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Arte | eva soban

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ROTA DE FIOS

Com fios minuciosamente embaralhados, a artista têxtil Eva Soban continua sendo uma das grandes artistas brasileiras da atualidade

POR: Luiz Claudio Rodrigues | FOTOS: Manú Oristanio

Aprestigiada artista têxtil Eva Soban não para de

criar em seu tear. Mesmo durante a pandemia, tecer fios e criar formas abstratas instigantes e provocantes foi sua forma de resistir à pandemia. Para se ter uma ideia de sua genialidade, sua nova produção já tem convites para exposições no Brasil e no exterior. Sua nova série chama-se “Fez-se a Luz’ com a técnica de fios diversos agrupados e costurados. “Comecei a pensar o que seria esse primeiro ato divino o “Faça-se a Luz” e como poderia expressá-lo plasticamente. Esse tema me acompanha há um bom tempo. Essa questão transcendental que move o pensamento humano desde os primórdios”, diz a artista. Eva iniciou suas tramas bem calculadas imaginando como seria o vazio, o negro e a Luz Divina se manifestando. “Busquei imagens na óptica e achei muita semelhança com o que estava imaginando e desenhando e encontrei nos fios e nas texturas a plasticidade que procurava”. Durante o primeiro ano da pandemia, Eva sentiu um forte apelo interno: uma necessidade de luz. “Estávamos vivendo um momento muito difícil, dilacerante diante da vida.

Cercados por crenças e pensamentos que até Deus duvida. Senti essa necessidade de voltar às origens e tentar entender”, explica. Desde os anos 1970, Eva atua no campo das artes. A veterana já fez diversas exposições individuais e participações de destaque em bienais internacionais. Um dos seus mais recentes trabalhos foi a coleção ‘Colares’ desenvolvida exclusivamente para a loja Dpot. Nela, transformou seus conhecimentos têxteis e de tapeçaria em adornos. “As peças eram maleáveis e com diversidade de escala e possibilidades de montagem e uso que iam bem no décor e no corpo”, lembra a artista. Outras exposições importantes recentes aconteceram no Museu de Arte de Joinville (SC), a mostra ‘Por um Fio’; em 2019 participou da exposição coletiva ‘Focus Design Vision’, com obras confeccionadas com tecidos descartados; além de ‘Florestas Negras’, uma instalação de 101 peças, feitas em crochê, tear manual, macramê com fios de polipropileno que se conectavam e estruturavam uma instalação formada por uma grande floresta sólida, escura e petrificada.

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