são luiz teatro municipal
19 out
recital aristides de sousa mendes Introdução: Manuela Franco Ana Maria Pinto voz Nuno Vieira de Almeida piano obras de Viktor Ullmann e Richard Strauss
DOMINGO ÀS 17H30 Jardim de Inverno; M/6 Duração: 70 min com intervalo
prog r ama Viktor Ullman (1898 – 1944) Dos Seis Sonetos de Louïze Labé op. 34 Claire Vénus Luth, compagnon Richard Strauss (1864 – 1949) Três Canções de Ofélia Wie erkenn’ ich mein Treulieb Guten Morgen, ’s ist St. Valentinstag Sie trugen ihn auf der Bahre bloss Viktor Ullmann Três Sonetos dos Portugueses Briefe, nun mein Sag immer wieder Sein erster Kuss
Intervalo Richard Strauss Zueignung Malven Allerseelen Schlechtes Wetter Morgen All mein Gedanken Die heiligen drei Könige
CAN ÇÕ ES Claire Vénus
Soneto V
Claire Vénus, qui erres par les Cieux, Entends ma voix qui en plaints chantera, Tant que ta face au haut du Ciel luira, Son long travail et souci ennuyeux.
Clara Vénus, errando pelos céus, ouve este pranto que a minha voz derrama, ouve o longo lamento e as muitas agruras, enquanto altiva brilhas nas alturas.
Mon oeil veillant s’attendrira bien mieux, Et plus de pleurs te voyant jettera. Mieux mon lit mol de larmes baignera, De ses travaux voyant témoins tes yeux.
O meu olhar depressa comovido mais lágrimas ainda verterá num leito já desfeito e já molhado de tantos desgostos tão sofrido.
Donc des humains sont les lassés esprits De doux repos et de sommeil épris. J’endure mal tant que le soleil luit ;
Cansado, o espírito humano só quer paz e sossego. Mas eu, triste e sozinha, enquanto dura o sol só me sinto morrer :
Et quand je suis quasi toute cassée, Et que me suis mise en mon lit lassée, Crier me faut mon mal toute la nuit.
E quando já quase não resisto, e tento finalmente adormecer, choro pela noite dentro num só grito!
Luth, compagnon
Soneto XII
Luth, compagnon de ma calamité, De mes soupirs témoin irréprochable, De mes ennuis contrôleur véritable, Tu as souvent avec moi lamenté ; Et tant le pleur piteux t’a molesté Que, commençant quelque son délectable, Tu le rendais tout soudain lamentable, Feignant le ton que plein avais chanté.
Alaúde, meu companheiro de dôr, dos meus suspiros testemunha fiel, das minhas zangas vero controlador, junto comigo também tu te lamentas:
Et si tu veux efforcer au contraire, Tu te détends et si me contrains taire : Mais me voyant tendrement soupirer,
E se te obrigo a fazer o contrário, tu então desafinas, desatinas, e furioso me obrigas a calar.
Donnant faveur à ma tant triste plainte, En mes ennuis me plaire suis contrainte Et d’un doux mal douce fin espérer
Mas logo, ouvindo o meu suspiro, aceitas o lamento e o desgosto, esperando pôr fim ao suave sofrimento.
Der Lieder der Ophelia
Como hei-de distinguir o amor verdadeiro
Wie erkenn ich mein treulieb Vor andern nun? An dem muschelhut und Stab Und den Sandalschuhn.
Como hei-de distinguir o amor verdadeiro De qualquer outro? Pelo chapéu de peregrino e bastão, E pelas sandálias.
Er ist tot und lange hin, Tot und hin, Fräulein! Ihm zu Häupten grünes Gras, Ihm zu Fuss ein Stein. Oho!
Ele está morto e desaparecido Há muito, Senhora! À cabeceira, um tufo de relva, Aos pés uma lápide.
Auf seinem Bahrtuch, weiss wie Schnee, Viel liebe Blumen trauern. Sie gehn zu Grabe nass, o weh! Vor Liebesschauern.
Sobre a sua mortalha, branca como a neve, Jazem muitas e belas flores. Foram para o túmulo humedecidas Por lágrimas de amor.
Ferido pelo meu pranto, ao iniciar a doce melodia logo a transformas em melancolia mudando o tom para um menor saudoso
Tradução: Serviço de Música da Fundação Gulbenkian
Guten Morgen,’s ist Sankt Valentinstag
Bons dias, estamos no dia de S. Valentim
Guten Morgen,’s ist Sankt Valentinstag, So früh vor Sonnenschein, Ich junge Maid am Fensterschlag Will Euer Valentim sein. Der junge Mann tut Hosen an, Tät auf die Kammertür, Liess ein die Maid, die als Maid Ging nimmermehr herfür. Bei Sankt Niklas und Charitas! Ein unverschämt Geschlecht! Ein junger Mann tut’s, wenn er kann, Fürwahr, das ist nicht recht. Sie sprach: Eh Ihr gescherzt mit mir, Verspracht Ihr mich zu frein, Ich bräch’s auch nicht beim Sonnenlicht, Wärst du nicht kommen herein.
Bons dias, estamos no dia de S. Valentim, Tão cedo antes do sol nascer. Eu, rapariga à janela Quero ser a tua Valentina. O rapaz vestiu as calças, Abriu a porta do quarto, E mandou entrar a donzela, Que já o não era quando saiu. Por S. Nicolau e Santa Catarina, Que geração sem vergonha! Os rapazes fazem-no quando podem, Mas na verdade não está certo. Ela disse: Antes de me abraçares Prometeste casar comigo. E assim teria feito, à luz do dia, Se não tivesses entrado no meu quarto.
Sie trugen ihm auf der Bahre bloss
Trouxeram-no no esquife, descoberto
Sie trugen ihn auf der Bahre bloss Leider, ach leider, den Liebsten! Manche Träne fiel in des Grabes SchossFahr wohl, fahr wohl, meine Taube!
Trouxeram-no no esquife, descoberto, O meu amado, ai, que infelicidade! Muitas lágrimas caíram sobre o túmulo Adeus, adeus, meu adorado!
Mein junger frischer Hansel ist’s, Der mir gefällt - Und kommt er nimmermehr?
O jovem e vigoroso Hansel foi aquele Que eu amei - E não voltará nunca mais?
Er ist tot, o weh! In dein Totbett geh, Er kommt dir nimmermehr.
Está morto, oh que aflição! Desce à sepultura, Ele nunca mais volta para ti.
Sein Bart war weiss wie Schnee, Sein Haupt wie Flacheb dazu. Er ist hin, er ist hin, Kein Trauern bringt Gewinn: Mit seiner Seele Ruh Und mit allen Christenseelen! Darum bet ich! Gott sei mit euch!
A sua barba era branca como neve, O seu cabelo cor de linho, Oh morreu, morreu, De nada valem as lágrimas: Pela paz da sua alma E de todas as almas cristãs! Por isso oro! Deus esteja convosco!
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As Minhas Cartas, Papéis Mortos… n.28
Briefe, nun mein! Tot, bleich und lautlos dauernd! Und doch wie meine Hand sie bebend heut am Abend aufband: wunderlich erschauernd und wie belebt in meinen Schoß gestreut.
As minhas cartas, papéis mortos, mudos e brancos: Contudo parecem vivos, a estremecer Quando à noite, ao desatar o laço, De mãos trémulas, os deixo cair no colo.
In diesem wünscht er mich zum Freund. Und der bestimmt, an dem ich ihm die Hand gereicht, den Tag im Frühling ... Und ich weinte mehr darum als nötig scheint. Und der, sehr leicht,
Ele queria só ver-me, estar ao meu lado, ser amigo, Naquele dia de outrora, na Primavera… Ao pegar na minha mão…uma coisa tão simples Mas que me comoveu, me fez chorar…
enthält: Ich liebe dich; und warf mich hin wie Gott mit Kommendem verwirft was war. Und der sagt: Ich bin dein ,- die Tinte drin
A seguir declarou-se e eu estremeci, Como que atordoada por um trovão divino. Sou tua, e as cartas empalideceram
verblich an meines Herzens Drängen. Ger erst dieser ... Lieber, du hast selbst verwirkt, daß ich zu sagen wagte, was er birgt.
Junto ao meu coração em alvoroço. E agora…oh meu amor, nunca julgaste Que eu jamais repetisse o que foi dito!
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Repete, Diz uma E outra Vez… n. 21
Sag immer wieder und noch einmal sag, daß du mich liebst. Obwohl dies Wort vielleicht, so wiederholt, dem lied des Kuckucks gleicht wie du’s empfandest: über Tal und Hag
Repete, diz uma e outra vez que me amas. Embora a repetição pareça o cantar do cuco, Como dizes, lembra-te que nunca, no vale Ou na montanha, faltou o cantar do cuco
und Feld und Abhang, beinah allgemein und überall, mit jedem Frühling tönend. Geliebter, da im Dunkel redet höhnend ein Zweifelgeist mich an; ich möchte schrein:
Junto às frescas ribeiras! Amor, Eu que no escuro sou amada, aguardo A repetida voz, que impedirá a dúvida. Imploro que repitas que me amas.
«Sag wieder, daß du liebst.» Wer ist denn bang, daß zu viel Sterne werden: ihrem Gang sind Himmel da. Und wenn sich Blumen mehren,
Pois quem teme as estrelas do céu, Tão abundantes, ou as flores a mais Que celebram os anos ?
erweitert sich das Jahr. Laß wiederkehren der Kehrreim deiner Liebe. Doch entzieh mir ihre Stille nicht. Bewahrst du sie?
Diz que me amas, amas, amas… Num repetido eco prateado! Pensa apenas, Amor, em amar-me também no silêncio da alma.
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Sein erster Kuß berührte nur die Finger, womit ich schreibe: wie sie seither leben geweiht und weiß, unfähig zu geringer Begrüßung, doch bereit, den Wink zu geben,
A primeira vez que me beijou, mal tocou Nos dedos desta mão com que escrevo Que desde então se tornou mais branca E dia a dia mais lenta nos cumprimentos mundanos,
wenn Engel sprechen. Und es könnte nicht ein Amethyst sichtbarer sein im Tragen als dieser Kuß. Der zweite, zum Gesicht aufsteigend, blieb, wo meine Haare lagen,
Mas mais atenta no aceno aos anjos quando falam. Um anel de ametista que não podia usar, tornado Mais visível do que esse primeiro beijo. O segundo Ultrapassou em altura o primeiro, procurou a testa,
verloren liegen. Unwert der Verwöhnung empfing ich seine Salbung vor der Krönung. Doch feierlich wie im Zeremonial
E encontrou o cabelo. Oh bem supremo! Confirmação do amor que é a sua Coroa, Com a mais santa doçura que a precede.
war mir der dritte auf den Mund gelegt in Purpur, und seitdem sag ich bewegt: o mein Geliebter, - stolz mit einem Mal.
O terceiro foi-me dado nos lábios, Num puro estado de júbilo e paixão, e desde aí Eis-me cheia de orgulho e exclamo, meu amor, muito meu!
parte 2 Zueignung (Poema de Hermann von Gilm)
Dedicatória (Poema de Hermann von Gilm)
Ja, du weisst es, teure Secle Dass ich fern von dir mich quäle Liebe macht die Herzen krank, Habe Dank.
Sim, sabes, alma querida, Como sofro longe de ti, O amor torna os corações doentes; Eu te agradeço.
Einst hielt ich, der Freiheit Zecher, Hoch den Amethystenbecher Und du segnetest den Trank, Habe Dank.
Uma vez, ébrio de liberdade, Ergui a minha taça de ametista E tu abençoaste a bebida; Eu te agradeço.
Und beschworst darin die Bösen, Bis ich, was ich nie gewesen, Heilig, heilig ans Herz dir sank, Habe Dank.
E exorcizaste o espírito do mal, Até que, o que nunca me acontecerá, Santamente mergulhei no teu coração, Eu te agradeço! Tradução livre de José Edmundson-Andrade
Malven – Betty Wehrli-Knobel Aus Rosen, Phlox, Zinienflor Ragen im Garten Malven empor, Duftlos unf ohne des Purpurs Glut, Wie ein verweintes blasses Gesicht Unter dem goldnen himmlischen Licht. Und dann verwehen leise, leise im Wind Zärtliche Blüten Sommers Gesind...
Por entre as Rosas, Fúcsias e Zínias em flor Estão as altas Malvas. Sem perfume, sem o brilho púrpura, Como um pálido e choroso rosto Sob o ouro celeste do Sol. E depois, suavemente, desfolhando-se ao vento, Ternas flores, companheiras do Verão.
Allerseelen
O dia de finados
Stell’auf den Tisch die duftenden Reseden, Die letzten roten Astern trag’herbei, Und lass uns wieder von der Liebe reden, Wie einst im Mai.
Coloca sobre a mesa as perfumadas resedas E junta-lhes as sécias vermelhas, E deixa-nos falar de amor novamente, Como outrora em Maio.
Gib mir die Hand, dass ich sie heimlich drücke, Und wenn man’s sieht, mir ist es einerlei; Gib mir nur einen deiner süssen Blicke, Wie einst im Mai.
Dá-me a tua mão para que eu secretamente a aperte, E se nos virem, pouco importa; Dá-me só um doce olhar teu, Como outrora em Maio.
Es blüht und duftet heut’auf jedem Grabe, Ein Tag im Jahr ist ja den Toten frei, Komm’an mein Herz, dass ich dich wieder habe, Wie einst im Mai.
Hoje há flores docemente perfumadas sobre cada sepultura, Um dia no ano é permitido aos mortos Virem ao meu coração, para que de novo os tenha, Como outrora em Maio.
Heinrich Heine: Buch der Lieder Schlechtes Wetter Das ist ein schlechtes Wetter, Es regnet und stürmt und schmeit; Ich sitze am Fenster und schaue
Faz um tempo muito mau, Com chuva, vento, neve; Sento-me à janela observando Lá fora na obscuridade
Hinaus in die Dunkelheit. Da schimmert ein einsames Lichtchen, Das wandelt langsam fort; Ein Mütterchen mit dem Laternchen
Lá brilha uma luzinha solitária Que vagueia devagar, Mãezinha e lanterninha Cambaleiam pela estrada.
Wankt über die Straße dort. Ich glaube, Mehl und Eier Und Butter kaufte sie ein; Sie will einen Kuchen backen
Penso que farinha, ovos E manteiga comprou; Ela vai fazer um bolo Para a filhinha que cresce.
Fürs große Töchterlein. Die liegt zu Haus im Lehnstuhl, Und blinzelt schläfrig ins Licht; Die goldnen Locken wallen Über das süße Gesicht.
Esta está deitada no cadeirão E pisca sonolentamente à luz; Os caracóis dourados tombando Sobre a sua doce cara.
Morgen
Amanhã
Und morgen wird die Sonne wieder scheinen, und auf dem Wege, den ich gehen werde, wird uns, die Glücklichen, sie wieder einen inmitten dieser sonnenatmenden Erde…
E amanhã o Sol voltará a brilhar, E o caminho que percorrer Unir-nos-á, a nós os felizes, de novo, No meio desta terra que respira Sol...
Und zu dem Strand, dem weiten, wogenblauen, werden wir still und langsam niedersteigen, stumm werden wir uns in die Augen schauen, und auf uns sinkt des Glückes stummes Schweigen…
E para a larga praia, com ondas azuis, Desceremos muda e lentamente, Calados olhar-nos-emos, Sobre nós caindo o silêncio da felicidade...
All mein’ Gedanken, mein Herz und mein... All mein’ Gedanken, mein Herz und mein Sinn, da, wo die Liebste ist, wandern sie hin. Gehn ihres Weges trotz Mauer und Tor, da hält kein Riegel, kein Graben nicht vor, gehn wie die Vögelein hoch durch die Luft, brauchen kein’ Brücken über Wasser und Kluft, finden das Städtlein und finden das Haus, finden ihr Fenster aus allen heraus. Und klopfen und rufen: Mach auf, laß uns ein, wir kommen vom Liebsten und grüßen dich fein.
Todos os meus pensamentos, o meu coração e os meus sentidos, Vagueiam para lá, onde vive a amada. Fazem o caminho apesar de muralha e portão, Não os pára nem ferrolho, nem cova, Vão como os pássaros alto pelo ar, Sem precisar de ponte sobre água e precipício, Encontram a cidadezinha e encontram a casa, E encontram a sua janela, por entre todas. E batem e dizem: Abre, deixa-nos entrar, Vimos do amado e saudamos-te.
Die Heil’gen Drei Könige aus Morgenland
Os três Reis magos do oriente
Die Heil’gen Drei Könige aus Morgenland, Sie frugen in jedem Städtchen: “Wo geht der Weg nach Bethlehem, Ihr lieben Buben und Mädchen?”
Os três reis magos do oriente Perguntaram em todas as vilas: “Por onde é o caminho para Belém, Queridos rapazes e raparigas?”
Die Jungen und Alten, sie wußten es nicht, Die Könige zogen weiter; Sie folgten einem goldenen Stern, Der leuchtete lieblich und heiter.
Novos e velhos não o sabiam; Os reis continuaram o seu caminho, Guiados por uma estrela de oiro, De luz serena e risonha.
Der Stern blieb stehn über Josephs Haus, Da sind sie hineingegangen; Das Öchslein brüllte, das Kindlein schrie, Die Heil’gen Drei Könige sangen.
A estrela pousou sobre a casa de José, E foi lá que eles entraram. O boi mugia, a criança gritava E os três reis magos cantaram.
São Luiz tEatro municipal Direcção Executiva Programação Temporada 2014-2015 Aida Tavares Programação Mais Novos Susana Duarte Adjunta Direcção Executiva Margarida Pacheco Secretariado de Direcção Olga Santos Direcção de Produção Tiza Gonçalves (Directora) Susana Duarte (Adjunta) Mafalda Sebastião Margarida Sousa Dias Direcção Técnica Hernâni Saúde (Director) João Nunes (Adjunto) Iluminação Carlos Tiago Ricardo Campos Ricardo Joaquim Sérgio Joaquim Maquinistas António Palma Cláudio Ramos Paulo Mira Vasco Ferreira Som Nuno Saias Ricardo Fernandes Rui Lopes Encarregado Geral Manuel Castiço Secretariado Técnico Sónia Rosa Direcção de Cena José Calixto Maria Távora Marta Pedroso Ana Cristina Lucas (Assistente) Direcção de Comunicação Ana Pereira (Directora) Elsa Barão Nuno Santos Design Gráfico Silva Designers Bilheteira Cidalina Ramos Hugo Henriques Soraia Amarelinho Frente de Casa Letras e Partituras Assistentes de Sala Ana Rita Carvalho Carla Pignatelli (Coordenação) Carlota Macedo Carolina Serrão Cristiano Varela (Coordenação) Domingos Teixeira Filipa Matta Helena Malaquias Hernâni Baptista Inês Garcia Joana Braz João Cunha Manuel Veloso Paulo Soares Sara Fernandes Carlos Ramos (Assistente) Segurança Securitas Limpeza Astrolimpa
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