Escritores brasileiros contemporâneos - n.º 10 - março-abril/2020

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ESCRITORES BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS REVISTA LITERÁRIA-ARTÍSTICA EDIÇÃO 10

Nº. 10

Março/2020

JACKMICHEL A ESCRITORA 2 EM 1


EXPEDIENTE Revista pertencente à Editora Matarazzo. Email: livros@editoramatarazzo.com / thmatarazzo@gmail.com Telefone: (11) 3991-9506. CNPJ: 22.081.489/0001-06. Distribuição: São Paulo - SP. Diretora responsável: Thais Matarazzo - MTB 65.363/SP. Depto. Jurídico: Tatiane Matarazzo Cantero. Periodicidade: bimestral. Formato: A5 (14,8 x 21 cm). Tiragem: 1000 exemplares. Capa: as escritoras JackMichel. Edição 10 - Nº 10 - Ano II - Mar-Abril/2020.

A opinião e conceitos emitidos em matérias e colunas assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista Escritores brasileiros contemporâneos.

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Blog www.editoramatarazzo. blogspot.com

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Sarau Cai na Roda - Sábado, 14 de março, das 14h às 17h, comemoração dos 5 anos da Editora Matarazzo, 20 anos do Museu da Santa Casa SP e 4 anos do Coletivo São Paulo de Literatura. Museu da Santa Casa SP, R. Dr. Cesário Mota Jr., 112, Vila Buarque. Ingresso: R$ 10,00. Sábado, 17 de abril, às 14 horas, lançamento do livro Brás e seus logradouros - origem e história livro do jornalista Eduardo Martellotta, editor do Jornal do Brás. Biblioteca Adelpha Figueiredo, Praça Ilo Ottani, 146, Pari.

Reunião da Academia Taubateana de Letras, ATL, no Solar da Viscondessa, em Taubaté, sob a presidência de Maria Marlene N. Teixeira Pinto, 28/2/2020.


Glafira Menezes Corti Sim! Sim! Aceito esse amor nas conquistas e nas dificuldades. Tempos de trocas, de respeito, de enormes descobertas, admiração e muitos ajustes. Tudo que Deus criou e uniu foi por amor; acreditamos. Multiplicado o amor por quatro,vieram os filhos, que mais tarde, crescidos, desdobraram-se em seis netos que ocuparam mais espaço do que o rápido e decidido sim previu. O sim de outrora se fortaleceu e não deixou lugar para o não posso, não consigo, não entendo, não sei, não tem jeito. O sim nos transformou em pai, mãe e avós. Um novo tempo desafiador com muito trabalho e novos aprendizados, que exigiam uma reeducação nossa constante para preservar o respeito,

superar as diferenças e conservar a ternura do amor mantenedor; sentimento incondicional, total na sua essência, como nunca experimentado. O amor do sem horário, o amor do sem reservas, o amor exigente que tudo vê, sente, corrige, perdoa, e acolhe. O tipo do amor que nenhum poeta conseguiu traduzir em verso, nem em prosa, tal a profundidade e grandeza que encerra. O tempo não tem distância quando conserva e aumenta o amor. Ele transforma uma das medidas desse amor na realização de um sonho: homenagear os meus netos com um livro infantojuvenil, escrito em três códigos linguísticos diferentes (português, inglês e espanhol), ilustrado com desenhos que os netos me presentearam quando pequeninos, cujo título fora uma resposta de um deles, também, num momento de interação. O sonho agora tem um título Eu fizio porque quizio, tem um formato, muitas cores, letras que dançam por entre as linhas, revelando as circunstâncias da minha convivência intensa e amorosa com os meus netos e aguardando o leitor para partilharem o carinho e a gratidão. Você também quizio? Seja bem-vindo! Contatos e-mail: glafira@ zipmail.com.br www.facebook.comglafiramenezescorti

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Eu fizio porque quizio

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BIBLIOTECA INFANTOJUVENIL MONTEIRO LOBATO É sempre uma alegria realizar uma atividade cultural nesta biblioteca da Vila Buarque! Agradecemos à toda equipe pela parceria, carinho, repeito e apoio com que nos recepcionam sempre. Apesar do tempo chuvoso, o público não esquivou-se de comparecer ao Sarau Matarazzo ocorrido na tarde de 1º de fevereiro último. A Sala Multiuso, no 1º andar, ficou pequena para a apresentação, lançamentos e sessões de autógrafos dos livros Vamos falar de São Paulo? - vol. 5, contando com a participação dos autores e poetas: Ana Nilza Cifuentes Folhe, Chico Luz, Cristiana Ribeiro de Mendonça Godwin, Eduardo Martellota, José D’Amico Bauab, Luiz Alexandre Kikuchi Negrão, Ricardo

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Fotos: Victor Jalloul

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Cardoso e Thais Matarazzo; Eu fizio porque quizio (infantil) de Glafira Menezes Corti, Quantas vidas tem o amor? (folhetim) de Ricardo Cardoso, e Whitehaven (poesia) de Márcia Villaça da Rosa. Outro momento especial foi a exibição da entrevista com o poeta Paulo Bomfim (1926 - 2019) do projeto Múltiplas Vozes (2008), realizada pela equipe da biblioteca. Bomfim relembra a Vila Buarque e os tempos da sua adolescência quando frequentou a biblioteca infantil nos anos 1930/40. Os músicos Rui Bomfim e Rai Gama nos brindaram com músicas eruditas e populares.


Fotos: Victor Jalloul


QUANTAS VIDAS TEM O AMOR?

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Livro solo de Ricardo Cardoso

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“Os personagens de uma história são o que gostaríamos de ser ou não, é um conflito de ideias e pensamentos misturado com a vida do autor. Vive-se cada palavra de sentimento, poéticos ou não, alegres ou não, uma viagem entre o passado, presente e futuro, nos vemos como um dos personagens da história, vivemos no tempo em que escrevemos, tudo é muito real”. Ricardo Cardoso é artista plástico, pesquisador, escritor, poeta e produtor cultural. Escrever, pintar uma tela, fazer uma escultura ou restaurar uma antiguidade, faz parte do que ele sente, do que é, enxerga com o coração, com a sensibilidade do poeta, com as cores do arco-íris, mas também com a sensibilidade de

visualizar as injustiças do dia a dia. Escrever o seu primeiro livro Quantas vidas tem o Amor, foi um desafio, pois colocar no papel seus sentimentos mais profundos, pode ser confundido com uma simples história de ficção e romance, mas porque não registrar o que se sente, se o autor intui o que lhe dá vida, dá o mais nobres dos prazeres, o “Amor”. Participou de várias coletâneas de poesias, escreveu um livro anterior, A Turca e o Poeta, ainda não publicado, acredita que ainda faltão alguns ajustes na composição da obra. Cardoso é perfeccionista, não para os outros e sim para si mesmo. Escreve desde criança, mas sempre com o sentimento de não ser tão bom como os autores que lê. Foi surpreendido com alguns poemas seus publicados por um amigo, sendo um grande incentivo. Só assim perdeu o receio de mostrar o que escrevia. Hoje faz parte do Coletivo São Paulo de Literatura, compartilhando com outros Escritores e Poetas os nossos sentimentos no papel!!! “Temos a percepção de enxergar o sentimento” Contato: rrtdcardoso@ yahoo. com.br


MINHA MISSÃO Por Cris Arantes Um dia recebi uma missão. Fui fazer aula de violão, disse ao professor que não tinha pressa no aprendizado, porque não tinha o objetivo de ser artista. Durante uma aula o meu namorado perguntou ao professor se eu estava indo bem. A resposta foi que se eu me esforçasse poderia estar melhor, fiquei nervosa e respondi, não tenho objetivo. Nisso abriu uma visão que tomou conta da sala de aula. Nela estou no centro de senhorinhas de cabecinhas brancas, tocando violão. Disse a eles agora tenho objetivo; missão de levar música para os idosos. Entendi qual era o meu propósito naquele momento, uma forma de realização como pessoa. Passei a vida trabalhando com crianças e agora uma mudança completa: Aceitei de bom grado e decidi me preparar para esse trabalho voluntário, pesquisando músicas antigas, exercitando a voz, comprando materiais: instrumentos de percussão, microfones, pedestais, caixa de som. Passou-se um ano sem que eu percebesse e nada de começar as apresentações, até que um dia, uma caixinha de música em forma de violino, que ganhei de presente, co-

meçou a tocar sozinha todos os dias. Não ouvi, quem ouviu foi a moça que trabalhava em casa, a Cenira, só ouvi no final de semana, achei estranho, mas entendi o recado. Com dificuldade comecei junto com a minha amiga Chris, que aceitou meu convite para integrar o grupo, que ora se formava, com convidados também. Feliz por ter uma parceira na missão que era minha, formamos o Grupo Recordando. Assim como Deus me atendeu enviando-a para me ajudar, depois de três anos me enviou mais uma abençoada, a Ana Lúcia. Faz oito anos que vou com o Grupo Recordando, em Casas de Repouso cantar e alegrá-los. Uma das maneiras que encontrei de estimular os idosos a participar, foi de cantar sucessos que fizeram parte da juventude deles. Divulgo meu trabalho voluntário para estimular outras pessoas a fazê-lo, de acordo com suas habilidades. Vo l u n t a r i a r só veio enriquecer a minha alma e meu coração.


Coletivo São Paulo de Literatura no Centro Cultural dos Correios. Foto: Eli Hayasaka

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CENTRO CULTURAL DOS CORREIOS SP

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No domingo, 2 de fevereiro, comemorando o aniversário da cidade de São Paulo, realizou-se um Sarau animado no Centro Cultural dos Correios, à Av. São João, 250. O evento fez parte da programação da mostra cultural São Paulo em Photos & Fatos, sob curadoria de Maurício Coutinho e produção de Mara Porto. Fotografias, pinturas e artes plásticas compuseram à mostra coletiva com com participação dos artistas: André Stefano, Eli Hayasaka, Camilo Torres, Ana Bittar, Cristiane Carbone, Eunice Coppi, Malli, Marlene Querubin, Rogério Romanek e Tania Gine. Os bonecos de papel da artista plástica Eunice Coppi (foto ao lado), de

São José dos Campos, fizeram um grande sucesso. São originais e encantadores: possuem o poder de dialogarem entre si e com os visitantes! O Coletivo São Paulo de Literatura esteve presente e realizou leituras de poemas em tributo à nossa cidade. A Editora Matarazzo lançou, na ocasião, as antologias Vamos falar de São Paulo? - vol. 5, que trouxe na capa a ilustração do Palácio dos Correios por Camila Giudice; e Poesias Contemporâneas XI. Foram sorteados diversos livros.


NOSSA CAPA - JACKMICHEL

JackMichel é o primeiro grupo da literatura mundial, composto por duas escritoras: Jaqueline “Jack” Ramos e Micheline “Michel” Ramos. São irmãs e nasceram em Belém – PA (Brasil). O tema de sua obra é variado visto que têm livros escritos nos gêneros ficção, poesia, romance, fábula e conto de fadas. Tem onze livros publicados, preimiados e commenções honrosas. Também foi destaque em diversos jornais e revistas de literatura, artes e cultura. Participou de salões literários na Europa e no Brasil. Conquistou o IV Prêmio Talentos Helvéticos-Brasileiros na categoria Infantil/Infantojuvneil, o 3º lugar no Concurso Cultive de Literatura “Prix ALALS de Littérature” e no I concurso literário da Casa Brasil Liechtenstein e o 1° lugar no II Festival de Poesia de Lisboa. Seu slogan é “A Escritora 2 Em 1.

Jack e Michel não escrevem junto. A concepção de sua obra é planeada pelo know-how técnico e criativo de ambas; já o critério utilizado para a elaboração da escrita se dá unindo as cotas de texto a posteriori. Trocando em miúdos: às vezes, Jack escreve a maior parte de um livro e separa trechos para Michel preencher... outras, Michel cria o título e aquela a compõem... de modo que, ao fim do trabalho, não se consegue detectar os enxertos realizados tão coesos são o primor formal e a estilística da expressão. Uma mescla perfeita tal qual o queijo com a goiabada. A dupla em 5 anos de carreira lançou Arco-Jesus-Íris (Chiado Editora), LSD Lua, 1 Anjo MacDermot, Sorvete de Pizza Mentolado x Torpedo Tomate, Ovo e Fadastafadasbumplel (Drago Editorial), Sixties e Tim O Menino do Mundo de Lata (Helvetia Edições), Anotações Da Lagarta Papinha, O Príncipe Milho e Fabulário JackMichel (Editora Leia Livros), Papatiparapapá e Lobistratusdilapirulobis (Editora Illuminare). O leitor interessado em adquirir seus livros e saber um pouco mais sobre as autoras deve acessar: Website Oficial da JackMichel A Escritora 2 Em 1 https://www.websiteoficialjackmichel aescritora2em1.com/

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CURIOSIDADES SOBRE JACKMICHEL

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Ateliê & Galeria Anna Artes

www.facebook.com/atelieannaartes - Email: annabarretoarte@gmail.com Blog: www.atelieannaartes.blogspot.com

Série “A Amazônia de todos nós” Técnica mista 50x70 cm

Multiplicação Acrílica sobre tela - 40x50 cm

Etérea Acrílica sobre tela 40x60 cm

Universus Acrílica sobre tela - 40x50cm

Expansão Acrílica sobre tela 40x60 cm

Visibilidade Acrílica sobre tela - 40x60 cm


Microconto: FELIZES PARA SEMPRE Nunca houve divergência entre nós dois, apenas um mal entendido. Tudo ficou bem quando descobrimos que o que nos separava era uma convergência de preferências. Ambos preferíamos homens. Somos hoje dois casais muito amigos e felizes.

Microconto: O VELÓRIO

Marisa Déa: revisora de textos em português e francês, tradutora de francês e contista, tendo participado da Antologia de Contos Nem te Contos e publicado com frequência contos e microcontos nas redes sociais. Membro da Academia Popular de Letras de São Caetano do Sul, e membro do Conselho de Cultura de São Caetano do Sul, ocupando a cadeira de Literatura, durante o ano de 2019.

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Estava quietinho e gelado em meu caixão, exposto à curiosidade de desconhecidos que enxugavam uma falsa mas simpática lágrima solidária, quando aquele canalha entrou, soluçando. Foi demais para mim. Acabei com o velório!

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POEMAS DE LUIZ ALEXANDRE KIKUCHI NEGRÃO ALEGRIA POTIGUAR Perto da Barra do Maxaranguape na Costa das Dunas Vem ao mundo Lenilda Silva. No coração flecha com a balestra Com sua alegria e alto astral a todos aduna Em uma grande roda de forró. Ao alto a destra! O mosaico de cores, roxo e marrom, além da runa Do Pinheiro, mistura-se ao som de uma Orquestra Com triângulo, pandeiro, sanfona e zabumba. Alegra as punas! Atingida pelo precoce exício, Prô Lê foste uma excelente Mestra!

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Homenagem à Professora Lenilda Pinheiro Santos da Silva (1968-2018)

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OBRIGADO, TIO PAULO! As agulhinhas afixava com cuidado Nas orelhas e no resto do corpo dos pacientes Tio Paulo era generoso e paciente, Além de estudioso e dedicado. Ajudou muitos interessados Nas Agências da Previdência Social. Somente

Pedia com educação os documentos e, rente, Fazia prosperar os pedidos de benefícios tão aguardados! Homenagem a Paulo Toshio Kikuchi (1941-2016)

MémOiRes du liceu pAsTeUr “Bonjour, Messieurs et Mesdemoiselles! Tous débout! Asseyez-vous, s’il vous plaît!” Les élèves du Liceu FrancoBrasileiro (Liceu Pasteur) Et du Lycée Pasteur, à l’avenir Grand Lycée Pasteur Entendent pendant plusieurs d’années aux classes de ces lycées à São Paulo. Mme. Gisele Kovacevic a raconté um peu de cette Histoire Devant ses Professeurs de la Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. La Langue et la Culture Française Et, surtout, l’Égalité, la Liberté et la Fraternité Ont été bien apprises!


Maria Idalina de Jesus, mais conhecida como Maria Bonita, nasceu e viveu toda a sua vida em Santa Rita do Sapucaí, MG. Mulher de fibra e de grande generosidade, a líder negra santarritense, atuou na fundação da Associação José do Patrocínio e do bloco carnavalesco Mimosas Cravinas, eterna foliona! Sua biografia “A rainha operária e sua colmeia negra” escrita pelo jornalista Jonas Costa é uma excelente obra que nos conta a trajetória de vida, luta e realizações desta personalidade brasileira! Para adquirir a obra, acesse: https://clubedeautores.com.br/livro/a-rainha-operaria-e-sua-colmeia-negra-2

Ana Jalloul e Thais Matarazzo no Sarau “Belle Epoque” no Centro Cultural dos Correios SP, 2/2/2020.

Nosso sempre querido, talentoso e bem humorado escritor João Abdalla Neto, participou da antologia Nem te contos, com organização de Ivan Ferretti Machado, publicada “grife Matarazzo”, conforme batismo do Abdalla. O lançamento foi um sucesso, super concorrido. Aconteceu na tarde de 29/2 no Domenica Café, na Vila Mariana. Parabéns a todos os participantes. Sucesso sempre!

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Camila Giudice e Thais Matarazzo na apresentação do grupo Samba de Lei no Museu do Tribunal de Justiça SP, R. Conde de Sarzedas, 100, Sé, em 21/2/2020. A artista plástica e a escritora aproveitaram para conversar sobre os seus novos projetos. Em breve novidades!

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Coletivo São Paulo de Literatura no Sarau Jardim Poético edição nº. 10, janeiro de 2020, da Biblioteca Adelpha Figueiredo

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SARAU VERSEJAR É PRECISO!

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O Coletivo São Paulo de Literatura, em parceria com projeto Biblioteca Viva! da Secretaria Municipal de Cultura SP, apresentará o Sarau Verserjar é Preciso! em seis edições na Biblioteca Adelpha Figueiredo. Os eventos acontecerão de março a agosto de 2020, sempre contando com um convidado especial! A ideia é fortalecer o Sarau já realizado pelo Coletivo e também possibilitar que a biblioteca seja ocupada pelos moradores e artistas do bairro. As seis apresentações ocorrerão sempre no 3º sábado do mês, às 14h. O cronograma das apresentações é o seguinte: 21/3, 18/4, 16/5, 20/6, 18/7 e 15/8. O Coletivo surgiu há quatro anos e é forma-

do por Ana Jalloul, Ricardo Cardoso, Gilberto Cantero e Thais Matarazzo. Realiza saraus, lançamentos de livros, performances artísticas e literárias, promove a literatura, a poesia e as artes em diversos eventos nos quatro quadrantes da Pauliceia. Nos acompanhe através do Blog e nas redes sociais: www.coletivoliteratura.blogspot.com Facebook: www.facebook.com/ groups/spliteratura Instagram: www.instagram.com/spliteratura/ Serviço Biblioteca Adelpha Figueiredo Praça Ilo Ottani, 146, Pari, Tel.: (11) 2292-3439


GLAFIRA MENEZES CORTI

Paulistana, desde criança curiosa com as palavras. Bastava um pedaço de papel por perto e lá ia rabiscar ideias que sopravam fortes nos seus ouvidos; até hoje é uma entusiasta catadora de letras. Professora, eterna aprendiz, mãe de quatro filhos e avó de seis netos a quem deve o seu treinamento para contar estórias de cabeça, como eles pediam quando pequenos. Voluntária como Palhaça Pitanga e contadora de estórias. Coautora de várias antologias e autora dos livros Tamborilando com Letras, Pra Você e Eu fizio porque quizio.

RICARDO BABA

CRIS ARANTES

Portador de paralisia cerebral, 35 anos, praticante de filosofia budista, escritor, filósofo e poeta. Graduou-se em Filosofia na Universidade Camilo Castelo Branco – Unicastelo, e também cursou pósgraduação em Psicologia Política na USP (Universidade de São Paulo), considera essa a sua maior conquista. Diretor na Associação da Casa dos Deficientes, ACDEM, de Ermelino Matarazzo. Autor dos livros: A vida em poesia, Eternos sentimentos, A magia de viver, Lembranças e Pensamentos livres.

Pedagoga, poeta, cantora, musicista, artista “mambembe”, onde o povo está, lá estará. Possui um CD, dez antologias, revistas, etc. Postagens dos poemas em redes sociais e apresentações em Saraus Literários e Musicais. Distribui a Poesia, através do seu Varal de Poemas, que leva a tiracolo nos saraus, em feiras literárias, onde houver povo. Membro titular da ACL, cadeira 12: Florbela Espanca.

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CONVIDADOS ESPECIAIS DO SARAU “VERSEJAR É PRECISO!” MARÇO - ABRIL - MAIO

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Obras DE arte digital de Ulysses Galletti www.facebook.com/Galeria-de-Arte-Digital-Ulysses-Galletti-2234767160173541/

NASCER DO SOL

LUAR DA MADRUGADA

SOL DO MEIO DIA

VELA VERMELHA

POR DO SOL

ESTATUA DA LIBERDADE

ANOITECER

PÃO DE AÇUCAR


(1º/03/2020) Homenagem à minha irmã Ivone Irene Oliveira

Em 1958... Enquanto os pais trabalhavam coelhinhos e preás brincavam, corriam, brigavam e riam. Assim amigos de infância cresciam em meio a uma mata onde o perigo não havia, corriam de lá pra cá e deca pra lá! Na vila chamada por eles de, Vila dos Sapos... Pois dividiam a rua até com largatos! No quintal do senhor

Tonho, tinha um poço para toda a vizinhança, pois aguá encanada era luxo num mundo sem abundância... começava a brincadeira de esconde-esconde entre preás e coelhos com um corre, corre, maneiro, enquanto Vona, cantava e contava: “Camaleão olha o rabo dele, segura esse nego se não ele cai, o cachimbo é de ouro, é de samurai”... E um e dois e três, lá vou eu! Vona, logo encontra as pequeninas irmãs trancinha e feiosa embaixo de um pé de couve... Ao comer o esconderijo... Nisso se destraiu... e VUPT! A coelha Palito, pulou por sobre o Poço e derrubou a tampa de madeira que ficou a boiar... Vona, se desesperou, pois, seu Tonho lhe

daria uma sova, caso soubesse disso... Está decidido... Beiçuda e eu, vamos amarrar a corda do Poço em Palito... E ela vai buscar a tampa, afinal foi ela quem a derrubou vamos logo, minha mãe está pra chegar... Méia, Pintadinha, Terror, Muleca, se mandaram.. Bem... Resumo dessa história: Palito conseguiu trazer a tampa... A irmã Beiçuda... Pegou-a pela mão ainda brava e também foram correndo pra casa...sem olhar pra trás, D.Cema... chegou e Vona... Estava a pentear o cabelo duro de feiosa e logo perguntou... “- O quê você aprontou Vona?” Entrou por uma porta e saiu pela outra! Quem quiser que conte outra!

Irene Oliveira: alagoana, poetisa, participou de diversas antologias da Editora Matarazzo. Colaboradora da revista Escritores brasileiros contemporâneos.

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O Poço

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POEMAS DE THAIS MATARAZZO thmatarazzo@gmail.com

nesta noite à beira mar. Meu pensamento voa nos quatro quadrantes desse mundo, desse oceano, procurando te laçar, onde você estará? A madrugada chegou! Poema inspirado na pintura Uma noite à beira mar (1887) de Alfred Steves (1823 - 1906).

Arte: Ulysses Galletti

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CAIU A NOITE

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A noite está clara veja quantas estrelas no céu lampejam, a lua está minguante há tantos veleiros no horizonte só não vejo você… Só não tenho você… As pessoas vão ao mar algumas vão pescar, outras navegar, algumas molhar os pés... E eu? Só posso contemplar! Neste perfeito cenário queria ter o seu peito para nele me aconchegar. Brilharmos como duas estrelas as nossas almas serenas e poder te beijar… Beijar! Eu queria contigo estar agora estou a te desejar

CAFEZINHO

É gostoso o café Aprecio do seu cheirinho quando tem café em casa vou tomando um golinho. Tomo mesmo sem açúcar para melhor saborear o gostinho do café acabado de passar. Gosto de café com leite uma ótima mistura para mim é um deleite ai, que gostosura!


HÁ CINCO ANOS...

CRÔNICAS EFICIENTES

Um dos lançamento mais bonitos e emocionantes da Editora Matarazzo foi o da antologia Crônicas Eficientes (capa Camila Giudice), organizado pelo escritor Ricardo Baba e com participação dos alunos da unidade Jd. Helena, da Associação da Casa dos Deficientes de Ermelino Matarazzo, ACDEM. O evento teve lugar na

presença de muitos amigos, entre eles a saudosa escritora Norma Hauer (1925 2019). Aquele foi o primeiro de dezenas de eventos organizados pela Matarazzo no Brasil e em Portugal. Chácara Matarazzo, em Ermelino Matarazzo, outra unidade da entidade. Naquela tarde pudemos ter a certeza de como à literatura e às artes podem fazera diferença na vida de todas as pessoas! Ricardo Hidemi Baba (www.ricardobaba. com.br), 35 anos, é portador de paralisia cerebral, pratica filosofia budista, é escritor, filósofo e poeta. Baba é uma lição de vida que dá apoio incondicional à ACDEM e seus alunos: incentiva e promove a inclusão e a cultura. Nos ensina a viver com mais solidariedade e menos depressão!

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Evocações: o tempo passa ligeiro, sem dúvida! A Editora Matarazzo iniciou as suas atividades em 19 de março de 2015, dois meses depois, em 30 de maio, aniversário de Thais Matarazzo, escritora e idealizadora da empresa, realizou-se o primeiro lançamento de livros. A escolha do local foi especial, a Livraria Folha Seca, na Rua do Ouvidor, no centro histórico do Rio de Janeiro. Os títulos lançados foram O Porto e eu..., O Fado que cantei e outras canções... e O Rio e eu: crônicas de uma paulistana. Foi uma tarde muito agradável, contamos com a

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Foto: Ricardo Cardoso

Em novembro de 2019 aconteceu a II Livros Fazenda, promovida pela biblioteca da EGESP, com organização de Jailson Lima. Na ocasião, o Coletivo São Paulo de Literatura participou da programação. Houve também um bate-papo com o escritor Ignácio de Loyola Brandão, e eu não poderia perder a oportunidade! Fazia tempo que desejava entregar ao ilustre escritor e acadêmico um livro por mim publicado em 2017, Giro Noturno: fragmentos das noites paulistanas, obra que contou com o seu depoimento acerca do jornalista Egas

Muniz, um cronista das noites de São Paulo nos anos 1950/60 e tema principal do livro. Foi um encontro emocionante, pois Loyola se interessou pela obra. Em fevereiro último recebi, surpresa, um telefonema seu a me contar que ele publicaria uma crônica sobre o assunto no jornal Estadão. Egas Muniz, confidente da noite saiu em 14/2/2020. Eu fiquei bastante agradecida e lisonjeada com essa gentileza. Confesso que não esperava esse reconhecimento! Só posso agradecer por esse presente literário! Thais Matarazzo


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