Folha de sala CAIXINHA DE MÚSICA_Gisela João

Page 1

© estelle valente

são lu i z teatro m u n i c i pal

10, 11 e 12 DEZ MÚSICA

Gisela João Caixinha de Música

Quinta, sexta e Sábado às 21h Sala Principal, M/6 €8 A €15 (COM DESCONTOS €5 A €10,50) Duração (aprox): 1h30

deze m bro 2015


g is e la joão

© Gisela João

10 A 12 DEZ MÚSICA

Gisela João

Caixinha de Música Quinta a Sábado às 21h Sala Principal, M/6

Produção e direcção musical: Frederico Pereira

10 A 12 DEZ

Voz: Gisela João Piano: Óscar Graça Contrabaixo: Nelson Cascais Bateria: Paulo Bandeira Flugel: Tomás Pimentel Harpa e guitarra eléctrica: Eduardo Raon Viola de fado: Nelson Aleixo Guitarra portuguesa: Ricardo Parreira Coro: Coro Lopes-Graça da Academia de Amadores de Música Quarteto de Cordas: Ana Carvalho, Joana Mendonça, Tiago Azevedo e Silva e José Maria Botelho Harmonica: Cristiano Saggini

Workshop de bordados

quinta a sábado das 15h às 19h JARDIM DE INVERNO

com Joana Caetano público-alvo: > 12 anos mais detalhes e inscrições: acaixinhademusicadagiselajoao@gmail.com

10 E 11 DEZ

Guitarradas

Cenografia: João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira com elementos de José Capela/ Mala Voadora, Lux-Frágil, Cão Solteiro, Teatro Praga e Companhia Nacional de Bailado Som de frente: Frederico Pereira Som de monitores: Maria João Castanheira Desenho de luz e operação: Daniel Worm Produção executiva: HM Música

quinta e sexta às 23H JARDIM DE INVERNO

Ricardo Parreira guitarra portuguesa Nelson Aleixo guitarra clássica Francisco Gaspar baixo

12 DEZ

Programa comissariado por Gisela João

Danceteria

sábado às 23H JARDIM DE INVERNO

7 A 12 DEZ

Gisela Sheila & Tomás

Sessão de fotografia durante o dia JARDIM DE INVERNO

Co-produção: Museu do Fado e São Luiz Teatro Municipal

com Estelle Valente público-alvo: mulheres > 20 anos mais detalhes e inscrições: acaixinhademusicadagiselajoao@gmail.com

2


caixi n ha de m úsica

Boa noite! tremer… eu queria muito estar a dar um beijinho a cada um de vocês, não posso, estou neste momento atrás da cortina nervosa como uma lagartixa atordoada a decidir o que vestir e a dizer que me vou embrulhar toda nas letras… verdade, porque embora este texto seja escrito antes eu já sei que vou estar a tremer, já estou!! ensaios, letras para trás e p’ra diante… alguns amigos dizem “és louca!” eu digo “pois sou!” aproveitar os 3 dias que me deram aqui na sala de princesas para fazer um “sonho” uma experiência pontual, uma brincadeira feliz… que o vosso coração fique cheio, tão cheio como o meu que está tão feliz de vos fazer esta surpresa com tanto carinho e alegria! que seja uma noite feliz, que sejam 3 noites felizes o desafio é enorne, queria fazer uma noite diferente de tudo… uma alice no país das maravilhas… um sonho! são outros Fados!! São outros Fados

© Estelle Valente

Gisela João

3


g is e la joão

Gisela, a musa André e. Teodósio

e teve momentos gloriosos por vezes subordinados a propósitos dúbios, também ele foi motivo de ataque, de subjugação, de chacota, de vergonha e de manipulações interesseiras muito pouco à altura do engenho com que as deusas nos brindaram e se sacrificaram. Responder ao enigma da esfinge está ao alcance de um dedilhar no google. Antigamente tudo implicava uma vida sacrificial perante a revelação de um oráculo. A décima musa assaltou-nos no dia em que apareceu com o seu arqueísmo futurista. Veio de longe sem sabermos se seria de trás, da frente ou mesmo do lado. Parece que esteve sempre aqui! E no entanto o espanto… É que é raro sermos atravessados por musas e desta ninguém estava francamente à espera! O primeiro relato da sua existência, ainda o seu famoso disco não tinha sido lançado, momento que ultrapassou em larga escala a famosa estátua de Míron, ouvi-o da boca da directora do Teatro Municipal São Luiz (o templo Olimpo no topo da Colina), Aida de seu nome, agora Rainha de terrenos Atlânticos na ponta de uma Europa já sem medo de tanto ser bafejada por ventos do Sara como em ser diluída por correntes marítimas equatoriais. É um furacão, disse-me. Coitadas das hortas de alfaces, pensei eu, ao imaginar mais uma imprecação que assolaria a vida terrena que encontra no padrão um modo de subsistência comum. E era! Radiosa e com uma hora de atraso, envolta em lantejoulas e segurada por ténis, transportando o conhecimento profundo resultante do imperioso investimento de sentido dos sábios, mais áureo que qualquer valor simbólico pós-Bretton Woods, inundou-me o ânimo com uma sensação de esperança que há muito confinada numa nostalgia destituída de vida real.

Escrever sobre uma deusa é uma tarefa histórica só tornada possível quando estruturada num relato catacrético intenso. Perante a perplexidade, é isso que me resta fazer, desvendando assim a musa misteriosa que surgiu no canto inesperado. Utilizando a técnica ‘correspondência’ da disciplina artística (o teatro) onde por vezes me sinto incluído, e que consiste na atribuição e substituição de símbolos entendidos como arcaicos ou não-operativos por sinais tidos como representantes de uma certa ideia de contemporaneidade e de reconhecimento imediato, relato-vos a história da décima musa que, em terras lusas, fez a sua aparição. O seu nome, Gisela João. Neste Monte Olimpo, vulgo a colina de Lisboa onde vos encontrais a ler esta missiva, tivemos o privilégio, até aos tempos correntes, de ser bafejados com a existência de nove musas: Hermínia Silva, Berta Cardoso, Maria Teresa de Noronha, Lucília do Carmo, Amália Rodrigues, Argentina Santos, Beatriz da Conceição, Maria da Fé e Ana Rosmaninho. Nos seus cantos contraíram-se tempos, suportes, géneros e contextos que foram mesclados quer por rigorosas metodologias científicas quer por impulsos intuitivos sensoriais extraordinários. O fado, que começou num acorde único dedilhado por guitarristas pitagóricos e sobreviveu em melodias boca-a-boca xamânicas que impediram o esquecimento, foi também, pelas vozes de musas cheias de charme e de xaile, progredindo num fortalecimento e numa edificação intensa que, ao existir, constatava um mundo-em-relação numa grandiosidade só talvez semelhante à da vida dos grandes livros sagrados. Mas com a conturbada história do país, o seu canto sa(n)grado teve também uma história difícil. Se o fado nasceu em recantos

4


caixi n ha de m úsica

Falámos de fado, de arte, de viagens, de sol, de projectos futuros e a caminho de nossas casas, porque ela afinal vive, e ainda por cima perto de mim, conseguiu parar para me cantar, por entre as grades da igreja de Santa Catarina num claustro que não reverbera o chiar dos eléctricos. Comum mortal, googlei o seu nome. Nunca antes ouvira falar de tal musa que a muitos já deleitava: Gisila, Geisel, Gisel, a da flecha poderosa, garantia, a que maneja a lança com destreza…, enfim, tanta informação e no entanto tão precária e nada relevante quando comparada com o que ser revelou com o tempo: o ‘estar a ser’ complexo da musa. E é por isso, por misto de dedicação e agradecimento simétricos, que arrisco uma definição no dicionário dos deuses cravada com a convicção de quem esculpe a martelo na pedra de um pórtico de um panteão o nome de um ser adorado.

que dá júbilo ao futuro por vir. É a festiva e de muitos hinos, tanto procurando o folclore ou a música popular mais regional como a mais erudita que lhe surge. É a que arrisca (latim: experiri), a que experimenta atravessando o fogo, criando coisas fundamentais e não encarando, como muitos outros, os suportes que a rodeiam como decoração da sua arte. Delega, aposta, incentiva e reúne os poetas, músicos, artistas plásticos e performativos, estilistas e bordadeiras que se encontram no mesmo plano de criação não coincidente com a arte ‘opticamente correcta’ da hegemonia do entretenimento, arriscando e denotando nessa ideia de Arte Total um espírito crítico que não se limita a recontar histórias, mas a fazer história. Carrega destemidamente o risco que a pode destronar ao fazer dos três tempos, passado-presente-e-futuro, um tempo só: o tempo sem tempo. E na sua voz melodiosa, um fóssil em movimento, encontro o epítome de uma estética com ética. Adorada sejas nossa musa. Somos por vezes assaltados por musas. Este é um caso para dizer: Ainda bem que nos levou tudo. Porque em troca, nos dá Tudo. Todos os dias. A todas as horas.

GISELA, a musa Nascida em Barcelos, as suas cordas vocais foram bordadas na entretela da sua garganta e o corpo moldado por uns genes dedáleos. Sua morada tanto é junto a rios como a prédios de alturas exorbitantes e seu ofício posiciona-se numa transição delicada entre o Sol e teatros dourados. Corpo uno, e sem qualquer tipo de antropozoomorfismo, também não é facilmente definível quando vista a desempenhar em cena os seus ofícios de maneira transcendente. Décima musa, reúne em si todas qualidades herdadas das outras nove. É a da bela voz, a proclamadora, a amável, a doadora de prazeres, a poetisa, a de muitos hinos, a que faz brotar flores, a rodopiante e celestial. A da eloquência, a da história, da poesia lírica, da música, da tragédia e da comédia, do sagrado, da dança e das estrelas. A que faz loas e justa homenagem a tudo o que é anterior a si e a

Do teu sempre, André, o típico.

5


g is e la joão

Into My Arms

Amanhã

Autor: Nick Cave

Compositor: Guilherme Arantes

I don’t believe in an interventionist God But I know, darling, that you do But if I did I would kneel down and ask Him Not to intervene when it came to you Not to touch a hair on your head To leave you as you are And if He felt He had to direct you Then direct you into my arms

Amanhã Será um lindo dia Da mais louca alegria Que se possa imaginar Amanhã Redobrada a força Pra cima que não cessa Há-de vingar Amanhã Mais nenhum mistério Acima do ilusório O astro-rei vai brilhar

Into my arms, O Lord Into my arms, O Lord Into my arms, O Lord Into my arms

Amanhã A luminosidade Alheia a qualquer vontade Há-de imperar

And I don’t believe in the existence of angels ut looking at you I wonder if that’s true But if I did I would summon them together And ask them to watch over you To each burn a candle for you To make bright and clear your path And to walk, like Christ, in grace and love And guide you into my arms

Amanhã Está toda a esperança Por menor que pareça Que existe é pra vicejar Amanhã Apesar de hoje Ser a estrada que surge Pra se trilhar

But I believe in love And I know that you do too And I believe in some kind of path That we can walk down, me and you So keep your candles burning And make her journey bright and pure That she will keep returning Always and evermore

Amanhã Mesmo que uns não queiram Será de outros que esperam Ver o dia raiar Amanhã Ódios aplacados Temores abrandados Será pleno, será pleno

6


caixi n ha de m úsica

Resta Cu’mme

Where or When

Autores: Domenico Modugno/ Eduardo Verde

Autores: Lorenz Hart / Richard Rodgers

Resta cu’ mme Pe’ carità Stattè cu’ mme Nun me lassà Famme penà, Famme ‘mpazzi’ Famme dannà, Ma dimme si Moro pe’ tte’.... Vive pe’ tte... Vita ‘dda vita mia

It seems we stood and talked like this, before We looked at each other in the same way then But I can’t remember where or when The clothes you’re wearing are the clothes you wore The smile you are smiling you were smiling then But I can’t remember where or when Some things that happened for the first time Seem to be happening again And so it seems that we have met before And laughed before, and loved before But who knows where or when Some things that happened for the first time Seem to be happening again And so it seems that we have met before And laughed before, and loved before But who knows where or when

Nun ‘me ‘mporta do passato Nun ‘me ‘mporta e chi t’ha avuto Resta cu’... mme... Cu... ‘mme Famme penà Famme ‘mpazzi’ Stattè cu’ mme Nun me lassà ... Resta cu’ mme.... Nun me lassà

Time After Time Autores: Cindy Lauper/ Robert Hyman Time after time I tell myself that I’m So lucky to be loving you

Vita ‘dda vita mia Nun ‘me ‘mporta do passato Nun ‘me ‘mporta e chi t’ha avuto Resta cu’... mme... Cu... ‘mme

So lucky to be The one you run to see In the evening, when the day is through I only know what I knowThe passing years will show Youve kept my love so young, so new And time after time Youll hear me say that I’m So lucky to be loving you

7


g is e la joão

Maldição

Back to Black

Autores: Amália Rodrigues/ Alfredo Marceneiro (Fado Cravo)

Autores: Amy Winehouse/ Mark Ronson He left no time to regret Kept his dick wet With his same old safe bet Me and my head high And my tears dry Get on without my guy

Que destino, ou maldição Manda em nós, meu coração? Um do outro assim perdido, Somos dois gritos calados, Dois fados desencontrados, Dois amantes desunidos.

You went back to what you knew So far removed from all that we went through And I tread a troubled track My odds are stacked I’ll go back to black

Por ti sofro e vou morrendo, Não te encontro, nem te entendo, Amo e odeio sem razão: Coração... quando te cansas Das nossas mortas esperanças, Quando paras, coração?

We only said goodbye with words I died a hundred times You go back to her And I go back to...

Nesta luta, esta agonia, Canto e choro de alegria, Sou feliz e desgraçada. Que sina a tua, meu peito, Que nunca estás satisfeito, Que dás tudo... e não tens nada.

I go back to us I love you much It’s not enough You love blow and I love puff

Na gelada solidão, Que tu me dás coração, Não há vida nem há morte: É lucidez, desatino, De ler no próprio destino Sem poder mudar-lhe a sorte…

And life is like a pipe And I’m a tiny penny rolling up the walls inside

Volver a los Diciesete Autora: Violeta Parra Volver a los diecisiete después de vivir un siglo Es como descifrar signos sin ser sabio competente volver a ser de repente tan frágil como un segundo volver a sentir profundo como un nino frente a Dios, eso es lo que siento yo en este instante fecundo Se va enredando enredando, como en el muro la hiedra y va brotando, brotando como el musguito en la piedra como el musguito en la piedra, ay si, si, si

8


caixin ha de m úsica

Não sei porque te foste embora

Mi paso retrocedido, cuando el de ustedes avanza el arco de las alianzas ha penetrado en mi nido con todo su colorido se ha paseado por mis venas y hasta la dura cadena con que nos ata el destino es como un dia bendecido que alumbra mi alma serena

Letra: José Galhardo / Música: Frederico Valério Não sei por que te foste embora. Não sei que mal te fiz, que importa, só sei que o dia corre e àquela hora, não sei por que não vens bater-me à porta. Não sei se gostas de outra agora, se eu estou ou não para ti já morta. Não sei, não sei nem me interessa, não me sais é da cabeça que não vê que eu te esqueci. Não sei, não sei o que é isto já não gosto e não resisto não te quero e penso em ti. Não quero este meu querer no peito, não quero esperar por ti nem espero. Não quero que me queiras contrafeito, nem quero que tu saibas que eu te quero. Depois de este meu querer desfeito, nem quero o teu amor sincero. Não quero mais encontrar-te, nem ouvir-te nem falar-te, nem sentir o teu calor. Porque eu não quero que vejas que este amor que não desejas só deseja o teu amor.

Se va enredando, enredando, como en el muro la hiedra y va brotando, brotando como el musguito en la piedra como el musguito en la piedra, ay si, si, si Lo que puede el sentimiento no lo ha podido el saber, ni el mas claro proceder ni el mas ancho pensamiento todo lo cambia el momento colmado condescendiente, nos aleja dulcemente de rencores y violencias solo el amor con su ciencia nos vuelve tan inocentes Se va enredando, enredando, como en el muro la hiedra y va brotando, brotando como el musguito en la piedra como el musguito en la piedra, ay si, si, si El amor es torbellino de pureza original hasta el feroz animal susurra su dulce trino, retiene a los peregrinos, libera a los prisioneros, el amor con sus esmeros, al viejo lo vuelve nino y al malo solo el canino lo vuelve puro y sincero Se va enredando, enredando, como en el muro la hiedra y va brotando, brotando como el mus guito en la piedra como el mus guito en la piedra, ay si, si, si De par en par la ventana se abrio como por encanto entro el amor con su manto como una tibia mañana y al son de su bella diana hizo brotar el jazmín, volando cual serafín al cielo le puso a retes y mis anos en diecisiete los combirtio el querubín

A Flor e o Espinho Compositor: Nelson Cavaquinho/ Alcides Caminha/ Guilherme de Brito Tire o seu sorriso do caminho Que eu quero passar com a minha dor Hoje pra você eu sou espinho Espinho não machuca a flor Eu só errei quando juntei minh’alma a sua O sol não pode viver perto da lua É no espelho que eu vejo a minha magoa A minha dor e os meus olhos rasos d’água Eu na sua vida já fui uma flor Hoje sou espinho em seu amor Eu só errei quando juntei minh’alma a sua O sol não pode viver perto da lua

Se va enredando, enredando, como en el muro la hiedra y va brotando, brotando como el mus guito en la piedra como el mus guito en la piedra, ay si, si, si

9


g is e la joão

Hallelujah

Que nasce em qualquer lugar Às vezes é no meio de tanta gente Que descubro afinal aquilo que sou Sou um grito Ou sou uma pedra De um altar aonde não estou

Autor: Leonard Cohen I’ve heard there was a secret chord That David played and it pleased the lord But you don’t really care for music do you? Well it goes like this the fourth, the fifth The minor fall and the major lift The baffled king composing hallelujah

Às vezes sou o tempo que tarda em passar E aquilo em que ninguém quer acreditar Às vezes sou também Um sim alegre Ou um triste não E troco a minha vida por um dia de ilusão E troco a minha vida por um dia de ilusão

Hallelujah, hallelujah, hallelujah, hallelujah Well your faith was strong but you needed proof You saw her bathing on the roof Her beauty and the moonlight overthrew you She tied you to her kitchen chair She broke your throne and she cut your hair And from your lips she drew the hallelujah

Às vezes é no meio do silêncio Que descubro as palavras por dizer É uma pedra Ou é um grito De um amor por acontecer

Hallelujah, Well there was a time when you let me know What’s really going on below But now you never show that to me do you? But remember when I moved in you And the holy dove was moving too And every breath we drew was hallelujah

Às vezes é no meio de tanta gente Que descubro afinal p’ra onde vou E esta pedra E este grito São a história d’aquilo que sou Às vezes sou o tempo que tarda em passar E aquilo em que ninguém quer acreditar

maybe there’s a God above But all I’ve ever learned from love Was how to shoot somebody who outdrew you And it’s not a cry that you hear at night It’s not somebody who’ve seen the light It’s a cold and it’s a broken hallelujah

Às vezes sou também Um sim alegre Ou um triste não E troco a minha vida por um dia de ilusão E troco a minha vida por um dia de ilusão

Hallelujah…

Às vezes sou o tempo que tarda em passar E aquilo em que ninguém quer acreditar

Silêncio e Tanta Gente Letra e música: Maria Guinot

Às vezes sou também Um sim alegre Ou um triste não E troco a minha vida por um dia de ilusão E troco a minha vida por um dia de ilusão

Às vezes é no meio do silêncio Que descubro o amor em teu olhar É uma pedra É um grito

10


caixi n ha de m úsica

La Noyée

There’s no love song finer, but how strange the change from major to minor, Everytime we say goodbye.

Autor: Serge Gainsbourg Tu t’en vas à la dérive Sur la rivière du souvenir Et moi, courant sur la rive, Je te crie de revenir Mais, lentement, tu t’éloignes Et dans ma course é perdue, Peu à peu, je te regagne Un peu de terrain perdu. De temps en temps, tu t’enfonces Dans le liquide mouvant Ou bien, frôlant quelques ronces, Tu hésites et tu m’attends En te cachant la figure Dans ta robe retroussée, De peur que ne te défigurent Et la honte et les regrets. Tu n’es plus qu’une pauvre épave, Chienne crevée au fil de l’eau Mais je reste ton esclave Et plonge dans le ruisseau Quand le souvenir s’arrête Et l’océan de l’oubli, Brisant nos c?urs et nos têtes, a jamais nous réunit

Acordai Letra: José Gomes Ferreira/ Música: Fernando Lopes-Graça Acordai acordai homens que dormis a embalar a dor dos silêncios vis vinde no clamor das almas viris arrancar a flor que dorme na raíz Acordai acordai raios e tufões que dormis no ar e nas multidões vinde incendiar de astros e canções as pedras do mar o mundo e os corações Acordai acendei de almas e de sóis este mar sem cais nem luz de faróis e acordai depois das lutas finais os nossos heróis que dormem nos covais

Every Time We Say Goodbye Autor: Cole Porter Everytime we say goodbye, I die a little, Everytime we say goodbye, I wonder why a little, Why the Gods above me, who must be in the know. Think so little of me, they allow you to go. When you’re near, there’s such an air of spring about it, I can hear a lark somewhere, begin to sing about it, There’s no love song finer, but how strange the change from major to minor, Everytime we say goodbye. When you’re near, there’s such an air of spring about it, I can hear a lark somewhere, begin to sing about it,

Acordai!

11


em breve

6 a 17 jan TEATRO

ruínas

DE LYNN NOTTAGE ENCENAÇÃO DE ANTÓNIO PIRES

terça a Sábado às 21h Domingo às 17h30 Sala Principal; M/16 €12 A €15 (COM DESCONTOS €5 A €10,50) SESSÃO LGP: 10 JAN

Interpretação: Cheila Lima, Daniel Martinho, Elizabeth Pinard, Fernando Nobre, Giovanni Lourenço, James dos Reis, João Araújo, Matamba Joaquim, Maxime, Mistah Isaac, NBC, Rafael Fonseca, Selma Uamusse e Zia Soares

bilhete suspenso

Convidamos o público do São Luiz a adquirir um bilhete pelo valor de 7 euros, que fica suspenso na nossa bilheteira e que reverte para pessoas apoiadas pelas entidades associadas. O restante valor do bilhete é suportado pelo Teatro. O Bilhete Suspenso é um projecto que se insere na política de responsabilidade social do São Luiz Teatro Municipal. Conheça, junto da bilheteira do Teatro, as entidades associadas. bilheteira@teatrosaoluiz.pt tel: 213 257 650

são luiz teatro municipal Direcção Artística Aida Tavares Direcção Executiva Joaquim René Programação Mais Novos Susana Duarte, Inês Almeida (Estagiária) Adjunta Direcção Executiva Margarida Pacheco Secretariado de Direcção Olga Santos Direcção de Produção Tiza Gonçalves (Directora), Susana Duarte (Adjunta), Andreia Luís, Margarida Sousa Dias Direcção Técnica Hernâni Saúde (Director), João Nunes (Adjunto) Iluminação Carlos Tiago, Ricardo Campos, Ricardo Joaquim, Sérgio Joaquim Maquinistas António Palma, Cláudio Ramos, Paulo Mira, Vasco Ferreira Som Nuno Saias, Ricardo Fernandes, Rui Lopes Secretariado Técnico Sónia Rosa Direcção de Cena José Calixto, Maria Távora, Marta Pedroso, Ana Cristina Lucas (Assistente) Direcção de Comunicação Ana Pereira (Directora) Elsa Barão, Nuno Santos Design Gráfico silvadesigners Vídeo Tiago Fernandes Bilheteira Cristina Santos, Hugo Henriques, Soraia Amarelinho Consultoria para a Internacionalização Tiago Bartolomeu Costa Frente de Casa Letras e Partituras Coordenação Ana Luisa Andrade, Teresa Magalhães Assistentes de Sala Ana Sofia Martins, Catarina Ribeiro, Domingos Teixeira, Filipa Matta, Helena Malaquias, Hernâni Baptista, Inês Macedo, João Cunha, Sara Garcia, Sara Fernandes, Carlos Ramos (Assistente) Segurança Securitas Limpeza Astrolimpa


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.