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Meio ambiente | mudança de clima

MUDANÇA DE CLIMA

Com um novo olhar para o século 21 e 14 anos no mercado, a Way Carbon é especialista no desenvolvimento de soluções de tecnologia e inovação voltadas para o clima e sustentabilidade. Conheça, aqui, quatro tendências da consultoria sobre as mudanças climáticas no século 21

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POR: Maria Antônia Gonzaga | FOTOS: Monika Grabkowska | Arthur Rutkowski | Irina Babina | Gaelle Marcel

Maior consultora estratégica com foco exclusivo em sustentabilidade e mudança de clima na América Latina, a Way Carbon presta assessoria sobre mudanças globais do clima, gestão de ativos ambientais e desenvolve estratégias e negócios visando a ecoeficiência e a economia de baixo carbono para os setores público e privado desde 2006. Com toda essa expertise tornou-se referência na área e é Empresa B certificada, um novo tipo de empresa que equilibra propósito e lucro.

Só para ter uma ideia do seu prestígio na atualidade, recentemente a empresa firmou parceria com o governo britânico para coordenar o “1º Comitê Científico de Pesquisa e Inovação em Finanças Verdes do Brasil”. O comitê irá reunir especialistas para promover conhecimento científico para indicações de investimento em infraestrutura sustentável e instrumentos financeiros inovadores no Brasil para o mercado internacional. Para 2021, a previsão é lançar novos produtos tecnológicos de gestão ESG (Environmental, Social and Governance) e dos riscos financeiros ligados à mudança do clima.

Emprestada do inglês, a ESG representa uma mudança na forma de pensar, agir e investir, trazendo um olhar sustentável para as decisões. Os investidores do mundo todo estão cada vez mais cientes de que, para continuarem tendo retornos sustentáveis, é necessário tomar decisões em relação ao planeta e às pessoas. Dentro deste escopo, a Way Carbon apresenta quatro tendências de ESG & Mudanças Climáticas na realidade das empresas em 2021.

Digitalização dos temas ESG

As grandes empresas publicam anualmente relatórios em que, além dos principais resultados financeiros, são também divulgados resultados em outras dimensões. Há, no entanto, um fator comum entre todas as empresas. A elaboração desses relatórios demanda um grande esforço organizacional. Diferentemente das informações financeiras, consolidadas num sistema centralizado, as informações relacionadas aos temas ESG geralmente estão dispersas pela organização, em diferentes áreas, formatos, sistemas e com diferentes níveis de governança sobre esses dados.

Muitas organizações perceberam que necessitam de um sistema estruturado e integrado para gerenciar suas informações ESG afim de atender às demandas por consolidação das informações, orquestração do fluxo de respostas e armazenamento de evidências necessárias à elaboração de uma publicação auditável dos resultados socioambientais e de governança. Em síntese, além da consolidação anual das informações ESG, precisam também compará-los na dimensão temporal e transversal para os diferentes relatos.

Estruturação de Estratégias de Descarbonização

A mudança do clima tomou definitivamente a agenda global. A Cúpula do Clima marcou o retorno dos Estados Unidos à agenda climática, conclamando líderes mundiais a um maior comprometimento com metas e iniciativas concretas para a redução da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera. Um estudo apontou que menos de 25% das empresas de 14 bolsas de valores globais estão em linha com os objetivos de redução de emissão estabelecidos no Acordo de Paris. Atentos ao problema, diferentes agentes dos mercados financeiros – sejam investidores institucionais, bancos ou private equities – têm pressionado as empresas não apenas em relação ao relato de suas emissões, mas também para que demonstrem quais são seus planos de descarbonização.

Como consequência desses movimentos no âmbito dos mercados, muitas empresas estão em busca da construção de suas estratégias de descarbonização, cientes de que as iniciativas adotadas têm que, em primeiro lugar, contemplar seus planos de crescimento e expansão. Em outras palavras, a questão é como conciliar o crescimento da empresa com a redução das emissões. A solução para essa questão passa por uma análise aprofundada das operações da empresa, das iniciativas de redução que atualmente já estão sendo conduzidas e das tecnologias que podem ser consideradas para que as metas de redução possam ser assumidas pelos executivos e atingidas no decorrer do tempo. E, é claro, de maneira financeiramente viável.

Estruturação de Estratégias ESG

As empresas costumam, ao longo do tempo, implantar inúmeras iniciativas socioambientais, tais como programas de diversidade, projetos sociais, tratamento de efluentes e resíduos, gestão do consumo de energia e assim sucessivamente. Da mesma forma, práticas relacionadas ao direito dos acionistas, diversidade no conselho e política de remuneração aos executivos são tratadas no âmbito da governança corporativa. Ainda assim, a consolidação das práticas ESG em um formato de gestão coerente e significativo continua a contemplar alguns desafios para a maior parte das organizações. Um dos desafios, por exemplo, é de gestão, de forma que se possa ter uma visão consolidada, objetivos traçados, prioridades estabelecidas, planos de ação atribuídos a responsáveis e indicadores que demonstrem a evolução em cada um dos temas.

Por fim, existem ainda outros desafios que passam por questões como a criação da estrutura organizacional adequada – de uma área de sustentabilidade a comitês executivos –, a resposta organizacional às notas atribuídas pelas diferentes agências de rating, a comparabilidade com pares do setor, a seleção de conteúdo para a elaboração de relatórios de sustentabilidade, apenas para citar alguns exemplos.

A melhor alternativa para resolver essa questão é traçar uma estratégia ESG que esteja baseada em três pilares: estar em consonância com os objetivos de negócios, estar alinhada às demandas dos diferentes stakeholders da organização e atender às principais estruturas para gestão ESG no mercado.

TCFD e Risco Climático

Criada em 2015 com o objetivo de avaliar os riscos financeiros a que os investimentos estão suscetíveis, a Task Force on Climate-reated Financial Disclosures (TCFD) desenvolveu um framework com recomendações para que as empresas possam relatar seus riscos financeiros relacionados ao clima. Alguns países já estão sinalizando para uma futura obrigatoriedade de relato dos riscos e oportunidades associados às mudanças climáticas com base nesse modelo. Na prática, a exigência de relato de riscos decorrentes das mudanças climáticas, advinda dos investidores e consolidada pela TCFD, pode ser traduzida como uma probabilidade maior e cada vez mais próxima de que as organizações deverão prover informações relevantes a respeito de sua resiliência em cenários climáticos adversos.

A abrangência dos riscos previstos pela TCFD envolve tanto os riscos de adaptação quanto os riscos físicos. As ameaças climáticas, que incluem ciclones, alagamento, tempestades, incêndios e secas meteorológicas, podem impactar diretamente ativos das empresas no Brasil, bem como suas cadeias de suprimentos em diferentes níveis. A abordagem mais recente e tecnologicamente mais avançada para que as empresas possam abordar e conhecer seu risco físico climático é o uso de ferramentas georreferenciadas, que mensuram a probabilidade de ocorrência de cada ameaça de acordo com os cenários de clima previstos por cientistas em diferentes horizontes temporais.

TEGRA E O ESG

A Tegra iniciou seu programa de Sustentabilidade em 2017. Com novas ações, a empresa já compensou mais de 37 mil toneladas de CO2, o equivalente a 264 mil árvores plantadas. ESG para a empresa é mais que uma sigla. "É um compromisso com o futuro das cidades, do país e do planeta", afirma Angel Ibãnez, Diretor de Suprimentos e Sustentabilidade da Tegra. Atualmente a empresa é referência no setor no quesito ESG, cumprindo os 3 pilares da sigla, e é a única que apresenta um relatório de sustentabilidade. O primeiro pilar é o Meio Ambiente com inventário de emissões GEE (Gases de Efeito Estufa) com compensação de 100%, gestão de energia, água e resíduos e programa de logística reversa; o segundo eixo é o Social com painel socioambiental dos tapumes, programa de gentilezas urbanas e programa de saúde e segurança; e por fim, o de Governança com Relatório GRI (Global Reporting Initiative). O GRI é uma organização internacional que ajuda empresas, governos e instituições a compreender e comunicar o impacto dos negócios em questões críticas de sustentabilidade. Para saber mais, leia a reportagem da seção Institucional na página 72.

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