Concerto Centenário de José Saramago - 2022

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3 novembro

© Juan Ramón Iborra

CONCERTOCENTENÁRIO JOSÉ SARAMAGO


Penso que há mais relação com a música dentro de uma obra do que aquilo que tem a ver com as referências explícitas à música. Quando, por exemplo, numa frase que acabo de escrever e em que já disse tudo o que tinha para dizer, eu sinto que me falta qualquer coisa, em termos de compasso musical. E pode acontecer que acrescente mais duas palavrinhas ou três, que não fazem falta nenhuma. Não fazem falta ao sentido, mas o tempo do compasso não pode ficar no ar. Não distingo entre a aura da música e a aura da palavra. Falar não é mais do que fazer música. In José Saramago nas suas palavras, Org. de Fernando Gómez Aguilera, Ed. Porto Editora

A MÚSICA NA OBRA DE JOSÉ SARAMAGO Claraboia

Os últimos compassos da Marcha Fúnebre tombavam como violetas no túmulo do herói. Depois, uma pausa. Uma lágrima que desliza e morre. E, imediatamente, a vitalidade dionisíaca do Scherzo, ainda pesado da sombra do Hades, mas fruindo já a alegria da vida e da vitória. Um estremecimento correu sobre as cabeças curvadas. O círculo encantado da luz que descia do teto unia as quatro mulheres na mesma fascinação. Os rostos graves tinham a expressão tensa dos que assistem à celebração de ritos misteriosos e impenetráveis. A música, com o seu poder hipnótico, levantava alçapões no espírito das mulheres. Não se fitavam. Tinham os olhos atentos ao trabalho, mas só as mãos estavam presentes. A música corria livremente no silêncio e o silêncio recebia-a nos seus lábios mudos. O tempo passou. A sinfonia, como um rio que desce da montanha, alaga a planície e se afunda no mar, acabou na profundidade do silêncio. Adriana estendeu o braço e desligou a telefonia. Um estalido seco como o correr de uma fechadura. Terminara o mistério. //// Adriana girou um dos botões. A voz do locutor encheu a casa: – ... a Dança dos Mortos, de Honegger. Texto de Paul Claudel. Interpretação de Jean-Louis Barrault. Atenção! Na cozinha, uma cafeteira chiava. Tia Amélia tirou-a do lume. Ouviu-se o riscar da agulha no disco, e logo a voz dramática e vibrante de Jean-Louis Barrault fez estremecer as quatro mulheres. Nenhuma se mexia. Fitavam o olho luminoso do mostrador da telefonia, como se dali viesse a música. No intervalo do primeiro disco para o segundo ouviu-se, vindo da habitação contígua, um estridor de metais num ragtime que dilacerava os ouvidos. Tia Amélia encrespou o sobrolho, Cândida suspirou, Isaura espetou com força a agulha na camisa, Adriana fuzilou a parede com um olhar mortífero. – Põe mais alto – disse a tia Amélia. 2


Adriana aumentou o som. A voz de Jean-Louis bradou j’existe!, a música torvelinhou na vaste plaine hereticamente à dança sur le pont d’Avignon. – Mais alto! O coro dos mortos, em mil gritos de desespero e lástima, clamou a sua dor e os seus remorsos, e o tema do dies irae sufocou, aniquilou os risinhos de um clarinete buliçoso. Honegger, lançado através do alto-falante, logrou vencer o anónimo ragtime.

As Intermitências da Morte

Por um instante a morte soltou-se a si mesma, expandindo-se até às paredes, encheu o quarto todo e alongou-se como um fluido até à sala contígua, aí uma parte de si deteve-se a olhar o caderno que estava aberto sobre uma cadeira, era a suite número seis opus mil e doze em ré maior de johann sebastian bach composta em cöthen e não precisou de ter aprendido música para saber que ela havia sido escrita, como a nona sinfonia de beethoven, na tonalidade da alegria, da unidade entre os homens, da amizade e do amor. //// O maestro interrompeu o ensaio, repenicou a batuta na borda do atril para um comentário e uma ordem, pretende que nesta passagem os violoncelos, justamente os violoncelos, se façam ouvir sem parecer que soam, uma espécie de charada acústica que os músicos dão mostras de haver decifrado sem dificuldade, a arte é assim, tem cousas que parecem de todo impossíveis ao profano e afinal de contas não o eram. A morte, escusado será dizer, enche o teatro todo até ao alto, até às pinturas alegóricas do teto e ao imenso lustre agora apagado, mas o ponto de vista que neste momento prefere é o de um camarote acima do nível do palco, fronteiro, ainda que um pouco de esguelha, aos naipes de cordas de tonalidade grave, às violas, que são os contraltos da família dos violinos, aos violoncelos, que correspondem ao baixo, e aos contrabaixos, que são os da voz grossa. //// De súbito, a orquestra calou-se, apenas se ouve o som de um violoncelo, chama-se a isto um solo, um modesto solo que não chegará a durar nem dois minutos, é como se das forças que o xamã havia invocado se tivesse erguido uma voz, falando porventura em nome de todos aqueles que agora estão silenciosos, o próprio maestro está imóvel, olha aquele músico que deixou aberto numa cadeira o caderno com a suite número seis opus mil e doze em ré maior de johann sebastian bach, a suite que ele nunca tocará neste teatro, porque é apenas um violoncelista de orquestra, ainda que principal do seu naipe, não um daqueles famosos concertistas que percorrem o mundo inteiro tocando e dando entrevistas, recebendo flores, aplausos, homenagens e condecorações, muita sorte tem por uma vez ou outra lhe saírem uns quantos compassos para tocar a solo, algum compositor generoso que se lembrou daquele lado da orquestra onde poucas cousas costumam passar-se fora da rotina. Quando o ensaio terminar guardará o violoncelo na caixa e voltará para casa de táxi, daqueles que têm um porta-bagagem grande, e é possível que esta noite, depois de 3


jantar, abra a suite de bach sobre o atril, respire fundo e roce com o arco as cordas para que a primeira nota nascida o venha consolar das incorrigíveis banalidades do mundo e a segunda as faça esquecer se pode, o solo terminou já, o tutti da orquestra cobriu o último eco do violoncelo, e o xamã, com um gesto imperioso da batuta, voltou ao seu papel de invocador e guia dos espíritos sonoros. A morte está orgulhosa do bem que o seu violoncelista tocou. Como se se tratasse de uma pessoa da família, a mãe, a irmã, uma noiva, esposa não, porque este homem nunca se casou. //// A orquestra calou-se. O violoncelista começa a tocar o seu solo como se só para isso tivesse nascido. Não sabe que aquela mulher do camarote guarda na sua recém-estreada malinha de mão uma carta de cor violeta de que ele é destinatário, não o sabe, não poderia sabê-lo, e apesar disso toca como se estivesse a despedir-se do mundo, a dizer por fim tudo quanto havia calado, os sonhos truncados, os anseios frustrados, a vida, enfim. Os outros músicos olham-no com assombro, o maestro com surpresa e respeito, o público suspira, estremece, o véu de piedade que nublava o olhar agudo da águia é agora uma lágrima. O solo terminou já, a orquestra, como um grande e lento mar, avançou e submergiu suavemente o canto do violoncelo, absorveu-o, ampliou-o como se quisesse conduzi-lo a um lugar onde a música se sublimasse em silêncio, a sombra de uma vibração que fosse percorrendo a pele como a última e inaudível ressonância de um timbale aflorado por uma borboleta. O voo sedoso e malévolo da acherontia atropos perpassou rápido pela memória da morte, mas ela afastou-o com um gesto de mão que tanto se parecia àquele que fazia desaparecer as cartas de cima da mesa na sala subterrânea como a um aceno de agradecimento para o violoncelista que agora voltava a cabeça na sua direcção, abrindo caminho aos olhos na obscuridade cálida da sala. A morte repetiu o gesto e foi como se os seus finos dedos tivessem ido pousar-se sobre a mão que movia o arco. Apesar de o coração ter feito tudo quanto podia para que tal sucedesse, o violoncelista não errou a nota. Os dedos não tornariam a tocar-lhe, a morte tinha compreendido que não se deve nunca distrair o artista na sua arte. Quando o concerto terminou e o público rompeu em aclamações, quando as luzes se acenderam e o maestro mandou levantar a orquestra, e depois quando fez sinal ao violoncelista para que se levantasse, ele só, a fim de receber o quinhão de aplausos que por merecimento lhe cabia, a morte, de pé no camarote, sorrindo enfim, cruzou as mãos sobre o peito, em silêncio, e olhou, nada mais, os outros que batessem palmas, os outros que soltassem gritos, os outros que reclamassem dez vezes o maestro, ela só olhava. Depois, lentamente, como a contragosto, o público começou a sair, ao mesmo tempo que a orquestra se retirava. Quando o violoncelista se virou para o camarote, ela, a mulher, já não estava. Assim é a vida, murmurou.

Memorial do Convento

Muitas vezes durante a doença, se doença foi, se não foi apenas um longo regresso da própria vontade, refugiada em confins inacessíveis do corpo, muitas vezes veio 4


Domenico Scarlatti, primeiro apenas para visitar Blimunda, informar-se das melhoras que tardavam, depois demorando-se a conversar com Sete-Sóis, e um dia retirou o pano de vela que cobria o cravo, sentou-se e começou a tocar, branda, suave música que mal ousava desprender-se das cordas feridas de leve, vibrações subtis de insecto alado que, imóvel, paira, e de súbito passa de uma altura a outra, acima, abaixo, não tem isto nada que ver com os movimentos dos dedos sobre as teclas, como se uns aos outros se andassem perseguindo, não é deles que nasce a música, como poderia ser se o teclado tem uma primeira tecla e uma última tecla, e a música não tem fim nem princípio, vem deste além que está à minha mão esquerda, vai para aquele outro que está à minha mão direita, ao menos tem a música duas mãos, não é como certos deuses. Porventura seria esta a medicina que Blimunda esperava, ou, dentro dela, o que ainda estaria esperando alguma coisa, que cada um de nós, conscientemente, só espera o que conhece, ou tem parecenças, o que para cada caso nos disseram ter utilidade, uma sangria se a fraqueza não fosse tanta, uma língua de S. Paulo se a epidemia não tivesse deixado as praias joeiradas, umas bagas de alquequenge, uns troquiscos de Gordónio, uma raiz de cardo corredor, o elixir do Francês, se não fosse tudo isto uma inocente mixórdia que só tem de bom não fazer mal nenhum. Não esperaria Blimunda que, ouvindo a música, o peito se lhe dilatasse tanto, um suspiro assim, como de quem morre ou de quem nasce, debruçou-se Baltasar para ela, temendo que ali se acabasse quem afinal estava regressando. Nessa noite, Domenico Scarlatti ficou na quinta, tocando horas e horas, até de madrugada, já Blimunda estava de olhos abertos, corriam-lhe devagar as lágrimas, se aqui estivesse um médico diria que ela purgava os humores do nervo ótico ofendido, talvez tivesse razão, talvez as lágrimas não sejam mais que isso, o alívio duma ofensa. Durante uma semana, todos os dias, sofrendo o vento e a chuva pelos caminhos alagados de S. Sebastião da Pedreira, o músico foi tocar duas, três horas, até que Blimunda teve forças para levantar-se, sentava-se ao pé do cravo, pálida ainda, rodeada de música como se mergulhasse num profundo mar, diremos nós, que ela nunca por aí navegou, o seu naufrágio foi outro. Depois, a saúde voltou depressa, se realmente faltara.

O Ano de 1993

E depois nada mais se ouve que uma aérea e delicada música de cravo Qualquer fuga composta há duzentos e cinquenta anos por João Sebastião Bach em Leipzig É então que os homens e as mulheres sem esperança se deixam cair no pavimento estalado da praça Enquanto a música se afasta e voa sobre os campos devastados 5


Don Giovanni ou O Dissoluto Absolvido

Eis que a prestante pessoa que me servia de guia diz em certa altura: «Agora vou levá-lo ao teatro onde se estreou o Don Giovanni de Mozart». Não exagero nada se digo que o coração me deu um salto dentro do peito. Se há uma ópera no mundo capaz de pôr-me de joelhos, rendido, submetido, é esta. Tinha-me esquecido, ou não lhe dera suficiente atenção se alguma vez o li, que Don Giovanni havia visto a luz da ribalta em Praga. E ali estava o edifício, o Ständetheater, com as suas colunas coríntias ornamentando uma fachada que nem assim alcançara a monumentalidade que o arquiteto devia ter tido em mente. Por aquela porta, num dia do ano da graça de 1787, entrou Wolfgang Amadeus Mozart com a partitura do seu Don Giovanni ossia Il dissoluto punito debaixo do braço para fazer ouvir à gente de Praga a música de cena mais sublime que alguma vez havia sido composta. E ali estava eu, com o pulso agitado e as mãos trémulas, rodeado de século XX por todos os lados, menos por aquele, desejando uma máquina de viajar no tempo para desandar num instante os quase duzentos anos que me separavam daquele momento, e sabendo, que remédio senão sabê-lo, que nem o tempo nem os rios podem voltar para trás. Dava-se uma outra ópera de Mozart (não recordo qual), mas não havia na bilheteira nem uma só entrada para os dias seguintes. Quando os houvesse já eu não estaria em Praga, e a mim nada mais poderia interessar-me que Don Giovanni. Vim ouvi-lo em casa. Tinha-o escutado várias vezes, escutei-o depois não sei quantas, estou a ouvi-lo uma vez mais enquanto escrevo este prólogo à peça teatral que vai adiante, destinada a servir de fundamento dramático ao libreto de uma ópera de Azio Corghi a que pusemos, ele e eu, o título de Don Giovanni ou O dissoluto absolvido.

História do Cerco de Lisboa

Em minha discreta opinião, senhor doutor, tudo quanto não for vida, é literatura, A história também, A história sobretudo, sem querer ofender, E a pintura, e a música, A música anda a resistir desde que nasceu, ora vai, ora vem, quer livrar-se da palavra, suponho que por inveja, mas regressa sempre à obediência, E a pintura, Ora, a pintura não é mais do que literatura feita com pincéis.

Cadernos de Lanzarote, Vol. II

O acaso tinha querido que eu estivesse a ouvir, enquanto escrevia, o conjunto dos Estudos de Chopin, de que gosto muitíssimo e a que volto regularmente. Parei uns minutos para dar atenção a um deles, e de súbito pensei que se alguém naquele momento me perguntasse com que peça musical é que me identifico mais, responderia sem hesitar: «Com o Estudo Opus 25, n.° 12, em Dó menor de Chopin, aí está o meu retrato...» Reconheço que a pretensão é insuportável, mas não chega ao escândalo que teria sido responder: «Com a Paixão segundo S. Mateus, de Bach, nem mais nem menos...» 6


Cadernos de Lanzarote, Vol. IV

Naquele tempo eu ia à ópera sem pagar. Um porteiro simpático do Teatro Nacional de São Carlos, bom amigo de meu pai, fazia-me sinal para entrar quando faltavam apenas dois ou três minutos para começar a função e os espectadores pagantes já tinham ocupado os seus lugares. Excitado, nervoso, subia rapidamente as íngremes escadas que levavam ao último andar, aonde chegava com o coração a saltar-me da boca. (A porta que o benévolo guardião fiscalizava não dava acesso à plateia nem aos camarotes, era só para espectadores pouco abonados, que tinham de contentar-se com as torrinhas, que assim se chama aos camarotes de última ordem, e com o galinheiro, cujo nome já está a dizer tudo.) Como eu era um dos que não deixavam sequer um centavo na bilheteira, o meu lugar tinha de ser o galinheiro, se é que, chegando no último segundo, ainda lá encontrava um sítio para me sentar... Por diabólico castigo, excetuando os pouquíssimos espectadores que se apertavam na primeira fila, ninguém conseguia ver dali o palco por inteiro. A culpa tinha-a o enorme camarote real (presidencial depois da República) que, começando à altura dos camarotes de primeira ordem, trepava pelo teatro acima, quase alcançando o teto, onde, praticamente, pairávamos. Quando os cantores, cumprindo as marcações de cena, se deslocavam para o lado escondido, era como se tivessem passado para a outra face da lua. Ouvíamos-lhes as vozes (os entendidos afirmavam que a melhor acústica do São Carlos era a do galinheiro...), mas tínhamos de esperar pacientemente que a continuação do enredo trouxesse outra vez os artistas à nesga de palco visível de onde estávamos. Encimando o camarote presidencial e dificultando ainda mais a visão, havia (e lá continua) uma grande e sumptuosa coroa real, de talha dourada, símbolo que sobrou das monarquias passadas, agora reduzida a mero adorno figurativo. Com propriedade e com rigor, porém, o que víamos não era a coroa na sua plenitude aparente, a que oferecia a sua magnificência e o seu esplendor aos espectadores privilegiados dos camarotes e da plateia. Nós, os do galinheiro, tínhamos de contentar-nos com o reverso dela, a parte de trás, o outro lado, numa palavra, a ausência. Sim, a ausência. Ou porque tinham querido poupar algum dinheiro em madeira e em folha de ouro, ou porque acharam que as pessoas que viriam a sentar-se ali não eram merecedoras de mais consideração, a coroa do Teatro Nacional de São Carlos não é uma coroa completa, é três quartos de coroa, ou ainda menos. Lá dentro, amparando a real estrutura, viam-se naquele tempo uns sarrafos mal aplainados, fixados com pregos torcidos, muito pó, teias de aranha, alguma vingativa e republicana ponta de cigarro. Como se alguém, nesses distantes e ingénuos dias, tivesse acendido a luz que haveria de iluminar-me a existência, compreendi que o ponto de vista do galinheiro é indispensável se realmente quisermos conhecer a coroa. Uma tão exemplar lição, creio eu, ter-me-ia bastado para governar com decência o entendimento.

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3 novembro 2022 música

CONCERTO CENTENÁRIO DE JOSÉ SARAMAGO FUNDAÇÃO JOSÉ SARAMAGO Sala Luis Miguel Cintra Quinta, 20h Duração: 1h30 (aprox.); M/6 €12 a €15 (com descontos)

Com a participação de: Aline Frazão, Camané, Cristina Branco (vídeo), Luís Pastor, Manuel Freire, Marco Oliveira, Mário Laginha, Martín Sued + Marco Santos: Jangada de Pedra, Mitó Mendes, Paula Oliveira, Rita Maria, Teresa Salgueiro, Vitorino Apoio: Banco de Portugal Organização: Fundação José Saramago e São Luiz Teatro Municipal

Direção Artística Aida Tavares Direção Executiva Ana Rita Osório Assistente da Direção Artística Tiza Gonçalves Adjunta Direção Executiva Margarida Pacheco Secretária de Direção Soraia Amarelinho Direção de Comunicação Elsa Barão Comunicação Ana Ferreira, Gabriela Lourenço, Nuno Santos Mediação de Públicos Téo Pitella Direção de Produção Mafalda Santos Produção Executiva Catarina Ferreira, Marta Azenha Direção Técnica Hernâni Saúde Adjunto da Direção Técnica João Nunes Produção Técnica Margarida Sousa Dias Iluminação Carlos Tiago, Cláudio Marto, Ricardo Campos, Sérgio Joaquim Maquinaria António Palma, Miguel Rocha, Vasco Ferreira, Vítor Madeira Som João Caldeira, Gonçalo Sousa, Nuno Saias, Rui Lopes Operação Vídeo João Van Zelst Manutenção e Segurança Ricardo Joaquim Coordenação da Direção de Cena Marta Pedroso Direção de Cena Maria Tavora, Sara Garrinhas Assistente da Direção de Cena Ana Cristina Lucas Camareira Rita Talina Bilheteira Diana Bento, João Reis, Pedro Xavier

teatrosaoluiz.pt


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