painel Ano XI nº 282 setembro/ 2018
Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto
Tem peixe na região
Produção de tilápia tem destaque
Engenharia Crise não afeta manutenção
Parcerias
Veja o que é e como participar de um projeto PPP
Convênio
AEAARP conquista benefícios junto à Unimed
Nem só de açúcar, etanol e cana vivem a região. A revista Painel dedica-se a mostrar o outro lado da economia regional há várias edições. A região tem flores, tem frutas, tem oliveiras e tem peixes. Ainda que o volume dessas produções não seja comparável ao do etanol e do açúcar, é importante que saibamos olhar para além do que é óbvio.
palavra do presidente
Eng. civil Carlos Alencastre
A reportagem de capa desta edição mostra a piscicultura na região, sob o ponto de vista de mercado e de pesquisa. Mostra também que, apesar de existir produção e mercado, só não é mais importante pelo fato de não haver água superficial em abundância. Esse fato chama a atenção pelo fato de a água ser pauta prioritária em se tratando da sobrevivência dos seres humanos e do incremento da economia. A água subterrânea explorada desde o início do século passado é colocada em cheque, uma vez que já temos conhecimento suficiente sobre o Aquífero Guarani para afirmar que, se não acaba, pode tornar-se insuficiente no futuro. E, a água superficial disponível nessa região não é tão abundante como alguns podem supor. Na última eleição municipal o tema emergiu de forma espalhafatosa e irresponsável. É necessário retomá-lo, atentando para os aspectos práticos: a rede de distribuição, as técnicas de tratamento, a oportunidade e a possibilidade de captar água de outros mananciais, como o Rio Pardo. Mais do que isso, é necessário que a pauta da água permaneça entre as prioridades da sociedade, por questão de sobrevivência, e não a cada quatro anos, por conveniência. Nós que produzimos, construímos e projetamos conhecemos as dificuldades e as necessidades, não só sob o ponto de vista humano, mas também para manter viva e próspera a nossa economia.
painel Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700 Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / aeaarp@aeaarp.org.br
Eng. civil Carlos Eduardo Nascimento Alencastre Presidente Eng. eletr. Tapyr Sandroni Jorge 1º Vice-presidente Eng. civil Fernando Junqueira 2º Vice-presidente Diretoria Operacional Diretor administrativo - eng. agr. Callil João Filho Diretor financeiro - eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho Diretor financeiro adjunto - eng. agr. Benedito Gléria Filho Diretor de promoção e ética - eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves Diretor de ouvidoria - arq. urb. Ercília Pamplona Fernandes Santos
índice especial
05
História
09
Tilápia domina piscicultura na região
A voz da AEAARP
jANTAR DOS ARQUITETOS 10 Engenharia 12 Manutenção, fazer ou não?
Economia 16 PPP: municípios saem na frente dos estados
Arquitetura 20 A materialização de uma ideia
Evento
Mercado e oportunidade em pauta
22
CREA-sp 24 Resolução nº 1.104, de 26 de julho de 2018
notaS e cursos 26
Diretoria Funcional Diretor de esporte e lazer - eng. civil Milton Vieira de Souza Leite Diretor de comunicação e cultura - eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto Diretor social - eng. civil Rodrigo Araújo Diretora universitária - arq. urb. Ruth Cristina Montanheiro Paolino Diretoria Técnica Agronomia - eng. agr. Alexandre Garcia Tazinaffo Arquitetura - arq.urb. Marta Benedini Vechi Engenharia - eng. civil Paulo Henrique Sinelli Conselho Presidente: Eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado Conselheiros Titulares Eng. civil Elpidio Faria Junior Eng. civil Edgard Cury Eng. civil João Paulo de Souza Campos Figueiredo Eng. civil Jose Aníbal Laguna Eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio Bagatin Eng. civil Ricardo Aparecido Debiagi Eng. civil Roberto Maestrello Eng. civil Wilson Luiz Laguna Eng. elet. Hideo Kumasaka Arq. e urb. Adriana Bighetti Cristofani Arquiteta e eng. seg. do trab. Fabiana Freire Grellet Eng. agr. Dilson Rodrigues Cáceres Eng. agr. Geraldo Geraldi Jr Eng. agr. Gilberto Marques Soares Conselheiros suplentes Eng. civil Marcos Tavares Canini Eng. mec. Fernando Antonio Cauchick Carlucci Arq. e urb. Celso Oliveira dos Santos Eng. agr. Denizart Bolonhezi Eng. agr. Jorge Luiz Pereira Rosa Eng. agr. José Roberto Scarpellini REVISTA PAINEL Conselho Editorial: eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho, Arq. e urb. Adriana Bighetti Cristofani, eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto - conselhoeditorial@aeaarp.org.br Conselheiros titulares do CREA-SP indicados pela AEAARP: eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves e eng. mecânico Fernando Antonio Cauchick Carlucci Coordenação editorial: Texto & Cia Comunicação Rua Galileu Galilei 1800/4, Jd. Canadá Ribeirão Preto SP, CEP 14020-620 www.textocomunicacao.com.br Fones: 16 3916.2840 | 3234.1110 contato@textocomunicacao.com.br Editoras: Blanche Amâncio – MTb 20907, Daniela Antunes – MTb 25679 Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044, Flavia Amarante – MTb 34330 Comercial: Angela Soares – 16 2102.1700
Associação de Engenharia Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto
Horário de funcionamento AEAARP - das 8h às 12h e das 13h às 17h CREA - das 8h30 às 16h30 Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.
Tiragem: 3.000 exemplares Locação: Solange Fecuri - 16 2102.1718 Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader Impressão e fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda. Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.
AEAARP AEAARP 55
Tilápia domina piscicultura na região
especial
wikimedia
Em 2017, das 691.700 toneladas de peixes produzidas no Brasil, 357.235 toneladas eram tilápias. A espécie tem ajudado a alavancar a piscicultura brasileira, que apresenta crescimento anual entre 8% e 10%
Revista Painel 6
“O
peixe não tem restrição religiosa e nem médica. É a única proteína que tem
esse diferencial e isso ajuda, e muito, o desenvolvimento do setor”. A constatação é do empresário e economista Eduardo Amorim, que trabalha com nutrição de peixes há 22 anos e é membro do conselho administrativo da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR). A piscicultura
números de propriedades de criadores de tilápias Norte
5.804
Nordeste
13.164
Sul
61.253
Sudeste
25.354
Centro-Oeste
4.497
no Brasil tem crescido entre 8% e 10% ao
Fonte: IBGE, ilustração retirada do Anuário da Piscicultura 2018 (Peixe BR)
ano. A produção de tilápia é a grande responsável por esse avanço. Prova disso são os números do Anuário Peixe BR 2018, divulgados em fevereiro deste ano: a espécie representou 51,7% dos peixes cultivados no Brasil, em 2017, o que garantiu ao país o título de quarto maior produtor de tilápia no mundo, perdendo apenas para China, Indonésia e Egito, respectivamente.
Veja o Anuário da Piscicultura 2018 no endereço eletrônico da AEAARP, na área Notícias.
Aquicultura x piscicultura Aquicultura é o cultivo de organismos aquáticos como peixes, crustáceos, moluscos, algas, répteis e qualquer outra forma de vida aquática. A piscicultura (criação de peixes) é uma das modalidades da aquicultura, assim como a carcinicultura (criação de camarões), a ranicultura (criação de rãs), a malacocultura (criação de moluscos, ostras e mexilhões), algicultura (cultivo de algas), quelonicultura (criação de tartarugas e tracajás) etc. Fonte: Embrapa
www.aeaarp.org.br Segundo especialistas, a piscicultura na Em 2017, a cadeia produtiva da piscicultura no Brasil teve aproximadamente R$ 4,7 bilhões de receita e gerou cerca de um milhão de empregos diretos e indiretos.
região de Ribeirão Preto é pulverizada, conta com alguns sistemas de produção artesanais (com menos de 10 hectares de lâmina d’ água) e pouco expressivos, que
atendem apenas a demanda regional de supermercados e restaurantes locais ou vendem para a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) ou para alguns frigoríficos. A cidade de Rifaina (SP), segundo eles, apresenta a maior produção de peixes da região e faz o cultivo tanto em gaiolas instaladas em grandes rios quanto em tanques escavados. “A região de Ribeirão não é ruim para a piscicultura, mas não tem tanta água, diferentemente da Bacia do Paraná, por exemplo”, analisa Eduardo. O engenheiro agrônomo Bruno Turini, consultor nas áreas de aquicultura e nutrição de peixes, trabalhou no projeto de implantação da maior piscicultura de Rifaina. Ele comenta que a cidade atua em todos os setores da cadeia produtiva, com exceção da produção de ração. “Além
No período, foram produzidas 691.700 toneladas de peixes, sendo 357.235 toneladas apenas de tilápias. O Paraná é o estado brasileiro que mais produziu a espécie em 2017, foram mais de 105 mil toneladas. O cultivo da tilápia também é pujante na piscicultura paulista, representando 95% da produção de peixe no estado. A região de Ribeirão Preto (SP) não foge à regra, Colpani Pescados
segundo os especialistas em piscicultura e aquicultura entrevistados pela revista Painel: a tilápia responde por dois terços da produção de peixes na região.
Produção de peixes em Mococa-SP
AEAARP 7
do cultivo de peixes e de alevinos [peixes recém-saídos do ovo], a cidade tem unidades de beneficiamento para atender grandes redes de supermercado. Ou seja, eles entregam o produto acabado, na forma de filé ou peixe inteiro”. Eduardo comenta que boa parte do que é produzido na cidade vai para a capital paulista. Colpani Pescados
Bruno acrescenta que Delfinópolis (MG), Sacramento (MG) e Miguelópolis (SP) também contam com algumas unidades de produção de alevinos e de piscicultu-
Produção de alevinos em Mococa-SP
ras artesanais. Já Buritizal (SP), segundo o agrônomo, tem uma boa produção de lambaris. A região também tem um número expressivo de pesque-pague, que, mesmo sendo pesca esportiva, demanda tanto da produção de alevinos quanto de peixes maiores. Em Mococa (SP), segundo Eduardo, também está sendo iniciada uma estrutura para a produção do peixe pangasius.
Modalidades de pesca ▪ Pesca artesanal: caracterizada pela mão de obra familiar e com baixo grau tecnológico nas capturas ▪ Pesca industrial: captura de pescado com embarcações de médio ou grande porte e geralmente dispõe de sistemas mecanizados ▪ Pesca esportiva ou amadora: tem como objetivo o lazer, turismo e desporto e não visa a produção nem o comércio de pescado Fonte: Embrapa
Piscicultura em Mococa
por dia”. Martinho explica que desde 2014,
O administrador de empresas e técnico
o mercado sentiu os efeitos da seca, o que
em agropecuária Martinho Carlos Colpani
reduziu um pouco a capacidade produtiva
Filho está envolvido com a piscicultura há
dos piscicultores em geral. Assim como to-
30 anos. O carro-chefe de sua empresa,
dos os outros setores da economia, a crise
localizada em Mococa, é a produção de
econômica-política que o país enfrenta
alevinos. Segundo Martinho, além de sua
desde 2016 também prejudicou um pouco
produção atender a demanda regional, a
a piscicultura.
empresa tem forte presença no mercado
Ele comenta que chegou a comercializar
nacional. Em média, são produzidos entre
filé de peixe em pelo menos 15 cidades da
cinco e 15 milhões de alevinos por ano.
região. Hoje, são apenas três. “Mas, como
“Chegamos a empregar até 40 pessoas,
visão de negócio, o peixe tem um cenário
dependendo da época. Nos últimos anos,
positivo. A perspectiva de aumento do
a indústria nesta área conseguiu se con-
consumo do peixe é clara. Queremos que
solidar, teve um bom crescimento e as
o produto chegue mais padronizado, em
expectativas são boas”. O crescimento só
forma de filé, para conseguir ampliar o
não foi maior devido às crises enfrentadas
mercado. As pessoas querem consumir
pelo país nos últimos anos.
mais, mas precisa de preço bom; o pro-
Hoje, a empresa de Mococa chega a
dutor quer investir mais, mas precisa de
processar entre duas e três toneladas de
consumo”.
peixes por semana. “Mas temos capacida-
Segundo ele, as duas demandas estão
de instalada de processar até 10 toneladas
crescendo juntas e outro fator também deve ser levado em consideração: a grande necessidade de capital por parte dos piscicultores. “O produtor tem que conseguir fazer a atividade rodar. Porém, o ‘custo Brasil’ é muito alto. A produção do panga
Colpani Pescados
[pangasius] no Brasil, por exemplo, chega
Produção de peixes em Mococa-SP
no supermercado custando entre 20 e 25 reais o quilo. Já quando importamos do Vietnã, o peixe chega nas gôndolas custando 15 reais o quilo”.
Revista Painel 8
Martinho (que também é presidente da Câmara Setorial do Pescado no Estado de São Paulo, membro do conselho administrativo da Peixe BR e diretor regional Colpani Pescados
da Peixe SP) complementa que o valor da energia elétrica e dos impostos em geral acabam encarecendo a atividade, sem contar as legislações relacionadas à piscicultu-
Produção de peixes em Mococa-SP
ra, que, em sua visão, são complexas. “Nós não temos medo de produtos importados
Para Bruno, a queda no valor de venda
com menor custo e maior produtividade).
e da competitividade. Temos condição de
do peixe também é decorrente da gran-
Segundo o economista, a produção nessas
abastecer o mundo com pescado, porém
de oferta do produto no mercado. “Os
regiões pode crescer até 20% ao ano.
não suportamos arrastar uma estrutura
piscicultores não conversaram e colo-
estatal que afoga a cadeia produtiva”.
caram muito peixe na água. A cadeia de
Tecnologia
distribuição e comercialização precisa ser
De acordo com a Embrapa, por ser um
mais organizada”, defende o engenheiro
setor relativamente recente no Brasil, a
agrônomo. Eduardo acrescenta que a parti-
aquicultura brasileira carece de dados
cipação ativa dos pequenos piscicultores é
sobre viabilidade econômico-financeira
essencial para o desenvolvimento do setor.
dos sistemas de cultivo, estrutura de
Produção e consumo A produção e o consumo de peixes na região de Ribeirão Preto acompanham os índices de crescimento nacional (entre 8% e 10%), segundo o economista Eduardo. “Esse ano está mais complicado, por causa da falta de dinheiro dos piscicultores. A ração subiu e, devido a crise, o valor do peixe caiu um pouco. A greve dos caminhoneiros também afetou o mercado. Porém, a partir de setembro ou outubro deve haver a retomada no setor”, avalia.
Hoje, o brasileiro consome em média 9,5
cadeia produtiva, risco de investimento,
quilos de peixe por ano (menos da metade
impacto econômico da adoção de tecno-
do consumo mundial) e, segundo o econo-
logias, além de dados macroeconômicos
mista, a estimativa é que cada vez mais a
da aquicultura nacional (empregos, PIB).
população consuma o produto como fonte
Para a entidade, a ausência de informações
de proteína. “As pessoas estão sedentárias,
dificulta a tomada de decisão dos setores
precisando melhorar os hábitos alimentares
público e privado.
e consumir alimentos mais leves. Isso ajuda
Foi esse cenário que inspirou a criação
a desenvolver o mercado de filés de boa
do maior projeto de pesquisa já elaborado
qualidade, por exemplo”. Ele acrescenta
para desenvolver a aquicultura no Brasil:
que o peixe é a proteína mais consumida
o BRS Aqua, que envolve 22 centros
no mundo e acredita que em alguns anos o
de pesquisa, 50 parceiros públicos e 11
consumo de peixe no Brasil vai ultrapassar
empresas privadas e receberá cerca de
o consumo de carne suína, pois os índices
R$ 57 milhões do BNDES Funtec (linha
de crescimento são muito maiores.
de crédito não reembolsável a projetos
Eduardo avalia que a região de Ribeirão
Colpani Pescados
Preto precisa desenvolver novos canais
Produção de peixes em Mococa-SP
de pesquisa aplicada, desenvolvimento tecnológico e inovação).
(por exemplo, ampliar público consumidor,
O objetivo é proporcionar infraestrutura
entrar nas redes de fast-food, grandes
e desenvolver pesquisa científica necessá-
restaurantes e investir em embalagens
ria para atender demandas do mercado.
menores) e aprimorar as técnicas de
Ainda segundo a Embrapa, um dos maiores
beneficiamento, assim como nas regiões
desafios da aquicultura brasileira é a falta
que sediam um cluster industrial (locais
de pacotes tecnológicos para a criação de
que apresentam cadeias produtivas de-
importantes espécies aquícolas. Para isso,
senvolvidas que vão desde mão de obra
o projeto focará na pesquisa do tambaqui,
especializada aos insumos e equipamentos
tilápia, camarão e bijupirá, que têm grande
AEAARP 9
História demanda de mercado ou alto potencial de
do número expressivo de propriedades de
produtividade. O projeto atuará no desen-
piscicultura, pouco mais de 10% (em torno
volvimento de soluções tecnológicas para
de 42 mil) declararam que comercializam
o abate eficiente e humanitário de peixes,
peixes cultivados. “A maioria não comuni-
padronização e controle de qualidade de
cou a comercialização de peixes de cultivo
filés, uso de resíduos e co-produtos do
ao Censo Agro 2017, com receio de que os
processamento na elaboração de materiais
dados fossem direcionados a outros órgãos
com valor agregado, entre outros.
do governo. Grande parte não é regularizada do ponto de vista fiscal e ambiental
Custos e desafios
para produção e comercialização do peixe.
Dentre os principais custos da produção
A omissão de informação interfere nos
de peixes, os especialistas destacam: ra-
resultados da produção nacional, que já
ção, mão de obra, energia elétrica (usada
estão sendo revisados pelo IBGE [Instituto
nos aeradores, no bombeamento de água
Brasileiro de Geografia e Estatística]”, disse
e na mecanização do sistema de alimen-
Francisco Medeiros, presidente-executivo
tação dos peixes), compra de alevinos
da Peixe BR, ao portal da entidade.
e produtos medicamentosos como, por
Eduardo avalia que uma cadeia produti-
exemplo, antiparasitários e antimicro-
va desenvolvida (com bons fornecedores,
bianos. Já a baixa qualificação da mão de
unidades de beneficiamento, instalação
A voz da AEAARP
O
primeiro veículo de comunicação da AEAARP foi produzido em 1949 e
obra é uma das dificuldades enfrentadas
de frigoríficos, fábricas de ração e mão de
se chamava ‘Boletim Informativo
pelo setor da piscicultura, segundo Bruno.
obra especializada) é fundamental para o
da Associação dos Engenheiros de
Além disso, o engenheiro agrônomo res-
setor. “É preciso tudo isso para amadure-
Ribeirão Preto’. O único vestígio de
salta que os piscicultores enfrentam outras
cer o trabalho em cadeia, reduzir o custo
sua existência está na ata da reunião
grandes barreiras como a dificuldade de
e aumentar a produção. O planejamento
realizada no dia 10 de outubro
licenciamento ambiental para iniciar uma
e a manutenção das produções são es-
daquele ano, quando foi registrado
produção. “Muitos financiamentos são
senciais para garantir a produtividade
o cartão enviado pelo arcebispo
inviabilizados pela falta de documentação
e a sustentabilidade do negócio”, diz o
metropolitano de Ribeirão Preto,
necessária”. Segundo a Peixe BR, apesar
economista.
Dom Manoel da Silveira D’Elboux, agradecendo por ter recebido um exemplar do Boletim. Em reuniões de diretoria, o tema sempre esteve em evidência, mas esbarrava em questões financeiras. Em 1954, conquistaram espaço no jornal A Tarde, onde mantiveram uma coluna de artigos. Nos anos seguintes, conquistaram outros espaços, além de serem fonte de informação para a imprensa. Em 1976 começaram os primeiros debates para editar um jornal da enColpani Pescados
tidade e, em 1979, circulou o jornal
Produção de peixes em Mococa-SP
Painel, em formato tabloide, que nos anos de 1990 converteu-se para o formato revista.
Revista Painel 10
No primeiro Jantar dos Arquitetos da AEAARP, realizado dia 24 de agosto, profissionais e estudantes confraternizaram na associação.
Renato Villela, Rosmary Francischelli e Adalberto Montagnani
Bruna Bellinazzi e Andre Luis Pavan Tassinari
Regina Foresti, Marta Benedini Vechi e Mary Jane Higham Vianna
Jean Hilario e Guilherme Lemos
Mariana Freitas, Priscila Francisco, Celso Santos, Ana Paula Santos
Luciano Cristofani e Adriana Bighetti
Fabrisio Carlos, Valéria Lima, Fernanda Farnochi e Marçal Farnochi
AEAARP 11
Maíra Mora, Kaique Xavier, Carlos Palladini, Dulce Palladini, Renata Palladini e Carol Palladini
Abadia Rezende, Rosa Ferreira, Ercília Pamplona e Geraldo Fernandes Santos
Mariana Cruz, Amanda Santos, Thiago Ferreira, Julia Gracia, Carolina Manenti, Danilo Marques Martin
Sônia Montas, Maria Julia Montas, Vicente Paolino e Ruth Paolino
Ivone Samariva, Mônica Inagaki, Nara Pinheiro e João Paulo Pinheiro
Cleber Polverel, Luiz Fernando Andrade, Maressa Moreira
Revista Painel Painel Revista 12 12
Engenharia
Manutenção, fazer ou não? Nem a crise afeta a manutenção de equipamentos, uma rotina essencial para garantir eficiência, economia e longevidade
O
gasto com a manutenção de equipamentos corresponde a 4% do faturamento das empresas, segundo a Associação Brasileira de Manutenção e
Gestão de Ativos (Abraman). Os dados são do Documento Nacional 2017 - A Situação da Manutenção no Brasil, pesquisa realizada a cada dois anos com o objetivo de avaliar a situação da manutenção no Brasil. O levantamento foi divulgado em agosto de 2018. Os números demonstram que nem mesmo a crise econômica fez com que as empresas deixassem a manutenção de lado. Edson Kleiber de Castilho, diretor presidente da Abraman, explica que no período de crise as equipes de trabalho são reduzidas, mas as manutenções preditiva, preventiva e corretiva não são abandonadas. “A preditiva, por exemplo, é realizada em períodos mais espaçados, não por questões de custos, e dade de especialistas nas empresas”, ressalta.
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sim devido à baixa demanda da produção e menor disponibili-
AEAARP 13
O engenheiro Alexandre Lara, direDivulgação MMTec
tor técnico da A&F Partners Consulting Engenharia, empresa especializada em consultoria nas áreas de engenharia de operação e manutenção predial, destaca que, ainda que alguns gastos sejam
Inspeção termográfica em subestação
reduzidos, não se costuma paralisar a manutenção. “Normalmente, os pro-
estrutura de ventilação, resfriamento de
projeto, construção e instalação, segundo
cessos são readequados. A manutenção
ar, bombeamento de água, transmissão
Alexandre Lara. “Isto demonstra, mesmo
não deixa de ser feita, embora as frequ-
de energia e dados por painéis eletrôni-
em um ambiente predial, a importância da
ências e rotinas possam e devam ser re-
cos, a manutenção acontece de forma
etapa de operação e manutenção dentro
avaliadas”, destaca.
programada, com datas, frequências e
do ciclo de vida do empreendimento”, diz.
Segundo ele, grande parte das empre-
roteiros predefinidos. Tudo para asse-
Para ele, o principal desafio da manu-
sas aproveita os períodos de recessão
gurar o funcionamento dos 571 centros
tenção é assegurar não só a longevidade
para olhar “o seu próprio interior”, os seus
de compras espalhados pelo Brasil, que
dos equipamentos, como também, o seu
processos e estratégias, tentando reade-
recebem cerca de 463 milhões de visitas
desempenho durante toda a vida útil
quá-los. “Trata-se de um processo de re-
por mês, segundo a Associação Brasileira
produtiva. Uma vez executada de forma
engenharia adotado por alguns, que pre-
de Shopping Centers (Abrasce).
correta e adequada, a manutenção asse-
tendem preparar-se para a retomada”, diz.
Nestes espaços, a manutenção é rea-
gurará o desempenho de equipamentos,
O engenheiro Luciano Marques, geren-
lizada para garantir a estética (pintura e
redução das taxas de falhas (quebras,
te comercial da MMTEC Inspeções Indus-
pisos), o conforto (refrigeração e ilumina-
paradas, etc..) e também de retrabalho
triais, defende que o corte da manuten-
ção) e a segurança (eletricidade e estru-
na produção (peças produzidas fora dos
ção acontece em empresas que não têm
turas civis), explica o engenheiro Miguel
limites admissíveis).
a prática de medir o que se gasta. “Em-
Angelo, gerente de Engenharia e Plane-
A falta de conhecimento técnico ade-
presas focadas em custo mantêm as ins-
jamento da Infralink Engenharia de Ma-
quado sobre os sistemas operados e
peções preditivas para ter disponibilidade
nutenção, divisão do Grupo Brasanitas.
mantidos podem levar as instalações a
do maquinário, medir gastos com peças e
A empresa é responsável atualmente pela
condições propícias às falhas, esclarece
intervenções reparativas”, explica.
manutenção de nove shoppings no Brasil,
Alexandre. “Isto ocorre com mais frequ-
A manutenção de equipamentos é vi-
entre eles, Campinas Shopping (SP), Sho-
ência no âmbito predial do que no am-
tal para a continuidade operacional de
pping Piracicaba (SP), Plaza Shopping Ma-
biente industrial”, destaca.
um sistema. Em alguns setores, como a
caé (RJ) e Independência Shopping (MG).
Mas, segundo dados da Abraman, os
aviação, processamento de dados e pro-
Segundo Miguel, também são realiza-
profissionais da área estão mais qualifica-
cessos industriais com alta criticidade, a
das manutenções quando a disponibili-
dos. Hoje, 25% possuem nível superior,
ocorrência de falhas não é permitida.
dade do equipamento é afetada por falha
sendo que em 2013 apenas 6,76% dos profissionais da área tinham graduação.
Na indústria, por exemplo, a paralisa-
ou defeito inesperados. “Todos os tipos
ção de uma linha de fabricação de peças
de manutenção têm igual importância no
“É extremamente necessário que for-
pode causar grande perda financeira e de
que diz respeito a sua realização, porém
memos profissionais capacitados a ava-
imagem, além de colocar em risco outras
geram impactos diferentes no custo da
liar processos de manutenção. Períodos
linhas pela falta de componentes. Em
operação”, explica.
de recessão também trazem consigo
uma área predial, as pessoas que habitam
Estima-se que durante toda a vida útil
baixos investimentos na capacitação de
ou trabalham nos edifícios não podem
de uma edificação comercial, algo próximo
profissionais e na retenção de conheci-
ficar sem água potável, energia elétrica,
de 75% do valor gasto corresponda à fase
mentos, o que, em muitas vezes, aumen-
elevadores, e tantos outros sistemas.
de ocupação, operação e manutenção. Os
ta significativamente o potencial de erro
outros 25% são dedicados às etapas de
no setor”, alerta Alexandre.
Nos shoppings, onde há uma complexa
Revista Painel 14
Preventiva
Corretiva
Tipos de manutenção
É a manutenção emergencial, isto é, quebrou mobiliza-se a equipe e conserta a falha. Geralmente de altíssimo custo, pois quando algo quebra afeta o conjunto máquina. Custo: $$$
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É a manutenção programada, isto é, de tempos em tempos, o equipamento é parado, desmontado e checado o que precisa ser reparado com base no que está desgastado, com “vida útil” vencida ou com aparência de iminência de falha. Geralmente de alto custo e grande impacto na produção, pois na intervenção ocorre a parada do maquinário, ficando indisponível por um período em razão de não ter programado a troca de algum elemento interno. Ocorre o risco também de estragar o que está bom, já que o ato de desmontar pode afetar algum elemento em bom estado deixando-o sem condição de operar. Custo: $$
Preditiva É a manutenção baseada na inspeção, isto é, são criadas rotinas de inspeções que podem ser: visual, por análise de vibrações, temperatura (termografia), ultrassom para medição de espessuras e identificação de trincas e ODS – Operating Deflection Shape - técnica de análise estrutural das deformações operacionais. É a manutenção de menor custo e maior resultado, pois com ela é possível identificar falhas no início e assim programar estoque de peças de reposição, agendamento de parada, mobilização de equipe de manutenção, contratação de equipes terceiras, etc..; fazendo um trabalho com otimização de tempo e custo. Custo: $
Fonte: Luciano Marques, engenheiro e gerente comercial da MMTEC Inspeções Industriais, empresa especializada em manutenção preditiva
Organização da manutenção
e mista. Segundo dados da Abraman, a
Na manutenção centralizada as ope-
A manutenção é organizada através de
organização central representa 55% das
rações são planejadas e dirigidas por
três formas de atuação. Elas se dividem
manutenções realizadas, a descentraliza-
um único departamento e a equipe de
em organização central, descentralizada
da 20% e a mista 25%.
manutenção atende todos os setores da empresa. Os setores de papel, celulose e plástico e os setores de açúcar e álcool são os que mais realizam essa forma de manutenção. Já na descentralizada a manutenção é feita por áreas ou setores. Cada um deles é atendido por diferentes equipes de manutenção. Os setores de eletroeletrônicos optam pela manutenção descentralizada. O setor de mineração e siderúrgico adota a manutenção central ou mista. A mista integra a estrutura centralizada e a descentralizada. A organização e o controle são centralizados, mas existem grupos específicos que realizam a manuten-
Fonte: Documento Nacional 2017 - A Situação da Manutenção no Brasil (Abraman)
ção distribuídos por áreas de produção.
AEAARP 15
História da manutenção
Divulgação MMTec
A história da manutenção, ou melhor, a sua evolução, acompanha a história da indústria no mundo. Até a 1a Revolução Industrial (final do século XVIII e início do século XIX), momento em que novos meios de energia, como a eletricidade e o uso do vapor, foram utilizados nos processos industriais, reduzindo o procedimento que até então era artesanal, o conceito de manutenção era o de correção. O modelo de manutenção tinha como principal objetivo reparar máquinas e equipamentos, quando estes apresentavam falhas ou quebras. A 2ª Revolução Industrial, no século XIX, trouxe como novidade a produção em série e com isto, a preocupação maior com a paralisação de máquinas e equipamentos, que traziam não só a parada de linhas de Inspeção de trinca por líquido penetrante em garfos de empilhadeira produção, como também perdas financeiras maiores. Foi neste segundo momento que a palavra prevenção começou a ganhar força dentro da área de manutenção, inicialmente com movimentos de lubrificação, limpezas, ajustes, entre outras atividades que se iniciavam a partir das equipes de manutenção. No século XX, houve a entrada de componentes eletrônicos nos equipamentos e sistemas, possibilitando o início da automação, denominado de 3a Revolução Industrial, passando a inserir no contexto uma preocupação ainda maior com a ocorrência de falhas, pois a indústria saía de uma era mecânica, para ingressar em uma era de automação, onde ajustes e regulagens ganhavam uma maior importância. Com o crescimento da produção um outro conceito de manutenção ganhou importância: a manutenção preditiva, na qual foi mantido os conceitos de prevenir quebras, através de análises de comportamentos e sem a necessidade exata e injustificada de paralisação de equipamentos e máquinas. Desde a segunda metade do século passado, o Brasil atua com todos os conceitos e estratégias de manutenção praticadas nos grandes centros, buscando por um menor número ou taxa de falhas e por uma maior disponibilidade de equipamentos e sistemas, dentro de um conceito denominado WCM ou Manutenção Classe Mundial. Fonte: Alexandre Lara, diretor técnico da A&F Partners Consulting Engenharia
Revista Painel Painel Revista 16 16
Bruna Zanuto
Economia
Praça Matheus Nader, na Zona Sul, é um dos exemplos de PPP em Ribeirão Preto
PPP: municípios saem na frente dos estados Região de Ribeirão Preto tem oito Parcerias Público-Privadas (PPPs) em andamento
D
esde 2004, a Lei Federal 11.079
trutura, setor com importantes oportu-
PPP, empresa de consultoria especia-
admite um modelo de contra-
nidades para as áreas de engenharia e
lizada nesse modelo de prestação de
tação de serviços da iniciativa
arquitetura e urbanismo. A informação é
serviço público por meio da iniciativa
do Banco Mundial.
privada. O maior volume de contratos
privada pelo poder público, as Parcerias Público-Privadas (PPPs), que na Europa e
De 2004 até 2018, o Brasil firmou 106
de PPP neste período refere-se a pro-
no Reino Unido, por exemplo, respondem
contratos de Parcerias Público-Privadas
jetos ligados aos resíduos sólidos – 23
por 15% dos investimentos em infraes-
(PPP), segundo levantamento da Radar
em 14 anos.
PROJETOS POR SEGMENTO Total de Projetos: 106 1 3 5 7 9 11 13 15
Aeroportos: 1 Atendimento ao Cidadão: 7 Cultura: 1 Habitação e Urbanização: 3 Mobilidade Urbana: 9 Resíduos Sólidos: 23 Saneamento: 19 Sistema Prisional: 3
2 4 6 8 10 12 14 16
Arenas Esportivas: 7 Ativos Imobiliários: 1 Educação: 1 Iluminação Pública: 13 Multinegócios: 1 Rodovias: 4 Saúde: 11 Tecnologia: 2 Fonte: Radar PPP
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Situação do mercado “Os dados sinalizam que a região de Ribeirão Preto vem atuando de modo dinâmico com o tema das PPPs e concessões e há mercado para atuação de diversos perfis profissionais”, destaca Bruno. Regras A Lei Federal 11.079, de 30 de dezembro de 2004, estabeleceu as normas gerais para licitação e contratação da Parceria Público-Privada. Dentre elas está o valor do contrato, que não deve ser inferior a dez milhões de reais, o período de prestação do serviço, que é de 5 a 35 anos, e a proibição de ter como objeto único o Distrito Federal
Estado
Município
União
Fonte: Radar PPP
fornecimento de mão de obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.
Nos últimos anos, o número de contratos
ria da prefeitura com a Companhia Paulista
assinados de PPPs diminuiu. Segundo Bru-
de Desenvolvimento (CPD). Eles estão na
A Parceria Público-Privada é precedida
no Pereira, sócio da Radar PPP, o motivo
etapa do Procedimento de Manifestação
de licitação e pode ter duas modalidades
é a redução da carteira de PPPs estaduais
de Interesse (PMI), que é a fase em que o
de contrato administrativo de concessão:
em função da crise fiscal. “Vários estados
setor público solicita os estudos técnicos e
a patrocinada e a administrativa. “A con-
optaram por não assumir gastos públicos
a viabilidade econômica para a concessão
cessão patrocinada permite, além da tarifa
no longo prazo. Então, no terceiro e quarto
da PPP. O processo até a conclusão da
cobrada dos usuários dos serviços/obras
ano dos mandatos políticos nos estados,
licitação dura em média dois anos.
realizadas através da PPP, a remuneração
momento em que as iniciativas de PPPs
A PPP do início até a conclusão da licita-
do parceiro público ao parceiro privado. Já
alcançariam as fases de licitação e contrato
ção possui nove etapas: intenção pública,
na concessão administrativa, a administra-
assinado em função do tempo médio do ci-
modelagem iniciada, PMI iniciado, PMI en-
ção pública é a usuária direta ou indireta,
clo de vida de um projeto, a carteira de PPPs
cerrado, consulta pública iniciada, consulta
remunerando o concessionário, que não
estaduais não se materializou. Entretanto,
pública encerrada, licitação em andamento,
poderá cobrar tarifa do usuário”, explica o
a carteira de PPPs municipais em 2017 e
vencedor declarado e contrato assinado.
advogado especialista em Direito Societário
2018 já se percebe robusta, de modo que a tendência é a retomada do número de contratos que serão celebrados em 2019, talvez até mesmo já em 2018”, explica.
Projetos de parceria em andamento na região de Ribeirão Preto:
e Administrativo Fábio Ferraz, da Bernardini, Martins e Ferraz – Sociedade de Advogados. Em sua visão, interessa cada vez mais à sociedade a aproximação do Estado da
Araraquara: resíduos sólidos (PMI Iniciado)
iniciativa privada, direcionada à arrecada-
co, uma vez que transfere para a iniciativa
Pirangi: saneamento (Consulta pública encerrada)
financiamento de obras e serviços públicos.
privada todo o risco da operação. “Se falhar,
Brodowski: saneamento (PMI Iniciado)
Para ele, as parcerias proporcionam qualidade e não um novo gasto ao poder públi-
o licitante paga multa e o contrato pode ser rompido, sem indenização”, argumenta. Em Ribeirão Preto (SP), dois projetos de PPP estão em andamento: a modernização do Sistema de Iluminação Pública e o novo Centro Administrativo do município, parce-
ção de capital privado para investimento e Em Ribeirão Preto, a Lei Municipal
Santa Rita do Passa Quatro: saneamento (Contrato assinado)
Complementar nº 2407/2010 instituiu o
Luiz Antônio: saneamento (PMI encerrado)
-Privadas. O objetivo do programa é
Programa Municipal de Parcerias Público-
Jardinópolis: saneamento (PMI encerrado)
implantar e desenvolver obras, serviços
Orlândia: iluminação pública (PMI encerrado)
a gestão das atividades deles decorren-
ou empreendimentos públicos e explorar
Revista Painel
Tábata Barbosa
18
Parque das Artes é fruto de parceria com centro de compras
tes, remunerando os parceiros privados
entre o governo municipal e iniciativa
iniciativa privada e o poder público em
segundo critérios de desempenho, em
privada/sociedade civil para a implanta-
benefício da população”, destaca Marcos
prazo compatível com a amortização dos
ção, conservação e recuperação de áreas
Botelho, gerente de marketing do centro
investimentos realizados.
verdes, parques, praças públicas, jardins e
de compras.
As prioridades de implantação, expan-
canteiros centrais de avenidas do municí-
Outra área verde beneficiada por Par-
são, melhoria, gestão ou exploração de
pio. As empresas interessadas escolhem
ceria Pública-Privada é a Praça Matheus
bens, serviços, atividades, infraestruturas,
a área pública de interesse e protocolam
Nader Nemer, localizada no Jardim Irajá.
estabelecimentos ou empreendimentos
solicitação na Coordenadoria de Limpeza
O local foi revitalizado pela Bild De-
públicos é de responsabilidade do Con-
Urbana, órgão da Secretaria Municipal
senvolvimento Imobiliário. Conhecida
selho Gestor, vinculado ao gabinete do
de Administração. Esse modelo de PPP
como Praça da Bicicleta, a área teve os
prefeito. O Conselho é formado pelos
obedece às especificações da Lei Muni-
pavimentos, guias e lixeiras recuperados
secretários de Governo, de Planejamento
cipal nº 8.104, de 22 de junho de 1998,
e recebeu brinquedos inclusivos para
e Gestão Pública, da Fazenda, da Ad-
regulamentada pelo Decreto nº 313, de
crianças e um espaço para recreação de
ministração, além de um representante
22 de novembro de 2017.
animais de estimação.
da sociedade civil e um titular do órgão
Um dos espaços revitalizados em Ri-
“Nosso objetivo é colaborar para o de-
municipal diretamente relacionados com
beirão Preto através de uma PPP foi o
senvolvimento da cidade, principalmente,
o serviço ou atividade objeto da Parceria
Parque das Artes, localizado no Jardim
proporcionando para a população locais
Público-Privada. Todos os projetos do
Nova Aliança. O local tem 68 mil metros
de diversão e lazer em família”, destaca
Programa Municipal de Parcerias-Público
quadrados e, após a parceria com a Mul-
o engenheiro José Luiz Camarero Neto,
Privadas devem respeitar as normas da
tiplan, controladora e administradora do
diretor de engenharia da Bild.
Lei Federal 11.079/2004, que contém as
RibeirãoShopping e do Shopping Santa
“A população é beneficiada com serviços
regras gerais para licitação e contratação
Úrsula, com a prefeitura, passou a con-
de utilidade pública ou com uma nova
da Parceria Público-Privada.
tar com um espaço arborizado, pista de
infraestrutura construída pelo parceiro
caminhada e corrida, lagos e praças de
privado que lhe traga alguma melhoria de
convivência.
vida e/ou uma vida digna, que é direito de
Áreas verdes O programa municipal Verde Cidade -
“A revitalização do parque reforça a im-
Adote uma Praça possibilitou parcerias
portância desse modelo de aliança entre
todos previsto na Constituição Federal”, opina o advogado Fábio.
AEAARP 19
Revista Painel Painel Revista 20 20
Adhemir Fogassa Maquetes
Arquitetura
Ilha Pura (RJ): maior maquete construída no Brasil
A materialização de uma ideia A maquete física auxilia na correção de erros
O
que define se um projeto,
Tipos de maquetes físicas
antes de ser construído, seja materializado em uma maque-
da maquete física é o fato de estar mateMaquete de exposição
te é o método de trabalho adotado pelo profissional e a demanda à qual o projeto deverá atender. Os modelos de estudo
Universitário Barão de Mauá, a vantagem rialmente presente no espaço, combinada ao mesmo contexto de tudo que é físico:
Maquete de estudo
e de exposição auxiliam na criação e na
a força da gravidade, luz e sombra. “Isso coloca a maquete, por vezes, em um papel de teste dessas questões. O modelo
apresentação da ideia já formatada para
Atualmente, em alguns projetos são utili-
o cliente. Programas de computadores
zadas as maquetes eletrônicas, desenvolvi-
tornam o trabalho cada vez mais virtual
das com recurso computacional, que podem
Ele acredita que ao mesmo tempo em
e a representação física de um projeto
ser muito fiéis à realidade, simulando o uso
que a utilização de maquetes eletrônicas é
torna-se algo quase romântico; ou, uma
de espaços internos e externos. Entretanto,
um avanço, visto que auxiliam na preven-
obra de arte.
esse modelo não substitui a maquete física.
ção e previsão de problemas e questões
Profissionais de arquitetura trabalham
“As duas são ferramentas pessoais, opções
que a obra arquitetônica deve resolver,
com os dois modelos e, para a arquiteta e
de método de trabalho. As maquetes de
também é perigosa e enganosa se utiliza-
urbanista Ruth Montanheiro, professora
vendas ou exposição, por exemplo, não
da da maneira errada. “Não que isso não
e coordenadora do curso de Arquitetura
serão substituídas porque as pessoas gos-
possa ocorrer também, em outra escala,
e Urbanismo da Universidade de Ribeirão
tam de ver o modelo físico”, pondera Ruth.
nas maquetes físicas, mas estas ao menos
Preto (Unaerp), a maquete física, além de
Para o arquiteto e urbanista Fernando
simulam de maneira mais próxima a rea-
materializar a ideia, auxilia no processo de
Gobbo Ferreira, docente na Faculdade
lidade de algumas questões importantes
criação e na correção de equívocos ou erros.
de Arquitetura e Urbanismo do Centro
para a construção do espaço real”, opina.
tridimensional, por pertencer a um campo virtual, não simula essa realidade física”.
AEAARP 21
Quem faz
Construtoras e incorporadoras são os principais clientes das empresas especiali-
Maquetes de estudo são feitas por profissionais e suas equipes
zadas em maquetes. “Todo grande empreendimento imobiliário utiliza a maquete física. É mais impactante para demostrar
maquetes de vendas são feitas por empresas especializadas
a grandeza do produto”, explica Renato Duarte, proprietário da Mega Maquetes.
Maquetes de exposição A maior maquete do Brasil é de um em-
quetes por mês, mas já chegou a fazer 30.
preendimento no Rio de Janeiro, tem 300
Segundo ele, uma maquete pode custar
metros quadrados, tecnologia de ponta,
de R$ 3 mil a R$ 1 milhão. “Com a crise,
com telas touch, sistema de irrigação, ilu-
a demando diminuiu, mas já estamos
minação em led e som ambiente. O trabalho
observando a recuperação do setor”,
foi desenvolvido pela Adhemir Fogassa
comemora Renato.
Maquetes, maior empresa de maquetes da América Latina e uma das mais antigas (1973) e envolveu cerca de 80 profissionais que trabalharam 18 mil horas.
André Avezum
A empresa entrega em média 10 ma-
Maquete de projeto urbano feita pelos alunos do Centro Universitário Moura Lacerda
Importância da maquete na graduação
pensado e construído pela criatividade
O primeiro contato do profissional de
do ser humano, trata-se de uma obra
arquitetura com a maquete acontece na
de arte”, opina Fernando, que chama a
Para David Scuola, gerente da Adhemir
graduação. Algumas faculdades oferecem
atenção para as diferenças entre as duas
Fogassa Maquetes, as maquetes são
disciplinas que lidam com a construção de
representações.
uma segurança legal para o cliente. “Elas
maquetes, aspectos técnicos, metodolo-
“Sua função e as condicionantes pelas
representam fielmente o que está no
gias e teorias. Mas, independentemente,
quais são criadas diferenciam-se, tanto
projeto. É possível ver a proporção exata
a maquete física é utilizada em todas as
sob o ponto de vista de que possuem um
do empreendimento; como visão do apar-
disciplinas que trabalham com o ato do
objetivo a cumprir quanto sob o ponto de
tamento, área de lazer e dependências do
projeto, seja na escala do mobiliário, edi-
vista do processo, um de expressão e ou-
condomínio”, explica.
fício ou cidade.
tro de estudo. Em determinado ponto de
O arquiteto Fernando explica que
vista, uma maquete pode ser considerada
a maquete tem papel fundamental no
como obra de arte. Mas esse status pode
desenvolvimento da visão arquitetônica
ser questionado ou afirmado, dependendo
do futuro arquiteto. “Trata-se de uma
do que a pessoa considera como arte”, diz.
representação que aproxima o estudante
Para André, a maquete é uma técnica
do projeto, uma ferramenta que auxilia
de representação e obra de arte é uma ex-
tanto na simulação de suas ideias quanto
pressão humana. “São distintas. Maquete
no desenvolvimento delas”, diz.
é apenas uma técnica e não uma obra de
Fernando Gobbo Ferreira
Para o arquiteto e urbanista André Ave-
Aula da disciplina de Projeto, do Centro Universitário Barão de Mauá
arte” argumenta.
zum, coordenador do curso de Arquitetura
Para João Batista Vilanova Artigas, um
e Urbanismo do Centro Universitário
dos arquitetos brasileiros mais importan-
Moura Lacerda, a construção da maquete
tes do século XX, maquete sequer deveria
na graduação não precisa ser perfeita.
ser denominada dessa forma. A palavra
“O importante é que a maquete consiga
mais apropriada seria modelo, já que ma-
transmitir a ideia do aluno”.
quete estaria mais próxima dos objetos em
Maquetes têm função prática, apesar
menor escala que simulam arquiteturas em
de algumas parecerem verdadeiras obras
todos os seus detalhes (cores, texturas,
de arte. “Se partirmos do pressuposto de
materialidade etc.), normalmente, utili-
que se refere a um artefato, ou seja, algo
zadas apenas para fins de apresentação.
Revista Painel Painel Revista 22 22
Evento
Mercado e oportunidade em pauta 9ª Semana de Arquitetura e Urbanismo aconteceu em agosto e reuniu cerca de 300 pessoas em cada um dos quatro dias de evento
A
arquitetura tem grande poder trans-
milhões de brasileiros terão mais de 60 anos;
formador e, principalmente, é capaz
o Museu de Arte de São Paulo (MASP),
ou seja, 30% da população. Para Flávia, esse
de proporcionar qualidade de vida.
em São Paulo, e o Congresso Nacional,
é um público que compõe importante nicho
em Brasília (DF).
Na 9ª Semana de Arquitetura e Urbanismo da AEAARP, os palestrantes trataram dessas
de mercado para a arquitetura.
Por fim, a palestra do arquiteto e ur-
No segundo dia, Mariana Garcia, direto-
banista Vinicius Hernandes de Andrade,
ra da Dale Carnegie Ribeirão Preto, propôs
Flávia Ranieri, arquiteta e urbanista,
no último dia do evento, mostrou como a
ao público uma série de dinâmicas e expe-
especializada em gerontologia, Marcelo
intervenção da arquitetura muda a relação
riências para aprimorar o comportamento
Cortina Pires e Márcio Martuscelli, sócios
das pessoas com o lugar onde vivem. Ele
empreendedor, também para responder à
de uma empresa de tecnologia, abriram
explicou a série de mudanças que tem
necessidade do mercado.
sido realizadas numa comunidade em São
questões sob diferentes abordagens.
a programação mostrando um nicho de
Na palestra do arquiteto e urbanista
mercado próspero para a arquitetura, que
Oreste Bortolli Junior, docente da Fa-
exige cuidado com o ser humano e boa
culdade de Arquitetura e Urbanismo da
dose de criatividade. Eles desenvolve-
“A arquitetura passa por um momento
Universidade de São Paulo (FAU-USP), ele
ram um ambiente para idosos utilizando
importante de revisão como ferramenta
mostrou como as soluções arquitetônicas
tecnologia e design para proporcionar
de transformação das cidades contempo-
de Vilanova Artigas converteram em obra
autonomia e segurança ao morador.
râneas, onde a dimensão social e coletiva
de arte o edifício que abriga a faculdade,
precisa ser melhor endereçada”, explica.
A arquiteta demonstrou como o profissio-
na capital paulista.
nal pode usar o projeto em favor de uma po-
Oreste, comparou o projeto a outros
pulação que cresce no Brasil. A Organização
ícones da arquitetura mundial, como o Mu-
Mundial da Saúde estima que em 2050, 64
seu Guggenheim, em Nova Iorque (EUA),
Marta Benedini, coordenadora Mariana Garcia técnica do evento
Flavia Ranieri com Marcos Martuscelli e Marcelo Pires ao fundo
Paulo (SP), onde as pessoas conviviam em um ambiente degradado e sem vida.
Veja todas as palestras na íntegra na página facebook.com/AEAARP
Oreste Bortolli Junior
Vinicius Hernandes de Andrade
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Revista Painel Painel Revista 24 24
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crea-sp
RESOLUÇÃO Nº 1.104, DE 26 DE JULHO DE 2018 Altera a Resolução n° 1.059, de 28 de outubro de 2014, que aprova os modelos de Carteira de Identidade Profissional, de Carteira de Identidade Provisória e de Carteira de Identidade Temporária
C
onsiderando a necessidade de
Art. 2° Alterar a redação da alínea “j” do
item 2.4.1.2 do Anexo da Resolução n°
possibilitar aos profissionais do
item 2.4.1.1 do Anexo da Resolução n°
1.059, de 28 de outubro de 2014, publi-
Sistema Confea/Crea a utilização
1.059, de 28 de outubro de 2014, publi-
cada no Diário Oficial da União – DOU,
do nome social em suas carteiras de iden-
cada no Diário Oficial da União – DOU,
de 6 de novembro de 2014 - Seção 1,
tidade aprovadas pela Resolução n° 1.059,
de 6 de novembro de 2014 - Seção 1,
pág. 136, a qual passa a vigorar com a
de 2014, RESOLVE:
pág. 136, a qual passa a vigorar com a
seguinte redação:
seguinte redação:
“2.4.1.2 Verso
Art. 1° Incluir o § 3° no art. 9° da Re-
“2.4.1.1 Anverso
..........
solução n° 1.059, de 28 de outubro
..........
g) Nome; Nacionalidade; Naturalidade;
de 2014, publicada no Diário Oficial
j) Nome: em fonte Arial Regular, tama-
Tipo Sang.: em fonte Arial Regular, ta-
da União – DOU, de 6 de novembro
nho 5,5 pt e cor #393A3C. Seu conte-
manho 5,5 pt e cor #393A3C. Seus con-
de 2014 - Seção 1, pág. 136, com a
údo em fonte Calibri Bold, tamanho 6
teúdos em fonte Calibri Bold, tamanho
seguinte redação:
pt, tudo em caixa alta e cor #393A3C.
6 pt, tudo em caixa alta, cor #393A3C”.
“Art. 9° ..................................................
No campo “Nome” deverá ser impresso
..............................................................
Caso haja solicitação formalizada
o nome civil do profissional.” (NR)
§ 3° Caso haja interesse do profissional,
pelo profissional, neste campo deverá
Art. 4° Esta resolução entra em vigor
poderá ser utilizado o nome social na
inserido o seu nome social, devendo
em 60 dias da data de sua publicação.
forma prevista pelo Decreto n° 8.727,
também ser inserido termo “Social”
Brasília, 26 de julho de 2018.
de 28 de abril de 2016, no anverso
após “Nome”.” (NR) Publicada no DOU, de 8 de agosto de
da Carteira de Identidade, desde que solicitado formalmente ao Crea.” (NR)
Art. 3° Alterar a redação da alínea “g” do
2018 – Seção 1, pág. 138
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Revista Painel 26
Novos Associados
notas e cursos Água A Coletânea de Legislação das Águas Subterrâneas do Brasil está disponível para download gratuito. São cinco volumes que tratam das leis estaduais regulatórias do uso e dos cuidados necessários para gestão das águas subterrâneas com o objetivo de evitar a contaminação desses mananciais. O atalho está no portal do Instituto Água Sustentável – www.aguasustentavel.org.br Fonte: Agência Fapesp
História Emitidos entre 1893 (data de fundação da Escola Politécnica) e 1934 (ano em que a instituição foi incorporada à Universidade de São Paulo USP), os cerca de 90 mil documentos da instituição foram digitalizados e estão disponíveis para consulta on-line no portal www.arquivohistorico.poli.usp.br. Além de documentações sobre a rotina administrativa e financeira, o arquivo guarda também registros históricos, como das primeiras mulheres a cursarem engenharia e da participação da instituição na Revolução de 1932.
Fonte: Poli-USP
Educação
O gibi Construir é coisa para profissional, lançado no primeiro semestre deste ano pela AEAARP, está disponível para download no portal da entidade – www.aeaarp.org.br. Ele conta as desventuras de João e Maria, um casal que abriu mão de contratar profissionais habilitados para construir a casa dos sonhos. Por meio do gibi, a entidade esclarece à população sobre o papel de engenheiros, arquitetos e agrônomos na segurança de um projeto e de seu investimento.
Jose Roberto dos Santos Pinheiro - Arquiteto Priscila Ortigoso Francisco - Arquiteta Vlademir Saburi Junior - Arquiteto Júlio Cesar Sanita - Engenheiro agrônomo Marcelo Ferraz de Campos Engenheiro agrônomo Sílvio Gaspari Junior - Engenheiro agrônomo Narjara Carvalho da Cruz Engenheira cartógrafa Roberta Dias Pereira - Engenheira de computação Deusdedit Catta Preta Couto - Engenheiro civil Luiz Carlos Sartori Ruiz Engenheiro civil Marcos Margarido Righetto - Engenheiro civil Mizue Terada - Engenheira civil Sergio Daniel Sudano - Engenheiro civil Daniel Vidal Leite Ribeiro - Engenheiro eletricista Gustavo Carrer Ignácio Azevedo Engenheiro eletricista Moises dos Santos Rodrigues Engenheiro eletricista Vitor Reis do Prado - Engenheiro eletricista Jose Carlos Pena Barbosa - Engenheiro mecânico Julio Cesar Rocha - Engenheiro mecânico Luis Claudio Patton Engenheiro de produção mecânica Roberto Camilo de Paula - Engenheiro químico Vivien Apostólico Alves Reis - Engenheiro químico Flávio Andre da Cruz - Técnico agrícola Dalton Lucio - Técnico em agropecuária Anizio Alves - Técnico em eletrotécnica Antonio Lovo - Técnico em eletrotécnica Dirceu Zendron - Técnico em eletrotécnica Einar Pires de Lima - Técnico em eletrotécnica Emilio Jose Lucchesi Neto - Técnico em eletrotécnica João Luiz Ferreira de Freitas Técnico em eletrotécnica Jose Juvenal da Silva - Técnico em eletrotécnica Jose Ricardo S. Correia Junior Técnico em eletrônica Paulinicio Gomes Garcia - Técnico em eletrotécnica Sergio Roberto Gabriel - Técnico em eletrotécnica Claudio Roberto Kreitmeyr Técnico em mecânica Antonio Felipe Capatto Técnico em segurança do trabalho Antonio Venancio dos Santos Técnico em telecomunicações Gabriel Luiz Martins Francelino Estudante de arquitetura Nayrrina Bianca Tavares Brito Estudante de arquitetura Gustavo Moreno da Costa Estudante de engenharia civil João Pedro Pereira Moschini Estudante de engenharia civil Leandro Brito de Oliveira Estudante de engenharia civil Pietro Giacomino Lorenzoni Estudante de engenharia civil