100 MÚSICOS PARA AMÁLIA 2021

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100 músicos

para Amália

29 OUT 2021 MÚSICA M/6

UM CONCERTO

MUSEU DO FADO DIREÇÃO MUSICAL

© Augusto Cabrita, 1965

PEDRO DE CASTRO


100 MÚSICOS PARA AMÁLIA – ALINHAMENTO

João Barradas & Martín Sued Estranha Forma de Vida (Alfredo Marceneiro) Coimbra (José Galhardo / Raul Ferrão)

Pedro de Castro Trio Com Que Voz (Luís de Camões / Alain Oulman)

Martín Sued & Raquel Santos e João Fanha Trés Palabras (Osvaldo Farrés)

Yamandu Costa Barco Negro (Caco Velho - Piratini) Saudade de Itapoã (Dorival Caymmi)

Grupo Coral Alentejano Bafos de Baco Medley: Lírio Roxo (Popular), Grândola Vila Morena (José Afonso), Oliveirinha da Serra (Popular), Trovisqueira (Popular), Alecrim (Popular)

Javier Conde Solidão - Canção do Mar (Ferrer Trindade)

Artur Caldeira & Orquestra Orbis, dirigida pelo Maestro Vasco Pearce de Azevedo Não Sei Porque Te Foste Embora (Frederico Valério) Concerto de Aranjuez (Joaquín Rodrigo)

Javier Conde & Carmen Moreno La Salvaora (António Quintero - Rafael de León / Manuel Quiroga) El Porompompero (José Antonio Ochaíta Xandro Valerio / Juan Solano)

Gaiteiros de Lisboa Há Festa na Mouraria (Alfredo Marceneiro) Pedro Gaiteiro (António Feliciano de Castilho / Alain Oulman)

Mimmo Epifani & Quinteto Tocata de Bandolins & Coro de Santo Amaro de Oeiras Canzone per te (Sergio Endrigo) Vou Dar de Beber à Dor (Alberto Janes) La Tarantella (Popular) La Tramontana (Daniele Pace / Mario Panzeri)

Ricardo Toscano Trio Foi Deus (Alberto Janes) Summertime (DuBose Heyward - Ira Gershwin / George Gershwin)

João Barradas La Vie en Rose (Édith Piaf / Louiguy) Artur Caldeira (guitarra clássica) Bafos de Baco António Caixeiro, Carlos Rafael, Gonçalo Dâmaso, Gonçalo Marcelino, Hugo Vaz, Jil Galinha, Luís Cópio, Marco Imaginário, Ruben Landum, Luís Borrefo Coro de Santo Amaro de Oeiras Maestrina Leonor Marques, Madalena Cavaleiro Marques, Joana Cavaleiro Marques, Daniela Assis Miranda, Ísis Pimentel Salgueiro, Madalena Oliveira, Sofia Alves Toledo, Leonor Nascimento Silva, Stela Luísa Simões, Maria Inês Patinho, Carolina Gomes Mendes, Inês Olivença Sousa Gaiteiros de Lisboa Carlos Guerreiro (flauta de pan), Paulo

Marinho (gaita galega e flauta de pan), Miguel Quitério (gaita irlandesa), Sebastião Antunes (bombo), Paulo Charneca (flauta de pan e tubarões), Eduardo Cano (tuba e sax soprano) Hector Marquez (percussão) Javier Conde (guitarra flamenca) & Carmen Moreno (flamenco) João Barradas (acordéon) Marcha da Mouraria Nelson Alves, André Sousa, Ivo Craveiro, Diogo Alves, Cátia Nunes, Raquel Lima, Cátia Mendes, Cátia Pereira Marcha do Alto do Pina Milene Campos, Iara Campos, Joana Delgado, Cheila Campos, Bernardo Campos, Miguel Campos, Francisco Gomes, Fábio Fernandes

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Mariachi Sol de Lisboa Heriberto Rojas (contrabaixo), Rui Meira (guitarra), Jacqueline Mercado (vihuela), Bruno Almeida ( jarana), Edison Otero (1º trompete), Nuno Reis (2º trompete), Maria Castro (1º violino), António Barbosa (2º violino) Mário Laginha (piano) Martín Sued (bandoneon) Mimmo Epifani (bandolim) Orquestra Orbis Maestro Vasco Pearce de Azevedo, Rui Marques (flauta), Rui Ascenção (oboé/cor anglais), Filipe Dias (clarinete/saxofone), Rafael Santos (trompete), Hélder Perdigão (trompete), Orlando

Orquestra Orbis Canção da Papoila (José Galhardo / Raul Ferrão) Canção da Roupa Branca (Ramada Curto - Chianca de Garcia / Raul Portela)

Rão Kyao & Pedro de Castro Trio Que Deus Me Perdoe (Frederico Valério) Rão Kyao Inch’Allah (Salvatore Adamo)

Pedro de Castro & Orquestra Orbis Medley: Alfama (Alain Oulman), Gaivota (Alain Oulman), Lágrima (Carlos Gonçalves), Ai Mouraria (Frederico Valério), Tudo Isto É Fado (Fernando Carvalho), Novo Fado da Severa (Frederico de Freitas), Nem às Paredes Confesso (Ferrer Trindade – Max), Oiça Lá, ó Senhor Vinho (Alberto Janes), O Namorico da Rita (António Mestre), Uma Casa Portuguesa (Artur Fonseca), Lisboa à Noite (Carlos Dias), Cheira a Lisboa (Carlos Dias)

Orquestra Orbis & Hector Marquez & Raquel Santos e João Fanha El Negro Zumbón (Francesco Giordano / Roman Vatro) Mariachi Sol de Lisboa Fallaste Corazón (Cuco Sánchez) Orquestra Orbis Blue Moon (Lorenz Hart / Richard Rodgers) Viva o Samba Ai Maria (Carlos Gonçalves) Falsa Baiana / Nega Maluca (Geraldo Pereira | Fernando Lobo / Evaldo Ruy)

Orquestra Orbis & Marcha da Mouraria & Marcha do Alto do Pina Lisboa Antiga (Amadeu do Vale - José Galhardo / Raul Portela) Marcha da Mouraria (Frederico de Brito / Raul Ferrão) Marcha de São Vicente (Frederico de Brito / Raul Portela)

Mário Laginha Asas Fechadas (Alain Oulman) Mário Laginha & Orquestra Orbis Quando a Noite Vem (Eternally) (David Mourão-Ferreira / Charles Chaplin)

Orquestra Orbis Amália (Amália Rodrigues / Frederico Valério)

Rancho Folclórico de Santa Marta de Portuzelo Havemos de Ir a Viana (Alain Oulman) Rosinha da Serra d’Arga (Popular) Caldeira (trompa), Vanessa Couto Salgado (trompa), Gonçalo Galvão (trombone), António Figueiredo (1º violino/concertino), Pedro Meireles (viola), Carla Santos (2º violino), Cátia Alexandra Santos (viola), Emídio Coutinho (violoncelo), João Panta Nunes (contrabaixo), Luís Salgado (percussão) Pedro de Castro Trio Pedro de Castro (guitarra portuguesa), André Ramos (viola de fado), Francisco Gaspar (viola baixo) Quinteto Tocata de Bandolins Paulo Lira Abreu (bandolim), Paulo Perdigão (bandolim), Miguel Maria (bandola), Francisco Bahuto (viola), Paulo Vitorino (contrabaixo)

Rancho de Santa Marta de Portuzelo Manuel Arménio de Castro Barbosa (ferrinhos), Miguel Ângelo da Costa Barbosa (guitarra), Tiago Henrique Rodrigues Jaco (cavaquinho), João Pedro Borlido da Silva (concertina), Vítor Emanuel Lourenço Correia (bandolim), Daniela da Costa Barbosa (coro), Joana Pinto Amaro (coro); Maria Helena Quesado Oliveira e Costa, Sara Margarida Oliveira Pereira de Carvalho, Maria Elisabete Martins Araújo de Azevedo, Ana Rafaela Martins Barreiras, Daniela Filipa Barbosa de Sousa, Diana Sofia Paredes da Silva, Carolina Morgado Pereira, Mariana Correia Pereira, Manuel

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Joaquim Pires de Azevedo, José Carlos Queiroz Soares, Custódio Jorge Teixeira Magalhães, Manuel Franco de Carvalho Pereira (dançarinos) Rão Kyao (flauta de bambu) Raquel Santos & João Fanha (bailarinos) Ricardo Toscano Trio Ricardo Toscano (saxofone), João Pedro Coelho (piano) e bateria Viva O Samba Cícero Mateus (voz e repique de mão), Humberto Mateus (voz e surdo), Wit Vieira (pandeiro), Eron Gabriel (bateria), Diogo Guanabara (bandolim), Derek Viana (violão), Wesley (percussão geral), Ozeas (baixo) Yamandu Costa (violão de 7 cordas)


Foi, então, antes de mais, dessa diversidade de Amália que nasceu este espetáculo? Foi daí, exatamente. Até porque Amália não gostava de ouvir outros a cantar os temas dela, por isso fazer-lhe uma homenagem com pessoas a cantarem os seus fados foi logo uma ideia que não me agradou. Acredito que algumas pessoas digam “Então, vim ouvir a Amália e agora é música brasileira e flamenco?! Quero fados!”. Mas isso é o que está disponível em todo o lado. E já se fizeram milhentas homenagens a Amália a cantar os seus fados. E ir buscar guitarristas seria remetê-la, uma vez mais, para o fado e era esse universo muito maior que me interessava aqui. Além disso, Amália adorava músicos e ouvi-los tocar. Por isso, pensei: vamos juntar músicos das mais variadas áreas a tocar os fados clássicos de Amália – músicos de jazz, de orquestra clássica, de folclore, de flamenco, de música tradicional brasileira, de cante alentejano e muito mais. Acredito que Amália adoraria este encontro de culturas. E, além disto, juntar músicos para tocarem grande parte dos temas que Amália gravou noutros idiomas que não são fados: a Tarantela, o La Vie en Rose, o Summertime, entre outros. Amália era mesmo de uma dimensão planetária e é isso que se quer sublinhar neste espetáculo.

O Pedro diz que não se leva muito a sério, mas leva muito a sério o trabalho que faz. Só uma pessoa assim é que se podia lançar neste desafio de juntar no palco 100 Músicos para Amália, não é? Não me levo muito a sério porque, apesar de levar muito a sério as coisas que faço, tenho este lado de músico e criativo. Por isso, tenho de me rodear de pessoas que se levam a sério e me travem nos meus devaneios ou que consigam organizar quando tenho ideias como esta de pôr 100 músicos a tocar com a Amália. “Lá vem este maluco”, dizem... Mas eu depois explico como é que tudo se faz [risos]. Por isso, levo muito a sério o meu trabalho, mesmo quando começa com ideias que parecem loucas.

à co nve rsa com

PEDRO DE CASTRO DIRETOR MUSICAL DE

Camarim, Copacabana Palace 22 de agosto 1973

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Como é que surgiu a ideia para este concerto? A Amália, além de ser fadista, era uma artista. Uma artista monstruosa. No palco, mas sobretudo na criatividade, na reinterpretação que fazia dos temas, na maneira como escrevia – Amália escrevia poesia de uma beleza indescritível! Há uma outra Amália que as pessoas conhecem menos: uma Amália muito brincalhona, que quando chegava a outro país queria conhecer as músicas que ali existiam e as cantava nos palcos, sem, muitas das vezes, sequer as gravar. Amália cantava Camões e depois o Malhão, Malhão, gravou o Summertime, foi disco de ouro em Itália com um álbum todo cantado em italiano, gravou flamencos em Espanha, gravou músicas brasileiras com sotaque, cantou em francês... sempre com sucesso. É uma Amália cantora que menos gente conhece.

E não existe voz como a dela. É precisamente Amália que ouvimos cantar nesta homenagem. Tinha de ser. Numa parceria com a Valentim de Carvalho, a editora gentilmente cedeu os áudios e pudemos retirar digitalmente a voz de Amália. Neste concerto revelamos Amália a cantar 5


Amália lá foi, disse que ia cantar uma música em italiano. E o agente italiano disse-lhe: “não cantes essa, que essa aqui não é bem vista”. E Amália quis saber o que se cantava ali, foi aprender e cantou. E foi fazendo isso pela digressão por Itália, cantando as músicas de cada zona onde atuou. Quando chegou ao último concerto, tinha nove temas em italiano e o agente propôs-lhe juntar mais três e gravar um disco para lançar em Itália. E assim foi. Gravou e foi para os Estados Unidos. Quando voltou a Portugal recebeu a notícia de que tinha de voltar a Itália porque era disco de ouro! E lá foi e convenceram-na a gravar um segundo disco com os fados dela mas em italiano. Muitas pessoas não sabem disto, estas histórias não passam para o grande público. Quero acreditar que este concerto vai espicaçar a curiosidade de muita gente. Os músicos que convidei para o espetáculo também nem queriam acreditar quando lhes disse o que Amália tinha cantando. Estão muito entusiasmados com este desafio e com a possibilidade de tocarem a acompanhar a voz de Amália.

outras coisas que não são fados e que a maioria das pessoas não sabia que tinha cantado. Podem ouvi-la, acompanhada pelos músicos que lhe prestam homenagem e que dão ao tema uma abordagem contemporânea. E os fados são apenas tocados instrumentalmente, sem voz. Penso que o mundo já ouviu muito a Amália dos fados, agora precisa de ouvir esta Amália internacional e planetária. É uma viagem pelos seus fados mais clássicos e por todo este repertório que foi gravando ao longo dos anos. Pela voz da própria, apresentamos uma nova Amália. Já conhecia os temas todos que aqui são apresentados ou foi pesquisar e acabou por ter boas surpresas? Confesso que faço pesquisa sobre Amália desde os meus três anos de idade porque é desde essa idade que ouço Amália e ouvi-la, por si só, já é pesquisar. Sou um Amaliano convicto e tenho muito gosto nisso. Mas, sim, houve surpresas. Descobri ficheiros com músicas que não sabia que Amália tinha cantado porque nunca foram editadas. E foi interessante ouvir outras gravações que Amália ia fazendo e ver ali o processo de trabalho. São coisas que não estão neste espetáculo, mas que é bonito de se ouvir porque mostram a Amália humana.

E não se fez a coisa por menos: são 100 anos de Amália, 100 músicos a prestar-lhe homenagem... A ideia deste concerto parte de um outro conceito que produzi com o Museu do Fado e com a Fados Fora de Portas: Guitarras para Amália que foi gravado nos Paços de Concelho em Lisboa, onde atuaram guitarras portuguesas, violas de Fado e violas-baixo de norte a sul do país, a tocarem os temas mais célebres de Amália, cada um com a sua interpretação. Fizemos uma homenagem com 100 músicos de fado,

Por detrás dos temas deste espetáculo há histórias de Amália que muitos desconhecem. Os espectadores vão ficar curiosos para saber o que a terá levado a cantar esta ou aquela música naquele país e no outro... Em Itália, por exemplo, existem músicas típicas de cada zona. E, quando 6

quisemos agora fazê-la com 100 músicos de outras áreas musicais. E 100 músicos dos melhores que existem, num xadrez que, admito, não foi nada fácil de conseguir. Mas vai ter muita graça. Vai haver um efeito surpresa de tudo isto junto que será incrível. E Amália, como reagiria a um concerto assim? Pensa nisso? Já pensei várias vezes nisso e acho que Amália tinha um sentido de humor tão apurado que só poderia gostar do que aqui estamos a fazer. O que Amália gostava de fazer este tipo de experiências e brincadeiras faz-me crer que iria adorar. Penso que seria extremamente gratificante para Amália ver que 100 músicos ouviram e aprenderam as músicas que cantou. Acho mesmo que ia gostar muito. Neste centenário, reinterpretar os temas de Amália é dar continuidade ao seu legado? É um legado tão grande que nos deixou... Não vejo isto como lembrar Amália, mas sim apresentar Amália a quem não tem recordações ou a quem não a conhece bem. E há muitas formas de o fazer. Aqui prestamos homenagem ao que Amália foi para lá do Fado e também às centenas de compositores que Amália cantou e que, muitas vezes, ficam esquecidos atrás da genialidade dela. Com este concerto, queremos dar nova vida a composições a que Amália deu voz. E não há como não ser uma festa com tantos músicos em palco.

Olympia, 1967

Entrevista realizada em outubro 2021, por Gabriela Lourenço / Teatro São Luiz Fotografias © Coleção Museu Nacional do Teatro e da Dança

Amália Rodrigues em Paris, 1954

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Itália, 1973

29 outubro 2021 música

100 MÚSICOS PARA AMÁLIA UM CONCERTO MUSEU DO FADO DIREÇÃO MUSICAL PEDRO DE CASTRO Sala Luis Miguel Cintra Sexta, 20h Duração: 2h.; M/6 €12 a €15 (com descontos) Direção de Produção Executiva e Direção de Cena: Joana Esparteiro (Fados Fora de Portas); Assistentes de Produção: Matilde Antunes, Marta Patronilho, Marta Fonseca, Liliana Macedo, Filipa Fernandes, Manuel de Castro; Desenho, Operação de Iluminação e Conceção Cenográfica: António Martins; Direção Técnica e Operação de Som: Rui Guerreiro; Operação de Som de Palco: Batista, Mariana Augusto; Edição e Sonoplastia: Rui Guerreiro; Edição Áudio e Sincronização de Voz: Diogo de Castro; Voz Off: José Carlos Malato; Texto Voz Off: Matilde Antunes; Arranjos de Orquestra: Francisco Silva Lima. MUSEU DO FADO Direção: Sara Pereira; Adjunto da Direção: Ricardo Bóia; Produção: Cristina Duarte, Márcia Martins, Patrícia Parrado; Comunicação: Isabel Marques, Rita Oliveira; Mediação Cultural: Agostinha Sousa, Arlindo Santos, Cláudia Oliveira, Dalila Martins, David Silva, Jéssica Sá Fernandes, Renata Costa, Ricardo Almeida, Susana Fouto, Vanessa Dias Agradecimentos: Valentim de Carvalho, Museu Nacional do Teatro e da Dança, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Câmara Municipal de Viana do Castelo, Hotel Borges Chiado, Pixel Light Audiovisuais, Aldeia da Luz

Direção Artística Aida Tavares Direção Executiva Ana Rita Osório Assistente da Direção Artística Tiza Gonçalves Adjunta Direção Executiva Margarida Pacheco Secretária de Direção Soraia Amarelinho Direção de Comunicação Elsa Barão Comunicação Ana Ferreira, Gabriela Lourenço, Nuno Santos Mediação de Públicos Téo Pitella Direção de Produção Mafalda Santos Produção Executiva Andreia Luís, Catarina Ferreira, Marta Azenha, Tiago Antunes Direção Técnica Hernâni Saúde Adjunto da Direção Técnica João Nunes Produção Técnica Margarida Sousa Dias Iluminação Carlos Tiago, Cláudio Marto, Ricardo Campos, Sérgio Joaquim Maquinaria António Palma, Miguel Rocha, Vasco Ferreira, Vítor Madeira Som João Caldeira, Gonçalo Sousa, Nuno Saias, Ricardo Fernandes, Rui Lopes Operação Vídeo João Van Zelst Manutenção e Segurança Ricardo Joaquim Coordenação da Direção de Cena Marta Pedroso Direção de Cena Maria Tavora, Sara Garrinhas Assistente da Direção de Cena Ana Cristina Lucas Camareira Rita Talina Bilheteira Cláudio de Castro, Cristina Santos, Diana Bento

teatrosaoluiz.pt


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