FRATERNITÉ, CONTE FANTASTIQUE (MAIS UM DIA) 2022

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CAROLINE GUIELA NGUYEN

26 E 27 ABR 2022 TEATRO

© Jean-Louis Fernandez

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FRATERNITÉ, CONTE FANTASTIQUE

teatrosaoluiz.pt


Cântico para a memória 1. Ao que permanece deles no continente da nossa memória. 2. Não me lembro Nem do teu nome Nem do teu rosto Nem do teu sorriso Lembro-me De um amor tão forte Cântico dos Ausentes 1. O que dizer à mãe sem filho O que dizer ao amante sem amor 2. O que fazer com as nossas casas Com os nossos jardins as nossas igrejas O que fazer com as nossas escolas 3. Oh a inexaurível ausência 4. Todas as manhãs Rezo para que o mundo se vire E leve com ele O resto de uma vida que só me serve para te chorar

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FRATERNITÉ, CONTE FANTASTIQUE n o ta d e i n t e n ç õ e s Em 2019, iniciámos um ciclo de criações em torno de uma única palavra: FRATERNIDADE. Para tal, fomos ao encontro de pessoas, associações e instituições, com o objetivo de perceber como a palavra poderia materializar-se no mundo de hoje. E foi assim que, durante as nossas várias imersões, pudemos vê-la a tomar forma, tanto na decisão individual de uma médica forense italiana que alertou para a necessidade de identificar os corpos de migrantes que tinham morrido no mar, como na escala de um serviço como o Gabinete de Restabelecimento da Cruz Vermelha. E, assim, a fraternidade chegou até nós, como um impulso que olha a partir do presente para o passado e para o futuro. Neste espetáculo, será materializada através da viagem de personagens que procuram construir um futuro comum com os seus invisíveis. Expressam a extensão do significado simbólico e concreto da palavra fraternidade: reconhecer o outro como um irmão, sem hesitações, e agir com ele, por ele, porque pertencemos todos à mesma comunidade humana. Caroline Guiela Nguyen maio 2021

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CORRIGIR AGORA PARA ONTEM E AMANHÃ Excerto de entrevista a Caroline Guiela Nguyen por Francis Cossu, para o 75º Festival de Avignon

Depois do sucesso de SAIGON, regressa ao palco e ao ecrã num ciclo de criações intitulado FRATERNITÉ. A primeira obra é uma curta-metragem realizada com os reclusos da prisão central de Arles. Porquê? E como se relaciona ela com o segundo trabalho, um espetáculo, que apresenta hoje na La FabricA no Festival de Avignon? Queria poder explorar o tema da fraternidade durante um longo período de tempo, com diferentes equipas e distribuí-lo em vários países europeus. A primeira parte deste ciclo, Les Engloutis, é um filme rodado em 2020 na prisão central de Arles, onde trabalho há quase oito anos, com pessoas a cumprir penas longas. Sempre quis trazer uma câmara para este lugar fechado, quase proibido, longe da vista. Com eles quis imaginar um conto e entrar no campo do fantástico. O ponto de partida do filme surge do que me disse um recluso depois de ter visto a filha, que tinha deixado quando era criança e encontrado quatro anos mais tarde na sala de visitas, jovem. Disse-me que não a conseguia reconhecer completa-

mente. O seu cérebro resistiu porque foi esmagado pela visão de um tempo do qual ele tinha sido excluído. O que se pode contar com estes homens é a questão do tempo. De certa forma, são peritos nesta matéria. Queria que eles pudessem contar a história deste tempo tão singular em que vivem e como o vivem. A história da curta-metragem é simples: depois de terem desaparecido durante quarenta anos, as pessoas regressam a casa. Uma administração entrega-lhes as mensagens enviadas pelos seus familiares na sua ausência e eles veem-se confrontados com os arquivos das suas vidas, dos quais foram extraídos, excluídos. FRATERNITÉ, Conte fantastique coloca agora a questão do tempo do ponto de vista daqueles que esperam e não daqueles que regressam. As personagens são os sobreviventes de uma catástrofe que provocou o desaparecimento dos seus entes queridos. Observamo-los ao longo dos anos, ao longo das décadas, estando num centro de apoio e consolo, preenchendo, ou tentando preencher, um vazio que agora habita o seio das suas vidas.

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Pode falar-nos das suas inspirações, das suas fontes, da sua equipa particular, e também da noção muito importante de lugar no seu trabalho? Como é que todos estes elementos produziram o fantástico? Para imaginar FRATERNITÉ, Conte fantastique, dei à equipa um texto sem diálogo, onde conto este espetáculo de um ponto de vista literário e estético. Esta texto original foi em seguida trabalhado com os atores, o cenógrafo, o figurinista, o desenhador de som, iluminação e dramaturgia no decurso de improvisações e tempo de pesquisa. A peça foi, portanto, escrita através destes intercâmbios. No início, conhecíamos apenas os elementos principais: o período, a duração e, sobretudo, o lugar. Foi, de facto, este lugar, que é um centro de apoio e consolo, que estruturou o projeto, orientou a sua construção e o seu elenco. Inspira-se nos centros sociais que visitámos, no seu funcionamento, nas suas missões, nas atividades concretas que lá se realizam, nos homens e mulheres que lá se encontram porque precisam de ajuda para encontrar respostas para o que estão a passar. Também me permite mostrar as pessoas que lá trabalham. Trabalhadores que se perguntam como acompanhar e cuidar de homens e mulheres que não partilham o mesmo sistema referencial e cognitivo. Encontrar ferramentas para cuidar sem impor um pensamento dominante pressupõe que consiga validar a realidade dos outros como tal. Outro aspeto fundamental era encontrar os rostos que levariam estas histórias para o palco. Desde o início do proje-

to, quis que a personagem principal de FRATERNITÉ, Conte fantastique fosse o grupo, razão pela qual levámos dois anos a reunir esta equipa de atores profissionais e não profissionais, composta por uma variedade de pessoas com idades compreendidas entre os 21 e os 82 anos, que fazem o espetáculo em várias línguas. Conhecemo-los nas nossas viagens e eles trazem ao palco formas únicas e singulares de encenar a história. As personagens da peça refletem a diversidade das pessoas que conheci em termos de idade, língua e cultura. O que é fantástico é ter reunido todos estes corpos num palco, para participarem numa ficção que é, por si só, fantástica! Apesar de, muitas vezes, a um ator, através do seu corpo mas também através do papel que lhe é dado, ser atribuída uma certa realidade, queria que a ficção aqui fosse plenamente personificada em cada um destes corpos, individual e coletivamente. Isto está ligado ao facto de, para nós, imaginar o futuro não ser de todo sinónimo de distopia. Pelo contrário. Queremos transmitir a ideia de um futuro como um espaço-tempo, onde o apoio, a reparação e o acolhimento do outro em toda a sua alteridade se tornam possíveis, e tornam possível manter viva uma sociedade profundamente ferida, amputada e modificada. Hoje, depois de vários meses de trabalho de imersão, como definiria a fraternidade? Para mim, a fraternidade é um impulso que olha, a partir do presente, para o passado e para o futuro. Trata-se de reconhecer o outro como um 5


© Christophe Raynaud de Lage / Festival d’Avignon

permite a um prisioneiro manter uma ligação com a sua família através de visitas, por exemplo. O elo emocional é um elemento central e necessário para toda a vida humana. Penso nas duas irmãs que foram separadas durante a Segunda Guerra Mundial. Sessenta anos mais tarde, quando tinham oitenta anos, o Gabinete de Restabelecimento dos Laços Familiares reuniu-as. Ao longo de todas aquelas décadas, o caso delas nunca tinha sido encerrado, apenas suspenso na esperança de mais informações. A fraternidade ainda pode acontecer, mesmo depois de quinhentos anos... É por isso que hoje Cristina Cattaneo procura a identidade de um homem recentemente naufragado no mar, mas também a de um homem que morreu no século XVIII... O tempo não cura as feridas, mas permite que sejam saradas um dia. Creio que é isto que a fraternidade significa para mim, este impulso que nos pede para repararmos agora para ontem e amanhã.

irmão, sem hesitações, e agir com ele, para ele, porque fazemos parte da mesma comunidade humana. Na peça, isto é representado pelo percurso de personagens que procuram construir um futuro comum com os seus invisíveis. Eles expressam a extensão do significado simbólico e concreto da palavra fraternidade. Mas a fraternidade é também materializada na vida, e foi isto que aprendi com as pessoas que conheci durante as minhas várias imersões na preparação para a escrita: de Cristina Cattaneo, médica forense italiana, que alerta para a importância de identificar os corpos de migrantes afogados no Mediterrâneo, às equipas da Agência para o Restabelecimento dos Laços Familiares, na Cruz Vermelha, que se oferecem para ajudar pessoas que perderam alguém que lhes é querido a localizar o seu rasto, em nome do direito de cada ser humano de estar próximo daqueles que amam. É aliás este mesmo direito que 6


REUNIÕES E IMERSÕES REPENSAR O QUE SOMOS UM PARA O OUTRO Em novembro de 2019, a companhia Les Hommes Approximatifs decidiu reunir-se com os representantes das instituições encarregues de absorver ou remediar o exílio e a separação, cujo trabalho fazia sentido e tinha eco no projeto. Entre eles, o Bureau du Rétablissement des Liens Familiaux (BRLF) [Gabinete do Restabelecimento dos Laços Familiares], da Cruz Vermelha francesa, um gabinete de rastreio e identificação que ajuda qualquer pessoa que queira saber onde estão e como estão os seus familiares. O BRLF permite-lhes enviar uma mensagem, se necessário e se possível, de acordo com os direitos humanos fundamentais. Bureau du Rétablissement des Liens Familiaux (BRLF): A atividade de restabelecimento e manutenção dos laços familiares existe desde a existência da Cruz Vermelha – desde as primeiras mensagens da Cruz Vermelha, recolhidas por Henry Dunant, dos soldados para as suas famílias. Sabemos quando abrimos um pedido de rastreio, mas não sabemos quando o fechamos. Dirá respeito às famílias separadas devido a catástrofes naturais, crises humanitárias ou viagens migratórias. Há sempre um elemento externo que provoca uma separação. O quadro é imposto pelo direito humanitário internacional. Temos um dever de memória que é muito importante. Não é insignificante chegar e depositar – usamos este termo de uma forma muito consciente – chegar e depositar a sua história, chegar e depositar essa perda numa institui-

ção que seja neutra, imparcial, histórica, instalada em todos os países. Acolher e ouvir estas famílias é essencial e é um ato de reconhecimento muito importante porque os pedidos de busca podem ser reabertos a qualquer momento. Nunca estão fechados: falar-se-á de “ficheiros suspensos”. Quando toda a informação contida num pedido de investigação tiver sido utilizada, o ficheiro é suspenso. Pode ser “des-suspenso”, ou desligado, ou ligado de novo, em qualquer altura. Num “momento T” talvez não possamos continuar, mas poderemos fazê-lo num “Z instantâneo”, tudo está sempre ligado aos contextos geopolíticos, aos dados disponíveis nos ficheiros. As famílias estão congeladas, em “pausa”. É difícil avançar, porque não se sabe o que aconteceu à irmã, ao pai, ao filho, e não se pode fazer o luto, porque não se sabe se a pessoa faleceu ou não. 7


© Jean-Louis Fernandez

Les Hommes Approximatifs (LHA): Como recebem as emoções deles, que espaço deixam para que esta coisa seja vivida?

para o outro, e é extremamente violento, dependendo de onde se está na relação. Mesmo para a pessoa que reconstruiu a sua vida pode ser extremamente difícil. A temporalidade, o luto, são noções muito importantes para o que fazemos. O que é, de facto, um desaparecimento? Porque não podemos compreender um desaparecimento. Não sabemos. Será que desapareceu só porque está do outro lado do muro e não o conseguimos ver? Ou já não está lá? Deixa espaço para a imaginação.

BRLF: É muito específico de cada pessoa. Falamos de espaço. Às vezes damos espaço porque esperamos uma explosão de alegria, pensamos: “Vou ligar-lhe e dizer-lhe que encontrei a pessoa de quem está à procura”. E não acontece. O requerente não reage nada como se espera que ele reaja. Desligamos e nem sequer sabemos se estamos felizes ou não por termos encontrado uma pessoa. É realmente diferente de pessoa para pessoa, não se pode dizer que se vai passar por tal e tal fase, luto, aceitação, etc. Não é tão caricatural. Também tivemos casos de pessoas que reconstruíram as suas vidas, e é complicado. Não implica necessariamente a recusa de retomar o contacto. Mas é preciso repensar os laços, o que são um

LHA: “Repensar o que somos um para o outro.” Poderia quase ser o subtítulo do espetáculo. BRLF: Tentamos dizer aos nossos voluntários que a nossa missão é uma necessidade. A necessidade de saber, a necessidade de estar com a pessoa, que se equipara à necessidade de se vestir ou de comer. 8


TRAZER OS DESAPARECIDOS PARA O PRESENTE De 11 a 17 de dezembro de 2020, Caroline Guiela Nguyen foi recebida pelo Centro Dramático Nacional em Madrid. Durante a sua residência de escrita, conheceu Almudena Carracedo, diretora do documentário El Silencio de Otros, e que segue há vários anos as famílias que lutam contra a lei do silêncio estabelecida pela votação da amnistia geral em 1977, que impediu até agora qualquer julgamento dos crimes de Franco. Caroline Guiela Nguyen (CGN): Somos feitos dos homens que foram e dos que serão...

As criações culturais fazem assim parte da reparação, porque recuperam a história e, portanto, parte da verdade, dão reconhecimento. Os indivíduos, vivos ou mortos, não existem no discurso oficial. Por exemplo, as pessoas que desaparecem na maior das valas comuns, o Mediterrâneo, não existem. São números, não sabemos os seus nomes. Assim, o mais importante é colocar caras e histórias pessoais no que aconteceu, e deste modo trazê-las de volta ao presente. Porque o passado não é passado, o passado existe hoje e agora. Existe nas histórias, nas coisas que vemos.

Almudena Carracedo (AC): É por isso que o silêncio é tão presente nos desaparecimentos, porque é o silêncio que faz desaparecer completamente as pessoas. Então, o fim do silêncio é a memória. É uma forma de trazer os desaparecidos de volta ao presente. A memória é muito importante. Há três eixos no trabalho de recuperação da memória democrática: a verdade, a justiça e a reparação. A reparação é muito abrangente, há muitas coisas. 9


CGN: O que a levou a decidir fazer O Silêncio dos Outros?

discurso, pensamentos... Enquanto que acredito profundamente que o que é mais político hoje em dia é ver o que a política faz aos corpos dos homens.

AC: É uma história pessoal, um sentimento de dever, de dívida. A sensação de que fazia parte de uma geração que não sabia nada, mas que tinha de olhar para o passado para o encontrar e o trazer de volta ao presente. Precisava de conhecer esta história, de a tornar conhecida, de a partilhar com muitas pessoas, mas não de uma forma militante ou ativista – que sou – mas de uma forma que pudesse fazer esta história chegar a pessoas que não eram nem politizadas nem ativistas, pessoas “normais”, ligadas apenas à humanidade que habita cada um de nós. E para o fazer, decidimos passar por histórias pessoais, não através das palavras de políticos ou historiadores. São as histórias singulares de cada pessoa no documentário, “pessoas reais”, que nos permitiram estabelecer uma ligação. Muitos dizem: “Não se deve remexer no passado, não se deve remexer a terra”, física e psicologicamente. E depois há a Maria Martín que se senta todas as semanas no túmulo da sua mãe. Consegues olhá-la nos olhos e dizer: “Não, não podes fazer isso”? A conversa tem, então, lugar a um nível completamente novo, porque não é uma conversa política, é uma conversa com uma pessoa.

AC: Disse sempre isso! Porque a política é “corporalizada” nas vítimas. O rapto de bebés, o desaparecimento de corpos, a tortura, está tudo no corpo das pessoas. Para mim, a política é isso. CGN: Chegámos a um ponto tal, em França, mas também na Europa, onde o discurso político é tão abstrato que a única forma de o recuperar dentro da realidade é ver nos olhos o que esta política faz às pessoas. E é por isso que penso que documentários, cinema, histórias, teatro com personagens, nos permitem estar neste lugar político, imaginar o ser humano no que a política faz dele. E é isso que também gosto muito no seu documentário, é a dignidade humana, uma vítima nunca pode ser reduzida apenas a vítima. A minha mãe, por exemplo, é uma mulher feita de violência colonial, como também é feita de outras coisas mais complexas. Esta é também a sua dignidade. É dignidade humana devolver a alguém aquilo de que é feito. Acredito profundamente que a forma de encarar a política de frente passa por olhar para as pessoas. Em O Silêncio dos Outros, o que me faz chorar é quando nos diz: “Nas famílias, as fotos daqueles que desapareceram são removidas”. É isso que me faz chorar e o que de repente me faz querer, mais do que fazer um discurso, pegar em armas, as nossas armas.

CGN: Olhar nos olhos. Acontece-me muito. Compreendo realmente tudo o que diz porque, quando fizemos o nosso espetáculo SAIGON, é assim que fazemos os nossos espetáculos. Em França, o teatro político é frequentemente um teatro onde a política é um 10


A COMPANHIA LES HOMMES APPROXIMATIFS províncias francesas) aquando do Prix du Syndicat de la Critique 2018. Em 2018, a companhia Les Hommes Approximatifs iniciou um novo ciclo de criações em torno da questão da FRATERNIDADE, que até à data inclui 3 obras: Les Engloutis, um filme realizado com os reclusos da prisão central de Arles e coproduzido por Les Films du Worso; FRATERNITÉ, Conte fantastique, o espetáculo criado durante a 75ª edição do Festival d’Avignon; e L’Enfance, la Nuit, que será criado no outono de 2022, no Schaubühne, em Berlim. Caroline Guiela Nguyen está associada ao Odéon-Théâtre de l’Europe em Paris, ao Schaubühne em Berlim, ao Théâtre national de Bretagne em Rennes, ao MC2: Grenoble e ao Piccolo Teatro em Milão. A companhia Les Hommes Approximatifs está associada à Comédie CDN de Reims. Desde 2009, tem a sua sede em Valence, na região de Auvergne-Rhône-Alpes. É apoiada pelo Ministério da Cultura-DRAC Auvergne Rhône-Alpes (CERNI), a Região Auvergne-Rhône-Alpes e a Cidade de Valence. A companhia é subsidiada pelo Conseil départemental de la Drôme e apoiada pelo Institut français em Paris no âmbito das suas atividades internacionais.

A companhia Les Hommes Approximatifs foi criada em 2009. Hoje reúne Caroline Guiela Nguyen (autora, encenadora, realizadora, produtora), Alice Duchange (cenógrafa), Benjamin Moreau (figurinista), Jérémie Papin (desenhador de luz), Antoine Richard (desenhador de som), Claire Calvi (colaboradora artística), Manon Worms (dramaturgia) e Jérémie Scheidler (vídeo, dramaturgia). Nas suas criações, a companhia afirma o seu amor simultâneo pela ficção e pela realidade. Para tal, convida atores profissionais e não profissionais de diferentes origens sociais, geográficas, culturais e espirituais para que “mundos se encontrem e juntos inventemos algo comum”. Com ambos os pés firmemente plantados no mundo real, afirma que a nossa maior arma hoje em dia é a imaginação: que será do humano se já não for capaz de imaginar o humano? A última criação da companhia, SAIGON, teve grande sucesso na sua estreia no Festival Ambivalence(s) na Comédie de Valence e no 71º Festival d’Avignon. Entre 2017 e 2020, o espetáculo foi realizado em 15 países diferentes (China, Vietname, Lituânia, Bielorrússia, Alemanha, Austrália,…) numa digressão de quase 180 datas. SAIGON recebeu o Prix Georges Lerminier (Melhor espetáculo criado nas 11


26 e 27 abril 2022 teatro

FRATERNITÉ,CAROLINE CONTE FANTASTIQUE GUIELA NGUYEN DE

PROGRAMA MAIS UM DIA

Sala Luis Miguel Cintra terça e quarta, 20h Duração: 3h (com intervalo), 1ª parte: 1h25, 2ª parte: 1h15 M/16; €12 a €15 (com descontos) Texto: Caroline Guiela Nguyen com a equipa artística; Encenação: Caroline Guiela Nguyen; Interpretação: Dan Artus, Saadi Bahri, Hoonaz Ghojallu, Maïmouna Keita, Nanii, Elios Noël, Alix Petris, Lamya Regragui Muzio, Saaphyra, Vasanth Selvam, Hiep Tran Nghia, Anh Tran Nghia, Mahia Zrouki; Colaboração artística: Claire Calvi; Cenografia: Alice Duchange; Figurinos: Benjamin Moreau; Luz: Jérémie Papin; Som e Música: Antoine Richard; Vídeo: Jérémie Scheidler; Dramaturgia: Hugo Soubise, Manon Worms; Músicas originais: Teddy Gauliat-Pitois e Antoine Richard; Colaboração sonora: Orane Duclos; Assistente de som: Thibaut Farineau; Assistente de iluminação: Mathilde Chamoux; Assistente de vídeo: Marina Masquelier; Técnico de voz: Myriam Djemour; Conceção “memo”: Sébastien Puech; Intérpretes: Fabio Godinho e Camille Hummel (inglês), Cao Nguyen (vietnamita); Assistente de casting: Lola Diane; Pintura: Magali Poutoux; Legendagem: Julien Couturier (Panthéa); Com a participação de: Rosanna Artus, Habib Azaouzi, Majida Ghomari, Lee Michelsen, Ruth Nuesch, Jean Ruimi; Direção de cena: Nicolas Barrot, Olivier Lantheaume; Diretor de iluminação: Maël Fabre; Diretor de som: David de Four; Diretor de vídeo: Marion Comte; Camareira: Claire Lezer; Digressão: Carla Hérin; Construção de décor: Atelier du Grand T, théâtre de Loire-Atlantique; Fabrico de figurinos: Ateliers du Théâtre de Liège; Produção e Difusão: Isabelle Nougier; coordenação: Elsa Hummel-Zongo; Direção técnica: Xavier Lazarini; Comunicação e imprensa: Coline Loger; Gestão administrativa: Stéphane Triolet; Produção: Les Hommes Approximatifs; Produção delegada: Les Hommes Approximatifs e le Festival d’Avignon; Coprodução nacional: Odéon Théâtre de l’Europe, ExtraPôle Provence-Alpes-Cóte d’Azur, La Comédie – CDN de Reims, Théâtre National de Bretagne, Théâtre National de Strasbourg, Châteauvallon scène nationale, Théâtre de l’Union – CDN du Limousin, Théâtre Olympia CDN de Tours, MC2 : Grenoble, La Criée - Théâtre national de Marseille, Le Grand T théâtre de Loire-Atlantique, Célestins – Théâtre de Lyon, Comédie de Colmar – CDN Grand Est Alsace, La rose des vents – Scène nationale Lille Métropole Villeneuve d’Ascq, Le Parvis – Scéne nationale Tarbes Pyrénées, Théâtre National de Nice, Théâtre du Beauvaisis - Scène nationale; Coprodução international: PROSPERO – Extended Theatre, Théâtre National Wallonie-Bruxelles, Théâtre de Liège, théâtres de la ville de Luxembourg, Centro Dramatico Nacional - Madrid, Dramaten - Stockholm, Schaubühne – Berlin, Teatro Nacional D. Maria II - Lisboa, Thalia - Hambourg, Festival RomaEuropa; Apoio: DGCA, com a participação do Jeune Théâtre National, Institut Français Paris e ENSATT ExtraPôle Provence-Alpes-Côte d’Azur é uma plataforma de produção PROSPERO – Extended Theatre é um projeto cofinanciado pelo programa Creative Europe da Comissão Europeia Evento organizado no âmbito da Temporada Portugal-França 2022

Direção Artística Aida Tavares Direção Executiva Ana Rita Osório Assistente da Direção Artística Tiza Gonçalves Adjunta Direção Executiva Margarida Pacheco Secretária de Direção Soraia Amarelinho Direção de Comunicação Elsa Barão Comunicação Ana Ferreira, Gabriela Lourenço, Nuno Santos Mediação de Públicos Téo Pitella Direção de Produção Mafalda Santos Produção Executiva Andreia Luís, Catarina Ferreira, Marta Azenha, Tiago Antunes Direção Técnica Hernâni Saúde Adjunto da Direção Técnica João Nunes Produção Técnica Margarida Sousa Dias Iluminação Carlos Tiago, Cláudio Marto, Ricardo Campos, Sérgio Joaquim Maquinaria António Palma, Miguel Rocha, Vasco Ferreira, Vítor Madeira Som João Caldeira, Gonçalo Sousa, Nuno Saias, Ricardo Fernandes, Rui Lopes Operação Vídeo João Van Zelst Manutenção e Segurança Ricardo Joaquim Coordenação da Direção de Cena Marta Pedroso Direção de Cena Maria Tavora, Sara Garrinhas Assistente da Direção de Cena Ana Cristina Lucas Camareira Rita Talina Bilheteira Diana Bento, João Reis, Pedro Xavier

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