painel Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto Ano IX nº 255 junho/ 2016
PREVISÃO DO TEMPO EXIGE TÉCNICA E também demanda profissionais capacitados
HOBBY
O engenheiro que cozinha
METRÓPOLE
AEAARP vai participar das discussões técnicas
SEGURANÇA
AEAARP
Informalidade faz crescer número de acidentes
palavra do presidente
E
ste mês de junho de 2016 entra para a história de Ribeirão Preto. É quando uma das mais importantes iniciativas de gestão foi adotada, a Região Metropolitana. O projeto, desejado, esperado e planejado há vários anos, finalmente vai sair do papel. E é este o momento de maior importância para todos nós e também o que exige mais comprometimento e responsabilidade. Atribuir às 34 cidades o status de Região Metropolitana abre um leque quase infinito de possibilidades que vão muito além do custo da ligação telefônica. As pessoas que vivem nesses municípios já estão naturalmente conectadas, por meio do comércio, do turismo, das oportunidades de emprego, do acesso à saúde, abastecimento etc. O que não existia até agora era uma política pública integrada que proporcionasse investimento, atendimento de qualidade, dentre tantas outras coisas. As discussões dessas políticas públicas passam pelas áreas de conhecimento de engenheiros, arquitetos e
Eng. civil Carlos Alencastre
agrônomos. O organismo de gestão exige a participação da sociedade civil organizada e é imprescindível que a AEAARP seja representada. A representação da entidade nesses fóruns de discussão fortalece a nossa Associação. Por consequência, fortalece também a atuação dos profissionais da área tecnológica em um momento de grandes turbulências econômicas e políticas.
índice
HOBBY
18
GESTÃO
19
LEGISLAÇÃO
20
PRODUTIVIDADE
23
PAINEL ELEIÇÕES
24
CREA-SP
25
NOTAS E CURSOS
26
ESPECIAL
05
CONSELHO
09
CIDADES
10
Informalidade faz crescer acidentes na construção civil
MEIO AMBIENTE
12
Programas de computador podem trabalhar por você
Setor meteorológIco evolui e demanda mais profissionais
João Paulo Figueiredo é o novo presidente do Conselho Deliberativo
Região Metropolitana vai pautar temas técnicos
Políticas públicas e investimentos privados avançam em ações sustentáveis
ARQUITETURA
Construção com sustentabilidade
HOMENAGEM
Acervo de Barillari é doado à Biblioteca de Universidade
painel
Aventuras na cozinha
Planejamento Estratégico
14
O número de parlamentares
17
Resolução define regras para a atribuição profissional
Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700 - Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / aeaarp@aeaarp.org.br
DIRETORIA OPERACIONAL Diretor Administrativo: eng. agr. Callil João Filho Diretor Financeiro: eng. agr. Benedito Gléria Filho Diretor Financeiro Adjunto: eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio Bagatin Diretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: eng. civil Hirilandes Alves Diretor Ouvidoria: eng. civil Milton Vieira de Souza Leite DIRETORIA FUNCIONAL Diretor de Esportes e Lazer: eng. civil Rodrigo Fernandes Araújo Diretor de Comunicação e Cultura: eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto Diretor Social: arq. e urb. Marta Benedini Vecchi Diretor Universitário: arq. e urb. Ruth Cristina Montanheiro Paolino DIRETORIA TÉCNICA Agronomia, Agrimensura, Alimentos e afins: eng. agr. Jorge Luiz Pereira Rosa Arquitetura, Urbanismo e afins: arq. Ercília Pamplona Fernandes Santos Engenharia e afins: eng. Naval José Eduardo Ribeiro Horário de funcionamento AEAARP - das 8h às 12h e das 13h às 17h CREA - das 8h30 às 16h30 Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.
Eng. civil Carlos Eduardo Nascimento Alencastre Presidente Eng. eletr. Tapyr Sandroni Jorge 1º Vice-presidente
Eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho 2º Vice-presidente
CONSELHO DELIBERATIVO Presidente: eng.º civil João Paulo FIgueiredo Conselheiros Titulares Eng.º agr.º Dilson Rodrigues Cáceres Eng.º civil Edgard Cury Eng.º civil Elpidio Faria Junior Arquiteta e eng.ª seg.ª do trab.º Fabiana Freire Grellet Eng.º agr.º Geraldo Geraldi Jr Eng.º agr.º Gilberto Marques Soares Eng.º mec.º Giulio Roberto Azevedo Prado Eng.º elet.ª Hideo Kumasaka Eng.º civil João Paulo de Souza Campos Figueiredo Eng.º civil Jose Aníbal Laguna Arquiteto Luiz Eduardo Siena Medeiros Arq.ª e urb.ª Maria Teresa Pereira Lima Eng.º civil Ricardo Aparecido Debiagi Conselheiros Suplentes Eng.º agr.º Alexandre Garcia Tazinaffo Arq.º e urb.ª Celso Oliveira dos Santos Eng.º agr.º Denizart Bolonhezi Eng.º civil Fernando Brant da Silva Carvalho Eng.º agr.º José Roberto Scarpellini Eng.º agr.º Ronaldo Posella Zaccaro
AssociAção de engenhAriA ArquiteturA e AgronomiA de ribeirão Preto
REVISTA PAINEL Conselho Editorial: eng. civil Arlindo Sicchieri, arq. urb. Celso Oliveira dos Santos, eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto - conselhoeditorial@aeaarp.org.br Conselheiros Titulares do CREA-SP indicados pela AEAARP: eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves e eng. mecânico Fernando Antonio Cauchick Carlucci Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação Rua Galileu Galilei 1800/4, Jd. Canadá, Ribeirão Preto SP, CEP 14020-620 www.textocomunicacao.com.br Fones: 16 3916.2840 | 3234.1110 contato@textocomunicacao.com.br Editora: Daniela Antunes – MTb 25679 Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044 Publicidade: Departamento de eventos da AEAARP - 16 2102.1719 Angela Soares - angela@aeaarp.org.br Tiragem: 3.000 exemplares Locação e Eventos: Solange Fecuri - 16 2102.1718 Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader Impressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.
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SETOR METEOROLÓGICO EVOLUI E DEMANDA MAIS PROFISSIONAIS A diversificação da matriz energética brasileira, a criação de centros estaduais de meteorologia e o interesse de empresas privadas no tema são os principais responsáveis pela evolução do setor
AEAARP 5
especial
agricultura
TECNOLOGIA
A previsão climatológica tem ganhado mais importância não só em órgãos do poder público federal como também em centros estaduais de meteorologia e em empresas de engenharia. De acordo com o meteorologista Ricardo Hallak, docente do Departamento de Ciências Atmosféricas, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), nos últimos cinco anos houve grande procura por meteorologistas recém-formados pelas empresas de engenharia envolvidas com a geração e transmissão de energia. “A inclusão da geração de energia eólica na matriz energética brasileira absorveu boa parte dos recém-formados. Vários profissionais também foram contratados para analisar dados relacionados à geração de energia hidrelétrica, tão dependente dos regimes de chuvas num país de tamanho continental”. Um exemplo de empresa privada que decidiu criar uma estação meteorológica própria foi a Saint-Gobain, que construiu um centro de pesquisa e desenvolvimento para o grupo em Capivari (SP). No centro é pesquisada a Física das Edificações, ciência que estuda a eficiência energética, o impacto ambiental e o conforto proporcionado pelos sistemas construtivos. Para gerar dados precisos, é necessário analisar o comportamento térmico de um edifício – em função dos materiais utilizados em sua construção – e as condições ambientais do lugar. Mesmo com duas estações meteorológicas públicas próximas ao centro – uma em Campinas e outra em Piracicaba (SP) – a empresa decidiu realizar suas medições diretamente no local. “A Saint-Gobain vai instalar em breve uma estação meteorológica que medirá a quantidade de chuva, umidade relativa e temperatura do ar, direção e velocidade dos ventos e a radiação solar.
profissão
Centro de pesquisa e desenvolvimento da Saint-Gobain, em Capivari-SP
A estação, de origem americana, contará com sistema de armazenamento de dados e comunicação com computadores”, explica Paul Houang, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa.
Alta tecnologia
Existem muitas aplicações da meteorologia que exigem instrumentação de alta tecnologia. A química atmosférica, por exemplo, trabalha com equipamentos refinados de medição de componentes suspensos na atmosfera e com a análise química das amostras de ar e de água da chuva colhidas pelos instrumentos. No sensoriamento remoto – que é a obtenção de medidas de variáveis físicas como umidade, temperatura, vento, chuva, gelo, poluição – pode-se citar os radares meteorológicos, os satélites artificiais e os perfilhadores verticais da atmosfera. “Esses instrumentos são de altíssima tecnologia e usam ondas eletromagnéticas para o sensoriamento da atmosfera”, explica o meteorologista. Nos estudos do comportamento da dinâmica dos fluidos (a atmosfera é um fluido gasoso) utilizam-se supercomputadores para rodar modelos numéricos da Revista Painel 6
atmosfera. Neles, são usados programas complexos que permitem o cálculo de bilhões de operações matemáticas por segundo. “Mesmo assim, estamos longe de atingir a velocidade de computação adequada para as previsões do tempo”, ressalta Hallak. Uma das grandes novidades da meteorologia, de acordo com Hallak, é o novo satélite ambiental americano de órbita geoestacionária – que fica parado sobre um mesmo ponto sobre a superfície terrestre, a 36 mil quilômetros da Terra –, o Geostationary Operational Environmental Satellite-R Series (GOES-R), projeto das organizações americanas NOAA (em português, Administração Oceânica e Atmosférica Nacional) e a NASA (em português, Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço). “O satélite vai revolucionar a obtenção dos dados meteorológicos a partir deste ano”. O GOES-R tem sensores de altíssima resolução espacial e oferecerá 34 produtos para uso na previsão de tempo e monitoramento ambiental, nas áreas de atmosfera, superfície e solo terrestres, oceanos e em relação à radiação solar. O lançamento do satélite será em 13 de outubro de 2016.
especial
tecnologia
AGRICULTURA
profissão
O aplicativo também apresenta mapas de estiagem, chuvas, disponibilidade de água no solo, temperaturas máximas e mínimas, a melhor época de plantio das culturas, nos diferentes tipos de solo, e ciclos de cultivares para todos os municípios brasileiros, orientando a produção e reduzindo perdas agrícolas. “Quando o agricultor estiver no campo poderá consultar dados de monitoramento e receber alertas pra tomar decisões rápidas. O aplicativo atende às necessidades específicas com informações de fácil acesso, regionalizados e sazonais”, explica Sílvio Evangelista, analista da Embrapa Informática Agropecuária. Em um cenário de restrição hídrica, por exemplo, é essencial conhecer as condições de chuva e de disponibilidade de água no solo para qualquer cultura.
Satélite americano GOES-R, que será lançado em outubro de 2016 | Imagem: www.nasa.gov
História da meteorologia no mundo e no Brasil
A primeira obra sobre meteorologia foi escrita em 3.000 a.C. pelo chinês Nei Tsing Sou Wen. Em 300 a.C., o filósofo Theophraste publicou o primeiro livro de previsões da Europa. Mas foi em 1607 que a meteorologia progrediu com o termoscópio (antecessor do termômetro) de Galilei Galilei, instrumento que informava as mudanças climáticas. Depois Torricelli criou o barômetro, que mede a pressão atmosférica. Em 1648, Pascal desenvolveu a teoria de que a pressão diminui com a altitude e por isso haveria vácuo na atmosfera. Já o Brasil teve de esperar até 1965 para ter os primeiros meteorologistas formados em solo nacional, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fontes: Brasil Profissões e Sociedade Brasileira de Meteorologia
No campo
Com a popularização dos celulares no ambiente rural cresceu a demanda por aplicativos de celulares que auxiliem o gerenciamento das atividades agrícolas. Um exemplo é o sistema de moni-
toramento agroclimático Agritempo, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A Empresa oferece informações das condições climáticas para o agricultor em tempo real mesmo estando no campo. AEAARP 7
O Agritempo tem atualização diária e pode gerar mapas, baixar boletins regionais e encontrar rede de estações meteorológicas em todo o país. No endereço eletrônico da AEAARP, na área de Notícias, está disponível o link para download do aplicativo.
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especial
Profissão
Os meteorologistas fazem parte do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) e têm a profissão regulamentada pela Lei Federal 6.835/1980. Hoje, o CONFEA conta com 638 meteorologistas, 464 técnicos em meteorologia e três tecnólogos em meteorologia. De acordo com o meteorologista Alfredo Silveira da Silva, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a profissão tem sido cada vez mais valorizada devido aos avanços da meteorologia e sua relação com a previsão do tempo, clima e mudanças climáticas, tanto nas questões globais como regionais. Os fatores socioeconômicos também têm ajudado a ampliar a busca por meteorologistas, que são aptos a resolverem problemas físicos e destacam-se em serviços que exigem domínio em questões numéricas e estatísticas, complementa Hallak.
agricultura
tecnologia
meteorologistas estão aptos para atuar, quando se especializam, em áreas como engenharia, agronomia, geologia e oceanografia, explica Silva. Hoje, as regiões Sul e Sudeste são as que mais empregam, segundo o professor, por suas características atmosféricas regionais e possuem um número maior de centros meteoro-
PROFISSÃO
lógicos. Segundo Hallak é difícil encontrar meteorologistas desempregados. O professor da USP também destaca os principais empregadores de meteorologistas no Brasil: -Empresas privadas como Climatempo e SOMAR Meteorologia, de São Paulo, ou MetSul, do Rio Grande do Sul, -Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), -Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), -Empresas privadas de engenharia que trabalham com energia hidrelétrica e eólica, -Empresas privadas de transmissão de energia elétrica, -Universidades federais e estaduais, -Centros regionais de meteorologia, -Bancos comerciais e instituições financeiras, que buscam profissionais com grande poder de análise e habilidades numéricas e computacionais.
No Brasil existem 12 cursos de graduação em Meteorologia. As regiões Sul e Sudeste contam com oito cursos e as regiões Norte e Nordeste quatro. Veja na área de Notícias no endereço eletrônico da AEAARP a lista de faculdades que oferecem o curso.
Seja um observador voluntário
O Instituto de Pesquisas Meteorológicas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp) tem uma ferramenta de coleta de informações que ajuda em pesquisas sobre tempestades. O atalho para participar está disponível na área de Notícias, no endereço eletrônico da AEAARP.
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Além da atuação em previsão de tempo, questões das mudanças climáticas, aquecimento global, buraco da camada de ozônio e meio ambiente, os
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conselho
JOÃO PAULO FIGUEIREDO É O NOVO PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO Ele foi eleito logo depois da posse dos conselheiros eleitos em 2016
Conselho Deliberativo da AEAARP
João Paulo Figueiredo, novo presidente do Conselho Deliberativo da AEAARP
O engenheiro João Paulo Figueiredo foi eleito presidente do Conselho Deliberativo da AEAARP para o biênio 2016-2018. É a segunda vez que assume esse desafio e afirma que hoje tem um olhar diferente sobre as tarefas e responsabilidades, principalmente depois de ter presidido a diretoria da entidade por quatro anos, em dois mandatos consecutivos. “A experiência é maior, conheço mais profundamente as necessidades da AEAARP”, pondera. O Conselho, em sua visão, tem a função
principal de nortear as ações da entidade sendo, ao mesmo tempo, um organismo de apoio e também a consciência crítica daqueles que estão na direção. “Nós temos de dar o norte sem ingerência nas obrigações executivas”. Para ele, o sucesso de uma administração resulta da sintonia do Conselho e da
Wilson Luiz Laguna presidiu o Conselho nos últimos dois anos AEAARP 9
Conselheiros eleitos para o biênio 2016-2018: Geraldo Geraldi Júnior, Giulio Roberto Azevedo Prado, Gilberto Marques Soares, Fabiana Freire Grellet, José Aníbal Laguna, Celso dos Santos, José Roberto Scarpellini e Wilson Luiz Laguna
Diretoria. “Desta forma, as questões de maior abrangência acabam sendo mais bem conduzidas”, opina. Um dos trabalhos em andamento é a atualização do Estatuto da AEAARP, que deve ser feita periodicamente. Além disso, Figueiredo se propõe a pautar ações que atraiam novos associados.
cidades
REGIÃO METROPOLITANA VAI PAUTAR TEMAS TÉCNICOS A lei que foi aprovada prevê a criação de câmaras que poderão ser formadas por representantes da sociedade civil
Carlos Alencastre
A lei que cria a Região Metropolitana de Ribeirão Preto foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) e o desafio a partir de agora é aprofundar os debates acerca das necessidades regionais. De acordo com a Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa), órgão do governo paulista que gere as políticas públicas desse setor, será formado um Conselho de Desenvolvimento, composto pelos prefeitos de cada um dos 34 municípios. Segundo a Empresa, esse conselho tem caráter normativo e deliberativo. Além dele, será formado também o Conselho Consultivo, com representantes da sociedade civil e dos poderes legislativo e executivo de cada cidade. São as demandas levantadas pelos conselhos que definirão os objetivos das câmaras temáticas, voltadas a um programa, projeto ou atividade específica. As câmaras temáticas têm caráter
AEAARP generalista e objetivam a promoção de O presidente da AEAARP, engenheiro estudos, pesquisas, projetos e promoCarlos Alencastre, ressalta que a entidação de atividades relativas às funções de vai participar dos encaminhamentos públicas de interesse comum. Existe técnicos. Audiências públicas para a ainda a possibilidade de instituir câmaras formação da Região Metropolitana acontemáticas especiais, voltadas à execução teceram na sede da Associação. de programas, projetos ou atividades Ele avalia que, apesar de a decisão ser específicas. O Regimento Interno do Contomada em nível governamental, é o selho de Desenvolvimento vai disciplinar debate técnico que vai prevalecer e que o funcionamento dessas câmaras, que será relevante para o sucesso do projeto. têm caráter técnico e auxiliar. “As 34 cidades que agora vão compor Há também a possibilidade de instia Região Metropolitana têm necessidatuir câmaras temáticas especiais cujas des que convergem para investimentos atribuições atenderão às necessidades conjuntos. Devemos abraçar esta grande específicas, estudando temas pontuais. oportunidade e dar um salto na qualidaDepois desse trabalho, são extintas. de de vida da população”, avalia. As câmaras terão coordenação geAntes da aprovação da lei, os enral, relatoria e membros titulares e genheiros Tapyr Sandroni Jorge, vicesuplentes. Todos serão indicados por presidente da AEAARP, e João Paulo órgãos públicos e entidades da soFigueiredo, presidente do Conselho ciedade civil. Pelo fato de pautarem Deliberativo, participaram do encontro questões técnicas, as câmaras poderão com o governador Geraldo Alckmin, no ter representantes setoriais de acordo com o assunto em foco. Eles poderão vir do setor público, da sociedade civil, do legislativo municipal etc. A Emplasa ressalta que importa à composição das câmaras temáticas o conhecimento técnico a respeito do Geraldo Alckmin, Tapyr Sandroni Jorge e João Paulo Figueiredo tema a ser tratado. Revista Painel 10
Mario Pascarelli Filho
Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo (SP), e manifestaram a intenção da entidade em participar dos debates técnicos. Para Sandroni Jorge, a Região Metropolitana será oportunidade de organizar políticas públicas em conjunto com os municípios que a integrarão, otimizando investimentos. As questões relativas à infraestrutura e mobilidade são as que mais chamam a atenção do engenheiro. “O potencial econômico desta região é reconhecido em todo o mundo e a tendência agora é de melhorarmos as questões que ainda travam as cidades “, avalia. Figueiredo afirma que engenheiros, arquitetos e agrônomos da AEAARP deverão participar ativamente das discussões técnicas que pautarão a organização da Região Metropolitana.
Antônio Duarte Nogueira Júnior
O engenheiro Mario Pascarelli Filho, coordenador do curso de Gerente de Cidades da FAAP, e o deputado federal Antônio Duarte Nogueira Júnior, participaram do Seminário sobre Gestão Municipal promovido pela AEAARP. Pascarelli falou sobre o papel do Estado moderno e as políticas públicas. Em sua exposição, ressaltou o modelo de governabilidade da máquina pública, que, em sua visão, precisa valorizar as competências técnicas dos colaboradores em detrimento dos acordos políticos que acabam por inchar a máquina e inviabilizar financeiramente a gestão. Nogueira, por sua vez, focou nos benefícios que a Região Metropolitana proporcionará às 34 cidades que a compõe. Para ele, o principal ganho será o planejamento regional. “Haverá uma agência de desenvolvimento e um fundo com recursos específicos para investir na região”, explicou. Para ele, a organização regional será o passaporte para o futuro graças ao desenvolvimento econômico e social integrado entre as cidades. O deputado informou que os estudos preliminares mostram que a região de Ribeirão Preto possui serviços públicos com característica regional, bem como a mobilidade dos moradores, que se deslocam diariamente para trabalhar e estudar. Desta forma, as cidades adquirem um âmbito regional e se conectam economicamente.
AEAARP 11
meio ambiente
Profissionais e estudantes se interessaram pelas palestras da Semana de Meio Ambiente da AEAARP
POLÍTICAS PÚBLICAS E INVESTIMENTOS PRIVADOS
AVANÇAM EM AÇÕES SUSTENTÁVEIS 10ª Semana de Meio Ambiente da AEAARP mostrou experiências e avanços
Até meados de 1990, o foco de atuação dos órgãos ambientais do estado era compartimentado. Na capital, São Paulo, os organismos de controle só trabalhavam com a questão da poluição do ar. No interior a preocupação era com a poluição da água. “Hoje, se preocupam com as duas vertentes”, disse Otávio Okano, presidente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), na abertura da 10ª Semana de Meio Ambiente da AEAARP. Ações adotadas pelos setores público e privado colaboram para preservar os
recursos naturais. Okano conta que o acordo com o setor sucroalcooleiro para eliminar a queimada da cana e recuperar as matas ciliares, por exemplo, permitiu que boa parte das mananciais de rios fosse recuperada, garantindo a recuperação ambiental dessas áreas. “Hoje, se olhar no Google é possível ver essa diferença”. Ele ressaltou a necessidade de adotar ações integradas. Não basta proteger os rios que nascem no estado de São Paulo. É necessário agir também em outras esferas da federação, já que muitas nasRevista Painel 12
centes estão em outros estados. O engenheiro agrônomo José Amadeu Giacchetto, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral do Governo do estado de São Paulo, expôs experiências exitosas de implantação de serviços ambientais na cidade de Barretos (SP), onde ele atua. As políticas públicas contemplam ações na área rural e na cidade. A abordagem vai desde a proteção de mananciais até a fiscalização de poda e combate à queimada urbana. Ele observa que produtores rurais,
por exemplo, tendem, em sua maioria, a preservar rios e cursos d’água que abastecem suas propriedades. “Protege porque sabe que tem ganho com isso”, atesta. Porém, é necessário que o estado forneça as ferramentas adequadas para que esse bem seja protegido em benefício da coletividade. É necessário, em sua visão, que sejam adotados projetos agroflorestais, que combinam produção agrícola com preservação ambiental. “Como vai reservar 20% da área [exigido no Cadastro Ambiental Rural para algumas propriedades] e não fazer sistema agroflorestal? Perde dinheiro”, disse. Giacchetto ressaltou que o conhecimento técnico tem proporcionado avanços em políticas de sustentabilidade. “O plantio direto, por exemplo, é grande avanço para a agricultura, porque reduz impacto ambiental”, falou.
Um exemplo de como o investimento em pesquisa e novas ideias pode colaborar para a mudança de visão dos investimentos é o projeto do Km Ambiental, tema da tese de mestrado do engenheiro Aldo Arouca que visa implantar rodovias
com sustentabilidade, voltadas para o conforto e bem-estar dos usuários. O projeto é amparado no tratamento e manipulação adequados da água, ar e solo da faixa de domínio da rodovia, mitigando os impactos significativos nos corpos hídricos junto às Áreas de Preservação Permanentes (APPs), redimensionando a drenagem superficial, monitorando os resíduos sólidos e as emissões do CO2 nas atividades correlatas da operação rodoviária. Arouca defendeu, por exemplo, a reformulação dos conceitos básicos de conservação ambiental rodoviária, adicionando os princípios da sustentabilidade (social, econômico e ambiental) e a variação da função do ambiente. Ele explica que tanto a construção de uma rodovia quanto a sua manutenção têm impactos ambientais parecidos. Para melhorar a qualidade do ar, Arouca propõe a neutralização das emissões de CO2 nas rodovias, através da criação e valorização das florestas. Ele explica que para a implantação de uma rodovia, são necessários aproximadamente 25 equipamentos durante a obra, que consumirão 137,500 litros de combustível, lançando no ar 350 toneladas de CO2. De
acordo com um índice de neutralização utilizado pelos técnicos, uma árvore é capaz de absorver 160 kg CO2 em 10 anos. Portanto, são necessárias 2.180 árvores para absorver as 350 toneladas de CO2 lançadas na atmosfera durante a construção de uma rodovia. Durante sua palestra na AEAARP, Arouca deu outro exemplo: considerando que o rendimento de um caminhão seja de 3 km/litro, o consumo anual será de 4.000 litros. Multiplicando esse valor pelo parâmetro 2,6 kgCO2/litro de combustível, sabe-se que a emissão de CO2 deste caminhão é de 10.400 kgCO2/ ano. Assim, se uma árvore absorve 160 kgCO2, precisaria de 65 árvores por ano para absorver os 10.400 kg/CO2. A implantação do Km Ambiental tornaria as rodovias mais sustentáveis. “Se a plantação destas 65 árvores pesar no bolso, é possível dividir a responsabilidade entre vários atores: empresa viabilizadora do espaço físico, no caso do estado de São Paulo o DER-SP [Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo], empresa operadora de veículos especiais, empresa geradora de carga, empresa fabricante de equipamento e empresa distribuidora de combustíveis”.
Otávio Okano
José Amadeu Giacchetto
Aldo Arouca
Conhecimento
AEAARP 13
arquitetura
CONSTRUÇÃO COM SUSTENTABILIDADE Arquitetura sustentável é viável economicamente, mas ainda é mais cara do que o modelo convencional
O conceito de arquitetura sustentável está relacionado ao respeito com os recursos humanos e naturais no processo de desenvolvimento e execução de um projeto arquitetônico, considerando a eficiência energética, a qualidade no ambiente de trabalho, o reuso e tratamento da água e do esgoto, além da utilização de materiais sustentáveis. Em uma das principais avenidas de São Paulo, a Brigadeiro Faria Lima, está um dos mais recentes exemplos de sucesso da arquitetura sustentável: o Edifício Vera Cruz II, assinado pelo arquiteto Roberto Collaço. A construção recebeu o prêmio máximo da U.S. Green Building Council (USGBC), o LEED Platinum, que é conferido aos edifícios com mais de 80 pontos nos critérios de avaliação do órgão. O LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é a certificação internacional que atesta a sustentabilidade da edificação.
Mundial 2015 do World GBC, 36% dos profissionais e empresas da indústria da construção brasileira acreditam que até 2018 mais de 60% dos seus projetos serão sustentáveis. “É uma necessidade urgente, pois já estamos cientes de que a preservação ambiental depende dessa forma de trabalho”, afirma Collaço. O portal Construir Sustentável publicou uma lista dos vários selos verdes ligados à construção civil. Veja na área de Notícia, no endereço eletrônico da AEAARP.
www.aeaarp.org.br O arquiteto afirma que a sociedade tem percebido a importância dos edifícios verdes. “Mesmo que o cliente não entenda claramente o conceito, temos que incentiva-los, afinal isso é necessário para vivermos em um mundo mais equilibrado”. Ele defende que os imóveis sustentáveis têm como objetivo fornecer qualidade ao produto e que o valor de venda ou revenda é apenas uma consequência.
Certificação USGBC
PLATINUM
GOLD
SILVER CERTIFIED 40-49 Points
50-59 Points
60-79 Points
Economia de energia e água
80 + Points
De acordo com o Green Building Council Brasil (GBC Brasil), o número de certificações LEED no primeiro quadrimestre de 2016 é o maior desde 2012 no Brasil. O órgão concedeu 73 novas certificações LEED no período. Segundo o Relatório
Edifício Vera Cruz II, em São Paulo-SP | Foto: Maria Eugenia Monteiro Collaço
Revista Painel 14
Segundo Collaço, a arquitetura sustentável é viável economicamente e o custo é mais elevado se comparado à arquitetura convencional. Entretanto, com o passar do tempo, o edifício sus-
tentável economizará cerca de 20% no custo anual de energia e até 50% de água potável, explica. Para atingir esses números no Edifício Vera Cruz II, o arquiteto utilizou vasos sanitários, mictórios e chuveiros com economizadores de água, sistema de captação de água da chuva
nas coberturas, captação e tratamento de águas cinzas – aquelas geradas em processos domésticos e que são eliminadas em pias e ralos –, recuperação das águas de condensação do sistema de ar-condicionado e reuso da água para irrigação dos jardins.
Para garantir a economia de energia foram instaladas 170 m² de placas fotovoltaicas na cobertura do edifício, equivalente a 2% da energia total consumida pelo edifício. “O projeto de energia produzida in loco com certificação LEED foi pioneiro no Brasil”, explica o arquiteto. Na fachada foram usados elementos estéticos diferenciados e funcionais como, por exemplo, placas de cobre com lã isolante e gesso acartonado, que garante a eficiência térmica e acústica da edificação. O grande diferencial são as placas de cobre que se transformarão com o passar dos anos, em decorrência das condições climáticas e do tempo de uso. Ou seja, com o tempo elas perderão o tom avermelhado e migrarão para tons azul-esverdeados.
Sistema de captação e tratamento de águas cinzas | Foto: Maria Eugenia Monteiro Collaço
170 m² de placas fotovoltaicas na cobertura | Foto: Maria Eugenia Monteiro Collaço
Collaço acredita que quanto mais houver construções sustentáveis, e uma consequente procura por produtos eco eficientes, os valores dos edifícios se tornarão mais acessíveis. Outro fator que pode reduzir o custo é a diversificação de fornecedores e de materiais sustentáveis para a construção civil.
Sistema de recuperação de condensação do sistema de ar-condicionado | Foto: Maria Eugenia Monteiro Collaço AEAARP 15
arquitetura
Materiais sustentáveis
O portal Ambiente Brasil listou alguns dos principais materiais sustentáveis que podem ser usados em edifícios verdes: Fibras vegetais: substituem as fibras de vidro e sintéticas, Óleos vegetais: utilizados em vários produtos da construção civil, Solo cimento: material homogêneo resultante da mistura de solo, cimento e água, Concreto reciclado: produto feito com material resultante na fabricação de cimento e em usinas metalúrgicas, outros utilizam sobras de minérios e asfalto, recolhidos em demolições e entulhos, Adobe: mistura de argila, areia, água e algumas vezes podem ser adicionadas palha ou outras fibras para a construção de tijolos, Tintas naturais: a base de água, ceras e óleos vegetais, resinas naturais, com pigmentações minerais e não utilizam metais pesados, Telhas ecológicas: placas prensadas de fibras naturais ou de materiais reciclados. O arquiteto se preocupou em usar materiais de baixo impacto ambiental e reduzir ao máximo a geração de resíduos durante a construção do Vera Cruz II. Para isso, buscou produtos regionais e matérias-primas recicladas. “Do custo total da obra, 13,85% foi gasto com matéria-prima gerada a partir de material reciclado e 56% dos materiais vieram de fornecedores próximos ao
empreendimento”, diz Collaço. Segundo a certificação LEED quanto maior o uso de produtos regionais, maior é a pontuação.
Obras e Paredes verdes no entorno do edifício | Foto: Maria Eugenia Monteiro Collaço construções sustentáveis
O canteiro de obras também pode se tornar mais sustentável. “Com profissionais qualificados e preparados, que executam da melhor maneira os serviços, mantendo o ambiente de trabalho o mais organizado possível e conscientes sobre questões ambientais, podemos tornar a obra mais sustentável”, diz o arquiteto.
a maior demanda de construções sustentáveis é na área comercial. O arquiteto complementa que um edifício já construído pode se tornar sustentável com a substituição de alguns sistemas por outros mais eficientes e menos poluentes. “É preciso trocar equipamentos de ar-condicionado, aplicar sistemas de reciclagem e economia de água, utilizar iluminação mais econômica e placas fotovoltaicas”. Para Collaço, ter construções ecologicamente corretas resulta em investimento em tecnologia e novos produtos, o que gera desenvolvimento em vários setores relacionados. A próxima Expo Arquitetura Sustentável acontecerá de 4 a 7 de abril de 2017, em São Paulo-SP.
Bicicletário com 60 vagas | Foto: Maria Eugenia Monteiro Collaço
Collaço apresentou o case do Edifício Vera Cruz II na edição 2015 da Expo Arquitetura Sustentável e em entrevista ao portal do evento, ele comentou que hoje
As normas e procedimentos de sustentabilidade em arquitetura e urbanismo estão listados no site do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/ BR). O atalho está disponível na área de Notícias, no endereço eletrônico da AEAARP. Veja também a lista de cursos de MBA, pós-graduação e especialização relacionados às construções sustentáveis em várias universidades brasileiras.
www.aeaarp.org.br Revista Painel 16
O arquiteto Celso Santos, conselheiro da AEAARP, ressalta que o Brasil não tem políticas públicas no que diz respeito aos procedimentos sustentáveis. Para ele, Ribeirão Preto (SP) não diverge da realidade brasileira quando se trata do tema. O que existem, são obras que utilizam alguns conceitos da arquitetura sustentável como, por exemplo, a captação da energia solar para o aquecimento da água ou a captação de águas pluviais para o reuso. Santos explica que um edifício só pode ser considerado sustentável se aplicar pelo menos 80% das práticas de sustentabilidade. “O país tem muito a evoluir quando o assunto é sustentabilidade”, finaliza.
homenagem
ACERVO DE BARILLARI É DOADO À BIBLIOTECA DE UNIVERSIDADE O arquiteto foi diretor e conselheiro da AEAARP, além de ter sido Profissional do Ano em 2005
Luiz Cesar Barillari
Cerca de 200 obras do acervo pessoal do arquiteto Luiz César Barillari, falecido em 17 de março deste ano, foram doadas para a biblioteca da Unidade II do Campus do Centro Universitário Moura Lacerda, em Ribeirão Preto. Carmen Barillari, uma das filhas do arquiteto, conta que ele dizia que seu desejo era deixar, como legado, “bens intelectuais e não materiais”. Barillari atuou como professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da instituição de 1978 a 1986. Entre os materiais estão trabalhos que fizeram parte de seu portfólio, como apostilas, projetos, quadros, fotografias, painéis, livros e revistas especializadas do segmento. “Meu pai sempre foi apaixonado pela Arquitetura. Tinha a profissão como um hobby, não como uma obrigação. Com a doação encontramos mais uma maneira de deixá-lo vivo em nossos corações, além de eternizar
Acervo do arquiteto inclui projetos e livros
e disseminar seus conhecimentos”, diz Carmen. Na mesma instituição, o antigo auditório da Unidade II foi transformado em sala de conferências e recebeu o nome do arquiteto. Barillari se formou em Arquitetura e Urbanismo pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas (SP) e fez pós-graduações na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP), campi de São Carlos e São Paulo. Além de ministrar aulas no Moura Lacerda, como docente ele também atuou AEAARP 17
na FAU, em São Paulo, e na Universidade Paulista (Unip), em Ribeirão Preto. Ele abriu um estúdio de projetos e edificações em Ribeirão Preto em 1978, que em 1991 foi convertido em escritório de arquitetura. É autor de obras importantes, como os projetos da Mansão Galo Bravo, no Jardim Parque das Figueiras, do Centro Comercial Fiúsa, Choperia e Restaurante Chopp Time Street, das unidades da Clínica Basile, da sede da Construtora Stéfani Nogueira, entre outros. Em 2005, foi o Profissional do Ano AEAARP, onde foi ativo colaborador, como diretor, conselheiro e associado.
Casa em condomínio fechado projetada por Barillari
hobby
Wladmir Viola
AVENTURAS NA COZINHA Engenheiro eletricista exercita a intuição para compor pratos sofisticados
Wladmir Viola morava em uma casa de madeira com colegas de faculdade em Ilha Solteira (SP) quando teve a necessidade de cozinhar. Era estudante e ir para a cozinha era obrigação diária. Isso aconteceu nos anos de 1990 e com o passar do tempo transformou a rotina em prazer. Hoje o engenheiro eletricista cozinha por paixão. Ele aprendeu sozinho, testando ingredientes e temperos. Para encontrar a medida certa, errou muito. Os inúmeros acertos acumulados mantém anotados para ter seu próprio livro de receitas. Para ele, o erro ajuda a formar a sua própria identidade na cozinha. Para o uso doméstico, cultiva uma
pequena horta em sua casa com as ervas indispensáveis em seus pratos. Ele gosta de se dedicar às composições mais sofisticadas, para poucas pessoas, servidas individualmente. Não gosta de fazer feijoada, por exemplo, prato que ele considera “muito simples”. Na engenharia, Viola precisa seguir os conhecimentos técnicos, as normas e regras exigidas na atividade. Na cozinha é totalmente intuitivo, tem as suas opções na cabeça, sem seguir receitas, apesar de anotar suas criações. O engenheiro gosta de cozinhar para a família e os amigos, e alguns deles compartilham o hobby. Em 2015, Viola aperfeiçoou os conheRevista Painel 18
cimentos em um curso de especialização em Ribeirão Preto. Revela que está se preparando, que tem muito a aprender até que, no futuro, possa converter a paixão em negócio. Mas, só depois de se aposentar. Até lá, Viola tempera a vida na medida certa, já que não aprecia “comida sonsa” e acredita que dá para acrescentar muito mais do que cebola e alho ao filé de frango, por exemplo. Vai aprendendo a medida certa do coentro e do zimbro, especiaria que adormece a língua se usada com exagero. Foi com esta última que errou. Jogou tudo fora, mas não desistiu de investir no que lhe dá prazer.
GESTÃO
Planejamento estratégico Dada a atual situação econômica do país e do dinamismo e adversidades do cenário global, o Marcelo Alves, planejamento estratégico torna-se consultor do SEBRAE uma ferramenta imprescindível para auxiliar as empresas, inclusive nas áreas de engenharia, arquitetura e agronomia, a identificarem seu posicionamento hoje e prospectarem um futuro promissor em seu ambiente de negócios. Estudos sugerem que a falta de planejamento formalizado nas empresas, associado a uma visão “míope” do que acontece dentro e fora da empresa são duas das principais causas da mortalidade prematura de empresas. O planejamento estratégico é, então, um processo por meio do qual a empresa se mobiliza de forma a, utilizando-se de uma análise prévia e ampla dos fatores internos e externos ao seu negócio, estabelecer objetivos futuros e ações para alcançá-los de forma proativa. Para iniciar o planejamento estratégico, primeiramente é necessário definir qual o negócio da empresa, a razão de existir ou missão da empresa e quais seus valores. Essas reflexões ajudam ao empreendedor entender e definir quais os benefícios sua empresa vai entregar ao cliente, assim como quem é esse cliente e quais suas demandas. O próximo passo é, baseando-se nos conceitos adotados ante-
riormente, analisar como os ambientes interno (organizacional) e externo (político, econômico, social e tecnológico) podem contribuir ou afetar negativamente o negócio. Uma ferramenta muito prática para realizar estas análises é a matriz SWOT que analisa o ambiente interno (Forças – Strengts e Fraquezas – Weaknesses) e ambiente externo (Oportunidades – Opportunities e Ameaças – Threats). Feita e compreendida a análise, determina-se para onde a empresa seguirá por meio da definição da visão de futuro e os objetivos da empresa. Para auxiliar a empresa a traduzir a visão e missão em objetivos específicos, podem ser utilizados indicadores balanceados de desempenho para a medida da efetividade das ações implementadas. Os indicadores balanceados de desempenho, conhecidos como Balanced Score Cards – BSC são formas de se monitorar os resultados da empresa, indicando se a empresa está indo ou não na direção da sua visão. O BSC aborda as áreas de finanças, clientes, processos internos e o aprendizado e crescimento organizacional. Com a visão sobre o futuro da empresa definido e os objetivos traçados, chega o momento de elaborar os planos de ação. Os planos de ação devem ser estruturados para auxiliar a implantação e monitoramento das ações. É importante que estejam claros O QUÊ será feito, POR QUÊ e COMO será feito, QUEM fará, QUANDO terminará, QUANTIDADE e QUANTO CUSTARÁ para ser feito.
AEAARP 19
legislação
INFORMALIDADE FAZ CRESCER ACIDENTES
NA CONSTRUÇÃO CIVIL O último levantamento do Ministério do Trabalho e Previdência contou com quase 60 mil acidentes/ano
O número de acidentes no trabalho no setor da construção civil é alarmante. Em 2012, o Ministério do Trabalho e Previdência Social registrou 64.161 acidentes de trabalho relacionados à construção no Brasil, seguido por 62.408, em 2013, e 59.734, em 2014 – último levantamento divulgado pelo órgão. De acordo com o engenheiro civil e de segurança no trabalho Luis Antonio Bagatin, conselheiro suplente do CREA-SP e diretor financeiro adjunto da AEAARP, a informalidade na construção civil é a grande responsável por essas estatísticas. “Muitas empresas não contratam profissionais habilitados e não seguem a norma específica para a indústria da construção, que prevê medidas de
controle e sistemas preventivos de segurança na obra”, diz Bagatin. A norma citada pelo engenheiro é a NR 18, da Portaria MTB 3.214, de 8 de junho de 1978, que regula obras de construção, demolição e reparos. A falta de profissionais habilitados não é o problema,
pois o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) conta com mais de 66 mil profissionais no país – entre engenheiros, técnicos e tecnólogos – para garantir a segurança do trabalho no setor da construção civil. São associados à AEAARP 58 profissionais desta área.
Número de profissionais vinculados ao Sistema CONFEA - 2016 Título
Confea
Engenheiro de segurança do trabalho
46.945
Técnico de segurança do trabalho
15.262
Tecnólogo de segurança do trabalho Engenheiro de saúde e segurança Revista Painel 20
861 5
O engenheiro alerta para a falta de fiscalização nos canteiros de obra. “Existem empresas que elaboram documentos de prevenção de acidentes, porém não os colocam em prática”. De acordo com a Lei 6.514/1977, que consolida as leis do trabalho relativas à segurança e medicina do trabalho, cabem às Delegacias Regionais do Trabalho fiscalizar o cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho e impor multas pelo descumprimento.
evitar acidentes e facilitar a fiscalização do órgão competente. Um dos benefícios de investir em segurança é deixar de pagar o adicional de insalubridade. “A Lei 6.514 determina que empresas que não adotem medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites
NÚMERO DE PROFISSIONAIS NECESSÁRIOS POR GRAU DE RISCO E POR QUANTIDADE DE EMPREGADOS - NR 4
O Serviço Social da Indústria (SESI) publicou, em 2013, o estudo Diagnóstico e Recomendações para a Prevenção dos Acidentes de Trabalho. O documento apresenta a situação da segurança e saúde na indústria da construção e iniciativas de prevenção de acidentes. O atalho para download está disponível na área de Notícias, no endereço eletrônico da AEAARP.
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Obrigações
A perda de recursos humanos e financeiros são algumas das principais consequências dos acidentes no trabalho. Para evitar isso, as empresas precisam cumprir normas de segurança e medicina do trabalho, instruir os empregados quanto às precauções para
de tolerância são obrigadas a pagar esse adicional”, explica Bagatin. Locais com condições insalubres precisam arcar com o adicional de 40%, 20% e 10% do salário-mínimo da região, de acordo com o grau de risco do trabalho.
(*) Tempo parcial - mínimo de três horas
AEAARP 21
legislação
A NR 4 da Portaria MTB 3.214 tem um quadro com a relação de várias atividades econômicas e seu grau de risco. No setor da construção, por exemplo, o grau de risco varia de acordo com o tipo da obra. O atalho para a portaria – que é composta por 28 normas – está disponível no endereço eletrônico da AEAARP, na área de Notícias.
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Outra obrigação da empresa é comunicar previamente a Delegacia Regional do Trabalho antes do início das atividades (em Ribeirão Preto-SP, na Rua Afonso Taranto 500). O comunicado deverá conter o endereço da obra, o endereço do contratante, o tipo de obra, a data prevista para o início e o número máximo de trabalhadores. Também é obrigatória a apresentação do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT), quando o estabelecimento conta com mais de 20 trabalhadores. Este documento, que é assinado por profissional habilitado, prevê possíveis riscos e quais medidas preventivas devem ser tomadas durante a obra. As empresas com menos 20 pessoas são obrigadas a elaborar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).
Funcionários
Os funcionários devem estar atentos às normas de segurança e medicina no trabalho e colaborar com a empresa no que diz respeito aos sistemas preventivos de acidentes, além de usar corretamente os equipamentos de proteção individual (EPI).
Para isso, devem passar por treinamentos periódicos com profissionais habilitados. Nesses treinamentos são apresentadas as informações sobre as condições e o meio ambiente de trabalho, os riscos inerentes da função, o uso adequado dos EPIs e informações sobre os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC). “Algumas construtoras não contratam uma pessoa habilitada para dar esse tipo de treinamento, é aí que surgem os acidentes”, diz Bagatin.
Segurança x saúde
De acordo com o manual Introdução à Saúde e Segurança no Trabalho, publicado pelo Bureau Internacional do Trabalho, em Genebra (Suíça), as questões relacionadas com a saúde no trabalho têm sido objeto de menor atenção do
O manual Introdução à Saúde e Segurança no Trabalho está disponível no endereço eletrônico da AEAARP, na área de Notícias.
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que as questões relacionadas com a segurança no trabalho. Segundo a publicação, as primeiras são mais difíceis de diagnosticar. Para eles, um ambiente de trabalho saudável é, por definição, também um local de trabalho seguro. Mas, o inverso não é verdade. Bagatin explica que a segurança do trabalho está relacionada à parte técnica, ou seja, ela é promovida através de profissionais habilitados no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). Já a saúde do trabalho é realizada pelo médico do trabalho. A NR 7 da Portaria MTB 3.214 apresenta o programa de controle médico de saúde ocupacional, que estabelece a obrigatoriedade e implementação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) nas empresas. Para o médico do trabalho Gualter Nunes Maia, diretor da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), a promoção da saúde deve impactar na qualidade de vida do trabalhador – estimulando hábitos saudáveis e o bem-estar físico e mental – e evitar agravos à saúde que podem levar à incapacidade por motivo de doença. Isso é feito por médicos do trabalho que são capazes de identificar os riscos ocupacionais em cada ambiente de trabalho. Com os riscos identificados, são realizados treinamentos contínuos com os trabalhadores, que alertam quais as práticas seguras para cada função dentro de uma obra. “Em um canteiro de obras, por exemplo, podemos citar como risco químico o cimento; como risco físico, o ruído; e como risco ergonômico os deslocamentos de cargas feitos pelo trabalhador”, finaliza o médico.
produtividade
PROGRAMAS DE COMPUTADOR PODEM
TRABALHAR POR VOCÊ Consultor será colunista da Painel a partir da próxima edição e dará dicas de produtividade utilizando programas do pacote Office
No trabalho uma pessoa gasta, em média, 50 minutos por dia utilizando o MS-Outlook, o programa de computador mais popular para administração de e-mails e compromissos. O resultado disso são cerca de quatro horas semanais desperdiçadas em uma atividade que o consultor Fábio Gatti garante que poderia ser mais produtiva. Para isso, é necessário usar adequadamente a ferramenta. Gatti ministra palestras sobre o uso da tecnologia em favor da produtividade e a partir da próxima edição da revista Painel vai assinar uma coluna mensal sobre o tema. “Com o bom uso e algumas dicas, os usuários podem ser gestores das suas próprias soluções em tecnologia utilizando o Office”, garante. Os programas que compõem esse pacote são da Microsoft, que originalmente
era uma empresa voltada à programação. O pacote Office surgiu no final dos anos 1980, competindo com produtos então consolidados no mercado, como Lotus 123, Wordperfect e Presenter (este último foi comprado pela própria Microsoft e se tornou o PowerPoint). O Excel, por exemplo, revolucionou o mercado de planilhas eletrônicas por suas facilidades e quantidade de recursos, e estão entre eles os gráficos e a possibilidade de executar o AutoSoma. Outros aplicativos do pacote, como o Access, são utilizados com sucesso na automação de processos.
Para engenharia, arquitetura e agronomia
À pergunta “Quais são as aplicações das ferramentas do pacote Oficce para engenharia, arquitetura e agronomia?”, AEAARP 23
Gatti responde: “Acredito que poderia ser invertida: “Quais não são as aplicações das ferramentas”, seria mais fácil responder desta forma”. “O Office, como um todo, é utilizado por todas as áreas profissionais, seja pela utilização pessoal do Outlook, como facilitador no dia-a-dia para organização de e-mails, seja pelos usos mais avançados do pacote”, explica. Gatti diz que os programas são capazes de automatizar cálculos avançados, estatísticos, matemáticos, de engenharia, entre outros, além das praticidades gráficas de demonstração dos resultados. “O bom uso da ferramenta faz com que ela trabalhe por você, e não o contrário. É comum os usuários criarem planilhas e soluçõespaliativaspararesolverosproblemas imediatos, sem o planejamento devido ou sem o conhecimento correto”, esclarece.
Painel eleições
O NÚMERO DE PARLAMENTARES Para a próxima legislatura, Ribeirão Preto deverá ter mais vereadores
O número de vereadores nas câmaras municipais brasileiras é definido pela Lei Orgânica de cada cidade respeitando o artigo 29 da Constituição Federal. Segundo o advogado Juarez Donizete de Melo, diretor da Associação de Advogados de Ribeirão Preto (AARP), a determinação legal é a de que municípios que tenham entre 600 mil e 750 mil habitantes podem ter até 27 parlamentares. Melo conta que no período de 2009/2012, Ribeirão Preto tinha 20 vereadores. Para as eleições de 2012 foram acrescidas duas vagas. Para o próximo mandato a expectativa é a de que 27 vereadores sejam empossados. Essa história começou em dezembro de 2010, quando a Câmara aprovou Lei aumentando o número de cadeiras para 27. Em razão de diversas manifestações de entidades civis e da população, o número foi reduzido para os atuais 22. “Após a eleição de 2012, um dos candidatos que se sentiu prejudicado, ingressou com Ação Direta de Inconstitucionalidade, que foi julgado procedente”, explica o advogado. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) declarou a inconstitucionalidade da emenda à lei Orgânica do Município e entendeu que a cidade necessariamente terá de ter no mínimo 25 vereadores. “Tal decisão não transitou em julgado e pode ter a última palavra manifestada pelo Supremo Tribunal Federal”, explica Melo.
Segundo ele, os vereadores ainda não votaram lei sobre o tema. Se isso não acontecer até o final deste mês, prevalecerá a decisão do TJ-SP. “Portanto certamente haverá a disputa de 27 cadeiras, já que o entendimento a prevalecer pela própria Câmara, com o aval de grande parte dos já eleitos, certamente será no sentido de validar aquilo que foi aprovado em 2010, ou seja, 27 vereadores”, esclarece.
nº de nº de habitantes vereadores nos municípios
Dentre os argumentos de defesa do aumento no número de vereadores está o da representatividade popular. Mais pessoas no parlamento ampliariam a representatividade da população. Na visão do advogado, entretanto, somente o voto distrital poderia garantir essa representatividade. “Grande parte dos vereadores residem e representam uma mesma parcela da sociedade”, afirma.
nº de nº de habitantes vereadores nos municípios 37
acima de 1,350 milhão até 1,5 milhão
39
acima de 1,5 milhão até 1,8 milhão
41
acima de 1,8 milhão até 2,4 milhões
43
acima de 2,4 milhões até 3 milhões
45
acima de 3 milhões até 4 milhões
47
acima de 4 milhões até 5 milhões
49
acima de 5 milhões até 6 milhões
acima de 900 mil até 1,050 milhão
51
acima de 6 milhões até 7 milhões
33
acima de 1,050 milhão até 1,2 milhão
53
acima de 7 milhões até 8 milhões
35
acima de 1,2 milhão até 1,350 milhão
55
acima de 8 milhões
09
até 15 mil
11
acima de 15 mil até 30 mil
13
acima de 30 mil até 50 mil
15
acima de 50 mil até 80 mil
17
acima de 80 mil 120 mil
19
acima de 120 mil até 160 mil
21
acima de 160 mil até 300 mil
23
acima de 300 mil até 450 mil
25
acima de 450 mil até 600 mil
27
acima de 600 mil até 750 mil
29
acima de 750 mil até 900 mil
31
Fonte: Senado Federal Revista Painel 24
crea-sp
RESOLUÇÃO DEFINE REGRAS PARA A
ATRIBUIÇÃO PROFISSIONAL
CAPÍTULO II
Texto foi aprovado em abril deste ano A Resolução 1073/2016 define parâmetros de atribuições profissionais cujas atividades estejam vinculadas ao sistema CONFEA/CREA, de nível técnico, superior, especialização ou pós-graduação. Segundo Araken Mutran, gerente regional do Conselho em Ribeirão Preto, o objetivo é proteger a sociedade do mal profissional, que vai além de suas atribuições e exerce ilegalmente a profissão. Mutran afirma que existem algumas questões da resolução que carecem de regulamentação. Porém, de forma geral, as atividades poderão ser atribuídas de forma integral ou parcial, em conjunto ou separadamente, mas, sempre mediante análise do currículo escolar e do projeto pedagógico do curso de formação do profissional. A Resolução prevê que a extensão de atribuição é permitida entre modalidades do mesmo grupo profissional. A extensão para outros grupos é permitida somente para aqueles que comprovarem formação em cursos stricto sensu reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES e registrados e cadastrados no CREA.
DAS ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS Seção I Atribuição de Título Profissional Art. 4º O título profissional será atribuído pelo Crea, mediante análise do currículo escolar e do projeto pedagógico do curso de formação do profissional, nos níveis discriminados nos incisos I, III e IV do art. 3º, obtida por diplomação em curso reconhecido pelo sistema oficial de ensino brasileiro, no âmbito das profissões fiscalizadas pelo Sistema Confea/Crea.
Posicione o leitor óptico do seu aparelho celular sobre a imagem ao lado e veja a íntegra da resolução.
AEAARP 25
Parágrafo único. O título profissional a ser atribuído em conformidade com o caput deste artigo deverá constar da Tabela de Títulos do Confea.
notas e cursos Semana de arquitetura
Laboratório de tecnologia
Nos dias 22, 23, 24 e 25 de agosto, a AEAARP vai promover três dias de palestras para estudantes e profissionais de arquitetura e urbanismo. Para a 7ª Semana de Arquitetura, Solange Gourgel e Luis Fernando Lossardo, que são arquitetos e urbanistas, confirmaram presença. A programação completa está disponível no site www.aeaarp.org.br.
Cidadão
A Escola Politécnica (Poli) da USP ganhou um novo laboratório voltado para o desenvolvimento de tecnologias, principalmente nas áreas de comunicação móvel, internet das coisas (conexão entre os aparelhos usados do dia a dia à rede mundial de computadores), realidade virtual e games. O laboratório é uma parceria com o projeto Ocean Samsung, idealizado pela empresa para oferecer infraestrutura e capacitação tecnológica a diversos públicos: estudantes, desenvolvedores e interessados em geral. A primeira unidade do Ocean foi instalada em 2014, na Universidade do Estado do Amazonas (UEA). O espaço será utilizados tanto pela USP quanto pela empresa: haverá atividades dos cursos de graduação e pós-graduação da Poli, e treinamentos gratuitos para o público externo.
novos associados Rodrigo Couri de Almeida Engenheiro civil Danilo Exposto Cardoso Engenheiro civil
O engenheiro Mario Pascarelli Filho foi homenageado pela Câmara Municipal com o título de cidadão ribeirão-pretano. Um dos destaques da homenagem foi o fato de há 20 anos o curso de gerente de cidades, que ele coordena até hoje na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) ter formado a primeira turma em Ribeirao Preto (SP). A AEAARP sediou o curso nesse período.
Mario Pascarelli Filho Engenheiro mecânico Vivian Vezzoni de Almeida Engenheira agrônoma Marco Silveira da Silva Engenheira agrônomo Jose Antonio Savegnago Técnico em eletrônica Cyro Augustus Guimarães de Freitas Técnico em eletrônica Gabrielle Marques Anaconi Estudante de Arquitetura e urbanismo Guilherme Paschoalino Capasio Estudante Engenharia ambiental Marcelo Augusto Santos Coelho Estudante de Engenharia civil Victor de Moraes Oliveira Estudante de Engenharia civil
Glenda e Callil João Filho, engenheiro agrônomo e diretor administrativo da AEAARP, foram homenageados na Câmara Municipal de Ribeirão Preto (SP) em razão da dedicação às ações da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Revista Painel 26
Errata: O nome correto da palestrante que aparece na foto da página 10 da edição nº 254 é Flávia Joyce Izzipato.