Operação [Cura] - Marina Oliveira

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O P E R A Ç Ã O [C U R A]


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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CENTRO DE CIÊNCIAS, EXATAS E TECNOLOGIAS

ORIENTANDA: MARINA OLIVEIRA

ORIENTADORA: PROF.ª DR.ª ARQ. MÔNICA MANSO MORENO

BIXIGA ARTES E OFÍCIOS

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO FACULADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

CAMPINAS - 2017

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“ O fundamento do tempo é a memória.”

Gilles Deleuze

Filósofo francês 1925-1995

A Sebastiana Maria de Oliveira, minha Vó Tianinha, que hoje habita as lembranças mais saudosas, todo meu amor e gratidão pelos breves 19 anos compartilhados.


AGRADECIMENTOS FAMÍLIA Aos donos das minhas primeiras memórias, meu melhor encontro e amor maior: minha família. A estes que sempre me apoiaram nas minhas escolhas e nunca deixaram de me acompanhar pelo caminho,. A estes que foram capazes de compreender meus dias mais difíceis e se alegrar a cada conquista diária. A minha mãe pela presença diária nestes úlimos cinco anos, que aguentou uma universitária insone e, por vezes estressada. Por acreditar nos meus sonhos desde e o começo e me dar todo o respaldo para estar aqui hoje concluindo mais uma grande etapa da minha vida. Por todo cuidado, abdicação, amor e carinho. Obrigada! Ao meu pai, que conseguiu entender minhas ausências, pelo altruísmo em permitir que eu saísse de casa em busca dos meus sonhos, por estar conectado comigo a 233 quilômetros de distância a todo momento, sendo o farol que guia e ilumina mesmo longe para mostrar o caminho de casa. Obrigada! A minha Ma, que foi o esteio onde me segurei quando achei que não consegueria prosseguir, pelas longas conversas, pelas risadas, pelos ensinamentos e principalmente por ter me aceitado em sua vida, se tornando minha melhor amiga. Por todo incentivo, cuidado, amor e por ter me dado a minha família. Obrigada! A minha irmã, meu pequeno grande amor que desde cedo teve que se acostumar com a minha ausência constante e que aprendeu logo a lidar com a tecnologia que encurta distâncias. Obrigada por ser uma criança tão iluminada em compreender tudo isso , pela forma como me ama e pelo orgulho que têm ao falar de mim como sua irmã mais velha. Espero que cresça e floresça sempre , lindamente como é! Ao meu melhor amigo, meu companheiro, meu escudeiro... Que escolheu minha amizade e aceitou meu amor, que esteve aqui nos dias nublados, me abrigando no seu abraço (pessoalmente ou à distância); Que durante as tempestades me acolheu embaixo do seu guarda-chuvas até a chuva passar; Que empunhou minha espada bravamente quando eu não tinha mais forças para lutar e me deu cobertura com seu escudo em todos os outros momentos, não permitindo que eu lutasse sozinha. A você André, que escolheu caminhar ao meu lado, dividindo alegrias, amenizando as dores, multiplicando o amor e sem o qual a vitória nunca estaria completa. Obrigada! PROFESSORES A minha orientadora por todo cuidado e incentivo, por acreditar no meu potencial e não deixar que eu desanimasse frente aos obstáculos. Que me ensinou a prosseguir segundo seu lema pessoal, “com segurança e bom humor”. Pela exímia profissional e pelo belo ser humano que é, obrigada Mônica! A Ana Paula Farah minha professora, que sempre foi minha inspiração desde os primeiros dias na faculdade. Que divide comigo não só seus valiosos ensinamentos, mas a paixão por história e “o sonho do restauro”. Que hoje se tornou além de minha mestre, minha amiga. Pela exímia competência, engajamento profissional e pelo lindo coração que possui. Obrigada! Aos mestres que cruzaram meu caminho e contribuíram com o curso dessa jornada. Que me inspiraram a cada dia difícil de projeto, que pelo amor que colocam em seu ofício de ensinar, fizeram com que me reapaixonasse pela arquitetura através dos seus olhos . Em especial Cláudio Manetti, Wilson Mariana e Pedro Paulo Mainieri. Obrigada!


AGRADECIMENTOS AMIGOS O fim de um ciclo nunca é fácil, assim como o seu começo. Ao início desta trajetória agradeço a alguém que foi esteio, amiga e família. A Luciana Cavani e toda sua família, meu amor e gratidão eternas. Nenhum caminho vale a pena se nele não somamos pessoas por onde passamos, e nesta caminhada não foi diferente. Somei muito, conheci alguns pelo sorriso, outros pela conversa, mas três preciosos pelo coração. A vocês, Bárbara, Bianca e Caique, meus sinceros agradecimentos por iluminarem meus dias mais cinzas, por transbordarem em si e em mim os mais belos e alegres sentimentos. Que o ciclo se feche, mas a amizade cresça, floresça e perdure por todos os caminhos de nossas vidas. GRUPO Este trabalho não teria o mesmo significado se não tivesse sido divido com vocês. Obrigada pelas longas e exaustivas noites de véspera de entrega, pelas risadas e pelo amor compartilhado pela arquitetura e pelo Bixiga. Fernanda, Francielle, Giovanni, Giuliana, Letícia, Marina e Thaíssa. Obrigada! MEMÓRIAS QUE EU TENHO DO SARACURA

BIXIGA, AMORE MIO!


“Se chama Bela Vista, mas nada mudou. No coração do povo como Bixiga continuou.” Adoniran Barbosa

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ÍNDICE BIXIGA ARTES E OFÍCIOS 13 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 2. INSERÇÃO E CONTEXTO .............................................................................................. 15 2.1 ONDE? ........................................................................................................................................ 16 3. REFLEXÕES E INTENÇÕES ........................................................................................... 21 3.2. PARA QUE? ................................................................................................................................ 22 4. ESQUECIMENTO E INVISIBILIDADE URBANA ................................................................. 25 4.1. POR QUEM? ............................................................................................................................... 26 5. REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 29 5.1. PRAÇA DAS ARTES .................................................................................................................... 30 5.2. MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE ROMA - MACRO ............................................................ 34 6. O PROJETO ............................................................................................................... 37 6.1. ABORDAGEM E CONCEITOS ....................................................................................................... 38 6.2. RUA CONSELHEIRO CARRÃO, 451 ............................................................................................. 40 6.3. HISTÓRICO .............................................................................................................................. 41 6.4. PROGRAMA E SETORIZAÇÃO .................................................................................................... 43 6.5. ARQUITETÔNICO ...................................................................................................................... 44 7.BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................... 50


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1. INTRODUÇÃO Fonte: Pinterest Mariana Orsi.

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Fonte: Acervo Pessoal

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BIXIGA ARTES & OFÍCIOS As bases para a elaboração deste trabalho se encontram nos meus primeiros anos de vida acadêmica, onde a cada aula de História do ensino fundamental me faziam sonhar com tempos distantes. Com a imaginação cada vez mais fértil para tentar imaginar como se organizavam estes povos e como teria sido estes períodos históricos, a paixão pelas ruínas foi inevitável. A relação com a pré-existencia me encantou durante todos os anos subsequentes, até ingressar na graduação e descobrir sua ampla e intima relação com a memória coletiva, além de seu papel indispensavel para a compreensão do contexto urbano que qualquer comunidade. E então arquitetura no seu protagonismo dentro de um espaço, se tornou desde os primórdios o retrato fiel de seu tempo, sendo responsável por exemplificar e perpeturar uma memória histórica. Assim ao pesquisar sobre resíduos urbanos o Bixiga me apareceu como um universo a ser redescoberto. Um lugar que respira história a cada esquina, e juntamente com o grande população em situação de rua hoje se vê deteriorado e esquecido. O olhar deste trabalho então se volta para estes coadjuvantes invisíveis, que atuam diariamente, porém que não tem lugar garantido ou sequer reconhecido nesta história.

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2. INSERÇÃO E CONTEXTO Fonte: Pinterest Mariana Orsi.

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2.1. ONDE?

LOCALIZAÇÃO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

SETOR 13 DE MAIO LOCALIZAÇÃO SUB-PREFEITURAS

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BIXIGA ARTES & OFÍCIOS Desde sua formação, com o loteamento da Chácara do Bixiga, o que hoje se conhece por Bela Vista foi palco de diversas intervenções em sua paisagem. Um lugar abastecido por rios com extensões alagáveis e setores de topografia difícil, acabou sendo uma área, que apesar de sua proximidade com o centro da cidade de São Paulo não atraiu a camada mais abastada, sendo abrigo desde escravos libertos, imigrantes europeus com baixo poder aquisitivo e migrantes (em sua maioria da região nordeste do país) em busca de uma oportunidade de emprego “na cidade grande’’. Sendo assim o Bixiga sempre foi um espaço de refúgio dos menos favorecidos que – literalmente – ali construíram sua história, desde os escravos libertos ao fundarem o Quilombo Saracura, passando pelos imigrantes italianos que não se adaptaram ao trabalho nas lavouras e chegando até os migrantes, todos viram naquele lugar um terreno onde poderiam realizar seus sonhos. E para ali viverem, tiveram que construir suas casas da maneira que naquele momento lhe era oportuno, o que resultou num bairro de características urbanas e arquitetônicas únicas dentro da imensa cidade de São Paulo, que por sua importância histórica acabou sendo tombado em 2002 pelo CONPRESP. Apesar de até os dias de hoje ainda carregar uma memória viva em seu cotidiano, o bairro está caindo cada vez mais no esquecimento popular e suas construções tão características - que são a marca da história não somente daquele lugar, mas para a cidade como um todo – estão ruindo e esta memória se perdendo. O traço urbano mais marcante em relação à esta degradação é o grande depósito de resíduos que o bairro se tornou, sendo eles edificados, humanos ou descartáveis. Em virtude disso, o plano urbano pregresso, trouxe como metodologia a análise a quantidade de áreas residuais presentes no bairro Bela Vista e sua relação com seu entorno imediato e seu impacto na cidade de São Paulo.

Figura1: Mapa dos bens tombados na região da Bela Vista. Fonte: Concurso Nacional Ensaios Urbanos: Desenhos para o Zoneamento de São Paulo. Autores: Newton Massafumi e Tânia Parma

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BIXIGA ARTES & OFÍCIOS Tendo vista também como objeto de estudo, áreas já com consolidas com grande número de Edificações Tombadas em estado crítico de conservação, pretendeu-se demonstrar o reconhecimento projetuais dessas áreas, as quais deveriam ser revistos os usos, uma vez que deixam à margem essas ocupações no bairro. Num primeiro momento, identificou-se as características relacionadas à infraestrutura existente no local, análise morfológica e análise tipológica do entorno como um todo e os usos das áreas residuais, para em seguida analisar possíveis conexões entre as mesmas, visando travessia de quadra e fruição pública, que determinou parâmetros para que, posteriormente realizasse a categorização de 1 á 3 dessas áreas.: Resíduo propício de edificação, Resíduo de Fruição não edificável, Resíduo passível de integração ao sistema Viário.(ver Figura 02).

Posteriormente, por meio da pesquisa de campo na área, foi feito, um estudo sobre o histórico de ocupação das construções tombadas, caracterização dos aspectos-socioeconômicos e a infraestrutura existente no local. A partir do agrupamento das características encontradas, foram delimitadas categorias, que foram divididas em: Reconstrução, Requalificação e Renovação (ver Figura 02), onde os objetos de estudo propriamente ditos foram destacados para serem analisados. (Ver Figura 03). 18


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Após então estas análises e aprofundamentos fica explícito a necessidade de uma intervenção adequada neste espaço, para que a memória não se perca e a cidade passe a entender a importância da preservação de suas camadas históricas. De acordo com o autor Aldo Rossi, o ambiente em que vivemos é formado pela construção da cidade no tempo, a cidade cresce sobre si mesma adquirindo memórias e consciência próprias, compondo uma dinâmica urbana que reúne em si, uma série de “fatos urbanos”, que são elementos condicionados e condicionantes na construção da cidade e suas escalas. Para o autor então, estes “fatos” não devem permanecer estagnados frente às transformações urbanas que surgem na cidade e sim estes devem evoluir juntos, considerando o fator histórico do lugar em seu desenvolvimento, pois o passado carrega seus valores e significados e, em alguns casos, é o que permite uma funcionalidade ativa ao lugar. Então aqui chegamos na ligação de fatos que estruturam esta proposta, visto a importância do Bixiga para a cidade de São Paulo.

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3. INTENÇÕES E REFLEXÕES Fonte: Pinterest Graffitis de São Paulo.

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BIXIGA ARTES & OFÍCIOS Seria interessante justificar, em um primeiro momento, a importância da preservação do patrimônio cultural de uma determinada comunidade, grupo social, bairro, núcleo urbano e até de um país. Caros Lemos, por exemplo, trata a questão e se “preservar como obrigação: a todos só pode interessar a ideia ligada à salvaguarda de nossa identidade cultural. ” (LEMOS, 1987, p. 25) Os elementos que trazem consigo uma carga histórica e no quais os cidadãos se consolidam sua identidade como espaço vital devem ser preservados para que continuem contando a história dessa comunidade/cidade e para que, acima de tudo, a história não seja atropelada pelas novas tecnologias e demandas econômicas atuais, e desapareça. Portanto, o caráter educativo de ensinar sobre a história da ocupação da cidade, deve ser levado em consideração como uma das principais justificativas quanto a necessidade da preservação dos patrimônios culturais, sendo eles edificados ou não. O ato de preservar, segundo Lemos, pode ser encarado como “guardar para amanhã informações ligadas a relações entre elementos culturais que não têm garantias de permanência” (LEMOS, 1987, p.27). Este ato de guardar está ligado principalmente à manutenção da integridade física dos representantes que carregam consigo uma carga semântica rica de símbolos culturais e de forte expressividade dentro do contexto histórico desta mesma comunidade, e que, se ausentes dentro do seu contexto, acarretam em uma perda de referências para a leitura da trajetória histórica desta mesma comunidade. Quanto ao procedimento à preservação histórica do bairro da Bela Vista, onde lê-se o Bixiga, os critérios de salvaguarda e tombamento, teve início em 1989 a partir de um apelo popular e da Moção 455 do mesmo ano representada pelo então vereador José Índio, do PMDB. No ano seguinte o conselho votou a favor da abertura do processo de tombamento do bairro, representada pela Resolução n°11 de 1990 e pela Resolução n° 22 de 2002, o bairro da Bela Vista foi finalmente tombado pelo órgão de preservação municipal. A Resolução n° 22 de 2002 busca além de preservar bens históricos, preservar também o casario que forma a paisagem do Bexiga. O casario é composto por casas assobradadas, com porão alto, geminadas e fachada alinhada à rua, mas que não ocupavam o lote por inteiro. Outra forma de morar no Bexiga eram os cortiços. A partir da metade do século 19 muitas pessoas chegaram à cidade e os cortiços era uma forma rápida e barata de encontrar moradia, embora muitas vezes em situações inseguras e insalubres.

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BIXIGA ARTES & OFÍCIOS Resumindo todo este processo, Clara D’Alambert e Paulo Cesar Fernandes dizem que: “ Preservar a Bela Vista através do tombamento municipal significou uma intenção de defender, proteger e resguardar sua identidade cultural, garantindo a compreensão de sua memória histórica, artística e social ao conservar fisicamente o que existe de mais significativo dentro do vasto repertório de elementos componentes do seu patrimônio Cultural, Ambiental e Urbano. (...) Desta aglutinação de saberes, usos, costumes, gostos, pensamentos e expectativas configurados nas muitas edificações de aparência modesta, de programas variados e de construção em épocas distintas ainda presentes no bairro, definiu-se em mostruário diversificado de versões populares arquitetônicas, único na cidade de São Paulo, o que fez do bairro da Bela Vista, sem dúvida, um importante documento a ser preservado pelas gerações futuras.” (D’ALAMBERT; FERNANDES, in Revista do Arquivo Histórico Municipal de São Paulo. V.201, 2005, p.159) Para salientar a importância de toda diversidade cultural e arquitetônica que o bairro abriga, é interessante notar que, até quase a metade do século 19, as construções em São Paulo eram predominantemente em taipa de pilão. Com o crescimento econômico e a chegada de imigrantes, principalmente dos italianos e seus mestres de obras, foram introduzidas outras técnicas construtivas como a alvenaria de tijolos. Como pode ser visto no casario e em outros exemplares de arquitetura institucional, como a Escola de Primeiras Letras (vide figura 4), de 1877, uma das construções pioneiras no uso de alvenaria estrutural em São Paulo. É um edifício de pequenas dimensões, são apenas duas salas de aula e acessos independentes para cada sexo, como era determinado naquela época.

Figura 4: Escola de Primeiras Letras. Fonte: Site Secretaria de Cultura. Governo do Estado de São Paulo

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A paisagem arquitetônica do Bexiga se completa com alguns imóveis que guardam características bastante peculiares, seja por sua história ou sua arquitetura. Um deles é a Casa de Dona Yayá (vide figura 5), construída por volta de 1870, hoje é sede do Centro de Preservação Cultural da Universidade de São Paulo. O edifício de traços neoclássicos foi por 41 anos a morada e clausura de Dona Yayá, herdeira única de uma fortuna da qual não pode usufruir por ter sido declarada mentalmente incapaz de administrá-la. Figura 5: Casa de Dona Yayá. Fonte: Wikipédia Outro local é a Vila Itororó, de 1922. É um conjunto idealizado pelo comerciante português Francisco de Castro como local privado de uso público; uma piscina fazia parte de seus equipamentos. A arquitetura mescla o neoclássico e o art déco. Foi erguida, em parte, com restos de demolição do Theatro São José, entre eles leões, carrancas e cariátides, o que confere ao conjunto uma atmosfera pitoresca. Em 2006 foi decretado como um local de utilidade pública e desde 2013 passa por um processo de restauro aberto ao público, com a participação de ex-moradores da Vila, moradores do entorno, artistas, pesquisadores, arquitetos e trabalhadores da obra. Figura 6: Cartão Postal da inauguração da Vila Itororó. Fonte: Blog São Paulo Antiga. Por estes, dentre os outros mais de mil imóveis tombados no bairro, que se reforça a relevância deste espaço tão heterogêneo dentro da cidade de São Paulo, para resguardar a beleza desta pré-existência que se coloca como um museu a céu aberto onde está clara a menção às culturas construtivas pregressas e nos convida a aprender com estes estratos históricos de técnicas e vivencias que já se perderam com o tempo.

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4. ESQUECIMENTO E INVISIBILIDADE URBANA Fonte: Jornal O Estado de São Paulo

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4.1. POR QUEM?

Nômades Contemporâneos Atualmente, a cidade de São Paulo é habitada por 12,04 milhões de pessoas (IBGE,2016), o que consequentemente a torna a maior cidade do e a com a maior relevância econômica e financeira do país. Entretanto, ao passo que São Paulo é a cidade de maior poder econômico, o crescimento da população em condições de pobreza supera o crescimento populacional da cidade em 3,4% ao ano (SMDS/FIPE), gerando uma camada de vulnerabilidade social crescente e significativa. Esse fato se dá principalmente ao desemprego, que chegava aos 16,8% em 2016 (PED/SEADE/DIEESE). Um fim comum do indivíduo nessa situação é a rua, que hoje tem integrado em sua paisagem os chamados “Nômades Contemporâneos”.

Apesar de existirem tentativas da atual gestão municipal de inclusão dessa parcela invisível à sociedade. Porém, algumas tentativas foram falhas devido ao descuido com o processo de reinserção, onde a imposição os oprime e os desarmam de sua autonomia. O indivíduo que mora na rua precisa vencer etapas antes de se ver de volta no sistema do capitalismo atual. Relatos de discriminação, uso de drogas e descumprimento das regras do programa denunciam seu mau funcionamento. Em contraposição, é sabido que em média 75% das pessoas em situação de rua buscam uma forma de renda e empregos para se manter e até mesmo superar essa condição. 26


BIXIGAARTES ARTES&EOFÍCIOS OFÍCIOS BIXIGA A preocupação com as condições de trabalho e geração de renda é justificada pela importância que a renda monetária ocupa na reprodução da vida das pessoas inseridas em uma economia de mercado. Segundo Carolina Teixeira Nakagawa, coordenadora geral da COPS (Coordenadoria do Observatório de Políticas Sociais) da Prefeitura Municipal de São Paulo, “Do ponto de vista individual, a posse de renda monetária significa a capacidade de realizar transações de compra e venda e, assim, acessar bens e serviços. São, portanto, condições importantes para atingir autonomia e saída das ruas. ” As questões de trabalho e renda são desafios de mensuração deste segmento populacional, dada à heterogeneidade de perfis ou ainda, pela irregularidade de oscilação de renda dada pela precarização dos vínculos com o mercado de trabalho (emprego formal, informal, autônomos, bicos ou mendicância).

Considerando assim as atividades mencionadas como forma de obtenção de renda, mostra que ao contrário do que se pensa estas pessoas que hoje se encontram em situação de rua em algum momento fizeram parte do mercado formal de trabalho. A construção civil, por exemplo, em várias pesquisas terceirizadas e até as desenvolvidas pela equipe durante a elaboração da “Operação Saracura”, foi o motor do grande êxodo vivido da região nordeste do país para a capital paulistana, desde as primeiras décadas do século XX até os dias de hoje. São Paulo, durante estas décadas, experimenta seu período áureo como a cidade industrializada com grande oferta de emprego e um território em crescimento latente. Porém com o passar dos anos, e as crises políticas e financeiras enfrentadas pelo país, fez com o que o mercado sofresse uma queda brusca, e este segmento – como outros dentro do mercado de trabalho – começasse sua estagnação e declínio.

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BIXIGA ARTES & OFÍCIOS Portanto, a mão-de obra que se encontrava em estado de superávit em relação à demanda de mercado se encontrou desvalorizada e dispensada de seus postos de serviço. Com isso então, o trabalhou que rumou até a “cidade grande” se vê sem outra forma de sobreviver ou até de voltar à sua terra natal e acaba chegando até as ruas. Estes fatos mostram a vontade, que as pessoas em situação de rua têm, de se reintegrar à sociedade, mas também servem como um alerta para a frágil situação que eles se encontram. O entendimento da rua como momento de transição e validação desse espaço como um morar momentâneo se baseia nisso: uma rua sendo um espaço público é um lugar de direito de qualquer habitante - formal ou informal - da cidade, por tanto é também de direito do nômade contemporâneo usufruir desse espaço e torná-lo seu lar temporário. E neste ponto coloca-se então a decisão projetual a ser discorrida neste trabalho, onde se faz a ponte entre todos os resíduos arquitetônicos que se encontram estagnados no local, e as pessoas em situação de rua que possuem algum grau de qualificação de mão de obra para a construção civil e se encontram no mesmo nível de invisibilidade dentro do Bixiga. O objetivo então torna-se reinserir no mercado de trabalho, a partir da capacitação do maior número de indivíduos que se encontram em situação de rua, dentro dos preceitos básicos de qualidade e respeito, necessários à retomada de seus valores enquanto cidadãos, restabelecendo-os assim, de volta à sociedade.

“ RETIRAR DA RUA SIGNIFICA REABILITAR FÍSICA E MORALMENTE AS PESSOAS. ” ( Lucas Graeff, 2011)

Figura 7: Pessoa em situação de rua frente a casario tombado na Rua Dr. Seng, no Bela Vista. Fonte: Blog São Paulo Antiga. 28


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5. REFERÊNCIAS Fonte: Pinterest Mariana Orsi.

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BIXIGA ARTES & OFÍCIOS 5.1 PRAÇA DAS ARTES

Figura 7: Praça das Artes. Foto de Nelson Kon Fonte: Archdaily Ficha Técnica Arquitetos: Brasil Arquitetura Localização: Av. São João, 281 – Centro, São Paulo – SP Autores: Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz + Luciana Dornellas Área: 28.500m² Ano do projeto: 2012 A edificação do Antigo Conservatório Dramático Musical de São Paulo, que se encontrava incrustado no coração de uma região degradada do centro da cidade, é um importante marco histórico e arquitetônico e abriga uma rara sala de recitais, que há décadas estava inutilizada. O Projeto Praça das Artes restaurou e reabilitou este edifício, e vinculou-o a um complexo de novas construções e espaços de circulação e estar que abrigam as instalações para o funcionamento das Escolas e dos Corpos Artísticos do Teatro Municipal. 30


BIXIGA ARTES & OFÍCIOS A implantação desse equipamento cultural, além de atender à histórica carência de espaços para o funcionamento do Teatro, desempenha papel indutor estratégico na requalificação da área central da cidade, uma vez que o rico e complexo programa de uso, focado nas atividades profissionais e educacionais de música e dança, está fortemente marcado por funções de caráter público, convivência e vida urbana.

Figura 8: Implantação. Fonte: Archdaily

Figura 9: Diagrama de Usos. Fonte: Archdaily

Figura 10 e 11: Croquis. Fonte: Archdaily

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Figura 12:Planta Pavimento Térreo. Fonte: Archdaily

Figura 13: Planta Primeiro Pavimento. Fonte: Archdaily

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Figura 14: Planta Segundo Pavimento. Fonte: Archdaily

Figura 15: Corte BB . Fonte: Archdaily

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BIXIGA ARTES & OFÍCIOS 5.2. MACRO – Museu de Arte Contemporânea de Roma

Figura 16: Fachada principal MACRO. Fonte: Archdaily

Ficha Técnica Arquitetos: Studio Odile Decq Localização: Piazza Orazio giustiniani, 4, 00153 Roma, Itália Área: 12.000 m² Ano do projeto: 2007 “Aqui, a cidade entra no museu e o museu sai à cidade”. Odile Decq A cobertura brilhante do Museu de Arte Contemporânea de Roma foi concebida por Odile Decq como uma “promenade” que conecta o final do século 19 ao enigma da arte presente. Seu projeto coroa o edifício existente, a antiga fábrica de cerveja Peroni, com um terraço que dá aos visitantes a oportunidade de ver a cidade de um novo ponto de vista. 34


BIXIGA ARTES & OFÍCIOS O novo MACRO não só dá a impressão de ser um trabalho que tem resistido os longos anos de sua realização. Acima de tudo, este novo espaço urbano contemporâneo pode oferecer um sistema rico e multifacetado de experiências espaciais que vão além do mero sistema de exibição de arte moderna e contemporânea. A determinação para manter todo o sistema de museu como um organismo instável, reforçado por uma grade inquieta de pontos de vista, pedestres, rotas e varandas, fez do MACRO um lugar urbano introvertido que é principalmente uma experiência de descoberta ao visitante.

Figura 17: Pátio interno e cobertura. Fonte: Archdaily

Figura 18: Planta nível inferior, -4,5m. Fonte: Archdaily

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Figura 19: Planta térreo. Fonte: Archdaily

Figura 20: Planta Cobertura. Fonte: Archdaily

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6. O PROJETO Fonte: Pinterest Mariana Orsi.

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BIXIGA ARTES & OFÍCIOS 6.1. ABORDAGEM E CONCEITOS Considerando todo o contexto de inserção local, fica evidente a grande decadência que todo o conjunto arquitetônico, que faz do Bixiga um dos bairros mais historicamente representativos da cidade de São Paulo, contando atualmente com 3400 imóveis tombados dentro de seus limites como Bela Vista. Sua obsolescência frente aos avanços imobiliários que consomem toda sua borda, a oprime de forma que se deteriore por falta de expectativa de uso, de melhora nas condições legislativas ou de incentivos de preservação. Todo este arcabouço, somado ao grande depósito de resíduos que este lugar se tornou para o centro histórico da cidade, desde a primeira ação higienista em 1926 até as mais recentes, faz com que sua heterogeneidade fuja dos padrões convencionais e se torne uma soma de estados diferentes de “invisibilidade”. O grande contingente de pessoas em situação de rua, e o demasiado número de imóveis ruindo e alguns sofrendo aprorpiações indiretas por estas pessoas, pareceu uma solução lógica unir ambos os lados. Hoje quase 70% das pessoas em situação de rua, vieram para São Paulo movidos pelo sonho da “cidade grande” onde trabalhariam na construção civil. O que nos leva até outro dado decisivo: há uma mão de obra disponível carente de capacitação. Surge assim o Bixiga Artes e Ofícios, que procura restabelecer conexões, tanto entre o patrimônio edificado e contexto urbano contemporâneo e das pessoas em situação de rua (os nômades contemporâneos) com a sociedade. Quanto aos conceitos teóricos levados em consideração, busca-se colocar em prática alguns fundamentos que norteiam a salva-guarda de patrimônios edificados, baseados na vertente da “crtitica conservativa criativa” do mestre italiano Césare Brandi. Que tem como maior fundamento o reconhecimento da obra e sua transmissão para o futuro, demonstrando um grande esforço de consciência do que siginifica preservar o bem dentro do seu contexto espacial, de restabelecendo a unidade potencial local para a compreensão do seu meio de inserção. Tornando-se assim um testemunho fiel de seu tempo histórico e sendo um exemplo de possibilidades de novos usos, para que se fazendo ativo na atualidade possa ser um espaço preservado para o futuro.

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“Não valorizar o patrimônio cultural e humano abdicar do que somos: uma composição formada pelas práticas históricas e culturais acumuladas pelas coletividades em constante contraposição com as nossas próprias experiências atuais.” Movimento Patrimônio Para Todos

Fonte: Blog Pra Que Serve a Leitura.

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BIXIGA ARTES & OFÍCIOS 6.2. RUA CONSELHEIRO CARRÃO, 451 O projeto se aloca na Rua Conselheiro Carrão , entre a Rua dos Ingleses e a Rua 13 de Maio. Sua implantação se dá a partir do remembramento de 7 lotes, sendo 6 com frente para a Rua Conselheiro Carrão e 1 para a Rua dos Ingleses, se baseando na recaracterização da unidade potencial da quadra que sofreu grave modificações perdendo sua estética e seu significado dentro do bairro.

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BIXIGA ARTES & OFÍCIOS BIXIGA ARTES & OFÍCIOS 6.3. HISTÓRICO Para então explicitar estes conceitos no território foi escolhido, o edifício tombado que se localiza à Rua Conselheiro Carrão, esquina com a Rua Treze de Maio. Local escolhido com o critério didático de convivência com o patrimônio construído e pela visibilidade que os tráfegos das ruas em questão oferecem. Em consequência o prédio contemporâneo à ser implantado na desapropriação dos terrenos ao lado, visa respeitar a pré-existência e enaltecer a coexistência de diferentes estratos históricos no mesmo local.

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BIXIGA ARTES & OFÍCIOS O edifício em questão trata-se de, provavelmente de um construção do final do século XIX e começo do século XX. Apesar de tombado, a busca feita em todas as secretarias e órgãos competente não foi possível localizar a planta original, ou quais informações pregressas precisas em relação ao prédio. Por isso é importante esclarecer que em 2012, este passou por um grande reforma para abrigar atualmente a Barbearia Cavalera, como visto no breve histórico fotográfico apresentado anteriormente. Todas as medidas constantes nas plantas cortes e elevações, foram retiradas pessoalmente in loco, podendo haver algumas ditorções e equívocos quanto ao projeto original tombado. Portanto, vale analisar suas fotografias mais recentes, para entender sua ambientação e detectar traços de sua construção original.

Fotos interior do Edifício. Fonte: Acervo Pessoal

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BIXIGA ARTES & OFÍCIOS 6.4. PROGRAMA E SETORIZAÇÃO A maior intenção do centro de capacitação é possibilitar estudos aplicados e integrados aos componentes construtivos de uma edificação, disseminando uma metodologia de intervenção eficaz que garanta a compreensão e sua aplicação prática: valorizando as experiências individuais já adquiridas; desmitificando para quem o conhecimento tradicional se destina e viabilizando a reabilitação humana e arquitetônica. Proporcionando assim uma compreensão técnica sobre a decadência e deterioração do edifício e seus componentes, através das seguintes competências de conhecimento através de disciplinas como História da Arquitetura no Brasil; Técnicas construtivas antigas; E práticas para manutenção, conservação. Programa Disciplinar Básico de Oficinas Práticas: - Ofício da Cantaria - Ofício da Alvenaria - Ofício do Estuque - Ofício da Carpintaria e Marcenaria - Ofício do Metais, Forja e Fundição - Ofício da Pintura - Ladrilhos e Mosaicos - Azulejos Históricos - Concreto Armado

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BIXIGA ARTES & OFÍCIOS 6.5. ARQUITETÔNICO

O pavimento térreo se organiza de modo a criar espacialidades de transição e permanência. Juntamente com o programa pré-estabelecido visa tornar o acesso intra-quadra um atrativo para reconhecimento do projeto, além de interação contínua com a comunidade local. Neste paviemtno se encontram então programas que interajam com este público, como o auditório multiuso, a lanchonete e o canteiro didático. 44


PLANTAS

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Planta Primeiro Pavimento Neste pavimento se encontram a parte do programa que se restringe ao setor institucional, de acesso especifico ao corpo discente e docente. Como as salas de aula, laboratório de informática e a biblioteca.

Planta de Cobertura Sendo toda de estrutura metálica, se organiza através do átrio criado pelo vazio do pátio, onde o sentido de caída e a divisão das águas respeitam o módulo pré-estabelecido pela malha de pilares e vigas. 45


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DETALHAMENTOS


CORTES

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Corte AA

Corte BB

Corte CC

Corte DD

Corte EE 47


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ELEVAÇÕES E PERSPECTIVAS

Elevações Rua dos Ingleses e Rua Treze de Maio

Elevação Rua Conselheiro Carrão

Vista do complexo Rua Conselheiro Carrão. Fonte: Acervo Pessoal 48

Vista do complexo Rua Conselheiro Carrão. Fonte: Acervo Pessoal


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Vista geral do complexo Rua Conselheiro Carrão esquina com a Rua dos Ingleses. Fonte: Acervo Pessoal 49


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7. BIBLIOGRAFIA Fonte: Centros Culturais de São Paulo.

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BIBLIOGRAFIA

BRANDI, Cesare. Teoria da Restauração. Tradução Beatriz Mugayar Kühl; apresentação Giovanni Carbonara; revisão Renata Maria Pereira Cordeiro. Cotia - SP: Ateliê Editorial, 2004. CASTRO, Márcio Sampaio de. Bexiga: Um bairro afro-italiano. São Paulo: Annablume, 2008. D’ALAMBERT, Clara Correia; FERNANDES, Paulo Cesar Gaioto. Bela Vista: a preservação e o desafio da renovação de um bairro paulistano. Revista do Arquivo Histórico Municipal de São Paulo, V. 204, 2005. GIOVANNONI, Gustavo. Textos Escolhidos. Tradução Renata Campello Cabral, Carlos Roberto M. de Andrade, Beatriz Mugayar Kühl. Cotia - SP: Atelê Editorial, 2003. GONTIER, Bernard. Bexiga. texto Bernard Gontier; Fotos Ricardo ALves; Pesquisa Andréa Nobis. Campinas: Pontes e São Paulo: Mundo Impresso, 1990. GRAEFF, Lucas. Corpos Precários, Despeito e Autoestima: o Caso de Moradores de Rua de Paris. São Paulo: Psicologia, USP, 2012. LEMOS, Carlos A. C. O que é o Patrimônio Histórico. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987. 5ª Edição LUCENA, Célia Toledo. Bairro do Bexiga: A sobrevivência cultural. São Paulo: Brasiliense, 1984. MORENO, Júlio. Memórias de Armandinho do Bixiga. São Paulo: Editora Senac, 1994. MUNIZ, Claudia. Convivências e Conexões Urbanas: Habitação e Patrimônio Histórico no bairro do Bexiga. TFG Faculdade de Artes Plásticas, Curso de Arquitetura e Urbanismo. São Paulo: Fundação Armando Alvares Penteado. 2013. NAKAGAWA, Carolina Teixeira. Vulnerabilidade da população em situação de rua na cidade de São Paulo, Brasil: mitos e especificidades. Anais XXI Congresso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública, Santiago, Chile, 8 – 11 nov. 2016. SANT’ANNA, Nuto. São Paulo Histórico ( Aspectos, lendas e costumes). Vol. 1. São Paulo: Departamento de Cultura, 1937 ROSSI, Aldo. Arquitetura da Cidade. São Paulo: Martins Fontes, 2001, 2ª Edição. SPINI, Sandro. Bexiga: Avio de uma pesquisa urbana. São Paulo: MIS e Instituto Italiano de Cultura, 1983. 52


WEBGRAFIA

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BRANDÃO, Marina. Ocupar o patrimônio: Reflexões sobre estudos de caso. Trabalho Final de Graduação, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2016. Disponível em: < https://issuu.com/marinacbrandao/docs/tfg_versao_issu >. CARVALHO, Liliane. Escola de Samba Vai-vai: Uma inscrição étnica no território. Trabalho Final de Graduação Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade São Judas Tadeu. São Paulo, 2016. Disponível em < https://issuu.com/malvea/docs/mariana_alves_cidade_em_fresta> ISIDORO, Dhyulia Roberth Ribeiro. Arquitetura Altruísta: Incorporando o morador de rua no espaço urbano. Trabalho Final de Graduação, UNISOCIESC. Joinville: 2107. Jornal da USP. Preservação de bairros históricos precisa ser repensada. Disponível em: < http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-humanas/preservacao-de-bairros-historicos-paulistanos-precisa-ser-repensada/ > . Patrimônio para todos. Escola de Artes e Ofícios Thomaz Pompeu Sobrinho. Disponível em: < https://patrimonioparatodos.wordpress.com/escola-de-artes-e-oficios-thomaz-pompeu-sobrinho/ > . Patrimônio: Blog do DPH. Bexiga e sua origem multicultural. Disponível em: < http://patrimoniohistorico.prefeitura.sp.gov.br/o-bexiga-e-sua-origem-multicultural/ >. Revista Restauro. Desconstruindo os preconceitos contra a restauração | Beatriz Mugayar Kühl. Disponível em: < http://web.revistarestauro.com.br/desconstruindo-os-preconceitos-contra-a-restauracao/> São Paulo Antiga. Os Arcos do Bixiga antes do Jânio. Disponível em: < http://www.saopauloantiga.com.br/os-arcos-do-bixiga-antes-do-janio/>. SOMEKH, Nádia. A construção da cidade, a urbanidade e o patrimônio ambiental urbano: O caso do Bexiga, São Paulo. São Paulo: Revista CPC, n°22, p. 220-241, jul/dez 2016. Disponível em : < https://www.revistas.usp.br/cpc/article/view/121993/122090 >. Vitruvius: Arquitextos. A preservação do patrimônio e o tecido urbano. Parte 1: A reinterpretação do passado histórico. Disponível em: < http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.003/992>

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