UM SÓ DIA 2021

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5 OUT 2021 MÚSICA © Madalena Monteiro

M/6

CURADORIA

JOANA ALEGRE DIREÇÃO MUSICAL

ANDRÉ SANTOS

ESPETÁCULO DE HOMENAGEM A

CONVIDADOS

ANA BACALHAU AGIR CAMANÉ CRISTINA BRANCO JORGE PALMA

MANUEL ALEGRE teatrosaoluiz.pt


MANUEL ALEGRE Manuel Alegre de Melo Duarte nasceu a 12 de maio de 1936 em Águeda. Estudou Direito na Universidade de Coimbra, onde foi um ativo dirigente estudantil. Apoiou a candidatura do General Humberto Delgado. Foi fundador do CITAC – Centro de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra, membro do TEUC – Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra, campeão nacional de natação e atleta internacional da Associação Académica de Coimbra. Dirigiu o jornal A Briosa, foi redator da revista Vértice e colaborador de Via Latina. A sua tomada de posição sobre a ditadura e a guerra colonial levam o regime de Salazar a chamá-lo para o serviço militar em 1961, sendo colocado nos Açores, onde tenta uma ocupação da ilha de São Miguel, com Melo Antunes. Em 1962 é mobilizado para Angola, onde dirige uma tentativa pioneira de revolta militar. É preso pela PIDE em Luanda, em 1963, durante seis meses. Na cadeia conhece escritores angolanos como Luandino Vieira, António Jacinto e António Cardoso. Colocado com residência fixa em Coimbra, acaba por passar à clandestinidade e sair para o exílio em 1964. Passa dez anos exilado em Argel, onde é dirigente da Frente Patriótica de Libertação Nacional. Aos microfones da emissora A Voz da Liberdade, a sua voz converte-se num símbolo de resistência e liberdade. Entretanto, os seus dois primeiros livros, Praça da Canção (1965) e O Canto e as Armas (1967), são apreendidos pela censura, mas passam de mão em mão em cópias clandestinas, manuscritas ou dactilografadas. Poemas seus, cantados, entre outros, por Zeca Afonso, Adriano

Correia de Oliveira, Amália Rodrigues, Manuel Freire e Luís Cília, tornam-se emblemáticos da luta pela liberdade. Regressa finalmente a Portugal em 2 de maio de 1974, dias após o 25 de Abril. Manuel Alegre tem sido distinguido por inúmeras condecorações, medalhas e outras distinções. Em maio de 2016, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou: “Portugal também foi grande e é grande porque Manuel Alegre é português”. Manuel Alegre tem edições da sua obra em diversas línguas, nomeadamente italiano, espanhol, alemão, catalão, francês, romeno e russo. A sua obra goza de reconhecimento nacional e internacional, tendo recebido múltiplos e importantes prémios literários, entre eles os mais prestigiantes prémios literários portugueses: o Prémio Pessoa e o Prémio Camões. Sobre a sua obra poética, reeditada sucessivas vezes, Eduardo Lourenço afirmou que “sugere espontaneamente aos ouvidos (...) a forma, entre todas arquétipa, da viagem, do viajante ou, talvez melhor, peregrinante”. O livro Senhora das Tempestades (14.000 exemplares vendidos num mês) inclui o poema com o mesmo nome, que Vítor Manuel Aguiar e Silva considerou “uma das mais belas odes escritas na língua portuguesa”. Publicou os romances Alma (15 edições) e A Terceira Rosa, duplamente premiado. No Livro do Português Errante, Manuel Alegre, segundo Paula Morão, emociona e desassossega: “depõe nas nossas mãos frágeis as palavras, rosto do mundo, faz de nós portugueses errantes e deixa-nos o dom maior (...) – os seus poemas”. 2

Um Só Dia – retirado do poema Trova do Mês de Abril, de Manuel Alegre, publicado em 1981 na primeira edição do livro Atlântico musicado e interpretado por Joana Alegre, arranjo de André Santos Poemarma – poema de Manuel Alegre escrito em 1966, publicado no ano seguinte em 1967 na primeira edição do livro O Canto e as Armas; musicado e interpretado por Joana Alegre e Jorge Palma, arranjo de André Santos. E Alegre se Fez Triste – poema de Manuel Alegre escrito no verão de 1964; originalmente musicado por José Niza e interpretado por Adriano Correia de Oliveira, novo arranjo e interpretação por Jorge Palma. Lisboa Ainda – poema de Manuel Alegre escrito durante a pandemia, a 20 de março de 2020; musicado por Joana Alegre, André Santos, Ravena Carvalho e António Quintino, gravado em confinamento. Recitado por Valete e interpretado por Joana Alegre. Trago Um Fado – poema de Manuel Alegre, originalmente musicado por Ricardo J. Dias e interpretado por Cristina Branco, tema lançado em 2009 no álbum Kronos. Meu Amor é Marinheiro – poema de Manuel Alegre retirado da Trova do Amor Lusíada, publicado em 1961 na revista Via Latina e posteriormente publicado em 1965 em Praça da Canção; originalmente musicado por Alain Oulman e interpretado por Amália Rodrigues e posteriormente por Maria Bethânia. Novo arranjo por André Santos, interpretado por Cristina Branco. Senhora das Tempestades – poema de Manuel Alegre escrito em 1998 e publicado na primeira edição do livro Senhora das Tempestades, prémio da Associação Internacional dos Críticos Literários e da Associação Portuguesa de Escritores. Recitado por Maria Bethânia.

Assombrações – música e letra de Tite Lemos e Suely Costa, interpretado por Maria Bethânia, tema lançado em 1971 no álbum Rosa dos Ventos. Novo arranjo por André Santos, interpretado por Ana Bacalhau. Corpo Renascido – poema de Manuel Alegre, escrito na cadeia em 1963 e publicado em 1965 no livro Praça da Canção; originalmente musicado Pedro Lobo Antunes, interpretado por Francisco Fanhais; novo arranjo por André Santos, interpretado por Ana Bacalhau. As Facas | 4 Facas – poema de Manuel Alegre escrito 1972 em casa do Alain Oulman, publicado na primeira edição do livro Coisa Amar, Coisas do Mar, publicado em 1976; originalmente musicado por Alain Oulman e interpretado por Amália Rodrigues, posteriormente musicado por Acácio Gomes e interpretado por Camané. Canção com Lágrimas, Palavras, Armas – poema de Manuel Alegre publicado em 1966 em O Canto e as Armas; musicado e interpretado por Joana Alegre. Cavalos Brancos – poema de Manuel Alegre escrito em maio de 2015 e publicado na primeira edição do livro Bairro Ocidental; musicado e interpretado por Joana Alegre. Uma Flor de Verde Pinho – poema de Manuel Alegre, escrito a 20 de janeiro de 1973, posteriormente publicado em 1976 na primeira edição do livro Coisa Amar, Coisas do Mar; originalmente musicado por José Niza e interpretado por Carlos do Carmo, canção vencedora do Festival da canção em 1976. Novo arranjo por André Santos, interpretado por Agir. Trova do Vento que Passa – poema escrito em 1963, originalmente musicado por António Portugal e interpretado por Adriano Correia de Oliveira. Novo arranjo por André Santos, interpretado por todos os intervenientes. 3


5 outubro 2021 música

UM SÓ DIA ESPETÁCULO DE HOMENAGEM A MANUEL ALEGRE DIREÇÃO MUSICAL ANDRÉ SANTOS CURADORIA JOANA ALEGRE Sala Luis Miguel Cintra Terça, 20h Duração: 1h10 (aprox.); M/6 €12 a €15 (com descontos)

Direção musical: André Santos; Curadoria: Joana Alegre; Artistas convidados: Jorge Palma, Ana Bacalhau, Cristina Branco, Camané e Agir; Participação especial: Maria Bethânia; Banda residente: Contrabaixo – Romeu Tristão; Bateria e percussão – Joel Silva; Violino – Emiliana Silva; Piano – Vicente Palma; Voz – Joana Alegre; Guitarra e cordafones – André Santos; Som: Vasco Teodoro; Luz: Hugo Coelho; Fotografia: Luís Macedo; Produção executiva: Bairro da Música O espetáculo será gravado em vídeo para posterior emissão na RTP

Direção Artística Aida Tavares Direção Executiva Ana Rita Osório Assistente da Direção Artística Tiza Gonçalves Adjunta Direção Executiva Margarida Pacheco Secretária de Direção Soraia Amarelinho Direção de Comunicação Elsa Barão Comunicação Ana Ferreira, Gabriela Lourenço, Nuno Santos Mediação de Públicos Téo Pitella Direção de Produção Mafalda Santos Produção Executiva Andreia Luís, Catarina Ferreira, Marta Azenha, Tiago Antunes Direção Técnica Hernâni Saúde Adjunto da Direção Técnica João Nunes Produção Técnica Margarida Sousa Dias Iluminação Carlos Tiago, Cláudio Marto, Ricardo Campos, Sérgio Joaquim Maquinaria António Palma, Miguel Rocha, Vasco Ferreira, Vítor Madeira Som João Caldeira, Gonçalo Sousa, Nuno Saias, Ricardo Fernandes, Rui Lopes Operação Vídeo João Van Zelst Manutenção e Segurança Ricardo Joaquim Coordenação da Direção de Cena Marta Pedroso Direção de Cena Maria Tavora, Sara Garrinhas Assistente da Direção de Cena Ana Cristina Lucas Camareira Rita Talina Bilheteira Cláudio de Castro, Cristina Santos, Diana Bento

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