O Linkedin e o seu impacto nas organizações de âmbito cultural, em Portugal e no Mundo

Page 1

2º Ciclo de Estudos – Mestrado em Ciências da Comunicação Variante em Estudos dos Média e do Jornalismo

O LINKEDIN E O SEU IMPACTO NAS ORGANIZAÇÕES DE ÂMBITO CULTURAL, EM PORTUGAL E NO MUNDO. 2014

Docente: Prof. Doutor Paulo Faustino Ciclo de Estudos: 2º Unidade Curricular: Marketing Cultural


RESUMO Na actualidade, estar presente nas redes sociais é um factor chave para qualquer organização que se queira manter em contacto com o seu público. É essencial que saibam ir ao encontro das suas expectativas e dos seus interesses, mas para tal, e antes de tudo, é necessário saber onde encontra-los. Com a evolução das tecnologias de informação, há um maior fluxo de comunicação, o que leva a que nem toda a informação que esteja disponível seja relevante para todas as organizações, sendo que é necessário segmenta-la e trabalha-la. As redes sociais, como o próprio nome indica, foram criadas tendo como finalidade um objectivo social. Promover a interacção entre utilizadores com os mesmos interesses, mesmos objectivos, mesmas expectativas, ou com o intuito de aumentar o seu networking. Visto que nem todos os utilizadores/entidades procuram o mesmo, há que corresponder às diferentes expectativas. Há redes sociais com imensas finalidades, para os mais diversos nichos de mercado. Facebook, Twitter, LinkedIn, Pinterest, Google+, Youtube, Digg, Flickr, Slideshare, Skpe, Vimeo, entre muitas outras. Este trabalho vai-se basear única e exclusivamente no LinkedIn, uma rede social de âmbito profissional. Neste caso, a maior rede profissional do mundo que conta com mais de 300 milhões de utilizadores, onde é possível conectar-se, encontrar novas oportunidades, ser encontrado por recrutadores e descobrir as últimas novidades sobre o seu sector. E para concluir o raciocínio anteriormente exposto, vou definir o impacto desta rede profissional, que é o LinkedIn, nas organizações de âmbito cultural. Como podem as organizações deste tipo promover-se, encontrar oportunidades de negócio, encontrar profissionais qualificados e que preencham os seus requisitos. Em suma, como podem desenvolver uma estratégia, ou por outras palavras, como pode o LinkedIn fazer parte do seu plano de marketing.

Palavras-Chaves: LinkedIn; comunicação; marketing; redes sociais; cultural

2


INDÍCE

Índice INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4 LINKEDIN – SOBRE ......................................................................................................................... 5 LINKEDIN – FUNCIONALIDADES .................................................................................................... 6 LINKEDIN – PÁGINAS DE ORGANIZAÇÕES ..................................................................................... 7 CONSTITUÇÃO DE PÁGINAS DE ORGANIZAÇÕES .......................................................................... 7 PORQUE DEVE A SUA ORGANIZAÇÃO ESTAR NO LINKEDIN.......................................................... 8 6. 5 PASSOS CHAVE NO ÂMBITO CULTURAL ............................................................................... 8 6.1 – CRIAR A ORGANIZAÇÃO NA REDE .................................................................................... 8 6.2 – SEGUIDORES ..................................................................................................................... 9 6.3 – INTERAÇÃO ....................................................................................................................... 9 6.4 – VIRAL .............................................................................................................................. 10 6.5 – REAVALIE ........................................................................................................................ 10 7. CRIAR VALOR ........................................................................................................................... 10 Four Seasons Hotels and Resorts ................................................................................................ 12 BOA GESTÃO vs MÁ GESTÃO....................................................................................................... 14 BOA GESTÃO............................................................................................................................ 14 MÁ GESTÃO ............................................................................................................................. 15 INDÚSTRIA ................................................................................................................................... 16 COMO AS ORGANIZAÇÕES CULTURAIS USAM O LINKEDIN EM PORTUGAL: .............................. 24 PORTO EDITORA VS GRUPO ALMEDINA ................................................................................. 24 ORGANIZAÇÕES CULTURAIS NO BRASIL: EDITORA MODERNA .................................................. 27 CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 29

3


INTRODUÇÃO Actualmente, o LinkedIn assume o papel de umas das principais redes sociais, em todo o mundo, devido à sua vertente profissional que para muitos funciona como um currículo actualizado semanalmente ou quinzenalmente. Contudo, o LinkedIn não deve ser usado como um currículo, porque esta plataforma foi criada a pensar em algo bastante mais evoluído e amplo. O LinkedIn é a maior rede de profissionais em todo o mundo e tem como objectivo ligar-nos a nível profissional. Mas se eu tenho Facebook, para que preciso de ter LinkedIn? Apesar de o Facebook ser a maior rede social do mundo, com mais de um bilião de utilizadores, sendo que 800 milhões são activos diariamente, não quer dizer que cumpra aquilo que o LinkedIn promete, que é o profissionalismo. Mas

então

o

LinkedIn

é

para

utilizadores,

subentenda-se

pessoas,

ou

para

organizações/entidades? O LinkedIn é feito para ambos, pois a sua política centra-se neste conceito e um sem o outro não existiria, como o LinkedIn existe hoje. Mas adiante, vamos analisar todas estas questões passo a passo, analisar depoimentos de alguns dos maiores CEO’s (Chief Executive Officer) da história, analisar gráficos que nos mostram o seu crescimento e o impacto que têm nos diferentes sectores.

4


LINKEDIN – SOBRE

O LinkedIn é uma ferramenta de uso profissional, com a maior rede de contactos em todo o mundo e que cresce a um nível impressionante. O LinkedIn foi lançado em 2003, por alguns antigos membros do PayPal (líder mundial de pagamento online), tendo Reid Hoffman, CoFundador, assumido o papel de destaque de CEO. Em 2004 atingiu os 500,000 utilizadores, uma vez que introduziu um sistema que era possível encontrar contactos a partir do endereço de correio electrónico. Em 2005, deu um passe substancialmente inovador e que traria alguns dos maiores benefícios na história do LinkedIn, com a introdução do historial laboral. Em 2006, foi o primeiro ano em que o LinkedIn deu lucro, e foram acrescentadas novas opções, entre elas, a recomendação. Em 2007 há uma mudança no CEO, tendo Dan Nye assumido esse papel. Em 2008 seria o ano do virar da página, tendo o LinkedIn se tornado numa organização mundial, estando o website traduzido para Espanhol e Francês. Em 2009 há um novo CEO, Jeff Weiner que em primeira instância tinha sido Presidente, é agora CEO, exercendo a função actualmente. Em 2010 o LinkedIn já contava com mais de 90 milhões de utilizadores e empregava mais de 1,000 pessoas. Em 2011 o LinkedIn entra na bolsa de Nova York. Em 2012 dá-se uma transformação no projecto. Em primeiro plano o site é completamente restruturado e o projecto iria assentar em 3 conceitos centrais, sendo eles a simplicidade, o crescimento e o diariamente. Em 2013 o LinkedIn teria aproximadamente 250 milhões de utilizadores, o que dá uma estimativa de cerca de 2 utilizadores registados a cada segundo.

5


LINKEDIN – FUNCIONALIDADES Na minha opinião, acredito que o LinkedIn ainda é uma rede social de “pequena” dimensão, visto que grande parte dos utilizadores não conhece na totalidade todas as suas funcionalidades, e o proveito que podem tirar do mesmo. Como tal, e visto que o objectivo é estudar o Impacto do LinkedIn nas Organizações de Âmbito Cultural, irei enumerar algumas, das muitas funcionalidades que o LinkedIn tem. 1. Esta rede social ajuda a estabelecer e aumentar diariamente a nossa rede profissional, e a controlar os centros de resultado, quando procuramos pelo nosso nome (Exemplo disso é quando digitamos o nosso nome de utilizador num motor de busca, como o caso do Google, e ele nos aparece nos primeiros resultados. Isso reflecte-se na boa gestão do nosso

perfil

profissional,

e

que

será

visto

mais

rapidamente,

pelos

recrutadores/parceiros/interessados). 2. Ajuda-nos a manter actualizada a nossa rede de contactos, permitindo partilhar actualizações sistemáticas e interagindo. 3. Aprender sobre outras companhias (o ponto fulcral em que vai incidir este trabalho). 4. Encontrar colegas/parceiros de actividades laborais (A partir da introdução do nosso endereço de correio electrónico, é possível encontrar colegas e amigos, e além disso, é possível encontrar pessoas que trabalhem na mesma empresa que a nossa, quer seja no próprio país, ou em alguns casos, nas médias e grandes empresas, em outros países/continentes. 5. Manusear um conjunto de ferramentas personalizadas que permitem encontrar utilizadores que ocupam certos cargos, em certas empresas, sem que seja necessário saber o seu nome. Isto é, a partir de conceitos chave, tais como descrição da profissão e nome da organização/entidade. 6. Descobrir novas oportunidades. Diariamente são publicadas várias ofertas de emprego, a que podemos concorrer e muitas vezes somos contactados com ofertas de emprego, por preenchermos os requisitos que essas organizações exigem. Face a isto, é de extrema importância preencher o campo “CONTACTOS” o mais detalhadamente possível. Com risco a perderem-se oportunidades de emprego/negócio por falta de informação.

6


7. Participar em grupos e debates. São criados grupos diariamente, semanalmente, mensalmente no LinkedIn, para ir ao encontro dos interesses e expectativas dos seus utilizadores, que permitam partilhar experiências, ofertas, entre muitas outras informações

LINKEDIN – PÁGINAS DE ORGANIZAÇÕES Para criar uma página para uma organização é necessário que seja utilizador registado no LinkedIn e que possua uma conta pessoal, com o primeiro e último nome. Os perfis são medidos pela informação que é revelada pelo utilizador e pela quantidade de conexões, de 1º, 2º e 3º grau que possuem, como tal, para criar uma página de uma organização é necessária que não seja um iniciante, que não tenha uma conta “básica”. É necessário ser um perfil mediano ou superior. É necessário um endereço de correio electrónico da organização, com o domínio próprio e não um gmail, Hotmail, entre outros. Se a organização não tiver um domínio próprio, naõ será possível criar uma página para a organização, e o LinkedIn aconselhará a criar um grupo, em lugar da página.

CONSTITUÇÃO DE PÁGINAS DE ORGANIZAÇÕES Uma página de uma organização tem 3 secções, sendo que apenas 2 delas estão visíveis para o público em geral. A habitual Home onde a companhia pode apresentar-se, mostrando objectivos, missão, visão, e criar engagement com o público. A secção Carreiras, que não é gratuita e pressupõe que a organização esteja disposta a pagar uma mensalidade para usufruir, contudo irá possibilitar a visualização de milhares de candidatos que procuram oportunidades naquele sector de actividade, e que preenchem os requisitos da vaga. Não irá receber candidaturas, irá procurar candidatos. E a secção das análises de dados que está apenas visível para administradores.

7


PORQUE DEVE A SUA ORGANIZAÇÃO ESTAR NO LINKEDIN

O público-alvo das organizações culturais está sempre à procura de informação relevante acerca das organizações. Ao criar uma página, pelas inúmeras razões que já referi anteriormente, darlhe-á uma maior exposição e visibilidade para o seu negócio, serviços ou produtos. Ter a possibilidade de ter seguidores é um dos muitos factores chave para ter uma página da sua companhia no LinkedIn, seguindo os seus anúncios, novidades e actualizações. Os seus produtos e da sua organização podem ser adicionados à sua página de Perfil, quer por vídeos, quer por fotos, o que permitirá que possa mostrar ao seu público aquilo que faz, oferece e consegue providenciar. Os últimos dados mostram que em Portugal há mais de 600,000 utilizadores, e mais de 7,000 organizações, o que certamente nos diz que há organizações à procura de novos talentos no LinkedIn. Em Portugal, os utilizadores do LinkedIn são, em grande parte, do sexo masculino. Mais de 150,000 utilizadores do LinkedIn, em Portugal, têm idade igual, ou superior, a 35 anos. 11,752 Utilizadores são da área do Marketing. O Slideshare é parte do LinkedIn, o que por si só é uma mais-valia para qualquer utilizador.

6. 5 PASSOS CHAVE NO ÂMBITO CULTURAL

6.1 – CRIAR A ORGANIZAÇÃO NA REDE É bom aprender com os erros dos outros, para não cometermos os mesmos e é fundamental que saibamos o que estamos fazer antes de começarmos a trabalhar na presença da nossa organização na rede. Como tal, o melhor será seguir algumas organizações de âmbito cultural já presentes há algum tempo no LinkedIn, com o intuito de observar as suas actividades, como interagem, como se apresentam, etc. O primeiro passo desta nossa tarefa será criar a organização e preencher os campos necessários. Em primeiro lugar, preencher um resumo da organização que vá ao encontro daquilo que irá ser 8


publicado, com palavras-chave fundamentais para que a nossa organização esteja bem presente na rede, através do Search Engine Optimization (SEO). Para criar um bom engagement com o seu público deverá oferecer algo. O oferecer algo irá levar a que os seus utilizadores partilhem a sua “oferenda” e divulguem pelos contactos. Não necessita de ser algo de grande valor, desde que tenha interesse para o público. Pode, por exemplo, ser um ebook de 15/20 páginas, desde que tenha material de interesse para o seu público.

6.2 – SEGUIDORES Peça aos seus funcionários, parceiros, fornecedores, entre outros, para que partilhem o URL da sua página nos seus perfis privados e que acrescentem ao seu historial, criando assim uma rede que possibilitará algo em comum com um novo público. Podem também acrescentar à assinatura do seu endereço de correio eletrónico, caso trabalhem na organização. Crie uma Newsletter que em simultâneo com a sua página, irá criar sinergias para aumentar a sua visibilidade. No seu website acrescente um botão de “SEGUIR/FOLLOW” que permite que através do site, sejam redireccionados para a sua página da organização e a sigam automaticamente. Crie grupos, junte-se a grupos e discuta em grupos. Estar em grupos é o mesmo que estar vivo. Estará presente, mas pode não estar a viver. É necessário que se crie interacção e que responda acertadamente ao que se pergunta e que atraia novos públicos/seguidores. Uma vez que interagir não basta, pois uma palavra em falso e a sua reputação online pode ficar manchada.

6.3 – INTERAÇÃO Interação ou Engagement como mencionou em páginas anteriores é fundamental para que a sua organização de âmbito cultural se destaque das demais. Um estudo do LinkedIn diz-nos que 68% dos utilizadores gostariam de receber conteúdos actualizados sobre as organizações. Uma vez que as organizações de âmbito cultural estão, em grande parte, nos interesses de quase todos nós, porque não divulgar eventos, pedir opiniões, criar debates sobre diferentes temáticas, entre outras questões? Recentemente o LinkedIn revelou que publicações com hiperligações têm uma interacção e visibilidade 45% maior que publicações sem hiperligações. Não adiante de nada se publicar hoje, e só no próximo mês é que publicar novamente. Através da Newsletter pode publicar mensalmente, com a sua agenda de eventos culturais, mas no LinkedIn Groups e na página da sua organização pode partilhar os seus eventos, formações, notícias, páginas, entre inúmeras opções que existe.

9


Quando partilhar estas actualizações, seja claro e conciso. Dia, hora, local, por exemplo, se se tratar de um evento/formação. Não escreva grandes textos, utilize o suporte visual. Fotos e Vídeos criam maior interacção e no caso da cultura, creio que seja muito mais eficaz!

6.4 – VIRAL Torne trabalhadores, voluntários e seguidores nos seus embaixadores através das partilhas, pela parte destes. Word of Mouth é uma ferramenta importantíssima e só mostrará orgulho e será bem recebido pelos demais. Convidar alguns dos melhores seguidores a escrever críticas sobre projectos e trabalhos, pode ajudar bastante e ofereça oportunidades de participar na sua organização àqueles que ainda não são seguidores. Faça perguntas à sua audiência. Pergunte o que é que elas querem ler, que assuntos querem ver abordados, e os seus interesses. Irá ajudar na criação da interacção. Já que o objectivo é gerar uma maior interacção, não se esqueça de agradecer sempre que alguém comenta o seu conteúdo, pois mostrará aos seus fãs o quanto eles são importantes e no sector cultural, é sempre uma mais-valia.

6.5 – REAVALIE Depois deste processo todo feito, é necessário reavaliar segundo as estatísticas o que correu bem e o que correu mal. É necessário redefinir o nosso público se necessário e ver o que correu bem, para aplicar a novos públicos. Estabelecer metas novas ou diferentes das anteriores. Estudar as publicações que tiveram mais visualizações e definir as futuras para que cumpram os mesmos requisitos e sobre as mesmas estruturas que as populares cumpriram.

7. CRIAR VALOR Agora que já conhecemos o real potencial do LinkedIn, enquanto rede social e ferramenta para dinamizar organizações de âmbito cultural, é altura de aplicar na prática o que foi dito anteriormente, através de alguns exemplos. Porque é que em vários casos, nomeadamente em Portugal, as entidades e organizações culturais, não aproveitam o potencial desta rede profissional, para se darem a conhecer, 10


aumentado o seu networking, através de potenciais parceiros, novos talentos e oportunidades de negócio? Ainda há quem acredite que a Internet não é para todos e que nem todas as entidades precisam de lá estar. O que na realidade é mentira! Todas as organizações, governamentais, não-governamentais, com fins lucrativos, sem fins lucrativos, de âmbito cultural, desportivo, entre outras, têm valor acrescentado ao usar o LinkedIn para os seus negócios. Dando um exemplo mais específico do potencial de uma Rede Social, para um sector específico do mercado, no que diz respeito a organizações do ramo turístico, todas devem ou deveriam usar uma rede social denominada de foursquare. Porquê? Porque esta Rede geossocial permite ao utilizador indicar onde se encontra, gerar feedback sobre locais que frequentou e aconselha-los aos demais. É uma espécie de roteiro turístico, que é deixando ao longo dos nossos dias, algo como um GPS. Mas voltando ao LinkedIn, deverá uma organização que está no LinkedIn não marcar presença nas outras redes sociais? A resposta é não! As Redes Sociais servem para que possamos concilia-las umas com as outras. O Twitter é uma espécie de “microblogue” em que a informação vai sendo passada rapidamente por publicações pequenas e simples. Facebook é a maior Rede Social do Mundo e é multifacetada. Permite-nos criar perfis, páginas, grupos, eventos, entre muitas outras opções. Youtube que serve para criarmos canais e conjugarmos com as demais redes sociais, visto ter um botão de partilha para todas, ou quase todas, as redes sociais que existem. E o Google+, a rede social do nosso conhecido motor de busca “Google”, é única, uma vez que permite gerir comunidades, e trabalhar com o Adwords.

De seguida, iremos analisar o exemplo do grupo de hotéis “Four Seasons Hotels and Resorts”

11


Four Seasons Hotels and Resorts

Four Seasons Hotels Resorts – Página Inicial

A organização de carácter cultural “Four Seasons Hotels and Resorts” tem uma das maiores e mais bem geridas páginas no LinkedIn. Conta com mais de 184,000 seguidores, com actualizações constantes, diariamente, quer de eventos relacionados com a entidade, quer de evento que nada digam respeito. Uma das grandes vantagens de estar presente no LinkedIn é que as páginas semelhantes, como é o caso da Starwood, Hilton, Marnott, que têm uma grande quantidade de seguidores e têm em comum características, são sugeridas pelo LinkedIn.

12


O LinkedIn, no canto direito, informa-nos também as vagas que já foram anunciadas pela organização. E na secção superior, perto da Secção principal, temos as Carreiras, nomeadamente oportunidades de carreira, que podemos consultar nesta organização (exemplo abaixo).

Four Seasons Hotels Resorts - Carreiras

Na secção Carreiras podemos consultar as vagas disponíveis nesta organização, bem como consultar as informações sobre a mesma. Note-se que neste caso, o administrador da página soube conjugar bastante bem uma apresentação em Slideshare com o LinkedIn.

13


BOA GESTÃO vs MÁ GESTÃO Claro que muitas das organizações não sabem o quanto estão a perder, diariamente, por não usar o LinkedIn corretamente. E por vezes, pensamos nós, que as organizações que mais pecam nestes casos, são as micro e pequenas empresas. Mas na realidade, há empresas multinacionais, que simplesmente estão paradas no tempo. De seguida, irei analisar o caso do grupo Jerónimo Martins, e do grupo SONAE.

BOA GESTÃO

Página LinkedIn – Jerónimo Martins

O grupo Jerónimo Martins conta com mais de 20.000 seguidores, faz actualizações constantemente, várias vezes ao dia, e construiu uma página aliada na sua política interna, dando destaque aos seus colaboradores. A última actualização foi feita durante o dia de ontem, tendo em conta que neste momento são 08h30 e é normal ainda não ter sido feita qualquer actualização à página. Destaco ainda para o lado direito da página, o grupo “JERÓNIMO MARTINS GROUP”, as “CARREIRAS” e o “Nº DE FUNCIONÁRIOS NO LINKEDIN”. 14


MÁ GESTÃO

Página LinkedIn – Sonae

O grupo Sonae, que possui organizações como a Sonae Sierra, Sonae Mc e Sonaecom deveria ser uma das páginas de LinkedIn com melhor gestão em Portugal, uma vez que a sua dimensão permite que sejam abordados os mais variados temas, bastantes oportunidades de carreira, que são destacadas em outros websites de procura de emprego. A sua dimensão, a parte do grupo Jerónimo Martins, permite que esta actualização seja feita por alguém especializado na área, como um Community Manager ou um Social Media Marketeer.

15


INDÚSTRIA Entre as indústrias com maior representação no Facebook, e que podemos destacar como sendo de âmbito cultural, destacam-se as organizações ligadas ao entretenimento, estando em 3º lugar, das indústrias de maior representação, num estudo feito pela e-works.fr. O LinkedIn permite a esta organização estar em contacto com todos os seus colaboradores, potenciando a aprendizagem face aos seus colaboradores e possíveis alianças com potenciais parceiros económicos, através de grupos e eventos no LinkedIn. Estar no LinkedIn potencia a sua presença na web permitindo gerar cada vez mais tráfego para o seu website e que seja mais facilmente encontrado, nos motores de busca. Além disso, é possível que a página desta organização tenha aprendido com os erros dos seus concorrentes diretos e indiretos, permite experimentar novas métodos de captação de potenciais clientes, uma vez que é mais fácil criar impacto na rede. Mas para isso, é necessário seguir uma estratégia rígida, desde o momento inicial. Uma vez criada a página da organização, é necessário que haja uma actualização diária, mas que as informações partilhadas com o seu público sejam relevantes. Crie “engajamento” com os seus seguidores, uma vez que isso irá gerar buzz. Sempre que alguém siga a sua página, se possível, envie-lhe uma mensagem a agradecer a confiança e a relação que estão a criar. Este pequeno gesto vai contribuir para que o seu nome e o da sua organização fiquem marcados para sempre na memória deste seguidor. Como referido nas páginas anteriores, utilize os grupos sempre que possível, para abordar temáticas, fazer perguntas e aprender com os demais. Quem sabe se no meio da multidão não estará um investidor ou um “génio”. O seguinte infográfico produzido pela gryffin, retrata tudo aquilo que foi dito anteriormente, sendo que a informação do infográfico remonta a 2013, uma vez que ainda não estão disponíveis os dados relativos ao ano civil de 2014.

16


Infogrรกfico - Como Crescer a Sua Marca

17


Infogr谩fico - O Poder do Marketing de Neg贸cios

18


Infogrรกfico - A Forรงa do Marketing Visual

19


Infográfico - O Poder dos Grupos no LinkedIn

O infográfico seguinte irá apresentar detalhadamente quem são os utilizadores de LinkedIn em Portugal, por profissões, por idade, por sexo e categoria. A informação do lugar que Portugal ocupa no ranking dos países com maior presença no LinkedIn não está disponível no infográfico, mas é estatisticamente comprovado que ocupa o 27º lugar (Estudo feito pela LinkedPortugal.com).

20


Infográfico – Perfil do Utilizador Português (LinkedPortugal)

21


No que diz respeito aos utilizadores do LinkedIn por todo o Mundo, o cenário é semelhante, tendo em conta as áreas, as categorias, o sexo, as idades e as profissões. Um estudo feito pela Business Insider mostra isso mesmo.

22


Infográfico – Quem Realmente usa o LinkedIn?

23


COMO AS ORGANIZAÇÕES CULTURAIS USAM O LINKEDIN EM PORTUGAL: PORTO EDITORA VS GRUPO ALMEDINA

LinkedIn - Grupo Almeida (Página Inicial)

O grupo Almedina é uma das maiores editoras presentes em Portugal, há mais de 50 anos, e que está presente em outras grandes países, como é o caso do Brasil. Porém, apesar da sua grande dimensão, dá a entender que a sua direção desconhece o potencial do LinkedIn enquanto rede profissional. A imagem apresentada anteriormente, retirada a dia 18 de Novembro de 2014, do LinkedIn, dá-nos a entender isso mesmo. Estão há mais de 8 meses no LinkedIn e só fizeram uma única publicação, em que essa publicação é nada mais, nada menos, que a biografia da organização.

Com mais de mil seguidores, como é possível que esta organização não

dinamize a sua página? O facto de a sua página estar completamente congelada no tempo, leva a que não haja interação por parte do seu público (zero comentários). Além de que não aproveita para criar separadores, para ofertas profissionais, nem para exibir os seus serviços/produtos. Mas se o Grupo Almedina, não usa o LinkedIn, para nenhuma das tarefas (poucas das muitas possíveis no LinkedIn) citadas anteriormente, qual o objetivo de estar presente na rede? Estar na 24


rede e não dinamizar, é pior que não estar! Dá uma imagem de falta de profissionalismo e de evolução tecnológica. Uma vez que poderemos sempre criar uma “desculpa” para não estarmos na rede, mas nunca poderemos criar uma boa “desculpa” para não nos mantermos atualizados na rede. Informação que poderá ocupar simplesmente 5 minutos por dia.

LinkedIn - Porto Editora (Página Inicial)

No caso da Porto Editora, a organização está ligeiramente melhor. Há um maior números de seguidores (3,599), como se pode constatar no canto superior direito da página, e a última atualização é bastante mais recente, apesar de já ter quatro meses, do que a do Grupo Almedina. Contudo, há um défice no aproveitamento dos separadores que são possíveis incorporar nas páginas do LinkedIn. A Porto Editora tem 349 funcionários no LinkedIn, ou seja, que tenham adicionado ao seu perfil, que pertencem/trabalham nesta “página”, já o Grupo Almedina só possui 56, o que para duas editoras com, mais ou menos, a mesma dimensão, são diferenças notórias.

25


LinkedIn - Porto Editora (Página Inicial 2)

Apesar de a Porto Editora ter um défice de publicações, menos sentido do que no Grupo Almedina, consegue criar um maior “engajamento” (termo brasileiro) com o seu público, criando tópicos que permitam a interação e que vão ao encontro dos interesses do seu público. Numa primeira leitura, vemos que há mais que um perfil a comentar as publicações, e numa segunda leitura, há uma publicação com um número elevado de “Gostei”.

26


Apesar de a política de gestão da rede social, não ser a mais correta, está no caminho certo, para que vá ao encontro daquilo que o público-alvo está à espera. Contudo, muitas destas organizações fecham os olhos à importância das redes sociais, uma vez que não vêm os “dois lados da moeda”. A gestão das redes sociais acarreta o custo com um “community manager”, também conhecido como gestor de redes sociais, mas multiplica claramente o número de vendas, visualizações e a publicidade que se cria em torno da marca no online é impressionante e há números científicos que comprovam isso.

ORGANIZAÇÕES CULTURAIS NO BRASIL: EDITORA MODERNA

No que diz respeito ao online e à comunicação em si, o mercado brasileiro está um passo à frente do português. Apesar de ser um País com dimensões estonteantes, têm a perfeita noção de que parte do processo, nos dias de hoje, passa por dois caminhos distintos: online e offline. Como tal, e dando um exemplo de uma Editora do mercado brasileiro, poderemos comprovar a diferença das Editoras Portuguesas, com as Editoras Brasileiras e aprender com ambas.

27


LinkedIn - Editora Moderna

Há um maior “engajamento” com os seus seguidores, tendo publicações com um dia, mais de 20 “gostos” e um maior números de funcionários no LinkedIn, a representar a organização e com vontade de mostrar o “amor à camisola”. Apesar de o Brasil ser um País muito maior que Portugal, o problema não reside aí, uma vez que segundo dados do LinkedIn, a Porto Editora tem dimensões maiores, relativo a funcionários, do que a Editora Moderna, sendo que tanto a Porto Editora e o Grupo Almedina são mais antigas no mercado. A Editora Moderna utiliza a foto de capa para publicitar outras organizações que estejam interligadas, no lugar de utilizar o logo da organização. Publicita ainda, através da publicação mais recente na sua página, um autor pelo seu percurso profissional, respeitando a regra dos 80/20 (80% publicações relativas a outros assuntos que não sejam somente ligados à organização e 20% para vender os serviços/produtos da organização).

28


CONCLUSÃO

O LinkedIn é uma ferramenta bastante eficaz nos mercados B2B (Business to Business), e B2C (Business to Consumer). E é do conhecimento de grande parte dos seus utilizadores, que é mais fiável gerar um potencial cliente com esta Rede Social, do que com o Twitter, Facebook, Google+, uma vez que em números, é 3 vezes superior no “engagemento” com potenciais clientes. Os Anúncios directos a certos nichos permitem-lhe ser incisivo na escolha do seu target. Os grupos são uma ferramenta de monitorização dos seus contactos, permitindo-lhe estar a par das suas interacções com a restante comunidade e analisar as suas intervenções. Contudo, não percamos a noção de que estamos a mencionar sobre o Linkedin. O LinkedIn é uma rede social com um enorme potencial profissional, mas não nos devemos esquecer das demais. Devemos aprender a conciliar o LinkedIn, com o Facebook, que é a rede social que conta com o maior número de utilizadores, quer inscritos, quer ativos. O Google+ pela mais-valia que possui no Search Engine Optimization (SEO) dando uma notoriedade acrescida à nossa presença no motor de busca. Além disso permite que criemos comunidades. O Twitter deve ser usado como uma ferramenta de microblogging, de propagação de notícias e estados concisos e de rápida leitura. O Pinterest como o nosso arquivo para as nossas imagens, as nossas apresentações e os nossos infográficos. Tudo que possa ser uma mais-valia para, mais tarde, ser (re)usado. Não esqueçamos o Slideshare, onde vão cair as nossas apresentações, que iremos partilhar nas outras redes sociais anteriormente mencionadas. Em suma, O LinkedIn está desenvolvido para o mercado B2B e B2C, e as organizações de âmbito cultural, devem tirar lugar dele, para se promover na própria cidade, no distrito, no país e nas restantes partes do mundo. Uma vez que tudo que envolva cultura deva ser partilhado alémfronteiras, pois faz parte da identidade de um país, de uma nação. Diariamente, a Internet sofre mudanças, os algoritmos mudam, as redes sociais sofrem modificações com isso. É necessário que se acompanhe a evolução das redes, como é o caso do LinkedIn. O LinkedIn é bom, mas aliado às demais Redes Sociais, é uma arma poderosíssima na propagação das organizações culturais.

29


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.