Painel - edição 253 - abr.2016

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painel Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto Ano IX nº 253 abril/ 2016

UM RAIO X DAS PROFISSÕES O cenário político e econômico do Brasil impõe desafios aos profissionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

HISTÓRIA 10 de abril, dia da Engenharia

TECNOLOGIA Automação residencial gera economia

HOBBY AEAARP

Um aquário de predadores no centro das atenções



palavra do presidente

H

á uma ponte que separa o mundo acadêmico do mercado de trabalho. Na faculdade, os candidatos a profissionais vivem uma espécie de sonho. Nascem projetos e é onde a maioria dos profissionais conhece apldões que vão definir os rumos das carreiras. O mercado de trabalho, ou a vida real, pode se revelar um pouco mais digcil, ou ingrato. O momento atual da economia deseslmula o ingresso de candidatos às carreiras de engenharia, arquitetura e agronomia, propulsores do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Na história do Brasil existe um hiato de formação de profissionais da área tecnológica que provocou análises precipitadas nos anos recentes. Falou-se muito sobre falta de engenheiros no mercado e depois, com certa euforia, houve comemoração no aumento da adesão de jovens a estas carreiras. A reflexão necessária é o que nós queremos do próximo período. É notório que os anos que virão serão de dificuldade. Voltar a alcançar índices posilvos na economia exigirá inveslmento – de recursos e conhecimento. Neste período de euforia, a AEAARP fez o caminho com os pés no chão. Inveslu na ampliação da sede e no aprimoramento da agenda de eventos técnicos, atraindo cada vez mais estudantes para as semanas técnicas e palestras. Hoje, a Associação está preparada para abrigar os anseios dos jovens profissionais e as necessidades daqueles que já têm a carreira consolidada. Somos nós que construímos este

Eng. civil Carlos Alencastre

país e, apesar do ambiente econômico e polílco nos afetar, não poderá nos abater.


índice

ESPECIAL

05

PRÊMIO

11

Tecnologias da automação

HISTÓRIA

12

O mau uso da ART

HOBBY

14

As funções execulva e legislalva

GESTÃO

16

Na alegria e na tristeza, os desafios das profissões O desafio da Arquitetura

Fundação premia projetos de jovens profissionais

10 de abril: Dia da Engenharia e da Engenharia Militar

Dos barrigudinhos aos predadores

Organize-se e seja produlvo

painel

OPORTUNIDADE

18

TECNOLOGIA

20

CREAbSP

23

PAINEL ELEIÇÕES

24

NOTAS E CURSOS

26

Habitat de inovação em Ribeirão Preto

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700 - Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / aeaarp@aeaarp.org.br

DIRETORIA OPERACIONAL Diretor Administrafvo: eng. agr. Callil João Filho Diretor Financeiro: eng. agr. Benedito Gléria Filho Diretor Financeiro Adjunto: eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio Baga n Diretor de Promoção da Éfca de Exercício Profissional: eng. civil Hirilandes Alves Diretor Ouvidoria: eng. civil Milton Vieira de Souza Leite DIRETORIA FUNCIONAL Diretor de Esportes e Lazer: eng. civil Rodrigo Fernandes Araújo Diretor de Comunicação e Cultura: eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto Diretor Social: arq. e urb. Marta Benedini Vecchi Diretor Universitário: arq. e urb. Ruth Cris na Montanheiro Paolino DIRETORIA TÉCNICA Agronomia, Agrimensura, Alimentos e afins: eng. agr. Jorge Luiz Pereira Rosa Arquitetura, Urbanismo e afins: arq. Ercília Pamplona Fernandes Santos Engenharia e afins: eng. Naval José Eduardo Ribeiro Horário de funcionamento AEAARP - das 8h às 12h e das 13h às 17h CREA - das 8h30 às 16h30 Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.

Eng. civil Carlos Eduardo Nascimento Alencastre Presidente Eng. eletr. Tapyr Sandroni Jorge 1º Vice-presidente

Eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho 2º Vice-presidente

CONSELHO DELIBERATIVO Presidente: eng.º civil Wilson Luiz Laguna Conselheiros Titulares Eng.º agr.º Dilson Rodrigues Cáceres Eng.º civil Edgard Cury Eng.º civil Elpidio Faria Junior Arquiteta e eng.ª seg.ª do trab.º Fabiana Freire Grellet Eng.º agr.º Geraldo Geraldi Jr Eng.º agr.º Gilberto Marques Soares Eng.º mec.º Giulio Roberto Azevedo Prado Eng.º elet.ª Hideo Kumasaka Eng.º civil João Paulo de Souza Campos Figueiredo Eng.º civil Jose Aníbal Laguna Arquiteto Luiz Eduardo Siena Medeiros Arq.ª e urb.ª Maria Teresa Pereira Lima Eng.º civil Ricardo Aparecido Debiagi Conselheiros Suplentes Eng.º agr.º Alexandre Garcia Tazinaffo Arq.º e urb.ª Celso Oliveira dos Santos Eng.º agr.º Denizart Bolonhezi Eng.º civil Fernando Brant da Silva Carvalho Eng.º agr.º José Roberto Scarpellini Eng.º agr.º Ronaldo Posella Zaccaro

ASSOCIAÇÃO DE ENGENHARIA ARQUITETURA E AGRONOMIA DE RIBEIRÃO PRETO

REVISTA PAINEL Conselho Editorial: eng. civil Arlindo Sicchieri, arq. urb. Celso Oliveira dos Santos, eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto - conselhoeditorial@aeaarp.org.br Conselheiros Titulares do CREA-SP indicados pela AEAARP: eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves e eng. mecânico Fernando Antonio Cauchick Carlucci Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação Rua Galileu Galilei 1800/4, Jd. Canadá, Ribeirão Preto SP, CEP 14020-620 www.textocomunicacao.com.br Fones: 16 3916.2840 | 3234.1110 contato@textocomunicacao.com.br Editora: Daniela Antunes – MTb 25679 Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044 Publicidade: Departamento de eventos da AEAARP - 16 2102.1719 Angela Soares - angela@aeaarp.org.br Tiragem: 3.000 exemplares Locação e Eventos: Solange Fecuri - 16 2102.1718 Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader Impressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos arfgos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.


NA ALEGRIA E NA TRISTEZA,

OS DESAFIOS DAS PROFISSÕES AEAARP 5


ESPECIAL

engenharia

agronomia

arquitetura

mercado

O acesso facilitado à formação de engenheiros, arquitetos e agrônomos impõe desafios às instituições de ensino, aos egressos e aos conselhos de classe

Na lista da consultoria WealthInsight, divulgada pelo portal Exame, da editora Abril, na segunda posição estão aqueles que têm MBA, na sequência estão os diplomados em economia e direito. Revista Painel 6

na sociedade, principalmente sobre profissionais na área de engenharia”, conta Bruno que é pesquisador do Ins tuto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Ele observou que existe um hiato de formação de engenheiros, provocado por cenários econômicos desfavoráveis. Isso aconteceu, por exemplo, com os profissionais que poderiam ter sido graduados entre os anos de 1980 e 1990 e que na úl ma década assumiriam responsabilidades na categoria sênior, com capacidade de liderar e gerenciar projetos. “Em 2011, o Brasil vivia um momento mais favorável na economia e muitos estudantes optaram pela engenharia. Agora eles estão se formando e estamos inundando o mercado com engenheiros em uma situação na qual o Brasil não está crescendo”, afirma Araújo. Ele avalia que, para que não faltem engenheiros no mercado, nas áreas picas – civil, elétrica, mecânica, aeronáu ca, por exemplo – é necessário que a carreira seja atra va depois da formação. Isso garan ria que os recém-formados não migrassem para outras áreas, como aconteceu nos anos de 1990, quando muitos assumiram posições de gestão e em ins tuições financeiras. A pesquisa

ENGENHARIA

Levantamento da consultoria WealthIn sight mostra que, dentre as pessoas mais bem sucedidas do mundo, aqueles que têm formação em Engenharia se destacam. É o diploma que mais forma milionários no mundo. Um dos exemplos citados pelo portal Exame, da editora Abril, é Carlos Slim, engenheiro mexicano dono de uma das maiores fortunas do planeta. O êxito depende, é claro, do desempenho da economia, da qualidade da formação e de boa dose de empreendedorismo. No México, por exemplo, Slim é considerado um Midas, referência ao personagem grego a quem é atribuído o mito de transformar em ouro tudo o que toca. No caso dele, a cultura popular também atribui à sorte, pauta que passa longe do pensamento cartesiano exigido às carreiras tecnológicas. O economista Bruno César Araújo estudou as trajetórias ocupacionais de 9.041 jovens engenheiros do mercado de trabalho formal no Brasil entre 2003 e 2012 para sua tese de doutorado defendida na Poli/USP. Ele comparou essas escolhas com as feitas por 5.045 engenheiros formados na geração anterior, entre 1995 e 2002. Uma das conclusões é a de que dificilmente o engenheiro muda depois de escolher sua área de atuação, o que acontece nos três primeiros anos depois do primeiro emprego. “Em 2010, havia certo temor de que poderia faltar mão de obra qualificada no Brasil para sustentar o crescimento econômico. Exis a essa discussão no governo e

No Centro Universitário Moura Lacerda e UNIP. Já graduaram mais de três mil engenheiros (2.138 do Lacerda e 900 na UNIP).


ENGENHARIA

agronomia

arquitetura

Simoni Gheno, Fernando Brant e Marcelo Gouvêa Duarte, coordenadores de cursos de engenharia na UNIP

mostra que aqueles que se formaram em 1995 e seguiram a engenharia nham o mesmo padrão de rendimentos de carreiras técnicas. “Em qualquer período analisado, o profissional que atua no cargo de gestão tende a ganhar mais pela própria natureza do cargo. No entanto, nos anos 2000, seguir como engenheiro pico era a terceira trajetória que pagava os melhores salários. Eles recebiam apenas 26% a menos do que a primeira carreira que é de gestão”, destaca Araújo.

dos obje vos de inves mento maciço nos países em desenvolvimento, pois o retorno caracterizar-se-á em forte crescimento social, tecnológico e respeito internacional à sua soberania”, avalia o engenheiro Vladimir Chvojka Junior, membro da Câmara Especializada de Engenharia Elétrica e coordenador Adjunto da Comissão de Educação e Atribuição Profissional (CEAP) do CREA-SP.

Formação

ENGENHARIA

“A Engenharia indiscu velmente é um dos pilares que alavancam o desenvolvimento e a soberania dos países que nela investem. Isso torna-se muito claro nos países desenvolvidos e deve ser um

DESAFIOS

Para Marcelo Villela, coordenador do Lacerda, a informa zação das a vidades do engenheiro foram as mudanças mais marcantes desde a implantação do curso, em 1968. Tarefas que demandavam muitas horas de trabalho intelectual hoje são feitas de forma automa zada. Cabe ao profissional interpretar a questão e operar corretamente os programas. Fernando Brant, coordenador na UNIP, fala que procura a ngir alto nível tecnológico com a finalidade de promover o desenvolvimento e estabelecer condições que possibilitem inserção no mercado de trabalho, solucionando, com cria vidade, os problemas da sociedade.

Jose Aurelio Resende AEAARP 7

ENGENHARIA

especial

mercado

FUTURO

“O futuro da Engenharia civil estará na integração das a vidades de campo com as a vidades de projeto via soyware 3D, criando o que se chama de realidade aumentada, onde, no campo, se observa o projeto em execução, por meio de soyware de realidade virtual. Paralelo a isso, todo projeto considera o meio ambiente para a perfeita integração da obra com seu entorno”, engenheiro Marcelo Villela, coordenador do curso de Engenharia civil no Centro Universitário Moura Lacerda. “A Engenharia sempre será necessária para qualquer país que queira crescer e ser desenvolvido. Obje vamos formar profissionais capazes de não só atender às demandas do mercado de trabalho, mas também com condições de criar seu próprio espaço de atuação profissional, contribuindo para o desenvolvimento da região e o bem estar de seus cidadãos, com visão é ca e humanís ca, em atendimento às demandas da sociedade”, engenheiro Fernando Brant, coordenador do curso de Engenharia civil na UNIP. “A ins tuição tem como principal papel o ensino, a transferência de conteúdo. Contudo, por ser um centro de excelência na área educacional, pode ser o elo entre as pessoas que buscam se capacitar e o mercado de trabalho”, José Aurélio Moura Resende, coordenador do curso de Engenharia de Produção no Centro Universitário Moura Lacerda.

O cenário, para ele, é associado à qualidade da formação acadêmica. “O estudante deve sair da escola preparado de conhecimento e de forte percepção do que será encontrado e enfrentado no mercado de trabalho, através do conhecimento e experiência profissional transmi dos por seus professores”, con nua.


engenharia

AGRONOMIA

especial

AGRONOMIA

Existem alguns problemas nesta questão: faltam às universidades docentes que tenham contato com o mercado de trabalho e possam transmi r aos alunos o conhecimento que a experiência no campo proporciona. “Embora seja óbvio que para a formação de futuros engenheiros o ensino de Engenharia deva ser feito por engenheiros com histórico profissional no mundo real, vê-se a perda de importantes quadros nas universidades, em razão da pouca ou nenhuma contribuição na pontuação da tulação, mesmo sendo especialistas reconhecidamente qualificados”, observa. Ele diz que, por outro lado, há docentes tulados que nunca saíram do ambiente acadêmico. “Mas, ministram disciplinas profissionalizantes mesmo sem a experiência prá ca profissional exigida no mercado de trabalho”, completa. Chvojka Junior afirma que o aumento no número de cursos de Engenharia oficialmente reconhecidos de ins tuições de ensino que ofertam cursos de engenharia é mo vo de preocupação para o Conselho. “Tal fato ocorre muitas O curso de agronomia do Centro Universitário Moura Lacerda foi implantado em 1972. Os gestores da ins tuição estavam atentos à vocação agroindustrial da região.

arquitetura

DESAFIOS

A necessidade de aumentar a oferta de alimentos em razão do crescimento populacional exige a presença do engenheiro agrônomo no processo. Para Marta Rossi, coordenadora do curso no Lacerda, cabe aos profissionais da agronomia contribuir com soluções em outros setores, como a produção de energia renovável e de matéria-prima sustentável, como madeira e fibra.

vezes aquém dos anseios e convicções da entidade que legalmente regula a a vidade dos profissionais de Engenharia, o sistema CONFEA/CREA, gerando resultados deficitários na formação dos profissionais em diversos aspectos, in-

Marta Maria Rossi, coordenadora do curso de Agronomia Revista Painel 8

mercado

clusive na distribuição das necessidades geográficas do Brasil”, observa. O fato provoca também sombreamento de áreas de a vidades entre as diversas modalidades de Engenharia, gerando problemas de definição de atribuições aos egressos. É reservado ao sistema CONFEA/CREA a análise do conteúdo programá co oferecido pela ins tuição de ensino e a definição da atribuição profissional do egresso. A análise curricular transforma-se em uma espécie de controle de qualidade dos cursos, uma vez que é feita por engenheiros sob a ó ca da realidade do mercado. “Em face das deficiências apresentadas nos cursos, mesmo tendo sido reconhecido oficialmente pela ó ca acadêmica, obriga a determinar restrições de a vidades profissionais aos egressos”, conta. Ele reconhece, porém, que a baixa qualidade na formação básica do estudante que ingressa nas faculdades de engenharia, em razão da facilitação do acesso aos cursos superiores, impõe desafios que são superadas por muitas instituições. “Deveriam ser dignas de prêmios”, atesta. Os cursos dedicam-se inicialmente a nivelar o conhecimento dos calouros, classificado por Chvojka como “espantoso e até heroico”. O perfil do recém-formado é de grande expecta va em relação às possibilidades da carreira. “Porém, observa-se maior su-

AGRONOMIA

André Avezum, coordenador do curso de Arquitetura

AGRONOMIA

FUTURO

“Os egressos têm de ser preparados não somente com os conhecimentos técnicos necessários, mas capacitados ao trabalho em grupo e mul disciplinar solicitados e tão necessários ao mercado de trabalho globalizado e exigente”, engenheira agrônoma Marta Rossi, coordenadora do curso de Agronomia no Centro Universitário Moura Lacerda.


perficialidade em iden ficar a aplicação correta das teorias aprendidas na pra ca profissional. Sonham, como não pode ser diferente, com uma carreira promissora e de sucesso. Embora muito se fale de empreendedorismo, caracterís ca pica dos engenheiros e desperta nos recém-formados, a inexperiência, a carga tributaria e os encargos envolvidos acabam por frustrar a maioria das inicia vas”.

Cria vidade

ARQUITETURA

A Alemanha e a Suíça não têm lavouras de café. Mas, ganham muito dinheiro com o comércio deste produto, que importam de países da América La na. Isto é, os la nos plantam e eles agregam valor na industrialização do produto. Este é um exemplo de economia cria va do engenheiro Mario Pascarelli Filho, coordenador do curso de Gerente de Cidades da FAAP. Na palestra sobre o tema que ministrou na AEAARP, Pascarelli falou que, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a economia cria va é responsável por 10% de toda a riqueza produzida no mundo. “Economia cria va é a a vidade que tem a cultura e a criatividade como matéria-prima”, explica. Dentre as vantagens listadas por ele, está o fato de a a vidade não ter origem na natureza, não depender do extra vismo, não ser A primeira grade do curso de Arquitetura do Centro Universitário Moura Lacerda foi elaborado pela equipe do arquiteto Oscar Niemeyer. O arquiteto André Avezum, coordenador do curso no Lacerda, afirma que são atendidas todas as exigências do MEC e do CAU na grade curricular. Na UNIP, a arquitetura começou a ser ensinada pelo arquiteto ribeirão-pretano Luiz César Barillari, falecido recentemente. A coordenadora Carolina Moreira fala que a principal caracterís ca do curso é a interdisciplinaridade.

agronomia

ARQUITETURA

mercado

DESAFIOS

São feitas constantes revisões nas grades curriculares para atender às necessidades do mercado. Na UNIP, por exemplo, foi inserida a disciplina de Informá ca aplicada à conceituação da tecnologia Revit Architecture, um programa de computador voltado para a arquitetura que foi criado a par r do conceito do sistema BIM (Building Informa on Modeling – Modelagem de Informações da Construção). O obje vo é preparar o aluno para a u lização de ferramentas computacionais no co diano de seu trabalho.

poluente e, ao mesmo tempo, movimentar vários setores da sociedade. Exemplos regionais não faltam. A Festa do Peão de Barretos é um deles. Nasceu

Mario Pascarelli Filho

AEAARP 9

Carolina Moreira, coordenadora do curso de Arquitetura da UNIP

ARQUITETURA

engenharia

ARQUITETURA

especial

FUTURO

“A formação do arquiteto e urbanista do século XXI deve estar voltada para a compreensão dos processos de transformação e participação da sociedade e da técnica ao longo de sua história, para poder abrigar, com suas proposições espaciais, as dinâmicas sociais presentes e futuras, que garantam patamares elevados de qualidade de vida através das caracterís cas eficientes dos espaços projetados e construídos”, arquiteta Carolina Moreira, coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIP.

em 1956 com arena modesta, montada sob a lona de um circo. Foi o primeiro evento do gênero na América Latina, realizado por um grupo de 20 jovens, fundadores do clube Os Independentes. Mais de 60 anos depois, a festa é referência no mundo inteiro, ocupa uma arena projetada por Oscar Niemeyer e movimenta a economia da região em vários setores. Pascarelli afirma que o gerenciamento das carreiras deve mudar, assim como o acesso à informação e tantas outras caracterís cas da sociedade foram modificadas. “Não dá para gerir cidades como faziam an gamente. Nas vacas gordas as coisas aparecem. Nas vacas magras a cria vidade aparece”, ensina.


especial

engenharia

agronomia

arquitetura

MERCADO

O DESAFIO DA

ARQUITETURA Censo do CAU-BR aponta que a maioria dos arquitetos está na região Sudeste do país

O CAU-BR está mapeando o des no dos egressos das 420 escolas de arquitetura brasileiras. O arquiteto José Roberto Geraldine Júnior, coordenador da Câmara de Ensino e Formação do CAU-BR, fala que 80% das faculdades de arquitetura brasileiras são privadas e que o obje vo desse projeto é propor polí cas públicas que atendam às necessidades desses profissionais. As faculdades, segundo ele, “traba-

lham no [requisito] mínimo para manterem a licença de funcionamento”. O Conselho está criando um modelo de acreditação dos cursos com o obje vo de combater esses problemas. O presidente do CAU-SP, Gilberto Belleza, conta que no estado existem 122 cursos de arquitetura. “Houve um crescimento bastante acentuado no número de ins tuições que ministram cursos de arquitetura e urbanismo. Isso

fez com que esse crescimento vesse grande desvirtuamento no sen do da qualidade dos cursos”, constata. Belleza ressalta que o conselho não flagrou qualquer problema nas ins tuições de ensino paulistas e trabalha para aprimorar o relacionamento com essas escolas. Desta forma, pretende contribuir com os ingressantes dos cursos, auxiliando na formação e nas questões rela vas à prá ca profissional.

Onde estão os arquitetos brasileiros SP

29,82%

MT

1,25%

RJ

14,30%

RN

1,17%

RS

11,17%

AL

1,12%

MG

8,17%

PB

1,11%

PR

6,67%

AM

0,89%

SC

4,77%

SE

0,60%

BA

3,08%

MA

0,56%

DF

2,87%

PI

0,51%

PE

2,69%

TO

0,41%

GO

2,05%

RO

0,26%

MS

1,71%

AP

0,22%

PA

1,55%

AC

0,16%

ES

1,50%

RR

0,06%

Fonte: Censo dos arquitetos e urbanistas do Brasil registrados no CAU-BR

Todas as insctuições de ensino superior de Ribeirão Preto que oferecem cursos nas áreas da Engenharia, Arquitetura e Agronomia foram consultadas para esta reportagem. Revista Painel 10


prêmio

FUNDAÇÃO PREMIA PROJETOS DE

JOVENS PROFISSIONAIS Contemplados serão anunciados no dia 22 de julho, em São Paulo

Medalha Fundação Moinho Sancsta, onde iniciou o prêmiio

Estão abertas, até 30 de maio, inscrições para a 61ªª edição do Prêmio Fundação ção o Bunge, que tem foco nas áreas ea eas de Ciências Agrárias e de Ciências ên ências Exatas e Tecnológicas. Em m 2016, serão contemplados profissionais ss ssionais com trabalhos relacionados aos temas “Nutrição e Alimentação Animal” e “Infraestrutura de transportes”. Universidades e en dades cien ficas brasileiras receberam da Fundação Bunge instruções de procedimento. A par r das indicações, Comissões Técnicas, formadas por especialistas nacionais e internacionais em cada área de premiação, escolhem os homenageados na categoria Juventude e selecionam aqueles cujos trabalhos devem ser observados na categoria Vida e Obra. A decisão cabe ao Grande Júri, formado por reitores, representantes de en dades cien ficas e culturais, além de ministros de Estado. O resultado será divulgado em 22 de julho, após a reunião do Grande Júri, realizada no Tribunal de Jus ça de São Paulo. Serão quatro contemplados no total: dois profissionais na categoria Vida e Obra e dois em Juventude (até 35 anos). Os contemplados de cada área recebem R$ 150 mil e R$ 60 mil, respec vamente,

al além de medalhas e diploma mas em cerimônia realizada no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Ta Também como a vidade do prêmio io a Fundação Bunge, em prêmio, parceria com a FAPESP, promove seminários abertos ao público e à comunidade cien fica para discu r os temas de premiação do ano. Criado em 1955, o prêmio busca incen var a inovação e a disseminação do conhecimento e reconhecer os profissionais que contribuem para o desenvolvimento da cultura e das ciências no Brasil, além de es mular novos talentos. Desde a sua criação, mais de 180 personalidades já foram premiadas. A Fundação existe desde 1955. Tendo como foco principal a área de educação, iniciou suas a vidades buscando incen var as Ciências, Letras e Artes no país. Ampliou seu escopo de atuação, desenvolvendo ações de formação de educadores, voluntariado corporativo em escolas da rede pública e preservação de memória empresarial. Desde o início dos anos 2000, o foco da en dade é a sustentabilidade. Veja na página www.fundacaobunge.org.br mais informações sobre o Prêmio e a Galeria de Premiados em anos anteriores.

AEAARP 11


história

10 DE ABRIL: DIA DA

ENGENHARIA E DA ENGENHARIA MILITAR Em 10 de abril de 1866, o engenheiro militar João Carlos de Villagran Cabrita, tenente coronel à frente do 1º Batalhão de Engenharia na Guerra da Tríplice Aliança, morreu em combate próximo ao rio Paraná e ganhou o título de patrono da engenharia. Foi então que nesta data passou a ser lembrada como o Dia da Engenharia e também da Engenharia Militar.

O surgimento da engenharia talvez seja um dos grandes mistérios da humanidade. Desde que passou-se a buscar soluções para diversas questões, como foi a invenção da roda, por exemplo, pode-se dizer que havia engenharia ali. O termo em si deriva da palavra engenheiro, que surgiu na língua portuguesa no século XVI como referência àquele que construía ou operava um engenho, que era uma máquina de guerra. Foi a partir dessas funções, com origem militar e depois para obras civis – daí a engenharia civil – que surgiram todas as outras vertentes. De acordo com Luiz Castelliano de Lucena, coronel engenheiro militar e professor-conferencista do Ins tuto Militar de Engenharia (IME), a primeira intenção de criar uma escola de Engenharia Militar no Brasil foi em 1699, quando Dom Pedro II, rei de Portugal, decidiu criar um curso de formação de soldados técnicos para atuarem na construção de for ficações. O obje vo era o de defender a Colônia do possível ataque de exércitos de outros países. A primeira aula de for ficação foi ministrada pelo capitão engenheiro

Gregório Gomes Rodrigues no Rio de Janeiro (RJ). Em 1710, o sargento-mor engenheiro José Antônio Caldas ministrou a primeira aula de for ficação e ar lharia em Salvador (BA). A aula aconteceu até 1829, no Forte de São Pedro. Esses foram os primeiros cursos relacionados à Engenharia Militar no Brasil. Em 1738, foi criada a aula de Ar lharia, no Rio de Janeiro, responsável pela criação da Real Academia de Ar lharia, For ficação e Desenho, precursora do IME que

PRIMÓRDIOS DA ENGENHARIA MILITAR

Em um ar go publicado no portal Ins tuto de Engenharia, o administrador e consultor Miracyr Assis Marcato explica que a Grande Muralha da China é uma importante estrutura de arquitetura militar construída durante a China Imperial, por volta de 200 a.C. Segundo Marcato, Roma pode ter sido o primeiro país a dedicar-se à Engenharia Militar, pois venceu várias guerras e suas lições estratégicas são adotadas até hoje por vários exércitos do mundo. Revista Painel 12


O portal Téchne da Pini entrevistou dois engenheiros militares que falam sobre o mercado de trabalho, a ro na e os desafios da profissão. Veja na área de No cias, no endereço eletrônico da AEAARP.

www.aeaarp.org.br .br João Carlos de Villagran Cabrita

hoje oferece cursos de graduação, pós-graduação e extensão universitária para militares e civis. A regulamentação do curso de Engenharia Militar para formação de engenheiros civis e militares aconteceu em 1890, após a publicação do Decreto 330. Em 1969, o IME criou os primeiros cursos de pós-graduação stricto sensu do país, seguindo a tendência mundial. As atribuições de um engenheiro militar compreendem a ro na de um oficial aos projetos de engenharia, responsabilizar-se pelo sistema conhecido como MCP – Mobilidade, Contramobilidade e Proteção, dentre outros. De acordo com o portal do Exército Brasileiro, a Engenharia Militar divide-se em duas vertentes: de combate e de construção. Em tempo de paz, a engenharia de construção colabora com o desenvolvimento nacional, construindo estradas de rodagem, ferrovias, pontes, açudes, barragens, poços artesianos etc. Em período de guerra, o engenheiro militar atua na destruição dos sistemas de mobilidade com o obje vo de defender um país do inimigo. A remuneração

inicial média gira em torno de R$ 6 mil, além de outros bene~cios. Além do IME, outras ins tuições de ensino oferecem o curso de Engenharia Militar como, por exemplo, a Academia Militar, que tem o curso de mestrado, e o Bircham Interna onal University, que

AEAARP 13

oferece curso online para várias modalidades de ensino: especialista, bacharel, mestrado ou Ph.D. A Engenharia tem outras 93 especialidades, de acordo com o CONFEA. Até o século XIX, esta ciência era dividida em militar e civil, segundo o engenheiro português Norberto Pires. Para atender às necessidades do mercado e o dinamismo da indústria começaram a surgir novas especialidades. O auge foi em meados da década de 1980 e prosseguiu até o ano de 2003. O ar go “Os cursos de engenharia no Brasil e as transformações nos processos produ vos: do século XIX aos primórdios do século XXI” – disponível no endereço eletrônico da AEAARP – relata que durante a década de 1980 foram criados 22 novos cursos de engenharia e até 2003, surgiram outros 77 cursos.


hobby

DOS BARRIGUDINHOS

AOS PREDADORES

Engenheiro físico-químico instalou um lago de 350 metros quadrados nos fundos de sua casa, para onde convergem todos os cômodos e também as atenções da família e dos visitantes

Há 34 anos, para comemorar uma data especial, Ingeborg Buosi presenteou o então namorado, o engenheiro Aires Buosi, com um aquário. Um casamento e dois filhos depois, o pequeno aquário tornou-se um grande projeto. A casa deles, construída há cinco anos, tem um lago de 500 mil litros de água onde vivem seis espécies de peixes. São 50 matrinchãs, sete pacus, três pintados, dois tucunarés, um surubim e três mil lambaris. Os pacus, por exemplo, chegam a pesar 30 quilos. “É um lago de predadores”, descreve, orgulhoso, o engenheiro que desenvolveu a paixão por peixes a par r do singelo aquário de lebistes, um peixe pequeno, colorido, com função ornamental popularmente conhecido como barrigudinho. Os lambaris se reproduzem no lago e estão na base da cadeia alimentar dos moradores dali, que também recebem ração. Um deck de madeira é a varanda interna da casa. Sob ele, no lago, Buosi instalou manilhas que servem de toca para as espécies que têm como hábito se esconder por alguns períodos. “As vezes, depois de comer, ficam lá dois ou três dias”, explica. Buosi afirma que gosta de comer peixe e a esposa, Ingeborg, de pescar. Ela faz

isso ali mesmo, por diversão, obje vando pegar os lambaris. Vivem com eles dois cachorros e um gato. O o, o pitbull, e Gary, o gato, a acompanham a pescaria, ansiosos por se alimentar do peixe que é fisgado. Pit, o yorkshire, só observa. Buosi não tem piscina em casa. Os dois filhos queriam que o lago fosse conver do em uma piscina natural. O engenheiro resis u, preservou a criação e vez ou outra mergulha, sem grandes movimentos, para observar e filmar os seus peixes.

Construção

Peixes chegam a pesar 30 quilos

Revista Painel 14

O limite do lago é a própria casa. Buosi explica que não usou impermeabilizante para evitar contaminação da água. Fez uma cor na de 42 cen metros de concreto FCK 250, que, segundo ele, garante a impermeabilização sem a adição de produtos químicos. O fundo foi montado com placa de radier. Todo o lago é uma só peça de concreto. A água, garante, é esterilizada. O sistema inclui duas caixas d’água instaladas oito cen metros abaixo do nível do lago. A água chega até elas por gravidade, passa por uma manta e outros três elementos de filtragem: pedra, areia e carvão a vado. Dali, segue por cano para uma caixa onde lâmpadas ultravioleta de 97


wa s esterilizam a água. Para comprovar a qualidade, ele pega um copo, toma um gole e oferece para as visitas. O sistema processa 60 mil litros de água por hora. No retorno para o lago, a água produz uma corredeira. O obje vo é recriar uma corredeira para proporcionar aos lambaris condição para se reproduzirem, como se es vessem vivenciando a Piracema em seu habitat natural. Parte do espaço será ocupado, em breve, por um projeto piloto de criação de camarões da espécie Macrobrachium rosenbergii, conhecido como camarão da malásia. A brincadeira que começou com o presente da namorada poderá, no futuro próximo, migrar para o agronegócio.

Aires e Ingeborg Buosi com o pitbull O\o no lago que fica no centro da casa do casal

AEAARP 15


GESTÃO

Organize-se e seja produtivo É possível el ter um número impressionante de coisas para fazer e ainda ser produ produ vo, vo, ter o pensamento claro e sensação posi va posi va de sereno controle? Quatro ações proporcionam uma mente livre e mais produ va, incrementando a qualidade do que você produz:

1. COLETAR - Ideias surgem, correspondências e e-mails chegam. O problema não

Bruno Andrade

é professor e consultor em produtividade e organização pessoal

é a velocidade ou o fluxo de informações, mas não termos um sistema para coletar o que surge. Reduza as caixas de entrada. Liste as formas que recebe informação e encontre maneiras de combinar ou eliminar caixas de entrada. Se tem quatro endereços de e-mail, direcione-os para um. Tenha consciência de suas caixas de entrada ~sicas e mantenha todos os papéis chegando ao mesmo lugar. Faça anotações sempre no mesmo local, que pode ser um bloco de papel ou smartphone. As coisas que deve anotar são ideias, compromissos, contatos, informações, tarefas, itens de reuniões e lembretes. Tire as coisas da mente e coloque-as de forma escrita. Com o hábito de coletar toda informação que chega, você irá esquecer menos, parar de perder informações e saber onde as coisas estão.

2. PROCESSAR - Processe o que foi coletado tomando decisões rápidas para

cada item até que suas caixas de entrada estejam limpas e tudo o que coletou tenha o des no certo. Para cada item coletado, faça as perguntas: o que é? o que fazer? quando fazer? Você terá as seguintes opções: deletar, delegar, arquivar ou programar. Depois de limpar suas caixas de entrada, o que restará é uma lista de tarefas.

3. PLANEJAR - Divida as tarefas em três grupos. Grandes Rochas (GR) - tarefas que têm relação com grandes obje vos, que movem sua vida adiante. Cascalho (CA) - tarefas importantes relacionadas a a vidades gerais. Areia (AR) - pequenas tarefas do dia a dia. A cada semana, liste de quarto a seis GRs e coloque-as em horários que são de alto rendimento. Definidas as tarefas GRs, a cada dia programe-se para realizar de duas a quatro CAs. O tempo que sobra entre as GRs e os CAs, preencha com ARs, que devem ocupar horários de baixo valor, principalmente as janelas. O hábito de planejar é simples e traz propósito ao dia e à semana. 4. FAZER - Fazer dá sen do ao que foi elaborado anteriormente. Tudo é perdido

se você não faz as coisas que coloca em suas listas. Faça uma tarefa de cada vez e no momento da ação esqueça todo o resto. Foque, não seja mul tarefa e não se deixe ser interrompido. Elimine as distrações –no ficações de e-mails, celular, internet e redes sociais. Feche as abas desnecessárias do navegador e re da mesa aquilo que o distraia ou possa interrompê-lo. Se es ver disposto a colocar em prá ca esses passos, verá que é possível ter clareza de pensamento, sua mesa e caixas de entrada limpas, o dia de trabalho estruturado e foco para fazer o que importa. Revista Painel 16


AEAARP 17


oportunidade

HABITAT DE INOVAÇÃO

EM RIBEIRÃO PRETO

Supera Parque é resultado da parceria entre os poderes públicos municipal, estadual e Universidade de São Paulo, e abriga mais de 50 empresas de base tecnológica

No segundo semestre deste ano o Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto deverá lançar mais um edital de chamamento de empresas que desenvolvam soluções com base tecnológica. O Supera Parque apoia projetos de empreendedorismo, inovação e tecnologia por meio da parceria entre o poder público municipal, estadual e a Universidade de São Paulo. Há dois anos trilha este caminho e tem revelado projetos inovadores, desenvolvendo a região como importante polo empreendedor do Brasil. O Supera Parque abriga hoje 51 empresas. O Parque é formado por uma incubadora, um centro tecnológico e um de negócios. A incubadora de empresas foi criada em 2003 e ocupava espaços dispersos no Campus da Usp. Realiza dois processos sele vos por ano para a escolha de projetos ou empresas que receberão apoio e capacitação para o desenvolvimento de seu negócio em três diferentes categorias: pré-residência, residência e associação. Para todas elas, a Incubadora presta assessoria técnica, incen va a par cipação nos principais eventos nacionais e internacionais de empreendedorismo, saúde, inovação e tecnologia, além de consultorias e mentorias. Em 2015, mais de 40 projetos se inscreveram no processo sele vo e 19 foram selecionadas. Atualmente, são 39 as empresas assis das pela incubadora. O primeiro edital de 2016 foi lançado

em janeiro deste ano. Em 2015, a Supera foi eleita a melhor incubadora do Brasil, segundo a Associação Nacional de En dades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC). Hoje, o Parque conta com dois prédios que, juntos, somam 9.200 metros e abrigam a incubadora de empresas, o centro de negócios e o centro de tecnologia, com laboratórios para ensaios em equipamentos, além de sediar a associação de empresas do Arranjo Produ vo Local (APL) da Saúde e o Polo Industrial de Soyware (PISO). No Parque também está instalado o SEVNA Seed – aceleradora de empresas.

Infraestrutura

O Parque é gerido pela Fipase (Fundação Ins tuto Polo Avançado da Saúde) e tem área aproximada de 380 mil metros quadrados, sendo 150 mil metros quadrados des nados à instalação de empresas. O projeto de instalação do Supera prevê a completa implantação em três fases, das quais a primeira foi entregue em março de 2014. “O Supera é um ambiente de inovação que promove a transferência de conhecimento em diversos pos de a vidades. O obje vo é desenvolver, atrair e reter empresas tecnológicas, com destaque para as atuantes em setores da saúde, biotecnologia, tecnologia da informação e bioenergia”, explica Eduardo Cicconi, Revista Painel 18


Supera Parque

Veja na página superaparque.com.br as oportunidades que podem ser adequadas para você, sua ideia ou sua empresa. Como se instalar: A instalação de empresas ocorre por processos sele vos, divulgados em editais. Startups, empresas consolidadas ou empresas internacionais têm seu potencial inova vo avaliado. Serviços de apoio também podem fazer parte do complexo do Parque. Quem pode se instalar: empresas originárias de pesquisa universitária; centros de pesquisas, desenvolvimento e inovação; empresas facilitadoras para as a vidades do Parque Tecnológico; organizações ofertantes de serviços tecnológicos e de capacitação; grandes empresas inovadoras de base tecnológica.

superaparque.com.brr

gerente do Parque. Para a segunda fase, já em desenvolvimento, está prevista a urbanização de toda a infraestrutura dos 150 mil metros quadrados que serão divididos em 126 lotes destinados a empresas consolidadas que desejam instalar sua planta produ va ou o centro de pesquisa e desenvolvimento no Parque. Por fim, a terceira fase prevê a construção e operação de mais dois prédios que abrigarão a Aceleradora de Empresas e o Núcleo Administra vo do Parque.

Incen vo e reconhecimento

Es ma-se que, por ano, mais de 1.600 pessoas passem pelo Supera Parque com objetivo de se capacitar, trocar experiências, criar ou fortalecer seus negócios. “A missão é apoiar negócios de base tecnológica e, para isso, realizada parcerias com outros habitats de inovação nacionais e internacionais para repe r aqui as boas prá cas realizadas lá fora”, explica Cicconi. No ano passado, o Parque realizou 62 eventos ligados a emAEAARP 19

O Supera Centro de Tecnologia presta serviços tecnológicos orientados para aumentar a competitividade da indústria, com laboratórios de ultrassom, eletrônica, mecânica, ó ca e química para ensaios de equipamentos. É estrutura de apoio às empresas do Arranjo Produ vo Local (APL) da Saúde de Ribeirão Preto. Recentemente, o Centro de Tecnologia iniciou as a vidades do Laboratório de Compa bilidade Eletromagné ca, implantado com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Secretaria Estadual de Desenvolvimento, que permitirá a realização de ensaios de compa bilidade eletromagné ca conduzida, de acordo com as principais normas nacionais e internacionais. “As empresas da região se beneficiarão por ter um laboratório de alta tecnologia de fácil acesso, diminuindo custos de cer ficação e inovação. O laboratório também reúne técnicos com conhecimentos altamente especializados em áreas crí cas para o desenvolvimento de novos produtos”, enfa za Erico Moreli, coordenador do Centro de Tecnologia. Além disso, está em implantação um laboratório para ensaio de equipamentos de raio-x, a partir de parceria com o Ministério da Saúde.

preendedorismo e inovação tecnológica. Recentemente a Kidopi, empresa que nasceu no Parque, foi reconhecida pelo programa Clever Clare, considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o melhor soyware de saúde do Brasil e do mundo. É a segunda vez que a empresa é premiada no World Summit Award (WSA), premiação global que acontece nos anos ímpares, desde 2003, com obje vo de premiar o melhor em conteúdo e aplica vos para celulares e disposi vos móveis.


tecnologia

TECNOLOGIAS DA

AUTOMAÇÃO

Crise energética e aumento por comodidade e segurança impulsionam o setor O mercado de automação cresceu nos úl mos anos em decorrência do aumento da tarifa de energia elétrica e da demanda por conforto e segurança. Apesar de a Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial (Aureside) não ter perspec va de crescimento do setor para 2016, devido à crise econômica que o país enfrenta, é notório o interesse dos consumidores por soluções de automação. Para o ano de 2015, a Aureside es mou crescimento de 30% do mercado de au-

tomação residencial, porém a previsão não se consolidou e o mercado ficou estagnado. “A projeção de crescimento para 2016 é uma incógnita e mesmo que véssemos uma es ma va, não saberíamos garan r a sua validade nos dias de hoje”, diz George Woo on, diretor técnico da associação. O mercado mundial de automação foi de US$ 20,38 bilhões, em 2014, com expectativa de US$ 58,68 bilhões até 2020, segundo o boletim do SEBRAE

Inteligência Setorial. De acordo com Matheus Mello, consultor e representante de tecnologias para automação, “mesmo com o mercado da construção civil em retração, a aceitação dos clientes mantém o crescimento do setor”. Para o consultor, o boom aconteceu a par r de 2012. “Mesmo que o cliente não invista em automação, ele quer saber o que é, como funciona e quanto custa”. Antes, os clientes nham receio do preço da tecnologia e do manuseio dos equipamentos.

EXEMPLOS DE TENDÊNCIAS EM DESTAQUE PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL Sustentabilidade: soluções sustentáveis que promovam o consumo consciente e a redução de desperdícios, com destaque para as soluções em energia. Integração de sistemas: integrar e permi r a conversação entre os sistemas desenvolvidos por diferentes empresas, a exemplo do protocolo KNX (protocolo standard aberto para a gestão de edi~cios residenciais e de escritórios). Internet das coisas: soluções que permitam a integração com demais objetos inteligentes, como os smartphones. Ambientes compactos: soluções que permitam integração de sistemas em ambientes compactos e funcionais. Segurança: demanda por soluções inovadoras em segurança residencial. Fonte: Bolecm de Tendência – Construção Civil do SEBRAE Inteligência Setorial | agosto 2015 Fonte dessa imagem: Autor Felipe C., com informações de: MURATORI, J. R., DAL BÓ, P. H., Automação residencial: histórico, definições e conceitos, Revista O Setor Elétrico (2011); e Integrador de Sistemas Residenciais: Introdução, Aureside (2015) Revista Painel 20


Para o engenheiro eletricista Hideo Kumasaka, a implantação da automação em uma residência depende do profissional responsável pelo projeto. “Esse profissional tem mais tempo e contato com o cliente e quando ele explica os bene~cios e a possibilidade de reduzir o consumo de energia elétrica, por exemplo, acaba convencendo da necessidade de implantar a tecnologia”. Mello explica que com o aumento da tarifa de energia elétrica os consumidores têm mais interesse em conhecer as soluções da automação para reduzir o consumo.

estrutura para recebê-lo, porém, acaba saindo mais caro que o cabeado e é menos resistente às interferências. “Em construções finalizadas, sai mais barato o sistema sem fio do que os custos para readequar a infraestrutura”, esclarece. O custo da automação nas residências é de 3% a 5% do valor total do imóvel, diz Mello. O percentual varia de acordo com a empresa contratada. “Com a adição da automação, outros itens são economizados, por exemplo, gasta-se menos fiação

Usuário x tecnologia

Mello explica que o lançamento dos produtos da Apple – como o Iphone, Ipad e Apple Watch – contribuiu para a evolução da automação em residências. “O que mudou não foram os produtos de automação, mas sim a interação do morador com essas tecnologias”. A automação possibilita o controle de iluminação, ar-condicionado, persiana, portão e outros itens há muito tempo. Agora, porém, essas funcionalidades são colocadas em prá ca pelo fato de os moradores terem assimilado o conceito de uso de aplica vos para comandar a casa. Hoje, os sistemas mais procurados são de iluminação, câmeras, alarmes, home theaters e sonorização de ambientes, segundo o consultor.

Custos e soluções

A implantação da automação em uma residência fica mais barata quando projetada previamente. A infraestrutura da obra determina se os produtos de automação serão cabeados ou sem fio. Mello explica que o projeto usando cabos é indicado para obras com infraestrutura para receber a automação. Já o sistema sem fio não exige um projeto ou uma AEAARP 21

e interruptores. Existe uma estrutura elétrica única e o que muda são os códigos da programação dos sistemas de automação”. O consultor complementa que a economia é di~cil de ser mensurada, mas es ma que pode ser de 20% e 30% do valor da sua implantação. Ou seja, se a implantação da automação em uma casa de 200 m² custar R$ 25 mil, o menor uso de fios, condutores, disjuntores etc. poderá amor zar entre R$ 5 mil e R$ 7,5 mil do valor gasto com a tecnologia.


tecnologia

Para conhecer os fabricantes e as inovações do setor de automação são realizadas várias feiras no país, como a Infocomm – que será realizada de 10 a 12 de maio em São Paulo (SP) – e Expo PredialTec – que acontecerá de 12 a 14 de julho também na capital paulista.

A implantação da automação em projetos residenciais enfrenta barreiras: ser uma das últimas fases da obra e convencer o eletricista a seguir o projeto à risca. “A automação vem no final da obra que é quando o cliente começa a reduzir custos. Eles gastam muito em decoração e paisagismo, por exemplo, e quando chega a automação acham caro e não pensam no custo-bene~cio e na economia”, explica Kumasaka. O engenheiro eletricista conta que grande parte dos eletricistas não entende o projeto de automação e acredita que vai encarecer o trabalho deles. “Depois de convencer o cliente, vem a segunda batalha: convencer o eletricista de que aquele projeto vai facilitar o trabalho

dele e não piorar”. Outro grande desafio do setor é formar mão de obra especializada. “Nos úl mos dois anos houve uma evolução sensível tanto na oferta de novos produtos e soluções através dos fabricantes, como na percepção pelos clientes dos possíveis benefícios da automação residencial. Mas ainda precisamos capacitar um número adequado de profissionais para atender o mercado de maneira eficiente”, disse José Roberto Muratori, diretor executivo da Aureside, em entrevista ao SEBRAE Inteligência Setorial. Para ampliar a capacitação de profissionais a associação criou o Projeto Conectar, que oferece cursos presenciais e à distância em automação residencial.

Fonte dessa imagem: Autor Felipe C., com informações de: MURATORI, J. R., DAL BÓ, P. H., Automação residencial: histórico, definições e conceitos, Revista O Setor Elétrico (2011); e Integrador de Sistemas Residenciais: Introdução, Aureside (2015) Revista Painel 22


crea-sp

O MAU USO

DA ART

Art. 1º- Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de quaisquer serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia fica sujeito à “Anotação de Responsabilidade Técnica” (ART).

A Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) é regida pela Lei Federal 6.496/77. Antes disso, todo trabalho executado pelos profissionais da área tecnológica não nha registro. Uma das questões solucionadas com a adoção desse documento foi a garan a da preservação da autoria do trabalho. A ART deve ser emitida para todos os serviços prestados por engenheiros, agrônomos, técnicos e tecnólogos. Inclui laudos, projetos, pareceres, execução, consultas, dentre outros. A falta do documento é passível de autuação do Conselho, segundo Araken Mutran, gerente regional do CREA-SP. Em Ribeirão Preto são feitas em média duas autuações por semana. Mutran esclarece que o volume é proporcional ao número de agentes fiscais na unidade – são quatro pessoas que trabalham na fiscalização na cidade. Araken explica que para cada contrato de trabalho firmado por engenheiros, agrônomos, técnicos e tecnólogos deve ser emi da uma ART. Além de resguardar direitos em relação ao trabalho, o documento também atribui responsabilidades civis, trabalhistas e criminais. A ART é emi da na página do CREA-SP na internet: www.creasp.org.br. AEAARP 23


Painel eleições

AS FUNÇÕES EXECUTIVA E LEGISLATIVA A carta constitucional, de 1988, determina as atribuições dos poderes

Soraia Cochoni Achicar, professora mestre em Direito Público e coordenadora do Núcleo de Prá ca Jurídica (NPJ) do Centro Universitário Moura Lacerda, explica que a referência de harmonia e independência é “de grande relevância para o Estado Democrá co de Direito”. “No que se refere ao execu vo e legisla vo, quanto à legalidade de atuação dos eleitos, há de se considerar que os eleitos pelo voto popular e que ocupam uma cadeira no execu vo ou legisla vo são denominados agentes polí cos, ou seja, desempenham uma função pública e estão inves dos naquele poder - o que

significa que estão presidente, governadores, prefeitos e vereadores”, explica. Achicar ressalta que a u lização adequada dos verbos estar e ser é relevante para o entendimento do princípio da “indisponibilidade do interesse público”, implícito no ordenamento jurídico da administração pública. “Significa que não se pode dispor do interesse público como se privado fosse. O papel desses agentes polí cos, ou seja, a sua atuação, deve ser pautada em uma finalidade pública, alheia a interesses polí cos ou pessoais”, explica. Àqueles que “estão” no poder execu vo, cabe elaborar as leis e executá-las, a Revista Painel 24

depender de autorização do legisla vo, no que couber. Aos que ocupam o poder legisla vo, a Cons tuição Federal determina uma função fiscalizadora quanto aos atos do poder execu vo, embora também haja a função de legislar dentro da sua competência. Nos dois casos, Achicar ressalta que o interesse público é supremo e deve ser sempre preservado. “A competência cons tucional para a elaboração de leis por cada um dos membros desses dois poderes também deve ser observada para que evitemos leis incons tucionais”, explica.


DA REMUNERAÇÃO DE POLÍTICOS

Para a advogada Soraia Cochoni Achicar, a questão da remuneração daqueles que ocupam cargos execufvo ou legislafvo, não é um problema. A questão, para ela, é a “inobservância ao ordenamento jurídico e aos princípios da administração pública, em especial ao princípio da moralidade quando da atuação desses agentes”. “Não acredito nessa ideologia do exercício voluntário da função pública, até porque a manutenção dos direitos e interesses públicos requer muita dedicação”, opina. Ela alerta que a remuneração, em sua visão, não deve significar a profissionalização da função pública, para a qual deve valer a regra da alternância de poder.

ATRIBUIÇÕES

Os eleitores, de forma geral, cobram ações de detentores de cargos legislativos que nem sempre podem ser atendidas diretamente. “A cobrança da população ao parlamentar é normal e compreensível, tendo em vista o fato de ele estar mais acessível à população e esta, por sua vez, não ter informação sobre quais são as limitações em relação ao que ele pode ou não fazer diretamente para resolver aquele problema”, avalia a advogada. Ela esclarece que cabe ao parlamentar indicar ao chefe do execu vo quais são as necessidades e apontar possíveis soluções. Há conflito de interesse caso o cidadão aponte um problema que é de ordem estritamente pessoal. Ao parlamentar cabe atender à necessidade cole va. “Claro que existem necessidades pontuais e individuais que requerem atenção do poder público, mas essas questões devem ser avaliadas sobre o ponto de vista do bem comum”, explica. “Se um indivíduo reclama que não está conseguindo agendar um exame na rede pública, é necessário verificar e iden ficar o problema para evitar que gere um desatendimento generalizado ao longo do tempo”, exemplifica. O parlamentar deve fiscalizar para garan r que as condições da execução ou prestação do serviço público sejam eficientes. “Nunca é demais lembrar que a função do detentor do poder jamais pode estar vinculada à vontade do administrador, mas tão somente à finalidade pública e, portanto, impessoal da qual deve estar reves da a administração pública quando atua”, ressalta. AEAARP 25

revistapainel

Em março deste ano, o Consultor Jurídico (Conjur), revista eletrônica especializada em direito e jus ça, divulgou levantamento revelando que a Câmara Municipal de Ribeirão Preto é a terceira do estado de São Paulo que mais aprova projetos incons tucionais. Já foi pior: em 2006, segundo ar go publicado pelo portal da revista Época (Editora Globo), Ribeirão Preto foi a cidade com mais leis julgadas como incons tucionais pelo Tribunal de Jus ça do Estado de São Paulo (TJSP). O texto, assinado por Andréa Leal, revela que de 1999 até aquele ano, os quatro prefeitos que exerceram mandatos baixaram 731 decretos para invalidar leis aprovadas pela Câmara.

ANUNCIE NA PAINEL

16 | 2102.1719

angela@aeaarp.org.br


notas e cursos novos associados

A INST L E N I PA

Alexandre Lemos Muller Engenheiro civil Eleuza Zampieri Engenheira civil

O engenheiro agrônomo José Walter Figueiredo flagrou o desjejum do periquito Pau Terra na cachoeira Casca D’anta, uma das nascentes do Rio São Francisco, no município São José do Barreiro, em Minas Gerais. Ele passeava pela Serra da Canastra em busca de espécies de árvores que se adaptem à arborização urbana.

Luiz Fernando Mendes Ribeiro Engenheiro civil Marly Carvalho Garcia Engenheira civil Fernanda Silva Morais Estudante eng. civil Jose Orlando Busnardo Neto Estudante eng. civil Ma heus Bavaresco Lopes Dias Estudante eng. civil

Envie para aeaarp@aeaarp.org.br uma foto feita por você e ela poderá ser publicada nesta coluna

Emanoel Eldne Souza Estudante agronomia Guilherme Lourenço Lopes Estudante agronomia Israel Xavier Soares Estudante eletricidade Roberto Aparecido Bressani Técnico em eletrônica Vicente de Paulo Faria Técnico em eletrônica

Os engenheiros Fernando Antônio Cauchick Carlucci e Hirilandes Alves foram empossados como conselheiros do CREA-SP, indicados pela AEAARP, pelo presidente do conselho, engenheiro Francisco Kurimori.

O PAPEL DA OUVIDORIA O engenheiro Milton Vieira de Souza Leite compõe a diretoria da AEAARP na função de ouvidor há dois mandatos. É sua função receber reclamações e sugestões, que devem ser encaminhadas à diretoria. Em uma empresa, a ouvidoria é instrumento de relacionamento que tem por obje vo defender os interesses do consumidor com autonomia. É como faz, por exemplo, o ombudsman de um jornal, que analisa o no ciário sob o ponto de vista do leitor. Para Leite, na en dade de classe, a ouvidoria é o instrumento que abre canais de comunicação e proporciona acesso democrá co às instancias de decisão. “O associado muitas vezes tem alguma ideia, sugestão a fazer, e não sabe exatamente a quem recorrer. Ao ouvidor cabe receber esta demanda, encaminhá-la e acompanha-la”, ensina.

Revista Painel 26




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