Folha de sala Jangada de Pedra

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© joana saboeiro

são luiz teatro municipal

t e at r o o b a n d o

jangada de pedra

j o s é s a r a m a g o e n c e nação d e joão b r ite s e Ru i Fr an ci sco


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11 A 26 OUT TEATRO / ESTREIA

JANGADA DE PEDRA TEATRO O BANDO

DE JOSÉ SARAMAGO Encenação de João Brites e Rui Francisco

QUARTA A SÁBADO ÀS 21H; DOMINGO ÀS 17H30 SALA PRINCIPAL; M/6 €12 a €15 (com descontos €5 a €10,50) sessão 13 Out

12, 19 e 26 out Conversa com a equipa artística

sábado depois do espectáculo

19 out encontro / debate com a presença de Eduardo Lourenço e Rui Tavares, sobre as relações entre Portugal e a Europa sábado Às 17h30 SALA PRINCIPAL entrada livre

Organização: Fundação José Saramago

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Quarta a sábado às 21h; domingo às 17h

24 out Consciência do Actor em cena Conversa com João Brites Quinta às 15h SALA PRINCIPAL entrada livre

Organização: Escola Superior de Teatro e Cinema

© joana saboeiro

30 Out a 10 Nov Vale dos Barris, Palmela


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jangada de pedra teatro o bando

Dramaturgia e dramatografia João Brites Encenação e cenografia João Brites e Rui Francisco Música e direcção musical Jorge Salgueiro Oralidade Teresa Lima Figurinos Clara Bento Desenho de luz e vídeo João Cachulo Desenho de som Sérgio Milhano com Anna Kurikka, Bruno Huca, Guilherme Noronha, Miguel Branca, Nuno Nunes e Sara de Castro (actores) e Fábio Matias, Gabriel Gonçalves, Jaime Pascoal, João Ribeiro, Luís Gonçalves e Nuno Henriques (músicos) Figuração especial em vídeo Alberto Gama, António Miranda, António Oliveira, Diogo Baptista, José Ferreira, José Guerreiro, Manuel António Santa Rita (Grupo Coral Ausentes do Alentejo), Elsa Ferreira e Joana, Mónica Duarte e Gil, Sofia Barbosa e Matilde, Susana Doo e Tiago, Teresa Charata e Alice, Teresa Detering e Maria Joana

Direcção de produção Miguel Jesus Direcção de montagem Fátima Santos Engenharia da estrutura Egídio Lima Ramos Construção e montagem de estrutura cenográfica JSVC Decor Execução de figurinos Clara Bento, Fátima Santos e Paula Gato Coordenação de figurantes Juliana Pinho Vozes gravadas, manipuladas na partitura Grupo Coral Ausentes do Alentejo Operação de maquinaria de cena Fátima Santos e Francisco Ferreira Fotografia Joana Saboeiro Apoio técnico Rita Louzeiro, Hugo Glória, Rui Alves e Luís Viola Estagiário no apoio à investigação Ricardo Jesus Figurantes nos espectáculos apresentados no Imaginarius Álvaro Pereira Nadais, Américo Fontes Teixeira, Ana Carlos de Almeida Fonseca, Ana Rute Oliveira Torres de Almeida, Andreia Regina Pinho Oliveira, Brígida Borges, Cândido da Silva Castro Ribas, Catarina Santos, Hélder Amadeu Marques Pinto, Inês Mariana Moitas, José de Sá Reis, José Fernando Correia Vieira, Manuel Marques Pinto, Mateus Guedes Silva, Mónica Dulce Mendes Barbosa, Raquel Belchior e Rogério Calção do Coito

Músicos nos espectáculos apresentados no Imaginarius Élson Pinho, Andreia Santos, António Vilhena, Fábio Matos, João Gonçalo e Renato Reis Apoio na coordenação de figurantes no Imaginarius Estêvão Antunes e Raquel Belchior Agradecimentos Câmara Municipal de Palmela, Escola Superior de Música de Lisboa , Filipa Ribeiro, Luma Garbin, Bruno Tavares, Foco Musical, José Cedoura Fundação José Saramago e Pedro Moreira Apoio Teatro Nacional de São Carlos/ Opart Criação Teatro O Bando Co-produção

Programa paralelo em colaboração com Fundação José Saramago O Teatro O Bando é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal – Secretário de Estado da Cultura / DGArtes e apoiada pela Câmara Municipal de Palmela


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Desassossego

José Luís Ferreira director artístico do São Luiz Teatro Municipal

Com o Outono e o regresso do Teatro, regressa também o desejo de tomar as palavras inquietas de um autor fundamental e juntar-lhe a capacidade de invenção dos artistas da cena, esse lugar de transformação e clarividência de que ainda podemos socorrer-nos para procurarmos uma outra luz. Não necessariamente a luz ao fundo do túnel, como se estivéssemos condenados a uma linha recta, a um caminho fechado que só conhece uma saída. Antes um outro ângulo da luz, capaz de mostrar cruamente o que antes era sombra, como de matizar aquilo que nos surgia em violenta oposição. José Saramago traça-nos, com a sua vara de negrilho, uma possibilidade simples mas aparentemente radical: a de que os nossos gestos – e os caminhos que tomamos para melhor os compreender –, por casuais que possam parecer, contêm em si a possibilidade mesmo da transformação. A ideia de que o futuro, estabelecendo-se em continuidade ou em ruptura com o passado, é o resultado concreto, complexo, das nossas acções comuns. João Brites e a sua equipa do Teatro O Bando agem sobre o texto de Saramago, sobre a ideia de uma Península que se aventura num caminho novo, que inaugura uma revolução geográfica, propondo-nos um confronto com o espaço tradicional do palco e da sala. O cenário vertical, espécie de possibilidade de ascenção numa escala da clarividência, põenos em causa no nosso conforto de espectadores tradicionais. Desassossega-nos. Faz de nós agentes de uma reconstituição do possível. Sem essa consciência do nosso poder de cidadãos, não há futuro. Nem teatro. Obrigado, João.


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A propósito do direito à reinvenção de um outro dia claro João Brites Direcção artística do Teatro O Bando

Quando em 2004 levámos à cena o Ensaio sobre a Cegueira, eu andava a pensar na Jangada de Pedra. Sempre que se falava na União Europeia, não era capaz de me esquecer daquele pequeníssimo conto que lera no Fabulário Português Medieval, onde um leão muito inesperadamente democrático, convida os outros animais para irem à caça. O resultado desta aventura era desmontado imediatamente a seguir, quando todos se preparavam para igualmente se banquetearem. O leão, claro está, era o primeiro a servir-se e comia que se fartava. Assim vejo eu ainda e agora a Alemanha não militarizada, segundo parece, mas usando o seu poder económico e financeiro para impor a sua tendência hegemónica, com a bênção de uma França colaboracionista que levanta a sua rasgada bandeira guerreira sob o olhar fingidamente distraído de um Reino Unido, unido em torno da sua real pulsão imperial, sempre preparado para a guerra. É neste contexto que lemos o texto de José Saramago, é neste sentido que nós, enquanto artistas do sul, esboçamos o nosso gesto, sinal de um contrapoder capaz de aliar aos povos ibéricos os da américa do sul e os da lusofonia africana, respeitando honradamente a autodeterminação de cada um deles. Se no princípio era sobretudo esta dimensão política que guiava a nossa incursão na Jangada de Pedra, a pouco e pouco fomos atribuindo-lhe também uma dimensão mítica que ultrapassa o quadro de uma geografia política para se focar no paradigma de uma sociedade que procura a incidência de uma nova luz para se reconhecer. A estreia da versão de rua no festival Imaginarius em Santa Maria da Feira, debaixo de um impressionante plátano centenário, lança a proposta de uma viagem que se desenvolve na vertical e acentua esse pendor lendário, também ao desenvolver um estilo de representação, por parte dos actores, mais apoiado na alegoria e na construção de figuras e situações pictóricas que nos remetem para uma espécie de contemporâneo ‘retábulo medieval’. No Teatro São Luiz, que tão oportunamente nos facultou a possibilidade de voltarmos a ensaiar e a dar continuidade a esta viagem artística e estética, quisemos, por um lado, materializar o conceito de brecha vertical mais exequível com a utilização de um pano de boca de uma sala à italiana e, por outro, acentuar a dicotomia de cada personagem, dandolhe mais espessura e dramatismo, ampliando tensões internas, aprofundando o dilema


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existencial. O estilo de representação dos actores tornou-se sensorialmente mais concreto e preciso, evita a psicologização das personagens mantendo o registo eminentemente simbólico da sua oralidade e corporalidade. Parece-me agora que, à indução de uma atitude contemplativa por parte do espectador, se acrescentou uma relação explicitamente emocional que contribui para uma apreensão mais sensível e inteligível do espectáculo. O tríptico termina ao voltar à rua e à intempérie do Teatro O Bando, em Palmela, onde os bem abrigados espectadores poderão assistir à primitiva fragilidade de actores que procuram, através das personagens construídas, uma nova compreensão sobre as suas vidas reais e que entendem os ensaios e os espectáculos como um exercício para testar as suas próprias ideias a propósito da noção de família, de comunidade, de implicação política, ética e estética. Prevejo que na aplicação destes pressupostos, esta versão conduzirá os actores a um registo menos stacatto e contrastante que, ao manter as dicotomias internas, vai suavizar as dissonâncias nos planos de expressão do actor. Aqueles que assistirem às três versões desta criação poderão elucidar-nos melhor sobre a percepção destas diferenças de representação e da sua maior ou menor subtilidade ou evidência. Se abro aqui a fresta das premissas que enquadram algumas das nossas reflexões e das tentativas de reinvenção da prática de O Bando, é porque acreditamos que a linguagem teatral não está nem ultrapassada nem envelhecida como alguns querem fazer crer. Se as experiências dadaístas e performativas trouxeram uma lufada de ar fresco à maioria das representações teatrais enferrujadas e previsíveis, também é de notar que o recurso ao modelo do naturalismo e da naturalidade, com a condimentação da tecnologia e do digital e a atitude compulsiva de colocar ‘a vida no teatro’ e ‘o teatro na vida’ chegou ao fim da linha. Não, não está tudo inventado. Essa é a grande mentira. Se a pintura com o tão determinante constrangimento da bidimensionalidade continua a reinventar as sempre múltiplas capacidades expressivas, o teatro e as outras artes não vão obrigatoriamente precisar da digitalização e da transdisciplinaridade para se renovarem. Ao pensar nestas coisas constato que, neste momento, prefiro utilizar o termo abrangente de cenografia ao de design, o qual contém a intrínseca noção de utilidade ou de função, e que dou mais importância à artesanalidade e à artificiosa complexidade artística do que à eficiência do marketing e às denominadas indústrias criativas. Talvez porque procuro com o teatro reinventar na forma e no conteúdo, e de cada vez, uma nova relação e uma relação personificada, aflorar a pele do espectador que se deixa tocar, clareando os seus indícios particulares de insubmissão e de rebeldia, contribuindo para que o seu alento não se esgote nesta nossa luta desmedida contra a hipocrisia dos arautos de um pragmatismo fatalista. Em torno desta jangada procuramos estar mais unidos no direito à reinvenção de um outro dia claro.


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E LA NAVE VA

Pilar del Río Fundação José Saramago

Várias vezes comentou José Saramago que para se pôr a escrever precisava de um assunto grande e inquietante que o obrigasse a aplicar-se com toda a atenção. E se todos fôssemos cegos? E se ninguém morresse? E se a Península Ibérica se desgarrasse da Europa pelos Pirinéus? Então, a partir da necessidade de dar resposta às distintas interrogações, José Saramago construía romances lúcidos e desassossegadores que prendiam os leitores com a força e a intensidade que antes tinham ocupado o autor. A pergunta, agora, é outra. Caberá uma jangada de pedra num teatro? João Brites dirá que se coube num livro com mais facilidade poderá circular no palco cénico do magnífico Teatro São Luiz. Em qualquer caso, e por precaução, a península tem, na interpretação livre de João Brites, a sua própria e estilizada fisionomia e um movimento peculiar concebido, seguramente, para chegar ao ânimo do espectador e mantê-lo em navegação constante com a força da palavra e as ferramentas de uma cenografia tão imaginativa como feliz. “Todo futuro es fabuloso”, escreveu Alejo Carpentier e José Saramago cita-o como epílogo da fábula que agora nos é narrada, com a sua sensibilidade pessoal, pelo grupo de teatro O Bando. A Península Ibérica, romance, interpretação teatral, navega em busca do seu destino, talvez consciente de que é no interior de si mesma que se encontram as chaves da sua relação com os outros, sejam eles os outros países europeus ou os povos da América e da África com os quais Portugal e Espanha mantiveram relações no passado e com quem hoje poderiam constituir a Bacia Cultural do Atlântico Sul, um espaço de reflexão e intercâmbio de ideias de que a civilização ocidental precisa com tanta veemência como no final da Idade Média se necessitava do Renascimento. A Jangada de Pedra, de José Saramago, João Brites e O Bando, realiza uma nova travessia na qual se recuperam dúvidas, se lançam interrogações e se questiona a realidade de uma perspectiva artística e ética. Com as personagens que povoam o livro, ao mesmo tempo mágicas e cervantescas, percorre-se o novo território da Mancha, maior agora do que quando Dom Quixote e Sancho Pança o percorriam, porque outros encontros se produziram no seu interior, tão fecundos, e porque os sonhos de um escritor transformaram a terra firme em ilha andante que desafia todos os moinhos de vento. O Bando pilota com sabedoria esta literária Jangada de Pedra esperada por tantos portos como espectadores. Para comunicar se escreve, se faz teatro, se navega. E la nave va.


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viagem

Rui Francisco Direcção Artística do Teatro O Bando

Este promontório não me aflige mas também não me faz feliz. Isso agrada-me e enfurece-me. Não vos quero aqui, na minha cama, apesar de ter a certeza que vos amo! Vou dormir. Joaquim Atenção! Ordem nas palavras e trato no tom. Temos rede não temos? Confesso algum medo… melhor dizendo, prudência. Mas este espelho não mente! Subimos? José …Tenho dúvidas… não tenho asas suaves como o anjo nem vestidas de breu como o morcego. Vou arriscar, descemos. Pedro Olhem a direito que vão dar a lado nenhum. O universo é curvo e finito tal como as minhas costas quando se dobram perante mim. A melhor forma de subir é saltar! Resulta até ao momento em que nos apaixonamos pela força da gravidade. Vá, saltem! Joana É forte, este enjoo que sinto. Este balançar atroz não me dá descanso. Navegar à bolina cansa-me mas faz-me chegar. Sinto-o dentro de mim. Não tenho dúvidas mas duvido do que sinto… Cão Ei pelastuksen Eurooppa saa minut nauramaan, kun se jakaa. 1 Maria

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Sem salvação, a Europa faz-me rir quando se divide.

breves notas sobre a composição musical Jorge Salgueiro Direcção Artística do Teatro O Bando

O espaço acústico, os limites da ilha. Os seis trombonistas em torno do público. O público no mesmo espaço dos actores. Dentro. Todos no mesmo barco. Eles, os trombonistas, são o Mar que limita e que liberta. Os medos, os limites, o espaço, a infinita finitude. Cães, lobos, rochas, ascetas, monges, guardiões. Seis iguais. Diferentes. As partes vocais são manipulações de cânticos alentejanos interpretados pelo Grupo Coral Ausentes do Alentejo. O áudio original foi retirado do CD editado em 2012 pelo referido grupo. Identidade. Reverso, mutação. Reverso tornado anverso, identidade. Três materiais em cima da secretária: 9 sons, dois acordes, um ritmo. Limites e liberdades. Triângulos e múltiplos. Surdinas.


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TEATRO O BANDO Fundado em 1974, e constituindo-se como uma das mais antigas cooperativas culturais do país, o Teatro O Bando assume-se como um colectivo que elege a transfiguração estética enquanto modo de participação cívica e comunitária. Na génese de O Bando encontra-se o teatro de rua e as actividades de animação para a infância, em escolas e associações culturais, integradas em projectos de descentralização. As criações de O Bando definem-se pela sua dimensão plástica e cenográfica, marcada sobretudo pelas Máquinas de Cena, objectos que transportam em si uma ideia de acção. O trabalho dramatúrgico é também muito importante: na sua maioria de autores portugueses, os textos encenados são a grande parte das vezes obras não dramáticas, às quais a forma teatral, nas múltiplas linguagens que integra, confere outra comunicabilidade. O Teatro O Bando continua a procurar o singularismo das suas criações, resultado duma metodologia colectivista onde uma direcção artística alargada procura a diferença, a interferência, a ruptura, a colisão dos pontos de vista. Rural ou urbano, adulto ou infantil, erudito ou popular, nacional ou universal, dramático ou narrativo ou poético – tais as fronteiras que O Bando se habituou a transgredir. Ao longo do seu trajecto o grupo esteve ligado a múltiplos projectos nacionais e internacionais e a aposta na itinerância continua a levar vários espectáculos por todo o país. Depois de diversas moradas, o Teatro O Bando habita hoje uma Quinta em Vale dos Barris, Palmela, onde se encontra um número ainda insuspeito de palcos potenciais. Aí O Bando espera por vós, sempre com uma sopa, pão e queijo, um moscatel, uma conversa ao pé do lume.

Direcção da Cooperativa João Brites Raúl Atalaia Sara de Castro Direcção Artística João Brites Rui Francisco Jorge Salgueiro Teresa Lima Clara Bento Miguel Jesus Equipa Fixa João Brites Raúl Atalaia Sara de Castro Fátima Santos Miguel Jesus Guilherme Noronha João Neca Paula Gato Lúcia Rus Colaboradores Ana do Rosário de Bragança Egídio Lima Ramos Juliana Pinho Sérgio Milhano Isabel Atalaia Setulgeste Famcorp Lda. Cooperantes Adelaide João Ana Brandão Antónia Terrinha António Braga Bibi Gomes Clara Bento Fátima Santos Gonçalo Amorim Guilherme Noronha Horácio Manuel Isabel Atalaia João Brites Jorge Salgueiro Lima Ramos Miguel Jesus Miguel Moreira Nicolas Brites Paula Só Pedro Gil Raúl Atalaia Rui Francisco Sara de Castro Suzana Branco


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São Luiz tEatro municipal

«Todos nós jangadas partindo ainda sem saber para onde, largando amarras dos vícios,

Director Artístico José Luís Ferreira Directora Executiva e Adjunta da Direcção Artística Aida Tavares Adjunta da Direcção Executiva Margarida Pacheco Secretariado de Direcção Olga Santos Direcção de Produção Tiza Gonçalves (directora) Susana Duarte (adjunta) Mafalda Sebastião Margarida Sousa Dias Direcção Técnica Hernâni Saúde (director) João Nunes (adjunto) Iluminação Carlos Tiago Ricardo Campos Ricardo Joaquim Sérgio Joaquim Maquinistas António Palma Paulo Mira Vasco Ferreira Som Nuno Saias Ricardo Fernandes Rui Lopes Encarregado Geral Manuel Castiço Secretariado Técnico Sónia Rosa Direcção de Cena Andreia Luís José Calixto Maria Távora Marta Pedroso Ana Cristina Lucas (assistente) Direcção de Comunicação Ana Pereira Nuno Santos Bilheteira Cidalina Ramos Hugo Henriques Soraia Amarelinho Frente de casa Letras e Partituras Assistentes de sala Carlos Ramos Delfim Pereira Domingos Teixeira Hernâni Baptista Joana Batel João Cunha Leonor Martins Mafalda Tavares Paulo Rebelo Severino Soares Segurança Securitas Limpeza Vivalisa

das dores, dos sistemas antigos e caducos. Todos nós procurando a diferença, a identidade, a soberania. Todos nós partindo para o mar e vendo ao longe esse rochedo fragmentado, essa Europa dividida entre tantos centros e outras tantas periferias. Todos nós caminhando, ouvindo cânticos ancestrais de uma ibéria feita de mil povos cruzados. Todos nós de costas voltadas, voltados de costas uns para os outros, perguntando às populações, aos amigos, aos viajantes: para onde vamos?» Teatro O Bando


Š joana saboeiro

www.teatrosaoluiz.pt www.obando.pt www.josesaramago.org


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