Conteúdos _/15
_/16 Reportagem central TV PAGA
O alicerce do futuro _/16
_/10 Q&A
A avidez do colosso _/12
Rodrigo Marques, VP de Estratégia e Gestão Operacional da Net Serviços
Craques interativos _/32 Fabio Medeiros, Sócio-Diretor do Esporte Interativo
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Galeria
Fórum Brasil de Televisão 2013 _/22 4 al 5 de Junho, Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo, Brasil
_/12
ttv ©2013
_/22
_/20
_/35
_/24
_/30
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Entrevistas
Anfitrião da inovação_/10 Alberto Pecegueiro, Diretor Geral da Globosat
A janela independente _/30 Cícero Aragon, Diretor-Presidente da Box Brazil
Executivos
Produzir no Brasil: um debate aberto _/20 Michela Giorelli, VP de Produção e Desenvolvimento da Discovery Networks América Latina & EUA Hispânico Teatro multi-plataforma _/24 Harry Fernandes, CEO da Cennarium A nova geração _/25 Julio Worcman, Diretor do Curta! Totalmovie: SVOD e TV ao vivo _/26 Karl Loriega, Gerente Geral da Totalmovie Brasil
todotvnews.com DIRECTV LATIN AMERICA NO RIO DE JANEIRO
O punho da América Latina _/28
_/32
ttv ©2013
PRESIDENTE/CEO Sebastian Lateulade - slateulade@todotv.tv DIRETORA EXECUTIVA Soledad Saldías - ssaldias@todotv.tv DIRETOR DE PUBLICAÇÕES Sebastián Amoroso- samoroso@todotv.tv EDITOR IN CHIEF Rodrigo Ros - rros@todotv.tv EDITORES SÊNIOR Sebastián Torterola - storterola@todotv.tv Josefina Mezzera Regules - jmezzera@todotv.tv EDITORES Carolina Mussio - cmussio@todotv.tv Gonzalo Larrea - glarrea@todotv.tv
GERENTE DE VENDAS INTERNACIONAIS Monica Iriarte - miriarte@todotv.tv GERENTE DE DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS Alejandro Sánchez - asanchez@todotv.tv
Embora ainda não se conheçam detalhes do movimento, o canal, gestionado há mais de 20 anos no país pelo Grupo Abril e disponível na TV aberta (UHF), passará à TV por assinatura em outubro de 2013.
GERENTE IT Alejandro Barros - abarros@todotv.tv
A MTV deixará de ser um canal de TV aberta no Brasil. A programadora Viacom, proprietária da marca, começou o processo de criação do canal musical na TV paga. De acordo com o que publicou o jornal Folha de São Paulo, a Viacom lançaria o novo sinal - cuja marca se consolidou no Brasil por sua emissão na TV aberta durante mais de 20 anos-, no próximo mês de outubro. Como parte de sua estratégia de sobrevivência, a MTV Brasil não terá mais programas ao vivo. Segundo indicou a mídia local, o ‘VMB (Video Music Brasil)’, o produto mais caro da emissora, possivelmente será “realizado sem o glamour dos anos anteriores”. Isto se enquadra no processo de reestruturação do Grupo Abril - que até agora paga una licença anual à Viacom para utilizar a marca no país-, anunciada recentemente. Neste ano, o grupo multimídia não renovou seu contrato com a Viacom, de maneira que, se desejar seguir utilizando sua cadeia de TV, a partir de janeiro de 2014 deverá fazê-lo sob outra marca. No entanto, para saber com certeza como se produzirá a mudança teremos que esperar, já que tanto da Viacom quanto do Grupo Abril não foram fornecidas declarações a respeito. Em conversa com o portal R7, o diretor de programação da emissora, Zico Goes, afirmou que “a MTV passa por uma crise e está se reestruturando. Cortamos um monte de gente e orçamento. Mas isso não significa o fim da emissora. A MTV vai continuar pela Viacom. A MTV está longe de morrer”.
GERENTE DE VENDAS E PRODUÇÃO Darío Alemán - daleman@todotv.tv
DATA & RESEARCH Fernando Moreno - fmoreno@todotv.tv WEBMASTER Nazario Pereira - n.pereira@todotv.tv DIRECTOR FINANCIERO Cr. Michel Schwartz - mschwartz@todotv.tv ADMINISTRAÇÃO Ana Paula Carreira - acarreira@todotv.tv Valeria Morena - morena@todotv.tv ARTE E DESENHO Unik Design - info@unikbureau.com www.unikbureau.com HEADQUARTERS Aguada Park - Paraguay 2141 Of. 401, Montevideo - Uruguay - CP 11800 Tel./Fax: (598) 2927 2510 / 2511 / 2513
6/TTV MAGAZINE
BRASIL
A Viacom levará a MTV Brasil à TV paga
REDATORA Valentina Vinaja - vvinaja@todotv.tv
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TV DIGITAL
Um bilhão de lares para 2014 A TV digital não para de crescer, e espera-se que alcance um bilhão de lares no fim de 2014, segundo uma pesquisa da Strategyc Analytics. A consultora disse que em apenas dois anos aumentará quase 250 milhões o número de lares que recebem TV digital. Nos últimos seis anos, o setor teve índices de crescimento de 10,7%. A consultora constatou que o cabo liderou esse crescimento, na medida em que as operadoras do mundo todo continuam com a transição para digital. Outro setor que vem impulsionando o crescimento da TV digital é a TV por satélite, que experimentará um crescimento de 64% de assinantes entre 2012 e 2014.
EMNÚMEROS
US$ 4,2 bilhões aumentará o lucro por serviços de TV paga no Brasil entre 2012 e 2018, segundo a Digital TV Research.
16.970.000 lares no Brasil têm acceso à TV paga, 28,1% mais do que em abril, segundo a FCC.
282,9
milhões de pessoas assistiram TV linear no primeiro trimestre de 2013, em comparação com 283,3 milhões no mesmo período de 2012, diz Nielsen.
NOMEAÇÃO
Bob Iger seguirá á frente da Disney até 2016 Robert Iger, presidente e CEO da The Walt Disney Company desde setembro de 2005, continuará liderando os destinos da companhia até, pelo menos, 30 de junho de 2016, segundo anunciado em julho pela junta diretiva da Disney. “Dada sua impressionante capacidade de liderança, e com o objetivo de prover de continuidade a estratégia corporativa da Disney, a junta pediu ao senhor Iger que permaneça como CEO e presidente até que expire seu contrato, em 30 de junho de 2016, sob os mesmos termos atuais”, expressou Orin C. Smith, diretor independente da junta diretiva da Disney. Em seu atual cargo, Iger levou a companhia a um recorde financeiro e um crescimento estratégico significativo com as aquisições da Pixar, Marvel e Lucasfilm, bem como importantes investimentos nos parques de diversões e resorts da companhia e expansões internacionais. Originalmente, Iger havia expressado seu receio de assumir o cargo, o qual tinha pensado em abandonar no dia primeiro de abril de 2015.
49%
dos brasileiros utilizam internet, o que primeira vez supera os 45% não conectados.
5,2
milhões de descargas ilegais tornaram ‘Game of Thrones’ da HBO o programa de TV mais pirateado do segundo semestre de 2013.
8/TTV MAGAZINE
5 milhões
de vídeos foram subidos com a nova aplicação do Instagram nas primeiras 24 horas após seu lançamento.
Bob Iger, Presidente e CEO da Disney
TRADESHOW
A BBC Worldwide volta ao Rio de Janeiro A BBC Worldwide América Latina volta ao Rio de Janeiro, Brasil, com a 10ª edição do BBC Showcase América Latina, que neste ano será realizada de 19 a 20 de agosto, no Windsor Atlântica Hotel. A BBC Showcase América Latina dará uma vez mais as boas-vindas aos compradores de toda a região com seus exclusivos screenings de shows da BBC Worldwide. Os participantes também terão a oportunidade de visualizar o catálogo de conteúdo de alta qualidade da BBC, que cobre uma extensa seleção de gêneros. Além disso, neste ano a BBC Worldwide América Latina expande o evento do Rio de Janeiro para incluir a participação de uma ampla gama de negócios de mídias. Atualmente, como uma companhia multimídia internacional, a BBC Worldwide oferece várias soluções comerciais que apoiam as plataformas de mídias disponíveis na América Latina. Fred Medina, em sua nova função de VP executivo e diretor geral da BBC Worldwide na América Latina, conduzirá o evento com o objetivo de concretizar a venda de programas, formatos, canais, conteúdo digital e produtos de consumo.
CANAIS
NHK: Crônicas da Ásia Neste ano, o NHK World TV deu passos importantes no contexto de sua expansão internacional, começando pelo seu lançamento no Reino Unido através da Virgin Media XL TV em maio. Além disso, o canal também começou a ser exibido nas plataformas da Time Warner Cable, Cox, Charter e Verizon FiOS nos EUA. Enquanto isso, o canal japonês também ampliou o seu alcance na América Latina: após seu lançamento em 2010, “o canal logrou um crescimento de quase dez vezes”, comentou Miyuki Nomura, consultora da NHK World. Hoje, o canal está sendo emitido por várias operadoras na região, como Telecable no México, Claro TV na República Dominicana, Guatemala e Peru, Cable & Wireless no Panamá, Sim TV no Brasil, TV cable no Equador e GTD no chile. “O principal interesse das audiências do NHK World TV são as notícias, as reportagens de negócios e os documentários sobre o Japão e a Ásia”, disse Nomura. Miyuki Nomura,
consultora da NHK World
Entrevista ttv
Anfitrião da inovação À frente da maior programadora da América Latina, Alberto Pecegueiro tem um profundo conhecimento da indústria da TV por assinatura. Na entrevista que segue, o executivo explica as últimas apostas da Globosat, opina sobre a Lei 12.485 e o universo digital, que define como “um admirável mundo novo”. Por Sebastián Amoroso Twitter: @samoroso samoroso@todotv.tv
Futebol internacional SporTV
“O momento atual está em linha com os últimos anos. Forte crescimento em todos os setores, inclusive no concorrencial”. “Estamos acelerando os nossos preparativos para ter um canal 4K em 2015”.
10/TTV MAGAZINE
A
Globosat programa 39 canais, a maioria deles em alta definição, o que garante uma oferta diversificada de conteúdo, entre eles: o melhor do cinema nacional e internacional, jornalismo 24 horas, shows inéditos e exclusivos, séries de sucesso comprovado, documentários, três canais de esportes e entretenimento variado. “O momento atual está em linha com os últimos anos. Forte crescimento em todos os setores, inclusive no concorrencial”, diz à todotv Alberto Pecegueiro, diretor geral da Globosat. Nesse sentido, a programadora continua com o plano de migrar todos os canais básicos para HD em 2014. “Os únicos canais para os quais ainda não temos cronograma são o
Viva, por razões óbvias e o SporTV3”, explica Pecegueiro. Um complemento importante dessa oferta é a joint venture que a Globosat tem com a NBCUniversal International para veicular os canais da programadora norte-americana no Brasil. “O acordo continua do mesmo jeito que quando os canais Studio Universal e Syfy entraram para a joint venture. No mais, a relação societária é excelente, e o comprometimento do sócio estrangeiro para com o mercado brasileiro é total”, ele afirma. Outra das prioridades da empresa é o lançamento e desenvolvimento de novas marcas, como é o caso dos seus canais mais jovens: SporTV3, Off! e Gloob, que têm experimen-
Alberto Pecegueiro,
tado uma evolução “espetacular”, segundo as palavras do executivo. “Eles começam a aparecer no radar de audiência e estão tendo uma reverberação fantástica”.
Diretor Geral, Globosat
“Ainda há muito o que fazer no sentido de alinhar o desenvolvimento e a sinergia com os operadoras, mas sinto que estamos num estágio diferente do norteamericano”.
TECNOLOGIAS. Em várias oportunidades, a Globosat tem demonstrado estar na vanguarda do setor, assumindo riscos de inovação e experimentando em campos ainda inexplorados. Bons exemplos disso são suas iniciativas de HD, OTT, 3D e 4K. Neste ano, a ESPN –uma das marcas de esporte mais reconhecidas a nível mundial- anunciou o cancelamento do seu canal 3D, e a FIFA não sabe se transmitirá em 3D os jogos da Copa de 2014. No caso da Globosat, a empresa já tinha dado um passo atrás a respeito das suas intenções de lançar um canal 24 horas em 3D. “Já havíamos sinalizado que a demanda por parte das operadoras para conteúdos havia esfriado. Mas estamos acelerando os nossos preparativos para ter um canal 4K em 2015”, ele diz. Quanto à cobertura da Copa das Confederações realizada pela Globosat, Pecegueiro comenta: “Estamos plenamente realizados”. E acrescenta: “Foi uma das coberturas mais ambiciosas da Globosat, com estúdios e equipes em todas as sedes, glass estúdio em frente ao Maracanã e um crescimento de audiência médio de 88% em relação à última edição deste torneio. Não consigo imaginar nada melhor do que isso”.
por colegas de todo o mundo. Queremos sair bem na foto, além do principal, que é atender a demanda e encantar o espectador brasileiro”, assegura Pecegueiro. LEI. Por outro lado, o grande assunto do setor no último ano no Brasil foi a aprovação e implementação da Lei 12.485, que significou uma mudança profunda dentro do setor e entre seus diversos protagonistas. Inglorious Basterds Studio Universal
E para a cobertura televisiva dos próximos grandes eventos esportivos a serem realizados no Brasil, a empresa continuará neste rumo. A Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 serão “dois projetos com o mesmo nível de ambição”, explica.
No entanto, para o gerente geral da Globosat, atualmente a indústria da TV paga não é muito diferente do que era antes da lei, “apenas refletindo o quadro macroeconômico do país e desacelerando um pouco o ritmo de crescimento”. Nesse sentido, a estratégia da Globosat para cumprir as cotas estabelecidas por lei é continuar fazendo “mais do mesmo”, ou seja, continuar com sua aposta na produção nacional. MUNDO NOVO. Por último, o executivo oferece sua visão sobre a evolução das plataformas OTT lançadas pela Globosat, o que define como “um admirável mundo novo”. “Ainda há muito o que fazer no sentido de alinhar o desenvolvimento e a sinergia com as operadoras, mas sinto que estamos num estágio diferente do norte-americano”, explica Pecegueiro. “Entendo que lá as programadoras querem acelerar a oferta não linear e os programadores ainda tentam desembraçar a questão dos direitos, enquanto aqui no Brasil a Globosat está adiantadíssima e os operadores ainda estão naturalmente acertando alguns processos e questões tecnológicas. Quando eles estiverem prontos para acelerar, estaremos prontos também”, conclui. ttv
“Ainda não posso revelar os detalhes, mas acreditamos que o fato de o Brasil hospedar estes eventos aumenta a nossa responsabilidade de fazer um trabalho que será avaliado Skyfall Telecine
GLOBOSAT EVERYWHERE TTV MAGAZINE/11
A Globosat tem hoje 500 mil usuários ativos de seus seis produtos VOD OTT, que podem ser vistos pela web ou através de aplicativos para smartphones e tablets dos sistemas Android e iOS. A expectativa é alcançar 1,5 milhão no fim do ano. Versões para Xbox e Windows Phone serão disponibilizadas nos próximos meses. Atualmente, os serviços de VOD da Globosat usam os sistemas de autenticação e de billing das operadoras de TV por assinatura. Ou seja, para assistir ao conteúdo, o usuário precisa ser assinante de um serviço de TV paga parceiro da programadora. Os seis produtos de VOD para web e dispositivos móveis da Globosat foram lançados ao longo dos últimos 12 meses. Dois são gratuitos (Muu e Telecine) e quatro são pagos por meio de assinatura mensal: Premiere FC (R$ 9,90/mês), Receitas GNT (R$ 4,90/mês), Philos (R$ 14,90/mês) e Combate (R$ 24,90/mês). Além disso, espera-se o lançamento de um sétimo produto: a plataforma +Bis (R$ 12,90/mês), com conteúdo musical.
Q&A ttv
A avidez do colosso Com 5.6 milhões de clientes de TV por assinatura, um investimento total de R$ 2,7 bilhões em infraestrutura e tecnologia em 2012, e total dedicação à inovação tecnológica, a NET Serviços continuará priorizando sua oferta HD e TV Everywhere e se expandindo territorialmente em 2014. Por Sebastián Torterola Twitter: @storterola storterola @todotv.tv
Django Unchained Direção: Quentin Tarantino
“Em TV por assinatura, fechamos maio de 2013 com 5,6 milhões de clientes.”
12/TTV MAGAZINE
“O consumidor está dando um recado claro de que prefere a qualidade da imagem HD em relação à experiência mais imersiva do 3D.”
H
á um ano, a Net Serviços anunciou que sua cobertura chegaria a 200 municípios no final de 2013. “Continuamos firmes nesta direção,” assegura Rodrigo Marques, VP de Estratégia e Gestão Operacional da companhia, que conversou com a todotv sobre os planos da operadora para o futuro e sobre a TV por assinatura brasileira hoje. Em termos gerais, qual foi o impacto da Lei 12.485 no mercado de TV por assinatura brasileiro? Antes da Lei 12.485/2011, a autorização para os serviços de TV a cabo se
dava por município e a Net estava autorizada a operar somente em cerca de 100 cidades. A companhia iniciou 2013 com 44 novos municípios e até o final do ano dobrará o número de cidades com o portfólio completo de produtos: TV por assinatura em alta definição, banda larga de até 100 Mega, telefonia fixa sem assinatura e o NOW, serviço de vídeo sob demanda. No ano passado, investimos R$ 2,7 bilhões em infraestrutura e tecnologia. Qual é o número atual de assinantes aos serviços da NET? Em TV por assinatura, fechamos maio de 2013 com 5,6 milhões de
Rodrigo Marques,
clientes. Temos mais de 7 milhões de domicílios conectados e uma relação de produtos por domicílio que é referência entre operadores convergentes.
VP de Estratégia e Gestão Operacional, Net Serviços
Que projeções são realizadas nesse sentido para 2013-2014? Os próximos anos serão marcados por grandes eventos de repercussão internacional, que potencializam a utilização da infraestrutura de serviços de telecomunicações. Nesse sentido, a Net vê uma grande oportunidade de negócio, e planeja levar seus serviços para um número cada vez maior de brasileiros. E estamos no meio de uma transição tecnológica importante, com a alta definição ganhando cada vez mais importância. Como descreveria a oferta atual do NOW, o serviço de TV Everywhere da companhia? O NOW é um serviço associado à TV por assinatura e funciona direto na TV, em alta definição na casa do cliente com a máxima praticidade e conveniência. São mais de 8 mil conteúdos, a maioria sem custo adicional para o cliente. Clientes com acesso ao NOW podem assistir por demanda aos programas de canais como SporTV, GNT, Telecine, HBO, Multishow etc., que são líderes de audiência. Esses conteúdos são gratuitos, de acordo com o pacote contratado pelo cliente, e podem ser acessados na hora em que ele quiser. Já os lançamentos do cinema e catálogo são cobrados e variam o preço pelo tipo de conteúdo. Também temos a oferta do NOW Clube, que permite ao cliente assistir todo o conteúdo disponível em cada clube, quantas vezes quiser, sem sustos na conta. Caso o cliente da NET queira assistir TV na internet, no tablet ou celular também é possível. Basta acessar a página na WEB ou o aplicativo dos canais que oferecem estes serviços e colocar seu login e senha da NET.
Recentemente, a ESPN cancelou o seu canal 3D e a FIFA ainda não confirmou se a Copa de 2014 será transmitida nesse padrão. O que você acha da atualidade do 3D no mercado e qual e a visão da empresa a respeito? A NET foi pioneira em disponibi-
lizar todos os conteúdos em 3D disponíveis no Brasil, em transmissões experimentais ao vivo ou no NOW. Somos a única empresa do mercado com capacidade tecnológica para ofertar esse conteúdo regularmente e o cliente pode assistir quando quiser. Entretanto, o consumidor está dando um recado claro de que prefere a qualidade da imagem HD em relação à experiência mais imersiva do 3D, que tem o revés da necessidade dos óculos e de uma TV compatível com a tecnologia. Vamos continuar acompanhando e deixando o consumidor escolher e decidir o que assistir, nos formatos mais avançados disponíveis. Em termos gerais, qual é a situação atual do mercado de TV por assinatura brasileiro? Há vários meses consecutivos, o mercado de TV por assinatura brasileiro apresenta um ritmo de crescimento acelerado. Acreditamos que haja espaço para mais crescimento, principalmente porque a NET está expandindo sua rede para novas cidades, onde
antes não atuava. Além de expandir sua área de atuação, a estratégia da NET se baseia em desenvolver soluções completas e de alto valor percebido, buscando sempre inovar na experiência de seus clientes. Para isso, a empresa segue fazendo e praticando o que tem sido sua receita de sucesso ao longo dos últimos anos: investir em inovação e tecnologia para trazer os melhores produtos e serviços, buscar constantemente a qualidade e a excelência operacional e também ampliar a atuação para novas áreas. Quais são os objetivos da Net Serviços para o período 2013-2014? O objetivo da NET é seguir fazendo e praticando o que tem sido sua receita de sucesso ao longo dos últimos anos: investir em inovação e tecnologia para trazer os melhores produtos e serviços, buscar constantemente a qualidade e a excelência operacional e também ampliar a atuação para novas áreas. E, obviamente, continuar crescendo e consolidando sua liderança de mercado. ttv
TTV MAGAZINE/13
Como você observa a evolução do consumidor digital brasileiro? As novas formas de relacionamento das pessoas com o vídeo (sob demanda, em qualquer lugar e em diversos dispositivos) têm aumentado o interesse na televisão por assinatura em alta definição, no NOW e na alta capacidade de conectividade da rede de fibra ótica e cabos coaxiais da NET. Cada vez mais o cliente demanda conteúdo disponível para ser assistido quando e como ele quiser. Isso tem relação com o desejo de mobilidade, de estar sempre conectado, compartilhando suas experiências e opiniões. A tecnologia tem permitido transformar e tornar ainda mais atrativa a experiência de assistir TV.
“Acreditamos que haja espaço para mais crescimento, principalmente porque a NET está expandindo sua rede para novas cidades, onde antes não atuava.”
MARKET WATCH UltraViolet se expande
A Sony Pictures confirmou que o serviço digital UltraViolet chegará à Alemanha e França neste outono.
‘Encantadoras’ soma quatro países
A novela da Globo será transmitida pela Teledoce (Uruguai), Canal 13 (Chile), Ecuavisa (Equador) e Canal 4 - Telecorporación Salvadoreña (El Salvador).
‘Avenida Brasil’ chega à Rússia
A novela da Globo foi adquirida pelo Channel One, o canal de maior audiência da Rússia.
CNN Latino é lançado em Miami
A partir de agosto o bloco de programação para o público hispânico dos EUA começará a ser visto no canal WDFL de Miami entre as 15:00 e as 23:00 horas.
NOMEAÇÃO
Marcelo Cataldi é promovido na Turner América Latina A Turner América Latina anunciou a promoção de Marcelo Cataldi ao cargo de VP de Vendas Publicitárias para Brasil, América Latina e Los Angeles. Cataldi se transferiu para Miami e se reporta a Dawn Williamson, VP de Vendas de Comerciais para a América Latina. Cataldi dirigirá uma equipe de 60 pessoas dos diferentes escritórios de vendas da Turner situados no Brasil, Miami e Los Angeles, e a equipe de vendas responsável pelo Caribe e pela República Dominicana. Como parte desta promoção, Cataldi co-liderará o marketing para a Turner Brasil. A Turner conta com um portfólio importante de canais distribuídos em toda a América Latina, incluindo Cartoon Network, Boomerang, TNT, TCM, Space, Warner Channel, Glitz*, CNN International, CNN en Español, truTV, TBS veryfunny, HTV, Infinito, Much Music, ToonCast, I.Sat e seus respectivos sites na internet. No Brasil também Marcelo Cataldi, lidera as venVP de Vendas Publicitárias para Brasil, Latinoamérica das publicitáe Los Ángeles da Turner rias do canal Latin America Woohoo.
CANAIS
ESPN confirma sede de produção para a Copa
A ESPN Internacional terá sua sede de produção no Clube dos Marimbás do Rio de Janeiro durante a Copa do Mundo FIFA Brasil 2014.
14/TTV MAGAZINE
DIRECTV renovou ‘Rogue’ A produção original da operadora de TV por assinatura terá uma segunda temporada de 10 episódios.
The Cable Show 2014 será em Los Angeles
Assim anunciou a organização do evento, cuja edição 2013 terminou nesta quarta em Washington DC.
David Guerra, SVP de Distribuição e Marketing para América Latina
CANAIS
VividTV chega ao Brasil A VividTV assinou um acordo com a GVT, pelo qual coloca à disposição centenas de horas de programação explícita da mais alta qualidade. Entre a oferta disponível, destacam-se os populares vídeos Vivid-Celeb e as mundialmente célebres paródias de filmes de Hollywood, incluindo a recente estreia ‘Iron Man XXX: An Axel Braun Parody’. A VividTV oferece aos assinantes da GVT acesso discreto e seguro a centenas de horas de novos conteúdos a cada mês, com a diversidade e qualidade que requerem para aproveitar o melhor entretenimento adulto no conforto de suas casas. A oferta da VividTV também inclui um portfólio de clássicos do cinema adulto com títulos como ‘Ginger’, ‘Fade to Black’ e ‘Throat: A Cautionary Tale’. Recentemente lançada nos EUA, a VividTV está disponível nos principais sistemas de TV paga e chega a mais de 52 milhões de assinantes.
A ficção italiana chegou à América Latina Encarregada da distribuição do conteúdo produzido pela RAI, o canal público da Itália, a RAI World leva as produções italianas pelo mundo todo através dos seus canais RAI Italia e RAI News. Neste ano, a companhia adicionou à sua oferta de canais um terceiro integrante, o RAI World Premium. “É um canal para todos os interessados na Itália e suas histórias”, afirmou Giovanni Celsi, chefe de Vendas, Marketing e Distribuição da RAI World. O novo canal foi lançado na América Latina em 1 de fevereiro e já está disponível para todos os países da região. Completamente dedicado à ficção, o canal oferece séries dramáticas, minisséries e filmes, todos eles produzidos pela RAI. O canal não está orientado somente aos italianos, mas também disponibiliza conteúdos legendados em espanhol, inglês e português para alcançar todos os latinoamericanos.
ReportagemCentral
TV PAGA
O alicerce do futuro 17 milhões de assinantes de TV por assinatura, seis milhões de clientes de banda larga e cinco milhões de voz: uma base sólida de penetração para dar o salto à expansão em todo o país. Um processo de implementação regulatória superado, inovação tecnológica em todas as frentes e um setor com uma oportunidade histórica em suas mãos: construir uma indústria sustentável. Por Sebastián Torterola
Twitter: @storterola storterola@todotv.tv
A
palavra-chave da TV por assinatura brasileira hoje é “futuro”. Pela primeira vez em muito tempo (o que não é muito comum no âmbito público-privado de qualquer setor latino-americano de negócio) a indústria parece ter superado velhos debates e discussões para focalizar-se nos passos a seguir para tirar vantagem do bom momento econômico do país. De fato, 2013 vem sendo um ano bastante executivo, depois de concretizada a adaptação dos players à Lei 12.485/2011. Talvez uma das medidas que tenha gerado mais esforços no setor foi o cumprimento das cotas de produção nacional por parte de operadoras, empacotadoras e programadoras, que tiveram como resultado o tão mencionado “aquecimento do mercado”. EFERVESCÊNCIA DA PRODUÇÃO. “Fechamos um ciclo de implementação da lei. Nele, vimos que se cumpriram com efetividade as obrigações de carregamento de conteúdo brasileiro pelos diversos canais de espaço qualificado; vimos surgir novos canais brasileiros de espaço qualificado; vimos canais brasileiros já existentes se adaptarem e descobrirem o universo da produção independente”, disse Manoel Rangel, diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), que recentemente foi confirmado para um terceiro mandato na agência. “O mercado nem estava preparado para esse tamanho de demanda. Acho que agora estamos num período de acomodação e aprendizado,” comentou, por sua vez, Débora Ivanov, diretora executiva do Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de São Paulo (SIAESP). Desta forma, os esforços superaram as queixas, e a Ancine se mostrou satisfeita com os movimentos gerados pela lei e com a resposta dos agentes envolvidos. O caso da Net Serviços, maior operadora de TV por assinatura do país e terceira maior do mundo, é um exemplo representativo. “A gente nunca tinha feito um lançamento paralelo de tantos novos canais ao mesmo tempo... cumprindo lei. Conseguimos fazer isso sem passar os custos para o assinante, e aumentar a distribuição de alguns canais, como o Canal Brasil, que era visto apenas pelos assinantes do pacote avançado. Agora ele é visto por 100% dos assinantes da NET”, assegurou o diretor de Programação Fernando Magalhães.
Muitas vozes do setor se manifestaram a respeito deste novo cenário. “Houve casamentos muito bons com produtoras independentes.
(F on te :G oo gl e
V (m isit éd ant Não temos isso de traia es Ma m ún balhar só com produtoras io 20 en i 1 grandes. É uma coisa bas3) sa cos l) tante poligâmica”, brincou Livia An al yt ics -
Micheli, da A+E Networks, mencionando parceiros como a Prodigo ou as produtoras Terra Vermelha e Cinevideo.
“Nunca tivemos tamanha oportunidade de fazer com que esta indústria seja sustentável. É um cenário novo”, comentou Paulo Mendonça, diretor do Canal Brasil. E, sem dúvida, daqui para a frente, a responsabilidade pelo crescimento do negócio é muito mais dos players do mercado (programadoras internacionais, programadoras brasileiras, operadoras, empacotadoras, grupos de produtoras e produtoras independentes) que do estado. Pelo menos essa é a visão de Rangel. “Temos que transformar as práticas e incorporar novos parceiros para poder dar o salto e fazer do Brasil um polo produtor importante. As classes C e D, que procuram conteúdo brasileiro, são as que mais querem se ver retratadas. Ai está a demanda, o diagnóstico está feito. Esses são os desafios que devem mobilizar, não só o Estado brasileiro, mas todos e cada um de vocês e suas empresas”, ele disse, em junho, durante a abertura do Fórum Brasil de TV. Trabalhando nesse retrato em tom brasileiro, a programadora Box Brazil é um caso de sucesso baseado no conteúdo nacional, não meramente por questões de lei, mas pelo convencimento genuíno de que conteúdo brasileiro pode ser sinônimo de sucesso comercial. “As operadoras brasileiras de TV por assinatura ainda não descobriram todo o potencial dos canais brasileiros de qualidade e o quanto os mesmos são relevantes para os assinantes. Um exemplo claro é o sucesso que os conteúdos brasileiros estão fazendo dentro dos canais internacionais e dos canais nacionais que tem parte de sua programação focada no conteúdo brasileiro”, afirma Cícero Aragon, diretor-presidente da Box Brazil.
INVESTIMENTO EM 4G Maximiliano Martinhão, secretário de Serviços de Telecomunicações, afirmou que as empresas que arremataram as faixas de 2,5 GHz irão investir de R$ 12 bilhões a R$ 15 bilhões em infraestrutura 4G até 2018. Isso se deve a que as medidas de incentivo definidas pela Anatel para a aquisição de tecnologia nacional e produtos produzidos no Brasil exigem que as empresas que arremataram as faixas no leilão comprem, até 2014, 50% de produtos produzidos no Brasil, dos quais 10% com tecnologia nacional. Depois, o percentual de produtos com tecnologia nacional sobe para 15% até 2016 e 20% até 2017.
TTV MAGAZINE/17
Além disso, como forma de apoiar o desenvolvimento dessa nova fase da TV por assinatura, no Fórum Brasil o executivo anunciou o lançamento do NetLabTV, um concurso de roteiros para “captar novos talentos e novas ideias”, uma iniciativa inédita para uma operadora.
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ReportagemCentral PENETRAÇÃO. No caso do desenvolvimento da TV por assinatura para lugares onde ela ainda não está presente, os envolvidos repetem muito duas palavras: investimento e penetração. Baseado na inovação, na competência e na combinação de serviços, o setor alcançou um crescimento de cinco vezes em comparação com 2003, batendo os 17 milhões de assinantes de vídeo, mais de 6 milhões de clientes de banda larga e cerca de 5 milhões de clientes de voz, segundo dados da Anatel. Nestes doze meses de vigência da Lei 12.485, a tendência é de aumento de todos estes números, principalmente devido à abertura do mercado às empresas de telecomunicações, que cada vez mais disponibilizam seus serviços de TV por assinatura via DTH em regiões antes inexploradas. Nesse sentido, pode se
ver uma ampla presença da tecnologia HD na população brasileira, redes de cabo e fibra sendo expandidas para cada vez mais cida-
des e a oferta de plataformas OTT prestes a decolar.
João Rezende presidente da Anatel
“Vamos procurar uma visão nos serviços convergentes, vamos modificar a forma de tramitação dentro da Agência. Isso nos dará maior transparência e agilidade”. Manoel Rangel Diretor-Presidente da Ancine
“Temos que transformar as práticas e incorporar novos parceiros para poder dar o salto e fazer do Brasil um polo produtor importante”.
Após a última divulgação de números da TV por assinatura por parte da Anatel, ouviram-se vozes indicando a diminuição do ritmo de crescimento do setor, já que a agência constatou uma queda inédita de 0,21% na base de assinantes. Porém, antes de tirar conclusões precipitadas, é preciso considerar que a queda foi influenciada pelo resultado negativo da Sky, que perdeu 130.450 assinantes. Esta redução na base de clientes da Sky deve-se a que em março a operadora apresentou um número inflacionado de assinantes, o que foi revelado por uma auditoria posterior. Apesar disso, o número de assinantes registrados pela Sky de abril a maio mostram que a empresa continuou cres-
Fernando Magalhães Diretor de Programação da Net Serviços
“A gente nunca tinha feito um lançamento paralelo de tantos novos canais ao mesmo tempo”
Tabela 1. Evolução das assinaturas Ano Total de De janeiro Crescimento De janeiro assinaturas a dezembro anual (%) a maio 2007 5.348.571 765.446 16,70% 179.755 2008 6.320.852 972.281 18,18% 232.553 2009 7.473.476 1.152.624 18,24% 217.137 2010 9.768.993 2.295.517 30,72% 408.425 2011 12.744.025 2.975.032 30,45% 732.774 2012 16.188.957 3.444.932 27,03% 905.325 2013 16.934.416 - 4,60%* 745.459
Crescimento em maio 61.726 84.497 55.358 112.434 238.362 283.752 -35.260
Crescimento em maio (%) 1,30% 1,53% 0,84% 1,42% 2,29% 2,07% -0,21%
Tabela 2. Número de assinaturas por grupo econômico Grupo Econômico Abril (2013) Maio (2013) Variação abril (2013) /maio (2013) NET/Embratel 8.842.241 8.908.665 66.424 413.666 SKY/Directv 5.342.814 5.212.365 -130.449 Oi 857.313 885.472 28.159 Telefônica 532.033 531.364 -669 GVT 500.958 516.257 15.299 Algar 126.215 124.885 -1.330 ViaCabo 111.341 111.892 551 Subtotal: 16.312.915 16.290.900 -22.015 Demais Grupos 656.761 643.516 -13.245 Total Geral: 16.969.676 16.934.416 -35.260
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Tabela 3. Competição no mercado de TV por assinatura - % da base de assinantes
Crescimento (2013) 173.502 136.714 -63.543 90.622 11.901 4.976 767.838 -22.379 745.459
AMÉRICA LATINA DIGITAL Segundo uma pesquisa realizada pela comScore e o IAB Chile sobre as audiências online em todo o mundo, a América Latina é a região com maior crescimento anual (12%) em março de 2013. O relatório afirma que os latino-americanos dedicam mais tempo ao consumo online (média de 26,1 horas por mês) do que a média global (23,4 horas). Além disso, cinco países da América Latina integram o top 10 dos territórios com mais horas na internet. Quanto à quantidade de vídeos por usuário, o Brasil tem o primeiro lugar com 176,6 por mês e o Chile vem atrás com 144. A pesquisa também revela o forte crescimento da publicidade online no Brasil: 97% entre março de 2012 e março de 2013. Em março deste ano, a Netflix foi o principal anunciante de display para o Brasil e o México, enquanto o Facebook foi o principal publisher nestes dois mercados.
UM NOVO CICLO
BRASIL: 7º NO MUNDO Com mais de 16,2 milhões de casas com TV por assinatura, o Brasil terminou 2012 como o sétimo maior mercado de TV por assinatura no mundo, embora o seu número de assinantes seja consideravelmente menor aos mais de 100 milhões de lares existentes na Índia e nos EUA, e os mais de 230 milhões da China. Os dados surgem de uma pesquisa realizada pela Digital TV Research. As receitas globais da TV por assinatura alcançaram US$ 184 bilhões em 2012, 28,5% acima dos US$ 143 bilhões registrados quatro anos antes. A América do Norte representa a metade desse número. Embora o cabo tenha gerado mais receitas (US$ 87 bilhões) em 2012, a consultora identifica uma tendência de estancamento e prevê que em breve será superado pelo DTH. Enquanto isso, a IPTV gerou US$ 12 bilhões em receitas no ano passado. A pesquisa também destaca o avanço da digitalização da TV por assinatura, que passou de uma penetração de 28,6% em 2008 para 54,7% em 2012. A plataforma de cabo digital totalizou 273 milhões de lares; o DTH, 178 milhões em TV paga e outros 118 milhões em TV aberta; e a IPTV, 69 milhões. Havia 652 milhões de casas com tecnologia analógica no fim de dezembro no ano passado (411 milhões com TV analógica terrestre e 242 milhões com cabo analógico). Lares Penetração China: 232,8 milhões Holanda: 100% Índia: 116,7 milhões Dinamarca: 97% EUA: 100,2 milhões Bélgica: 96% Japão: 25,1 milhões Hong Kong: 96% Rússia: 23,6 milhões Noruega: 95% Alemanha: 21,8 milhões Coréia do Sul: 95% Brasil: 16,2 milhões Suécia: 92% Coréia do Sul: 16,1 milhões uíça: 86% Reino Unido: 14,4 milhões Canadá: 86% México: 13,0 milhões EUA: 86%
cendo no mesmo ritmo, apesar da revisão de assinantes. Quanto aos números positivos, a Net foi a operadora com maior crescimento em maio (com 36.198 novos assinantes, chegando a 5,57 milhões de lares), seguida da Claro TV (3,33 milhões) e da Oi TV (885.472). Enquanto isso, o crescimento interanual foi dominado pela operadora mais jovem do mercado, a GVT, que cresceu 167,76%, chegando a 516.257 em maio.
BRASIL > População: 197.542.474 habitantes > Área: 8.514.876,599 km2
MAIS MUDANÇAS. Esta realidade é acompanhada pela Agência Nacional de Telecomunicações, que já está em processo de atualização da sua estrutura para atender melhor o setor. “Vamos procurar uma visão nos serviços convergentes, vamos modificar a forma de tramitação dentro da Agência, principalmente porque teremos uma superintendência que vai cuidar de todos os serviços em relação a descumprimento de qualidade e multas. Isso nos dará maior transparência e agilidade”, disse recentemente João Rezende, presidente da Anatel. Enquanto isso, entre outras iniciativas, a agência também está no processo de consulta pública da faixa de 700 MHz, que significará um avanço importante na digitalização dos serviços audiovisuais. “A solução dos 700 MHz não é só uma solução que atende o mercado de telecomunicações; também é uma solução para que nós consigamos fazer avançar a digitalização da TV aberta no Brasil. Pela primeira vez, o mundo de radiodifusão e telecom se encontram neste debate”, assinalou Rezende. A Anatel também demonstrou esforços para viabilizar o espectro na faixa de 700 MHz para a banda larga móvel. ttv
Número de assinantes: > Total: 16.934.416 > DTH: 10.484.630 > Cabo: 6.393.834 > MMDS: 52.693 > TVA: 3.259 > Municípios atendidos apenas por MMDS: 213 > Municípios atendidos apenas por TVC: 134 > Municípios atendidos por MMDS e TVC: 101 > Domicílios cobertos com serviços de MMDS e TVC: 28.111.100 > Densidade: 28,1 > Home Passed (TVC): 16.822.705 *Dados de Fechamento - Referência: Maio/2013; Fonte: Anatel
Tabela 4. Assinaturas por tecnologia 1T2012 2T2012 MMDS 217.729 189.658 TVC 5.714.957 5.893.447 DTH 7.738.880 8.448.529 TVA 3.841 3.549 Total 13.675.407 14.535.183
3T2012 4T2012 163.895 142.113 6.074.535 6.199.159 9.157.412 9.844.090 3.593 3.595 15.399.435 16.188.957
1T2013 Maio 2013 101.289 52.693 6.337.134 6.393.834 10.367.271 10.484.630 3.580 3.259 16.809.274 16.934.416
Variação abril (2012)/maio (2013) -14.010 18.698 -39.631 -317 -35.260
TTV MAGAZINE/19
Com respeito à divisão do mercado por tecnologia, a Anatel informou: “A participação dos serviços prestados via satélite (DTH) manteve-se praticamente inalterada em relação ao mês de anterior, com 61,9% da base e a dos serviços de TV a Cabo alcançou 37,8% das assinaturas. Em maio de 2013 o DTH, com uma perda de 39,63 mil assinantes, caiu 0,38%. O serviço via cabo registrou um acréscimo de 18,7 mil novas assinaturas - crescimento de 0,29% em maio. As prestadoras de MMDS, por sua vez, perderam 14 mil assinantes no mesmo período, o que representou queda de mais de 21% de sua base”.
Adriana Whiteley, diretora de Estratégia da consultora britânica Farncombe, estará a cargo da palestra internacional dentro do painel de abertura do ABTA 2013: Um novo ciclo de crescimento. Em exclusiva para a todotv, Whiteley comentou que explicará como as novas tecnologias estão mudando o mercado de TV por assinatura. “As operadoras têm de se adaptar às expectativas dos clientes, que são formadas pelo que eles vivenciam na internet e em novos aparelhos de recepção, como TVs conectadas, tablets, etc. A vantagem das empresas no Brasil é que o mercado de TV por assinatura ainda está crescendo rapidamente, e os latino-americanos em geral são abertos a adotar novas tecnologias e serviços. Além disso, comparado a maioria dos países europeus, a TV Digital no Brasil tem um número de canais limitado – isso faz com que seja mais difícil o surgimento de serviços híbridos competitivos que simplesmente juntam canais abertos com on-demand e servem o segmento de baixo custo”.
Executivo ttv
Produzir no Brasil: um debate aberto Com muito interesse na produção local e um olhar alentador e crítico ao mesmo tempo sobre a legislação vigente no Brasil, a VP de Produção e Desenvolvimento da Discovery Networks dialogou com a todotv evidenciando a evolução deste setor e analisando suas perspectivas futuras. Por Sebastián Torterola Twitter: @storterola storterola@todotv.tv
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Canadá através de seus programas de exoara os olhos internacionais, está neração de impostos, além do enorme claro que a Lei 12.485 de TV paga talento em produção do Canadá”, foi um primeiro empurrão comentou Giorelli. para a produção brasileira. “[O Brasil] Trata-se do início de um É um mercado Considerando que se trata de caminho para a profissionalização muito jovem. um país de 30 milhões de habido setor. Há uma rigidez muito forte com tantes (o Brasil tem 200 milhões), os assuntos o Canadá tem uma “indústria teÉ nisso que acredita Michela Giorecontratuais”. levisiva impressionante”, já que lli, a VP de Produção e Desenvolvirealiza coproduções com Europa, mento da Discovery Networks AméEUA e América Latina, e tem tratados rica Latina & EUA Hispânico, que em de livre comércio com uma grande quantidadiálogo com a todotv opinou sobre a sustende de países. tabilidade do mercado brasileiro, a vigência do marco legal e o impulso da produção local, Neste sentido, a executiva faz referência às dientre outros. ferenças que fazem do Brasil um mercado de grandes oportunidades, claro, mas com um A FAZER. Neste contexto, a executiva posimarco legal que ela considera neste momencionou o Brasil a nível internacional, compato, excessivamente rígido: rando-o com o Canadá, onde a companhia produziu ‘Doki’, uma de suas séries animadas “É um mercado muito jovem. Há uma rigimais importantes para a Discovery Kids. dez muito forte com os assuntos contratuais. Não importa o que ou quanto se invista em “O formato é uma ideia original nossa, e os um projeto no Brasil, os direitos são sempre direitos sobre a série logicamente também. os mesmos e o formato contratual também”, Por outro lado, recebemos grandes apoios do
Michela Giorelli,
VP de Produção e Desenvolvimento da Discovery Networks América Latina & EUA Hispânico
comenta a executiva. Neste sentido Giorelli sublinha que “para que um mercado cresça de maneira orgânica, saudável, necessita certa flexibilidade, e dependendo de que investimento se faça no projeto, é justo que disso dependa que direitos se tem sobre o projeto”. EM ALTA. De qualquer forma, Giorelli destaca neste contexto o processo de amadurecimento que teve o mercado brasileiro, um país onde há 15 anos era muito difícil trabalhar com casas independentes. “Desde que a Discovery começou a trabalhar no Brasil, imediatamente quisemos identificar casas produtoras que pudessem ser nossos sócios aqui para a geração de conteúdo local. Agora, nos últimos anos tem entrado muito mais talento para a TV, já que o mercado cresceu. De fato, agora estamos trabalhando com 15 produtoras e, além disso, estamos falando com mais 15”, comentou Giorelli. ttv
Doki Discovery Kids
Galeria tradeshow
Fórum Brasil de Televisão 2013 4 e 5 de Junho, Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo, Brasil
Elisa Chalfon (Fox), Caio Fochetto (A+E Networks), Roberto Martha (Viacom), Ana Paixão (Turner) e Livia Miceli (A+E Networks)
Entrada ao Fórum Brasil 2013
Manoel Rangel (Ancine)
Daniel Heaf (BBC Worldwide)
Caio Fochetto e Livia Miceli (A+E Networks) junto a produtores presentes no evento
Os produtores Roberto Dávila (Moonshot Pictures), Kiko de Micheli (ANCC Usina de Conteúdo) e Cássio Pardini (Latina Estudio)
Jimmy Leroy e Roberto Martha (Viacom)
Painel ComKids: Criatividade e inovação no desenvolvimento de séries para crianças
30 minutos com Renata Netto (ESPN)
Rogério Brandão (TV Brasil)
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Na abertura do Fórum Brasil 2013, o presidente da Ancine disse que agora é o momento para os programadores, produtores e operadores “darem o próximo passo”. Os atores do negócio receberam o comentário de forma dinâmica, e propuseram alternativas para a internacionalização dos conteúdos nacionais, capacitação técnica e inclusive um concurso de roteiros lançado por um operador.
Vista geral do Fórum Brasil 2013
Carla Affonso, CEO da Zodiak Brasil, com sua equipe
Carlos “Waguinho” Messerlian (Companhia de Cinema), Gustavo Menezes (TV Cultura), Bia Rosenberg (BR4 Comunicações) e Ivaneide Martinez (TV Cultura)
Gabriela Varallo, André Rossi e Carolina Telles no painel Produzindo com a Discovery
Yoo Na Kim e a equipe da MBC Korea presente no Fórum Brasil
Leonardo Campos (Canal OFF) em reunião
Michela Giorelli (Discovery) junto a executivos da TV Brasil e Moonshot Pictures
Os uruguaios Verónica Leite (desenhista), Hernán Rodríguez (Aceituna Films) e Ignacio Corradi (Piso Rojo) apresentam o game Lengua Laberinto
Érico da Silveira (TV Escola)
Público presente no evento
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Executivo ttv
Teatro
multi-plataforma Uma das mais novas ofertas dentro da TV por assinatura brasileira, a Cennarium TV combina a funcionalidade de um canal catalogado como “brasileiro de espaço qualificado” com uma proposta única, flexível e inovadora que tem como objetivo preservar e difundir a cultura. Por Sebastián Torterola
Harry Fernandes, CEO da Cennarium
Twitter: @storterola storterola@todotv.tv
24/TTV MAGAZINE
A
Após adequar a programação do canal aos Cennarium TV surgiu com o objerequerimentos da Ancine, a Cennativo principal de democratizar o rium teve as suas possibilidades acesso ao teatro no Brasil. multiplicadas, considerando a “Ao contrário de um fil“Um dos demanda gerada às operadoras me, uma peça de teatro, principais objetivos pela nova lei. Por isso, além de pela limitação física, só pode ser [da Cennarium propor uma oferta diferencial assistida por um público muito TV] é a máxima capilaridade de seus a seus clientes através de conrestrito, em geral, da própria ciconteúdos, de forma teúdos inéditos na TV brasileidade onde está sendo exibida,” a atingir o maior ra, o canal também é funcional diz Harry Fernandes, CEO da Cennúmero de pessoas às necessidades atuais da innarium. possíveis.” dústria. Nesse sentido, a companhia pro“Entendemos que era necessário obter cura se apropriar das vantagens do essa classificação junto a Ancine, como forma modelo audiovisual, principalmente da posside tornar ainda mais atrativa a oferta de nosbilidade de exibição em diferentes janelas de so canal às operadoras, pois além de oferecer distribuição. uma opção totalmente diferente das existentes no mercado, já um pouco saturado de ca“Depois do cinema, os filmes acabam sendo nais de filmes, séries, desenhos, etc., agora a exibidos em diversos veículos de exibição, Cennarium TV também pode contribuir para como VOD, TV por assinatura, TV aberta, que qualquer operadora atenda, com qualiDVDs e Blu-ray, sites, etc., possibilitando que dade, as exigências da nova Lei,” comenta o seja assistido por ainda mais pessoas. Por isso, executivo. mesmo antes do surgimento da nova Lei do audiovisual, a Cennarium foi pensada para ter Assim, a programação da Cennarium TV é uma exibição multi-plataforma, uma vez que totalmente focada em espetáculos teatrais, um dos seus principais objetivos é a máxima sicos, stand-ups, musicais, dança, dentre incluindo musicais e espetáculos de dança, capilaridade de seus conteúdos, de forma a outros. atingir o maior número de pessoas possível,” que também possuem uma forte linguagem teatral. O seu foco é a família: o canal afirma o executivo. “Um dos grandes objetivos da Cennarium é atende o público infantil durante o dia com a preservação de grandes espetáculos para peças infantis e educacionais, e no horário CONTEÚDOS. A Cennarium TV acabou de reque, mesmo após vários anos, as pessoas connoturno aponta ao público mais adulto, ceber a sua qualificação como canal brasileiro tinuem tendo a possibilidade de assistir,” concom espetáculos de comédia, drama, clásde espaço qualificado e começou há pouco clui Fernandes. ttv as negociações com operadoras. No entanto, suas peças de teatro já estão sendo exibidos em diferentes plataformas, como o NOW (Net PRODUÇÃO NACIONAL Serviços), GVT TV, Saraiva Online, Submarino. A Cennarium TV também está preparando produções jornalísticas, entrevistas, documentácom, dentre outros. “Também estamos em rios, variedades, programas especiais e outros, que estão sendo produzidos em parceria com proprocesso de assinatura de parceria com a Cidutoras independentes, e cujo foco é o universo teatral. “O objetivo é oferecer uma programação népolis, para a exibição de peças de teatro em diferenciada e qualificada para a nossa audiência, mostrando tudo o que está acontecendo no salas de cinema pelo Brasil, e o início dessas Brasil e no mundo no que tange a esse riquíssimo universo dos grandes espetáculos teatrais,” exibições está previsto para ocorrer em agosassegura Fernandes. to deste ano,” diz Fernandes.
Executivo ttv
A nova geração Filho direto da Lei 12.485, Curta! – O Canal Independente nasceu com dez milhões de assinantes e muitos desafios pela frente. Com planos de investir pelo menos R$ 10 milhões em produção no seu primeiro ano, o canal veio para fazer do conteúdo brasileiro “a televisão hegemônica” do país. Por Sebastián Torterola Twitter: @storterola storterola@todotv.t
Lara 2003
Julio Worcman, Diretor do Curta!
em orçamentos de produção de projetos originais, o desafio do Curta! é aumentar a quantidade de conteúdos disponíveis e montar uma estratégia de longo prazo nesse sentido. “Com o projeto programático inicialmente concebido, o canal Curta! poderia contribuir com maior impacto para tornar a produção independente brasileira a televisão hegemônica em nosso país - um dos objetivos fundamentais pressupostos pela Lei 12.485. A ideia da Lei, como a entendemos, é reproduzir o que ocorreu com a música brasileira: através de políticas fiscais e leis de obrigatoriedade de conteúdo nacional e regional para as rádios, a música brasileira tornou-se hegemônica em nosso país e inclusive um setor gerador de royalties para artistas brasileiros”, afirma o executivo.
A
O canal também tem uma parceria com o portal PortaCurtas.org.br, catalogado como “o primeiro site profissional de vídeo on demand no Brasil,” lançado três anos antes do YouTube, também rende bastante na tela do canal. O portal tem quase 8 mil filmes catalogados e mil disponíveis para assistir na íntegra, janelas no NET NOW e SundayTV (Terra). Mas o Curta! não programará somente curtas. Pelo contrário, o canal também vai exibir ficção e documentários independentes, de média e longa metragem, brasileiros e do mundo, de empresas como Content Television, Off The Fence, Arte, Europe Images, Channel 4, Endemol e mais de 300 fornecedores internacionais. Finalizando a entrevista, Worcman deixa uma mensagem para os operadores: “Esperamos que, com a consolidação do charme e da qualidade que o canal Curta! vem demonstrando, os operadores, no momento das renovações dos nossos contratos, finalmente removam o preconceito gerado pela obrigatoriedade da Lei 12.485 e aceitem com simpatia pagar pelo novo canal ao menos a média do que pagam para outros canais de variedades incluídos em seus pacotes básicos”. ttv
TTV MAGAZINE/25
da aplicação da Lei 12.485, o canal de curtasnotícia que a Net Serviços contratametragens chega para refrescar a oferta de ria a distribuição do então projeto conteúdos com uma programação inédita no do canal Curta! chegou para Julio mercado, e também para satisfazer a demanda Worcman, diretor do canal, por um por conteúdos nacionais. e-mail em 20 de outubro de 2012. Apesar dos interesses no canal já manifestados A respeito da programação, Worcman por operadoras como Vivo, Oi e GVT, sem a explica: “Optamos por fazer grades NET e a ClaroTV -que juntas represensemanais com o prime-prime semtam a maior base de assinantes do “O canal pre com um foco temático: artes mercado- não seria possível viabiliCurta! poderia contribuir com plásticas, artes cênicas, arquitezar financeiramente a operação. maior impacto para tura, meio-ambiente, tradições tornar a produção (festas e danças), inspirados nas “Ninguém acreditava que conseindependente Soirées Tematiques programaguiríamos atender o prazo de 10 brasileira a televisão das pela Arte France, porém de dias para colocar um novo canal hegemônica em forma horizontalizada”. de televisão no ar. Mas tudo isso nosso país”. se tornou possível porque o canal CONTEÚDO. Além dos conteúdos foi constituído a partir dos negóprontos, o canal está contratando précios da distribuidora carioca Synapse, licenças de projetos originais a serem produzique está há mais de 25 anos no mercado”, codos com apoio do Fundo Setorial do Audiovimenta Worcman à todotv. sual, linha Prodav, que poderão somar entre R$ 6 e 12 milhões em orçamentos de produção Assim foram os primeiros passos do Curta!, “O nos primeiros 12 meses. Canal Independente”, programado pela Synapse. O canal foi ao ar em novembro de 2012 Com 600 horas de conteúdo licenciado por com quase dez milhões de assinantes desde o ano, além da pré-contratação de R$ 25 milhões seu nascimento. Criado como resultado direto
Executivo ttv
Totalmovie: SVOD e TV ao vivo O gerente geral da Totalmovie Brasil, Karl Loriega, destacou para a todotv o sucesso obtido pela plataforma no país, com uma oferta única que combina filmes e séries por streaming e canais de TV ao vivo pela internet.
Karl Loriega,
Por Gonzalo Larrea Twitter: @gonzalolarrea glarrea@todotv.tv
Gerente Geral da Totalmovie Brasil Lost Série
panhias de conteúdo pela internet, por isso devemos nos diferenciar com uma oferta de conteúdo”, explicou. “É por isso que somos a primeira empresa a oferecer um serviço de SVOD e também canais de TV ao vivo. Isto é um desafio para os provedores de conteúdo”, acrescentou. Sua oferta de TV ao vivo consiste em “uma interface única e intuitiva”, com “conteúdo especializado”, assinalou Loriega, que lamentou que “os meios tradicionais apresentaram resistência ao mercado OTT”. “No entanto, já estamos adiantados no fechamento de conteúdo no Brasil. Os canais que atualmente são oferecidos na Totalmovie são fruto de negociações na América Latina”, esclareceu. Agora, comentou o executivo, o crescimento do setor OTT, e em consequência da Totalmovie, estará cada vez mais ligado ao dos dispositivos móveis, que agora sim cumprem o serviço de levar internet a todas as partes.
26/TTV MAGAZINE
C
sitivos móveis”, começou, em diálogo com a riada em janeiro de 2011 no Métodotv, Karl Loriega, gerente geral da xico pelo Grupo Salinas, a ToTotalmovie Brasil. talmovie desembarcou em maio deste ano no Brasil, “Eu acho que é Segundo o executivo, o prinmercado no qual conpossível fazer uma cipal desafio da companhia seguiu se destacar graças à sua combinação de tanto no Brasil quanto no resinovadora oferta de SVOD e TV vários modelos, sempre que não to da região é justamente a ao vivo pela internet. seja complexo para diferenciação, diante de um o usuário e lhe gere mercado cada vez mais reple“O lançamento no Brasil foi um valor pela quota to de serviços de televisão via grande sucesso, já que não soque paga.” streaming. mente temos uma oferta de filmes e séries por streaming, mas “Quando a Totalmovie foi lançada no também contamos com canais de TV México, o único concorrente era a Netflix e ao vivo pela internet. Com esta oferta, a Tohonestamente oferecíamos um produto sitalmovie busca chegar aos consumidores das milar. Nos dias de hoje surgiram novas comclasses C, D e E com um enfoque nos dispo-
“Definitivamente o crescimento deste mercado, é o incremento do uso de dispositivos móveis como um meio de entretenimento e consumo de vídeo. Seu crescimento como ponto de entrada na internet já é uma realidade, permitindo-nos levar a TV ao vivo a qualquer lugar”. Finalmente, Loriega defendeu o modelo SVOD visto que ele permite “acessar centenas de horas de entretenimento sem se preocupar em realizar transações”, embora não tenha descartado combiná-lo com outros modelos. “Dada a penetração dos cartões como meio de pagamento, o melhor método é o que consegue reduzir o volume de transações. Eu acho que é possível fazer uma combinação de vários modelos, sempre que não seja complexo para o usuário e lhe gere valor pela quota que paga”, concluiu. ttv
TTV DIRECTV AMÉRICA LATINA NO RIO DE JANEIRO
Em um evento de três dias no Rio de Janeiro, que culminou com a final da Copa das Confederações, a Directv América Latina apresentou sua cobertura da Copa do Mundo FIFA 2014 e uma extensa lista de conteúdos que oferecerá nos próximos meses. Por Sebastián Torterola Twitter: @storterola storterola @todotv.tv
O punho
da América Latina “Dizer-lhes que para ver esportes têm que ter a Directv não é fazer proselitismo nem campanha; está plasmado nos fatos. Porque, além de oferecer canais tradicionais como ESPN ou Fox Sports, a Directv oferece toda a sua produção própria como valor agregado.” As palavras são do jornalista argentino Juan Pablo Varsky, comentarista e apresentador do canal Directv Sports, ao iniciar sua inter-
“A inovação que queremos mostrar é o 3D.”
28/TTV MAGAZINE
venção no restaurante Fogo do Chão no final de junho, ao lado da praia de Botafogo, no Rio de Janeiro. Ali, a equipe executiva da Directv América Latina se juntou com a equipe jornalística para apresentar várias novidades. “A Directv é a maior operadora de TV por assinatura do mundo. No entanto, se levarmos em conta somente a divisão latino-americana da Directv, trata-se da quinta operadora do mundo, com 16,3 milhões de lares”, dizia Sandro Mesquita, diretor de Marketing da Directv América Latina, no dia anterior, no histórico estádio Presidente Manoel Schwartz, do Fluminense. COBERTURAS. O caráter único desta empresa é sua multiplicidade de papéis, já que
é operadora, programadora e produtora de conteúdos. Neste sentido, um de seus claros diferenciais é a programação esportiva. De fato, a Directv foi a primeira a exibir todas as partidas da Copa do Mundo da FIFA na França em 1998 e em oito idiomas; a primeira a transmitir a Copa da Coreia-Japão 2002 com funções interativas; a primeira a exibir todos os jogos da Copa da Alemanha em 2006 em formato 16:9; e também a primeira a transmitir todas as partidas da Copa do Mundo da FIFA na África do Sul 2010 em HD. Em todos os casos, a empresa foi a única que transmitiu a totalidade dos jogos.
transmissão”, assinalou o apresentador do canal Pablo Giralt. INOVAÇÃO. “A inovação que queremos mostrar É o 3D, mas estamos esperando dezembro para que a FIFA confirme se vai transmitir os jogos da Copa de 2014 em 3D. Se nos dizem que sim, hoje estamos preparados para transmitir as 64 partidas nessa tecnologia”, disse José “Platão” Rocha, VP de Desenvolvimento de Conteúdos e Produção da companhia.O executivo também disse que aproveitarão o mundial para realizar provas com 4K a nível interno.
E sua ideia é continuar por esse caminho. Por isso, a Copa das Confederações foi transmitida totalmente em HD, com uma cobertura completa, in situ e interativa. Vai acontecer o mesmo com os 64 encontros da Copa do Mundo da FIFA no Brasil em 2014, apoiados por uma programação complementar com canais alternativos e produção original, entre os que se destacam os programas ‘Central deportivo’ e ‘Fútbol total’.
Ao mesmo tempo, a inovação consolidada da Directv atualmente vem, sem dúvidas, dos conteúdos. À recentemente anunciada Copa Euroamericana – que traz três equipes europeias para jogar na América Latina–, são adicionados e acrescentados uma infinidade de conteúdos como a Liga Espanhola, Premier League; NBA, FIBA, Euroliga de Basquete; torneios ATP e WTA de tênis; como também transmissões live streaming na directvsports. net; entre outros.
Nesse sentido, destaca também o caráter pan-regional da cobertura da Directv Sports. “É fantástico fazer parte deste ‘punho da América Latina’, que não trata de pôr um país acima do outro, mas que realmente se orgulha de cada conquista latino-americana em cada
Assim, Guillermo Barreto, diretor de Programação Esportiva, expressou a frase que resumiu estes dias: “É muito fácil comprar eventos esportivos, trabalhá-los e colocá-los no ar. O difícil é gerar valor agregado, e esse é o diferencial Directv”. ttv
Galeria evento
Directv: O caminho para Brasil 2014 Em um evento realizado no Rio de Janeiro nos dias 28, 29 e 30 de junho em diferentes bairros como Laranjeiras, Urca e Barra da Tijuca, a Directv Latin America convocou representantes da imprensa latinoamericana -grupo no qual a todotv fez parte- para comentar as suas novidades de programação, avaliar a cobertura da Copa das Confederações 2013 e antecipar “a cobertura mais completa” da Copa do Mundo da FIFA no ano que vem, que também será realizada no Brasil.
O jornalista do Directv Sports Alex Candal entrevista um dos telespectadores venezuelanos ganhadores da viagem à Copa das Confederações 2013
Platão Rocha (Directv LatAm), Alexey Dantas (Clube Fluminense) e Sandro Mesquita (Directv)
Intervenção de Sandro Mesquita no restaurante Fogo do Chão em presença dos os convidados da Directv
Juan Pablo Varsky, apresentador e comentarista do Directv Sports
José “Platão” Rocha, VP de Desenvolvimento de Conteúdos e Produção da Directv Latin America
A equipe jornalística do Directv Sports com o a equipe executiva da Directv Latin America Guillermo Barreto, diretor de Programação Esportiva da Directv Latin America
Apresentação da Directv Latin America no Clube Fluminense, no bairro Laranjeiras do Rio de Janeiro
Mesa jornalística do Directv Sports: Sebastián Rozental (comentarista e ex-jogador da seleção do Chile) e o apresentador argentino Pablo Giralt
Entrevista ttv
A janela independente Apostando “no Brasil que dá certo”, a jovem programadora independente Box Brazil oferece ao mercado, além de conteúdo nacional de alta qualidade, uma alternativa de mídia flexível para agências e anunciantes, baseada em alguns conceitos-chave: branded content, multiformato e multitela. Por Sebastián Torterola Twitter: @storterola storterola @todotv.tv
A
s palavras escolhidas por Cícero Aragon, diretor-presidente da Box Brazil, para descrever a sua companhia são contundentes. Frases como “a primeira programadora independente do país” ou “canais que apresentam o novo Brasil” podem parecer ambiciosas para uma empresa que lançou o seu primeiro canal, o Prime Box Brazil, há dois anos.
“Devido à limitação de orçamento das operadoras, chegar ao fechamento foi um processo que requereu um exercício de adaptação dos dois lados.”
Mas o executivo tem com o que argumentar. “Desde a concepção, entendíamos que o Brasil precisava contar com uma nova programadora, multicanal, completa e autossuficiente em nível de estrutura operacional, com
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“Atualmente boa parte da programação é adquirida pronta. Para o futuro próximo, a ideia é aumentar os projetos de coprodução.”
“Em maio de 2011 a Box Brazil lançou seu primeiro canal, o Prime Box Brazil, enquanto em 2012 foram lançados os canais Music Box Brazil, Travel Box Brazil e Fashion TV Brasil”.
Chimarruts Music Box Brazil
equipamentos próprios de edição, geração e transmissão de conteúdos em um formato multiplataforma, focada em canais de qualidade e que apresentassem o novo Brasil, o Brasil que dá certo”, assegura Aragon. Nesse sentido, a programadora baseada em Porto Alegre foi concebida com o objetivo de ser uma importante janela de conteúdo independente brasileiro, como cinema, música ou turismo, incluindo a moda em sua última fase. Depois do primeiro canal, vieram os outros em 2012: Music Box Brazil, Travel Box Brazil e Fashion TV Brasil. O crescimento foi rápido e o HD também veio para ficar.
Cícero Aragon,
“Os canais Prime Box Brazil e Prime Box Brazil HD contam hoje com oito milhões de assinantes, distribuídos nas operadoras Net Serviços, Claro TV, GVT TV, SIM TV, Viacabo e CTBC, entre outras. Os canais Music Box Brazil e Music Box Brazil HD, também presentes nessas operadoras, contam com seis milhões de assinantes,” diz Aragon.
Diretor-presidente, Box Brazil
“As operadoras de TV por assinatura brasileiras ainda não descobriram todo o potencial dos canais brasileiros de qualidade e o quanto os mesmos são relevantes para os assinantes.”
Já o Fashion TV Brasil e o Travel Box Brazil buscam ampliar sua distribuição, atualmente contando com menos de um milhão de assinantes por meio da SIM TV, CTBC e operadoras associadas ou não à Neo TV. O NEGÓCIO. A Box Brazil encontra sua sustentabilidade num modelo de negócio que prioriza alguns aspectos comerciais como a flexibilidade dos conteúdos e a integração de marcas às grades de programação. Assim, além de contar com o sólido sustento de uma programação de qualidade identificada com o público local, a empresa presta especial atenção ao mercado publicitário, e busca “disponibilizar canais que sejam uma importante alternativa de mídia para as agências e anunciantes associarem suas marcas” a um sabor genuinamente brasileiro. Mas como? “Além da variedade de canais, com seus nichos específicos, existe ainda um outro atrativo: a total flexibilidade de formatos de inserções comerciais, tendo o branded content como uma importante alternativa de divulgação e complementação dos multiformatos em programas e, em breve, em multitelas”, ele assinala. Fiel ao espírito de uma empresa jovem, ela não teme a experimentação. “Também falando de formatos, a Box Brazil está aberta a multiformatos de programação, a experimentação, a novas linguagens, sempre tendo a qualidade da programação como referência,” afirma Aragon. DESAFIOS E OPORTUNIDADES. A lei 12.485 foi um impulso necessário para transformar uma década de trabalho em assinantes. “Entendemos que a soma entre a qualidade de nossa jovem programadora e de nossos canais, com relevância para os assinantes e baseado em uma estrutura técnica capaz de dar a segurança que as operadoras necessitavam, aliados à necessidade legal do carregamento de canais brasileiros, foram definitivos para o nosso crescimento,” diz o executivo.
“Iniciamos nossas negociações propondo valores semelhantes aos pagos pelas operado-
A expectativa da empresa é, no curto prazo, poder aperfeiçoar o modelo de negócio para chegar a “valores proporcionais à qualidade” de seus canais e à sua “relevância para os assinantes”. CONTEÚDO. Considerando que o foco da Box Brazil é fomentar a produção independente brasileira, o seu objetivo é coproduzir ou licenciar conteúdos de acordo com as necessidades de cada canal e produzindo menos de 10% de sua grade in-house. “Atualmente boa parte da programação é adquirida pronta. Para o futuro próximo, a ideia é aumentar os projetos de coprodução, prin-
Especial Salvatore Ferragamo Fashion TV Brasil
cipalmente através de leis de incentivo e do Fundo Setorial do Audiovisual, possibilitando o financiamento de produções independentes de acordo com as necessidades e prioridades de nossos canais”, comenta o executivo. Atualmente, existem coproduções financiadas diretamente pela Box Brazil, mas a programadora também tira proveito dos incentivos do Fundo Setorial do Audiovisual e das leis de incentivo. “Recentemente tivemos uma série de programas coproduzidos pela Box Brazil com produtoras independentes para o canal Travel Box Brazil. Outros projetos de coprodução estão em curso”, explica Aragon. Entretanto, a empresa está focalizada em aumentar a distribuição dos seus canais HD nas capitais brasileiras, por um lado; e paralelamente, tem como objetivo distribuir seus canais no mercado internacional. “Os nomes dos canais e da própria Box Brazil, todos internacionais, foram concebidos para funcionarem nacionalmente e internacionalmente”, diz o executivo. A INDÚSTRIA. Por último, Aragon opina que a TV por assinatura brasileira vive “um momento ímpar”: “As operadoras de TV por assinatura brasileiras ainda não descobriram todo o potencial dos canais brasileiros de qualidade e o quanto os mesmos são relevantes para os assinantes. Um exemplo claro é o sucesso que os conteúdos brasileiros estão fazendo dentro dos canais internacionais e dos canais nacionais que tem parte de sua programação focada no conteúdo brasileiro.” Outro fator a ser aprimorado é uma reorganização dos line-ups das operadoras. “É preciso que os canais estejam organizados por gênero, pelos seus conteúdos, criando, assim, blocos sinérgicos, facilitando a vida dos assinantes e colocando os canais em equilíbrio de oferta junto a estes assinantes,” ele conclui. ttv
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Efetivamente, a nova lei potencializou as oportunidades para a estrutura independente montada pela Box Brazil e foi fundamental na definição do modelo de negócio atual da empresa. Porém, Aragon admite que a negociação com as operadoras foi “o grande e maior desafio”. E continua sendo.
ras a canais internacionais do mesmo gênero e formato. Devido à limitação de orçamento das operadoras, que não podiam repassar custos para os assinantes, chegar ao fechamento foi um processo que requereu um exercício de adaptação dos dois lados”, ele aponta.
Q&A ttv
Craques interativos Uma das agradáveis revelações da TV por assinatura brasileira, o Esporte Interativo atinge 33 milhões de lares, possui o terceiro maior portal do país e vai lançar seu canal HD no fim do ano. Não por acaso a Turner pagou R$ 80 milhões para fazer parte desse negócio. Por Sebastián Torterola Twitter: @storterola storterola @todotv.tv
Caderno de esportes Esporte interativo
“Nosso conteúdo é Premium. Vamos atrás sempre do que existe de melhor.”
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“A EI continuará a operar como empresa independente e a ser controlada pelo grupo de sócios executivos.”
E Recentemente, a Turner se tornou sócia minoritária do Esporte Interativo, com um aporte de capital de 80 milhões de reais.
m 1999 é criada a empresa TopSports com objetivo de fazer marketing esportivo no Brasil. Em 2004 a empresa decidiu investir em direitos esportivos e fazer parcerias com TVs já estabelecidas no país. “Em 2007, já com o nome de Esporte Interativo, surgiu a oportunidade de montar uma TV própria, com distribuição nas parabólicas e conteúdo 100% esportivo. O sinal das parabólicas logo foi distribuído também para sinais terrestres e TVs por assinatura, formando uma rede de grande alcance no Brasil”, comenta Fabio Medeiros, sócio-diretor do Esporte Interativo, que falou com a todotv sobre a veloz evolução da empresa na indústria.
Atualmente, a programação do Esporte Interativo (EI) atinge 33 milhões de telespectadores por mês. Como foi a evolução no aumento de telespectadores do lançamento até hoje? Nós começamos em uma base grande, nas parabólicas. Mas procuramos ser uma opção para todas as pessoas que gostam de esportes, por isso, ampliamos nossa base para a TV paga também. Mas não basta chegar até as pessoas, é preciso ter um conteúdo relevante para que elas escolham assistir ao nosso canal. Por isso, investimos em direitos que realmente façam a diferença para o apaixonado por esportes. Também temos uma maneira de tratar o conteúdo que cativa, envolve e contagia o telespectador. Falamos a
linguagem do torcedor e aguçamos a emoção que o esporte, normalmente, já provoca nas pessoas. Essa fórmula (“conteúdo matador + emoção”) faz com que muita gente escolha assistir ao Esporte Interativo.
Fabio Medeiros,
Como você descreveria o tipo de conteúdo com que a empresa trabalha? Nosso conteúdo é Premium. Vamos atrás sempre do que existe de melhor. Assim, adquirimos as duas maiores competições de clubes do mundo: a Champions League e a Europa League. Temos a NFL; temos o Bellator, uma competição de MMA, que é a principal concorrente do UFC no mundo; temos as principais competições de esportes olímpicos, como judô, vôlei, handebol... E temos a Copa do Nordeste, a principal competição regional do Brasil, que voltou para o calendário da CBF neste ano e que já teve a maior média de público do Brasil, em 2013. A nossa cobertura de Copa do Mundo, por exemplo, começa agora. A temporada europeia vai mostrar todos os craques do mundo, que estarão no Brasil no ano que vem. Os brasileiros verão todos os jogos do Neymar e do Messi pelo Barcelona, aqui no Esporte Interativo. Vamos começar, inclusive, com a transmissão exclusiva da Supercopa da Espanha, a primeira decisão do Neymar com a camisa do Barcelona, no final de agosto.
“O Esporte Interativo Plus é uma espécie de Netflix do esporte.”
Qual é o perfil da empresa quanto ao segmento digital? No meio digital, o EI esteve à frente das principais novidades, como delegar aos telespectadores a escolha da programação, oferecer interatividade pelo celular e transmissões de jogos na Internet e no Facebook. Atualmente, o EI tem o Facebook de esportes com o maior número de fãs do país, tem o maior canal de esportes no Youtube e tem, em parceria com o Yahoo!, o terceiro maior portal de esportes do Brasil. Recentemente, a Turner se tornou sócia minoritária do Esporte Interativo, com um aporte de capital de R$ 80 milhões.
Sócio-diretor do Esporte Interativo
ao usuário assistir a toda a programação em qualquer tela, ao vivo e sob demanda, incluindo até quatro transmissões simultâneas, caso ocorrido durante a última Copa do Nordeste no início de 2013. É uma espécie de Netflix do esporte, um serviço que as TVs pagas, por exemplo, ofereceriam aos seus assinantes. O site esporteinterativo.com.br é hoje o terceiro maior do país, com 10 milhões de usuários por mês. O serviço SMS Esporte Interativo Móvel também tem mais de 500.000 assinantes ativos. Qual é a estratégia de plataformas digitais para o negócio do Esporte Interativo? Nossa estratégia é levar nosso conteúdo para onde os torcedores estão. Somos uma empresa jovem e começaZico na área Esporte interativo
Nesse sentido, o Esporte Interativo Plus é o serviço de TV everywhere lançado em 2012, que distribui todos os conteúdos do canal pela internet. Como você avalia este serviço? O Esporte Interativo Plus permite
Quantas horas anuais de programação são produzidas pela companhia? Cerca de 10 horas por dia, o que representa um total de 4000 horas. O resto da programação vem de direitos de exibição: um total de 1800 horas, ou 45% do conteúdo. Quais são os planos da EI para o futuro próximo? Vamos começar pelo nosso canal HD, que já estava previsto e deverá estar pronto até o fim do ano. Temos um grande investimento no futebol nordestino, que começamos este ano e nos comprometemos a apostar na força da região de uma maneira que nenhum outro veículo nacional se propôs a fazer até hoje. A Copa do Mundo da FIFA 2014, é claro, vai ter impacto grande no nosso negócio e deve estar em grande parte da nossa programação, desde as transmissões de futebol internacional, até os programas específicos sobre o tema, que já estão sendo formatados agora. Na nossa programação de Copa, daremos destaque ao Zico, que fará um programa especial sobre o tema e que, entre outras coisas, vai visitar todas as cidades-sede do país. ttv
EQUIPE QUALIFICADA Segundo Medeiros, programas do Esporte Interativo conseguem “repercutir bem os temas esportivos” e o elenco do canal está “preparado para falar dos assuntos que propomos”. “A equipe do EI é formado por estrelas do mundo do futebol, como o Zico, e pessoas consagradas na televisão brasileira, como Jorge Kajuru, André Henning e Vitor Sergio Rodrigues”, ele aponta.
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Que detalhes você pode comentar sobre esta operação? Os recursos serão investidos no negócio e a EI continuará a operar como empresa independente e a ser controlada pelo grupo de sócios executivos que comanda a companhia desde a sua fundação em 1999. Como resultado do investimento, a Turner passou a ser a maior acionista individual da empresa e a ter o direito de indicar dois dos sete membros do Conselho de Administração, atuante desde 2004. A entrada da Turner vai ampliar nossa capacidade de investimento e nos dará acesso ao “estado da arte” em produção de conteúdo. Além disso, possibilitará a exploração de novos modelos de negócios nesse ambiente dinâmico de distribuição de conteúdo em múltiplas plataformas.
mos a produzir conteúdo num mundo já muito digital, então isto é extremamente natural para nós. Também sabemos que há conteúdos mais adequados para cada uma das plataformas. O SMS é o lugar do conteúdo curto e muito rápido. A web dá espaço para textos, fotos e vídeos curtos e nosso canal de TV carrega as grandes transmissões ao vivo. Assim, estamos onde o torcedor está e criamos diversos modelos de negócios em torno do nosso conteúdo.
EMNÚMEROS
57%
da renda das companhias de meios e entretenimento virão do mundo digital em 2017, diz Ernst & Young.
13,2
milhões de pessoas são assinantes de serviços de TV paga no México, segundo a Cofetel.
US$ 632
bilhões será o lucro da indústria do entretenimento nos EUA em 2017, o que representa 29,4% do mercado global, afirma PricewaterhouseCoopers.
6%
das pessoas que surfam a internet chegam a shows de TV através das redes sociais, segundo o CRE.
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milhões de lares em todo o mundo terão acesso à IPTV em 2017, diz SNL Kagan.
6%
dos estadunidenses possuem tevés 3D, assinala IHS Screen Digest.
PRODUÇÃO
HBO apresenta
nova série original
A HBO Latin America Group anunciou a produção de ‘Psi’, uma nova série original escrita por Contardo Calligaris que já começou a ser rodada em São Paulo. Tratase de uma série de 16 episódios de 60 minutos que tem como personagem principal Carlo Antonini, interpretado pelo ator Emílio Mello. Por sua vez, Marcus Baldini, que trabalhava na adaptação para cinema de um dos dramas românticos de Calligaris, uniu-se ao projeto na função de diretor. A filmagem será feita em quase 100 locações de São Paulo. A ficção retratará alguns assuntos existenciais do mundo moderno da perspectiva de um psicanalista. A história narrará as aventuras dentro e fora do consultório de Carlo, um psicanalista interessado em casos pouco comuns que vão desafiá-lo e, em certas ocasiões, expô-lo ao perigo. Ao longo da primeira temporada, ele irá envolver-se em diversos casos que vão ter impacto na sua vida, não somente de maneira profissional, mas também como pai, amigo e Luis F. Peraza, VP executivo de marido. Aquisições e Produção Original da HBO Latin America Group
TECH
A FIFA estuda abandonar o 3D Assinalada em determinado momento como o futuro da mídia, a TV em 3D recebeu um novo golpe que acentua sua queda e acelera seu fracasso, aproximando-a cada vez mais de seu próprio ocaso. Desta vez, o revés chegou por parte da FIFA, que reconheceu no Brasil que se encontra avaliando a possibilidade de abandonar definitivamente o 3D para a Copa do Mundo de 2014, após o anúncio da ESPN sobre o fechamento do seu sinal em três dimensões. O anúncio da FIFA chegou apenas uma semana depois do da ESPN, que anunciou que cancelará seu canal em 3D nos EUA no final deste ano, alegando baixas audiências. As transmissões 4K parecem ser agora a prioridade não somente da FIFA, mas também dos broadcasters de todo o mundo. O organismo se pronunciará sobre o assunto novamente em dezembro deste ano.
EUA
ESPN cancela seu canal em 3D Más noticias para o 3D: a ESPN anunciou que fechará seu canal 3D nos EUA no final do ano. Executivos da ESPN afirmaram que o cancelamento do canal se deve a que não haveria audiência suficiente para que a emissão fosse rentável; e que, somado a isso, não houve sinais de crescimento na audiências do formato. Além disso, a Associação de Cinematografia afirma que as receitas de bilheteria dos filmes em 3D não cresceram em 2012, enquanto o número de filmes em 3D lançados no ano passado caiu 20%. Por sua vez, os porta-vozes da ESPN comentaram que a companhia continua focalizada na experimentação do formato ultra HD com o objetivo de migrar todos os canais da ESPN para esta tecnologia. Nos EUA, o ESPN 3D emite jogos de futebol americano, golfe, e transmitiu a Copa da África do Sul. Estima-se que 6% das tevês nos EUA emitem conteúdos em três dimensões, segundo dados da IHS Screen Digest. Os analistas da consultora opinam que as casas que contam com esta tecnologia não a utilizam muito, provavelmente por causa da falta de programação e da incomodidade dos óculos especiais.