Folha de sala_UMA GAIVOTA

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são lu i z te atro m u n i c i pal

em breve A Conquista do Pólo Sul De Manfred Karge Arena Ensemble

Quarta a Sábado às 21h Domingo às 17h30 Sala Principal; A classificar pela CCE €12 A €15 (com descontos €5 a €10,50) SESSÃO LGP: 17 ABR

© estrutura

Encenação: Beatriz Batarda Interpretação: Ana Brandão, Bruno Nogueira, Flávia Gusmão, Miguel Damião, Nuno Lopes, Nuno Nunes, Romeu Costa

4 A 13 MAR TEATRO

UMA GAIVOTA

De Cátia Pinheiro, José Nunes e Pedro Zegre Penim bilhete suspenso Convidamos o público do São Luiz a adquirir um bilhete pelo valor de 7 euros, que fica suspenso na nossa bilheteira e que reverte para pessoas apoiadas pelas entidades associadas. O restante valor do bilhete é suportado pelo Teatro. O Bilhete Suspenso é um projecto que se insere na política de responsabilidade social do São Luiz Teatro Municipal. Conheça, junto da bilheteira do Teatro, as entidades associadas. bilheteira@teatrosaoluiz.pt tel: 213 257 650

Sexta e Sábado às 21h Domingo às 17h30 Sala Mário Viegas; M/16 €12 (com descontos €5 a €8,40) Duração (aprox.): 1h50

27 FEV CONVERSA

Sltm Direcção Artística Aida Tavares Direcção Executiva Joaquim René Programação Mais Novos Susana Duarte, Inês Almeida (estagiária) Consultor para a Internacionalização Tiago Bartolomeu Costa Adjunta Direcção Executiva Margarida Pacheco Secretariado de Direcção Olga Santos Direcção de Produção

Tiza Gonçalves (Directora), Susana Duarte (Adjunta), Andreia Luís, Margarida Sousa Dias Direcção Técnica Hernâni Saúde (Director), João Nunes (Adjunto), Iluminação Carlos Tiago, Ricardo Campos, Ricardo Joaquim, Sérgio Joaquim Maquinistas António Palma, Cláudio Ramos, Paulo Mira, Vasco Ferreira Som Nuno Saias, Ricardo Fernandes, Rui Lopes Secretariado Técnico Sónia Rosa Direcção de Cena José Calixto, Maria Távora, Marta Pedroso, Ana Cristina Lucas (Assistente) Direcção de Comunicação Ana Pereira (Directora), Elsa Barão, Nuno Santos Design Gráfico silvadesigners Tiago Fernandes vídeo Bilheteira Cristina Santos, Hugo Henriques, Soraia Amarelinho Frente de Casa Letras e Partituras Coordenação Ana Luisa Andrade, Teresa Magalhães Assistentes de Sala Ana Sofia Martins, Catarina Ribeiro, Helena Malaquias, Helena Nascimento, Hernâni Baptista, Inês Macedo, João Cunha, Raquel Pratas, Sara Garcia, Sara Fernandes

UMA GAIVOTA

Criadores e colaboradores do espectáculo Uma Gaivota Convidado: Victor Hugo Pontes Sábado às 18H Jardim de Inverno Entrada livre (sujeita à lotação da sala)

feve re i ro 2016


A GAIVOTA de Anton Tchekhov

UMA GAIVOTA de Estrutura

A Gaivota (Russo: Чайка, Tchaika) é uma comédia em quatro atos, escrita por Anton Tchekhov. A acção desenrola-se na propriedade rural de Sorin, onde o seu sobrinho Treplev, filho da famosa actriz Irina Nikolaevna, apresenta uma peça de teatro representada por Nina, uma jovem aspirante a actriz.

Isto é Uma Gaivota. Não. Não é assim. Isto é uma sinopse. Se está a ler esta sinopse, é porque o espectáculo ainda não começou e está a tentar perceber do que se trata. Ou então, o espectáculo já terminou e está a tentar perceber o que acabou de ver. Ou então, pegou nesta folha por engano. Em qualquer dos casos, agradecemos o interesse.

Tudo corre mal… no teatro, na vida e no amor. O lindo tédio rural rapidamente se transforma numa confusão e a comédia transforma-se numa tragédia. A presença do famoso escritor Trigorin ameaça a relação de Treplev com Nina, ao mesmo tempo que perturba a sua relação com Irina. Masha, filha do administrador da propriedade, ama secretamente Treplev, mas é pretendida por Medvedenko, um professor. Os triângulos amorosos misturam-se com as incompatibilidades artísticas, levando à ruína de Treplev, que acaba por perder o entusiasmo pela escrita e também o amor de Nina. A Gaivota começou a ser escrita em 1895 e foi levada a cena pela primeira vez em 1896, no Teatro Alexandrinski, em São Petersburgo. Foi um tremendo fracasso, a maioria do público e da crítica arrasaram a peça de tal modo, que Tchekhov ponderou nunca mais escrever para teatro. Apesar disso, a peça voltaria a cena em 1898, numa produção do Teatro de Arte de Moscovo, encenada por Stanislvaski. A peça acabaria por ser bem recebida, tornando-se num ícone da escrita Tchekhoviana, do trabalho de Stanislavski e do Teatro Arte de Moscovo.

A partir de “A Gaivota” (1896) de Anton Tchekhov Criação: Cátia Pinheiro, José Nunes e Pedro Zegre Penim Interpretação: António MV, Cátia Pinheiro, José Nunes, Mariana Magalhães, Mirró Pereira, Rogério Nuno Costa e Tiago Jácome Desenho de luz: Daniel Worm d’Assumpção Consultoria de cenografia: José Capela Figurinos: Jordann Santos Vídeo e fotografia: António MV Construção e execução de cenografia: Américo Castanheira – Tudo Faço Assistência de figurinos: Clem Delgado Produção: Estrutura Produção executiva: Gisela Duque Pereira Assistência de produção: Luís Puto Co-produção: Estrutura, Teatro Municipal do Porto – Rivoli. Campo Alegre, São Luiz Teatro Municipal Apoio: Fundação GDA Residências artísticas: Teatro Municipal Campo Alegre, CCVF – Centro de Criação de Candoso, malavoadora.porto Apoio ao espectáculo: AGV Transportes, Polo Cultural Gaivotas – Boavista

(Olá! Eu sou a sinopse!) Comecemos do início. Onde uns só conseguem ver uma pomba, nós vemos Uma Gaivota. Ceci n’est pas une mouette. (Oh não, mais uma Gaivota! Oh não, mais uma versão d’ A Gaivota! Oh não, mais uma adaptação de um clássico!) Note to self: tem cuidado com o que desejas, pode tornar-se realidade! Nós queríamos fazer A Gaivota de Tchekhov, ou partir dela, ou parti-la mesmo. Isto era tudo muito bonito. Até que pusemos a mão na massa. Afinal era uma armadilha: como se tivéssemos feito uma encomenda a nós próprios… Quando dizemos que vamos abordar um texto canónico da literatura dramática como A Gaivota, cria-se logo uma expectativa… Ou melhor, para quem nunca ouviu falar, a única expectativa é que vamos fazer um espectáculo com o nome de uma ave. Mas para quem conhece o texto, há logo uma panóplia de reacções: “Ai que bom, é tão importante revisitar os clássicos! Mas será que vão fazer mesmo? Vai haver figurinos de época? O cenário vai seguir as indicações do autor? Vão ter um velho a fazer de velho? Vai haver música russa? Vão beber vodka? Ah! Já sei. Vão fazer tudo menos A Gaivota!” (Não matem o mensageiro! Eu sou apenas a sinopse.) Pois é. Como criadores não conseguimos ignorar o choque que é confrontarmo-nos com este texto e o choque ainda maior que é lidar com “as expetativas”. Por isso, este espetáculo é também uma reflexão sobre a pertinência desse gesto que é fazer uma criação a partir de um texto clássico, mas sem ignorar o “ruído contemporâneo”. (Colocava aqui a introdução de “Porquê Ler os Clássicos?” de Italo Calvino, mas já me ocuparam o espaço todo...) É impossível não contribuir para o ruído. Tal como esta sinopse, que contra a nossa vontade, também já multiplicou o número de questões e de expetativas. Até já nos arrependemos de a escrever. Tal como o Tchekhov que, após a estreia de “A Gaivota”, ponderou nunca mais escrever para teatro. (Fui.)

Agradecimentos: Carlos Mota, Dalia Gluhu, Duarte Nobre, Elisabete Fragoso, Isália Faro, Joclécio Azevedo, Manuel Pereira, Olga Gluhu, Otília Faro, Paulo Correia, Pedro Barroso Gomes, Pedro Costa, Rui Azevedo, Romualdo Passos, Teatro Praga, Victor Hugo Pontes


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