MATARAZZO EM FOCO – Abril/2016 – nº16 – edição 4 - ano II

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Órgão Oficial da Editora Matarazzo

Ilustração Camila Giudice

Número IV

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Ano II

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Abril/2019

TATIANA BELINKY É A NOSSA HOMENAGEADA NO CONCURSO VERSEJANDO COM IMAGENS VI


VISITA À ESCOLA ESTADUAL MARIA DE LOURDES

NOSSA CAPA

Tatiana Belinky e Thais Matarazzo, 2007

Na tarde de 6 de março, as escritoras Hilda Milk e A capa desta edição é dedicada à escritora e trança Thais Matarazzo participaram da Reunião de Plarimas Tatiana Belinky pela passagem do seu cen- nejamento da E. E. Professora Maria de Loudes A. tenário de nascimento acontecido no último dia 18 de Assis Pacheco, no Jardim Bonifácio, na zona de março. A ilustração é da artista plástica Camila leste da capital paulista. Giudice, feita especialmente para o Matarazzo em A Escola está situada em um amplo terreno, a contrução é espaçosa, os ambientes são agradáveis e Foco. Tatiana Belinky nasceu na Rússia. Aos 10 anos, em bem decorados. A limpeza é notada em todos os 1929, emigrou com sua família para o Brasil. Viveu espaços, o jardim interno é lindo. sempre em São Paulo. É escritora infanto-juvenil, Na oportunidade, as escritoras puderam conversar autora, tradutora e adaptadora de mais de 250 li- com os professores e com a direção da escola sovros. Esposa do médico e educador Júlio Gouveia, bre as suas experiências no Mundo das Letras e da tiveram dois filhos. No início da década de 1950, o partilha das ideias de como incentivar à leitura e à casal fez a primeira adaptação de o Sítio do Pica- escrita junto aos discentes. pau Amarelo, de Monteiro Lobato, para a TV Tupi, Após a reunião foi servido um lanche e houve sorteio de livros e edições do jornal Matarazzo em um marco na história da TV brasileira. Tatiana Belinky é considerada por Thais Mataraz- Foco e da revista Escritores brasileiros contemporâneos. zo a sua patronesse no Mundo das Letras! Agradecemos à diretora Marinês e à professora Fica aqui à nossa homenagem! e escritora Sy Moíses pelo convite. Fomos recepcionaEXPEDIENTE PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO das com atenção e carinho por todos da Escola. São Paulo Órgão oficial da Editora Matarazzo. Biblioteca Mário de Andrade As escritoras Thais e Hilda Informativo pertencente à Editora Matarazzo. Rua da Consolação, 94 ou Av. São estão realizando um série ISSN 2594-8202 Luís, 235, Centro. de visitas às escolas para foEmail: livros@editoramatarazzo.com / Biblioteca Monteiro Lobato Rua mentarem e divulgarem a lithmatarazzo@gmail.com General Jardim, 485, Vila BuarTelefone: (11) 3991-9506 teratura e as suas obras. CNPJ: 22.081.489/0001-06 Distribuição: São Paulo - SP. Diretora responsável: Thais Matarazzo MTB 65.363/SP. Depto. Jurídico: Tatiane Matarazzo Cantero. Periodicidade: bimestral. Formato: tabloide. Tiragem: 1000 exemplares.

Edição 16 - Nº. 4 - Ano II - Abril/2019. A opinião e conceitos emitidos em matérias e colunas assinadas não refletem necessariamente a opinião do Matarazzo em Foco. Portal / Blog www.editoramatarazzo.com www.editoramatarazzo. blogspot.com

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que. Centro Histórico e Cultural Mackenzie, R. Maria Antônia, 307. Museu da Santa Casa de Misericórdia, R. Dr. Cesário Mota Júnior, 112, Vila Buarque. Sebo Clepsidra - Rua Dr. Cesário Mota Jr, 296, Vila Buarque Temos Livros - Av. São João, 526. Santos Clube do Choro - Boulevard XV de Novembro, 68, Centro. Rio de Janeiro Hotel Carioca - Av. Gomes Freire, 430, Lapa.

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Abaixo, vemos, a diretora Marinês, Thais Matarazzo e Sy Moíses

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VERSEJANDO COM IMAGENS VI são recheados de bom humor, a sua especialidade eram os famosos Limeriques. Participe do Versejando com Imagens VI, é grátis! Consulte o regulamento e conheça as pinturas e fotografias concorrentes na nossa página no Facebook Versejando com Imagens (@ versejandocomimagens). O prazo do Concurso é de 4/3 a 15/5/2019. Informações: versejandocomimagens@gmail.com É a Editora Matarazzo e seus parcerios culturais em mais uma empreitada em prol do fomento da Poesia e da Literatura.

Encontro Versejando sem Fronteiras SP Anote na agenda! No sábado, 26 de junho de 2019, das 15 às 17 horas, numa iniciativa do vereador Quito Formiga, acontecerá o Encontro Versejando sem Fronteiras na sala Sérgio Vieira de Mello, Palácio Anchieta, Viaduto Jacareí, 100, Bela Vista, São Paulo, tel.: (11) 33964000. O projeto é uma parceria da Editora Matarazzo e do

grupo Escritores sem Fronteiras. Na ocasião será lançada a revista Escritores brasileiros contemporâneos n.5 (distribuição gratuita), dedicada à Poesia; e serão entregues os certificados e as placas comemorativas ao ganhadores do concurso Versejando com Imagens VI. Será uma festa literária e poética aberta a todo o público que quiser nos prestigiar!

Encontro Versejando Anote na agenda! No sábado, 13 de julho de 2019, das 14 às 17 horas, acontecerá sem Fronteiras RJ

o Encontro Versejando sem Fronteiras no 2º andar do Hotel Carioca, à Av. Gomes Freire, 430, Lapa, com entrada franca. Serão entregues certificados de homenagens a poetas e escritores. Também acontecerá um Sarau e o lançamento da antologia Versejando sem Fronteiras. O projeto é uma parceria da Editora Matarazzo e do grupo Escritores sem Fronteiras, capitaneado por Hilda Milk.

PARCERIAS / APOIO CULTURAIS

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Foto: Thais Matarazzo, 2009

Esta edição do nosso Concurso será dedicada ao centenário de nascimento de Tatiana Belinky, um dos principais nomes da literatura infantojuvenil brasileira. Nascida na Rússia, ela chegou ao Brasil aos dez anos e construiu uma relação com as crianças mesmo antes da sua estreia oficial como escritora, aos 64 anos. Na década de 80, a autora se tornou crítica de peças infantis do jornal A Folha de S. Paulo. Lá, em 1983, publicou o seu primeiro conto, Quem casa quer casa, sobre o amor de um caramujo e uma lesma. Até o seu falecimento, em junho de 2013, foram mais de 250 livros voltados exclusivamente para os pequenos. Tatiana não se considerava poeta, afirmava ser uma “trança rima”, como seu pai a chamava. Seus poemas


COLETIVO SÃO PAULO DE LITERATURA Formado por Ana Jalloul, Gilberto Cantero, Hilda Milk, Ricardo Cardoso e Thais Matarazzo (foto abaixo), esse grupo atua como agente cultural em ações literárias e culturais. O encontro dos membros aconteceu em 2010 nas reuniões semanais dos colecionadores de discos e filmes antigos do Pátio do Colégio. Em seguida, conheceram a escritora e poetisa Hilda Milk, que integrou-se ao Coletivo. Desde então o grupo não parou mais. Participam, fomentam e apoiam atividades em escolas, bibliotecas, museus e outros equipamentos de cultura nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

SARAU CAI NA RODA

A segunda edição do Sarau, um evento cultural e social, realizou-se em 16 de março, na Sala do Piano no Museu da Santa Casa de São Paulo. O conteúdo cultural e literário apresentado no evento foi fantástico! Anote na agenda as próximas datas no Sarau Cai na Roda: 13 de abril (sábado, às 15 horas), e 16 de maio (quinta-feira, às 15 horas) dentro da programação da 17ª Semana Nacional de Museus. Contatos; museu@santacasasp.org.br / (11) 21767025 ou (11) 2176-7000 / Ramal: 5505 e 5008.

Fotos: Gilberto Cantero

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Olá amigos do Matarazzo em Foco, o Clube do Choro de Santos informa: continuam muito alegres e festivas as nossas tradicionais rodas de choro que acontecem todas as quintas-feiras a partir das 20 horas na sede, sempre com um convidado que nos visita. A roda é composta por Dário (violão 7 cordas), Alexandre Branches (cavaquinho e voz), Monteiro (bandolim), Jorge Maciel (violão e voz) e Edinho Schmidt (pandeiro). A entrada é franca. Venha dar aquela canja! Estamos à sua espera!!! Os mestres flautistas José Simonian e Aércio Medina estiveram presentes prestigiando ao evento. O violonista e compositor Bruno Conde também nos visitou. Na quinta-feira, 21 de março, recebemos o músico, cantor e compositor Bruno Conde. Encerrando a programação do mês de março, no dia 30, às 20h30, na nossa sede, contamos com as presenças dos violonistas Filó Machado e seu neto Felipe Machado para um show bem intimista. No dia 31 de março encerrou-se as matrículas para a turma de iniciantes da Escola de Choro e Cidadania Luizinho 7 Cordas. A previsão de início das aulas é em abril. Marcello Laranja e Thais Matarazzo, 2018

PROGRAMAÇÃO DO Dia Nacional e Municipal do Choro ***Dia 19/04 (sexta-feira), 20 horas – abertura das comemorações com show do grupo Choro & Afins em nossa sede social. Entrada franca. ***Dia 20/04 (sábado), 11 horas – apresentação do grupo Pra que chorar na Estação Valongo e passeio de bonde turístico pelo Centro Histórico com músicos, alunos e convidados a bordo. ***Dia 20/04 (sábado), 14 horas – na sede do Clube do Choro de Santos, Bazar Orâmbulo, Festival de Caipirinhas, lançamento de exposição dos alunos da professora Márcia Okida, “Os Batutas, o Choro e a Arte Moderna”, apresentação dos Chorões do Palácio de Praia Grande; no Calçadão da Rua XV de Novembro, em frente a sede do Clube, teremos a participação dos escritores da Editora Matarazzo capitaneados pela jornalista Thais Matarazzo, onde acontecerá o lançamento de diversos livros, dentre eles, a antologia Causos praianos paulistas (memórias, farofas, histórias e curiosidades), diversos cronistas; Brincar e Sonhar de Isis San, Inquietações filosóficas contemporâneas de Silvio Henrique Martins, Caminhando, cantando e contando II de Marcello Laranja, e Versejando com Olga de Thais Matarazzo. Em caso de chuva, o evento do lançamento dos livros será transferido para o recinto do Arte Café ali mesmo no Calçadão da Rua XV. ***Dia 20/04 (sábado), 20 horas – show no Teatro Guarany onde recepcionaremos o cavaquinista Roberto Barbosa, o Canhotinho do Conjunto Demônios da Garoa que receberá convidados com abertura dos alunos da Escola de Choro e Cidadania “Luizinho 7 cordas”, ocasião em que será ofertado ao músico um quadro do artista plastico Jotarelli, diretor de arte do Clube do Choro de Santos.


Poemas de Arnaldo Malagrine RECORDAÇÕES O bonde corre nos trilhos Pelos caminhos do Brás Leva no bojo meus sonhos Os meus sonhos de rapaz O bonde corre nos trilhos Num balançar incessante Corta as artérias da noite Descendo a rua da fonte O bonde corre nos trilhos Sob o céu muito estrelado As rosas, o jasmineiro A voz de Paraguassú Nosso eterno seresteiro O bonde corre nos trilhos... A vida é um sonho fugaz Toca o bonde, motoneiro Nas alamedas do tempo

SONETO DÁ-me tua mão e juntos caminhemos Por esta noite há muito pressentida E um novo império nós construiremos Cheio de luz, de flores e de vida. O nosso reino será tão imenso Que as catedrais se perderão de vista... Em teu louvor eu queimarei incenso No esteticismo grego da conquista Teu manto de rainha será feito Com este azul celeste que extasia O coração que pulsa no meu peito; Serás eterna em forma de poesia Seremos nesta noite de desejos Rosas de amor, de sonhos e de beijos!

Do velho bairro do Brás.

Apoio cultural

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Poemas de Arnaldo Malagrine Uma rua em dimensão de êxtase Dessa rua que emerge do teu sonho E que pressinto pela afinidade Restou apenas o olhar tristonho De um rosto a se perder na mocidade Às vezes, ao descê-la, me suponho Em outra dimensão desta cidade E meu olhar outrora tão tristonho Vai se banhando em pranto de saudade As lágrimas são pérolas luzentes Rolando uma a uma iridescentes Iluminando a rua tão singela E o jasmineiro, amigo, ainda existe A perfumar a rua, hoje tão triste Tua rua de terra...de terra amarela...

Poema do Caminhante De longe venho Banhado de memórias E trago no meu sangue Outras eras, Outras searas... Quando eu chegar ao ápice do tempo Os astros serão pedras E estranhos lenhadores ceifarão manhãs Com machados de eternidade...

Os 30 dinheiros de Judas “Aquele que eu beijar é o Nazareno” O crime cometido é monstruoso A igualdade é o lema do seu reino Onde não há caminho tortuoso - Em troca desse homem tão sereno Dai-me o prêmio de gesto tão honroso: - Trinta dinheiros e um futuro ameno Que mais posso querer? Sou venturoso! Assim se deu, nos conta a Escritura Jesus crucificado - a Terra inteira Repudiou de Judas a traição Amarga experiência, vil loucura... Nem mesmo o triste exemplo da figueira Serviu para abrandar nossa ambição!

QUANDO... Quando eu for apenas um nome numa lápide qualquer e em dia de finados sobraçando flores ela então vier, serei recompensado de todos os cansaços e ao pressentir-lhe os passos direi para mim mesmo: São passos de mulher...

Apoio cultural

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O vira-latas Lembro-me ainda, manhã de sol alto, borboletas vadias, multicores como os sonhos dos poetas (estranho ainda haver borboletas na cidade-gigante). Preparava-me eu para mais uma jornada de vendas, sobraçando a velha pasta marrom, tão antiga quanto meu paletó surrado. Súbito, paro estupefato: num canto da rua esburacada a “carrocinha”; noutro, duas criaturas fortes empunhando laços ameaçadores. No meio da via pública, VOCÊ, insolente e desconfiado a mostrar a dentuça afiada, rosnando. O que mais despertava antagonismo em sua figura malhada, era a cauda petulante. Um toco de rabo a se ouriçar diante do perigo. Num átimo de tempo, jogo a pasta no chão e me lanço sobre você: - Moço, este cachorro é meu, acabou de escapar... o portão ficou aberto... - De ôtra veis nóis leva, trate de prendê ele... tô avisando... - Sim senhor, muito obrigado. Sobem na “carrocinha” já em movimento e somem em busca de outras presas.Em paz com minha consciência, entrego-o à verdadeira dona - humilde lavadeira, toda sorrisos, agradecida. Recolho a pasta caída e me afasto em direção ao ponto de ônibus.Uma coisa porém me intriga: o rabo curto a se agitar em despedida, como a me agradecer.Numa coisa você foi diferente: não me mordeu a mão...tão diferente dos humanos que às vezes tenho ajudado, nos difíceis atalhos da existência...

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VISITA À ESCOLA FAZENDÁRIA

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Sede administrativa da Escola Fazendária SP

Fotos: Gilberto Cantero

A entrevista desta edição é com Rodrigo Bezerra da Silva (foto acima), diretor da Escola Fazendária do Estado de São Paulo, FAZESP. Estivemos no prédio que abriga a sede administrativa da Escola Fazendária, localizado à Rua do Carmo, 88, esquina com a Rua das Flores - pertinho do PoupaTempo, no centro histórico da cidade. Tivemos a oportunidade de conhecer as instalações da Escola, sendo que o prédio foi totalmente restaurado; a construção é imponente e em estilo art-nouveau, projeto do arquiteto alemão, Carlos Rosencrantz. Inaugurado em 1890, o local abrigou a extinta Escola Modelo do Carmo, em seguida, foi ocupada pelo Ginásio dos Reverendos Irmãos Maristas. Silva nos explicou sobre as atribuições da Escola Fazendária. “Nós dividimos a Escola em dois blocos: o primeiro têm por objetivo a capacitação dos nossos servidores, o público-alvo gira em torno de 50.000 pessoas, em 15 unidades regionais e mais três aqui na capital; temos mais de cem cursos de capacitações nos mais variados temas, principalmente, nas áreas tributária e financeira; e também com foco em T.I., de liderança, de gestão de pessoas, de planejamento estratégico, economia e nas mais variadas áreas do conhecimento. O segundo bloco é o mais desafiador e encantador, pois, somos responsáveis pela conscientização de todos os cidadãos paulistas sobre às questões ligadas à entrada de recursos públicos no Estado e atribuições da Secretária da Fazenda e Desenvolvimento; também esclarecemos sobre às questões da saída dos recursos públicos que são assuntos relacionados aos gastos do Estado. Realizamos ações explicando à importância do controle de gasto público, de transparência, de controle social, na área de educação fiscal temos diversos programas, como, o ‘Fazenda Aberta’ - voltado para estudantes - com palestras variadas; o ‘Fazenda vai à Escola’ onde um servidor da Casa vai palestrar na escola que nos contata; temos a ‘Formação de Conselheiros Municipais’, ministramos disciplinas eletivas em algumas universi-

dades, sendo todos os cursos e palestras gratuitos. Temos diversos cursos EAD disponíveis em nosso site para à população, todos com certificação. Para saber mais basta acessar o nosso portal: portal.fazenda.sp. gov.br/Institucional/Paginas/FAZESP.aspx” Rodrigo nos conta que a Biblioteca da Secretaria da Fazenda e Desenvolvimento de São Paulo foi reaberta recentemente. Em 2018, durante uma reestruturação da própria Secretaria, foi tomada a decisão do encerramento das atividades da biblioteca por falta de público. “Hoje a biblioteca está no 17º do prédio da Av. Rangel Pestana, 300, o que inibe um pouco o acesso do público de fora da Secretaria, pois é necessário passar pela recepção e fazer um cadastro para adentrar o prédio, mas ela é aberta à toda população. Possui coordenação de Jailson Lima e o espaço passou por um novo layout. Agora temos a ‘Mesa de troca’ que proporciona ao consulente deixar-nos um livro e levar outro em troca, incentivando à leitura. A biblioteca ocupa uma ampla sala e está localizada na área nobre do prédio da Secretaria. Recentemente, abrimos espaço para receber eventos culturais diversos, como, saraus e feira literária, palestras e exposições. Com essas novas ações e estímulos, o público diário da biblioteca aumentou. O nosso acervo é composto por 8.000 volumes, majoritariamente, são obras técnicas nas áreas de contabilidade, administração, direito tributário e economia, e que está sendo expandido com a aquisição de obras de literatura, para tanto estamos solicitando junto às editoras, doações para o acervo. Qualquer cidadão pode conhecer à nossa biblioteca e para saber mais detalhes, basta acessar o site: portal. fazenda.sp.gov.br/servicos/biblioteca/Paginas/Sobre. aspx.”

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MEU DESENHO DO GALO UG

Voltando a usar predominantemente quadrados.

Por Ulysses Galletti A minha obra artística que mais tempo levou para chegar, ao que entendo quase perfeito, foi um galo, que resolvi desenhar pela origem do meu sobrenome. Iniciei os primeiros desenhos dele a mão, em setembro de 2017. Conclui utilizando arte digital, em março de 2018. A seguir os diferentes desenhos do Galo UG até chegar ao final. Início, desenhos feitos à mão.

Encontrando uma melhor forma com retângulos na horizontal.

. Ainda utilizando retângulos na horizontal procurando acertar o formato e as cores. Os primeiros utilizando o computador.

Passando a utilizar quadrados. A evolução do Galo que imaginei, desenhando com utilização do computador. Encontrando a forma. Utilizando quadrados e retângulos.

Voltando a usar predominantemente retangulos na horizontal. Utilizando predominantemente quadrados.

Iniciando a usar retângulos na vertical. Voltando a usar predominantemente retângulos.

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Encontrando o caminho.

Procurando simplificar mais, no caminho.

O desenho semifinal.

Impresso em tela e montado em um quadro de 20 cm x 20 cm, já instalado. São Paulo, 8 de maio de 2018.

Encontrando a forma. Galo UG - COM CERTIFICADO DE AUTORIA

Indo ao rumo final, com mais uma espora.

Chegando no final.

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Sobre o Autor Ulysses Galletti nasceu em 1940 é um artista autodidata. Desde a infância já gostava de desenhar e seu interesse pelo desenho foi aumentando dia a dia e no ensino médio foi incentivado por um professor de artes e desde então sempre desenhou por hobby. Suas obras tem forte influência do movimento da arte moderna e por grandes mestres como Pablo Picasso e pelos artistas da escola de arte Bauhaus. Ulysses intuitivamente passou a criar e produzir arte digital utilizando este recurso como ferramenta criativa, as cores primárias utilizadas nos quadros expressa originalidade, simplicidade, mas com muita harmonia e equilíbrio visual. Seus trabalhos são impressos em canvas e com tiragem limitada das peças, são obras únicas e encantadoras. Ulysses que na sua melhor idade está no auge da sua melhor fase criativa. Página no Facebook: https://www.facebook. com/Galeria-de-Arte-Digital-Ulysses-Galletti-2234767160173541/

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São Paulo

de todos os tempos

Geraldo Nunes Jornalista, radialista e escritor. Participa das coletâneas da Editora Matarazzo desde 2016.

HOMENAGEM A THAIS MATARAZZO EMOCIONA COLEGAS E INCENTIVADORES Ocupo agora este espaço que me é oferecido gentilmente todos os meses, pelo Matarazzo em Foco, para agradecer o carinho sempre ofertado e lamentando o fato de não ter comparecido à sessão solene promovida pela Câmara Municipal de São Paulo, que homenageou a nossa querida escritora Thaís Matarazzo pelos quatro anos de sua empresa que tanto tem colaborado para o surgimento de novos autores e o engrandecimento de nossa cultura. Tendo por base o texto publicado no Diário do Grande ABC, em 12 de fevereiro de 2019, ficamos sabendo que compareceram ao encontro várias pessoas apaixonadas pela palavra escrita entre historiadores, bibliotecários, jornalistas e radialistas. Também eu deveria estar presente, mas não fui. Se na oportunidade tivesse comparecido, diria aos presentes que vi o início dessa então quase menina, em 2003, saindo às ruas para fazer entrevistas, visitando lugares e até cemitérios para por conta própria, levantar o histórico de antigas cantoras do rádio paulista cujos nomes estavam se perdendo no esquecimento. Concluída a pesquisa, Thaís Matarazzo fez o curso de Jornalismo apresentando esse trabalho em seu TCC - Trabalho de Conclusão de Curso, sendo aprovada com louvor. Passou depois a publicar seus livros em editoras que exigiam dela quase tudo e pouco ofereciam em troca. Daí sua iniciativa de criar uma própria empresa para também dar apoio a outros autores. Hoje a Editora Matarazzo é uma realidade. Claro que ainda há muito por fazer e sua criadora sabe disso, mas o sonho plantado criou raízes e já está dando belos frutos.

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De nossa parte, se faz necessário contar ainda que o não comparecimento a tantos lançamentos e mais essa homenagem promovida pelo vereador Quito Formiga, se devem a questões pessoais que me levam a viajar várias vezes durante o ano para Riacho de Santana, uma cidade localizada no interior da Bahia, onde administramos um empreendimento familiar. Além disso, dificuldades de ordem física, pelo fato de eu ser paraplégico, me impedem de fazer deslocamentos para determinados lugares dentro da capital paulista, em virtude das barreiras arquitetônicas. Enfim, quero manifestar o orgulho por me autoproclamar padrinho jornalístico da Thaís Matarazzo e desejar a ela de todo coração, um imenso sucesso ao longo da carreira, embora já saibamos que ela está em ótimas mãos, rodeada de amigos e amigas que, junto com ela, atuam produzindo a cada dia e cada vez mais novos lançamentos de qualidade emergente. Na reportagem assinada por Ademir Medici, no Diário ao qual nos referimos no início, é contado que na Câmara Municipal, Thaís recebeu flores e distribuiu diplomas de gratidão e congratulações de todos que, “junto à Editora Matarazzo, contribuem para o enobrecimento da literatura nacional e da língua portuguesa”. O nosso colega memorialista do Grande ABC conclui: “Emocionadíssima, Thaís foi valente e não chorou e sua fala na tarde daquele sábado pode ser sintetizada em duas palavras; heroísmo e resistência. Afinal, imprimir livros nestes tempos de redes sociais não é fácil.” De nossa parte finalizo dizendo que, embora distante naquele momento, também me emocionei ao ler sobre a homenagem a Thais Matarazzo. Ela merece.

Foto: Débora Matarazzo

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