Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto
painel
Ano X nº 262 janeiro/ 2017
AEAARP
A FESTA MAIS BONITA DA CIDADE
Veja a cobertura completa do evento que pela primeira vez aconteceu na sede da AEAARP
PATRIMÔNIO CONPPAC deve privilegiar exigências técnicas CARREIRA O turismo com foco no futuro profissional INOVAÇÃO Supera Parque tem oportunidades de negócios
palavra do presidente Eng. civil Carlos Alencastre
Começamos 2017 com a cidade em frangalhos. Inevitável reputar a uma gestão inábil o fato de a cidade saltar da pujança, dos resultados expressivos da agroindústria e do setor acadêmico, para as páginas policiais e crônicas infelizes sobre investigações, prisões e processos criminais. Porém, embora esburacada, a cidade amanheceu 2017 com perspectivas diferentes e responsabilidades aumentadas. Antônio Duarte Nogueira Júnior era criança quando o pai foi prefeito de Ribeirão Preto. Desde então, deve acalentar o sonho de governar a cidade onde nasceu. A sua eleição coincide com um dos períodos mais difíceis dos pontos de vista econômico e político, e também com o desmonte da estrutura municipal. Reconstruir, neste caso, deve ser a oportunidade de fazer direito. A cidade exige um Plano Diretor adequado à realidade social, econômica e política; deve liderar o processo da Região Metropolitana e atender à legislação federal em ralação à coleta e destinação de resíduos domésticos e de construção. São questões simples, que a técnica, sobreposta aos interesses pessoais, é capaz de solucionar. E é olhando para o todo e não para vaidades pessoais que seremos parceiros desta cidade. Para a AEAARP, olhar o todo significa incrementar a nossa agenda de debates que gerem reflexões e resultados práticos. Este é o compromisso da entidade em relação ao município. É, sobretudo, sua função social. A valorização do profissional de engenharia, arquitetura e agronomia vai além das qualidades profissionais de cada indivíduo. Por este motivo, integrar-se à sociedade de classe tem o significado maior de colocar a serviço da sociedade o conhecimento e a capacidade técnica de cada indivíduo em uma ação coletiva. É o nosso desafio para 2017.
índice
ESPECIAL
05
ELETRICIDADE
12
NEGÓCIOS
13
CARREIRA
16
PRODUTIVIDADE
18
A festa de todos
Atividade agropecuária lidera acidentes com raios
Oportunidade para todos
Turismo com foco em carreira
Organização e boas práticas: o uso de intervalos nomeados
painel
INSTITUCIONAL
19
PATRIMÔNIO
20
TECNOLOGIA
22
GESTÃO
24
CREA-SP
25
NOTAS E CURSOS
26
Em obras
Um novo CONPPAC para Ribeirão
Aplicativo rastreia sementes no Brasil
O aprendizado dos anos difíceis
Conselho regulamenta e define atividades profissionais para uso e ocupação do solo
Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700 - Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / aeaarp@aeaarp.org.br
DIRETORIA OPERACIONAL Diretor Administrativo: eng. agr. Callil João Filho Diretor Financeiro: eng. agr. Benedito Gléria Filho Diretor Financeiro Adjunto: eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio Bagatin Diretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: eng. civil Hirilandes Alves Diretor Ouvidoria: eng. civil Milton Vieira de Souza Leite DIRETORIA FUNCIONAL Diretor de Esportes e Lazer: eng. civil Rodrigo Fernandes Araújo Diretor de Comunicação e Cultura: eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto Diretor Social: arq. e urb. Marta Benedini Vecchi Diretor Universitário: arq. e urb. Ruth Cristina Montanheiro Paolino DIRETORIA TÉCNICA Agronomia, Agrimensura, Alimentos e afins: eng. agr. Jorge Luiz Pereira Rosa Arquitetura, Urbanismo e afins: arq. Ercília Pamplona Fernandes Santos Engenharia e afins: eng. Naval José Eduardo Ribeiro Horário de funcionamento AEAARP - das 8h às 12h e das 13h às 17h CREA - das 8h30 às 16h30 Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.
Eng. civil Carlos Eduardo Nascimento Alencastre Presidente Eng. eletr. Tapyr Sandroni Jorge 1º Vice-presidente
Eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho 2º Vice-presidente
CONSELHO DELIBERATIVO Presidente: eng.º civil João Paulo de Souza Campos Figueiredo Conselheiros Titulares Eng.º agr.º Dilson Rodrigues Cáceres Eng.º civil Edgard Cury Eng.º civil Elpidio Faria Junior Arquiteta e eng.ª seg.ª do trab.º Fabiana Freire Grellet Eng.º agr.º Geraldo Geraldi Jr Eng.º agr.º Gilberto Marques Soares Eng.º mec.º Giulio Roberto Azevedo Prado Eng.º elet.ª Hideo Kumasaka Eng.º civil Wilson Luiz Laguna Eng.º civil Jose Aníbal Laguna Arquiteto Luiz Eduardo Siena Medeiros Arq.ª e urb.ª Maria Teresa Pereira Lima Eng.º civil Ricardo Aparecido Debiagi Conselheiros Suplentes Eng.º agr.º Alexandre Garcia Tazinaffo Arq.º e urb.ª Celso Oliveira dos Santos Eng.º agr.º Denizart Bolonhezi Eng.º civil Fernando Brant da Silva Carvalho Eng.º agr.º José Roberto Scarpellini Eng.º agr.º Ronaldo Posella Zaccaro
AssociAção de engenhAriA ArquiteturA e AgronomiA de ribeirão Preto
REVISTA PAINEL Conselho Editorial: eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho, arq. urb. Celso Oliveira dos Santos, eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto - conselhoeditorial@ aeaarp.org.br Conselheiros Titulares do CREA-SP indicados pela AEAARP: eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves e eng. mecânico Fernando Antonio Cauchick Carlucci Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação Rua Galileu Galilei 1800/4, Jd. Canadá, Ribeirão Preto SP, CEP 14020-620 www.textocomunicacao.com.br Fones: 16 3916.2840 | 3234.1110 contato@textocomunicacao.com.br Editora: Daniela Antunes – MTb 25679 Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044 Publicidade: Departamento de eventos da AEAARP - 16 2102.1719 Angela Soares - angela@aeaarp.org.br Tiragem: 3.000 exemplares Locação e Eventos: Solange Fecuri - 16 2102.1718 Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader Impressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.
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especial
A FESTA DE TODOS A grande festa da AEAARP aconteceu pela primeira vez na sede da entidade, depois da entrega do prêmio Profissionais do Ano AEAARP 2016 e com show exclusivo da cantora Verônica Ferriani
Cemitério da Saudade, de Ribeirão Preto Diretores e conselheiros com os Profissionais do Ano AEAARP 2016: Marcos Canini, Ruy Spinelli e José Walter Figueiredo
Cerca de 300 pessoas participaram da festa e da entrega do prêmio Profissionais do Ano AEAARP 2016, realizados em dezembro passado. A arquiteta Marta Benedini Vechi, diretora social da entidade, afirma que a decisão por realizar o evento na sede valorizou o patrimônio conquistado pelos profissionais associados. Foi a primeira vez, desde que o
prêmio foi instituído em 1979, que a cerimônia e a festa foram realizadas na sede. Na cerimônia, o engenheiro Carlos Alencastre, presidente da AEAARP, fez um balanço das ações desenvolvidas em 2016, como cursos, palestras e atividades sociais. “A entidade de classe cumpre papel importante para os profissionais, que é o de promover a integração, a valorização AEAARP 5
profissional e defender as atribuições. Há também a responsabilidade perante a sociedade, que é o maior patrimônio de engenheiros, arquitetos e agrônomos: acumular o conhecimento e ter a capacidade de interferir positivamente na qualidade de vida do cidadão”, afirma o engenheiro. Nas próximas páginas, publicamos as imagens da festa de 2016.
especial
José Aníbal Laguna, Marcos Canini e Samanta Pineda
Carlos Alencastre, Ruy Spinelli e Carlos Gabarra
José Paulo Figueiredo, Carlos Alencastre, José Walter Figueiredo e Callil João Filho
Carlos Alencastre fez o balanço das ações do ano de 2016
Carlos Alencastre, José Aníbal Laguna, João Paulo Figueiredo, Samanta Pineda, Marcos Canini, Ruy Spinelli, José Walter Figueiredo, Callil João Filho e Carlos Gabarra
Geraldo Geraldi Júnior, Renato Curotto Prado e Giulio Roberto Azevedo Prado
Carlos Alencastre, Helio Jorge e Tapyr Sandroni Jorge
Revista Painel 6
Jorge Rosa, Germano Rafael Bilota Mariutti, Alexandre Tazinaffo e José Walter Figueiredo
Benedito Gleria Filho, Paulo Peixoto, Gilberto Marques Soares e Milton Vieira Leite
Regina Foresti, Denise Camara e Carlos Alencastre Os homenageados com o Coral Som Geométrico
Marcos Canini, Ruy Spinelli e José Walter Figueiredo
AEAARP RP 7
Carlos Alencastre, Antônio Carlos Maçonetto e João Paulo Figueiredo
Ruy Spinelli, Rosi Bulamah Spinelli e Carlos Alberto Gabarra
Celso Santos, Ercilia Pamplona e Ruy Spinelli
José Roberto Pereira Alvin, Guilherme Rezende e Ulisses Tavares Canini
Antonio Carlos Maçonetto, Sebastião Azevedo, Valério Veloni e Julio Cesar Sancini
Verônica Ferriani
Shirlei e Genésio Abadio de Paula e Silva Revista Painel 8
Milton Vieira Leite, Marcos Canini e Paulo Peixoto
Angela Dorta e Marta Benedini Vechi
Argemiro Gonçalves, Cristina Gonçalves, Simone Malardo Sanches e José Laercio Sanches
Denis Cardozo, Vanessa Cardozo, Josiane Cardozo e Renilton Cardozo
Sônia e Arlindo Clemente, Telma e Rafael Nazar, Rosangela e Noboro Saiki e Dilson Cáceres
Ulisses Tavares Canini, Sonia Pinheiro, Natalia Waldt, Renato Comparatto, Marcos Canini e Marcos Cordon
Arlindo Sicchieri, Paulo Peixoto, Daniela Antunes, Giulio Prado e Celso Santos
AEAARP 9
Rafael Mello Martins, Lyndsay Zancan mello Martins, Glaucia Maria Figueiredo Silva, Rosa Maria Figueiredo Silva, Nelci Barros Maia, José Walter Figueiredo Silva, João Carlos Figueiredo Silva, Tereza Odete Mello Martins Figueiredo Silva e Muriel Figueiredo Maia
Giulio Azevedo Prado, Hideo Kumasaka, Ana Claudia Marincek, Rosa Bertini e José Onécio Castro Prado
Carlos Ferriani, Flávia Ferriani, Darrel Sicchieri, Arlindo Sicchieri, Cristiano Lara e Alessandra Lara
Ana Eugenia, Marlei Barros Ferreira, Manoel Eduardo Ferreira, José Eduardo Ribeiro, Roberto Vecchi e Marta Benedini Vechi
Jorge Rosa, Germano Rafael Bilota Mariutti, Fabiana Grellet, Rangel Romão, José Miguel e Ana Maria Santos Revista Painel 10
Ronaldo Zacaro, Callil João Filho, Tapyr Sandroni Jorge, Regina Sandroni, Rita Junqueira Reis e Valdemar Junqueira Reis
Hirilandes, Maria das Graças Oliveira Alves, Júlia Dalla Valle Alves e Camila Dalla Valle do Couto
Ana Lucia Darini, Sônia Abrão Moraes, Reginal Darini e Vivaldo Moraes
Andreza Elias, Cassia Elias, Selma Canini, Manuela Canini, Andreia Baliero e Marici Baliero
Juliana Araujo, Rodrigo Araujo, José Luis Barbaro e Mariangela Barbaro
Gracielli Cruz, Danielli Maturo, Bianca Lolli, Gerson de Barros, Luciana Iglesias de Barros, Vilma Blossey, Ercília Pamplona e Edineia Araújo
Ana Paula Santos, Celso Santos, Geraldo Fernandes Santos e Ercília Pamplona
Daniela Antunes, Geraldo Geraldi Júnior e Blanche Amancio Silva
AEAARP AARP 11
eletricidade
ATIVIDADE AGROPECUÁRIA LIDERA ACIDENTES COM RAIOS Incidência de descargas elétricas coloca Ribeirão Preto na posição 453 no ranking estadual e 2.378 no nacional
A maioria das mortes acontece na região Sudeste (28%) e as outras quatro regiões estão empatadas com 18% cada. São Paulo é o estado com maior número de vítimas, seguido por Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Em 2015 morreram 104 pessoas. Em 2016, as projeções preliminares indicam que o número de mortes deve ficar abaixo de 70 casos. Se confirmado, será o menor valor anual registrado desde o início do levantamento, em 2000. A média anual no período foi de 111 mortes. De acordo com o ELAT, a densidade de descargas elétricas em Ribeirão Preto é de 7,27 por quilômetro quadrado ao ano. Para efeito de comparação, a cidade paulista onde há mais incidência de raios é Itaquaquecetuba, que registra 13,13 descargas por quilômetro quadrado ao ano. Porto Real (RJ) é a líder nacional nesse ranking, com 19,66 descargas elétricas por quilômetro quadrado ao ano.
O Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) analisou dados relativos às 1.792 mortes por raios constatadas durante os últimos 15 anos, entre 2000 e 2014, e revelou circunstâncias nas quais acontecem o maior número de óbitos por descargas elétricas. A cada três mortes, duas acontecem ao ar livre; 43% ocorrem durante o verão e a probabilidade de um homem morrer por raio é 4,5 vezes maior que a de uma mulher. As mortes no campo representam 25% do total de óbitos por raio em todo o país, variando de um mínimo de 12% na região Norte a 25% na região Sul. Esses números demonstram que a prática de atividades agropecuárias lidera as circunstâncias com maior número de vítimas. As mortes que ocorrem dentro de casa estão em segundo lugar e representam 17%, variando de um mínimo de 7% no Sudeste e Centro-Oeste a 21% no Nordeste.
Com Informações da Agência Fapesp Revista Painel 12
negócios
OPORTUNIDADE PARA TODOS Parque tecnológico de Ribeirão Preto oferece ponte entre a universidade e o mercado
Em fevereiro de 2017, o Supera, Parque de Inovação Tecnológica de Ribeirão Preto, deverá abrir o processo de seleção de projetos a serem incentivados. O Supera abriga uma incubadora de empresas de base tecnológica, um centro de negócios e uma aceleradora de startups (SEVNA Seed). Atualmente, 59 empresas participam desses programas, a maior parte deles na incubadora.
Os projetos estão ligados às áreas de tecnologia da informação, equipamentos médicos, hospitalares e odontológicos, química, biotecnologia, fármacos e cosméticos. O estudo Índice de Cidades Empreendedoras – Brasil 2016, divulgado pela Endeavor, coloca Ribeirão Preto (SP) na décima posição entre as cidades mais empreendedoras do Brasil. Em relação AEAARP 13
ao levantamento de 2015, a cidade avançou duas posições. Foram 60 indicadores avaliados nas 32 cidades que participaram do levantamento, levando em consideração o ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso à capital, inovação, capital humano e cultura empreendedora. Eduardo Cicconi, gerente do Supera Parque, informa que em 2015 apenas
De acordo com o Supera, o Índice de Cidades Empreendedoras – Brasil 2016, divulgado pela Endeavor, coloca a cidade em sexta posição no ranking de ambiente regulatório, que mede o tempo de processos, custo de impostos e a complexidade tributária para quem quer abrir uma nova empresa. Também se encontra em sexta colocada em infraestrutura, que considera transporte urbano - mede a conexão da cidade “da porta para fora”, e condições urbanas – que avalia cidade “da porta para dentro” no que se refere a: acesso à internet rápida, custo médio de energia, preço médio do metro quadrado, qualidade de vida relacionada à fluidez do trânsito e segurança (com dados da taxa de homicídio para cada 100 mil habitantes). Essas são algumas das características que colocam a cidade em 10º lugar entre as mais empreendedoras do país, à frente de muitas capitais brasileiras e atrás de cidades consideradas de interior e que exibem as mesmas características de qualidade de vida, como Joinville (SC) e Campinas (SP).
três cidades do interior paulista figuravam entre as dez primeiras. O resultado atual, na avaliação dele, demonstra fortalecimento do ambiente para o empreendedorismo. Cicconi explica que, além de questões estruturais, Ribeirão Preto se destaca como polo empreendedor graças aos negócios na área da saúde. Essa é uma vocação da cidade, iniciada em meados dos anos de 1950, quando a economia local se recuperava da grave crise de 1929, que afetou a exportação de café.
Oportunidade
Segundo Cicconi, o objetivo da incubadora é fazer com que o aluno de graduação, independente da instituição em que estuda, enxergue novas possibilidades, além do ambiente acadêmico, e que sejam incentivados a aplicar em seu próprio negócio os conceitos desenvolvidos ao longo da sua formação. Para egressos das universidades, é a oportunidade de colocar em prática tudo o que aprendeu na teoria. “É a porta de entrada para o mercado, que auxilia os alunos a desenvolverem seu negócio de forma sustentável, oferecendo suporte e consultorias nas mais diversas áreas”, diz.
As empresas assistidas usufruem de serviços básicos como luz, água, telefone, assessoria e consultoria para o desenvolvimento de seus negócios, além de capacitação técnica e acesso à rede de contatos. Elas têm acesso aos eventos internos, palestras, workshops, participação nos mais importantes eventos nacionais e internacionais, como a Feira Hospitalar – que acontece todos os anos em São Paulo, e a Medica, na Alemanha. Durante o período em que a empresa está incubada na Supera, recebe todo o suporte necessário para fazer com que a ideia seja transformada em um negócio inovador. “A ideia não é dar embasamento teórico para o aluno, mas conteúdo prático para que ele transforme uma ideia em um negócio”, explica Cicconi. Desde o processo seletivo, a empresa já começa a ser capacitada para desenvolver o seu plano de negócios, recebe treinamentos, mentorias, palestras em diversas áreas do conhecimento como administração, marketing, finanças, propriedade intelectual, direito, dentre outros. Cicconi argumenta que as ferramentas Revista Painel 14
oferecidas pelo programa reduzem os riscos do negócio, fazendo com que a taxa de mortalidade das empresas diminua, além de facilitar o acesso ao mercado, aumentando o número de contatos e gerando também novos negócios. Para acessar o programa, é necessário ter uma ideia inovadora de base tecnológica. Apesar de ser o ambiente ideal para aqueles que estão concluindo a fase acadêmica, não há limite de idade para acessar os programas disponibilizados no Parque, nem necessidade de se ter uma formação universitária. “A relação estabelecida entre empreendedores e Supera não é acadêmica, e sim voltada para o desenvolvimento do negócio. Eles recebem orientações de acordo com as necessidades apresentadas no decorrer do desenvolvimento de seu empreendimento. Esse suporte pode ser, por exemplo, na área de modelo de negócio, sobre propriedade intelectual, registro de patente e internacionalização”, explica. O processo seletivo de startups, empresas consolidadas ou empresas internacionais avalia o potencial inovativo. O edital fica disponível na página www. superaparque.com.br.
Investimento
O Supera Parque facilita o acesso dos empreendedores aos investidores, às agências de fomento e possíveis parceiros. A Fipase, gestora do Parque, oferece subsídios para que os empreendedores participem de eventos nacionais e internacionais em suas áreas de atuação e que são importantes para o desenvolvimento de seus negócios.
As empresas em pré-incubação têm o direito de utilizar a sala compartilhada por um período entre seis meses e dois anos. Na categoria incubação, as empresas são divididas em salas individuais de 40, 60 e 80 metros quadrados, por um período de três anos, renovável por mais um. Há ainda a possibilidade do Centro de Negócios para as empresas que já passaram da fase de graduação. Para 2017, a expectativa é que seja realizada a urbanização dos lotes localizados no entorno do Parque, destinada para empresas inovadoras de base tecnológica e poderá abrigar até 126 empreendimentos.
AEAARP 15
carreira
Grupo de profissionais visitam a Igreja de Pedra em Helsinki (Finlândia), em 2016
TURISMO COM FOCO EM CARREIRA Os roteiros normalmente incluem cidades emblemáticas e visitas técnicas a empresas
Unir o útil ao agradável é a síntese de uma nova tendência no mercado turístico que tem grande impacto entre profissionais de engenharia, arquitetura e agronomia. Larissa Di Battista trabalha há mais de 20 anos com roteiros de turismo educativo. “Observamos que cresceu o número de pessoas com carreiras consolidadas que querem mais do que aprender outro idioma, por exemplo. Eles buscam incrementar o currículo e a vivência profissional”, explica.
O engenheiro de produção João Felipe Brites Remoto era estudante quando embarcou, em novembro de 2015, junto a outros 14 alunos da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) para Alemanha e Portugal, onde visitou três multinacionais. A viagem durou 14 dias e o roteiro incluía paradas em cinco cidades: Hamburgo, Dresden, Berlin, Monique e Lisboa, além de visitas às fábricas da Airbus, BMW Motors e Volkswagen. O roteiro e as visitações foram criados Revista Painel 16
exclusivamente para os alunos de engenharia de produção. Para Remoto, a experiência turística conta pontos na disputa de vagas no mercado de trabalho. “Experiências internacionais são sempre bem vistas pelos contratantes, pode impactar desde uma entrevista de estágio a uma recolocação profissional, sem contar o contato multidisciplinar adquirido com outras culturas”. O engenheiro conta que a visita à fábrica de aviões em Hamburgo (Alemanha)
ROTEIROS ESPECÍFICOS
João Felipe Brites Remoto em frente à fábrica da Volkswagen em Dresden (Alemanha)
foi surpreendente. A indústria comporta 12.500 funcionários e todos, independentemente de suas funções, foram cordiais e agiram de acordo com a política da empresa. “Foi surpreendente, em se tratando de um país de pessoas muito fechadas e formais”. Remoto também destaca a organização e o planejamento que aplicam em qualquer tipo de assunto.
APRENDER NUNCA É DEMAIS
“Para o estudante de Arquitetura e Urbanismo, por exemplo, ter a oportunidade de visitar roteiros específicos extrapola o que se aprende na sala de aula”, explica a arquiteta Ruth Cristina Montanheiro Paolino, diretora Universitária da AEAARP. Ela acrescenta que a viagem proporciona a experimentação prática do conteúdo aprendido na teoria. Conhecer a realidade de outros povos e ver de perto o trabalho executado por arquitetos renomados é o que, na opinião do arquiteto José Roberto Geraldine Junior, amplia o repertório daquele que vivencia a experiência. Ele explica que uma das dificuldades pode ser com o idioma. Com ele, isso só aconteceu na China, onde são poucas pessoas que falam outro idioma além do mandarim. “Mas, por fim, com o nosso jeito brasileiro somos bem sucedidos e bem recebidos em todos os lugares”, diz.
A demanda por esses roteiros inspira a criação de opções de viagens específicas para cada profissão, geralmente curtas, com duração entre sete e quinze dias. Além de cidades emblemáticas, os programas incluem visitas a empresas que são referência em cada área. Dessa forma, tanto estudantes quanto profissionais veem e vivenciam inovações tecnológicas, produtos, serviços e a forma de gestão e organização. Battista afirma que a duração da viagem tem impacto no custo, o que pode torna-la ainda mais atrativa para os profissionais, ou seja, quanto menos tempo, menor é o investimento em hotel e alimentação, por exemplo. Em contrapartida, um bom roteiro aumenta o custo-benefício. Ela acrescenta que cada destino é capaz de proporcionar experiências dife-
rentes. Cidades como Madrid, Barcelona e Toledo, todas na Espanha, são destinos buscados por profissionais de Engenharia e Arquitetura. O projeto urbanístico de Barcelona, por exemplo, data do século XIX e, se tornou referência para o urbanismo moderno. Além disso, a cidade tem um dos mais exitosos programas de coleta e destinação de resíduos. Além da Espanha, a Alemanha também é destino bastante procurado por esses profissionais. Battista acrescenta Berlim e Frankfurt ao roteiro, mas desta vez despertando interesse maior entre engenheiros. “Neste caso, são as indústrias que chamam a atenção dos profissionais”, observa. Para ela, independentemente do destino, viajar é uma das experiências mais enriquecedoras para o ser humano. “E se agrega a oportunidade de incrementar o currículo, o turista ganha duas vezes”.
Estudantes de Engenharia de Produção em frente à Airbus em Hamburgo (Alemanha) AEAARP 17
produtividade
Fábio Gatti, especialista em Pacote Office
ORGANIZAÇÃO E BOAS PRÁTICAS: O USO DE INTERVALOS NOMEADOS
Uma excelente prática para melhorar a produtividade e organização em suas planilhas de Excel é o uso do recurso Nomear Intervalos que permite: • Otimizar tempo na criação de fórmulas e funções; • Identificar intervalos e cálculos mais facilmente, lembrando que nossas soluções em planilhas nem sempre ficam paradas conosco, sendo compartilhadas entre vários usuários da mesma empresa; • Trabalhar mais facilmente com a referência de células absolutas ou relativas. A forma mais rápida e prática de dar nome a uma célula é selecioná-la e clicar na Caixa de nome, que fica ao lado da Barra de Fórmulas.
Neste exemplo, substituiremos o nome da célula A1 por Teste e, para finalizar, apertamos [Enter]. A partir de agora, a célula A1 desta planilha se chama Teste. Vá na célula B1, escreva = e clique na célula A1, e perceba que o resultado será =Teste. Na guia Fórmulas, temos o grupo Nomes Definidos, que possui várias funcionalidades, formas de nomear e editar os nomes e utilizações para eles.
No Gerenciador de Nomes, conseguimos acessar a listagem de todos os nomes que já criamos, permitindo que criemos novos nomes e editemos ou excluamos os já existentes.
Além de células individuais, podemos nomear um intervalo: Nomeando as células C1, C2 e C3 como Valores e colocando os números 10, 20 e 30 nas células, respectivamente. Em outro local qualquer, no mesmo arquivo, escreva =SOMA(Valores) e veja o que acontece. Além de células, os nomes podem ser criados à partir de funções e fórmulas. Experimente!
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institucional
EM OBRAS Intervenção foca na acessibilidade
Nos próximos dois meses, a AEAARP estará em obras. A escada em formato caracol será substituída por outras duas, retas, uma para subir e outra para descer. Entre elas, será instalado um elevador. O diretor administrativo da AEAARP, engenheiro agrônomo Callil João Filho, explica que a obra objetiva aprimorar a acessibilidade aos três pisos da sede onde estão a área administrativa, a recepção e o auditório. Seguindo a norma do Corpo de Bombeiros, as duas escadas terão 1,5 metro de largura, com corrimão. O projeto é do arquiteto Carlos Alberto Gabarra e será executado pela construtora Tavares Canini.
VISTA PANORÂMICA
No piso inferior do salão de festas foi erguida mais uma sala de aula, ampliando a infraestrutura física da sede em cerca de 80 metros quadrados. João Filho esclarece que o projeto valoriza a área verde, por este motivo foi adotado o fechamento com parede de vidro para proporcionar vista panorâmica para o jardim. A sala é dotada de projetor multimídia, conexão com a internet, telão, sistema de som, mesas e cadeiras. Já na inauguração, será ocupada por um dos cursos oferecidos pelo Instituto de Pós-graduação e Graduação (IPOG) na sede da entidade.
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patrimônio
UM NOVO CONPPAC PARA RIBEIRÃO Diretora de Arquitetura da AEAARP sugere que Conselho adote lista com exigências técnicas para determinar destino de imóveis tombados
Nos últimos dias de 2016, a Câmara Municipal de Ribeirão Preto aprovou a Lei Complementar 2.799/2016 que cria o Sistema Municipal de Patrimônio Cultural de Ribeirão Preto (SMPC-RP) e estabelece regramentos para diversas ações nesta área. Sobretudo, restabelece a constitucionalidade do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural do Município de Ribeirão Preto
(CONPPAC-RP). Em 2016, a Lei que criou o CONPPAC, há mais de uma década, foi considerada inconstitucional depois de julgada uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) proposta pela Prefeitura Municipal em 2007. Para além dos aspectos jurídicos, a arquiteta Ercília Pamplona, diretora de Arquitetura da AEAARP, opina que o Conselho deve aproveitar a oportuniRevista Painel 20
Ercília Pamplona, diretora de Arquitetura da AEAARP
dade e estabelecer novos parâmetros de atuação. No último ano, ela foi titular no Conselho, que reunia-se eventualmente, ainda que nenhuma lei municipal lhe desse retaguarda. Pamplona acredita que o novo modelo será oportuno para estabelecer novas diretrizes de análises e discussões. “O CONPPAC precisa ter uma lista de exigências, estabelecidas a partir de
critérios técnicos, que levem em conta as características artísticas, históricas, físicas, construtivas, patrimoniais, dentre outros, para respaldar as análises dos conselheiros”, fala. Para ela, as impressões pessoais, por exemplo, não devem ter o mesmo peso que o Código de Obras, o Plano Diretor do município ou a avaliação de um historiador. Ela pondera que algumas decisões inviabilizam investimentos e resultam em imóveis abandonados e deteriorados pelo tempo. “Se o Louvre [museu localizado em Paris-França] tem uma pirâmide de vidro na frente, por que não pode haver alteração interna em um imóvel que viabilize o investimento e dê função a ele?”, questiona. Pamplona explica que, ao ser criado
junto com o SMPC-RP, o CONPPAC pode ter ficado submetido à Secretaria da Cultura. Se, do ponto de vista negativo, esse fato poderá significar algum tipo de ingerência sobre as decisões do Conselho, por outro poderá ampliar sua atuação.
FUNPPAC
A mesma Lei criou também o Fundo de Preservação do Patrimônio Cultural do Município de Ribeirão Preto (FUNPPAC), que será gerido pela Secretaria Municipal da Cultura e fiscalizado pelo CONPPAC-RP. Os recursos serão destinados à execução de serviços e obras de manutenção e reparos dos bens tombados, aquisição de equipamentos e materiais, investimento em programas de promoção, conservação, restauração e preser-
vação de bens culturais, financiamento de pesquisas e estudos relacionados ao patrimônio cultural e capacitação e aperfeiçoamento. A fonte dos recursos, além da dotação orçamentária própria, terá origem em contribuições e doações, convênios, multas originadas por sanções previstas na Lei, subvenções, indenizações, penalidades e condenações judiciais obtidas em ações para defesa do patrimônio histórico e cultural local, dentre outras.
Legalidade
Para dar validade às decisões tomadas anteriormente, a Lei prevê que o novo CONPPAC, ainda a ser formado, deverá deliberar sobre a ratificação ou não das decisões tomadas antes e depois de declarada a sua inconstitucionalidade.
Vitral no Palacete Lobato, no centro da cidade AEAARP 21
tecnologia
APLICATIVO RASTREIA SEMENTES NO BRASIL Inovação no campo: engenheiro agrônomo cria sistema que registra dados detalhados da cadeia produtiva das sementes
A rastreabilidade é considerada estratégica para o agronegócio brasileiro
A rastreabilidade de produtos alimentícios vem ganhando força nos últimos anos, tornando-se opção para fidelizar consumidores através do repasse de informações sobre o caminho percorrido de tudo que chega à mesa das famílias. O engenheiro agrônomo Alexandre Gazolla Neto criou o aplicativo Sementes Rastreadas, que registra dados detalhados de toda a cadeia produtiva – dos campos de produção, passando pela Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS), até a comercialização.
“A rastreabilidade é um processo de grande relevância para o agro, pode proporcionar maior controle sobre as etapas de produção aos produtores de sementes e agricultores, garantindo qualidade e reduzindo custos. Além de facilitar a vida do homem do campo na hora de comprar insumos mais confiáveis”, diz Gazolla. Os responsáveis técnicos das empresas produtoras de sementes registram informações detalhadas sobre o manejo Revista Painel 22
do produto no aplicativo, informando as aplicações de produtos e vistorias técnicas com índices e fotos. Durante o período em que as sementes ficam na UBS, são registrados no sistema o controle da recepção das cargas, estoque, transferências e criações de lotes de beneficiamento e embalo. “A organização, que hoje é feita em planilhas, passa a ser mais rápida, simples e completa, gerando economia de tempo e de mão de obra”, diz o engenheiro agrônomo.
Segundo Gazolla, o relatório das informações rastreadas fica disponível no site da empresa produtora de semente e pode ser acessado pelo agricultor por meio de um código de barras 2D, localizado no rótulo de cada embalagem. Na página principal do site, o usuário encontra dados detalhados da cultura, a localização e extensão do campo de produção, resultados de qualidade do lote de sementes, dentre outras informações. “O histórico de germinação e vigor são informações essenciais ao agricultor, que tem a segurança de que o produto comprado terá ótimo desempenho no campo”, diz o agrônomo. O histórico de produção da semente permite o registro e acompanhamento das atividades e aplicações que ocorreram nas áreas de produção, semeadura e colheita. O registro das informações pode ser realizado pelo cooperado ou pelo responsável da empresa produtora de sementes, mediante acesso seguro ao sistema. Alguns dos dados são exibidos na função Rastreabilidade On-line e os demais ficam restritos ao acesso da empresa produtora de sementes para fins de gestão. O aplicativo oferece também a calculadora de plantabilidade, que recomenda quando e em qual proporção as sementes devem ser distribuídas no campo. “Rastreabilidade significa agregar valor à semente do produtor e conferir credibilidade a seu trabalho. Por outro lado, o agricultor tem, mais do que um histórico, informações essenciais para o planejamento e alocação de recurso durante a semeadura. Essa técnica deve evoluir muito nos próximos anos no Brasil e no mundo”, avalia Gazolla. Fonte: Sociedade Nacional de Agricultura AEAARP 23
GESTÃO
O aprendizado dos anos difíceis Muito se fala no ambiente empresarial sobre o planejamento Mariana Rossatti Molina para o ano. Vemos metas sendo Analista de negócios do estipuladas que mais se asseSEBRAE-Ribeirão Preto melham às famosas promessas de ano novo, fadadas a nunca se cumprirem. Muitas empresas esperam que o ano de 2017 passe uma borracha em 2016 e comece uma página em branco, quando, na verdade, o seu 2017 depende muito de como sua empresa se preparou e de um bom planejamento. É interessante começar este planejamento com um plano de aprendizado. Sem dúvidas, o ano de 2016 foi difícil para muitos, mas com as dificuldades vem a evolução, e a empresa que aprender sairá fortalecida. Reúna a equipe e pergunte: os resultados esperados em 2016 foram alcançados? O que foi planejado foi executado? O que dificultou a obtenção dos resultados? Logicamente, não temos poder de impedir imprevistos ou controlar as dificuldades do mercado. A ideia não é fazer uma sessão de lamento na qual toda a culpa é da crise, é do mercado ou é do concorrente. Mas sim, uma avaliação, principalmente, do que está sob o nosso poder de ação e de influência. Será que fizemos o que poderíamos para nos anteciparmos às ameaças do mercado? A estratégia utilizada foi a melhor, dada a conjuntura? Ela foi corretamente implantada? Estabeleci metas e planos de ações? A empresa esteve aberta a identificar novas oportunidades e aproveitá-las? Quais foram os pontos de melhoria do ano que passou? E também comemorar os resultados alcançados. O que a sua equipe aprendeu que não sabia? Quais foram as melhorias implantadas? Quais foram as dificuldades superadas? Quais as novas parcerias estabelecidas? Quais foram os novos clientes e mercados conquistados? Quais foram os pontos positivos? De tudo isso, quais são as recomendações para 2017? E, aprendendo, começamos o planejamento. Antes de esta-
belecer metas, faça uma análise do cenário. Não adianta colocar uma meta de crescimento do faturamento de 20% no ano se não tiver um plano de ação para alcançá-la, se está em um mercado em declínio e se tudo indica que terá dificuldades de, simplesmente, manter-se no mercado. Uma meta não alcançável irá frustrar e desmotivar a equipe. Considere o macro e microambiente, cenários econômicos, tendências, mudanças do comportamento dos clientes. Reúna informações e análises de cenários futuros: previsões otimistas, realistas e pessimistas. Diante do cenário, qual será a estratégia? O posicionamento de sua empresa? A partir desse ponto, defina aonde quer chegar. Determine macro objetivos, avalie se os recursos serão suficientes, defina indicadores mensuráveis para acompanhar e metas de resultados para cada indicador. Pequenas empresas se guiam apenas com o indicador de faturamento, o que é um erro. Um indicador por si só não proporciona a visão real do que está acontecendo. Existem casos de empresas que faliram aumentando o faturamento. Você não dirige o seu carro com um painel mostrando somente o combustível. Pense em outros indicadores: satisfação do cliente, produtividade, ociosidade, ticket-médio, lucratividade, número de novos clientes, endividamento, market share, faturamento atrelado a produtos e serviços lançados nos últimos três anos, dentre outros. É interessante que cada área da empresa tenha metas, objetivos, indicadores, recursos e um plano de ação, com prazos e responsáveis. A meta e a ação que não têm prazo definido e responsabilidade não ocorrerão. Todos devem contribuir para os objetivos estratégicos da organização. Da nossa parte, somos gratos pelo ano que passou, por diversas ações efetuadas de capacitação e encontros de negócios para empresário de micro e pequenas empresas e agradecemos, principalmente, parceiros como a AEAARP, que fazem nossas ações terem um impacto maior e mais significativo. Temos o nosso 2017 planejado, e você?
Revista Painel 24
crea-sp
CONSELHO REGULAMENTA E DEFINE ATIVIDADES PROFISSIONAIS PARA USO E OCUPAÇÃO DO SOLO Decisão Normativa foi publicada em 1992
Alterada pela Decisão Normativa 104 de 29 de outubro de 2014 Dispõe sobre as atividades de Parcelamento do Solo Urbano, as competências para executá-las e dá outras providências. Constituem atividades de Parcelamento do Solo Urbano: 1 Laudos técnicos para atender o disposto na Lei nº 6.766/79, Art. 3º, parágrafo único; 2 Serviços topográficos; 3 Fotogrametria e foto interpretação; 4 Planejamento geral básico - Projeto de loteamento; 5 Paisagismo; 6 Sondagens geotécnicas; 7 Obras de terra e contenções; 8 Pontes e viadutos, estruturas, fundações e estruturas de contenções; 9 Sistema viário; 10 Sistema de abastecimento de água; 11 Sistemas de esgoto cloacal e pluvial; 12 Sistema de distribuição de energia elétrica.
A Decisão Normativa 47/1992 regulamenta atividades de parcelamento e uso do solo urbano e define competências para executar este serviço. As atividades compreendem 12 itens, e
estão reunidas no anexo da legislação. A Normativa detalha os serviços que, alterado pela Decisão Normativa 104, de 29 de outubro de 2014 e Item 5 do quadro anexo alterado pela Decisão NormaAEAARP 25
tiva 107, de 29 de maio de 2015, podem ser prestados pelos profissionais do sistema CONFEA/CREA e indica a legislação específica de cada atribuição. O primeiro item, por exemplo, trata da emissão de laudos técnicos que atendam ao disposto no Artigo 3º da Lei 6.766/1979. Nesse artigo, a Lei determina que não será admitido o parcelamento de solo em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações até que se tomem providências de escoamento, dentre outras coisas, como a garantia de que não tenham sido aterrados materiais nocivos à saúde e que atenda exigências sanitárias. Para atender à exigência, deverão ser emitidos laudos técnicos que comprovem as condições de implantação do loteamento ou edificação. Nesse caso, Decisão Normativa estabelece que o laudo seja elaborado por engenheiro civil, agrimensor, de fortificação e construção, sanitarista ou geólogo. A última alteração nesta decisão aconteceu em 2015 e inseriu o engenheiro florestal como profissional habilitado a exercer as funções do item cinco, que trata do paisagismo, função anteriormente atribuída somente ao engenheiro agrônomo.
notas e cursos Tinta transforma calor em eletricidade O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul desenvolveu uma tinta especial que se aplicada em peças quentes – como motores, turbinas, caldeiras – utiliza o calor desses produtos para gerar eletricidade. A novidade também atua no resfriamento dessas peças. O material termoelétrico tem propriedades físicas que o fazem comportar-se como um líquido e depois de aplicado, ele seca e transforma a superfície pintada em um coletor de calor. Os cientistas registraram a densidade de energia de quatro miliwatts por centímetro quadrado de área pintada. A tinta pode ser aplicada sobre qualquer fonte de calor – independente da forma, tipo e tamanho – e funcionará como um novo sistema de geração de energia renovável. Fonte: Inovação Tecnológica
novos associados Jose Carlos Souza Marques Engenheiro agrônomo Renata Rossin Garone Borelli Engenheiro agrônomo Victor de Paula Vieira Engenheiro civil Antonio Adauto Alves Engenheiro eletricista Paulo Francisco Ferreira Delgado Engenheiro eletricista
Defensivos agrícolas naturais A Embrapa publicou o livro Defensivos Agrícolas Naturais: Uso e Perspectivas, que apresenta temas ligados ao acesso ao patrimônio genético natural, legislação para o desenvolvimento e uso de defensivos naturais, testes laboratoriais e qualidade de análises exigidas para o registro desses produtos. Os defensivos agrícolas naturais são originários de partes de plantas, microrganismos, animais e minerais. O mercado de defensivos naturais está crescendo cerca de 16%
ao ano no mundo. No Brasil, o segmento já representa de 3 a 5% das vendas dos pesticidas químicos e há espaço para continuar crescendo. Esse movimento tem colocado os defensivos agrícolas naturais em discussão como opção viável para a produção saudável de alimentos. O livro lançado pela Embrapa pode ser baixado gratuitamente, veja o atalho na área de Notícias no endereço eletrônico da AEAARP. Fonte: Embrapa
Roberto Canassa Junior Engenheiro mecânico Tiago Augusto Pavanelli Engenheiro mecânico Colemar Mendes Cardoso Técnico em eletrônica Carlos Roberto Barreto Técnico em eletrotécnica Ricardo Sampaio Diniz Técnico em meio ambiente Silvio Martins Técnico em química Luciana de Paula Queiroz Bonato Estudante de arquitetura
Mais resistente que o aço Cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) anunciaram a criação de um material extremamente leve e resistente, feito de grafeno e resistência 10 vezes maior do que o aço. Com aparência esponjosa, ele é produzido a partir da compressão e fusão de grafeno — uma forma de carbono de apenas duas dimensões e grande resistência. Apesar de ser mais resistente do que o aço, o novo material tem apenas 5% da sua densidade, resultando em objetos mais leves do que os equivalentes construídos com aço. A expectativa é que objetos criados usando essa tecnologia sejam usados na criação de aviões, grandes construções e carros. Fonte: Instituto de Engenharia Revista Painel 26
Murari Advaita Acarya Tannous Munoz Estudante de agronomia Tierre Victor Fernandes Oliveira Estudante de arquitetura Guilherme Pimentel de Lima Souza Estudante de engenharia civil
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