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Conclusão

Conceição

Pesquisar Conceição Freitas da Silva foi como costurar uma colcha de retalhos. Foi um desafio juntar os pedaços da vida desta artista sem poder confirmar nada a partir de sua boca. A pesquisa póstuma contida neste livro não pode ser considerada completa e definitiva. Possui seus buracos e imprecisões. Mas tem seus créditos em ser uma publicação inédita sobre esta artista, que não somente surpreende pela sua singularidade, mas é o retrato da situação em que vivem muitas das pessoas que insistem em viver de arte no Mato Grosso do Sul.

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Apesar do significado que possui nas artes, a representação de Conceição não se limita a este setor. Em sua história encontramos também as mulheres, os indígenas, os fronteiriços, os pobres, os imigrantes, os pequenos agricultores desta terra, que apesar de nascida tardiamente, trouxe contigo antigos problemas sociais que Conceição fez questão de manter lembrados ao passar para o neto a função de continuar fazendo as esculturas dos bugres. É na capacidade de centralizar estas diversas expressões que se encontra a importância em retratar esta personagem.

Esta publicação se respalda em critérios jornalísticos e, por esse motivo, teve de trazer um tom crítico em determinados pontos, além de apresentar o tema selecionado por diferentes aspectos. A quantidade significativa de fontes foi essencial para que este objetivo fosse alcançado.

Conceição também representa uma contribuição

Tainá Jara

para a constituição da memória do Mato Grosso do Sul, não só por retratar sua personagem principal, mas por dar voz a vários outros personagens que constituem a história da consolidação cultural do estado criado em 1977. É uma fonte de pesquisa que, de certa maneira, contribui para qualidade das futuras publicações sobre a artista e serve como estímulo para que as histórias de personagens tão singulares desta região sejam registradas.

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