Órgão
Oficial
Número V
da
Ano I
“CARIOQUICES EM VERSO E PROSA” e “POESIAS CONTEMPORÂNEAS VI” E mais uma vez o Bar Ernesto recebeu a Editora Matarazzo, seus autores e amigos para um evento literário, desta feita, foram lançadas as antologias Carioquices em verso e prosa e Poesias Contemporâneas VI. Carioquices em verso e prosa é dedicada à Valentim da Fonseca e Silva, mais conhecido como Mestre Valentim, um dos principais artistas do Brasil colonial, tendo atuado como escultor, entalhador e urbanista no Rio de Janeiro. Na Cidade Maravilhosa é possível encontrar várias das suas obras, a mais conhecida é o Chafariz do Mestre Valentim na Praça XV. Aliada a gostosa gastronomia da casa, as obras foram apresentadas em um clima amistoso e com a descontração carioca! Continuação nas páginas 2 e 3.
Editora
Matarazzo
Janeiro/2018
SÃO PAULO FAZ ANIVERSÁRIO A Pauliceia completa 464 anos no próximo dia 25 de janeiro. Para comemorar esta data tão especial, a Editora Matarazzo estará lançando a antologia Vamos falar de São Paulo III? A cidade de São Paulo recebeu este nome em homenagem ao apóstolo Paulo, que de acordo com a tradição católica, teria se convertido ao cristianismo no dia 25 de janeiro, ou seja, mesma data em que foi celebrada a missa de fundação do Colégio dos Jesuítas, considerado o “marco zero” da cidade.
Da esq. para dir., vemos, Marco Antônio, Conceição Rodrigues, José Ramalho, Nilza Freire, Irene Oliveira, Thais Matarazzo, Sheyla Cruz do Valle, Maria Matarazzo, Norma Hauer e Gerdal José de Paula no lançamento das antologias “Carioquices em verso e prosa” e “Poesias Contemporâneas VI”, no Bar do Ernesto, 9/12/2017. Foto: Ana Camargo
Flávio Mehler, proprietário do Bar Ernesto nos recebeu com a afabilidade e o carinho costumeiros. Entre autores, leitores e amigos estiveram presentes: Allan Freire, Ana Camargo, Conceição Rodrigues, Gerdal José de Paula, prefaciador de Carioquices; Irene Oliveira, Jacqueline Kellaris, Vó Jacy de Castro, Josemar Duarte, José Ramalho, Marco Antônio, Maria Matarazzo, Nilza Freire, Norma Hauer, Sheyla Cruz do Valle e Thais Matarazzo. O amigo Manuel Martins, nosso anfitrião no Rio de Janeiro, não pode estar conosco na oportunidade por motivo de saúde. Sentimos a sua falta, daqui enviamos um grande abraço e desejamos melhoras ao poeta luso-carioca.
EXPEDIENTE
Órgão oficial da Editora Matarazzo. Informativo pertencente à Editora Matarazzo. Email: livros@editoramatarazzo.com Telefone: (11) 3991-9506 CNPJ: 22.081.489/001-06 Distribuição: São Paulo - SP. Diretora responsável: Thais Matarazzo - MTB 65.363/SP. Depto. Jurídico: Tatiane Matarazzo Cantero. Periodicidade: mensal. Formato: tabloide. Edição 5 - Nº 5 - Ano I - Janeiro/2018. A opinião e conceitos emitidos em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião do Matarazzo em Foco. Portal / Blog www.editoramatarazzo.com www.editoramatarazzo.blogspot.com
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Matarazzo em Foco
Acima: almoço de lançamento das novas antologias da Matarazzo no Bar Ernesto, o “Q.G. Literário” da Editora Matarazzo no Rio de Janeiro. Foto: Ana Camargo
Embaixo: busto do Mestre Valentim (inaugurado em 1913) no Passeio Público. Foto: Sheyla Cruz do Valle
PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO São Paulo Biblioteca Mário de Andrade - Rua da Consolação, 94 ou Av. São Luís, 235, centro. Casa Amadeus Musical - Rua Quintino Bocaiúva, 22, Sé. Museu do TJSP - Rua Conde de Sarzedas, 100, Sé. Temos Livros - Av. São João, 526. Santos Clube do Choro - Boulevard XV de Novembro, 68, centro.
PUBLIQUE SEU LIVRO Faça um orçamento! Trabalhamos com todos os gêneros literários livros@editoramatarazzo.com Tel.: (11) 3991-9506
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Rio de Janeiro Bar Ernesto - Largo da Lapa, 41, Lapa. Livraria IPP, Rua Gago Coutinho, 52, Laranjeiras.
Janeiro/2018 - Nº 5
Foto: Thais Matarazzo
Uma recordação literária: lançamento do livro “Vamos falar do centro de S. Paulo?”, na Jornada do Patrimônio 2016, ocorrido no Solar da Marquesa, na Pauliceia. Vemos, da esq. para dir., Sérgio Oliveira, Camila Giudice, Cristiane Cambria, Antoniette Martins, Christian Silva Martins de Mello Sznick, um amigo e Júlio Araújo
Foto: Marco Antônio
Josemar Duarte, Marco Antônio e Gerdal de Paula. Foto: Ana Camargo
Através dos esforços do amigo e poeta Manuel Martins, os três volumes do projeto literário “Cá entre nós: Brasil & Portugal” (2017) da Editora Matarazzo, chegaram às mãos do Presidente da República Portuguesa, Dr. Marcelo Rebelo de Souza. Em retribuição, Martins recebeu do Presidente este cartão de agradecimento. Aqui está a fotografia! Uma grande honra para a nossa editora !
Conceição Rodrigues, Vó Jacy de Castro e Norma Hauer. Foto: Ana Camargo
Janeiro/2018 - Nº 5
Matarazzo em Foco
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Com chave de ouro encerramos nossas atividades culturais e literárias em 2017. O lançamento do livro Motivos Natalinos aconteceu no sábado, 16 de dezembro, no 2º andar do prédio da OAB SP, à Praça da Sé, 385, juntamente com a Confraternização de Natal dos alunos do Curso de Pintura da OAB, ministrado pela artista plástica e produtora cultural Camila Giudice. A OAB SP através do Departamento de Cultura e Eventos oferece diversos cursos para os associados. É um espaço muito agradável, amistoso, repleto de Arte e alegria. O departamento é dirigido pelo Dr. Umberto D’Urso e coordenado pelo Dr. Roberto Spada, a quem agradecemos imensamente pela parceria e acolhida carinhosa, estendemos à nossa gratidão a toda equipe de colaboradores da OAB SP. Muito obrigado a todos os alunos, escritores, leitores, amigos e associados da OAB que compareceram à nossa festa. Dentre os presentes, destacamos os comparecimentos de: Ana Camargo, Ana Maria Giudice, Ana Maria Porto, o maestro Bruno Vieira, Camila Giudice, Creuza Cestari, o professor de Yoga da OAB SP Fabiano Benassi, Fernando Canto Berzaghi, Glafira Menezes de Oliveira, Henri Aponte, José D’Amico Bauab (o nosso querido amigo Zezinho), Marco Antônio, Maria Inês de Paula, Maria Matarazzo, Maristela, Margaret Cruz (autora da pintura que ilustra a contracapa da antologia Motivos Natalinos, em destaque acima), Paula Rangel, Dr. Roberto Spada, Sheyla Cruz do Valle, Thais Matarazzo e Ulysses Galetti. Abaixo, vemos, José D’Amico Bauab, Ulysses Galleti, Camila Giudice, Glafira Menezes de Oliveira e Thais Matarazzo. Foto: Ana Camargo
A professora Camila Giudice e seus alunos do curso de Pintura da OAB. Foto: Thais Matarazzo
A jornalista Paula Rangel e Thais Matarazzo Abaixo o talentoso maestro e violonista Bruno Vieira. Tocou lindos choros!
TEMOS LIVROS - A LIVRARIA DA SÃO JOÃO Há 50 anos o sr. Manuel Fonseca trabalha no número 526 da Avenida São João. É a tradicional livraria Temos Livros, a única do pedaço. Não poderíamos deixar de focalizar no nosso jornal esse lado literário da São João: afinal, a Temos Livros foi a primeira loja que abriu as portas para venda dos livros da Editora Matarazzo! Sabemos da dificuldade de inserir livros de editoras independentes no mercado, e o sr. Manuel nos apoiou nesta empreitada, a quem agradecemos sempre pela parceria. A Temos Livros funciona de segunda a sábado, das 10h às 20 horas. Além do sr. Manuel, sua esposa Jú e o jovem Cleyton Ramada atendem os clientes. A Temos Livros ocupa um espaço de 30 m² e todas as paredes, do chão ao teto, têm estantes de livros dos mais diversos gêneros. Para sabermos mais da trajetória do seu fundador, o sr. Manuel Fonseca, nós o procuramos para nos conceder uma entrevista. Ele compartilhou conosco alguns flashes das suas memórias. “Sim, porque se eu fosse contar minha história e a da livraria nós ficaríamos aqui o mês todo!”, explicou nosso entrevistado. Matarazzo em Foco - Sr. Manuel, conte-nos sobre a sua vinda para o Brasil com sua família. Manuel Fonseca - Nasci na cidade do Porto, em Portugal, em 27 de janeiro de 1952. Cheguei ao porto de Santos com minha mãe e dois irmãos mais velhos. Eu tinha apenas oito meses de vida. Meu pai veio me conhecer aqui no Brasil. A viagem foi uma aventura: minha mãe veio com três filhos pequenos, eu no colo e os outros dois amarrados literalmente na cintura, ela tinha medo que meus irmãos caíssem do navio! Meu pai veio como emigrante e foi trabalhar como serralheiro artístico e, posteriormente, passou para o ramo de padaria. Nós fomos morar na Vila Gustavo, zona norte de São Paulo. Quando cresci, meu pai insistiu para que eu fosse trabalhar com ele no ramo de padaria, mas eu não quis. Quando fiz 13 anos, fui até o centro da cidade arranjar emprego e, por coincidência, vim trabalhar na LER, Livraria Editora Reunidas, na Praça da República, 71, ao lado do edifício Itália. Com o passar do tempo, meu pai me disse que livro não dava dinheiro. Ele tinha razão. Mas eu não ia atrás de dinheiro e, sim, daquilo que gosto de fazer. O dinheiro se vier ou não, é uma consequência. T.M. - Como o sr. tornou-se proprietário da Temos Livros? M.F. - A Temos Livros é sucessora das livrarias Exposição do Livro e Hemus Livraria e Editora Ltda, ambas funcionaram nesse mesmo endereço. Eu estava mais ou menos com 16 anos quando deixei a livraria LER, onde eu trabalhava. Não estava satisfeito e resolvi sair. Um amigo meu me convidou para vir “dar uma força” na livraria Hemus, na Av. São João, 526. Eu fui e comecei a atender a clientela, que vinha exclusivamente comprar livros didáticos e paradidáticos. Este era o forte da Hemus. Os clientes gostaram do meu atendimento até que a proprietária, d. Relly Behar, contratou-me em 1968. Ela e o esposo eram da Bulgária e vieram para o Brasil fugidos da II Guerra Mundial.
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Cheguei a trabalhar com o filho deles, o Marcos Behar, que tinha também a livraria, a Edimax, na esquina das ruas Barão de Itapetininga e D. José de Barros. Ela funcionava no local onde anteriormente foi um barzinho da Cinzano. O bar fechou para abrir a livraria. Lá aconteceu a primeira grande feira de livros no Brasil. Apesar do espaço aqui ser pequeno, cerca de 30 m², havia tão poucas editoras e títulos disponíveis, que as estantes não ficavam preenchidas por livros. Em 1972, o casal Behar resolveu passar o ponto adiante e me ofereceu a loja. Eu não tinha dinheiro para pagar, mas acreditaram em mim e fizeram um plano de pagamento flexível e me deram dicas para continuar o negócio. Acreditei neles, porque eles possuíam experiência no ramo e, graças a Deus, estou aqui até hoje. No começo dava um duro danado, trabalhava das oito da manhã às dez da noite. Era bem puxado e meu irmão me ajudava. Fomos crescendo devagar, demorou algum tempo até contratar funcionários e a livraria ficar mais estável. M.F. - Qual o tipo de público que frequenta a Temos Livros e quais o gêneros literários mais procurados? M.F. O público que frequenta a Temos Livros sempre foi diversificado. Atualmente, muitos nordestinos que se hospedam, aqui, nos hotéis do centro, vindos para fazer o turismo econômico (como compras na feirinha da madrugada no Brás), vêm, até aqui, “matar o tempo”, e acabam sempre comprando um livro que eles não acham nas suas cidades. Temos também procura de livros de esoterismo, religiões afros e outros segmentos que sobram pra nós, ou seja, aqueles alternativos que as grandes livrarias não trabalham. Ao encerrarmos a entrevista com o sr. Manuel, perguntamos ao Cleyton Ramada, que atende os clientes da livraria, se ele também já havia sido contaminado pelo “vírus” da literatura. Ele afirmou que sim. Já está trabalhando na Temos Livros há dois anos. Paulistano do bairro de Campo Limpo, tem 28 anos, anteriormente já havia trabalhado com vendas na área de games. “Desde que entrei na Temos L i v ro s aprendi muito. Sou um apaixonado por l i v ro s ! ” , Cleyton Ramada conta-nos e Manuel Fonseca. Cleyton. Foto: Thais Matarazzo
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Olá amigos do Matarazzo em Foco, o Clube do Choro de Santos informa: encerrando o ano de 2017 tivemos uma programação bem movimentada em dezembro. Começamos com a homenagem ao Dia do Samba (2 de dezembro) recebendo a cantora Fátima e o conjunto Primas e Bordões interpretando o repertório de Clara Nunes. No dia 3, dois grandes instrumentistas, Hamilton de Holanda e Armandinho Macedo, estiveram em Santos na sede do nosso par-
ceiro, o Instituto Arte no Dique, com a presença dos companheiros de diretoria do Clube do Choro; na sequência, Luis Batucada com samba de raiz, Alma & Canto - a arte de Gesse Fróes e a Exposição de Arquitetura da Baixada Santista com apresentação de Choro. A roda de choro das quintas-feiras movimentou bastante a sede e o também já tradicional Encontro dos Compositores, idem. Fraternal abraço, Feliz 2018 para todos e até a próxima edição.
Clube do Choro de Santos R. Quinze de Novembro, 68, centro. http://www.clubedochoro.org.br/
A biblioteca, os livros, as referências e a (enfim) escritora Por Thais Matarazzo
No dia 15 de dezembro, estivemos visitando a Biblioteca George Alexander da Universidade Presbiteriana Mackenzie, UPM, no bairro da Consolação, em São Paulo. Doamos todos os livros do nosso catálogo para esta importante institui-
ção de ensino privado no Brasil. Fomos recebidos com toda atenção e cordialidade. Em breve, nossas obras estarão à disposição dos universitários, docentes e do público geral que frequenta o complexo de bibliotecas setoriais do campus Higienópolis. Uma conquista valiosa para a Editora Matarazzo e todos os autores envolvidos! Me causou profunda emoção esta doação e a visita ao querido Mackenzie. Que saudade! Estudei na UPM de 1999 a 2006, o curso era o de engenharia elétrica, uma opção familiar e não pessoal. Entretanto, vivenciar o Mackenzie me fascinou desde o início: pude ampliar meus conhecimentos culturais, pois além das aulas na Escola de Engenharia, eu era uma frequentadora assídua das lindas bibliotecas Central (prédio 2, foto ao lado) e de Arquitetura, Urbanismo, Comunicação e Artes (prédio 9). Quantas gostosas tardes passei a ler (e a descobrir) livros maravilhosos, de autores que eu não conhecia e pude reler obras que eu apreciava! A Biblioteca George Alexander tem um significado especial na minha trajetória. Foi no Mackenzie também que tive a felicidade de conhecer a minha escritora preferida de livros infantis, Tatiana Belinky (1919 - 2013), também mackenzista. Isso aconteceu em 1999, fiquei sabendo que ela iria participar de
Thais e Tatiana Belinky, mackenzistas. Foto tirada em 4/10/2008
uma palestra no auditório do prédio 9 e fui correndo para lá naquela tarde... Ela me forneceu seu telefone e endereço; um dia tomei coragem e passei a visitá -la e foi esta sábia e bem humorada senhora que me disse. “Se você quer ser jornalista e escritora... Vá ser! Faça o que você almeja e não ligue para imposições familiares, caso contrário, você vai se frustar o resto da vida!”. Segui o seu conselho. Onze anos se passaram desde que deixei o Mackenzie, diversos fatos aconteceram na minha vida... Tornei-me jornalista, escritora e abri minha própria editora. Regressar ao Mackenzie e realizar a doação dos nossos livros não foi só um ato de gratidão, foi também uma realização pessoal, afinal, na Biblioteca George Alexander floresceu a minha vocação de escritora e investigadora cultural...