Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto
painel Novo mandato, desafios renovados 34ª diretoria da AEAARP toma posse comprometida com um novo modelo de associativismo
Ano X nº 266 maio/ 2017
AEAARP
Logística Dinâmica agropecuária exige pesquisa e inovação Agricultura Brasil é recordista em defensivos agrícolas, mas toxidade diminuiu Finanças Qual é o destino e quem deve recolher o imposto sindical
palavra do presidente Eng. civil Carlos Alencastre
Neste ano de 2017, a agenda de eventos sociais da AEAARP será ainda mais agitada. Seguindo com o propósito do projeto iniciado na gestão anterior, promoveremos encontros sociais todos os meses, atendendo a uma pauta temática. Qualificar a agenda, abrir as portas ao novo, ao diferente e especialmente às ideias inovadoras é o propósito explícito dessa nova agenda. Na entrelinha dessas ações está a necessidade de união de classe frente aos desafios impostos pela economia, a política e o mercado. Em inglês, esta interação pode também ser chamada de networking, que é como o mundo corporativo a usa. Para bom entendedor, chama-se parceria, laços, solidariedade, relacionamento. Nesse sentido, a AEAARP é a ferramenta que deve proporcionar novas oportunidades e possibilidades aos profissionais das engenharias, da arquitetura e da agronomia, além dos nossos colegas técnicos e tecnólogos. As atividades agropecuárias, da construção e de intervenções públicas são as propulsoras da economia e, justamente por isso, as mais afetadas pelo desaquecimento econômico. Para piorar, também são as mais afetadas pelos processos policiais e judiciais em andamento no país. É onde a associação de classe entra, para fortalecer e inspirar novos caminhos. Alguns resultados do projeto iniciado em 2016 não são visíveis – administrativamente, por exemplo, um novo sistema de gestão deixa os processos internos ainda mais transparentes – outros são explícitos. Um deles é o novo formato dos eventos técnicos, o incremento na agenda de locação dos espaços e a oferta de cursos na sede. Tudo é ferramenta de aprimoramento profissional e oportunidade que temos de desfrutar e compartilhar.
índice
ESPECIAL 05
meio ambiente 21
Novos desafios
Em defesa das abelhas
defensivo agrícola 10
crea-sp 22
Toxidez dos agrotóxicos diminuiu nos últimos anos
Lei federal dita medidas de prevenção e de combate a incêndios
Agronomia 14
Evento
Embrapa detecta bacias logísticas de escoamento de grãos no Brasil
produtividade 24
Gestão 17
Dicas e Truques #01 – AutoSoma
17 erros na definição e acompanhamento das metas
cultura 25
finanças 18
Fernando Pessoa é tema do I AEAARP Cultural
Contribuição sindical: quem deve recolher
índice aeaarp da construção civil
painel
23
Foco no futuro
19
notas e cursos 26
Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700 - Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / aeaarp@aeaarp.org.br
Eng. eletr. Tapyr Sandroni Jorge 1º Vice-presidente
Diretoria Operacional Diretor administrativo - eng. agr. Callil João Filho Diretor financeiro - eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho Diretor financeiro adjunto - eng. agr. Benedito Gléria Filho Diretor de promoção e ética - eng. civil e seg do trab. Hirilandes Alves Diretor de ouvidoria - arq. urb. Ercília Pamplona Fernandes Santos Diretoria Funcional Diretor de esporte e lazer - eng. civil Milton Vieira de Souza Leite Diretor de comunicação e cultura - eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto Diretor social - eng. civil Rodrigo Araújo Diretora universitária - arq. urb. Ruth Cristina Montanheiro Paolino Diretoria Técnica Agronomia - eng. agr. Alexandre Garcia Tazimaffo Arquitetura - arq.urb. Marta Benedini Vechi Engenharia - eng. civil Paulo Sinelli
Horário de funcionamento AEAARP - das 8h às 12h e das 13h às 17h CREA - das 8h30 às 16h30 Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.
Eng. civil Carlos Eduardo Nascimento Alencastre Presidente
Eng. civil Fernando Junqueira 2º Vice-presidente
Conselho Presidente: Eng. civil João Paulo de Souza Campos Figueiredo Conselheiros Titulares Arq. e urb. e Eng. seg. do trab. Fabiana Freire Grellet Arq. e urb. Luiz Eduardo Siena Medeiros Eng. agr. Dilson Rodrigues Cáceres Eng. agr. Geraldo Geraldi Jr Eng. agr. Gilberto Marques Soares Eng. civil Edgard Cury Eng. civil Elpidio Faria Junior Eng. civil Jose Aníbal Laguna Eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio Bagatin Eng. civil Roberto Maestrello Eng. civil Ricardo Aparecido Debiagi Eng. civil Wilson Luiz Laguna Eng. elet. Hideo Kumasaka Eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado Conselheiros suplentes Arq. e urb. Celso Oliveira dos Santos Eng. agr. Denizart Bolonhezi Eng. agr. Jorge Luiz Pereira Rosa Eng. agr. José Roberto Scarpellini Eng. agr. Ronaldo Posella Zaccaro
Associação de Engenharia Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto
REVISTA PAINEL Conselho Editorial: eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho, arq. urb. Celso Oliveira dos Santos, eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto - conselhoeditorial@ aeaarp.org.br Conselheiros Titulares do CREA-SP indicados pela AEAARP: eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves e eng. mecânico Fernando Antonio Cauchick Carlucci Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação Rua Galileu Galilei 1800/4, Jd. Canadá, Ribeirão Preto SP, CEP 14020-620 www.textocomunicacao.com.br Fones: 16 3916.2840 | 3234.1110 contato@textocomunicacao.com.br Editora: Daniela Antunes – MTb 25679 Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044 Publicidade: Departamento de eventos da AEAARP - 16 2102.1719 Angela Soares - angela@aeaarp.org.br Tiragem: 3.000 exemplares Locação e Eventos: Solange Fecuri - 16 2102.1718 Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader Impressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.
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especial
Novos desafios Posse da nova diretoria foi festejada em grande estilo na sede da AEAARP
Antônio Duarte Nogueira Júnior
A 34ª diretoria da AEAARP tomou posse reforçando os objetivos fundadores da entidade – defender o exercício profissional, valorizar as profissões da área técnica e fortalece-las – e externando um novo desafio: “reconceituar a nossa entidade”, como disse o engenheiro civil Carlos Alencastre em seu discurso. Ele foi reeleito para comandar a AEAARP por mais dois anos.
Carlos Alencastre
“Os desafios de classe de 1948 são semelhantes aos de hoje”, observou Alencastre, referindo-se especialmente ao sombreamento de atribuições. O presidente ressaltou, porém, que as mudanças culturais, sociais e econômicas pelas quais a sociedade passou e a disposição de abrir as portas para novos conceitos e visões de mundo, exigem nova dinâmica da entidade. “Temos de AEAARP 5
João Paulo Figueiredo
imprimir velocidade e ritmo às nossas ações”, pontuou. “É o nosso legado às futuras gerações. É assim que os nossos nomes ficarão gravados na história da AEAARP, assim como todos os ex-diretores, presidentes e conselheiros que forjaram o DNA desta associação”, disse. Veja nas páginas seguintes os principais momentos da festa.
Carlos Alencastre, Antônio Duarte Nogueira Júnior e João Paulo Figueiredo
Diretores e novos conselheiros tomaram posse para mais dois anos de mandato
Carlos Alencastre, Tapyr Sandroni Jorge e Fernando Junqueira
A cerimônia de posse contou com a presença do prefeito Antônio Duarte Nogueira Júnior
O salão de eventos da AEAARP foi preparado para uma festa com música e conforto
Lali Laguna e Wilson Luiz Laguna
Coral Som Geométrico Revista Painel 6
Marcos Spínola de Castro, Tapyr Sandroni Jorge, Carlos Alencastre, Edson Navarro e Fernando Junqueira
Dilson Caceres, Paulo Peixoto, Paulinho Pereira, Callil João Filho e Noboro Saiki
O salão de eventos foi o palco da cerimônia e da festa
Antônio Duarte Nogueira Júnior e Carlos Alencastre
Carlos Alencastre e Fabinho Said
Daniela Arantes Gabarra, Antônio Carlos Naccarato, Fabiana Freire Grellet e Rangel Leandro Romão
Marita Paulino, José Maria Paoliello e Maria Sílvia Paoliello AEAARP 7
Paulinho Ferreira, Noboro Saiki, Gilberto Marques Soares, Jorge Rosa, Dilson Caceres, Antônio Duarte Nogueira Júnior, Wilson Costa Júnior, Geraldo Geraldi Júnior, Callil João Filho, Denizart Bolonhezi, Alexandre Tazinaffo e Ronaldo Zaccaro
Milton Vieira Leite, Benedito Gléria Filho, Nei Romanini, Paulo Peixoto e Arlindo Sicchieri Filho
Fernando Antônio Cauchick Carlucci, Mônica Azevedo de Abreu e Hirilandes Alves
Geraldo Geraldi Júnior, Celso Santos, João Paulo Figueiredo, Ruth Paolino, Gilberto Marques Soares e Callil João Filho
Elaine Martinez e Alberto Martinez, Carlos Alencastre e Denise Câmara
Revista Painel 8
Rodrigo Araújo, Juliana Araújo, Gislaine Araújo e Paulo Márcio Araújo
O Coral Som Geométrico com o presidente reeleito Carlos Alencastre
Jucelino Borges da Silva, Vera Lúcia Esbrolini Borges, Tânia Regina Carvalho Ferreira e Ricardo Muniz Ferreira
Marcelo Jacques da Silva Ribeiro, Mercedes Furegato, Marta Benedini Vecchi, Carlos Alencastre, Regina Foresti e Ricardo Netto
Raissa Montanhari, Carla Matos, Alexandre Fusco, Angela Dorta, Selma Foguel e Kátia Conti
AEAARP 9
Wilson Costa Júnior, Noboro Saiki, Ronaldo Zaccaro, Paulinho Ferreira e Dilson Caceres
defensivo agrícola
Toxidez dos agrotóxicos diminuiu nos últimos anos
Embrapa
Pulverização no campo
Pulverizador costal, comum em pequenas propriedades, e uso correto de Equipamento de Proteção Individual (EPI) pelo aplicador
Em 2016, 277 produtos foram inseridos no mercado de agrotóxicos, um recorde histórico. O país é o maior consumidor mundial de defensivos agrícolas no mundo. Apesar disso, o setor tem investido em produtos mais eficientes, com maior especificidade e menor grau de toxidez, segundo o engenheiro agrônomo Carlos Ramos Venâncio, coordenador geral de Revista Painel 10
Divulgação Embrapa
Segundo o MAPA, os defensivos agrícolas registrados recentemente têm apresentado grau de toxidez menor do que os produtos registrados no passado
Agroquímicos e Afins do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Venâncio diz que a mudança partiu das demandas do mercado. “O agrotóxico é uma das substâncias mais estudadas do mundo e o Brasil é uma das maiores agriculturas mundiais, portanto controlar praga de forma eficiente é essencial”.
O Sistema de Agrotóxicos Fitossanitários, conhecido como Agrofit, apresenta o relatório dos ingredientes ativos e produtos formulados registrados no Brasil e está disponível para consulta no endereço eletrônico do MAPA. Até o fim de 2017, o Ministério deverá lançar uma nova ferramenta com mais opções de filtros.
Fonte: MAPA
Para obter registro, o produto deve ser aprovado por três órgãos: Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e MAPA, de acordo com a Lei 7.802/89, regulamentada pelo Decreto 4.074/02. “Cada órgão avalia dentro da sua área de competência. E se o produto não tiver a aprovação de um dos três, não receberá o registro”. A avaliação dos riscos dos agrotóxicos para a saúde humana cabe à ANVISA, enquanto o IBAMA avalia os potenciais efeitos sobre o meio ambiente. Esses órgãos encaminham suas avaliações ao MAPA, que avalia a eficiência agronômica e emite o registro.
Segundo a Associação das Empresas Nacionais de Defensivos Agrícolas (AENDA), o faturamento total do mercado de agroquímicos em 2016 somou US$ 9.530 milhões ante US$ 10.040 milhões em 2015. O levantamento revela que as 10 maiores empresas que comercializam defensivos agrícolas concentram US$ 7.839 milhões
Pulverizador eletrostático da EMBRAPA
Embrapa
PULVERIZAÇÃO ELETROSTÁTICA
em vendas, o que significa 82,25% do mercado brasileiro. Já o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (SINDIVEG) divulgou a série dos últimos cinco anos sobre a comercialização de agrotóxicos no país. Em 2012, foram comercializadas 823.226 toneladas e, em 2016, 879.242 toneladas.
A Embrapa Meio Ambiente aprimorou a pulverização eletrostática, capaz de reduzir de 50% a 90% da calda aplicada por área, se comparado aos processos tradicionais de pulverização. “O diferencial é que o bico de pulverização eletrostático realiza o mesmo trabalho que o hidráulico, mas tem capacidade de gerar carga eletrostática, fazendo com que as gotas também se depositem na parte inferior das folhas”, explica o agrônomo Aldemir Chaim, pesquisador da Embrapa. Segundo ele, os sistemas são capazes de racionalizar o uso de agrotóxico no campo, melhorar o controle de pragas, diminuir os custos de produção e gerar mais segurança para os operadores e para os alimentos produzidos. Saiba mais sobre a tecnologia no endereço eletrônico da AEAARP, na área Notícias.
www.aeaarp.org.br AEAARP 11
O mercado de agrotóxicos no Brasil também evoluiu devido aos estudos e experiências de outros países. Periodicamente, os órgãos responsáveis pelo registro de defensivos agrícolas participam de fóruns internacionais sobre tecnologias relacionadas ao produto. O aumento de conhecimento sobre o setor faz com que novos dados sejam solicitados tanto sobre os produtos que já estão no mercado quanto sobre os que ainda estão em processo de registro.
LEGISLAÇÃO
No endereço eletrônico da AEAARP, área Notícias, está disponível a lista da legislação referente ao setor de agrotóxicos.
www.aeaarp.org.br Hoje, um dos maiores desafios, segundo o engenheiro agrônomo, é acelerar o registro dos novos produtos. “Existem produtos registrados em vários países da América, inclusive nos Estados Unidos, que ainda não têm registro no Brasil, pois temos dificuldade em avaliar novos produtos. A avaliação inicial é muito complexa e demorada”, explica. Daí o aumento no número de registros de agrotóxicos genéricos (conhecido como PTE-Produto Técnico Equivalente) nos últimos anos.
“Pois, ele é quimicamente semelhante a outro produto já registrado, sendo necessários apenas alguns testes adicionais como, por exemplo, o de bioequivalência”, explica. Dos 277 produtos registrados em 2016, 160 são PTEs. Até o fechamento desta edição da Painel, o MAPA registrou 95 produtos em 2017, sendo 58 genéricos. Venâncio ressalta que é bom para o mercado ter vários produtos com o mesmo ingrediente ativo, pois aumenta a concorrência e, consequentemente, diminui o preço de venda. 80% do agrotóxico consumido no Brasil são importados, de acordo com Ivan Amancio Sampaio, especialista em Informação do SINDIVEG. Segundo Venâncio, grande parte do produto importado vem da China, Índia e Estados
Unidos. “O Brasil importa ingrediente ativo com alta concentração, cerca de 97% de pureza, e a formulação é feita aqui”, diz. O investimento para produzir o ingrediente ativo é muito alto e o mercado brasileiro encontra outros empecilhos como, por exemplo, a propriedade intelectual da fórmula, explica o engenheiro agrônomo. Segundo ele, são poucos os casos que compensam nacionalizar a produção: quando o uso é muito grande, quando o produto perde a patente e quando é eficiente em termos industriais e de investimento. O engenheiro agrônomo alerta que muito se questiona sobre a retirada de um determinado defensivo do mercado brasileiro quando o produto é retirado de outros países. “Para autorizar uma
CULTURAS DESATENDIDAS
Outro desafio do setor é a falta de agrotóxicos para determinadas culturas, segundo Venâncio. “Existem produtos para combater pragas no tomate e que também são usados no pimentão, devido algumas semelhanças entre as culturas”, exemplifica. Para ampliar a oferta de ingredientes ativos usados em pequenas culturas ou em culturas especiais (conhecidas mundialmente como “minor crops”), o MAPA, ANVISA e IBAMA formaram um grupo de trabalho que avalia experiências de outros países para desenvolver políticas que contemplem essas lavouras. Os levantamentos feitos até agora sobre as Culturas com Suporte Fitossanitário Insuficiente (CSFI) estão disponíveis no site da AEAARP.
www.aeaarp.org.br
EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS O Brasil recolhe cerca de 98% das embalagens vazias de agrotóxicos, motivo de orgulho para o país, segundo Venâncio.
Fonte: Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) Revista Painel 12
mudança como essa no Brasil é preciso avaliar o custo-benefício. A agricultura brasileira é diferente da europeia, por exemplo, por isso a retirada de um produto pode ser válida lá, mas não aqui”. Venâncio também alerta que alguns agrotóxicos são usados para outros fins e isso acaba prejudicando o mercado também. Ele cita o caso do chumbinho, agrotóxico à base de aldicarbe, que foi banido do mercado brasileiro em 2012, porque era usado irregularmente como raticida doméstico e em casos de homicídio e suicídio. “Existem várias pragas que eram combatidas com o produto e que ficaram descobertas”.
CONTROLE BIOLÓGICO
Venâncio analisa que o controle biológico de pragas ganhou mercado nos últimos anos. “Existem muitos produtos biológicos sendo desenvolvidos. Quando se usa por muito tempo um agroquímico para determinada praga, ele vai perdendo a eficiência. Já o controle biológico não, pois
ele tem um alvo específico”. O engenheiro agrônomo cita um exemplo de controle biológico que é sucesso na agricultura: a vespa conhecida como Cotesia flavipes que controla a broca-da-cana, principal praga da cana-de-açúcar. O gráfico a seguir mostra o comparativo de registro de produtos biológicos e químicos, entre 2008 e 2017.
DISQUE INTOXICAÇÃO O Disque-Intoxicação, criado pela ANVISA, atende pelo número 0800-722-6001, recebe denúncias e tira dúvidas sobre intoxicações.
Mistura do substrato, que é composto por palha, turfa e terra
Vista geral do Sistema Biobed Brasil em construção
Colocação da cobertura verde em Biobed pequeno, construído dentro de caixa d´água
Colocação de resíduos de agroquímicos
Pesquisador Luciano Gebler mostra as partes que compõem o Sistema Biobed Brasil
REATOR BIOLÓGICO PARA TRATAMENTO DE AGROQUÍMICOS
O agrônomo Luciano Gebler, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, criou um sistema de reator biológico que trata de resíduos de agroquímicos de forma sustentável, eficiente e com baixo custo. A tecnologia conhecida como Biobed foi baseada em um modelo utilizado na Suécia e adaptado para o Brasil. “As sobras de agrotóxico tem que receber destinação adequada. Antes, falava-se em fossa de agrotóxico, mas não era uma boa solução. O Biobed maximiza as ações que os microorganismos produzem no solo e ajuda a degradar os resíduos agroquímicos”, explica Gebler. O sistema é simples: um fosso é cavado no solo, preenchido com uma mistura do solo agrícola local, palha e turfa, sobre o qual é plantado grama. “O reator biológico depende basicamente da atuação dos fungos filamentosos brancos, que são os agentes microbiológicos degradadores de resíduos de agrotóxicos”, diz. Gebler alerta que apesar de o projeto de construção do Biobed ser de uso público e estar disponível no site da Embrapa, ainda é pouco conhecido. Segundo ele, a implantação da tecnologia concentra-se na região sul do país, próximo à sede da Embrapa Uva e Vinho, localizada na cidade de Bento Gonçalves (RS), e também no município de Vacaria (RS), próximo à divisa com o estado de Santa Catarina. Veja na área de Notícias, no endereço eletrônico da AEAARP, um vídeo que mostra a instalação do reator biológico.
www.aeaarp.org.br AEAARP 13
Viviane Zanella | Embrapa
Fonte: MAPA
agronomia
Embrapa detecta bacias logísticas de escoamento de grãos no Brasil O levantamento apresenta os caminhos percorridos pelos grãos – da produção ao mercado – e os sistemas de transportes usados. No segundo semestre de 2017, a EMBRAPA divulgará o estudo completo.
MACROLOGÍSTICA AGROPECUÁRIA – BACIAS LOGÍSTICAS
A diversidade e a dinâmica da agricultura brasileira têm exigido cada vez mais pesquisas e inovações em inteligência, gestão e monitoramento territorial estratégico para garantir a sustentabilidade e a competitividade do setor. O agrônomo Evaristo de Miranda, chefe-geral da Embrapa Monitoramento por Satélite, exemplifica o dinamismo do setor com a cultura do algodão: “Em 2003, o Brasil era o primeiro importador mundial de algodão e 10 anos depois, o país se tornou o terceiro maior exportador mundial do produto”. As mudanças no mercado e a atual logística de transporte da produção agropecuária do país têm demandado soluções mais eficientes, tanto para a tomada de decisão quanto para a criação de políticas públicas. Assim, foi criado o mapa das bacias logísticas da agropecuária brasileira pela Embrapa Monitoramento por Satélite.
Fonte: GITE, EMBRAPA, MAPA e Governo Federal Revista Painel 14
No levantamento foram detectadas oito bacias logísticas: Eixo Norte Ocidental, Eixo Norte Central, Eixo Norte Oriental, Eixo Nordeste, Eixo Centro Leste, Eixo Centro Sudeste (principal bacia de escoamento da produção), Eixo Sul e Eixo Extremo Sul, levando em consideração os 10 principais portos de exportação de grãos do Brasil, as grandes áreas e cidades produtoras de grãos e a infraestrutura logística existente. O engenheiro agrônomo Gustavo Spadotti Castro, analista da Embrapa Monitoramento por Satélite, explica que um dos objetivos do estudo é aumentar a exportação de grãos pelos portos do arco norte do país. “Hoje, a região exporta 18% e o objetivo é que chegue a 40%”, informa. Segundo ele, os agricultores mato-grossenses exportam boa parte da produção pelos portos de Santos e Paranaguá, localizados nos estados de São Paulo e Paraná, respectivamente. “É uma distância muito grande para percorrer. E do ponto de vista logístico, é mais interessante que os produtos saiam das três bacias localizadas no arco norte”, diz Castro. Miranda completa: “com a melhoria da logística e a adoção de inovações tecnológicas, os ganhos de competitividade da agricultura brasileira podem ser muito maiores e mais rápidos do que os obtidos atualmente”. Castro explica que o trabalho de macrologística usado para a criação do mapa envolveu diversas fontes e bases de dados. Foi analisado, por exemplo, onde estava concentrada a produção de grãos e como era feito o transporte – hidrovia, ferrovia ou rodovia – até os portos ou até os principais mercados internos consumidores. “Com a delimi-
tação das bacias logísticas, sabemos as principais rotas de escoamento de grãos pelo país”. O estudo foi solicitado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e realizado pelo Grupo de Inteligência Territorial Estratégica (GITE). A equipe que fez o levantamento é formada por profissionais das áreas de agronomia, engenharia agrícola, geografia e análise de sistemas. No segundo semestre de 2017, a EMBRAPA divulgará o estudo completo para parceiros do agronegócio, empresas de logística, administradoras de ferrovias e hidrovias e as principais exportadoras. Junto com o levantamento serão apresentados os gargalos logísticos e um plano estratégico para superá-los.
INTELIGÊNCIA TERRITORIAL
A dimensão do território brasileiro, a diversidade e a complexidade dos biomas desafiam pesquisadores que atuam no cruzamento de informações, mapas e imagens de satélite com foco na agropecuária brasileira. O conhecimento produzido por esses profissionais favorece não só o aumento da produtividade quanto o aproveitamento da propriedade e o uso racional dos recursos naturais. Para levantar esses dados, são criados os Sistemas de Inteligência Territorial Estratégica (SITEs), que são baseados em geotecnologias capazes de integrar e analisar cinco tipos de informações do espaço rural: natural, agrário, agrícola, infraestrutura e socioeconômico.
5 QUADROS DO SISTEMA DE INTELIGÊNCIA TERRITORIAL ESTRATÉGICA Quadro natural: informações de clima, solo, topografia, relevo, vegetação nativa, bioma e biodiversidade etc. Quadro agrário: unidade de conservação, parques, estação ecológica, terras atribuídas pelo governo para reservas, terras indígenas, assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. (INCRA), comunidades quilombolas etc. Quadro agrícola: cadeias produtivas, tecnologia usada, mapas de uso e ocupação do solo, perfil da agricultura etc. Quadro infraestrutura: tipo de transporte usado para escoamento do grão – rodovias, ferrovias, hidrovias –, custo do transporte da safra e do insumo, armazenamento do grão, eletricidade rural etc. Quadro socioeconômico: indicadores de riqueza e pobreza rural, concentração da produção de riqueza, Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) etc. Os SITEs utilizam dados oficiais de diversos órgãos das esferas federal, estaduais e municipais. Esses dados são processados em escalas temporais e passíveis de detalhamento e contextualização em recortes espaciais (região, bioma, microrregião, bacia, município, entre outros).
AEAARP 15
EMBRAPA MONITORAMENTO POR SATÉLITES O chefe-geral da Embrapa Monitoramento por Satélite chama a atenção para as mudanças constantes do setor agropecuário como, por exemplo, as legislações de uso e ocupação do solo, o Código Florestal, a produção de cana em áreas de pasto, entre outros. “A agricultura precisa de informações e tecnologias cada vez mais rápidas, dinâmicas e atualizadas”, alerta Miranda. Os satélites são as principais ferramentas nesses casos, segundo ele. Ele explica que a Embrapa Monitoramento por Satélite utiliza imagens gratuitas de satélites
Miranda esclarece que as pesquisas realizadas pela Embrapa Monitoramento por Satélites são demandas vindas tanto do poder público quanto da iniciativa privada. “E a divulgação das pesquisas para o público em geral dependerá do que for acordado em contrato. Se o cliente exige sigilo, os dados são mantidos em segredo”, explica. A Embrapa Monitoramento por Satélite foi criada em 1989 e é localizada em Campinas (SP), munícipio considerado importante polo de ciência e tecnologia. Hoje, o departamento reúne cerca de 70 pesquisadores, a maioria engenheiros agrônomos. A inteligência territorial tem empregado conceitos e métodos que permitem ampliar o desenvolvimento do setor agropecuário.
governamentais, principalmente dos Estados Unidos e Europa, e imagens pagas de satélites privados. “A escolha das imagens depende do interesse da pesquisa. Cada satélite é adequado a uma necessidade:
solo, umidade etc.”, diz. Segundo o agrônomo, o monitoramento por satélite é feito em todas as regiões do país, porém o SITE está implantado em 74% do território brasileiro. Veja no mapa a seguir.
Fonte: GITE Revista Painel 16
gestão
Mariana Rossatti Molina Analista de negócios do SEBRAE-Ribeirão Preto
17 erros na definição e acompanhamento das metas
Segundo a Fundação Nacional da Qualidade, metas são os níveis de desempenho pretendidos para determinado período de tempo. Dentro do planejamento estratégico, são itens importantes para que sua empresa atinja sua visão. Se você não tem objetivos e metas, não tem direcionamento e qualquer caminho e velocidade servem. No entanto, existem alguns erros comuns que podem atrapalhar o alcance das mesmas e desmotivar você e sua equipe:
meus colaboradores a esquecerem da qualidade.
1 Não analisar o ambiente externo: antes de definir as metas, devemos analisar o macro e microambiente, o cenário futuro e o risco. Se analisar o ambiente, uma rede de videolocadoras que não inova, provavelmente irá rever a meta de crescimento de 40% do faturamento.
7
Considerar apenas a perspectiva financeira ou de vendas: o recomendado é criar indicadores e metas para as perspectivas financeiras, do cliente, dos processos internos e de aprendizado. Focando nos resultados de curto prazo, mas também nas melhorias e aprendizados que a minha empresa terá no futuro.
8
Metas insignificantes: metas que não têm significado para o alcance dos objetivos estratégicos irão apenas tirar o foco daquilo que é importante.
9
Metas que não são específicas ou mensuráveis: objetivos inespecíficos tornam impossível acompanhar o progresso.
2 Desconsiderar a análise interna: não considerar o histórico ou a capacidade da empresa pode resultar em metas impossíveis de serem alcançadas com a estrutura atual.
10 Metas sem data: a dieta da segunda-feira sempre irá começar na próxima segunda-feira. A meta tem de ter dia, mês e ano.
3 Metas que não consideram as oportunidades de melhoria: para simplificar, um gestor pode definir uma meta de redução de 10% das despesas para cada área. Isso irá desmotivar aquela área que sempre trabalhou com eficiência e redução de despesas e não tem mais onde cortar; pode não aproveitar o potencial de outra área, ineficiente, que conseguiria reduzir 30% das despesas facilmente.
12 Ser desafiadora demais. Metas percebidas como impossíveis podem desmotivar uma equipe que não tenha em sua cultura grandes desafios.
4
5
6
Não ter uma estratégia e plano de ação para atingir as metas: não basta definir onde quero chegar, preciso definir como chegarei lá. Não ter valores e diretrizes: não posso sinalizar para meus colaboradores que as metas devem ser atingidas a qualquer custo. Minha empresa irá ganhar se agir com ética, respeito e profissionalismo. Metas isoladas: por meio das metas, sinalizo para a equipe onde quero chegar. Muito dificilmente uma só meta irá traduzir este objetivo. Não adianta eu definir uma meta de faturamento, e esquecer a margem de lucro. Não adianta eu cobrar apenas uma meta de produtividade, e induzir
11 Não ser desafiadora suficiente: não deixe de estimular o potencial de sua equipe e de sua empresa.
13 Não acompanhar: muitos gestores cobram a meta somente quando o prazo final está próximo. A equipe pode interpretar isso como se as metas não fossem importantes. Nesse momento pode ser tarde demais para corrigir a estratégia. 14 Não ajustar a estratégia: apesar de todo o planejamento, sempre existe um risco. O mercado não é estático, então o seu planejamento também não deve ser. 15 Não ter um plano de reconhecimento e recompensa percebido pela equipe como justo. 16 Não ressaltar as metas atingidas: comemore com a equipe, recompense-a pela dedicação. 17 Não fazer um plano de aprendizado. Se, apesar de todos os esforços, não conseguiu atingir os objetivos, vamos refletir sobre as causas para aprender com os erros.
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finanças
Contribuição sindical: quem deve recolher Saiba como funciona a Contribuição Sindical Urbana e quem precisa recolher o tributo Todo início de ano, profissionais liberais, empregados e empresários ficam em dúvida sobre o recolhimento da Contribuição Sindical Urbana (CSU). O tributo é obrigatório, segundo o artigo 240 da Constituição Federal e os artigos 578 e 579 da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). As divergências referem-se ao parágrafo terceiro do artigo 13, da Lei Complementar Federal 123/2006, que desobriga microempresas e empresas de pequeno porte
optantes pelo Simples Nacional do pagamento das contribuições sociais instituídas pela União para as entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical. “As demais empresas, empregados e profissionais liberais devem recolher a CSU”, afirma a técnica em contabilidade Vanessa Sofientini. De acordo com o Portal Brasil, a contribuição tem dois destinos: instituições sindicais que usam o dinheiro Revista Painel 18
para manter as atividades e Ministério do Trabalho, que pode usar o recurso para o relacionamento com sindicatos ou depositar no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), fonte de pagamentos de Seguro Desemprego e Abono Salarial. Os profissionais liberais que confirmarem que a atividade exercida não tem fins lucrativos estão isentos da contribuição. A comprovação é feita por requerimento dirigido ao Ministério do Trabalho.
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DISTRIBUIÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL URBANA A Contribuição Sindical Urbana tem natureza tributária e é recolhida por empregadores no mês de janeiro e por trabalhadores no mês de abril de cada ano. Do valor arrecadado, 60% vão para o sindicato da categoria profissional do trabalhador; 15% para a federação (entidade estadual); 5% para confederação (entidade nacional); 10% para a central sindical; e 10% para o Ministério do Trabalho. Quando a categoria não é vinculada a nenhuma central, o percentual do ministério passa para 20%. Para profissionais que não receberam o boleto em 2017, no site da Caixa está disponível a Guia de Recolhimento de Contribuição Sindical (GRCS). Depois de preenchida, a guia pode ser paga em qualquer agência da Caixa, casas lotéricas ou bancos. Fonte: Portal Brasil, Ministério do Trabalho e Caixa
Segundo Amélia Nishida de Assis, chefe do setor de Relações do Trabalho da Gerência Regional do Trabalho em Ribeirão Preto, os sindicatos necessitam da CSU para arcar com sua estrutura, pois existem várias negociações no decorrer do ano que geram custos com viagens, por exemplo. “Cada sindicato tem um objetivo: o patronal [aquele ligado aos empresários] tenta reduzir o ônus com os colaboradores e o laboral [ligado aos empregados] tenta conquistar o acréscimo ou a permanência de benefícios dos trabalhadores, além do reajuste salarial”. O trabalho do sindicato abrange negociações coletivas, convenções, acordos, contratos de trabalho e dissídios coletivos. Sofientini lembra que existem sindicatos que oferecem benefícios extras aos sindicalizados. “O Sindicato do Comércio, por exemplo, oferece assessoria jurídica mais barata e colônia de férias para seus contribuintes”, exemplifica. O advogado Márcio Minoru Takeuchi, diretor da Casa do Contabilista, membro do Sindicato dos Contabilistas de Ribeirão Preto e Região e da Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo, complementa que os serviços extras dos sindicatos dependerão de sua atuação.
No caso do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), o engenheiro civil Nelson Martins da Costa, presidente da Delegacia Sindical da Alta Mogiana (delegacia regional do SEESP, localizada em Ribeirão Preto), cita o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (ISITEC) criado pelo Sindicato. A Instituição de ensino oferece cursos de graduação e pós-graduação em áreas relacionadas à inovação e tecnologia com preços especiais para seus sindicalizados, com o intuito de promover o ensino continuado para profissionais que estão na área há muito tempo e não frequentaram outros cursos após a formação. O instituto foi criado há três anos e está localizado em São Paulo (SP). Costa também chama atenção para a importância da aproximação entre sindicatos e jovens recém-formados ou estudantes de engenharia. Pensando nisso, o SEESP criou o Núcleo Jovem Engenheiro, que promove palestras em diversas universidades da capital paulista e também em cidades do interior com o intuito de mostrar o papel do sindicato, fortalecer a categoria e valorizar a profissão, explica o engenheiro civil. O advogado Juarez Donizete de Melo, da diretoria da Associação dos AdvogaAEAARP 19
Residência térrea (302.00 m²) Custo por metro quadrado Edificação Material Mão-de-obra Custo total Residencial R$ 685,65 R$ 742,96 R$ 1.428,61 médio Critério e observações: executada com alvenaria de tijolos cerâmicos, modo convencional (subindo alvenaria junto com pilares). Laje pré-moldada e cobertura com telha cerâmica sobre estrutura de madeira. Esquadrias de ferro, com vidro comum, portas internas com batente e guarnição de madeira acabamento verniz. Revestimento cerâmico padrão médio em parede e porcelanato padrão médio em piso. Calçada perimetral à casa em concreto desempenado com largura de um metro. Pintura interna em látex acrílica com massa PVA e externa revestimento tipo lamato. Bancadas em granito Verde Ubatuba com bordas simples. Louças e metais sanitários de primeira qualidade (Deca, Linha Izy de padrão médio). Não considerado: terraplanagem, arrimos, muros de divisa, piscina e pisos externos.
Galpão (276.60 m²) Custo por metro quadrado Edificação Galpão
Material Mão-de-obra Custo total R$ 629,65 R$ 484,36 R$ 1.114,01
Critério e observações: executado com alvenaria de bloco de concreto, modo convencional (subindo alvenaria junto com pilares). Com cobertura em telhas galvanizadas termoacústicas sobre estrutura metálica. Laje pré-moldada em WCs e copa. Esquadrias de ferro, com vidro comum, portas internas com batente e guarnição de madeira acabamento verniz. WCs e copa com revestimento cerâmico padrão médio em parede e padrão médio em pisos. Galpão com piso de concreto armado com tela. Calçada perimetral ao galpão em concreto desempenado com largura de um metro. Pintura interna em látex acrílica e externa revestimento tipo lamato. WCs e copa com louças e metais sanitários de primeira qualidade (Deca, Linha Izy de padrão médio). Não considerado: terraplanagem, arrimos, muros de divisa e pisos externos.
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MOVIMENTO SINDICAL NO BRASIL
PROFISSIONAL AUTÔNOMO X PESSOA JURÍDICA O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) publicou dúvidas recorrentes sobre o recolhimento da Contribuição Sindical Urbana, veja na área de Notícias, na página da AEAARP. Uma delas trata da contribuição sindical de arquiteto profissional liberal e sócio de uma empresa no mesmo ramo de atividade. Neste caso, segundo, a Federação Nacional dos Arquitetos, o profissional deve fazer o recolhimento tanto como pessoa jurídica quanto como autônomo. Porém, essa opinião não é unânime. Para o advogado Juarez Donizete de Melo e para técnica em contabilidade Vanessa Sofientini, o profissional liberal que atue como empresário – e não for optante pelo Simples Nacional – deverá recolher apenas como pessoa jurídica. “Visto que não estará recebendo qualquer benefício do sindicato da categoria dos empregados”. Já o advogado Márcio Minoru Takeuchi entende que a pessoa jurídica deve recolher para o sindicato patronal e o sócio para o sindicato dos profissionais liberais.
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dos de Ribeirão Preto (AARP), esclarece que não é o profissional que escolhe o sindicato para qual vai recolher a CSU. “O enquadramento se dá em razão da atividade preponderante da empresa [categoria] onde o trabalhador está empregado ou do profissional liberal”. Para o trabalhador com vínculo empregatício, a contribuição é anual, equivalente a um dia de salário e é descontado na folha de pagamento entregue em abril. Já para empresas e profissionais liberais, o pagamento também é anual, porém o valor é referente ao faturamento ou fixado em negociação. Melo alerta que é importante frisar a diferença entre
contribuição sindical, que é obrigatória por lei para todo profissional que pertence a uma categoria, e contribuição assistencial, paga mensalmente por trabalhadores que se associam espontaneamente ao sindicato.
A tabela com o cálculo da contribuição sindical devida pelas empresas e profissionais autônomos está disponível na página da AEAARP, na área de Notícias.
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Na opinião de Takeuchi, o movimento sindical no Brasil é heterogêneo. “Temos classes muito atuantes, que reivindicam e conquistam melhorias para a categoria em âmbito estadual e federal. Para as classes menos atuantes, é importante que os profissionais de cada categoria cobrem proatividade de seus representantes”. O movimento sindical brasileiro não se encontra tão fortalecido, segundo ele, devido à redução da contribuição para os sindicatos de classe. “Contadores que trabalham em uma escola, por exemplo, podem contribuir para o sindicato dos professores ou do contabilista. Nesse caso, alguns contribuem para beneficiar o local em que está trabalhando e acaba deixando sua categoria”. Para Assis, da Gerência Regional do Trabalho, o país tem sindicatos que de fato lutam pela classe e conquistam benefícios para os sindicalizados. “O movimento sindical no Brasil está se fortalecendo, devido à situação econômica que o país se encontra”. Ela avalia que, quando a economia brasileira apresentava bons índices, os sindicatos das empresas e trabalhadores não discutiam tanto para conseguir chegar a um bom acordo para os dois lados. Hoje, a situação mudou. Costa, da Delegacia Sindical da Alta Mogiana, diz que o Brasil conta com 17 mil sindicatos e que nem todos têm representatividade e tampouco defendem, de fato, as categorias que representam. “Existem categorias fortes como a dos metalúrgicos e profissionais ligados ao transporte e outras que são pouco expressivas. No caso dos engenheiros, a representatividade só não é maior porque os profissionais são desunidos”.
meio ambiente
Em defesa das abelhas ONG pretende reunir cientistas, professores, produtores e agricultores
“Bee or not to be”, campanha lançada em 2013 para alertar sobre os riscos do desaparecimento das abelhas, transformou-se na Organização de Proteção às Abelhas Bee or not to be, associação socioambientalista que reune cientistas, professores, produtores, empresários, agricultores, autoridades e defensores da causa. O objetivo é desenvolver ações de prevenção, educação e pesquisa sobre as abelhas, os maiores polinizadores do planeta e que respondem diretamente pela produção de mais de 70% das culturas agrícolas e de 85% das plantas com flores, segundo pesquisadores. “A campanha Bee or Not to Be tornou-se um expressivo movimento de prote-
ção às abelhas, naturalmente nos exigiu a constituição de uma ONG, independente e específica, para atuar com foco no apoio e desenvolvimento de ações de defesa, elevação e manutenção da vida de todas as espécies de abelhas e do meio ambiente, no Brasil e na América Latina, através das atividades de educação profissional e ambiental, bem como de estudos científicos”, afirma Lionel Segui Gonçalves, presidente da Bee or not to be. “Vamos a partir de agora, com mais estrutura e experiência, sugerir, coordenar e executar projetos, publicações, pesquisas, campanhas e eventos visando o fortalecimento dessa importante causa de proteção às abelhas”, finaliza. AEAARP 21
Aplicativo
A partir da criação do aplicativo Bee Alert, por meio da campanha “Sem Abelha, Sem Alimento”, foi possível mapear a eliminação das abelhas no Brasil. O assunto tem ganhado a atenção pelo fato de o problema crescer e por evoluir e se expande de forma preocupante. O Departamento de Agricultura dos EUA relatou em Maio de 2013 a morte de quase 1/3 das abelhas depois do inverno de 2012/2013, e a redução, nos últimos 6 anos, foi de 30,5% do número de colônias de abelhas. Estudos apontam os defensivos agrícolas, particularmente os pesticidas neonicotinoides, como uma das principais hipóteses para explicar o fenômeno.
crea-sp
Lei federal dita medidas de prevenção e de combate a incêndios
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Iniciativa é apelidada de Lei Kiss em referência à boate incendiada em Santa Catarina
Foi sancionada em março a Lei nº 13.425/2017, que “estabelece diretrizes gerais sobre medidas de prevenção e combate a incêndio e a desastres em estabelecimentos, edificações e áreas de reunião de público”. A iniciativa foi apelidada de Lei Kiss, em referência ao acidente na boate de Santa Maria (RS) em 2013, vitimando centenas de pessoas. O Artigo 21 da Lei atribui aos conselhos de classe responsabilidades na fiscalização dos estabelecimentos. O texto diz: “os órgãos de fiscalização do exercício das
profissões de engenheiro e arquiteto, (...) em seus atos de fiscalização, exigirão a apresentação dos projetos técnicos elaborados pelos profissionais, devidamente aprovados pelo poder público municipal”. Os projetos incluem informações sobre “projetos de arquitetura, cálculo estrutural, instalações prediais e urbanização”. Para o engenheiro Araken Mutram, a Lei reforça a responsabilidade legal de profissionais da área tecnológica para exercer com excelência seu trabalho de defesa da sociedade. Ele lembra que, Revista Painel 22
mesmo antes da edição desta Lei, normas técnicas e resoluções já atribuíam responsabilidades e métodos construtivos que dessem conforto e segurança aos usuários de locais públicos. “A responsabilidade técnica sobre essas obras e as normas que determinam a forma correta de construção, com critérios de segurança e conforto, já são usadas pelos bons profissionais. O acidente alertou a sociedade sobre a importância dessas ações e a Lei fortalece as ações de fiscalização”, argumenta.
evento
Foco no futuro A característica rústica do trabalho no campo dá lugar à tecnologia e à inovação, que apontam para novas oportunidades de trabalho
Para acelerar a resolução de problemas, otimizar tempo e investimento, a Agronomia tem se valido cada vez mais de aplicativos e instrumentos de alta tecnologia para monitorar, coletar dados, produzir análises e encaminhar soluções. O engenheiro agrônomo Denis Pretto explica que a coleta de dados e as análises feitas no campo podem definir, por exemplo, se é necessário ou não aplicar mais defensivos na lavoura. Ele vai falar sobre o tema na 11ª Semana de Agronomia e Meio Ambiente da AEAARP, que acontecerá de 22 a 24 de maio. Pretto fala que a coleta de dados, por Drones e Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), e a gestão da informação, por meio de softwares próprios que combinam o conhecimento do profissional da agronomia e a agilidade da tecnologia, permite que uma pessoa, utilizando os equipamentos adequados, forneça informações com agilidade suficiente para evitar perdas na lavoura – como, por exemplo, o controle de pragas. Ele começou a carreira na agronomia em empresas de defensivos agrícolas, nas áreas de pesquisa, comercial e de marketing. “Vi a oportunidade de mudar o rumo da carreira e investi no negócio”, conta Pretto, que desde 2009 trabalha com coleta de dados e em 2011 passou a prestar serviços com equipamentos e softwares próprios. “São ferramentas de automação que melhoram o desempenho das análises que os agrônomos têm de fazer no campo”, explica. A engenheira agrônoma Alessandra
Julianetti Barreto vai mostrar a experiência da Cooperativa de Produtores Rurais (Coopercitrus) de Bebedouro (SP) com esses equipamentos, que utilizam para monitoramento e pulverização. A antropóloga Danielle Moro, especialista em Desenvolvimento Organizacional, explica que as carreiras profissionais ligadas à agronomia e ao meio ambiente têm desafios importantes a superar. “Dizem respeito à necessidade de sobrevivência do planeta, com as ações que reduzam o impacto da atividade e que promovam a utilização racional de recursos naturais, e de combinar competências, desbravando novos mercados e criando oportunidades”, explica. Ela será a palestrante do primeiro dia do evento e falará sobre a construção de uma carreira de sucesso. “As novas e possíveis carreiras serão inventadas a partir de aproximações de competências técnicas de múltiplas áreas. A universidade consegue dar pistas, mas não consegue trabalhar e abrir novas frentes. A velocidade da mudança é maior, as gerações mudam com muito mais velocidade”, avalia Danielle. Desta forma, o mercado alinha a atuação profissional. No último dia de evento, o engenheiro agrônomo Rodrigo Junqueira vai mostrar o modelo agroflorestal que utiliza há 13 anos na Fazenda São Luiz, em São Joaquim da Barra (SP). Ele integra a organização Mutirão Agroflorestal, que tem sede na fazenda. Desde 2006, realiza cursos de agrofloresta na fazenda, cursos básicos e de manejo, e cursos de agroflorestal. AEAARP 23
produtividade
Dicas e Truques #01 AutoSoma Fábio Gatti, especialista em Pacote Office
Quem não gosta de dicas e truques que nos ajudem a trabalhar mais rapidamente e conseguir resultados melhores em nossas atividades? Vou iniciar um novo quadro de publicações para compartilhar dicas para o uso do Excel de forma rápida e produtiva. Neste primeiro tópico, trataremos de uma das funcionalidades mais antigas do Excel: o AutoSoma. Este recurso está disponível desde as primeiras versões da ferramenta e possui um sistema muito inteligente para realizar cálculos de forma automática e prática. Para ilustrarmos como funciona o uso da AutoSoma, vamos ilustrar com o seguinte exemplo: (imagem1).
Outro exemplo está ilustrado na imagem a seguir (imagem 2).
Imagem 2
Imagem 1
Conforme a imagem, teríamos de criar pelo menos dois somatórios, referenciando os meses e referenciando as regiões. Utilizando a AutoSoma, basta selecionar o intervalo A1:E7 e clicar uma única vez no botão Σ (Sigma), que está no topo direito superior da guia Página Inicial. O mecanismo de soma identifica automaticamente se há números a serem somados à esquerda, se não houver, identifica se há acima, e todos os valores constantes sequenciais serão somados.
Temos uma estrutura de regiões com suas respectivas vendas; porém, agora com seus respectivos produtos. Inicialmente percebemos que teríamos de inserir cinco somas por região, e um somatório total geral no final, onde teríamos de selecionar item por item para a soma. Basta selecionarmos as células de somatório C7:H7, C10:H10, C14:H14, C20:H20, C21:H21 e I3:I21 e com um único clique no AutoSoma o resultado já aparece automaticamente, inclusive o Total Geral. Além de somas, este botão também pode encontrar contagem, média, produto, e outros cálculos.
Revista Painel 24
cultura
Fernando Pessoa é tema do I AEAARP Cultural
Ercília Pamplona, Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz, Mara Sena, Vera Figueiredo e Eliane Ratier
A AEAARP acaba de lançar o projeto AEAARP Cultural, sob a coordenação da arquiteta e urbanista Ercília Pamplona, diretora da entidade. A primeira edição será dia 30 de maio, às 18h30, na sede – Rua João Penteado, 2.237. “Teremos um sarau literário e musical com a poetisa Eliane Ratier
e o pianista Gustavo Molinari e elegemos o português Fernando Pessoa como tema da primeira edição”, apresenta Ercília. Os convidados serão recebidos com um chá da tarde e a entrada é um quilo de alimento não perecível para doação a entidades beneficentes cadastradas na AEAARP. O evento acontecerá uma vez por mês, preferencialmente às terças-feiras, sempre no final da tarde. “Queremos realizar encontros informais, de amigos e amantes da cultura e das artes para troca de informações, para aprender mais e para valorizarmos a produção cultural da cidade”, explica. Os eventos serão sempre temáticos. O projeto pretende realizar atividades com artes plásticas, teatro, dança, música
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instrumental, canto, poesia etc. A AEAARP tem incrementado o relacionamento com a comunidade, além de lançar novos projetos. O objetivo é ampliar sempre o relacionamento com a cidade. “A AEAARP é uma entidade que ao longo de sua história sempre debateu os problemas da cidade e sempre acompanhou o desenvolvimento de Ribeirão Preto em todas as áreas. Hoje, como uma entidade sólida, entendemos que devemos trazer a comunidade para dentro de nossa entidade. Por isso, o AEAARP Cultural é mais uma oportunidade de conversarmos com novos públicos”, disse o engenheiro Carlos Eduardo Alencastre, presidente da Associação.
notas e cursos Agrônomos são homenageados na Agrishow Os engenheiros agrônomos Marcos Fava Neves e José Carlos Gonçalves foram homenageados pela Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo (AEASP) durante a feira Agrishow 2017. Os dois receberam o prêmio Profissionais do Ano AEAARP nos anos 2011 e 2012, respectivamente. Fava Neves recebeu a medalha Fernando Costa na área de ensino e Gonçalves o troféu Deusa Ceres como agrônomo do ano. Durante a cerimônia, a AEAARP homenageou o engenheiro civil Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, em reconhecimento pelo seu trabalho no setor. Na ocasião, a AEASP conferiu ao secretário o título de agrônomo honorário. O engenheiro agrônomo Dilson Caceres representou o jornalista José Hamilton Ribeiro, natural de Santa Rosa de Viterbo (SP), na região de Ribeirão Preto, premiado como Destaque na Comunicação Rural.
O engenheiro agrônomo Dilson Caceres (ao centro) representou o jornalista José Hamilton Ribeiro
Veja a relação completa dos homenageados pela AEASP: Engenheiro Agrônomo do Ano José Carlos Gonçalves | Troféu Deusa Ceres Medalhas Fernando Costa Roberto Mello de Araújo | Ação ambiental Jovino Paulo Ferreira Neto | Assistência técnica e extensão rural Simon Johannes Maria Veldt | Cooperativismo Mário Sérgio Tomazela | Defesa agropecuária Marcos Fava Neves | Ensino Lincoln Hiroshi Miike | Iniciativa privada Antonio Batista Filho | Pesquisa Medalha Joaquim Eugênio de Lima Taís Tostes Graziano | Paisagismo Destaque Comunicação Rural José Hamilton Ribeiro
O engenheiro agrônomo Callil João Filho e os engenheiros civis Carlos Alencastre e Arnaldo Jardim
Diretoria e conselho da AEAARP com o presidente da AEASP, Angelo Petto Neto
novos associados Marina Zanatto Muccillo Arquiteta e urbanista Jorge Sato Engenheiro civil
Samuel Pereira Fortes Engenheiro civil Antonio Jose de Almeida Engenheiro mecânico
Paulo Roberto Pereira Cezar Engenheiro mecânico Em reunião plenária, diretoria e conselho da AEAARP definiram a agenda de eventos sociais, culturais e técnicos de 2017.
Marco Antonio Tamacki Testa Engenheiro industrial mecânico Antonio Claudio Cerruti Técnico em eletroeletronica
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Clovis Silva Alves Técnico em edificações
Escolha sempre a AEAARP na sua Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Alínea 46 fortalece a atuação da sua entidade de classe. Revista Painel 26
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