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Brasil e a sua retaliação comercial contra os EUA A Organização Mundial do Comércio (OMC) foi favorável às queixas do Brasil, no ano de 2004 O jornal espanhol El País destacou na sua edição de terça-feira (11/2) uma negociação que envolve os governos dos Estados Unidos e do Brasil, que pode ser um primeiro passo em direção a uma reconciliação diplomática após as denúncias de espionagem da Agência Nacional Americana (NSA). A Câmara dos Deputados e o Senado aprovaram na semana passada a nova lei agrícola norte-americana, que representa um ingrediente importante na longa disputa entre Washington e Brasília por subsídios para a produção de algodão em território americano. A Organização Mundial do Comércio (OMC) foi favorável às queixas do Brasil, no ano de 2004, a partir do pedido de ajuda à produção concedida pelo governo dos EUA, autorizando o comércio de até 830 mil dólares por ano, no momento que os EUA determinavam esses subsídios no mercado mundial de algodão, de forma distorcida, afetando os exportadores brasileiros. O Brasil, porém, concordou com os EUA em não aplicar qualquer tipo de retaliação se a compensação fosse paga por Washington aos produtores gigantes da América do Sul, que adotaram uma nova legislação para eliminar os subsídios ao algodão. Os pagamentos começaram a ser feitos

mensalmente em 2010, no valor de 147 mil dólares por ano, mas foi suspenso em outubro passado, por causa das divergências do orçamento no Congresso americano, e que levaram à paralisação parcial do governo por duas semanas. Em resposta, as autoridades brasileiras anunciaram que iriam tomar uma decisão sobre as represálias, em março. Durante a sua visita à Washington no final de janeiro, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, se reuniu com representantes da administração Obama para resolver a questão e disse que o governo de Dilma R o u s s e ff i r i a e s t u d a r cuidadosamente a nova lei, quando fora adotado para determinar se atenderia às suas exigências e, a partir disso, decidir se deve ou não impor medidas punitivas aos EUA. Agora, com a aprovação final da legislação, o momento "da verdade" chegou. A regra elimina a produção direta de algodão e as autoridades do setor e os EUA consideram suficiente para cumprir a decisão da OMC, mas oferece em troca um conjunto de potencial com auxílio indireto, que não pode atender às demandas do Brasil. Com o novo quadro legal, os produtores de algodão são elegíveis para o seguro, que garante um nível mínimo de renda

Sede do Consulado dos EUA em Minas

Consulado dos EUA em BH começa a virar realidade a partir de hoje nos próximos anos. O ponto essencial é que parte do valor do seguro pode chegar a 80% do total do fundo para o governo dos EUA. Esse cenário pode levar a um aumento da produção de algodão nos EUA, o que implica num mercado mundial competitivo com mais algodão colhido no Brasil, o oposto do que é desejado pelo gigante emergente. De acordo com a OCDE e a FAO, os Estados Unidos são o terceiro maior produtor de algodão, depois da China e da Índia, enquanto o Brasil é o quinto. Além disso, os EUA são o maior exportador do mundo e importador da China. Todas as indicações, portanto, dependem da reação brasileira a partir das exigências analisadas na nova lei e os componentes obviamente políticos. Brasília vai

calibrar muito bem as vantagens e desvantagens, como impor retaliação comercial para os EUA. É, sem dúvida, a melhor opção para restaurar a confiança quebrada com as revelações de espionagem em setembro, de que a NSA tinha acesso às correspondências eletrônicas de Dilma Rousseff, o que irritou profundamente a presidente brasileira e levou ao cancelamento de sua visita à Washington, que estava planejada para final de outubro. Em 2010, as autoridades brasileiras publicaram uma lista com 100 produtos americanos que poderão ser objeto de retaliação ao contencioso do algodão. Por exemplo, as tarifas sobre as exportações dos EUA para o carro no Brasil, que passaria de 35% para 50%, o trigo de 10% para 30%, ou algodão chegaria até 100%.

Contrato de locação do prédio será assinado pela embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, em uma cerimônia que terá a presença de representantes dos governos estadual e municipal O contrato de locação do prédio Panorama, que irá abrigar o consulado dos Estados Unidos em Belo Horizonte, será assinado nesta quinta-feira (13). A embaixadora dos EUA no Brasil, Liliana Ayalde, deve assinar o documento durante uma cerimônia realizada no próprio empreendimento, localizado no bairro Santa Lúcia, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. O governador Antonio Anastasia e o prefeito Marcio Lacerda também estarão presentes na solenidade, marcada para as 16h30. O consulado prestará serviço aos mineiros que pretendem tirar o visto temporário e de imigração para os Estados Unidos, além de auxiliar americanos que moram no Estado. A inauguração e funcionamento estão previstos para 2016.

O anúncio da instalação de dois novos consulados norte-americanos no Brasil foi feito em 2013, pela Secretaria de Estado dos EUA. Além de Belo Horizonte, uma nova unidade será inaugurada em Porto Alegre. Números De acordo com a embaixada norte-americana no Brasil, em 2011, os EUA concederam 80 mil vistos para mineiros, nos consulados em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Em relação ao ranking de Estados brasileiros, Minas Gerais é o terceiro que mais exporta para o país norte-americano e o terceiro que mais importa. Entre 2003 e 2011, houve crescimento de 188,9% do comércio bilateral entre Minas Gerais e Estados Unidos.

Greencard pode custar US$ 500 mil Sonho de consumo de milhares de brasileiros que lotam os centros de compra de Miami e de NewYork tem nome simpático – greencard – cartão verde. Mas só tem nome, ele não é verde e nem fácil. Além dos consumidores, a vida dos imigrantes brasileiros ilegais nos EUA está cada vez mais difícil. Existe uma pressão e intolerância cada vez maior contra os ilegais, o que torna o sonho americano, ainda que desvanecido, cada vez mais difícil para muitos brasileiros. As soluções são antigas: o mais seguro é o patrocínio de pa-

rentes. Pais, filhos e irmãos de quem têm cidadania norte-americana têm a maior chance, ainda que morosa. Depois, vem o patrocínio de empregadores. Ele começa com um visto de trabalho em alguma empresa dos EUA, também é obrigatório ter curso superior ou conhecimento especializado. Casamentos arranjados, pagos, apesar de ilegais, são comuns para obter o benefício. Há outra forma, esta pouco conhecida, de obter o greencard – pelas franquias. E algumas delas estão em franca campanha

para cooptar o dinheiro de estrangeiros. As mais agressivas são as redes Y o B l e n d z , ElementsTherapeuticMass age e BatteryGiant que começaram a pedir investimentos de estrangeiros endinheirados em troca do green card. Esse programa dá a chance de obter residência permanente nos EUA em troca de um investimento de US$ 500 mil. Há um porém – o investimento tem que criar pelo menos dez novos empregos em dois anos ou o investidor é obrigado a voltar para casa.



CURIOSIDADES

Existem tempestades de r達s e sapos?


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VIAGEM SEM VOLTA: brasileiros estão dispostos a deixar a Terra para ir a Marte Apesar de tecnologias para lá de futuristas estarem aqui na Terra, como o Google Glass e o Oculus Rift, a principal e mais desejada evolução está mesmo é no espaço. A Lua já foi "colonizada", e um grupo de astronautas habita uma apertada estrutura no campo gravitacional, a Estação Espacial Internacional (ISS). Mas os planos da humanidade vão além e começam a ganhar força com a ajuda de pessoas dispostas a povoar outros planetas. Um desses projetos é o da fundação holandesa Mars One, que se propõe a enviar voluntários ao planeta vermelho a partir de 2025. Qualquer pessoa pode se candidatar, desde q u e a c e i t e a s consequências dessa escolha, já que é uma viagem apenas com passagem de ida e sem possibilidade de retornar à Terra. E a paixão pelo espaço não é exclusividade de nações mais desenvolvidas, como os Estados Unidos e a China, mas também as latinoamericanas: pelo menos setenta pessoas integram a lista de mil candidatos de todo o mundo que vão participar da segunda fase

do processo seletivo da Mars One. Países como Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, El Salvador, Guatemala, México, Peru, República Dominicana e Uruguai possuem homens e mulheres de idades diferentes que estão dispostos a abandonar a família, os estudos, o trabalho e toda a vida aqui na Terra para se mudar para Marte, a 570 milhões de quilômetros de distância. Daqui 11 anos, 24 pessoas começarão a ser enviadas ao planeta vizinho, em grupos de quatro astronautas a cada dois anos - ou seja, os últimos tripulantes embarcam só em 2035.

Manoel Belém, físico brasileiro, é um dos setenta latino-americanos que querem ir para Marte. (Foto: AFP)

O brasileiro Manoel Belém é um dos voluntários brasileiros que figuram entre as mil pessoas selecionadas no mundo todo pela Mars One. Manoel tem 58 anos, é físico, piloto formado e redator de um blog de poesias, afirma que quer deixar a cidade de São Paulo e ir ao planeta vermelho "para alimentar a alma". "Quando a gente tem espírito científico, nada melhor do que esta oportunidade de conhecimento e experimentação", disse o físico à agência de notícias AFP. Ele se considera apto para ser um dos escolhidos pela startup holandesa e que não tem muita importância ser uma viagem só de ida, mesmo que ele esteja na casa dos 70 anos. Outro latinoamericano na fila é o urugaio de 27 anos Yuri López, ex-integrante de uma tropa de elite da polícia em seu país e que atualmente trabalha em uma empresa de tecnologia. Assim como Manoel, Yuri não se sente incomodado com a ideia de

nunca mais voltar à Terra. "Eu iria com uns 37 anos, se estivesse entre os primeiros quatro, com um monte de coisas vividas, para terminar meus dias em um horizonte completamente diferente. A expansão do ser humano no universo é fundamental", disse. Todos os aprovados para a segunda fase do projeto tiveram que demonstrar cinco qualidades-chave para avançar no processo de seleção: resistência, adaptação, curiosidade, habilidade para confiar nos outros e criatividade. E eles sabem dos riscos que correm. Assim que chegarem em Marte, os primeiros colonos terão que viver em pequenas cápsulas, encontrar água, produzir oxigênio e cultivar os próprios alimentos. As condições e as paisagens do planeta vermelho lembram um grande deserto, no qual a atmosfera é constituída de dióxido de carbono e onde a temperatura média é de 63º C. "Um monte de coisas pode dar errado e isso dá mais tempero à missão, que

é a aventura máxima da humanidade, do meu ponto de vista", disse López. "Eu vejo isto como algo épico. Penso que estas primeiras quatro pessoas que forem terão uma tarefa similar à que teve Cristóvão Colombo ou Magalhães, de partir rumo a um destino que não conhecem. E serão lembradas por toda a História". Leia também: Voluntários do Mars One vão ficar isolados do mundo durante 1 ano No entanto, alguns candidatos enxergam uma oportunidade do homem se expandir para outros territórios. Para o legislador mexicano Andrés Eloy Martínez Rojas, colonizar Marte representa uma segunda chance para a humanidade, que poderia, assim, "desenvolver outra economia, outro estilo de vida que poderia, inclusive, beneficiar a Terra" diante dos problemas de superpopulação e aquecimento global. " M a r t e é a oportunidade de nos revalorizarmos como sociedade para

começarmos a nos reinventar e não cometer os mesmos erros", declarou Andrés, deputado do esquerdista Partido da Revolução Democrática (PRD) do México. "A ideia seria chegar a Marte e desenvolver uma nova sociedade, uma nova civilização em harmonia com a natureza". Andrés tem 50 anos e é pai de seis filhos que imploram para que ele repense sua decisão. Até agora, as únicas missões em Marte envolvem robôs altamente sofisticados, e todas elas foram realizadas com sucesso pela Agência Espacial Americana (NASA). O mais famoso é a sonda Curiosity, que percorre o planeta vermelho desde o dia 6 de agosto de 2012. O equipamento já fez grandes descobertas que animam cientistas e astronautas a povoar Marte, entre elas a descoberta de que o local já foi propício à vida microbiana em um passado longínquo. Nesta semana, também foi anunciado que o veículo encontrou fortes evidências de que ainda




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