DEBATE
Adolfo Mesquita Nunes
Advogado e consultor, foi deputado à Assembleia da República (2011-2013) e Secretário de Estado do Turismo entre 2013 e 2015, no XIX Governo Constitucional. É autor do livro A Grande Escolha (Dom Quixote, 2020).
Anabela Afonso
Gestora cultural, foi administradora do Teatro Municipal de Faro (2010-2012), Chefe de Gabiente do Reitor da Universidade do Algarve (2013-2017) e comissária do programa cultural 365 Algarve (2019-2022).
Cíntia Gil
Programadora de cinema, integrou a direção do DocLisboa (2012-2019) e dirigiu o Sheffield DocFest (2019-2022), para além da direção da AporDoc, desde 2015. Atualmente faz parte do comité de consultores da Quinzaine des Cinéastes, em Cannes, integrando regularmente júris internacionais de festivais de cinema.
Moderação Tiago Bartolomeu Costa
Tiago Bartolomeu Costa
Coordenador dos ciclos ponto da situação e curso livre de cultura , produzidos pelo São Luiz Teatro Municipal, teatro onde comissariou o ciclo mais um dia (São Luiz, 2022). É, atualmente coordenador do projeto filmar, da Cinemateca Portuguesa.
CURSO LIVRE DE CULTURA
COORDENAÇÃO TIAGO BARTOLOMEU COSTA
27 MARÇO 2023, 19H SALA BERNARDO SASSETTI
lição : Pedro Costa
contexto : Carmen Zita Monereo
debate : Adolfo Mesquita Nunes
Anabela Afonso
Cíntia Gil
moderação : Tiago Bartolomeu Costa
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teatrosaoluiz.pt
CICLO SOBRE POLÍTICAS
Liberalismo cultural: O Estado, os privados e os fantasmas do Mecenato
UM
PÚBLICAS PARA A CULTURA
LIÇÃO
Pedro Costa
Para além do mercado e do financiamento pelo estado: a diversidade de lógicas de governança na cultura
Palavras-chave:
governança; cooperação; estratégia
Bibliografia:
– Benhamou, F. (2017), L’économie de la culture (8ºed), Paris: La Découverte
– Caves, R. (2002), Creative Industries: Contracts between Art and Commerce, Cambridge: Harvard University Press
Costa, P. (Coord.) (2015), Políticas Culturais para o Desenvolvimento: Conferência
ARTEMREDE, Santarém: Artemrede
– Costa, P.; Magalhães, M.; Vasconcelos, B.; Sugahara, G. (2008), “On ‘Creative Cities’ governance models: a comparative approach”, The Service Industries Journal, Vol. 28, nº3-4, April-May 2008, pp. 393-413.
– Dessein, J; Soini, K.; Fairclough, G.; Horlings, L. (Eds.) (2015) Culture in, for and as Sustainable Development. Conclusions from the COST Action IS!007 Investigating Cultural Sustainability, Jyvaskyla: Jyvaskyla University Press
– Dupin-Meynard, F.; Négrier, E. (Eds., with Bonet, L.; Calvano, G.; Carnelli, L.; Zuliani, E.) (2020), Cultural Policies in Europe: a Participatory Turn?, Toulouse: Éditions de L’Attribut et Occitanie en scène
– Silva, A. S.; Babo, E. P.; Guerra, P. (2015), “Políticas culturais locais: Contributos para um modelo de análise”, Sociologia, Problemas e Práticas, n. 78, 2015, pp. 105-124.
Throsby, David (2010), The Economics of Cultural Policy, Cambridge: Cambridge University Press.
CONTEXTO
Carmen
Zita Monereo
O que é o mecenato cultural?
O Mecenato Cultural é o contributo da sociedade civil para um país culturalmente mais desenvolvido e para uma melhor democracia. Consiste em donativos atribuídos por indivíduos ou empresas a entidades públicas, ou privadas, que se dediquem a atividades de reconhecido valor artístico e cultural. O Estado apoia e cofinancia esta prática, prescindindo de uma parte da sua receita fiscal, através da atribuição de benefícios fiscais aos Mecenas. Num mundo contemporâneo, os Mecenas têm um papel fundamental no contributo para sociedades culturalmente mais desenvolvidas e para a união das comunidades em que operam, podendo, através do seu apoio, criar um impacto social único.
Para os projetos artísticos e culturais que recebem Mecenato, as vantagens são a diversificação de fontes de financiamento e a sustentabilidade financeira do projeto, mas também o acesso a novas plataformas de divulgação e o alargamento de públicos.
Fonte: https://www.gepac.gov.pt/apoios-e-incentivos/mecenato-cultural
Tal como definido no Estatuto dos Benefícios Fiscais, são as contribuições realizadas por quaisquer entidades privadas para o desenvolvimento social, familiar, cultural, ambiental, científico ou tecnológico, desportivo ou educacional, que beneficiam geralmente de um conjunto de incentivos fiscais, que se traduzem num sistema de apoio material repartido entre privados e Estado.
Os primeiros, os privados, prestam um apoio direto, através de donativos, e o segundo, o Estado, um apoio indireto, ao aliviar parcialmente a carga fiscal que lhes impõe, incentivando-os, assim, a serem mecenas.
O objetivo é fomentar e promover o desenvolvimento do país naquelas áreas através de um contributo prestado por indivíduos ou instituições integrantes da sociedade, sejam eles pessoas singulares ou coletivas.
Pedro Costa é Professor Associado do Departamento de Economia Política do Iscte (Instituto Universitário de Lisboa) e investigador do DINAMIA’CET-iscte, onde coordena o grupo de investigação “Cidades e Territórios”. Economista, doutorado em Planeamento Regional e Urbano, tem trabalhado sobretudo nas áreas da economia da cultura e do planeamento e desenvolvimento territorial, focando a sua investigação, entre outros aspetos, no papel das atividades culturais no desenvolvimento territorial, nas relações das dinâmicas criativas com o território, ou nas estratégias de promoção do desenvolvimento local.Tem publicado livros e artigos diversos, bem como apresentado comunicações em múltiplos encontros científicos, nacional e internacionalmente, nestes diversos domínios. Tem colaborado em diversos projetos, particularmente nos domínios do planeamento, do desenvolvimento regional/local e das atividades culturais, tendo coordenado a elaboração de planos estratégicos para diversos municípios e outras entidades públicas, bem como coordenado equipas de investigação em diversos projetos financiados pela FCT, ou por outros programas nacionais ou europeus.
Fonte: https://carlospintodeabreu.com/wp-content/uploads/2021/11/MECENATOCULTURAL.pdf
Para saber mais:
https://www.gepac.gov.pt/apoios-e-incentivos/mecenato-cultural
https://eportugal.gov.pt/servicos/mecenato-cultural
https://ffms.pt/pt-pt/direitos-e-deveres/em-que-consiste-o-mecenato-cultural-quaisvantagens-de-ser-mecenas
Carmen Zita Monereo
Gestora e especialista em comunicação, formadora em áreas de Gestão Comunicação e Marketing, é investigadora no Centro de Investigação CESNOVA da Universidade Nova de Lisboa. Autora de A Empresa na Cultura - O Teatro Amador e a Criação de Novos Públicos da Cultura (Media XXI, 2016) e O Mecenato Cultural Como Instrumento de Comunicação - O caso Caixa Geral de Depósitos e a Culturgest (Almedina, 2022)
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Pedro Costa
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