Conteúdos _/06
_/20 _/14 _/08 Reportagem Central Entrevistas
Uma década impactando _/28
Roberto Rios, VP de Conteúdo Original da HBO Latin America Group
AMÉRICA LATINA
Mapa do negócio VoD
_/10
20
Q&A
Entre desafios e oportunidades _/10
Oscar Vicente Simões de Oliveira, Presidente Executivo da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura
O melhor do esporte _/16
Pedro Garcia, Diretor de Esportes da Globosat
Diferentes por natureza _/32
Eduardo Zebini, VP Sênior de Programação, Produção e Marketing da FOX International Channels Brasil
@NetflixLAT: “Para um domingo de fuga: Orange is the New Black, Atrápame si puedes, Prison Break, Drive: El escape” (Tuit da conta oficial da Netflix no dia da fuga do traficante Joaquín “El Chapo” Guzmán da prisão do Altiplano no México)
todotv ©2015
_/14
_/16
_/26
Galeria
NEWS
CANAIS Disney Junior lança feed para o Pacífico _/18
_/28
Rio Content Market 2015 25 - 27 de Fevereiro, Hotel Windsor Barra, Rio de Janeiro, Brasil
NOMEAÇÃO José Félix é o novo presidente da América Móvil _/08
_/18
_/32
30
Executivos
ARTIGOS
Dona do seu próprio destino _/26
2015 INTERNATIONAL ACADEMY DAY Globo recebeu o Dia da Academia Internacional no Rio _/06
César Sabroso, VP Sênior de Marketing da A+E Networks Latin America
todotvmedia
FEIRA E CONGRESSO ABTA 2015 Inova frente à crise _/14
todotv
2015 INTERNATIONAL ACADEMY DAY
©2015
PRESIDENTE/CEO Sebastian Lateulade - slateulade@todotv.tv DIRETORA EXECUTIVA Soledad Saldías - ssaldias@todotv.tv DIRETOR DE PUBLICAÇÕES Sebastián Amoroso - samoroso@todotv.tv EDITOR IN CHIEF Rodrigo Ros - rros@todotv.tv EDITORES Gonzalo Larrea - glarrea@todotv.tv Luis Cabrera - lcabrera@todotv.tv Valentina Vinaja - vvinaja@todotv.tv Carolina Mussio - cmussio@todotv.tv ARGENTINA Marina del Rivero BRAsIL Sebastián Torterola DATA & RESEARCH Fernando Moreno - fmoreno@todotv.tv EDITOR DE CONTEÚDO AUDIOVISUAL Mauricio Plada - mplada@todotv.tv GERENTE DE VENDAS E PRODUÇÃO Darío Alemán - daleman@todotv.tv GERENTE DE VENDAS INTERNACIONAIS Mónica Iriarte - miriarte@todotv.tv GERENTE DE DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS Alejandro Sánchez - asanchez@todotv.tv WEBMASTER Nazario Pereira - n.pereira@todotv.tv DIRECTOR FINANCIERO Cr. Michel Schwartz - mschwartz@todotv.tv ADMINISTRAÇÃO Ana Paula Carreira - acarreira@todotv.tv Valeria Morena - morena@todotv.tv ARTE E DESENHO UNIK Media Solutions - info@unikbureau.com www.unikbureau.com
6/TTV MAGAZINE
HEADQUARTERS Aguada Park Paraguay 2141 Of. 401, Montevideo - Uruguay CP 11800 Tel./Fax: (598) 2927 2510 / 2511 / 2513 todotv é uma publicação mensal propriedade da TodotvMedia, de distribuição gratuita. Os artigos refletem a opinião dos autores individuais sobre os temas tratados, sem que isso implique controle editorial ou solidariedade da administração e dos proprietários da revista com o seu conteúdo. Para todos os efeitos se considera que os respectivos anunciantes têm a responsabilidade pelo conteúdo dos anúncios.
todotvmedia
Carlos Henrique Schroder, CEO da Globo
Globo recebeu o Dia da Academia Internacional no Rio O gigante do jardim botânico recebeu por um dia o evento que integra a indústria internacional da televisão no debate sobre o drama, a tecnologia e a cobertura dos eventos esportivos.
N
a quinta-feira, 25 de junho, a Globo inaugurou o 2015 International Academy Day, a prestigiosa reunião dos executivos da indústria da TV com a missão de criar, desenvolver e organizar um significativo evento da indústria da TV na região e gerar mais entendimento dos modelos regionais de negócio e das instituições culturais. O anfitrião do evento recebeu os executivos nos estúdios Projac, entre os quais se destacou a presença de membros da Emmy International Academy, para debater sobre o futuro da TV. Durante a jornada, Virginia Mouseler, diretora geral do The Wit, perguntou aos presentes: “Qual é a tendência dos dramas de TV?” Em sua apresentação, Mouseler mencionou as principais tendências na TV, como as “super séries”, o noir nórdico e as adaptações de obras consagradas, sejam livros, filmes, quadrinhos ou inclusive games. Também foi realizado o debate entre o roteirista Silvio de Abreu, chefe de Drama da Globo e Cláudio Torres, sócio fundador e diretor da Conspiração Filmes. À tarde, Ernesto Paglia, jornalista da Globo, convidou Raymundo Barros, diretor de Tecnologia da Globo; Francesco Venturini, diretor geral para Mídia e Entretenimento da Accenture; e Hugo Gaggioni, Chief Tecnology Officer da Sony, para falar sobre os avanços tecnológicos e a permanente busca de recursos inovadores. Outro painel destacado abordou o grande evento esportivo do próximo ano: as Olimpíadas do Rio. O painel discutiu as novas tendências da cobertura de eventos esportivos e o aproveitamento das multiplataformas. Encontraram-se no painel Jim Bell, produtor executivo da NBC Olympics e Joe Gesue, VP sênior da NBC, ambos com enorme experiência na cobertura de Olimpíadas. A noite fechou com a presença no palco da “equipe dourada” da Globo, integrada por dez ganhadores de medalhas olímpicas do Brasil, que hoje trabalham na empresa como comentaristas.
EMNÚMEROS
10
anos de produção original no Brasil comemora a HBO Latin America Group em 2015.
130
é o total de profissionais que a Directv levou ao Chile para a Copa América 2015, inclusive 27 periodistas de diferentes nacionalidades.
19,8 milhões
de telespectadores teve a quinta temporada de ‘Game of Thrones’, segundo dados de HBO.
NEWS BRASIL
Record lança plataforma SVOD
A TV Record lançou uma plataforma de SVOD denominada r7 Play, onde colocou todas as suas produções, que podem ser acessadas através de uma assinatura mensal de R$ 10.99. A nova plataforma é um resultado de uma parceria entre a Record e o YouTube. O novo serviço, que pode ser provado por 15 dias gratuitamente, está otimizado para computadores, tablets e smartphones. Tanto as produções originais da Record, além de outros programas como jornalísticos e esportivos estão disponíveis no R7 Play.
55%
cresceu a audiência da TV paga na última década na América Latina, afirma Lamac segundo dados de Ibope.
50 8/TTV MAGAZINE
marcas de equipamentos piratas apareceram no mercado na América Latina desde 2010.
14%
cresceu Movistar TV em 2014, superando os 2.4 milhões de usuários na América Latina.
BRASIL
Amos Genish, novo CEO da Telefônica Brasil
Telefônica fecha a compra da GVT A Telefônica fechou a compra da operadora brasileira via satélite GVT. Após a aprovação definitiva dos organismos de competência brasileiros em março, a Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas da Telefônica Brasil apoiou a aquisição da companhia, propriedade da Vivendi. Segundo estabelecido nos termos da aquisição, a operação foi formalizada na quantia de 4,663 milhões de euros (US$ 5,090 milhões, aproximadamente), através de pagamento em efetivo, assunção de dívida e a entrega de 12% do capital social da nova Telefônica Brasil, resultante da integração. A Vivendi irá trocar 4.5% dessa percentagem por 8.3% de ações ordinárias da Telecom Italia, como já estava previsto nos termos do contrato.
NOMEAÇÃO
José Félix é o novo presidente da América Móvil José Félix, ex-presidente da Net Serviços, foi nomeado novo presidente do grupo América Móvil no Brasil. Ficam sob sua responsabilidade as áreas de negócio Residencial -através a marca Net, cujo novo CEO é Daniel Barros (exCOO)-; Pessoas, através da marca Claro, cujo CEO é Carlos Zenteno (que já ocupava essa posição)-; e Corporativa, atraJosé Félix, novo presidente de vés da marca Embratel, cujo presidente continua sendo José América Móvil do Brasil Formoso. Os objetivos da mudança de estrutura na América Móvil Brasil respondem a um plano interno da companhia: aumentar a rentabilidade, garantir a consolidação, aumentar a participação nos mercados, melhorar a qualidade dos serviços e conservar os recursos humanos da empresa, estimulando a renovação. Integram o board da América Móvil no Brasil o CEO do grupo, Daniel Hajj, Oscar Van Hauske, Carlos Garcia Moreno, Angel Alija e Domingo Asain. Em 2014, a América Móvil no Brasil alcançou uma renda total de R$ 35.6 milhões e um EBITDA de R$ 7.8 milhões, somando as diferentes unidades de negócio. O total de clientes alcançou os 107 milhões no país.
Q&A todotv ttv
Entre desafios e oportunidades A Associação Brasileira de Televisão por Assinatura está ciente da situação atual do setor de TV por assinatura, condicionado pelos problemas econômicos do Brasil e acossado pela pirataria. Apesar disso, Oscar Simões é otimista: “O índice de alcance por volta de 30% dos domicílios brasileiros é um sinal de que ainda há muitas oportunidades de crescimento na TV paga”. Por Luis Cabrera
Twitter: @luis_cabreram lcabrera@todotv.tv
ABTA 2014
“Apesar de não haver perda de clientes, o quadro atual nos preocupa. Entendemos que é um reflexo da crise económica.” “O setor de TV por assinatura emprega 130 mil profissionais no país e contribui com milhões de reais em tributos.”
10/TTV MAGAZINE
O
mercado de TV por assinatura no Brasil tem funcionado como referência para o resto da região, graças a seu impulso permanente, um esquema regulatório claro e bons avanços tecnológicos. Porém, após vários anos com taxas de crescimento acima de 20%, o setor deixou de apresentar os mesmos números, e para a Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) isso é motivo de preocupação. O crescimento do setor em 2013 foi de 11% e caiu para 8.65% em 2014. Os fatores que justificam essa queda são diversos, como as dificuldades apresentadas pelo mercado interno, impactado pela crise econômica, e a propagação da pirataria.
“Os números apurados pela Anatel mostram que o setor manteve sua base de assinantes nos primeiros meses de 2015”, diz Oscar Simões de Oliveira, presidente executivo da ABTA. “Apesar de não haver perda de clientes, o quadro atual nos preocupa. Entendemos que é um reflexo da crise econômica, o que torna ainda mais importante a necessidade de soluções para os demais problemas aqui mencionados, para que o setor volte a crescer”. Quais são as principais questões que a Associação tem na sua agenda hoje? O setor de TV por assinatura no Brasil atravessa um momento de importantes desafios e oportunidades. Depois de vários anos com taxas de crescimento acima de 20% e ainda com crescimento de 11% em 2013, o mercado de TV
por assinatura no Brasil ficou abaixo dos dois dígitos em 2014, fechando o ano com crescimento de 8,65%, um número ainda substancial, principalmente quando comparado a outros mercados e com uma evolução de apenas 0,1% no PIB, mas que indica um ano 2015 desafiador para o segmento.
Oscar Vicente Simões de Oliveira,
O índice de alcance por volta de 30% dos domicílios brasileiros é um sinal de que ainda há muitas oportunidades de crescimento na TV paga. Graças às tecnologias de cabo e, principalmente, via satélite (DTH) –responsável por 60% dos assinantes- o serviço está presente em todos os municípios do país (cerca de 5 mil cidades).
“Esperamos que o Estado brasileiro dirija a devida atenção ao combate a pirataria, que cresce 20% ao ano e já soma 5 milhões de usuários clandestinos no país.”
Mas, se o principal desafio não é infraestrutura, o setor enfrenta vários outros no campo econômico, regulatório e tributário. Os principais são o avanço da pirataria (furto de sinal), a concorrência com novas plataformas que não estão sujeitas à mesma carga tributária e o excesso de normas regulatórias que elevam os custos das empresas do setor, sem trazer benefícios significativos para os assinantes. Entendemos que o governo federal e as agências reguladoras devem endereçar com a devida importância estas questões, que são cruciais para o desenvolvimento da TV por assinatura no Brasil e, portanto, um assunto de interesse social dos brasileiros. Qual será o impacto das novas regras de cotas de conteúdo brasileiro na TV Paga estabelecido pela Ancine? As alterações feitas na Lei da TV Paga pela instrução normativa 121 da Agência Nacional do Cinema (Ancine), no final de junho, atendem em parte algumas contribuições feitas pelo setor. Entre outras medidas, a agência ampliou o prazo em que uma obra poderá ser reprisada por um canal para atender as cotas de exibição de conteúdo nacional: de 18 meses no caso dos canais que devem veicular 3h30 horas semanais de conteúdo brasileiro; 4 meses nos canais que devem exibir 21h ou 24,5 horas; e 30 meses em canais que veiculam 84 horas semanais de conteúdos nacionais. Entendemos que isto contribui para viabilizar o retorno do investimento em produções brasileiras.
Existe uma preocupação de que a oferta de serviços é extremamente concentrada em os
grandes centros? No que diz respeito à TV por assinatura, os serviços têm alcance nacional, seja por cabo em muitas cidades ou via satélite em todo o país. Quanto à internet de banda larga, os investimentos não param. O objetivo do setor é atender a cada vez mais brasileiros e para isso também precisamos contar com o apoio do Estado, no enfrentamento dos desafios que já citamos. Uma grande preocupação da ABTA é garantir um tratamento isonômico entre os provedores de VOD que não estão baseados no Brasil e as empresas de TV por assinatura. Quais foram os avanços nesse assunto? Que mudanças de regulamentação você gostaria de ver? Este é um dos desafios do setor nos últimos anos. O governo federal busca soluções para esta questão. O que esperamos é a isonomia tributária e regulatória com as novas formas de entrega de vídeos, uma vez que eles não pagam impostos nem geram empregos no Brasil. Enquanto isso, o setor de TV por assinatura emprega 130 mil profissionais no país e contribui com milhões de reais em tributos. Mais uma vez, ABTA terá uma programação muito interessante de painéis. Quais você destacaria? Entre os diversos painéis, podemos destacar um novo bloco “Conversa com o Regulador”, com as presenças confirmadas do Presidente da Anatel, João Rezende, no dia 4 de agosto, e do Diretor Geral da Ancine, Manoel Rangel, no dia 5 de agosto. Eles apresentarão suas visões sobre o futuro do setor e responderão perguntas formuladas pelos participantes da plateia formada por players deste mercado. Também podemos destacar o painel “A TV paga, a publicidade e a nova comunicação”, tendo como palestrante Paulo Queiroz, copresidente da agência DM9DDB. Serão abordados o crescimento da audiência da TV por
assinatura e as novas formas de gerar resultados junto ao público. Outro destaque será o painel sobre “Furto de sinais”, reunindo operadores, programadores, autoridades públicas e a comunidade jurídica para mitigar a indústria clandestina de fraude. Teremos a presença da Alianza contra a pirataria na América Latina e de representante do Departamento de Justiça dos EUA. E no painel “TV não-linear: uma realidade concreta”, Mark Muehl, SVP de plataformas da Comcast, fará palestra sobre o futuro da TV paga, a partir dos novos modelos de VOD e TV Everywhere oferecidos pelas empresas do setor. Aproveitando a referência à pirataria; Qual é a realidade da pirataria no Brasil? No painel sobre pirataria na ABTA 2015, a Associação vai apresentar uma nova pesquisa sobre o avanço desta atividade clandestina no Brasil. Temos enfrentado essa prática com ações multilaterais: contribuindo com a polícia e o Ministério Público em apreensões de decodificadores ilegais em diversos estados; realizando intervenções tecnológicas que tornam cada vez mais instáveis os sinais distribuídos ilegalmente e promovendo campanhas que conscientizam o consumidor sobre os riscos e efeitos das conexões clandestinas. Mas também é preciso punir legalmente quem pratica a pirataria. Por isso, defendemos a aprovação dos projetos de lei que tornam crime esta atividade e que tramitam hoje no Congresso Nacional. Esperamos que o Estado brasileiro dirija a devida atenção ao combate a pirataria, que cresce 20% ao ano e já soma 5 milhões de usuários clandestinos no país. Além de ameaçar o emprego de 130 mil profissionais do setor, o furto de sinal faz com que os governos federal e estaduais deixem de arrecadar cerca de R$ 1 bilhão por ano. ttv
TTV MAGAZINE/11
Como tem evoluído a banda larga no país? Nos últimos anos, a velocidade da banda larga no Brasil deu um salto espetacular, de pacotes de 1 MB para até 500 MB, enquanto o custo por megabyte vem caindo na mesma proporção. Este avanço é resultado dos altos investimentos feitos pelo setor em infraestrutura de cabos e mais uma razão pela qual o Estado deve apoiar as empresas para que levem a internet rápida para cada vez mais pessoas.
Presidente Executivo da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura
NEWS TRADESHOWS
MIPCancun 2015 soma conferências e projeções A ReedMidem anunciou que ampliará a segunda edição do MIPCancun, o encontro televisivo latino-americano para compradores e distribuidores que teve lugar pela primeira vez no ano passado. A novidade para essa segunda edição é que, além das reuniões de vendas one-to-one e das oportunidades para conseguir contatos, o evento de 2015 apresentará novos painéis de discussão e projeções que irão oferecer uma experiência informativa única para produtores e emissoras de toda América Latina e o Caribe. O MIPCancun será realizado de 18 até 20 de novembro em Cancun, México.
PRODUÇÃO Rede Globo inicia gravações de nova novela A Globo começou a produção da sua nova novela para o horário nobre, ‘A Regra do Jogo’, do mesmo criador da popular ‘Avenida Brasil’, que bateu recordes de vendas internacionais para a Globo após ser distribuída em mais de 130 países. O desenvolvimento da novela avança com criação de cenografia, construção de personagens, leitura de capítulos e a preparação do elenco. As gravações iniciaram no final de maio em locações no Rio de Janeiro, onde se desenvolve a historia. ‘A Regra do Jogo’ é uma novela contemporânea com suspense, amor e humor. A novela será lançada no mercado internacional em 2016 e a Globo já iniciou a pré-venda do conteúdo no exterior.
Roderick Arosemena, Director de Negocio Residencial de Cable Onda Eduardo Zulueta, Diretor Geral de AMCNI- Latin America
BRASIL
Novo escritorio da AMCNI Latin America A AMC Networks International – Latin America (AMCNI – Latin America) anunciou a abertura dos seus escritórios no Brasil, um dos mercados mais importantes e de mais rápido crescimento para a indústria da TV por assinatura na América Latina. A programadora divulgou um acordo de colaboração com o canal brasileiro de cozinha Chef TV, que irá alavancar as produções originais da AMCNI – Latin America na região. Localizado em São Paulo, o novo escritório terá a presença local de executivos da empresa em áreas chave para o negócio da TV por assinatura, como vendas afiliados, vendas publicitárias e produção de conteúdos. Também contará com especialistas dedicados a atender o portfólio de canais da AMCNI – Latin America, que inclui as marcas AMC, Sundance Channel, elgourmet, Casa Club TV, Film&Arts e Europa Europa.
12/TTV MAGAZINE
BRASIL
Penetração de TV por assinatura beira 30% A penetração da TV por assinatura continua crescendo no Brasil, com um aumento de 1.4 milhões de lares em janeiro de 2015 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados do último relatório da Anatel colocam a penetração da TV por assinatura em 19.6 milhões de lares, que representa 29.79% do total de 65.9 milhões de lares. Com uma média de 3.09 indivíduos por lar, o total de pessoas com acesso à TV por assinatura é de 60.6 milhões. Quanto às tecnologias utilizadas, o DTH continua aumentando seu share no mercado, com um total de 11.9 milhões de lares que representam 60.95% do total. A TV a cabo ficou atrás, fechando o mês com 7.6 milhões, que representam 38.46% do total. O resto das tecnologias apresentaram números inexpressivos: o FTTH 100,158, o MMDS 11,576 e a TVA 3,297. No entanto, nos grupos econômicos o líder absoluto continua sendo a Telmex, com mais de 10 milhões de assinantes e 51.99% do mercado. Atrás aparecem Sky/Directv com 5,646,110 (28.72%), Oi com 1,264,909 (6.43%), GVT com 899,324 (4.57%) e Telefónica com 776,097 (3.95%). O resto das companhias representam em conjunto 4,34% do mercado.
FEIRA E CONGRESSO ABTA 2015
14/TTV MAGAZINE
Inova frente à crise A economia brasileira enfrenta sua pior crise financeira em 25 anos, com um sério retrocesso do mercado interno que afeta todos os setores industriais. Essa é a realidade enfrentada pelo negócio da TV por assinatura, e como superá-la e um dos temas centrais da nova edição da Feira e Congresso ABTA 2015. Por Luis Cabrera
Twitter: @luis_cabreram lcabrera@todotv.tv@todotv.tv
O
vento mudou de direção no Brasil. A economia mais importante da América Latina -a sétima do mundo- enfrenta um ano de profunda crise, com um retrocesso do PBI projetado em 1.45% para esse ano, a maior queda no país em 25 anos. Perante um aumento no desemprego e um péssimo momento do mercado interno, a indústria da TV por assinatura e da banda larga foi obrigada a modificar suas estratégias para enfrentar a nova realidade, marcada tanto pela crise como pelo particular cenário regulatório do país. Esses são os temas que deixam tão atraente a Feira e Congresso ABTA 2015, que mais uma vez receberá todos os protagonistas da indústria da TV por assinatura e das telecomunicações no Transamérica Expo Center. A edição desse ano terá lugar de 4 a 6 de agosto. “O setor de TV por assinatura no Brasil atravessa um momento de importantes desafios e oportunidades”, comenta à todotv Oscar Vicente Simões de Oliveira, presidente executivo de ABTA. Uma análise da seleção de
painéis e sessões da nova edição do evento mostra que ambos os aspectos serão tratados em profundidade. A QUALIDADE DE SEMPRE. Cada ano, a ABTA realiza o esforço de oferecer um grupo de painéis, sessões e workshops do mais alto nível (nesse ano serão 40 em total), com figuras destacadas que debatem e analisam os temas mais importantes do momento, tanto no mercado brasileiro como nas tendências mundiais da indústria. Nesse ano, as discussões sobre o momento atual da indústria brasileira não faltarão. A abertura, a cargo de Simões de Oliveira, abordará os desafios atuais do setor. Após o presidente da ABTA, João Rezende, presidente da Anatel, contribuirá com sua visão do mercado e responderá as perguntas dos participantes. Outros painéis importantes do primeiro dia, como “O presente e o Futuro da TV paga”, “Os desafios da regulamentação no mundo não-linear” e “Furto de sinais: abordagens e resultados”, complementarão a primeira jornada. O segundo dia mudará o foco com painéis e sessões como “A TV paga, a publicidade e a nova comunicação”, “A Evolução da TV por Assinatura frente aos novos comportamentos” e “O papel da TV por Assinatura na construção de marcas e resultados”. No terceiro dia do congresso, o foco será colocado no universo não-linear, iniciado pelo painel “TV não-linear: uma realidade concreta”, a cargo do palestrante internacional Mark Muehl, SVP de Plataformas de Comcast. PRESENÇAS IMPORTANTES. Muehl é um dos nomes mais destacados que participarão
PIRATARIA: A PALAVRA DOS EXPERTOS
A feira voltará a apresentar a tendência desse tipo de eventos, com predomínio de fornecedores de tecnologia, mas também com a presença das grandes operadoras e programadoras da região. “O setor de TV por assinatura no Brasil atravessa um momento de importantes desafios e oportunidades.” Oscar Simões de Oliveira, presidente da ABTA
do ABTA 2015. O executivo da Comcast, um dos referentes do gigante estadunidense, é um assíduo participante de congressos e workshops em representação da empresa, compartilhando seu conhecimento no desenvolvimento da internet de alta velocidade, serviços de voz, vídeo e segurança.
UM ESPAÇO DIVIDIDO. Se o congresso se encontra tão sólido como sempre, a feira atravessa a mesma evolução que vem sendo percebida nos outros eventos regionais do setor. A tendência é clara: as empresas fornecedoras
No ano passado, os metros quadrados estiveram divididos de forma equilibrada, mas a quantidade de empresas condensada na parte posterior do prédio, ocupada quase absolutamente pelas companhias asiáticas, demonstram claramente a direção que estão seguindo esse tipo de feiras. Porém, em termos gerais o atrativo continua vindo dos stands dos canais e operadoras de TV por assinatura, o que não mudará nessa edição. Programadoras como Globosat, Discovery Networks, FOX International Channels, Turner e Band e operadoras como Claro, On, Net, Telefônica e Oi estão entre os mais de 40 canais confirmados. A ausência de um stand da Sky, a segunda operadora do país depois da Telmex (Claro/ Embratel/Net) continua sendo uma dívida do evento. A Sky é afiliada da ABTA e participa do congresso, mas não tem um stand no evento.
QUASE 20 MILHÕES DE LARES Segundo os números da Anatel, o Brasil fechou maio com 19.7 milhões de lares com TV por assinatura no final de maio, o que marca um crescimento de 0.74% em comparação com dezembro de 2014, e um novo recorde para o mercado. Assim, 29.8% dos lares possuem TV por assinatura, com preponderância da região Sudeste com 42% dos lares assinantes (12,076,997). O DTH continua sendo o serviço mais escolhido pelos usuários (60.33% do total), seguido pela TV a cabo (38.98%). O líder em clientes é a Telmex (Claro/Embratel/Net) com 51.99% do mercado. Atrás aparece a Sky/ Directv com 28.72% dos clientes. Do resto, unicamente a Oi (6.43%), a GVT (4.57%) e Telefônica (3.95%) superam a marca de 1%. Dos mencionados, apenas Vivendi e Telefônica aumentaram a sua base de assinantes em relação a abril. No referido à banda larga, o Brasil fechou maio com 218,2 milhões de acessos, o que significa um crescimento anual de 40%.
O evento terá um total de 40 painéis e sessões, incluindo as Sessões de TV por assinatura.
TTV MAGAZINE/15
O congresso terá uma vez mais a presença das principais personalidades da indústria local, além do apoio governamental proporcionado pela presença do Ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, e o de Cultura, Juca Ferreira. Também participarão da abertura do evento os CEO de quatro das operadoras de TV por assinatura e banda larga mais importantes do país: José Felix da Net; Carlos Zenteno da Claro; Amos Genish da Telefónica/Vivo; e Bayard Gontijo da Oi.
de tecnologia ganham cada vez mais espaço dentro do market floor.
Uma das últimas sessões do primeiro dia do ABTA 2015 terá como foco o problema da pirataria. A sessão 4, intitulada “Furto de sinais; abordagens e resultados”, contará com dois palestrantes -um deles é o deputado federal Nelson Marquezan Filho- e um painel de debate que será moderado por Antônio Salles Neto, diretor do Sindicato Nacional das Empresas Operadoras de Televisão por Assinatura e de Serviço de Acesso Condicionado (SETA). Entre os integrantes do painel de debate é possível destacar a presença de Daniel Ackerman, Fiscal Adjunto da Procuradoria Geral Departamento de Justiça dos EUA, quem visitou vários países da América Latina para realizar oficinas sobre estratégias para o combate da pirataria.
Q&A todotv ttv
O melhor do esporte O portfólio de canais e plataformas de esportes da Globosat não descansa na sua missão de satisfazer as expectativas das audiências e os novos hábitos de consumo. Da cobertura da Copa das Copas à Copa América Chile 2015 ou às Olimpíadas que VÊM ai, a oferta de programação e serviços da Globosat não deixa de surpreender. Por Sebastián Amoroso Twitter: @sebamoroso samoroso@todotv.tv
de conteúdos e coberturas especiais, como foi o caso da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, a Copa América desse ano no Chile, e como serão as próximas Olimpíadas do Rio de Janeiro.
“Em 2015 mesmo tivemos que abrir excepcionalmente mais canais SporTV para poder exibir todos os eventos disponíveis na mesma data e horario.”
Pedro Garcia, diretor de Esportes da Globosat, conversou com a todotv sobre a estratégia esportiva da Globosat e as coberturas dos megaeventos do Brasil. Qual é a importância dos canais esportivos na estratégia corporativa da Globosat? O SporTV tem um papel importante dentro do portfólio de canais da Globosat. É canal fundamental para manutenção das assinaturas de pay TV e com grande relevância para aquisição de novos assinantes. O melhor do esporte está aqui. São mais de 5,000 eventos transmitidos por ano, programas de debate e jornalismo esportivo de qualidade. Chegamos ao fim de 2014 com 69% das 100 exibições de maior audiência da pay TV, sendo que 9 dessas exibições entraram no top 10. Além disso, conseguimos manter a liderança absoluta no horário nobre entre os canais adultos desde 2008. Todos esses resultados demonstram também a força da Globosat como programadora.
16/TTV MAGAZINE
“Com a Copa América batemos o recorde histórico de audiência da Pay TV na final entre Chile e Argentina.”
N
ão há duvidas de que o esporte é um dos principais gêneros de entretenimento que engaja e estimula as audiências da TV por assinatura. Isso é particularmente válido num continente com audiências tão fanatizadas como a América Latina, e principalmente num país-continente como é o Brasil.
Nesse sentido, a programadora Globosat oferece uma vasta oferta de canais dedicados aos esportes que oferecem uma diversidade
Com a quantidade de eventos que possuímos na nossa prateleira, três canais às vezes não são suficientes, mesmo com os canais dedicados de futebol ao vivo, o Premiere e o de luta MMA, o Combate! Em 2015 mesmo tivemos que abrir excepcionalmente mais canais SporTV para poder exibir todos os eventos disponíveis na mesma data e horário. Como foi a cobertura da Copa no Brasil para a empresa? O nosso grande destaque em 2014 foi, sem dúvida, a cobertura que fizemos da Copa do Mundo. Foram 32 dias de
Pedro Garcia,
evento, 768 horas ao vivo no ar, 64 jogos, cerca de 430 profissionais credenciados e mais de 33 milhões de pessoas impactadas pela nossa cobertura. Tivemos um projeto ousado, com mobilidade, abrangência.
Diretor de Esportes da Globosat
Apostamos em programas com formatos inovadores, como o ‘É Campeão!’, mesa redonda que reuniu os grandes capitães do futebol mundial, como o italiano Cannavaro e o argentino Passarela. Todo esse esforço trouxe resultados espetaculares para o canal: fez com que liderássemos a pay TV em todos os 64 jogos, superando a soma dos outros canais de esporte. Ainda fomos líderes absolutos entre o público masculino adulto e todos os nossos programas ficaram no top 10 de audiência. E qual foi a proposta da Globosat para a cobertura da Copa América Chile 2015? Com o sucesso do evento Copa do Mundo no Brasil, apesar do fatídico 7 a 1, tínhamos a chance de resgatar na Copa América toda aquela vibração que os jogos das seleções latino-americanas tinham trazido à tona. O SporTV tem a preocupação de trazer para o assinante a melhor experiência possível em suas transmissões: com emoção, credibilidade e com uma grande oferta de conteúdo. Fizemos com exclusividade na TV por assinatura todos os 26 jogos da competição. É uma cobertura plural, abrangente, e o público percebe isso. Não focamos apenas na seleção brasileira.
“O projeto Rio 2016 já vem sendo planejado há mais de dois anos. É sem dúvida a maior e mais abrangente cobertura feita pelo SporTV.”
E esses números são um reflexo dessa busca constante pela qualidade. Todo o esforço e planejamento é percebido pelo público em cada detalhe da nossa cobertura, nas câmeras exclusivas, nas equipes in loco e nos programas que colocamos no ar.
Com a Copa América batemos o recorde histórico de audiência da pay TV na final entre Chile e Argentina. Nunca nenhuma outra transmissão foi assistida por tantas pessoas. Hoje, 8 das 10 maiores audiências de 2015 da TV por assinatura, são da Copa América.
Como a programadora está se preparando para as Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016? O projeto Rio 2016 já vem sendo planejado há mais de dois anos. É sem dúvida a maior e mais abrangente cobertura feita pelo SporTV. O conceito é: “Compramos todos os ingressos e o assinante é nosso convidado”. Vamos transmitir 100% das competições, desde a fase classificatória até a entrega de medalhas, com 16 canais em HD na TV paga e até
Estúdio Toronto SporTV
Pablo Escobar: O Senhor do Tráfico Globosat Play
NA VANGUARDA DA MÍDIA Na área de tendências digitais, a Globosat tem hoje uma oferta de plataformas online para satisfazer a demanda dos novos hábitos de consumo de conteúdo. “Nós distinguimos o serviço OTT puro de um serviço TV everywhere, mesmo que ambos usem a internet aberta”, explica à todotv Gustavo Ramos, diretor de Novas Mídias da Globosat. “O TV Everywhere é fortemente ligado à lógica da TV e resolve um problema diferente do OTT: um ajuda a assistir aos canais ou a algum programa que passou (catch-up), enquanto o outro é um produto de entretenimento em si, movido a acervo”, complementa. Nesse sentido, o executivo explica a performance dos produtos online da Globosat. “Muu foi relançado como Globosat Play (passando a fazer parte de uma família de TV Everywhere que conta com Telecine Play, Premiere Play, Combate Play e SexyHot Play), o Philos segue ampliando sua base de distribuição e Clapp foi lançado como +BIS. Todos estão gerando milhões de horas de consumo mensal e muito aprendizado para a Globosat”, destaca.
56 sinais ao vivo na web. É conteúdo 24 horas ao vivo, onde e quando o assinante quiser.
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O SporTV vai estender para outras telas sua cobertura completa, com um player de vídeo totalmente interativo. Através do SporTV Play, plataforma para assistir à programação em tempo real no desktop ou em smartphones e tablets, o assinante vai poder navegar de forma simples e intuitiva por todas as transmissões, tendo inclusive a opção de selecionar os eventos por data e modalidade e mudar de tela, pausar ou retroceder quando for conveniente. Como são muitos eventos, ele ainda tem a opção de ser avisado através de uma notificação em seu calendário sempre que o seu esporte ou ídolo estiver em ação. ttv
MÉXICO
Netflix prepara nova produção original Netflix acaba de anunciar os detalhes de sua próxima série original latino-americana, intitulada ‘Ingobernable’. A nova produção em espanhol, protagonizada pela atriz mexicana Kate del Castillo, complementa os seriados ‘Narcos’ e ‘Club de Cuervos’, cuja estreia está prevista para agosto. A plataforma anunciou que investirá US$ 5 bilhões em produção original nos próximos anos, já que seus seriados originais são os seus principais atrativos e boa parte das suas receitas foi gerada pelo sucesso de títulos como ‘Orange Is The New Black’ e ‘Daredevil’, pelo que a buscará continuar com esse impulso em 2016. O seriado, que será produzido pela Argos e dirigido por José Luis García Agraz e Pedro Pablo Ibarra “Pitipol”, iniciará as filmações no México no início de 2016 e apresentará um formato de 20 episódios. Del Castillo interpretará o pa-
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Narcos Serie pel protagônico de Irene Urzúa, a esposa do presidente do México. “A Netflix está comprometida com a criação de seriados originais de qualidade para o México, os EUA, a América Latina e o mundo. Estamos felizes de trabalhar com Kate del Castillo, uma das estrelas mais talentosas da América Latina, em ‘Ingobernable’, nossa próxima série original produzida no México”, disse Ted Sarandos, diretor de Conteúdos da Netflix. ‘Ingobernable’ estará disponível exclusivamente na Netflix em 2016.
CANAIS
Disney Junior lança feed para o Pacífico Desde abril, o Disney Junior tem um canal exclusivo para Equador, Chile, Peru e Bolívia, que antes compartilhavam o canal com os seus vizinhos do Atlântico (Argentina, Uruguai e Paraguai). O canal continua oferecendo os programas e filmes favoritos dos mais miúdos, mas com horários que refletem melhor o estilo de vida das famílias. A voz do canal também foi adaptada com mais precisão às preferências dos países que integram esse novo sinal, através de um locutor com sotaque de espanhol neutro.
DISTRIBUIÇÃO
Brasil, entre os maiores territórios da Netflix Utilizando o dado de 16.8 milhões de assinantes internacionais reportados em dezembro de 2014, a consultora SNL Kagan elaborou um ranking com os países mais importantes para a plataforma OTT. Nesse sentido, o Canadá se posiciona como o território mais importante com mais de 3.5 milhões de assinantes. Quase na mesma linha aparece a seguir o Reino Unido, e o pódio é completado pelo Brasil. Segundo a SNL Kagan, o país latino-americano supera os dois milhões de assinantes. Em seguida, outro vizinho vem atrás, o México, na quarta posição. Quinta vem a Holanda, o mercado que revelou maior crescimento. Argentina, Colômbia, Chile e Venezuela são os seguintes países com maior número de assinantes na América Latina.
Reed Hastings, cofundador e CEO da Netflix
NEWS NOMEAÇÃO
Hugo Amaral Ramos estreia na Arris Hugo Amaral Ramos se uniu à Arris como Chief Regional Technologist (CRT) para a região CALA (Caribe e América Latina), com base em São Paulo. Amaral Ramos trabalhará em conjunto com equipes técnicas que assistem os clientes da Arris na região, para garantir que o portfólio de produtos esteja alinhado com a visão e a expectativa da empresa. O executivo Hugo Amaral Ramos, novo Chief Regional Technologist (CRT) para a região CALA vem da NET, o maior cliente no Brasil, e tem mais de 16 anos de experiência na indústria do cabo. Nesse tempo na NET, ele ocupou várias posições, entre elas a mais recente como gerente sênior de Tecnologia, sendo responsável pela definição e implementação das novas tecnologias da companhia.
ReportagemCentral
Mapa AMÉRICA LATINA
do negócio VoD
Os projetos de VoD na América Latina avançam rapidamente após um lustro inicial com foco na procura da rentabilidade. A chave para um desenvolvimento maciço é uma melhor negociação com os donos do conteúdo e a padronização de alguns processos tecnológicos, com a consequente redução dos custos. No entanto, inesperados concorrentes fazem sua entrada no mercado. Por Daniel Collico Savio *
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TECNOLOGIA E VARIANTES COMERCIAIS DO VOD. A expectativa em torno aos atuais projetos de VoD na região lembra os lançamentos de banda larga ou de alguns SVAs: pretende-se deles receitas imediatas. O contexto da indústria apresenta estagnação, ARPUs em queda e maior pressão regulatória. Nos primeiros anos de vida do VoD na América Latina foi possível ver melhorias em vários aspectos, particularmente nas formas de interação com os estúdios, em tornar alguns processos mais efetivos e, principalmente, em entender como melhorar a experiência dos usuários. Isso tudo acontece num contexto de irrupção de OTTs aparentemente outsiders, mas que são os verdadeiros concorrentes diretos. O debate sobre a rentabilidade oferece o seguinte matiz: havendo uma dezena de fatores para ajustar, parece que o único que interessa são os preços. E eles se mantém estáveis, igual que outros dogmas: que certa massa crítica de clientes é indispensável, que é preciso ter “todos” os conteúdos ou que a TV linear já está morta perante o VoD. As perguntas nas conferências são as de sempre: qual é a massa crítica? Como garantir o crescimento constante de um projeto VoD? Existe um “número má-
gico” para os preços? Existem outros fatores que estão sendo descuidados na estratégia de longo prazo? Esse artigo pretende responder essas perguntas de um modo bem prático, examinando algumas hipóteses e sem esquecer a perspectiva do usuário final.
O primeiro assunto: o VoD é um negócio que não depende da natureza do operador. Se estiver permitido na regulação, não importa que a rede seja de cabo, de cobre ou via satélite. Também não existe mais a discussão sobre “short form” -o conteúdo adaptado para celulares- já que os celulares estão começando a fornecer o mesmo conteúdo que os aparelhos fixos. Além disso, as operadoras de cabo têm anos de convívio com os estúdios e podem se apoiar em negócios anteriores de TV linear. O VoD, então, é agnóstico a respeito das tecnologias, e isso se reflete na proliferação de numerosos padrões para vídeo. Mas ainda existe uma questão espinhosa: a diferença entre VoD, IPTV, OTT e outros acrônimos que vemos na bibliografia. VoD é o nome genérico do serviço referente à liberdade total do usuário para ver determinado conteúdo quando, onde e como quiser. Nesse ponto está a grande diferença com a TV linear
FIG. 1: DIFERENCIAS ENTRE IPTV E VOD ASSUNTO IPTV Filosofia “Minha rede, meus clientes” TV linear Incluído Dispositivo Set-top-box Serviço Definido em letra pequena HD Assegurado Meios de pagamento Muitos
OTT “Sem rede, qualquer cliente” É outra coisa As cinco telas “Best effort” Na ARG, não Cartão de crédito
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Depois da definição técnica IPTV vs. OTT, a operadora deve definir seu modelo de negócio com os estúdios. As opções são as seguintes: > O modelo transacional (TVoD) baseado no aluguel de estreias no qual o cliente paga por título. > O modelo de assinatura (SVoD), no qual os clientes pagam por mês e acessam um pacote de centenas de títulos em modo “all you can eat”. > O modelo electronic sell-through (EST), no qual o cliente compra o conteúdo de forma definitiva.
e com o Pay per view (ao meu ver, em vias de extinção). Logo, quanto à forma tecnológica, o IPTV está centrado na rede e nos clientes da operadora, o que se opõe diretamente à liberdade total oferecida pelo OTT, orientada a qualquer cliente final independente de questões de rede. E vou além: creio que o IPTV encarna a velha filosofia da operadora que levanta walled gardens bem definidos apenas para seus clientes, enquanto o OTT permite a entrada de novos jogadores sem rede própria, caracterizados por maior proximidade com o conteúdo e com processos mais dinâmicos. Essas diferenças estão representadas na Fig.1, cujas filas representam uma “checklist” para qualquer projeto de vídeo em fase de planejamento. Ali está definido o alcance do projeto em termos de dispositivos, qualidade de imagem, meios de pagamento e outras questões que devem ser definidas desde o início. O ciclo de vida dos filmes começa nas salas de cinema, três meses depois são oferecidos em DVD e Blu-ray, quase em simultâneo com o TVoD e o EST. São seguradas um tempo, depois passam para a TV paga e mais tarde -2 ou 3 anos depois da estreia no cinema- para o âmbito SVoD. No fim do ciclo são habilitados para a TV aberta. Esse esquema de “janelas” temporais está alinhado com as três variantes comerciais do VoD; com elas, os estúdios pretendem maximizar o retorno do investimento para cada conteúdo.
IMPACTO DO CONTEÚDO NA VIDA DAS OPERADORAS. Existe uma questão adicional: que tipo de conteúdo escolher? Temos os majors, sete estúdios grandes. Nesse grupo existe um leve predomínio da Warner e da Sony quanto a produção, e da Disney por um
Essas reflexões sobre o lançamento do VoD revelam uma questão mais profunda. Como analisar o impacto na estrutura da operadora? Podemos acaso supor que o VoD consiste apenas em nomear um gerente de conteúdos? Para responder essa pergunta utilizei o formalismo STOF (Bowman, 2008), onde são apresentados quatro domínios a serem revisados durante o lançamento: Serviço, Tecnologia, Operação e Finanças, como podemos ver nos exemplos da Fig.2. Não surpreende que o conteúdo impacte nesses domínios. O VoD conspira contra a operadora, pois muda o seu foco da tecnologia para o entretenimento. Essa transformação implica aprender a depender do conteúdo, um recurso absolutamente alheio para essas empresas. Os aspectos principais estão presentes nas quatro áreas do STOF e podem ser resumidos em uma frase: a maioria das operadoras tradicionais carecem de profissionais experimentados na gestão de conteúdos. É preciso salientar esse fato: o driver de sucesso no VoD, aquilo que permite a diferenciação e o crescimento, pertence aos estúdios. Vamos comparar essa realidade com a situação histórica das operadoras acostumadas a trabalhar
com ativos próprios como redes, plataformas e clientes, em alguns casos cativos. Os mínimos garantidos (MGs) são a questão visível do novo status-quo: o estúdio coloca as regras e garante a sua receita no início de cada período, enquanto a operadora assume os riscos. Mas, voltando ao ponto anterior, vamos considerar alguns dos motivos do aumento do custo do conteúdo. > Existe uma demanda crescente de conteúdos por parte dos novos jogadores como Amazon. Eles são agressivos e estão dispostos a pagar mais do que os atores tradicionais. Para eles, é o custo para entrar no negócio. > Outros atores (Netflix, Hulu, recentemente HBO) pertencem ao mundo dos conteúdos. Essa reconversão significa uma nova ameaça, um concorrente “da própria vizinhança”, pois conhecem perfeitamente o negócio. > Os estúdios percebem que a chegada de novos formatos (antes DVD e Blu-ray, hoje VoD) não canibaliza as receitas tradicionais: são fontes de renda adicionais. Em termos gerais, a renda está crescendo. > Estão sendo testadas novas janelas premium de apenas dois meses entre a estreia em cinemas e o lançamento em TVoD, que habitualmente é mais caro. - Qualquer melhoria tecnológica implica um aumento dos preços. Por exemplo, a Netflix anunciou que a qualidade 4K vai impactar no preço para os usuários finais. Todos esses elementos salientam a importância de uma análise cuidadosa do modelo de negócio e do impacto financeiro de lançar um negócio de VoD. Por isso, o capítulo seguinte trata sobre números concretos num modelo de negócio.
FIG. 2: CONTEÚDOS EM MODELO STOF DIMENSÃO S Serviço
DEFINIÇÃO Definição sobre conteúdos Diferencia no mercado Modelo de VoD Integração com sistemas legado, CRM e Analytics
EXEMPLOS Estúdios. Multi-tela SVOD, TVOD, etc. Promoções, “bundles”
T Tecnologia
Largura de banda e permite mais vendas Integração com sistemas isolados, CRM e Analytics
Maior BW incide no QoS QoS Custos de processamento entre parceiros
O Organização
Pessoal con conhecimentos sobre gestão de Conteúdos, aspectos legais e Marketing Sinergias fixo-móvel
Oportunidade para Agregadores. Compartilhar conteúdos entre Sócios.
F Finanças
Negociações sobre renda e MGs
Buscas de modelos CPS
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De que forma as operadoras podem se beneficiar ao agir seguindo essas janelas? O orçamento para conteúdos é limitado, portanto, é preciso decidir estrategicamente um lançamento forte em um desses aspectos, ou, se for possível, combinar dois deles. Naturalmente, isso requer uma análise do próprio mercado e da concorrência para procurar uma diferenciação com o mínimo custo possível. Enquanto o TVoD fornece além de receita o barulho mediático e o branding associado às estreias, o SVoD usualmente é mais simples de gerir, cria hábito no usuário e tem as vantagens financeiras da recorrência do pagamento. O EST é um caso muito especial: precisa de um grande investimento e de um ecossistema técnico para baixar o conteúdo ou para acessá-lo na nuvem; o melhor exemplo é o iTunes. A Netflix, no entanto, é o exemplo de SVoD, e evita cuidadosamente comunicar a desatualização do seu acervo. O TVoD está sendo muito usado para lançamentos de orçamento limitado por operadoras médias ou pequenas da região. Dessa forma, a exigência da “massa crítica” mencionada previamente fica relativizada.
branding único -todo mundo sabe o que é Disney-. Mas também há uma constelação de conteúdos indie e premium que podem oferecer uma melhor relação qualidade-preço, na medida em que o marketing da operadora saiba orientar a área de conteúdos a respeito de que tipo de clientes é preciso satisfazer ou reter. Tem países onde o conteúdo local tem a mesma importância que o de Hollywood e tem outros onde se trabalha por nichos de mercado. Por exemplo, o conteúdo manga ou anime é imprescindível para o 4% da população japonesa de São Paulo. Além disso, nesse momento na região, VoD implica ter seriados, e isso significa SVoD.
ReportagemCentral FIG. 3: FIXAÇÃO DE VARIÁVEIS EM BP VARIÁVEIS Massa crítica inicial “Uptake SVoD Transações TVOD Nº Títulos Nº Dispositivos Mix de produtos Nº Estúdios
ORIGEM DO DADO Mkt. Operadora Mkt. Operadora Mkt. Operadora Estúdios NW Operadora Mkt. Operadora Mkt. Operadora
LIMITANTE Tamanho da operadora Orçamento Orçamento, viralidade Orçamento Investimento Orçamento Orçamento
INCERTEZA Baixa Alta Média Baixa Baixa Baixa Alta
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UM ZOOM AO BUSINESS PLAN DO VOD. A conferência da ITS reúne a mesma quantidade de acadêmicos que de executivos das operadoras. Quando eu apresentei uma planilha como parte da minha exposição, sentí que por um lado estava perdendo uma audiência acadêmica -eles preferem a teoria- e que, no entanto, estava sendo demasiado detalhista com as operadoras. Estou assumindo o mesmo risco nessa publicação: creio que esses detalhes iniciais do business plan (BP) contêm a química do negócio, o que distingue o sucesso do fracasso. Existem cerca de 20 parâmetros que determinam como cresce o negócio. A Fig. 3 enumera alguns deles: uns são próprios da operadora, outros do estúdio, outros surgem do conhecimento de projetos anteriores. Através deles são construídas as “curvas S” do negócio - crescimento até a saturação - que detalham renda e custos num lapso de três anos. Em poucas palavras, os primeiros meses do projeto são caracterizados pelo crescimento da base de clientes SVoD, com base na massa crìtica inicial de clientes da operadora e alavancado pelo investimento em publicidade tradicional e nas redes sociais. Se o projeto incluir TVoD, terá renda adicional por transações produzidas por “tração” das estreias sob a mesma base SVoD. Por isso é vital a experiência de usuário nos primeiros meses, assim como entender -através dos Analytics- como esses clientes consomem VoD: que conteúdos, em que momento, em que dispositivo, com que frequência, etc.
Consequentemente, esse conjunto inicial de parâmetros permite estimar para cada novo projeto uma evolução e uma ideia aproximada de sua rentabilidade. Os fatores de sucesso são: comunicação muito clara, tanto online como offline, treinamento profundo do Call Center, e gestão do projeto acorde com as expectativas propostas no “board’. O VoD pode ser usado para ganhar dinheiro ou apenas para fidelizar clientes, dependendo da aposta inicial. Agora voltemos um passo atrás. A negociação com os estúdios não é simples: consiste em uma dezena de variáveis que devem ser consideradas, como preços finais de aluguel de TVoD, preço de pacotes SVoD, distribuição de estúdios num pacote, listas de títulos, disponibilidade das datas, etc. Usualmente as receitas por aluguel (TVoD) ou por assinatura mensal (SVoD) são divididas em partes iguais entre a operadora e o estúdio, num modelo
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Os novos jogadores “OTT puros” como a Netflix não possuem massa crítica inicial, mas negociam com mais habilidade, a sua interface é mais simples e processam melhor os custos dos seus conteúdos. Portanto, apesar de começar de zero, crescem com rapidez. A Fig. 4 exibe a modelização para um OTT que cresce como resultado de promoções “try&buy” (exemplo: primeiro mês gratuito). O churn e levemente maior que nas operadoras móveis. A modelização inclui gastos de processamento SD, três dispositivos e três estúdios “majors.” PREÇOS DE VOD NA AMÉRICA LATINA. A minha intenção inicial ao levantar projetos de VoD na América Latina era entender a mecânica da formação de preços. Acaso tudo era uma cópia de projetos rivais? Será que os estúdios e as operadoras ousariam baixar seus preços para conseguir mais assinantes? Creio que nesse momento a concorrência é absolutamente díspar, e que as diferentes situações regulatórias e a falta de estatísticas mais robustas impedem tirar melhores conclusões sobre o pricing. Porém, quis colocar num único gráfico para a região ambos os tipos de preços (TVoD e SVoD) e usar os dados para inferir algumas conclusões sobre estratégias. Na prática, escolhi uns 30 projetos de VoD na América Latina para analisar seus preços de VoD nos períodos de junho a agosto de 2014 e compará-los com a crescente oferta de outsiders como Netflix ou iTunes. No caso do TVoD, os preços analisados são os de aluguel de estreias em HD (filmes de referência: ‘Godzilla’ e ‘Iron Man 3’). As curvas para ambos os preços (TVoD e SVoD) apare-
FIG. 5: PREÇOS VOD EN LATAM
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FIG. 4: MODELIZAÇÃO
O crescimento está sujeito a um churn -um dado muito relevante- levemente superior ao dos serviços de telefonia móvel. Na maioria dos casos em apenas dois ou três anos aumenta a concorrência ou o serviço experimenta alguma modificação, o que tem como uma moderação da curva. O número de títulos representa um diferencial do projeto; esse aspecto, junto com o número de dispositivos possíveis e a possibilidade de oferecer HD, são negociados com os estúdios. Quanto maior é o volume do negócio, refletido em mais títulos e mais dispositivos, maior é o custo de processamento de arquivos.
de revenue-share. A maior preocupação das operadoras é o custo do conteúdo e diminuir o máximo possível a exigência dos MGs. Os estúdios investem milhões nos seus filmes, mas as operadoras podem convencê-los da conveniência de fracionar ou minimizar esses MGs para garantir o sucesso econômico no longo prazo para ambas as partes.
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ReportagemCentral cem na Fig. 5 em contraste com o PPP (medida do poder de compra, segundo o the World Fact Book, 2013) de cada país. A dispersão dos pontos na Fig. 5 revela justamente que não todos as operadoras investem com a mesma força no VoD. > Em alguns casos, é preciso entender que os atores estão jogando campeonatos diferentes. Uma operadora grande pode assumir MGs mais altos, suportar perdas nos primeiros anos, confiar na sua massa crítica e aguardar. Suas fortalezas: meios de pagamento, IPTV, diversidade de conteúdo e possibilidade de HD. > Exceto em países com concorrência significativa (México e Brasil), os preços permanecem na mesma linha dos concorrentes regionais e seguem o padrão mais simples de um preço por modelo: US$ 3.50 para TVoD e US$ 7.5 para SVoD. > Existem algumas “propostas de mais valor”: VTR no Chile e Yuzu no México são capazes de ser líderes em preços de SVoD porque oferecem melhores serviços: premium ou conteúdos para adultos, eventos ao vivo, melhor qualidade ou mais dispositivos. Isso lhes permite decolar no mercado. > A operação nascente da Claro parece estar alinhada com um “VoD barato” de pouco conteúdo, retenção e sem foco na inovação. A Claro migrou o seu negócio através da plataforma Neón e da aquisição da agregadora de conteúdos DLA, e provavelmente ainda esteja redefinindo a sua estratégia. > Não temos uma comunicação clara de VoD na internet. Ou o que é ainda pior, há uma decisão geral de não comunicar. Isso pode acontecer pela alta rotatividade de filmes, pela sucessão de estreias ou simplesmente por uma falta de foco no assunto. A exceção é a Cinépolis Klic do México, que apresenta bons tutoriais na internet e sugestões pelo Twitter.
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FIG. 6: SEGMENTOS DE ADAPTACIÓN DE VOD
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> “Esperar”: a telco uruguaia Antel combina uma posição de mercado dominante com o foco no FTTH. A empresa pública decidiu adiar o seu lançamento de IPTV e, no entanto, oferece um acordo com a Netflix para seus clientes migrados para fibra (planos Vera). Essa é uma boa estratégia, já que o Uruguai alcançou uma alta penetração de FTTH. No entanto, a Netflix já se tornou sinônimo de VoD no país, com a exceção do recente lançamento do OTT da operadora de TV a cabo TCC. CONCLUSÕES. A arte do VoD está nos pequenos detalhes, em planejar a operação desde o início, em negociar com precisão cada termo e em decidir se o objetivo é tentar liderar o mercado ou se o VoD será apenas um valor agregado da oferta para fidelizar clientes. Não existe meio-termo. O VoD se tornará maciço na América Latina quando sejam superadas algumas barreiras, tanto em operadoras como em fornecedores de tecnologia. Espera-se das operadoras a capacidade de negociar e de gerir melhor o conteúdo. Adicionalmente, elas têm um trabalho importante nas suas equipes de IT para integrar o Analytics a baixo custo para alcançar um maior entendimento do negócio. Dos fornecedores se espera uma espécie de pacto tecnológico entre as dezenas de qualidades, formatos e dispositivos que prepare o terreno para um processamento de arquivos mais econômico. Dos estúdios apenas resta esperar mudanças muito vagarosas nas condições comerciais. À medida que essas melhorias aconteçam no longo prazo, isso será refletido nos preços finais do VoD. Caso contrário, o grande público continuará preferindo a pirataria em suas versões possíveis: streaming (Cuevana) e descarga directa (Pirate Bay). Nesse aspecto, a América Latina é muito semelhante ao resto do mundo: se considerarmos a distribuição de clientes como uma gaussiana (ver Fig. 6), o objetivo de mercado dos VoD oferecidos por operadoras é o mainstream na parte central dessa figura. Em ambos os lados existe a pres* Diretor de Snark Consulting Esse artigo combina alguns conceitos do paper “VOD pricing in LatAm: A business perspective” apresentado na ITS (International Telecommunication Society, Firenze 2013) com uma experiência profissional de cinco anos trabalhando com operadoras, estúdios e agregadores em desenvolvimentos de VoD.
são dos streamings ilegais (os Cuevana) e dos “torrents” para usuários expertos que podem baixar um arquivo do The Pirate Bay, colocar a legenda no Subdivx e curtir à vontade o melhor conteúdo no seu disco. Essa pressão lateral em ambos os lados da curva exercida pela pirataria tem limitantes. Os Cuevana apresentam sérios problemas de qualidade e os Pirate Bay requerem conhecimento dos usuários. Portanto, a oportunidade de negócio continua vigente, porém ameaçada pela concorrência ilegal. As operações dos projetos de VoD “comerciais” devem ser impecáveis e um pouco mais econômicas. Esse é exatamente o foco da Netflix para sua operação: simplicidade, versatilidade e boa relação qualidade/preço. Os seus cinco milhões de clientes na América Latina (novembro de 2014) não parecem se importar com que a plataforma não tenha estreias. Pelo contrário, a Netflix fez muito mais do que fixar um preço: ela instalou o conceito de neutralidade na imprensa, tem sido muito eficiente no seu serviço multi-tela e combinou seu conhecimento do negócio -uma consequência do seu módulo de Analyticscom a produção de séries mundialmente reconhecidas. A Netflix é a solução mais econômica para aqueles que começaram com Cuevana. Finalmente, com respeito à postura entendível de defender até a morte a legalidade, a minha opinião é que na América Latina existem violações da lei muito mais evidentes do que a pirataria de vídeos online. Nesse contexto, quem irá fazer que os nerds deixem de baixar conteúdos? Veremos mais movimentos. Nos últimos meses desapareceram TotalMovie e Vudu (México) e Bazuka (Chile), e foram lançados TCC (Uruguai) e HBO Now (EUA, com próximo lançamento na região). O Google Play agrega conteúdo a uma oferta ainda não uniformizada com Chromecast ou Android TV. De tanto em tanto, a Apple ameaças lançar sua iTV, que não será a evolução da Apple TV, mas um novo conceito. Em definitiva, todos -operadoras, estúdios, fornecedores- avaliam novos modelos rentáveis de TV para adjuntar à TV linear e transcender redes, telas e gêneros. Porém, o caminho está longe de ser absolutamente previsível. As audiências latino-americanas seguem com avidez a tendência global dos conteúdos on-demand. As operadoras tentam se adaptar a essas mudanças com serviços VoD num meio termo entre rentabilidade e fidelização. Alcançar o primeiro depende de circunstâncias externas -os estúdios- e para o segundo ainda é preciso comunicar melhor de que forma as novas propostas de valor superam as plataformas como Cuevana e Pirate Bay. Aquele que mostrar em cada contexto um diferencial no triângulo “conteúdo, usabilidade e preço” dominará seu mercado e terá a capacidade de definir o ritmo no futuro. ttv
NEWS
ANGOLA E MOÇAMBIQUE Globo e ZAP anunciam parceria exclusiva
CANAIS
AMC
é lançado no Brasil pela primeira vez AMC Networks International lançou o canal AMC pela primeira vez no Brasil no dia 1º de abril. O serviço linear do canal 24 horas está disponível em alta definição na operadora de satélite SKY, entre outras plataformas de TV por assinatura. O canal também realizará a estreia exclusiva da serie complementária a ‘The Walking Dead’ (‘Fear The Walking Dead’) no final do ano. AMC Global anunciou que planeja emitir cada um dos episódios apenas 24 horas depois da estreia nos EUA.
Desde julho o conteúdo da emissora brasileira começou a ser transmitido na Angola e em Moçambique de forma exclusiva pela ZAP, a maior operadora de DTH da Angola. Além de toda a sua programação, a Globo pousa na plataforma com duas novidades: um canal em HD e um novo canal, Globo ON, que reunirá novelas, séries e comédias que conquistaram milhões de pessoas no mundo todo. Na grade da Globo ON já estão confirmados grandes sucessos como ‘Cobras & lagartos’, ‘O Cravo e a Rosa’, ‘Páginas da Vida’, ‘O Rei do Gado’, ‘Senhora do destino’, ‘Malhação’ e ‘O Beijo do Vampiro’.
Ricardo Scalamandré, Diretor de Negócios Internacionais da Globo
Roderick Arosemena, Director de Negocio Residencial de Cable Onda
PROGRAMAÇÃO
‘The Walking Dead’ volta quase em simultâneo com os EUA A FOX International Channels anunciou que a sexta temporada de ‘The Walking Dead’ terá estreia internacional nos canais da FOX fora dos EUA em mais de 125 mercados e menos de 24 horas depois da estreia nos EUA no dia 11 de outubro. Os fanáticos no mundo todo poderão curtir o episódio de estreia de 90 minutos a partido da segunda-feira, 12 de outubro, na FOX. O modelo de estreia foi iniciado pela FOX na primeira temporada de ‘The Walking Dead’ e é a única emissora internacional a implementar essa estratégia globalmente. Como foi feito nas temporadas anteriores, a sexta temporada de dezesseis episódios será emitida em duas partes. A transmissão dos primeiros oito começará no dia 12 de outubro e os últimos oito em fevereiro de 2016.
NOMEAÇÃO
Sony e AXN reestruturam equipes de vendas no Brasil Os canais Sony e AXN realizaram uma reestrutura nas suas equipes de Vendas no Brasil, com a entrada de Bruno Spada, ex-Globosat, como novo executivo de Vendas Publicitárias no país. Além disso, Eduardo Coutinho foi promovido como diretor Estratégico de Inovação de Vendas Publicitárias e Paulo Masotti será o novo diretor de Vendas Publicitárias. Fabiana Castro, por sua vez, será a nova gerente de Contas. Os quatro executivos mencionados reportarão a Mauricio Kotait, VP de Vendas de canais. Paralelamente, a Sony Pictures Television assinou um acordo para adquirir a participação majoritária da IMS Internet Media Services, uma das maiores companhias digitais de vendas publicitárias em meios da América Latina.
Executivos todotv
Dona do seu próprio destino A estratégia de instalar seus escritórios nos mercados mais importantes da região permitiu à A+E Networks Latin America consolidar suas marcas, particularmente em mercados tão competitivos como o Brasil, onde seus canais estão sólidos e adaptados a um cenário complexo.
César Sabroso,
VP Sênior de Marketing da A+E Networks Latin America
Por Valentina Vinaja Twitter: @vvinaja vvinaja@todotv.tv
“Continuamos aprendendo da cultura, dos meios e do grande avanço tecnológico, do rápido crescimento de uma população tão forte e querida como a audiência brasileira”. DISTRIBUIÇÃO
Quém Dá Mai$? Serie
NCIS LA Serie
om escritórios em Miami, Argentina, São Paulo e México, A+E Networks Latin America conseguiu consolidar suas marcas e conteúdos através dos seus canais A&E, History, Lifetime e H2. Entretanto, num mercado tão competitivo como o brasileiro, a companhia pôde satisfazer os telespectadores e agora quer gerar mais engajamento, tanto na tela da TV como nos novos dispositivos.
César Sabroso, VP sênior de Marketing da A+E Networks Latin America.
“Temos que continuar sendo cada vez mais relevantes para o mercado brasileiro e temos que entender e atender a audiência brasileira. Trata-se de um mercado sempre acostumado à melhor televisão local graças à Globo. Creio que todos aprendemos as lições da Globo. Continuamos aprendendo da cultura, dos meios e do grande avanço tecnológico, do rápido crescimento de uma população tão forte e querida como a audiência brasileira”, disse
Não há dúvidas que um dos aspectos principais é a produção original local, área na qual a A+E Networks é pioneira há vários anos. “O fato de que a lei hoje não apenas nos obriga, mas nos incentiva a gerar mais conteúdos no Brasil nos ajuda a continuar expandindo a nossa estratégia de conteúdo produzido localmente. É uma cultura diferente, um universo diferente e merece que agreguemos valor local”, afirmou Sabroso.
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C
Com esse objetivo, o escritório em São Paulo, liderado por Emilio Alcalde, tem uma equipe dedicada exclusivamente aos telespectadores brasileiros: vendas publicitárias, pesquisa de mercado, redes sociais, digital, marketing, programação, produção, divulgação e locutores.
Na América Latina, o canal Lifetime alcança mais de 28 milhões de lares; enquanto H2 chega as telas de 25 milhões de assinantes. Esses são os canais mais jovens da programadora. “O crescimento de um ano para outro foi substancial graças ao trabalho que realizamos em conjunto com a HBO Latin America Group, que é o nosso representante de vendas para afiliados”, explicou Sabroso. Os quatro canais têm audiências complementares: “Temos dois canais como o History e o H2, dedicados principalmente a uma audiência masculina de diferentes segmentos. No entanto, o Lifetime é um canal para a audiência feminina de 18 a 49 anos. A&E tem uma audiência mista”, complementou. Nesse sentido, o executivo disse que num contexto multiplataforma, a boa notícia para os fornecedores de TV paga tradicional é que o consumo de televisão hoje em dia é mais alto que nunca, o que é preciso aproveitar. “Hoje os usuário consomem nossos conteúdos muito além da televisão e consomem mais conteúdo de televisão. O importante é providenciar uma melhor experiência de marca na hora de consumir esse conteúdo, independente da tela; o importante e que as audiências tenham uma melhor experiência com nossas marcas”, finalizou o executivo. ttv
Entrevista todotv
Uma década
impactando Em 2015, a HBO Latin America Group comemora dez anos de produções originais no Brasil, um caminho iniciado em outubro de 2005 com a recordada ‘Mandrake’. Hoje, uma década mais tarde, o canal se tornou referência em produção original. Roberto Ríos, VP de Conteúdo Original, comenta o backstage desse processo. Por Gonzalo Larrea Twitter: @Gonzalolarrea glarrea@todotv.tv
“Não estamos buscando um novo ‘Game of Thrones’ ou outro ‘Sex and the City’. Já temos dessas”.
Magnifica 70 Serie
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epois de comemorar a sua primeira década de produções originais na América Latina no ano passado, 2015 volta a ser um ano especial para a HBO Latin America Group (LAG), que estende as celebrações comemorando os dez anos da sua primeira série original no Brasil: ‘Mandrake’. Estreada em outubro de 2005, a recordada série representou um marco para a programadora, que desde então não tem parado de realizar conteúdos originais para o Brasil, o seu mercado mais ativo no referido a produção original.
Hoje, uma década depois, os números falam por si mesmos: doze seriados de ficção, mais de 200 horas produzidas, quinze produtoras independentes e mais de 4,500 pessoas envolvidas. Evidentemente, esses são apenas os números “frios” dessa última década. Os conteúdos, no entanto, refletem um estilo e uma voz própria e característica. De ‘Mandrake’ a ‘Magnifica 70’, o selo HBO se torna evidente em cada uma das suas produções. E como conseguiram? Através da clara missão de encontrar projetos diferentes, capazes de emocionar e impactar e com um envolvimento muito próximo em cada uma das fases do processo.
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“O que vemos no ar é só a ponta do iceberg de todo o processo, que costuma começar entre dez e quinze antes de sua emissão”, comenta Roberto Ríos, VP de Conteúdo Original da HBO LAG. “Cada semana recebemos muitas propostas, que temos que analisar com a atenção e seriedade necessária para poder avaliar cada uma delas. Algumas são impossíveis de realizar, outras muito toscas e outras extraordinárias, mas que não são para a gente”, disse, explicando que não estão buscando um novo ‘Game of Thrones’ ou outro ‘Sex and the City’. “Já temos dessas”, apontou. Então, o que deve ter uma ideia para chegar à tela da HBO? “Não existem regras, mas não nos envolvemos em produções impossíveis, que escapem a nossas capacidades econômicas e temporais. Principalmente, buscamos
Roberto Rios,
ser impactados, que os conteúdos não sejam convencionais, que não sejam óbvios e que emocionem”, afirmou. “Que seja uma experiência transformadora”.
VP de Conteúdo Original da HBO Latin America Group
Rios explicou que também não há fórmulas nem cotas quanto a gêneros, mas que devido a sua capacidade de ser universal, o drama vem dominando nos últimos dez anos.
“Dedicamos entre dez dias e duas semanas a cada hora de filmagem”.
“O humor é mais complicado na América Latina por causa das diferencias entre os territórios. Criar humor universal é mais complicado. A dramaturgia, no entanto, viaja muito, porque o sofrimento humano, o amor, a paixão, são coisas bastante universais que podem transitar mais facilmente”, revelou. Dessa forma, uma vez que se escolhe o projeto, que costuma ser apresentado por produtoras ou roteiristas, os seriados entram na fase de escrita, um processo que pode levar vários meses e que não garante a realização da ideia. “O processo de escrever os roteiros é uma fase que pode levar à produção do seriado ou não. É muito comum que um roteiro que inicia o seu desenvolvimento fique inconcluso, porque se perde o interesse ou o rumo”, explicou. Claro que tudo é realizado com a supervisão da programadora.
uma quantia séria da nossa atenção, das áreas de produção às outras áreas da companhia, como marketing, área legal, área financeira, etc.”, completou.
“As pessoas vão julgar que o mais caro é o melhor, e não é assim. Além disso, estando nos EUA trabalhamos com orçamentos em dólares, mas pagamos em moeda local, que varia muito. Entendemos que investimos uma quantia séria de dinheiro e, principalmente,
Depois de dez anos produzindo, com projetos de várias temporadas e novos lançamentos cada ano, o processo se replica sistematicamente, superpõe-se e se realiza simultaneamente com vários outros. “Sempre estamos escrevendo, produzindo, pósproduzindo e colocando alguma coisa no ar. Estamos no estado perpétuo. Não paramos”, concluiu Rios. ttv O Hipnotizador Serie
“Envolvemo-nos de perto no processo de desenvolvimento. Lemos os roteiros e fazemos nossos comentários, para deixar em claro que somos um cliente peculiar. Não queremos copiar outras coisas, queremos adaptá-las e produzir. Ver o passado e adaptá-lo ao futuro com ideias novas”, disse. Para Rios, porém, o mais importante nesse ponto é “confiar na ideia”. “No momento em que começamos o nosso envolvimento temos que confiar muito no talento, confiar na ideia, na capacidade dos que vão escrever, produzir, nos atores, nos diretores de arte. Trata-se de um grupo de 200 trabalhadores por seriado original e um processo de dez a quinze meses de produção”, revelou. “Dedicamos entre dez dias e duas semanas a cada hora filmada. Isso implica que gravar um seriado de treze episódios costuma levar 26 semanas”, explicou o executivo.
Depois de estrear nesse ano ‘Magnifica 70’, atualmente no ar, o canal agora está se preparando para emitir a nova temporada de ‘O Hipnotizador’, uma coprodução entre Brasil e Oriental Films do Uruguai, com atores argentinos e brasileiros e produção em Montevidéu. “Chegou até nós por uns quadrinhos argentinos de Pablo de Santis, que tinham sido publicados na revista Fierro e depois em formato de livro na Espanha, na França e na Argentina. Adaptamos as historias com oito episódios, escrevemos os capítulos e integramos um spin para diferenciá-la”, contou Rios sobre o projeto. O seriado estreia simultaneamente em toda a região no dia 23 de agosto. Mais para frente, em outubro, será a vez da segunda temporada de ‘Psi’. Entretanto, já está sendo filmada a terceira temporada de ‘O Negócio’, que tem estreia programada para o primeiro semestre de 2016. A programadora trabalha também com entre três e quatro projetos que colocará em funcionamento antes do final do ano, enquanto já se encontra realizando os castings para a terceira temporada de ‘Señor Ávila’. “Temos também uma minissérie de doze episódios intitulada ‘Dios Inc.’ que foi filmada no México e está em pós-produção para ser estreada no primeiro semestre de 2016”, concluiu.
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Com esses requerimentos, o investimento é outro aspecto a levar em conta, embora Rios prefira não mencionar números. “Não gostamos de falar disso. Quando você vai ao museu tem que entender a importância de um quadro a partir de seus valores e a conexão que estabelecemos com ele. É preciso entender que trabalhamos com talento de primeiro nível que recebe uma remuneração acorde, mas uma produção pode ser muito cara e não impactar, ou ao contrário”, declarou.
NOVOS PROJETOS
Galeria tradeshows
Rio Content Market 2015
M. Night Shyamalan durante a conferência “A arte da direção”
Marco Altberg (ABPI-TV)
Maurício de Souza, desenhista e criador da ‘Turma da Mónica’
Cary Fukunaga, diretor do seriado ‘True Detective’, durante a conferência “A arte da direção”
Avi Armoza (Armoza Formats) durante o painel “Inovação e desenvolvimento de formatos”
Vista geral do painel “Adaptação de formato modelo TV Globo”
Eric Rovner (WME)
25 - 27 de Fevereiro, Hotel Windsor Barra, Rio de Janeiro, Brasil
Oscar Simões de Oliveira (ABTA) e Maurício de Souza
Carla Esmeralda (Esmeralda Produções)
Vista geral do público presente na conferência “A arte da direção”
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Criadores de Hollywood, numerosos decision-makers e altas figuras internacionais da indústria encheram o Rio Content Market 2015. Personalidades como Cary Fukunaga, diretor e produtor executivo da premiada série ‘True Detective’; e M. Night Shyamalan, escritor, diretor e produtor executivo de clássicos como ‘Sexto Sentido’ e ‘Sinais’, fizeram parte do mercado. No entanto, o seriado ‘Wayward Pines’, da FOX International Channels, teve a sua premiere mundial. O evento também comemorou o 50 aniversário da Globo e a HBO Latin America Group comemorou seus dez anos de produção original no Brasil. A análise dos novos modelos de produção, as chaves para produzir para o mercado dos EUA, a apresentação de casos de sucesso e um maior número de patrocinadores privados caracterizaram um evento que teve cerca de 3,500 participantes. Fotos: Rio Content Market 2015.
Rob Clark (FremantleMedia)
Painel “50 anos de novelas da Globo”
Fernando Gaitán (RCN Televisión)
Painel “Redefinição da TV”
Participantes nos corredores do Rio Content Market 2015
Mônica Albuquerque (TV Globo)
Roberto Rios (HBO Latin America Group)
Pierluigi Gazzolo (Viacom International Media Networks - The Americas)
Steve Ince (Gamer)
Painel “O sucesso dos formatos israelenses”
Ag os to
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Q&A todotv ttv
Diferentes por natureza Casa de alguns dos programas e coberturas esportivas com maior Ibope no Brasil nesse ano, a Fox International Channels busca continuar sua consolidação no país com novos produtos “com perfil diferenciado, inovador e criativo” para o segundo semestre de 2015. Por Carolina Mussio Twitter: @carolinamussio cmussio@todotv.tv
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sporte, cultura, ficção, documentários, filmes e mais. O portfólio da FOX International Channels (FIC) abrange todo tipo de audiências no Brasil, o que o posiciona como um dos líderes da TV por assinatura do país. “O ano 2015 tem sido muito positivo para os canais da FOX e para a segunda metade as expectativas são ainda melhores”, explica Eduardo Zebini, VP Sênior de Programação, Produção e Marketing da FIC Brasil, quem revela à todotv os planos e lançamentos da companhia para esse ano e para 2016.
“O ano de 2015 tem sido muito positivo para os canais FOX, para este segundo semestre as expectativas são ainda melhores”. “FOX Sports em apenas três anos de atuação no país já se consolidou na viceliderança no horário nobre da TV por assinatura no Brasil”.
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Quais são os canais que compõem a oferta da Fox International Channels Brasil? No Brasil os telespectadores têm acesso pelo pay
Cumbia Ninja Serie
TV aos canais: FOX, FOX HD, FX, FX HD, FOX Life, Nat Geo, Nat Geo HD, Nat Geo Wild HD, FOX Sports, FOX Sports HD, FOX Sports 2, FOX Sports 2 HD e BabyTV. Nesse sentido, como foi o desempenho dessas marcas no primeiro semestre do ano? Desde sua chegada ao Brasil, os programas dos canais FOX se mantêm na lista dos programas mais vistos e bem posicionados no ranking da pay TV. A FOX é líder no Brasil com participação de 98% do mercado, o canal esportivo FOX Sports em apenas três anos de atuação no país já se consolidou na viceliderança no horário nobre da TV por assinatura, e a entrada do segundo canal FOX Sports garantiu neste último ano um crescimento de
Eduardo Zebini,
156% em sua distribuição. O FX se consolidou no top 10 geral da TV paga. Esse retorno do público é resultado de muito trabalho e cuidado em oferecer ao telespectador dia após dia conteúdos de qualidade, com perfil diferenciado, inovador e criativo. O ano de 2015 tem sido muito positivo para os canais FOX, para este segundo semestre as expectativas são ainda melhores.
VP Sênior de Programação, Produção e Marketing da FOX International Channels Brasil “Queremos oferecer o melhor dos esportes, grandes eventos e competências com coberturas ao vivo, notícias e produções originais”.
Quais são os planos para os canais na segunda metade do ano? A FIC Brasil entende que todos seus canais devem receber o mesmo cuidado e atenção ao longo do ano, visto que cada um deles oferece ao mercado conceitos e conteúdos distintos, atraindo a um público variado, exigente e que busca frequentemente novas opções. Com seis marcas já consolidadas e referência no ramo, todas representam o mesmo grau de importância e esforços da companhia. Além disso, entendemos que os hábitos de consumo de entretenimento, novas tecnologias e a rapidez e agilidade das informações fizeram com que investíssemos também na plataforma oficial de TV Everywhere dos canais FOX, o FOX Play. Os assinantes agora têm a oportunidade de acessar aos conteúdos dos canais de onde, como e quando eles quiserem. Neste segundo semestre, continuaremos focados em atender ao mercado publicitário com excelência, conhecer ainda mais nossos clientes, seus produtos, o mercado em que atuam e suas necessidades – uma operação de grande complexidade que envolve diversas áreas. O FOX Sports, por exemplo, tem atraído cada vez mais a atenção do mercado. O programa é líder de audiência isolado na faixa das 13h às 15h, oferece uma linguagem e formato inovador e irreverente, sem perder o foco no entretenimento. Hoje conta com seis grandes patrocinadores.
O que oferece a FOX International Channels Brasil quanto a plataformas online e OTT? O uso de novas tecnologias vem dinamizando a maneira de ver TV, na medida em que enriqueceu a experiência e ampliou o acesso ao nosso conteúdo. Por conta disso, lançamos o FOX Play, serviço de TV Everywhere oficial do FIC Latin America. Oferecemos o conteúdo
The Walking Dead Serie
levem o melhor do conteúdo de nossos canais para onde nossos assinantes estiverem. Como uma das regiões onde o esporte é paixão popular; quais são as próximas novidades do Fox Sports para os fanáticos? Os canais FOX Sports conseguem mesclar e oferecer um conteúdo completo aos seus assinantes. Temos como foco oferecer ao telespectador o melhor do entretenimento esportivo, os maiores eventos e competições com cobertura ao vivo, notícias do mundo dos esportes nacionais e internacionais, além de muito conteúdo e produções originais. Nos canais FOX Sports é possível assistir aos principais campeonatos de futebol: Italiano, inglês, argentino, alemão entre outros, assim como, acompanhar uma partida de tênis, ou um jogo de beisebol da MLB, e ainda, assistir esportes de velocidade: Fórmula E, NASCAR e muito mais. Como a FOX Sports está se preparando para as Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016? Esta será a primeira Olimpíada na América Latina. Será muito bom trabalhar mais uma vez em um grande evento, como fizemos na Copa de 2014. O que posso adiantar até o momento, é que o FOX Sports estará presente nos mais importantes acontecimentos, fará uma cobertura completa com especialistas no assunto, com intuito de levar as pessoas tudo de mais interessante, como acompanhar os atletas brasileiros, sem perder a visão do entretenimento. ttv
BRASIL: AUDIÊNCIAS E QUALIDADE DE PRODUTOS Para Eduardo Zebini, VP Sênior de Programação, Produção e Marketing da FOX International Channels Brasil, o público no Brasil atualmente demanda uma programação de qualidade. “O consumo e hábitos vem mudando ao longo dos anos”, opina o executivo. “Para nós, uma mudança bastante positiva. Identificamos um interesse maior por entretenimento, por produtos de qualidade e a necessidade da identificação do público. O mercado de TV por assinatura está crescendo, as pessoas o consomem mais e buscam por outras opções de consumir TV. Nossa programação tem perfil diferenciado, gosta de inovar e criar, e isso tem atraído o assinante”, conclui Zebini.
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Qual é a estratégia de programação para esses canais? A televisão tem que ser ágil e estar sempre atenta em oferecer ao seu público ao longo dos anos, grandes sucessos globais, produções regionais de destaque, além claro, de conteúdos de qualidade, marca registrada dos canais FIC no Brasil. Isso dá mais vitalidade à grade. FIC Brasil acredita que toda estratégia de programação deve ter agilidade em sua essência e estar sempre atenta à demanda e as mudanças nos hábitos de consumo de seus consumidores.
de nossos canais para onde, quando e como nossos assinantes quiserem. Entendemos que os hábitos de consumo estão em constante mudança e a FIC Latin America acompanha e investe em novos modelos e tecnologias que
EMNÚMEROS
25
anos comemora a Organização de Associações e Empresas de Telecomunicações para a América Latina (TEPAL)
US$ 20 reclama Warner Bros. àqueles
“piratas” que tenham acessado conteúdos com direitos de autor da popular série ‘Friends’.
20%
do mercado latino-americano terão os OTT em 2025, segundo o relatório “O Futuro da TV – OTT Video in Latin America, 2015-2025”.
40
anos comemora Etcetera Group, companhia de dublagem, produção e distribuição de conteúdo, fundada na Venezuela em 1975 por Mario Gody Robles.
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100
canais de cinema y séries são emitidos na América Latina, segundo o documento Channel Benchmarks Señales Cine y Series da BB-Business Bureau.
US$ 1.4 bilhões
representam os danos econômicos gerados pela pirataria.
EUA E CANADÁ
TV Record emite em HD A TV Record se tornou o primeiro canal da TV brasileira a transmitir em alta definição nos EUA, após o lançamento realizado no elegante e tradicional Four Seasons Hotel em Miami. Durante o evento, a equipe da TV Record Américas apresentou os projetos de investimento do grupo em nível mundial, os quais colocam a emissora no primeiro lugar em número de escritórios internacionais, com presença nos cinco continentes e em mais de 150 países. Na Europa, por exemplo, existem mais de 60 operadoras de cabo que emitem o canal da TV Record. A partir de agora, os brasileiros, portugueses, angolanos e moçambicanos que moram nos EUA poderão seguir a programação da emissora com mais qualidade e com o mesmo dinamismo e alegria.
NOMEAÇÃO
Novo diretor de Vendas Publicitárias da AMCNI para o Brasil AMC Networks International - Latin America (AMCNI - Latin America) anunciou que Edgar Aguiar Rosa é o novo director de Vendas Publicitárias para o mercado brasileiro. O executivo, reconhecido por sua trajetória na indústria, estará instalado no Brasil e reportará diretamente a Héctor Costa, SVP de VenEdgar Aguiar Rosa, novo diretor de Vendas Publicitárias Publicitárias da AMCNI para o Brasil das de AMCNI - Latin America. Aguiar Rosa tem cerca de duas décadas de experiência no setor de TV por assinatura no Brasil. Antes de entrar na equipe da AMCNI - Latin America, e durante os últimos 15 anos, o executivo se desempenhou como gerente regional de Vendas Publicitárias para a Turner International do Brasil, na qual foi responsável pela gestão das iniciativas publicitárias de CNN, CNN en Español, TNT, Warner, Space, TBS, Cartoon Network, TCM e Boomerang no mercado brasileiro. Anteriormente, o executivo liderou iniciativas de vendas para outras empresas importantes do setor, como Grupo Estado de São Paulo, Editora Abril, MTV Brasil e Globosat.
PRODUÇÃO
Nova parceria entre NatGeo e Mental Floss National Geographic Channel (NGC) e Mental Floss anunciaram um acordo para criar projetos de TV non-scripted a serem produzidos pela Leftfield Pictures, que atualmente está desenvolvendo diferentes programas. O acordo inclui seriados e especiais de TV que serão emitidos internacionalmente, e o primeiro deles será anunciado ainda nesse ano. Os projetos serão emitidos pela NGC em 171 países e 45 idiomas. Cada projeto realizado dentro do acordo receberá o apoio das plataformas publicitárias da NGC e da Mental Floss, inclusive revistas, sites e canais no YouTube.
NEWS NOMEAÇÃO
Media Networks distribui mais de 700 canais A Media Networks anunciou que o seu serviço atacadista de DTH já disponibiliza mais de 700 canais SD e HD, que são usados por 19 operações no Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Nicarágua, Panamá, Peru e Venezuela. “Fechamos maio com 722 canais, dos quais 594 são SD e 128 HD. Continuamos apoiando de forma proativa o desenvolvimento Javier Izquierdo, Diretor de Operações, do Serviço do mercado de TV por Engenharia e Implementação DTH da Media Networks assinatura na região conjuntamente com Movistar e o resto das operadoras,” disse Javier Izquierdo, diretor de Operações, Engenharia e Implementação do Serviço DTH da Media Networks. “Esse marco fortalece a liderança da Media Networks como principal empresa atacadista de serviço DTH na região e consolida o teleporto de Lurín como o hub de televisão por assinatura e internet via satélite mais importante da América Latina”, concluiu o executivo.