painel Ano XI nº 284 novembro/ 2018
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Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto
Habitação de interesse social Faltam 6,3 milhões de moradias no país e políticas públicas são elaboradas para atender, com rigor técnico e segurança, a população de baixa renda
Social
Veja a cobertura do Almoço dos Agrônomos e da Oktoberfest AEAARP
História
Biomas brasileiros foram descritos por um alemão no século XIX
Evento
11ª Semana de Engenharia apresentou oportunidades de mercado
Esta edição da revista Painel apresenta, em reportagens diferentes, duas situações que demonstram o quanto a engenharia, a arquitetura e a agronomia são essenciais para o cidadão, de todas as classes sociais. Em todas elas, existem oportunidades para investir, empreender, empregar e gerar riquezas.
palavra do presidente
Eng. civil Carlos Alencastre
A primeira reportagem, a da capa, já começa informando que o déficit habitacional no Brasil é de mais de seis milhões de residências. Significa que milhões de pessoas vivem em locais inapropriados e precisam de um lugar para viver dignamente com as suas famílias. A reportagem mostra ainda que, mesmo aquelas que vivem aparentemente de forma adequada, precisam de orientação técnica para ampliar seus imóveis com segurança, tanto do ponto de vista da estrutura quanto de higiene. Todas essas áreas podem ser exploradas por nós. Algumas páginas adiante, a revista faz breve relato da 11ª Semana de Engenharia. Os três palestrantes, de áreas distintas, mostraram aos estudantes e profissionais da plateia o tamanho do mercado a ser explorado no chão (construção civil), no ar Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARPs) e na tecnologia (automação predial). A técnica da construção civil, veja só, pode baratear o custo do projeto, justamente o que pode ser usado como possível solução para a nossa questão inicial – habitação de interesse social e de baixo custo. O Brasil tem apenas 50 tipos de ARPs, muito aquém do que está disponível em outros países, e tem muita gente desenvolvendo tecnologias que devem ser comercialmente exploradas. Na automação, a quantificação do mercado torna esta análise ainda mais interessante: das mais de 60 milhões de residências do país, dois milhões têm potencial, estrutural e econômico, de receber um projeto desta natureza. Este cenário, aparentemente complexo, nos parece muito otimista, tendo em vista que às novas gerações cabe transformar esses números em possibilidades.
painel Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700 Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / aeaarp@aeaarp.org.br
Eng. civil Carlos Eduardo Nascimento Alencastre Presidente Eng. eletr. Tapyr Sandroni Jorge 1º Vice-presidente Eng. civil Fernando Junqueira 2º Vice-presidente
índice
Diretoria Operacional Diretor administrativo - eng. agr. Callil João Filho Diretor financeiro - eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho Diretor financeiro adjunto - eng. agr. Benedito Gléria Filho Diretor de promoção e ética - eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves Diretor de ouvidoria - arq. urb. Ercília Pamplona Fernandes Santos
especial O desafio da moradia de baixo custo Meia casa
05 09
almoço dos agrônomos 12
Encontro de amigos
Diretoria Funcional Diretor de esporte e lazer - eng. civil Milton Vieira de Souza Leite Diretor de comunicação e cultura - eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto Diretor social - eng. civil Rodrigo Araújo Diretora universitária - arq. urb. Ruth Cristina Montanheiro Paolino Diretoria Técnica Agronomia - eng. agr. Alexandre Garcia Tazinaffo Arquitetura - arq.urb. Marta Benedini Vechi Engenharia - eng. civil Paulo Henrique Sinelli Conselho Presidente: Eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado
convênio 15 Usuários Unimed/AEAARP terão atendimento exclusivo
evento 16 Semana de Engenharia apresenta novas tecnologias
História 18 Von Martius e a flora brasileira
Meio Ambiente 21
Conselheiros Titulares Eng. civil Elpidio Faria Junior Eng. civil Edgard Cury Eng. civil João Paulo de Souza Campos Figueiredo Eng. civil Jose Aníbal Laguna Eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio Bagatin Eng. civil Ricardo Aparecido Debiagi Eng. civil Roberto Maestrello Eng. civil Wilson Luiz Laguna Eng. elet. Hideo Kumasaka Arq. e urb. Adriana Bighetti Cristofani Arquiteta e eng. seg. do trab. Fabiana Freire Grellet Eng. agr. Dilson Rodrigues Cáceres Eng. agr. Geraldo Geraldi Jr Eng. agr. Gilberto Marques Soares
social 22
Conselheiros suplentes Eng. civil Marcos Tavares Canini Eng. mec. Fernando Antonio Cauchick Carlucci Arq. e urb. Celso Oliveira dos Santos Eng. agr. Denizart Bolonhezi Eng. agr. Jorge Luiz Pereira Rosa Eng. agr. José Roberto Scarpellini
CREA-sp 24
REVISTA PAINEL Conselho Editorial: eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho, Arq. e urb. Adriana Bighetti Cristofani, eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto - conselhoeditorial@aeaarp.org.br
Biodiversidade é estratégica para o desenvolvimento, afirma estudo
Oktoberfest
Decisão Normativa nº 113, de outubro de 2018
notaS e cursos 26
Conselheiros titulares do CREA-SP indicados pela AEAARP: eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves e eng. mecânico Fernando Antonio Cauchick Carlucci Coordenação editorial: Texto & Cia Comunicação Rua Galileu Galilei 1800/4, Jd. Canadá Ribeirão Preto SP, CEP 14020-620 www.textocomunicacao.com.br Fones: 16 3916.2840 | 3234.1110 contato@textocomunicacao.com.br Editoras: Blanche Amâncio – MTb 20907, Daniela Antunes – MTb 25679 Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044, Flavia Amarante – MTb 34330 Comercial: Angela Soares – 16 2102.1700
Associação de Engenharia Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto
Horário de funcionamento AEAARP - das 8h às 12h e das 13h às 17h CREA - das 8h30 às 16h30 Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.
Tiragem: 3.000 exemplares Locação: Solange Fecuri - 16 2102.1718 Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader Impressão e fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda. Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.
AEAARP 5
especial
O desafio da moradia de baixo custo
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Assistência técnica gratuita e ocupação das áreas centrais podem reduzir o déficit habitacional
Revista Painel 6
L
evantamento do Instituto Brasilei-
de Ribeirão Preto (Cohab-RP). Mais de
programas de urbanização de favelas,
ro de Geografia e Estatística (IBGE)
60% dos domicílios da cidade são ocu-
que hoje somam aproximadamente 117
indica que no Brasil faltam 6,355
pados por pessoas que ganham até dois
núcleos”, explica a arquiteta, que é do-
milhões de moradias, 87,7% nas áreas
salários mínimos. Isto é, mais da metade
cente dos cursos de Arquitetura do Cen-
urbanas. O maior déficit habitacional do
da população de Ribeirão Preto está na
tro Universitário Barão de Mauá, do Cen-
país concentra-se na região Sudeste, com
faixa de renda que pode ser atendida por
tro Universitáio Moura Lacerda, da UNIP
39%, o que corresponde a 2,482 milhões
políticas públicas habitacionais.
e conselheira do Conselho Municipal de
de unidades que deveriam atender espe-
Porém, alerta a arquiteta e urbanista
cialmente à população de baixa renda.
Ana Luisa Miranda, a solução pode não
Ana Luisa critica a política habitacional
No estado de São Paulo faltam 1,337 mi-
ser a construção de novas unidades e
direcionada exclusivamente à construção
lhão de unidades habitacionais.
Moradia Popular.
sim a criação de programas habitacionais
de novas unidades. Em sua opinião, esse
Em Ribeirão Preto, o déficit é de
que visem à utilização de imóveis vazios
modelo expande a malha urbana e so-
21.814 unidades, segundo dados da
ou subutilizados. “Por exemplo, se com-
brecarrega o poder público, que deve al-
Fundação João Pinheiro, instituição mi-
pararmos o déficit habitacional de Ribei-
cançar a periferia da cidade com serviços
neira que produz levantamentos em
rão Preto com o número de domicílios
públicos e infraestrutura. “Nesse sentido,
todo o país com base nos números do
vagos no município, que são 15.919 do-
o estímulo deveria concentrar-se na pro-
IBGE. A fila de espera pela casa própria
micílios [Fundação João Pinheiro, 2010],
dução de outro modelo de cidade, mais
na cidade é de 62 mil pessoas, de acordo
percebe-se claramente a necessidade da
compacta e menos espraiada, que apro-
com a Companhia Habitacional Regional
utilização de imóveis vazios e, também,
veite a infraestrutura instalada”, ressalta. Interesse social Entende-se por Habitação de Interesse Social a unidade habitacional destinada à população de baixa renda. Caracteriza-se pela localização em área urbana, com acesso à mobilidade, equipamentos e serviços públicos. “Esse trabalho vai ao encontro do previsto na Lei Federal nº 11.124, de 2005, Bob Wolfenson
que cria o Sistema Nacional de Habitação
História
Conjunto habitacional no bairro Realengo, no Rio de Janeiro
A Revolução Industrial, que eclodiu na Inglaterra no século XVIII, inseriu mais do que a mecanização nos sistemas de produção: a expansão das indústrias fez aumentar a população urbana. A construção de conjuntos habitacionais foi uma das soluções para suprir a falta de moradia e atender à população de baixa renda. No passado, era esse o conceito de habitação de interesse social. No Brasil, as primeiras unidades desse tipo foram construídas pelos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPS) na década de 1930, quando o governo autorizou a utilização das reservas dos institutos para a construção de moradias de aluguel para seus associados. O arquiteto e urbanista paulistano Nabil Bonduki, no livro Os Pioneiros da Habitação Social, escreveu que o primeiro grande conjunto habitacional construído no Brasil foi no bairro Realengo (1939-1943), no Rio de Janeiro (RJ), financiado pelo Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI) e projetado pelo arquiteto e urbanista Carlos Frederico Ferreira.
de Interesse Social (SNHIS) e o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) que tem como um de seus princípios a utilização prioritária de terrenos públicos na implantação de projetos habitacionais de interesse social”, explica o arquiteto e urbanista João Carlos Correia. Em Ribeirão Preto, não há lei específica que atenda a esta questão. Em agosto deste ano, a prefeitura encaminhou para análise da Câmara Municipal um Projeto de Lei Complementar que estabelecia parâmetros especiais, sobretudo de ocupação e estímulo da produção de habitação de interesse social, mas a proposta foi recusada pelos vereadores.
AEAARP
Rodrigo Soldon
Fachada do Hotel Cambridge
Douglas Nascimento - São Paulo Antiga
7
Segundo a arquiteta e urbanista Tércia Oliveira, docente do Instituto Municipal
Edifício Copan
de Ensino de Bebedouro (IMESB), as questões habitacionais devem ser tratadas em conjunto. “É preciso pensar nos elementos urbanos, nas pessoas e suas necessidades; além da moradia, como a circulação, o trabalho, o lazer, a qualidade ambiental e social, com a premissa da sustentabilidade”, afirma. O arquiteto e urbanista Vinícius Hernandes de Andrade, conselheiro do CAU-SP, elogia as ocupações dos prédios do centro de São Paulo (SP). “À medida que a população volta a ocupar as áreas centrais, além de melhorar a qualidade de vida e moradia dessa população, gera economia para todos os setores”, explica. Um exemplo de ocupação nos moldes da Habitação de Interesse Social em imóvel desocupado é o Hotel Cambridge, localizado no Centro da capital paulista. O hotel funcionou até 2003 e em 2012 foi ocupado por algumas famílias. Depois disso, foi desapropriado pelo poder público e incluído no programa Minha Casa, Minha Vida - Entidades, que financiou a reforma.
Ascenção, queda e revitalização A história do Copan O edifício Copan, um dos mais emblemáticos da cidade de São Paulo (SP), símbolo da arquitetura moderna brasileira, é considerado marco da revitalização habitacional na cidade. Localizado na Avenida Ipiranga, no Centro, o edifício foi inaugurado em 1966, um momento de expansão imobiliária. Na época, o metro quadrado do apartamento era considerado uns dos mais caros. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o edifício chama atenção pela sua forma em curva. Considerado o edifício com maior estrutura de concreto armado do país, com 115 metros de altura, 32 andares e 120 mil metros quadrados de área construída, foi citado pelo Guiness Book como o maior edifício de apartamentos da América Latina. São 1.160 unidades, entre quitinetes e apartamentos de alto padrão, divididos em seis blocos, com cerca de cinco mil moradores de diversas classes sociais e cerca de 70 estabelecimentos comerciais. As décadas de 1970 e 1980 foram períodos de decadência e queda na ocupação do Copan, que chegou a atingir um nível de 30% de desocupação. O edifício entrou em processo de degradação, acompanhando o declínio do centro de São Paulo. Grandes empresas, bancos, comércio de luxo e hotéis saíram da região e, com eles, o interesse imobiliário. Os corredores do Copan foram tomados por lixo, briga entre vizinhos, tráfico de drogas e prostituição e o local chegou a ser chamado de “cortiço vertical”. Na década de 1990, com a revitalização da área central e o reaproveitamento dos edifícios antigos, o Copan voltou a receber moradores de classes média e alta, interessados em morar em uma região bem localizada a um custo razoável. Um dos projetos da administração é a substituição das pastilhas da fachada. O trabalho começou em 2015, com previsão de ir até 2019, demandando orçamento de 23 milhões para cobrir 45 mil m².
Revista Painel 8
Assistência técnica
reduzir desigualdades
Em 2008, passou a vigorar no Brasil a
sociais e o déficit ha-
Lei Federal 11.888, que garante às famí-
bitacional. O conselho
lias de baixa renda o acesso gratuito ao
criou cinco comissões so-
trabalho técnico de profissionais especia-
bre o tema e 2% da receita
lizados, a Assistência Técnica em Habita-
do órgão são destinados ao
ção de Interesse Social (ATHIS).
investimento
“É uma lei inovadora, porque normalmente a solução da política pública é fi-
em
assistência
técnica gratuita. Ribeirão
Preto
tem
uma
lei
nanceira e o ATHIS não dá dinheiro, mas
municipal que trata deste tema, a
fornece o saber e oferece o profissional
12.215/2009; porém, não foi regula-
qualificado”, destaca Vinícius.
mentada. Para a arquiteta e urbanista Ana
Ele ressalta que classes A e B podem
Luisa, a assistência técnica é a solução
contratar profissionais qualificados. “As
para garantir bem-estar à população de
classes C e D estão historicamente de-
baixa renda, uma vez que a urbanização
sassistidas. É o momento de rever isso
popular e a autoconstrução não serão
de uma forma local para melhorar as
cessadas. Segundo ela, o déficit habitacio-
cidades”, diz. Ele defende a criação de
nal concentra-se na faixa de renda de 0
ferramentas abrangentes para habitação
a 3 salários mínimos, exatamente a popu-
social, que considere a periferia das gran-
lação que não tem acesso ao profissional
des cidades, onde a qualidade das cons-
arquiteto e urbanista. O atendimento a
truções é mais crítica.
essa parcela da população, argumenta a
Na opinião do arquiteto e urbanista
arquiteta, “ultrapassa o campo das nor-
José Roberto Geraldine Júnior, presiden-
mas edilícias e urbanísticas do município,
te do CAU-SP, a ATHIS é primordial para
abrangendo também a saúde pública”.
ned
ig Des
Veja e compartilhe o gibi educativo da AEAARP sobre a importância de contratar profissionais habilitados.
www.aeaarp.org.br
Pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pelo CAU-BR, mostra que 85% da população brasileira não contratam arquiteto ou engenheiro na hora de construir ou reformar. De acordo com o levantamento, o principal motivo é a questão financeira.
Fonte: Pesquisa CAU/BR-Datafolha
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AEAARP 9
especial
MEIA casa
MEIA CASA
O Brasil tem experiências semelhantes; arquiteta alerta para a necessidade de projeto para concluir a unidade habitacional seguindo as normas técnicas
N
o Chile, o arquiteto Alejandro Aravena, ganhador do prêmio Pritzker de 2016, desenhou casas pela metade com o intuito de reduzir o custo da constru-
ção. A ideia é que as famílias possam, com o tempo, construir a outra parte de acordo com as suas necessidades. O projeto foi realizado em 2010, para os trabalhadores da empresa florestal Arauco. Cerca de 500 casas foram construídas entre 2012 e 2013, no bairro de Villa Verde, em Constitución, no Chile. Hoje, algumas casas já possuem a segunda metade. A ideia não é nova. “No Brasil, várias experiências aconteceram a partir da década de 1970 com o processo de construção industrializada, onde os chamados ‘embriões’ eram entregues com as opções de ampliação”, explica a arquiteta e urbanista Tércia Oliveira. Segundo ela, algumas cidades do Brasil têm programas para lotes urbanizados; ou seja, terrenos dotados de infraestrutura e que, dependendo do programa, os proprietários suas possibilidades.
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recebem um projeto básico para construírem as casas conforme
Revista Painel 10
O arquiteto e urbanista Vinícius Hernandes de Andrade, também pro-
nícius, trazer as pessoas para morarem na
fessor executivo da disciplina Cidades Inovadoras no Instituto Ins-
área central da cidade resulta em econo-
per e da Escola da Cidade, em São Paulo (SP), informa que o
mia para todos, já que nessa região existe
Brasil já possui projetos semelhantes, não com o mesmo formato, mas com o mesmo conceito. Para ele, a ideia de Aravena estimula a ocupação na periferia.
infraestrutura, transporte e mobilidade. Para a arquiteta e urbanista Ana Luisa Miranda, conselheira do Conselho Mu-
“Não me agrada essa solução. Não pelo
nicipal de Moradia Popular, este tipo de
projeto arquitetônico; mas, por estar sub-
projeto daria certo no Brasil, desde que
jacente à ocupação das periferias.
estivesse vinculado à Assistência Técnica
É preciso estimular as moradias
à Moradia de Interesse Social. “Seria um
mais próximas da área central,
avanço na política habitacional e abriria
que normalmente possui
a possibilidade de superação do modelo
infraestrutura ocio-
histórico de provisão de Habitação de
sa”,
argumenta. Segundo Vi-
Avarena disponibilizou na internet quatro de seus projetos para habitação social. Veja o atalho na página da AEAARP.
Habitação Villa Verde, projetado pelo arquiteto Alejandro Aravena
Interesse Social sem qualidade arquitetônica”, ressalta.
AEAARP 11
Revista Painel 12
almoço dos agrônomos
Encontro de amigos O Almoço dos Agrônomos AEAARP 2018 aconteceu no clima que é a marca dessa festa: amizade, descontração e compromisso ambiental. Mais uma vez, os associados agrônomos plantaram uma árvore nativa no terreno da AEAARP. “É o símbolo da nossa profissão, que busca aumentar a produtividade preservando os recursos naturais”, fala Alexandre Tazinaffo, diretor de Agronomia da AEAARP.
Os agrônomos da AEAARP
Comissão organizadora do Almoço dos Agrônomos AEAARP 2018
Callil João Filho, Giulio Roberto Azevedo Prado, Carlos Alencastre, Geraldo Geraldi Júnior, José Roberto Scarpellini e José Pereira Filho
Alexandre Tazinaffo, Antônio Duarte Nogueira Júnior, Carlos Alencastre, Callil João Filho, Jorge Rosa e Edgard Cury
Geraldo Geraldi Júnior, Callil João Filho, José Carlos Gonçalves, Tapyr Sandroni Jorge, Genésio Abadio de Paula e Silva, Pedro Takayama, Dilson Caceres
Callil João Filho, Denizart Bolonhezi, Marcos Landell e Estêvão Pacheco Landell
AEAARP 13
José Carlos Gonçalves e Gilberto Marques Soares
Alexandre Tazinaffo, Benedito Gléria e Wilson Emílio da Costa Júnior
Tapyr Sandroni Jorge, Carlos Alencastre, Pedro Takayama, Antônio Duarte Nogueira Júnior, Callil João Filho, Sérgio Veráguas Sanches, João Paulo Figueiredo
Noboro Saiki e Navarro Araújo
Arthur Carneiro e Leonardo Dorta
José Messias Cardoso, Geraldo Geraldi Júnior, Pedro Takayama, X, X, Dilson Cáceres, Benedito Gléria e Carlos Alencastre
Denizart Bolonhezi e Geraldo Geraldi Júnior
Pedro Takayama, Dilson Cáceres, Vera Palhares, Geraldo Geraldi Júnior, Maria Cândida Palhares, Arlindo Clemente
Paulo Landrin e Graça Landrin
João Paulo Figueiredo, Vera Figueiredo, Gilberto Marques Soares, Benedito Gléria e Giulio Roberto Azevedo Prado
Fernanda Geraldi e João Paulo Paione Geraldi
Equipe da Sementes Wolf
Jorge Rosa, Roberto Manzolli, Maurício Muradás e Ivã Nogueira
Revista Painel 14
Pedro Lessa, José Carlos Barbosa e José Roberto Scarpellini
Os agrônomos plantaram a muda de Jacarandá da Bahia. Ligia Geraldi Tomazelli, Geraldo Geraldi Júnior e Marlene Faleiros Carvalho
Marley Ferreira, Manoel Tavares e Benedito Gléria
José André Pazeto, Osni Andrião e Carlos Barbosa
Paulo Roberto Salvador, Geraldo Geraldi Júnior e Antônio Carlos Giovanini
Eduardo Cristovão, Thais Geraldi Say, Cáudia Say, Tomaz Geraldi Say, Marta de Vasconcelos Leite Geraldi, Maria Paulina Geraldi Say, Geraldo Geraldi Júnior, Pedro José Tomaselli, Ligia Geraldi Tomaseli e Camila Vasconcelos Geraldi Tomaseli Tapyr Sandroni Jorge, Juareztovan Lamin Carvalho, Pedro Takayama, Callil João Filho e Dilson Caceres
José Carlos Barbosa, Célia Mendonça, Mara Lúcia Bolonhesi, Jeremias Rodrigues Mendonça e Callil João Filho
AEAARP 15
Convênio
Usuários Unimed/AEAARP terão atendimento exclusivo Guias, autorizações de exames e procedimentos serão feitos na sede da associação exclusivamente para usuários do convênio Unimed-AEAARP
niados serão atendidos nessa unidade.
dores de necessidades especiais e idosos.
guias da Unimed para convenia-
Callil explica que autorizações de exames,
Nos primeiros meses, explica Callil,
dos da AEAARP passará a ser feita
consultas e demais procedimentos que
os usuários ainda serão atendidos nos
na sede da Associação. “Foi um longo pro-
requerem a emissão de guias, terão aten-
postos da Unimed. “À medida que os as-
cesso de negociação que vai proporcionar
dimento exclusivo.
sociados forem tomando conhecimento
mais conforto ao nosso associado”, fala o
O estacionamento superior, que dá
desse atendimento exclusivo na AEAARP,
engenheiro agrônomo Callil João Filho,
acesso direto à área administrativa da
aquele que é feito na Unimed deixará
diretor administrativo da AEAARP.
Associação, será de uso exclusivo dos
de atendê-los, uma vez que todos terão
O serviço será prestado pela operadora
associados que buscam a emissão de
atendimento personalizado e prioritário
de saúde e apenas os associados conve-
guias da Unimed, com vagas para porta-
na associação”, esclarece.
Benefícios do atendimento exclusivo Unimed-AEAARP A partir de dezembro Emissão de guias para consultas, exames e procedimentos Estacionamento superior reservado aos usuários do convênio que buscam a sede para emissão de guias Conforto e atendimento personalizado Designed by freepik
A
partir de dezembro, a emissão de
Revista Revista Painel Painel 16
Evento
Semana de Engenharia apresenta novas tecnologias Na construção civil, na tecnologia aeronáutica e na automação, palestrantes mostraram oportunidades de negócios em engenharia
Câmara Brasileira de Bim (CBim) Os líderes locais da CBim apresentaram-se no último dia de evento, convidando os participantes a conhecerem o sistema e a organização local.
O
s palestrantes Maurício Antônio
as oportunidades de negócios explorando
Salatiel (arquiteto), Alexandre
diferentes possibilidades da engenharia.
Carlos Brandão Ramos (enge-
Na palestra de abertura, Maurício falou
nheiro) e José Roberto Muratori (enge-
sobre o ssistema construtivo Steel Frame.
nheiro de produção) mostraram ao público
Utilizado na construção civil, possibilita
da 11ª Semana de Engenharia da AEAARP
reduzir em até 3% o custo de um projeto,
AEAARP 17
dependendo de suas características. Na
dos, sem interferência do piloto remoto. O
plorado de forma integrada, automati-
palestra ele informou que a redução é
engenheiro alertou que voos autônomos
zando casas e condomínios. “Certa vez
mais expressiva em projetos complexos.
são proibidos atualmente. Mas que, no
me disseram que fazemos casas inteli-
Outra característica é a redução do uso
futuro, podem se tornar realidade.
gentes em condomínios burros”, disse.
de água na obra e a rapidez do resultado, reduzindo prazos de entrega.
Segundo o engenheiro, os modelos au-
José Roberto alertou também que o
tônomos reproduzem fenômenos naturais,
projeto elétrico deve prever a automação,
No segundo dia, Alexandre explorou as
como um enxame de abelhas. Juntos, os
para receber o sistema de tal forma que a
utilizações de Aeronaves Remotamente
insetos não se chocam. As ARPs autôno-
estrutura da construção não seja alterada.
Pilotadas (ARTs) e suas aplicações. Segun-
mas são testadas com sensores que impe-
“Existem sistemas cabeados e sem fio. Os
do ele, no Brasil, o setor que mais utiliza
dem a colisão entre elas, e também com
cabeados são mais robustos e ideais para
as aeronaves é a agricultura. Nos Estados
barreiras físicas, como árvores e edifícios.
casas onde isso já estiver previsto. Sem
Unidos, por exemplo, existem 480 tipos
Na automação predial, a oportunidade
fio é ideal para casas que já estão prontas,
diferentes dessas aeronaves. No Brasil,
de mercado, segundo José Roberto, é
onde o cliente não quer ter aborrecimento
são apenas 50.
matematicamente mensurável: das 65
com obras”, explica.
Ele é docente da Universidade Federal
milhões de residências, dois milhões têm
de Itajubá, em Minas Gerais, onde são
potencial para ser automatizadas. Entre-
Oportunidade
desenvolvidos modelos e tecnologias de
tanto, apenas 300 mil casas utilizam esses
Para o engenheiro Paulo Sinelli, as pales-
código aberto para novos equipamentos.
sistemas. Ainda segundo José Roberto,
tras foram inspiradoras. “A AEAARP cum-
Maurício mostrou as experiências com
no país existem 1.200 empresas que
priu seu papel ao mostrar aos profissionais
modelos autônomos; isto é, ARTs que
dedicam-se a esses projetos.
e estudantes diferentes possibilidades de
reproduzem comportamentos programa-
Maurício Antônio Salatiel
Ele defende que o mercado seja ex-
Alexandre Carlos Brandão Ramos
José Roberto Muratori
atuação”, avalia.
Paulo Sinelli
Revista Painel Painel Revista 18 18
História
Von Martius e a flora brasileira Wikimedia Commons
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Botânico alemão do século XIX foi o responsável por analisar e classificar cinco biomas brasileiros
Von Martius
AEAARP 19
O
maior levantamento da flora brasileira foi feito no século XIX e, por incrível que pareça, não
foi por um brasileiro. Em 1817, o botânico alemão Carl Friedrich Philipp von Martius desembarcou no Brasil, junto com um grupo de cientistas de renome que acompanhava a imperatriz Leopoldina na sua vinda ao país para casar-se com o imperador Dom Pedro I.
O jovem alemão de 23 anos, na companhia do zoólogo Johann Baptist von Spix, realizou expedições pelas regiões Norte, Nordeste e Sudeste do país, onde colheu e catalogou grande quantidade de espécies vegetais nativas. Martius ficou três anos no Brasil, tempo suficiente para observar e classificar cinco biomas. É considerado, até hoje, o maior levantamento da flora brasileira. A categorização dos biomas cerrado,
Modelo: Thomas Ender. Estrada entre Jacareí e Aldeia da Escada, c. 1817; lápis e sépia, 200 x 308 mm. Gabinete de Gravuras da Academia de Belas-Artes, Viena | Imagem retirada do portal www.florabrasiliensis.cria.org.br Sobre Thomas Ender: acompanhou Martius em sua viagem ao Brasil como pintor oficial. Ender permaneceu cerca de um ano na expedição devido a problemas de saúde e participou apenas da primeira etapa do percurso, do Rio de Janeiro a São Paulo. Entretanto, realizou desenhos, esboços e aquarelas que retratam com fidelidade panoramas, paisagens, flora, conjuntos arquitetônicos e tipos humanos em cenas cotidianas no Rio de Janeiro, os quais integram o conjunto iconográfico principal de sua obra. Suas imagens, dos hábitos das cidades em formação, como as do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, revelam ao europeu um Brasil de beleza incomum.
caatinga, mata atlântica, selva amazônica e pampa, segundo o artigo da jornalista Mànya Millen, publicado no portal do Instituto Moreira Salles (IMS), e usada até hoje foi feita por Martius. Assista ao vídeo O mapa de Von Martius ou como escrever a história natural do Brasil, produzido pelo Instituto Moreira Salles (IMS), que está disponível no portal da AEAARP, na área Notícias.
www.aeaarp.org.br
Conheça o projeto Flora Brasiliensis On-line, que está disponível no endereço www. florabrasiliensis.cria.org.br. O projeto divulga parte do trabalho de Von Martius e é gerenciado pelo Centro de Referência em Informação Ambiental (Cria).
(devido à doença de um amigo), o “Brasil não
De acordo com o IMS, o primeiro volu-
outros profissionais brasileiros. Ele foi pro-
me da obra de Martius reúne litografias
fessor na Universidade de Berlim (Alemanha)
que mostram paisagens e os ambientes
e diretor do Jardim Botânico de Munique.
o deixou”: as pesquisas realizadas durante a expedição científica aqui nortearam todo o seu trabalho até sua morte (em 1868). Anos depois de ter retornado à Munique (Alemanha), Martius mantinha contato com
em que as plantas se desenvolviam, além
Para montar o acervo com informações
do mapa no qual o botânico identificou
da flora brasileira, Martius percorreu mais
os cinco biomas brasileiros. As outras 39
de 10 mil quilômetros. Juliana Kovensky
A divisão regional criada pelo naturalista
publicações apresentam litografias deta-
e Iris Kantor, que foram curadoras da
alemão foi a primeira proposta de regiona-
lhadas de cada planta. A importância do
mostra “O mapa de Von Martius ou como
lização do país. De acordo com o portal do
trabalho feito pelo alemão era tamanha
escrever a história natural do Brasil”,
IMS, Martius também retratou paisagens em
que a obra continuou a ser publicada mes-
contaram ao portal do instituto que, na
litografias (tipo de gravura que cria marcas
mo após sua morte – por meio da ajuda de
época em que o botânico participou das
sobre uma matriz com um lápis gorduroso),
cientistas do mundo todo.
expedições, o Brasil vivia um período de
publicadas em sua obra mais famosa, a
Martius estava no início da sua carreira
revoltas civis em vários locais e precisava
Flora Brasiliensis, que reúne mais de 20 mil
quando visitou o Brasil. Porém, segundo o
de uma “força” intelectual e geográfica
espécies vegetais catalogadas e está dividida
portal do IMS, ele já era reconhecido em
que pudesse unir a nação esfacelada.
em 40 volumes. O trabalho foi publicado na
sua área de atuação. A ligação de Martius
“Von Martius tinha uma preocupação com
Alemanha, entre 1840 e 1906, e é conside-
com as terras tupiniquins era tão estreita
a sistematização da história e do território
rado indispensável para biólogos.
que, mesmo quando teve que deixar o país
brasileiro”, disse Juliana.
Revista Painel 20
Reise in Brasilien Quando voltou à Alemanha, Martius e seu amigo Spix também produziram outro mapa, o Reise in Brasilien (em português, Viagem pelo Brasil), segundo o IMS. A obra é composta por três volumes e foi publicada entre 1823 e 1831. Nela, os autores descreveram a experiência de três anos em solo brasileiro. Especialistas dizem que a obra retrata a curiosidade de Martius por assuntos que vão além da botânica, pois abrange desde medições de temperatura e salinidade das águas do mar até observações etnográficas (método utilizado pela antropologia na coleta de dados) sobre populações indígenas. Este livro reúne questões antropológicas e de costumes da população da época, mapas
Modelo - Johann Steinmann. Plantação de Café, c. 1836; água-tinta, 110 x 165 mm. Coleção João Moreira Garcez, São Paulo. Viena | Imagem retirada do portal www.florabrasiliensis.cria.org.br Sobre Johan Jacob Steinmann: introdutor da litografia no Brasil, nasceu na Suíça, em 1800, e veio para o Brasil em 1825, quando foi contratado como litógrafo do imperador, subordinado ao Arquivo e à Academia Militar. Durante cinco anos, Steinmann litografou mapas e outros impressos para o Arquivo Militar na Impressora Cartográfica Oficial do Primeiro Império sendo que, em 1830, ao final do seu contrato com o governo de D. Pedro I, montou sua própria oficina, onde litografou folhas avulsas retratando costumes, tipos populares do Rio de Janeiro e alguns mapas.
que localizavam as tribos indígenas e um estudo sobre as palmeiras brasileiras.
Ainda de acordo com o artigo, viajar pelo Brasil naquela época não era fácil, pois os
Naturalistas
naturalistas corriam riscos como ataques
Segundo o artigo Importância e a contri-
de índios antropófagos (que se alimentavam
buição de Von Martius para o conhecimento
de carne humana) e de animais selvagens.
da flora arbórea do Cerrado, escrito pelos
Também era comum que os viajantes contra-
especialistas em Ciências Biológicas e
íssem doenças desconhecidas pela ciência
Ecologia Natália Lima de Oliveira, Ramon
da época, como febre amarela e malária.
Cleomar de Jesus Freitas e Sabrina do
Nas expedições, Martius perdeu dois com-
Couto de Miranda, no período em que
panheiros de equipe e tanto ele quanto Spix
Martius ficou no Brasil, ele visitou os es-
contraíram malária. O último ficou muito
tados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás,
debilitado pela longa viagem e morreu seis
Bahia, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Pará
anos depois de retornar à Alemanha.
e Amazonas.
o que mais admirar, se as formas, os coloridos, ou as vozes dos animais”.
Os países europeus tinham muito interesse em lugares com ecossistemas tão singulares quanto o do Brasil. A natureza
Leia o artigo Importância e a
tropical impressionava os cientistas e
contribuição de Von Martius para o
pesquisadores estrangeiros não só pela
conhecimento da flora arbórea do Cerrado, publicado pela Revista Sapiência: sociedade, saberes e práticas educacionais, da Universidade Estadual de Goiás, disponível no portal da AEAARP, na área Notícias.
www.aeaarp.org.br
flora, mas também pela fauna e terras inexploradas. Essa curiosidade pode ser constatada em um trecho do livro Reise in Brasilien, assinado por Martius e Spix: “não menos extraordinário que o reino das plantas é o dos animais que habitam as matas virgens. O naturalista para aí transportado pela primeira vez, não sabe
Família Agavea - Gênero Fourcroya Vent. - Família Eriocaulacea - Tribo Paepalanthea - Gênero Paepalanthus Mart. - Seção Capitula Villosa SubGênero Actinocephalus Koern. Paepalanthus brasiliensis Mart. | Imagem retirada do portal www.florabrasiliensis.cria.org.br
AEAARP 21
Meio Ambiente
Biodiversidade é estratégica para o desenvolvimento, afirma estudo Entre os acordos internacionais assumidos pelo Brasil estão os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), as Metas de Aichi – voltadas à redução da perda da biodiversidade do planeta no período de 2011-2020 – e o Acordo Climático de Paris, aprovado em 2015
A
biodiversidade e os serviços ecos-
incentivada e se forem feitos investimentos
do ponto de vista econômico se sair do atual
sistêmicos, como o fornecimento
em sua conservação e restauração.
sistema de substituição de vegetação nativa
de água, ar puro e de alimentos,
As conclusões são de um grupo de pesqui-
por áreas agrícolas. É muito mais vantajoso
são fundamentais para a construção de
sadores autores do Sumário para Tomadores
para o país ter paisagens multifuncionais,
um futuro próspero e sustentável para a
de Decisão do 1º Diagnóstico Brasileiro de
com áreas agrícolas e de conservação, que
população brasileira, com maior geração
Biodiversidade & Serviços Ecossistêmicos.
permitem que os ecossistemas funcionem
de emprego e renda e redução das desi-
O documento, elaborado pela Plataforma
de forma muito melhor, mantendo serviços
gualdades sociais e econômicas.
Brasileira de Biodiversidade e Serviços
ecossistêmicos essenciais, como o de recarga
Essas metas só serão possíveis de serem
Ecossistêmicos (BPBES, na sigla em inglês),
de aquíferos e de retirada de carbono da at-
alcançadas, contudo, se a contribuição da
apoiada pelo Programa BIOTA-FAPESP, foi
mosfera”, disse Carlos Joly, professor da Uni-
biodiversidade e dos serviços ecossistêmi-
lançado no dia 8 de novembro em um even-
versidade Estadual de Campinas (Unicamp)
cos para alavancar o desenvolvimento eco-
to no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
e membro da coordenação da BPBES e do
nômico e social do país for reconhecida e
“Avaliamos que o Brasil só tem a ganhar
Programa BIOTA-FAPESP, à Agência Fapesp. Fonte: Agência Fapesp
Revista Painel 22
Arlindo Sicchieri Filho, Rodrigo Araújo e Fernando Junqueira
Janaina Sinelli e Paulo Sinelli
Jorge Rosa, Alexandre Tazinaffo e Carlos Alencastre
Fernando Antonio Cauchick Carlucci e Monica Azevedo de Abreu
Jacobo de Cal y Alonso, XXX, Wilson Luiz Laguna, Jorge Rosa e Hideo Kumasaka
Carlos XX, Carlos Alencastre e Paulo Roberto Oliveira
José Roberto Malfará, Lisa Alencastre e Carlos Alencastre
A Oktoberfest AEAARP reuniu amigos e familiares de associados
AEAARP 23
Ricardo Muniz, José Roberto Malfará, Carlos Alencastre e José Luiz Bárbaro
Maurício Teixeira Muradas e Carmem de Azevedo Souza Muradas
Adriana Saraiva, Denise Ribeiro e Gislaine Yochimuta
Mario Pascarelli Filho, Milton Vieira Leite, Leonardo Dorta, José Roberto Maufará, Arlindo Antonio Sicchieri Filho
Kleber Bidese, Rosi Bidese e Paulo Márcio Araújo
Gisele Antunes, Bruna Teodoro e Debora Del Poente
Paulo Márcio Araújo, Mateus Rocha, Bruno Rocha e Rodrigo Araújo
Ricardo Muniz e Allan Villa da Silva
Mary Jane Vianna e Marta Benedini Vecchi
Eliana Azevedo Padilha, Maraísa Gonçalves de Lima, Lívia Lima Paschoal, Tapyr Sandroni Jorge e Luiz Fernando Bortolazzo de Sousa
Revista Painel Painel Revista 24 24
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crea-sp
DECISÃO NORMATIVA Nº 113, DE 31 DE OUTUBRO DE 2018 Art. 1º Aprovar a relação unificada de ati-
registrado por meio de Anotação de
Art. 3º Esta decisão normativa entra
vidades e de obras e serviços de rotina,
Responsabilidade Técnica – ART Múlti-
em vigor noventa dias após a data de
nos termos do art. 36 da Resolução nº
pla está compatível com o disposto no
sua publicação.
1.025, de 30 de outubro de 2009, que
caput deste artigo.
constitui anexo desta decisão normativa. Art. 2º Para efeito desta decisão normativa, a atividade técnica relacionada à obra ou ao serviço de rotina pode ser caracterizada como aquela que é executada em grande quantidade ou de forma
A Resolução nº 1.025, de 30 de outubro de 2009, dispõe sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e o Acervo Técnico Profissional. O Artigo 36 trata do seguinte: Art. 36. As atividades técnicas relacionadas a obra ou serviço de rotina que poderão ser registradas via ART múltipla serão objeto de relação unificada.
repetitiva e continuada.
§ 1º A câmara especializada manifestar-se-á sempre que surgirem outras atividades que possam ser registradas por meio de ART múltipla.
Parágrafo único. Caberá ao Crea, ob-
§ 2º Aprovada pela câmara especializada, a proposta será levada ao Plenário para apreciação.
servadas as peculiaridades de sua região, verificar se a obra ou o serviço
§ 3º Após aprovação pelo Plenário do Crea, a proposta será encaminhada ao Confea para apreciação e atualização da relação correspondente.
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Revista Painel 26
notas e cursos Novos Associados
A festa do ano!
Helena Lania de Araujo Arquiteta e urbanista
No dia 7 de dezembro, a festa mais esperada do ano pelos associados da
Luis Cláudio Moreira Fonseca Engenheiro agrônomo
AEAARP homenageia a todos.
Paulo Leitão Camarero Engenheiro agrônomo Felipe Fiatikoski Angelo Engenheiro ambiental
“Decidimos por esse formato para encerrar as comemorações dos 70 anos da AEAARP com chave de ouro. Neste ano, não haverá reverência a três colegas engenheiros, arquitetos e agrônomos; mas, aos nossos mais de dois mil associados”, explica o engenheiro Carlos Alencastre, presidente da AEAARP.
Toda a programação dos 70 anos da AEAARP foi planejada pela diretoria a partir das diretrizes traçadas por uma comissão especialmente formada para cuidar do assunto. Os eventos tiveram “padrinhos” que, na prática, são os responsáveis por gerir e tomar decisões
Wesley Zeotti Engenheiro civil Ademar Carlos Nascimento Junior Engenheiro eletricista
A recepção, com jantar, música eletrônica e banda ao vivo, é ricamente decorada em um dos locais mais valorizados da cidade, o Espaço Golf.
“Foi um ano de intensas atividades institucionais, educacionais, artísticas e sociais para todos da Associação. Merece esse fechamento com chave de ouro”, comenta Rodrigo Araújo, diretor social da entidade.
importantes sobre tudo o que foi programado.
“Não faltou dedicação e compromisso daqueles que se dispuseram a doar seu tempo para esta comemoração”, avalia Giulio
especiais, como a super edição
Roberto Azevedo Prado,
que continua sendo usado em
presidente do Conselho Deliberativo.
Além dos eventos, a AEAARP também lançou publicações da revista Painel, que circulou em abril, e o gibi educativo, ações da AEAARP em escolas públicas da cidade da cidade.
Julio Cesar da Silva Vasconcelos Engenheiro eletricista Glauber Aparecido Maurin Engenheiro eletricista Mauri Junqueira de Souza Engenheiro químico José Silvio Carbolante Técnico agrícola José Antônio Siena Técnico eletrotécnico Manoel Euripedes Bazon Técnico em eletrotécnica Arnaldo José da Costa Técnico em eletrotécnica Melissa Dorta Silveira Estudante arquitetura e urbanismo
“Em 2018 lançamos a semente do que queremos para o futuro, uma entidade compromissada com a valorização dos profissionais, com o desenvolvimento sustentável da cidade. Por isso, ao encerrarmos as comemorações, homenageamos todos os nossos associados”, finaliza Carlos Alencastre.