Folha de sala DEIXEM O PIMBA EM PAZ

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são luiz teatro municipal

3 a 12 jul

deixem o pimba em paz Bruno

Nogueira Manuela

© José Frade

Azevedo

Orquestra Metropolitana de Lisboa

quinta a Sábado às 21h; Domingo às 17h30 Sala Principal; M/6 €8 A €15 (com descontos €5 a €10,50)


DEIXEM O PIM BA EM PAZ

B runo N ogueira

Quando uma ideia resulta em concertos esgotados, público rendido, um disco editado, Coliseus ao rubro, há qualquer coisa que se passa e o melhor é descobri-la ao vivo, agora ao lado da fantástica Orquestra Metropolitana de Lisboa.

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Passou um ano e meio desde que nasceu o Deixem o Pimba em Paz no São Luiz, um projecto que encontrava arranjos musicais de jazz e pop para músicas pimba. E era para ter ficado por aí. Mas cedo ganhou mais corpo do que a medida planeada, e espalhou raízes por todo o país numa digressão para lá do imaginado. Surge então a ideia de nos espalharmos ao comprido com mais pessoas em palco. Depois de em 2011 ter trabalhado com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, ficou a promessa do reencontro. Voltar sempre ao lugar onde se foi feliz. E é assim que chegamos novamente ao São Luiz, lá está, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, mas desta vez com o Mário Laginha que convidei para nos ajudar nos arranjos. Infelizmente, para a carreira dele, aceitou. Música Pimba e Orquestra Metropolitana de Lisboa: é isto. E o resto que seja o que cada um quiser.


DEIXEM O PIM BA EM PAZ

Filipe M e lo

D ire c ç ã o music al , arranjos e inte rp re ta ç ã o

Desde a sua concepção, o conceito que deu origem a este espectáculo tinha muito por onde falhar. Inicialmente pensado para orquestra, ficou reduzido a cinco músicos. Não havia um produtor que acreditasse no projecto. E, pior que tudo - íamos tocar música Pimba. Existem muitos preconceitos em relação à música popular portuguesa, mas também a todos os outros géneros – o jazz, a música clássica, o pop-rock, e por aí fora. Este espectáculo tenta provar que esse tipo de preconceito é completamente absurdo e que essa forma de pensar é inimiga da criatividade. E aqui estamos, dois anos depois do primeiro espectáculo, de regresso à casa que nos viu nascer: o Teatro São Luiz. Mais uma vez, este espectáculo tem tudo para correr mal – no palco, haverá uma orquestra clássica, músicos de jazz, músicos de pop-rock e... o Bruno. Para quem não o conhece bem, e para quem só conhece a sua faceta de humorista, tem aqui o meu testemunho – o Bruno, além de se ter tornado um bom amigo e de ser uma das pessoas com mais graça natural que conheço, é também um mestre do bom gosto. Com ele, é difícil - melhor, é impossível - fazer algo mau. Recentemente, disse-me que sempre teve a certeza absoluta que o espectáculo ia funcionar, e que muitas vezes era difícil para ele mostrar aos outros o que ele conseguia ver. Se eu próprio tinha

dúvidas, foram dissipadas no final do primeiro ensaio. Prometi a mim próprio que ia tentar não escrever um texto sentimental, mas neste caso é muito difícil, porque já fizemos mais de 30 concertos do Deixem o Pimba em Paz por todo o país. Não há páginas suficientes para escrever todos os elogios que poderia dedicar a este grupo de pessoas – os músicos, os técnicos e a nossa querida produtora. Somos uma pequena família e estarei para sempre grato ao Bruno por nos ter juntado. Nestes concertos, esticaremos mais uma vez a corda e daremos as boas vindas aos novos «pimbianos» – o maestro Cesário Costa e a Orquestra Metropolitana de Lisboa – uma prova irrefutável de que o Pimba é unificador, ou que então estamos todos completamente loucos. Por último, é uma honra escrever lado a lado com um dos músicos que mais admiro, o Mário Laginha. É um desafio de grande responsabilidade, mas que se revelou muito fácil – existem nestes temas letras verdadeiramente inteligentes e melodias emocionantes, se tivermos disponibilidade para as ouvir com atenção. Na plateia destes concertos, encontramos todo o tipo de pessoas. Com cada sorriso que vemos percebemos que o Deixem o Pimba em Paz faz todo o sentido. 3


ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA A Orquestra Metropolitana de Lisboa estreou-se no dia 10 de Junho de 1992. Desde então, os seus músicos asseguram uma intensa actividade na qual a qualidade e a versatilidade têm presença constante, permitindo abordar géneros diversos, proporcionando a criação de novos públicos e a afirmação do carácter inovador do projecto AMEC / Metropolitana, de que esta orquestra é a face mais visível. Nos programas sinfónicos, jovens intérpretes da Academia Nacional Superior de Orquestra juntam-se à Metropolitana, cuja constituição regular integra já músicos formados nesta escola, sinal da vitalidade da ponte única que aqui se faz entre a prática e o ensino da música. Este desígnio, que distingue a identidade da Metropolitana, por ser exemplo singular no panorama musical internacional, complementa-se com a participação cívica, que se traduz na apresentação frequente em concertos de solidariedade e eventos públicos relevantes. Cabe-lhe, ainda, a responsabilidade de assegurar uma programação regular junto de várias autarquias da região centro e sul, para além de promover iniciativas de descentralização cultural por todo o país. Desde o seu início, a Metropolitana é referência incontornável do panorama orquestral nacional. Um ano após a sua criação, apresentou-se em Estrasburgo e Bruxelas. Deslocou-se depois a Itália, Índia, Coreia do Sul, Macau, Tailândia e Áustria. Em 2009 tocou em Cabo Verde, numa ocasião histórica em que, pela primeira vez, se fez ouvir uma orquestra clássica no arquipélago. No final de 2009 e início de 2010, efectuou uma digressão pela China. Mais recentemente, por ocasião do seu vigésimo aniversário, a Metropolitana regressou à capital belga. Tem gravados onze CD – um dos quais disco de platina – para diferentes editoras, incluindo a EMI Classics, a Naxos e a RCA Classics. Ao longo destas mais de duas décadas, colaborou com inúmeros maestros e solistas de grande reputação no plano nacional e internacional, de que são exemplos os maestros Christopher Hogwood, Theodor Guschlbauer, Michael Zilm, Arild Remmereit, Nicholas Kraemer, Lucas Paff, Victor Yampolsky, Joana Carneiro e Brian Schembri ou os solistas Monserrat Caballé, Kiri Te Kanawa, José Cura, José Carreras, Felicity Lott, Elisabete Matos, Leon Fleisher, Maria João Pires, Artur Pizarro, Sequeira Costa, António Rosado, Natalia Gutman, Gerardo Ribeiro, Anabela Chaves, António Menezes, Sol Gabetta, Michel Portal, Marlis Petersen, Dietrich Henschel, Thomas Walker e Mark Padmore, entre outros. A Direcção Artística da Orquestra Metropolitana de Lisboa é, desde Julho de 2013, assegurada pelo maestro e compositor Pedro Amaral.

Ideia original e direcção Bruno Nogueira Direcção Musical Filipe Melo e Nuno Rafael Arranjos Mário Laginha, Filipe Melo e Nuno Rafael Apoio na concepção Miguel Esteves Cardoso Luz Luís Duarte Roadie António Gomes Figurinos Isabel Carmona Interpretação Bruno Nogueira, Manuela Azevedo, Filipe Melo, Nuno Rafael e Nelson Cascais Co-produção Orquestra Metropolitana de Lisboa, Força de Produção e São Luiz Teatro Municipal Orquestra Metropolitana de Lisboa Direcção Maestro Cesário Costa Flautas Janete Santos Vera Morais* Oboé Luis Auñón Pérez Clarinetes Nuno Silva Hugo Azenha** Fagote Roberto Erculiani* Trompas Nuno Vaz Jerôme Arnouf Trombone Tiago Noites** Harpa Coral Tinoco* Percussão Fernando Llopis 1ºs Violinos Alexei Tolpygo Concertino Liviu Scripcaru Diana Tzonkova Carlos Damas Elena Komissarova 2ºs Violinos Agnés Sárosi José Teixeira Anzhela Akopyan Daniela Radu Violas Valentin Petrov Joana Cipriano* Andrei Ratnikov Violoncelos Jian Hong Ana Cláudia Serrão Contrabaixos Ercole de Conca Vladimir Kouznetsov

São Luiz tEatro municipal Direcção Artística Aida Tavares Direcção Executiva Joaquim René Programação Mais Novos Susana Duarte Adjunta Direcção Executiva Margarida Pacheco Secretariado de Direcção Olga Santos Direcção de Produção Tiza Gonçalves (Directora) Susana Duarte (Adjunta) Andreia Luís Margarida Sousa Dias Direcção Técnica Hernâni Saúde (Director) João Nunes (Adjunto) Iluminação Carlos Tiago Ricardo Campos Ricardo Joaquim Sérgio Joaquim Maquinistas António Palma Cláudio Ramos Paulo Mira Vasco Ferreira Som Nuno Saias Ricardo Fernandes Rui Lopes Secretariado Técnico Sónia Rosa Direcção de Cena José Calixto Maria Távora Marta Pedroso Ana Cristina Lucas (Assistente) Inês Mendes (Estagiária) Direcção de Comunicação Ana Pereira (Directora) Elsa Barão Nuno Santos Tiago Fernandes (Estagiário) Design Gráfico Silva Designers Bilheteira Cidalina Ramos Hugo Henriques Soraia Amarelinho Frente de Casa Letras e Partituras Coordenação Carla Pignatelli Inês Macedo Assistentes de Sala Carolina Serrão Domingos Teixeira Filipa Matta Helena Malaquias Hernâni Baptista Inês Garcia João Cunha Sara Fernandes Sara Garcia Sofia Martins Carlos Ramos (Assistente) Segurança Securitas Limpeza Astrolimpa

*Convidado ** Convidado Ex-Aluno da Academia Nacional Superior de Orquestra (ANSO)

www.teatrosaoluiz.pt


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