando pronto, terá uma extensão de 1.190.000,00m², com uma área construída de 18.635,90m², segundo consta norelatório 2 intitulado “Aquário do Pantanal”,do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento e da Ciência e Tecnologia (SEMAC) e Superintendência de Ciência e Tecnologia (SUCITEC). Para sua viabilização são utilizados investimentos do Governo do Estado, já investidos, no total de R$ 155 milhões em terrenos, obras civis e infraestrutura básica; estimasse entanto, que serão necessários mais R$ 80 milhões para a conclusão do empreendimento, como o pagamento de sistemas de monitoramento, climatização, compra de equipamentos. No dia 25 de novembro foi publicado no Diário Oficial que a empresa do Paraná, Cataratas do Iguaçu S.A. venceu a licitação para administrar o Aquário. A empresa recebe a estrutura do Aquário do Pantanal pronta, mas deverá investir 145 milhões na manutenção do complexo durante os 25 anos de gestão. A obra deveria ter sido entregue em outubro de 2014, mas o prazo foi adiado para dezembro por conta de duas placas acrílicas que quebraram durante o transporte para Campo Grande. Do ponto de vista funcional, o Aquário será composto por três componentes principais: Galeria de Aquários; Centro de Conhecimento e Divulgação Científica da Biodiversidade de MS (composto pelo Museu Interativo da Biodiversidade, pelo Centro 2

O documento intitulado "Aquário do Pantanal" foi elaborado pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento e da Ciência e Tecnologia (SEMAC) e Superintendência de Ciência e Tecnologia (SUCITEC), e nos foi fornecido no primeiro semestre de 2014, como relatório oficial para que pudéssemos embasar nosso trabalho e conhecer os dados referentes à obra, uma vez que as fontes de informação são muito escassas. Trata-se de uma publicação compilada especialmente com esse intuito, portanto, não foi publicada e é citada aqui ao longo do projeto como "relatório", e consta nas referências.


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de Pesquisa em Biodiversidade Aquática do Pantanal e pela Biblioteca Digital da Biodiversidade) e Centro de Negócios. A Galeria de Aquários concentra as atrações de base do Aquário do Pantanal. No total serão 24 tanques de aquários, que segundo o relatório acumularão juntos um volume de água de seis milhões e 275 mil litros, com aproximadamente sete mil animais em exposição, subdivididos em mais de 200 espécies (peixes, invertebrados, répteis e mamíferos). O Museu Interativo da Biodiversidade será um espaço onde é proposto ao visitante um passeio didático e lúdico ao universo virtual da biodiversidade do Pantanal e do Cerrado sul-mato-grossense, contando com atrativos como fotografias, microscópios, vídeos, mesas interativas, tela holográfica, etc., com conteúdos para visitantes desde o ensino básico, até os mais altos níveis científicos. Semelhante ao museu, a Biblioteca Digital da Biodiversidadevisa reunirtodo o conhecimento disponível sobre a biodiversidade, com ênfase na ictiofauna pantaneira, sendo constituída de uma área física para consultas e estações de trabalho (terminais computacionais), conforme consta no relatório. O sistema vai disponibilizar os resultados do programa BIOTA-MS, contendo todas as coleções sobre a biodiversidade no estado de Mato Grosso do Sul, além de monografias, teses, projetos científicos, entre outros. Ainda conforme o relatório, o Centro de Pesquisa em Biodiversidade Aquática do Pantanal será composto por: Núcleo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica; Núcleo de Extensão Tecnológica e de Transferência de Tecnologia; Núcleo de Formação de Pessoal. O Núcleo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica, que compreende laboratórios de biologia, tem como objetivo identificar e desenvolver pesquisas e inovações tecnológicas na área da biodiversidade do Estado de Mato Grosso do Sul. O Núcleo de Extensão Tecnológica e de Transferência de Tecnologia, de acordo com relatório, visa à melhoria do nível tecnológico das empresas, tendo como objetivos identificar e implementar tecnologias conhecidas e estabelecidas, oferecendo soluções para os problemas do setor empresarial; já o Núcleo de Formação de Pessoal, tem como objetivos identificar as demandas de formação nos diversos


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níveis tecnológicos, e promover, coordenar e/ou apoiar iniciativas de formação de pessoal qualificado para atendimento de novos negócios. O último componente do complexo do Aquário do Pantanal é o Centro de Negócios, que segundo relatório, será um espaço composto por salas e auditórios equipados com tecnologia para a realização de palestras, reuniões, etc. com objetivo de levar aos investidores o conhecimento aplicado sobre a biodiversidade do Estado, para a criação de novos negócios ou inovações nos negócios já existentes.

3.2 – Conceitos de Jornalismo Ambiental e documentário

Uma das bases teóricas para desenvolvimento do presente projeto foi o conceito de jornalismo ambiental e a discussão que envolve a cobertura jornalística referente aos temas ambientais. Segundo Colombo (2010, p.7) o jornalismo ambiental é a prática jornalística no contexto de fatos relacionados ao meio ambiente, à ecologia, à fauna, à flora e a natureza, principalmente quando se relata experiências e estudos sobre a sustentabilidade e a biodiversidade. É importante definir e diferenciar os conceitos de Jornalismo Ambiental e de Comunicação ambiental, núcleos que se apresentam com informações conceituais completamente distintas. Segundo Bueno (2008, p.162):

Isso significa que a Comunicação Ambiental incorpora todas as atividades voltadas para a divulgação da causa ambiental (...) Assim, como folhetos com temas ambientais, palestras, campanhas publicitárias. (...) Já o jornalismo Ambiental, que é o Jornalismo em primeiro lugar, caracterizase por produtos (veículos, de maneira geral) que decorrem do trabalho realizado por profissionais que atuam na imprensa.

Outro ponto diferencial entre os dois conceitos é a frequência. Dentro da Comunicação Ambiental não se pressupõe um período certo para seus produtos, atributo este essencial para o Jornalismo, que tem como preceito a periodicidade e a atualidade. Veículos de comunicação geralmente são relapsos com novidades ou informações ambientais, e na maioria dos casos só acompanham desastres naturais ou


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episódios de escassez de alguma matéria-prima. Elucidando esse raciocínio Villar (1997, p.3): A imprensa brasileira dificilmente trata dos problemas ambientais com profundidade na pauta das discussões públicas. As exceções são fruto de um esforço pessoal e isolado. O meio ambiente é manchete e ganha espaço e tempo na cobertura diária quando acontecem desastres, ou quando os assuntos repercutem no exterior, como a morte de um ecologista famoso, as queimadas e os desmatamentos na Amazônia e na Mata Atlântica. A pauta ambiental ainda vem das agências internacionais.

O documentário jornalístico tem potencial para preencher as funções básicas do jornalismo ambiental, que é dividida em três partes segundo Bueno (2008). A função informativa onde o cidadão é informado sobre os aspectos ambientais; pedagógica que é no que diz respeito à indicação de soluções para os problemas ambientais; e a política que se fundamenta na busca de mobilidade social, ou seja, despertar nas pessoas o interesse a respeito de questões sobre o meio ambiente. Outro ponto defendido em nosso produto é colocar em prática o Jornalismo Ambiental que tenha o compromisso em democratizar o conhecimento, trabalhando em uma cobertura jornalística que consiga explicar para o cidadão os elementos abordados sobre o Aquário. Elucidando esse pensamento Bueno (2008, p. 166) complementa que o Jornalismo Ambiental anseia por um conceito, que extrapole o jornalismo científico, que em sua maioria só fixa seu compromisso com uma pequena parcela da população, praticamente com a comunidade científica e acadêmica. Com esses conceitos fundamentais de jornalismo ambiental situados, é necessário neste ponto entendermos documentário ambiental. Para tanto, usamos autores que definem o gênero documentário em geral, e que ilustraram o real papel de um projeto como o documentário. De acordo com Oliveira; Nascimento; Bianconi (2005, p.47) esse tipo de linguagem audiovisual além de despertar o interesse, por causa das próprias imagens veiculadas, pode também despertar o raciocínio, tornando a aprendizagem mais prazerosa e, possivelmente, mais eficiente. O gênero documentário é conhecido pela forma que capta a realidade e por ter presente personagens reais em sua narrativa. Segundo Barsam (1974, p.1) o documentarismo se caracteriza poruma produção baseada na sinceridade dos fatos, com a maioria das cenas registradas naturalmente frente à câmera.


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Entre tantas concepções e significados sobre documentário existe uma interessante em discussão, sobre as características essenciais para assegurar que uma película é pertencente ao gênero. O fato de existir imagens reais não é condição única para assegurar a categoria de documentário a um produto audiovisual. De acordo com Melo; Gomes; Morais (1999, p.3) um dos aspectos mais importantes de um documentário é a narrativa. Os registros históricos são os fragmentos visuais da realidade, e assim só são parte do gênero quando as imagens conduzidas conseguem contar uma história através do filme. Melo; Gomes; Morais (1999, p. 4) também explica o papel do jornalista na produção de um documentário:

[...] Ao assistir a um documentário ou a uma reportagem, o telespectador busca a verdade sobre determinado fato, lugar, pessoa ou qualquer outro tipo de objeto. No entanto, o jornalismo não é o repasse da verdade, mas a narração de ações discursivas que permitem construir diferentes universos de referência para a definição de sentidos. Ao escolher determinadas situações, entre tantas, e dar-lhes uma nova roupagem através de seu estilo pessoal, o jornalista está interferindo na realidade. Assim, o novo mundo criado na mente dos leitores ou telespectadores e que está para ser interpretado já não é mais o mundo “real” e sim sua representação.

O videodocumentário é um suporte interessante para construir narrativas jornalísticas reais, com imagens pertinentes e carga informativa. Segundo Vargas (2010, p. 108)existe uma necessidade do jornalista de narrar os eventos distantes do formato da reportagem especial, ou uma tentativa de inovar e construir uma história com máximo de realismo, aparentemente sem mediações, ou de se aproximar de uma técnica nova e que oferece a oportunidade de exercitar a criatividade audiovisual. Para produzir um videodocumentário é necessária a criação de um roteiro. Hampe (1997, p.1) afirma que é papel do roteirista organizar as informações através de uma pesquisa, posteriormente escrever o roteiro dentro de uma estrutura crescente com detalhamentos das cenas.

A estrutura é um dos mais importantes, e menos compreendidos, aspectos da produção. Uma má estrutura é pior que um texto mal escrito, uma má filmagem, ou uma má atuação. Pode fazer você perder


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seus espectadores, antes mesmo de começar o filme. (HAMPE, 1997, p.1)

De acordo com Hampe (1997, p.3), a produção do documentário é dividida em três partes de trabalho.1) O começo que é caracterizado pela apresentação de tema e a proposta central da película, onde não é preciso explicar todo o objetivo e sim dar a faísca para a retenção da atenção do telespectador, criar expectativa.2) O meio que é abastecido de evidências, do desencadeamento dos fatos e consequentemente da ordem das cenas. 3) O desfecho que apresenta a resolução da ideia inicial apresentada. Todos os nós e pontas devem ser amarrados nas cenas finais, para que a dúvida só ocorra por uma sugestão proposital dos roteiristas e produtores. O documentário assumindo seu papel de uma obra cinematográfica se transforma em uma rica fonte de informação. Partindo desse princípio Vieira e Rosso (2011, p.548) afirmam que essa didática é responsável por articular várias dimensões técnicas, políticas e humanas, não apenas como um instrumento de ensino, mas atuando como promovedora dessas ações. É pertinente no âmbito do nosso trabalho, entender as técnicas de entrevista jornalística. Segundo Campos (2009, p.11) para realizar uma boa entrevista não basta prestar atenção, é preciso "entrar" na história, pensar junto com o entrevistado [...] ela depende da capacidade de interação com o entrevistado.

A citação literal do texto tem o objetivo de lançar luz sobre a já referida dúvida que muitos profissionais têm na hora de registrar a apuração. Entretanto, mais do que a expressão mecânica do método - gravar ou anotar ou um dos dois ou nem um nem outro, o que resulta bastante relativo conforme as situações profissionais que se apresentam ou conforme as capacidades e limitações de cada entrevistador - o mais importante é reter o conceito do método.(CAMPOS, 2009, p. 13)

A exibição do documentário é um meio didático para a tomada de conscientização das pessoas. De acordo com Oliveira; Nascimento; Bianconi (2005, p.47) esse tipo de linguagem audiovisual além de despertar o interesse, por causa das próprias imagens veiculadas, pode também despertar o raciocínio, tornando a aprendizagem mais prazerosa e, possivelmente, mais eficiente.


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Um produto audiovisual pode valorizar discussões sobre o meio ambiente e fortalecer a Educação Ambiental. Rodrigues e Colesanti (2008, p.52) afirmam há expansão da temática ambiental justamente porque ela é incorporada como elemento fundamental na saúde, direitos sociais, no setor industrial e dentre outros. E consequentemente junto com o surgimento de mais áreas envolvidas com o tema aparecem outras discussões e outros espaços para debate. Rodrigues e Colesanti (2008, p.52) esclarecem:

[...] Concomitantemente, percebemos uma grande proliferação e abertura de novos espaços de comunicação para a Educação Ambiental, dentre os quais podemos citar fóruns, congressos e, no meio digital, a formação de redes e a multiplicação de sites na internet referentes ao tema, que acabam por sensibilizar a população em geral para os problemas da degradação ambiental.

Apesar do desenvolvimento de estudos relacionados com o meio ambiente, ainda é notável a escassez de um processo metodológico na área de publicações ambientais, ainda é pouco visto a proposta de uma nova postura. Nesse sentido, Rodrigues e Colesanti (2008, p.53) afirmam que a falta de recursos teóricos e metodológicos podem comprometer qualquer atividade ambiental, tornando-as um conjunto de práticas desarticulas e ineficientes. Os resultados geralmente alcançados por produções frágeis em teoria só resultam em práticas, como coleta seletiva de lixo, organização de hortas, ou em mero conteúdo naturalista abastecidos por informações de geografia, biologia e ciências, mas que não trabalham ou inserem uma nova imposição de hábitos sociais. Nesse sentido, o videodocumentário sobre o Aquário do Pantanal será uma oportunidade de apresentar as temáticas ambientais, educacionais e científicas do projeto, através da produção de um produto de gênero televiso, construído com técnicas do jornalismo e que acompanhará a fase de finalização da obra. O projeto defende que o documentário é uma das melhores ferramentas para difundir e experimentar o jornalismo ambiental.Convencido disso, Medeiros (2001 apud NICHOLS; GOMES, 2014, p.162)afirma que normalmente, os documentários


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pretendem ter algum tipo de impacto no mundo histórico, e para tanto precisam convencer o público de que o ponto de vista adotado por eles é o mais adequado. Esse impacto que um produto do gênero audiovisual pode causar, também é defendido pelos autores Rodrigues e Colesanti (2008, p.52) quando afirmam que há expansão da temática ambiental justamente porque ela é incorporada como elemento fundamental na saúde, direitos sociais, no setor industrial e dentre outros. É importante ressaltar que iremos abordar o bioma Pantanal no documentário. Segundo Faria e Nicola (2007, p.177) trata se da maior planície alagável do mundo, e funciona como elo de ligação entre as duas maiores bacias hidrográficas da América do Sul: do Prata e a Amazônica, o que lhe confere a função de corredor biogeográfico, ou seja, permite a dispersão e troca de espécies da fauna e flora entre essas bacias. Essa planície tem qualidades ambientais específicas por ser uma “ecorregião” onde encontram-se o Cerrado (leste, norte e sul); o Chaco (sudoeste); a Amazônia (norte); a Mata Atlântica (sul) e o Bosque Seco Chiquitano (noroeste). A convergência e presença de distintos biomas, somadas ao variável regime de cheia e seca, conferem particular diversidade e variabilidade de espécies. Várias questões foram levantadas pelas mídias locais a respeito do gasto público na obra, contestações sobre seus pontos negativos e positivos. No documentário buscamos fugir desse teor contestador e manter uma essência focada no que é a obra do Aquário. E sobre esses fatores Souza (2008, p. 83) comenta que as circunstâncias que rodeiam os diversos segmentos de público também interferem no grau de protagonismo que é dado ao ambiente. Na realidade, pode se dizer que não há uma única agenda pública, mas várias, entendendo que em cada questão haverá uma visibilidade.

De acordo com Souza (2008, p.84): A capacidade jornalística para

enquadrar, rigorosamente, os assuntos e balancear as fontes de informação também é desafiada quando os assuntos em causa são polêmicos. Procuramos evitar algumas síndromes que compelem o cumprimento formal de alguns valores do Jornalismo, desviando o olhar do nosso documentário principalmente da Síndrome da Baleia Encalhada, definida por Bueno (2008, p. 180) como a espetacularização das notícias ambientais, e dos veículos de comunicação que retratam de uma forma plástica os acontecimentos ambientais em suas telas e páginas,


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sem enriquecer o debate sobre o tema. Assim, optamos por documentar o Jornalismo Ambiental de uma forma descritiva, a fim de explicar o que realmente é o Aquário do Pantanal, deixando de enfatizar apenas conteúdos em torno de suas polêmicas. E sim, fixar nosso olhar para o conhecimento. Nesse sentido, entendemos que a exibição do documentário ajudará a intensificar discussões sobre o assunto e obter espaço na cena do jornalismo, contribuindo para a educação ambiental.Um dos autores utilizados e que ajudou no entendimento dessas questões é Guimarães (2000, p.17), para quem a diligência pela Educação Ambiental, não é vivenciada só nas leis, mas também compartilhada nos problemas ambientais vivenciados pela própria sociedade, que provoca a necessidade de formar profissionais aptos a trabalhar com essa nova realidade dentro do processo educativo.


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4 – OBJETIVOS ALCANÇADOS Específicos: - Levantamento de material bibliográfico sobre o tema, através de leituras de livros, jornais, artigos e documentos oficiais; - Elaboração de um roteiro; - Captação de imagensda obra; - Registro

de

entrevistas

com

responsáveis

que

atuam

ou

atuaram

desenvolvimento do Aquário do Pantanal; - Decupagem e edição do videodocumentário, conforme roteiro elaborado.

no


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5 – DIFICULDADES ENCONTRADAS Inicialmente tivemos problemas em encontrar informações oficiais e detalhadas sobre o complexo do Aquário do Pantanal, mas conforme iniciamos o contato com as fontes, essas lacunas foram preenchidas e o material que necessitávamos para conhecimento foi disponibilizado. A autorização necessária para a realização das filmagens dentro da obra do Aquário do Pantanal também se evidenciou como uma dificuldade. Como nosso documentário necessitava de autorização do governo ou de autoridades, essa foi a parte mais difícil: encontrar exatamente quem nos abriria a porta para a obra. Assim que demos início as gravações de entrevistas e imagens de apoio, surgiram alguns problemas estruturais, como a necessidade de comprar um microfone e cartões de memória para que só assim fosse possível a utilização das câmeras que a Universidade oferece. Durante o desenvolvimento do videodocumentárionossa principal dificuldade, e que acabou resultando na alteração do nosso roteiro inicial, se deu em relação à captação de imagens no local que foi construído especialmente para a quarentena dos animais que habitarão o Aquário. Com o atraso na finalização da obra da quarentena, optamos por eliminar essa captação, mas sem que houvesse prejuízo no conteúdo informativo, de modo que não atrasasse o processo de edição e finalização do documentário, seguindo as datas de entrega estipuladas pela Universidade. Porém

o

principal

problema

que

encontramos

durante

todo

o

desenvolvimento foi em relação à indisponibilidade dos funcionários da obra e de alguns entrevistados. Mesmo com todas as captações de imagens na obra e entrevistas agendadas e confirmadas com antecedência, foi comum durante o desenvolvimento entrevistados desistindo das entrevistas em cima do horário combinado e a nossa entrada na obra do Aquário sendo negada por erros de comunicação interna entre os funcionários presentes, gerando assim atrasos inconvenientes no desenvolvimento do nosso trabalho.

6 – DESPESAS (ORÇAMENTO)


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Descrição

Quantidade

Valor unitário

Valor total

Cartão de Memória Kingston SDHC 16 GB Class10

2

R$ 34,00

R$ 68,00

YOGA Microfone de Eletreto Omnidirecional Com Fio Lapela

1

R$ 80,00

R$ 80,00

HD Externo Iomega 1TB

1

R$ 180,00

R$ 180,00

Edição do Videodocumentário

1

R$ 400,00

R$ 400,00

Impressão do relatório final (capa dura)

3

R$ 35,00

R$105,00

Impressão do DVD (caixa de acrílico, encarte e bolacha)

5

R$ 15,00

R$ 75,00

7 – CONCLUSÕES


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O Centro de Pesquisa e Reabilitação da Ictiofauna (CEPRIC), popularmente conhecido como “Aquário do Pantanal”, quando pronto, será o maior aquário de água doce do mundo.Desde o começodo projeto, quando decidimos que o Aquário seria o foco do nosso Trabalho de Conclusão de Curso, estávamos cientes que esse tema envolveria inúmeras dificuldades. Fontes espalhadas e de difícil contato, dificuldades em obter a autorização necessária para a captação de imagens na obra, e principalmente, a ausência de informações sobre o Aquário foram algumas das barreiras que encontramos no início. Todos esses fatores só reforçaram o que notamos através do clipping de notícias sobre o Aquário: pouca importância foi dada em retratar os componentes e os objetivos do Aquário do Pantanal, na maioria das vezes ocultados pela grande quantidade de notícias envolvendo as polêmicas sobre a data de entrega do projeto e o custo superior ao previsto.Foram ao todo oito meses de pesquisas, captação de imagens e entrevistas, que permitiram a reflexão sobre a real importância do Aquário, que se mostrou não ser um local voltado apenas para o turismo, mascom propósitos que buscam ir além, tendo como finalidade incentivar a educação ambiental; servir como um centro de pesquisa e conservação da biodiversidade do Pantanal; desenvolver pesquisas e diálogos com universidades nacionais e internacionais; movimentar diferentes setores econômicos, além de influenciar o surgimento de novos negócios em função do conhecimento aplicado da biodiversidade da região. Levando em consideração a complexidade do Aquário e a ausência de informações a respeito, nosso objetivo então foi produzir um material de cunho jornalístico, que registrasse a construção do complexo e reunisse relatos de fontes envolvidas explicando de maneira geralsobre os principais componentes do Aquário e sua relevância. Dessa forma, produzimos um videodocumentário com duração de 15 minutos,

divididos

em

cinco

episódios/capítulos,

que

abordam

os

principais

componentes do Aquário, a estrutura e detalhes da obra, o processo de quarentena e captura dos animais, o sistema de suporteà vida do Aquário, e por fim, uma junção de opiniões dos entrevistados sobre a relevância do Aquário do Pantanal. Concluímos que o principal resultado que atingimos com esse produto é a sua utilidade como material de pesquisa e de registro, num produto leve, que informe e


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entretenha, buscando documentar o momento histórico da construção do Aquário do Pantanal no município de Campo Grande. Se o projeto experimental puder circular como material informativo, servindo para embasar futuras pesquisas que vierem a ser desenvolvidas sobre o Aquário, funcionando como um registro do desenvolvimento do complexo, então toda pesquisa e investimentos terão valido a pena.

8. ANEXOS 8.1 –Roteiro


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Roteiro do videodocumentário “Aquário Do Pantanal: A Construção Do Maior Complexo De Água Doce Do Mundo”.

CAPÍTULOS E TEMPO

COMPLEMENTOS, INFORMAÇÕES, TRILHA E IMAGENS

TIME-LAPSE DE ABERTURA – 15’’

Abertura do videodocumentário com efeito Time-Lapse da visão panorâmica do Aquário do Pantanal. Trilha: Aúdio intitulado “Parsail”, da biblioteca online do Youtube, com direitos autorais liberados.

ENTREVISTA PROGRAMA BIOTA/MS – 1’20’’

Fonte: Coordenador do Programa de Ciência, Tecnologia & Inovação para a Biodiversidade do Mato Grosso do Sul, e coordenador científico do Aquário do Pantanal, Dr. João Onofre. Tema: A relação do programa Biota/MS com o desenvolvimento do Aquário do Pantanal. Imagem inicial: Close up do entrevistado. Imagens gerais: Plano geral da obra.

PRINCIPAIS COMPONENTES DO AQUARIO – 4’-40’’

Fontes: Dr. João Onofre, coordenador do programa BiotaMS; Dr. Felipe Dias, Superintendente da Superintencia da Ciência e Tecnologia (SUCITEC); José Sabino, biológo e um dos responsáveis pela criação do projeto de cenografia do Aquário do Pantanal. Tema: Detalhamento dos principais componentes do Aquário: Galeria de


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Aquários, Centro de Conhecimento e Divulgação Científica da Biodiversidade de MS, Centro de Negócios, Biblioteca e Museu da Interatividade. Imagem inicial: Close up dos entrevistados. Imagens gerais: Plano geral da obra.

ESTRUTURA DO COMPLEXO – 1’62’’

Fonte 1: Professora responsável pelo Laboratório de Materiais de Construção Civil (LMCC) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Sandra Bertocini, coordenadora da pesquisa que desenvolveu o concreto auto-adensável presente em 80% da estrutura do aquário. Duração: 33’’ Tema: Explicações sobre o concreto autoadensável utilizado na obra. Imagem inicial: Close up da entrevistada. Imagem geral: vídeo sobre aplicação do concreto. --------------------------------------------------------Fonte 2: Engenheiro de Campo, (vou adicionar o nome dele aqui). Tema: Detalhamentos sobre a estrutura principal do complexo. Duração: 27’’ Imagem inicial: Close up do entrevistado. Imagens gerais: Plano geral da obra. -------------------------------------------------------Fonte 3: Antônio Medina Paz, encarregado de obra responsável pelo tanque 15. Tema: Detalhes sobre o tanque 15 e opinião pessoal sobre como é trabalhar na construção do Aquário. Duração: 37’’ Imagem inicial: Close up do entrevistado. Imagens gerais: Tanque 15.


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QUARENTENA E CAPTURA DOS ANIMAIS – 1’33’’

Fonte1: Coordenador do Programa de Ciência, Tecnologia & Inovação para a Biodiversidade do Mato Grosso do Sul, e coordenador científico do Aquário do Pantanal, Dr. João Onofre. Tema: Processo de captura e quarentena dos animais que habitarão o Aquário do Pantanal. Duração: 1’33’’ Imagem inicial: Close up do entrevistado. Imagens gerais: Imagens cedidas pela empresa Natureza em Foco.

SUPORTE A VIDA DO AQUARIO – 1’42’’

Fonte: José Sabino, biológo e um dos responsáveis pela criação do projeto de cenografia do Aquário do Pantanal. Tema: Detalhamentos sobre o o sistema de suporte a vida do Aquário do Pantanal. Duração: 1’42’’ Imagem inicial: Close up do entrevistado. Imagens gerais: Imagens gerais do aquário e dos filtros utilizados no sistema de suporte a vida.

HIGH-LAPSE DA LATERAL DA OBRA – 5’’

Efeito similar ao time-lapse, porém acelerado, com imagens da lateral do Aquário do Pantanal. Duração: 5’’


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RELEVÂNCIA DO COMPLEXO – 2’85

Fontes: Dr. João Onofre, coordenador do programa BiotaMS; Dr. Felipe Dias, Superintendente da Superintencia da Ciência e Tecnologia (SUCITEC); José Sabino, biológo e um dos responsáveis pela criação do projeto de cenografia do Aquário do Pantanal e Sandra Bertocini, coordenadora da pesquisa que desenvolveu o concreto auto-adensável presente em 80% da estrutura do aquário. Tema:Junção de relatos dos entrevistados sobre a importância do Aquário do Pantanal para o desenvolvimento do estado, alinhado a preservação, divulgação e uso sustentável da biodiversidade aqui presente. Duração: 2’85’’ Imagem inicial: Close up dos entrevistados. Imagens gerais: Plano geral da obra.

8.2 - Clipping Clipping de notícias sobre o Aquário do Pantanal.


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Título:Aquário do Pantanal recebe placas de acrílico em Campo Grande. Data: 10/05/2014 Veículo: G1/MS Link:http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2014/05/aquario-do-pantanalrecebe-placas-de-acrilico-em-campo-grande.html

Técnicos e especialistas acompanharam a instalação da segunda placa de acrílico, que pesa 22 toneladas e veio dos Estados Unidos, na estrutura do Aquário do Pantanal, em Campo Grande, na manhã deste sábado (10). A primeira placa foi colocada no mesmo local na sextafeira (9).

O material vai fazer parte de um tanque com capacidade para 85 mil litros de água onde serão colocados peixes ornamentais. As duas placas de acrílico instaladas estão entre um auditório com capacidade para 250 pessoas e o saguão principal que vai ser construído. Na outra parte, vai ter uma biblioteca com elevador panorâmico.

Segundo o governador do estado, André Puccinelli (PMDB), pelo menos 70% das obras estão concluídos. O chefe do Executivo reafirmou que a inauguração será em outubro, durante as comemorações do aniversário de Mato Grosso do Sul. Sobre o custo total que inicialmente estava orçado em R$ 84,749 milhões, ele disse que será preciso gastar mais por conta de algumas adaptações. “Não se tem noção ainda do custo final real, mas em torno de R$ 100 milhões. Por quê? Porque novos serviços, novas coisas foram feitas, tivemos que fazer algumas adaptações para que possibilite a quem queira mergulho em um dos tanques. Além dessas coisas, outros aprimoramentos foram feitos com os novos conhecimentos de tecnologias de ponta no mundo”, afirmou Puccinelli.

O Aquário do Pantanal terá um sistema de monitoramento de temperatura da água. O trabalho de ornamentação será feito quando os tanques ficarem prontos. O local será o maior aquário de água doce do mundo com aproximadamente sete mil animais em exposição divididos em mais de 200 espécies entre peixes, répteis e mamíferos. O lugar também vaifuncionar como um centro de pesquisas.


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A cinco meses da data prevista para inauguração, o engenheiro responsável pela fiscalização da obra,Domingos Sávio Mariuba, diz que o trabalho não para nem durante os fins de semana.“Possivelmente nestes 15 dias estaremos na reta final dos tanques externos onde habitarão jacarés,lontras e ariranhas. Todas as frentes estão sendo sincronizadas, porque são equipes especializadas.Estamos procurando manter o cronograma da parte civil rigorosamente sob controle”, disse oengenheiro.

Título:Petrobras investe R$14.9 milhões em museu no Aquário do Pantanal Data:04/06/2014 Veículo: Campo Grande News Link:http://www.campograndenews.com.br/meio-ambiente/ms-libera-rs-5-2-milhoespara-pesquisa-de-biodiversidade-no-aquario-do-pantanal

A Petrobras vai investir aproximadamente R$ 15 milhões na construção do MiBio (Museu Interativo da Biodiversidade), que vai fazer parte do Aquário do Pantanal. Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente, de Planejamento, de Ciência e de Tecnologia, Carlos Alberto Said Negreiros de Menezes, será mais uma opção para agregar “valor” ao centro.

Com a previsão de ser entregue em outubro, o Centro de Pesquisa e de Reabilitação da Ictiofauna Pantaneira, nome oficial do local, é construído nos altos da avenida Afonso Pena, em Campo Grande.

O convênio entre a Petrobras, Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura) e UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) foi publicado na edição de hoje do Diário Oficial do Estado. A Petrobras fará aporte financeiro de R$14.993.555,68 para a Fapec. O convênio terá vigência de um ano. O museu será um mecanismo de divulgação científica e de educação ambiental. Orçado em R$ 100 milhões, o aquário tem tecnologia de diversos países. A estrutura metálica veio daEspanha; o forro e a cobertura de Portugal e a filtragem terá consultoria dos responsáveis pelo Aquáriode Valência (Espanha).

De acordo com Menezes, o MiBio vai ser instalado no corredor de entrada do Aquário do Pantanal e vai oferecer ao visitante a opção de conhecer as riquezas de Mato Grosso do Sul e


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do Pantanal. Seráinterativo e a pessoa deverá várias opções, desde um simples conhecimento, como para crianças noinício do ensino fundamental, até para estudos mais aprofundados sobre a genealógica do homempantaneiro.

O Governo estadual já começou a construer os galpões no Parque das Nações Indígenas, perto da PMA (Polícia Militar Ambiental), que vão abrigar os tanques utilizados na adaptação dos peixes. Os animais vão ficar no local antes de serem colocados em 26 tanques do aquário. As espécies já estão sendo capturadas por uma equipe de pesquisadores selecionados pela Fundect (Fundação Estadual de Tecnologia e Ciência) e universidades.

Gestão – O Governo deve lançar em julho o edital para definir a empresa ou instituição que vai gerir o Aquário do Pantanal. A fórmula ainda será definida, que poderá ser concessão, parceria públicoprivado ou cessão de uso.

O secretário estadual de Meio Ambiente ressalta que houve interesse na gestão do Aquário do Pantanal, que deve ser inaugurado em outubro e entrar em operação até novembro deste ano. A obra no mês passado, o complexo recebeu as primeiras placas de acrílicos que darão forma aos aquários. Vindas dos Estados Unidos, as duas placas chegaram a Campo Grande em janeiro deste ano, após vencer 67 dias de viagem.

Cada placa pesa 22 toneladas, tem 22 centímetros de espessuras e dimensões de 6,15 metros por 9,15 metros. A instalação foi feita por funcionários da empresa americana Reynolds, especializada em acrílico para aquários. A expectativa é que até julho cheguem as placas de acrílicos para os 25 tanques do Aquário do Pantanal. Um dos tanque, batizado de rio Paraguai, terá 1,3 milhão de litros de água e vai formar um túnel. A construção teve início em 2011. O projeto inclui biblioteca, laboratório, auditório, salas para exposição e praça de alimentação. Serão cerca de sete mil animais em exposição.

Título:MS libera R$ 5,2 milhões para pesquisa de biodiversidade no Aquário do Pantanal Data:30/06/2014 Veículo: Campo Grande News Link:http://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/petrobras-investe-rs-14-9milhoes-em-museu-no-aquario-do-pantanal


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O Governo do Estado aprovou projeto de pesquisa e extensão, no valor de R$ 5,2 milhões, que envolve a biodiversidade do Aquário do Pantanal, que está em construção em Campo Grande. O documento que anuncia a liberação do recurso foi publicado nesta segunda-feira (30) no Diário Oficial do Estado pela Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado) e pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).

Desenvolvido pela empresa Anambi Analise Ambiental, o projeto intitulado de “Biodiversidade para todos: da água à popularização da ciência e proteção da vida por meio do Aquário do Pantanal” receberá, ao todo, investimento de R$ 5.215.499,36. A pesquisa, coordenada por Larissa Figueiredo de Oliveira, foi escolhida por meio de “seleção pública de projetos de pesquisa e extensão para a estruturação e consolidação das atividades de biodiversidade e biotecnologia vinculadas às unidades de conservação de Mato Grosso do Sul Parque das Nações Indígenas”.

Estudo – Segundo o governo do Estado divulgou, o objetivo do programa é apoiar financeiramente projetos de pesquisa e extensão, tendo em vista o desenvolvimento e a execução de processos e modelos técnicocientíficos para captura, ambientação e estudo de espécies nativas da bacia rio Paraguai, em território sulmatogrossense, bem como o povoamento em réplicas artificiais dos habitats naturais previstos na composição do Aquário do Pantanal, o Centro de Pesquisa e Divulgação Científica da Biodiversidade de Mato Grosso do Sul, em construção no Parque das Nações Indígenas. O projeto aprovados terá duração máxima de atá 24 meses, podendo ser prorrogado por atá 12 meses desde que autorizado pela DiretoriaExecutiva da Fundect e do Imasul.

Título:Licitação para contratar gestor do aquário do pantanal sai em 15 dias Data:08/09/2014 Veículo: Fala MS Link:http://falams.com/licitacao-para-contratar-gestor-do-aquario-do-pantanal-sai-em15-dias

O governo estadual deve lançar em 15 dias o edital de licitação para que a iniciativa privada


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assuma a gestão do Centro de Pesquisa e de Reabilitação da Ictiofauna Pantaneira, o Aquário do Pantanal, que é construído em Campo Grande.

“O governador autorizou a licitação para a concessão e já estamos ultimando os preparativos do edital. Devemos publicar o anúncio em 15 dias”, afirma o titular da Semac (Secretaria de Meio Ambiente, Planejamento, Ciência e Tecnologia), Carlos Alberto Negreiros Said Menezes. Após a publicação, as propostas serão entregues no prazo de 30 dias. Da empresa, serão exigidos experiência no ramo e capacidade financeira. O prazo da concessão ainda é discutido, mas pode ser de 20 a 25 anos. “Será montada uma bilheteria. Nós vamos interagir para que seja a menor possível para o usuário. Há outras receitas que pode explorar, como o restaurante e eventos”, afirma Carlos Alberto. Não será cobrada outorga, ou seja, um valor mínimo para que as empresas participem. “O Estado não vai ter ganho, só não abro mão da Embrapa Pantanal e da UEMS palpitarem”, afirmou o governador André Puccinelli (PMDB), na última sextafeira, em entrevista exclusiva ao Campo Grande News.

Outra condição é que tenha dias de visitas gratuitas para alunos de escolas públicas. A obra física e equipamentos vão custar R$ 155 milhões. “Não é um aquário, é um centro de estudo e pesquisa da ictiofauna. Tinham 263 espécies conhecidas. Hoje, são 269. Estimula o conhecimento. O mundo vai saber que em Mato Grosso do Sul, em sua capital, em Campo Grande , existe o centro, vulgarmente conhecido como Aquário do Pantanal. Vai fazer essa relação”, diz o governador, sobre a projeção que será dada ao Estado.

Biodiversidade – A previsão é de término até dezembro. “Os acrílicos estão chegando para montar os últimos aquários. Acaba em dezembro se Deus quiser, se ninguém atrapalhar”, afirma o titular da Semac. As peças vêm dos Estados Unidos e devem chegar a Campo Grande até o dia 15 de setembro. Em maio, foi colocada a primeira placa de acrílico, uma gigante de 22 toneladas, 22 centímetros de espessuras e dimensões de 6,15 metros por 9,15 metros. O empreendimento terá uma bionave, para que o visitante se sinta em meio ao Pantanal, ao lado dos peixes do rio Paraguai. Um tanque de 70 metros vai abrigar 12,5 mil peixes de 135 espécies. Com area de 18.635,90 metros quadrados, o local também terá museu interativo e base de estudo da biodiversidade. Em formato de elipse, o Aquário do Pantanal foi projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake. A obra congrega tecnologia de diversos países. A estrutura metálica veio da Espanha; o forro e a cobertura de Portugal e a filtragem terá consultoria dos responsáveis pelo Aquário de Valência (Espanha). A construção teve início em 2011.


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Título:Aquário do pantanal terá animais da fauna pantaneira Data:08/10/2014 Veículo: Correio do Estado Link:http://http://www.correiodoestado.com.br/cidades/aquario-do-pantanal-terajacares-ariranhas-antas-e-sucuris/229242/

Quem pensa que o Aquário do Pantanal só terá peixes está enganado. O local também vai abrigar jacarés, ariranhas, antas e sucuris, que já estão em quarentena no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras). Dos 12,5 mil animais que estarão expostos para a visitação no Aquário do Pantanal, restam apenas os peixes para serem submetidos à ambientação, na Polícia Militar Ambiental (PMA).

Nos próximos 15 dias, equipes irão a campo capturar os peixes e plantas, que estarão expostos no local. O prazo depende apenas da conclusão do modelo de tanque reduzido, que é finalizado na sede PMA, com as mesmas características do que terá no aquário, para os peixes não morrerem. Segundo João Onofre Pereira Pinto, que atua como colaborador do governo para implantação do aquário, há uma ordem de coleta desses peixes. “Primeiro vamos adquirir os comprados em piscicultura e aquariofilia e os doados de outros aquários e centros de pesquisa, para então sair para a captura”, explica. A expectativa é de que, do porcentual dos animais, cerca de 20% a 30% sejam comprados. “Temos todos os rios do Estado mapeados, com o objetivo de coletar 450 espécies que estão espalhadas em várias regiões”, conta. Além de serem objetos de estudos científicos, os bichos da fauna pantaneira serão os responsáveis por disseminar a preservação dos demais.

Entre os desafios do centro de pesquisa, estará, no laboratório de bioensaios, o de recriar em cativeiro condições favoráveis à sobrevivência e propagação das espécies. Após dominar as exigências básicas para manutenção dos animais, abrese a possibilidade de cultiválos em condições controladas, conservando estoques naturais e evitando um possível impacto à biodiversidade.

Título:Para garantir quarentena, peixes do aquário começam a ser capturados Data: 27/07/2014


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Veículo: Campo Grande News Link:http://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/para-garantir-quarentenapeixes-do-aquario-comecam-a-ser-capturados

Com galpão e tanques quase prontos para abrir quarentena, os peixes a serem exibidos no Aquário do Pantanal começam a ser capturados e comprados a partir do mês que vem. Todo o processo de readaptação sera acompanhando por especialistas de universidades e da PMA (Polícia Militar Ambiental).

De acordo com o chefe da Semac (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia), o engenheiro Carlos Alberto Negreiros Said Menezes, o Governo do Estado está finalizando a construção de um galpão com tanques, na sede da PMA, para abrigar os peixes. “É o centro de recepção e quarentena das espécie, ou seja, um galpão, com todo um sistema de água e energia especial, em tanques, similar as condições de vida do aquário”, detalhou o secretário. Ainda segundo ele, o local será monitorado 24 horas para acompanhar o processo de readaptação, as mudanças na alimentação e, se for necessário, serão realizados tratamento de parasitas ou doenças. “Serão de dois as três meses de tratamento para chegar ao aquário”, contou Negreiros. Neste sentido, ele contou que, a partir de agosto, os peixes serão capturados e outros comprados. “Existe uma equipe especializada, coordenada pelas universidades e apoiada pela PMA, que tem todo um programa de captura e compra”, disse.

Os peixes vão vir de rios do Estado, como Miranda, Piquiri e Paraguai, e outros serão comprados.“Será tudo brasileiro e alguns devem vir do Mato Grosso e da Amazônia”, afirmou o titular da Semac. Além dos peixes, o Aquário contará com um ambiente para demonstrar o lar de outras espécias locais, como lontras, antas, jacarés, ariranhas e outros anfíbios. Essas espécies também serão capturadas a partir de agosto. Orçada em R$ 120 milhões, o Aquário do Pantanal será o maior de água doce do mundo e terá uma cobertura complexa que vai abrigar 24 tanques para representar os Rios Miranda, Piquiri e Paraguai.

O espaço também vai proporcionar pesquisas sobre a fauna pantaneira e tem a pretensão de atrair estudantes e universidades do mundo inteiro, além de 150 mil turistas por ano. O projeto inclui ainda biblioteca, laboratório, auditório, salas para exposição, praça de alimentação e uma passarela suspensa com aproximadamente 70 metros de extensão. Serão cerca de sete mil


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animais em exposição, subdivididos em mais de 200 espécies, entre peixes, invertebrados, répteis e mamíferos. A previsão do governo é cobrar entre R$ 10 a R$ 20 para os visitantes conhecer a atração.

Título:Governo fixa teto para ingresso do aquário do pantanal: r$ 30,80 Data:29/09/2014 Veículo: Campo Grande News Link:http://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/governo-fixa-teto-paraingresso-do-aquario-do-pantanal-rs-30-80 Com previsão de abrir as portas em dezembro, o Aquário do Pantanal terá custo mensal entre R$ 400 mil a R$ 500 mil e o ingresso não poderá passar de R$ 30,80. As informações constam no edital de escolha da empresa responsável pela gestão da atração turística, apresentado, nesta segundafeira (29), por representantes do primeiro escalão do governador André Puccinelli (PMDB) em audiência pública no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo.

Segundo o titular da Semac (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia), Carlos Alberto Negreiros Said de Menezes, o modelo da licitação é de concessão sem ônus. Ou seja, o Governo do Estado vai entregar o Aquário, sem cobrar nada, pronto e equipado em troca da manutenção e administração do espaço. “Entendemos que os custos para manter o espaço já são altos”, ponderou o secretário para explicar a decisão. “A previsão é de gastos mensais entre R$ 400 mil a R$ 500 mil”, completou. Além de bancar água, energia, salários dos funcionários e manutenção dos tanques com peixes, a empresa precisará sustentar o Centro de Pesquisas, considerado pelo governo a “alma do Aquário”.

Em troca do serviço, o vencedor da licitação poderá cobrar no máximo R$ 30,80 pelo ingresso da atração turística. “Fora a receita da bilheteria, o operador poderá gerar renda com eventos, aluguel dos auditórios e com a praça da alimentação”, frisou Negreiros. Ele destacou ainda, sem detalhar valor, que o edital prevê limite de receita. “Quando passar do valor, a empresa precisará depositar a sobra em um fundo do Imasul (Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul), recurso que será aplicado em pesquisa”, informou o titular da Semac.

O operador do Aquário ainda precisará desembolsar R$ 4 milhões para pagar estudo de


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modelagem realizado pelo Consórcio Pantanal. “Até agora, empresas gestoras de atrações semelhantes do Rio (de Janeiro) e de São Paulo sinalizaram interesse na administração do nosso aquário”, adiantou Negreiros. De acordo com ele, no início do dezembro, o plano é abrir as portas do local, com a “empresa em processo de operação”. “Ainda amanhã (30), queremos lançar o edital para entre 30 a 45 dias concluir a licitação”, completou o secretário.

Sobre a obra de construção do Aquário do Pantanal, o titular da Secretaria de Estado de Obras Públicas e de Transportes, Edson Giroto, informou que o processo está em fase de conclusão. “Estamos da etapa de modelagem”, contou. “Acabamos de receber uma das últimas peças, uma cúpula, que veio de avião do Estados Unidos. Com isso, será possível juntar as peças”, acrescentou. Uma das atrações do Aquário do Pantanal será a simulação de uma vista aérea pelos solos pantaneiros e um mergulho no Rio Paraguai. O espetáculo será apreciado de dentro de uma bionave, com formato de semente.

Além disso, um túnel de aproximadamente 70 metros de extensão servirá de passarela para o visitante andar no meio dos aquários, que, além do Rio Paraguai, vão retratar a natureza dos Rios Miranda e Piquiri, com 12,5 mil peixes de 135 espécies. No museu interativo, telões 3D vão retratar, por exemplo, a evolução do mundo e vão destacar imagens de cerca de sete mil animais, subdivididos em mais de 200 espécies, entre peixes, invertebrados, répteis e mamíferos.

Além das belezas naturais, o Aquário vai abrigar uma base de estudos da biodiversidade sulmatogrossense para difundir mundo afora as riquezas naturais do Estado. O plano é investir em pesquisas, com a expectativa de abrir portas e gerar negócios e renda com novas descobertas científicas. O espaço também oferecerá ao visitante uma diversificada praça de alimentação, salas de exposições, biblioteca, laboratório e auditório.

Título:Aquário do pantanal deve ser inaugurado no início de dezembro Data: 29/09/2014 Veículo: MS Notícias Link:http://msnoticias.com.br/noticias-campo-grande-ms/aquario-pantanal-deve-serinaugurado-inicio-de-dezembro Terminou agora pouco no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, no Parque dos Poderes, uma audiência pública onde o professor da UFMS (Universidade Federal de Mato


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Grosso do Sul), João Onofre explicou os detalhes da obra que é considerada uma conquista para Campo Grande e para o Estado, o Aquário do Pantanal.

João explicou para o público presente que até agora foi feita toda parte de modelagem do Aquário e falou que a previsão para o início do funcionamento é em dezembro deste ano.De acordo com o professor, dentro do Aquário do Pantanal vão conter 29 unidades de aquários com peixes e plantas. Dois destes tanques serão circulares e um dos tanques será aberto para osvisitantes tocarem nas espécies que permitem este tipo de ato. O local apresentará 28 mil m² de área construída e vão utilizar seis milhões de litros de água. O Aquário do Pantanal irá contar com 12.500 espécies de peixes que serão resgatadas pela PMA (Polícia Militar Ambiental) dentro de 15 dias.

João explicou que no pavilhão central, onde o acesso será gratuito, terá alguns quadros expostos e alguns aquários com peixes. Para ter acesso ao restante do Aquário do Pantanal a população deverá pagar em torno de R$ 29 ou R$ 30 para visitar o local. As escolas terão uma pareceria com o governo do Estado e poderão levar os alunos de graça pra visitar o Aquário do Pantanal.O custo mensal de manutenção do Aquário é estimado em R$ 5 milhões. E a expectativa segundo João, é que 270 mil pessoas visitem o local por ano. O secretário de Meio Ambiente, Carlos Menezes que estava presente na audiência disse que o Aquário do Pantanal é uma nova opção de lazer para os campograndenses. “O aquário é uma nova opção de lazer para a população de Campo Grande. Agora as agências de turismo podem acrescentar o Aquário do Pantanal no pacote de pontos turísticos da cidade. O aquário já está em fase final e o projeto é muito bem vindo”.

Questionado pela reportagem sobre a projeção de lucro que o Aquário do Pantanal pode trazer, o professor da UFMS afirma que sobre lucro não tem como dizer nada. “O que eu posso dizer é que a receita bruta gira em torno de R$ 7,4 milhões. Sobre o lucro não posso dizernada”.

Museu da Biodiversidade - Dentro do Aquário do Pantanal terá o Museu da Biodiversidade que é um local onde oferece acesso eletrônico e digital voltado para educação ambiental. De acordo com João, as pessoas poderão fazer leitura textual e visual. No museu terá também um resumo histórico da biodiversidade. Dentro do museu, terá uma cápsula onde poderão entrar 12 pessoas por vez. Nesta cápsula, as pessoas terão a sensação de estar sobrevoando no Pantanal sulmatogrossense. Além disso, a cápsula mostrará para os visitantes mergulhos em


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rios.

Biblioteca Digital - A Biblioteca Digital vai reunir todo conhecimento disponível sobre a biodiversidade. O local disponibilizará acesso impresso também. A Biblioteca Digital irá fornecer aos visitantes computadores onde os interessados poderão fazer buscas e pesquisas sobre a biodiversidade.

Centro de Pesquisa - O Centro terá um Núcleo de Extensão Tecnológica e de Transferência da Tecnologia. Além disso, vai ter um Núcleo de Formação Pessoal para atender os visitantes e explicar sobre projeto, produções de rações e todos serviços ambientais.

Centro de Negócios - Será uma sala de reuniões. Como cenário, João conta que o local terá no fundo um aquário. No Centro serão realizadas palestras, conferências e vídeo conferências.


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