Grão da Vida - O Brincar e a Ética como Experiência Educativa

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TÉCNICA - CAPÍTULO


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EXPERIÊNCIA - CAPÍTULO


Exemplo de Ficha Catalográfica apenas para marcação XXXXX Sobrenome, Nome, 2020 Grão da Vida – O Brincar e a Ética Como Experiência Educativa / Nome Sobrenome - Local: Editora, 2020. 200 p. ISBN 12-34567-89-0 1. Assunto geral 2. Assunto Específico. 1. Título CDD: 1234.56 CDU: 123.456.7(89)-0


GrãO da Vida O Brincar e a Ética como Experiência Educativa

A renda deste livro será revertida integralmente para o trabalho social do Grão da Vida. A criação deste livro foi possível com o apoio do Guilherme Figueiredo e do Instituto Fefig.



APRESENTAÇÃO

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INTRODUÇÃO

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QUEM SOMOS

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Era uma vez até Hoje: da Semente ao Grão

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Brincar

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Ética

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Valor da Experiência

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AS QUATRO ESTAÇÕES: ROTINAS ANUAIS

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Planejamento

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Acolhimento

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Envolvimento da Comunidade Escolar

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DIA A DIA NO GRÃO DA VIDA

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Rotinas

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Núcleos Coletivos para o Parque

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Rodas de Núcleo

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Natureza, Materiais e Intervenções

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FORMAÇÃO CONTINUADA

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Estudos, Reflexões e Vivências

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Educador Formador

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Especialista Convidado

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GESTÃO

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Rotinas Pedagógicas, Administrativas e Financeiras

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Comunicação Institucional e Captação de Recursos

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O RESULTADO É AGORA: NOSSAS AVALIAÇÕES

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SEMEAR

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ApresentaçãO O ’Grão da Vida” chega nesse momento para mim como um convite para compartilhar de uma experiência em educação “abensonhada” por educadores que integraram suas práticas a uma narrativa de vida e, reunindo a linguagem do coração e da cabeça, construíram uma história de verdades expressas nesse livro. Nunca foi tão necessário assistirmos a evolução de um trabalho com a Infância que, compreendendo as crianças como nossos pequenos mestres, tenha apostado na pessoa do professor como um Ser Aprendiz capaz de reinventar e reencantar o seu Lugar no processo de educação.

TÉCNICA - APRESENTAÇÃO

Creio que no desdobramento da leitura dessa experiência vamos encontrar a nós próprios educadores, entremeando sentimentos e reflexões que parecem tecer uma história una, nascida do contato com a fonte onde sonho e realidade se confundem numa tessitura onde a dimensão do sensível passa a inspirar ações de cunho profundamente transformador.

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“Deixem as crianças brincarem”, este foi o mote que inaugurou a presença de uma força motriz que ao longo desses anos vem criando, passo a passo, uma abertura para o reconhecimento do Brincar como a linguagem de conhecimento espontânea e universal da criança através da qual ela se apropria do mundo que está a sua volta.

A presença da Natureza tem nesse projeto sua marca compreendida como o verdadeiro território do Brincar onde a liberdade de movimentação exploratória e imaginativa das crianças amplia o repertorio de suas brincadeiras, propiciando formas mais harmoniosas de vínculos e parcerias entre idades.

“Creio que no desdobramento da leitura dessa experiência vamos encontrar a nós próprios educadores”

Entretanto, o significado mais profundo dessa experiência se encontra na coragem de que foi tomada a equipe do Grão da Vida, quando assumiu de forma criativa e coletiva, enfrentar o exercício da observação e da reflexão, debruçando-se sobre a sua prática diária, construindo a Escuta Sensível de seus fazeres e saberes como móvel de sua pesquisa em ação. A proposta do Brincar e a ética como experiência educativa do Grão da Vida foi conduzida sob a for-


Muitas vezes, a equipe do Grão da Vida me aponta como a pessoa responsável pelo projeto pedagógico da instituição. Então, escrevi-lhes esta carta: Não posso acreditar que alguém, somente uma pessoa, construa sozinha algo que chamamos de Grão da Vida. No começo, eu estava sozinha e logo algumas pessoas se juntaram e outras e mais outras, formando nosso bem-comum. Por que se juntaram? A meu ver, porque tudo isso, de alguma forma, já lhes pertencia. Já era meu, seu, era nosso. Isso tudo que se construiu, nós descobrimos nos anos. E eu gostaria de agradecer escrevendo sobre nossa aventura neste livro, deixando inscritas aqui nossas vidas. Nesta carta, havia um desenho da Aracy Nuah, minha filha que, ao ouvir o que eu havia escrito, afirmou em forma de pergunta: É uma carta de amor, né, mãe? Quando li a carta ao grupo de educadoras, li também uma poesia que escrevi para todas as pessoas do Grão da Vida há muitos anos. Ela revela um sentimento meu, sempre presente:

As flores do Grajaú são as mais fortes, nascem de um lodo profícuo, resplandecem e iluminam o mundo, As flores do Grajaú são as mais belas, me deitam e me põe para dormir, E o meu desejo mais íntimo, Eu também quero ser uma flor do Grajaú!

Vera Christina Figueiredo – Teca GESTÃO PEDAGÓGICA E INSTITUCIONAL

EXPERIÊNCIA - APRESENTAÇÃO

As flores do Grajaú

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ma de um sábio convite, um verdadeiro chamado à Vida, que foi revelada pelo surgimento de um novo Olhar nascido do contato com a alegria irradiada do corpo Brincante das crianças no Parque. Essa metodologia foi a pedra de toque que deflagrou na pessoa do educador o contato com a sua Infância, ativando recordações constituídas de um vasto imaginário de sensações e repertórios de brincadeiras atuando como o fio condutor da reconexão do adulto com sua alma de criança, degrau fundamental para que seja gerada a verdadeira formação do educador da Infância. É justamente nesse princípio que sintoniza a alma da criança com a alma do adulto que esta experiência encontrou e assumiu o caminho luminoso de sua ação educativa, apostando na presença de dois sujeitos aprendizes, a criança e o educador, ambos, entregues e integrados ao compromisso de fazer germinar o Grão da Vida presente em cada ser Humano. Esta narrativa tem subjacente ao seu conteúdo reflexivo a importância do papel da Teca, educadora que ousou acreditar amorosamente nas crianças e, estendeu este mesmo gesto a sua equipe, fazendo desabrochar no ser de cada uma das educadoras um universo até então desconhecido ou melhor encoberto dentro delas, aguardando apenas o impulso para se manifestar de forma criativa e consciente.

TÉCNICA - APRESENTAÇÃO

Esperançar um novo patamar da educação Infantil em nosso país tem como premissa o reconhecimento e conhecimento dos educadores identificados com a Cultura da infância interligada à Cultura

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brasileira enquanto territórios fundantes de uma ação educacional que venha qualificar projetos como este onde encontramos presente um real compromisso com a formação do Educador e da Criança, garantindo a ambos a Alegria de SER. Que essa leitura inspire outros educadores a mergulharem no reconhecimento da cultura da Infância, descobrindo sua sintonia com o Sim à Vida que cada criança irradia quando Brinca. A criança não Brinca para Viver, Viver é Brincar!

Maria Amélia Pinho Pereira – Peo EDUCADORA REFERÊNCIA EM EDUCAÇÃO INTEGRAL E BRINCAR FUNDADORA DA ESCOLA VERA CRUZ, CASA REDONDA E OCA


O engraçado de trabalhar no Grão é que ao mesmo tempo que você se sente perdida, você se acha e se encaixa, se contagia com as crianças e brincadeiras. Emoções que vem de um simples sorriso, um delicioso abraço.

Ivanete Perrafarte - Nete EDUCADORA

Um lugar especial que escolhi para minha vida foi a sala de aula, junto com as crianças. Mesmo sendo um caminho cansativo, de muitas responsabilidades e muitas vezes desvalorizado. Eu me sinto fazendo parte da transformação, ensinando e aprendendo todos os dias com as crianças. Percorrendo este caminho em busca de um mundo melhor. Creio que a mudança começa a partir da educação.

Gilvanilda EDUCADORA

Minha surpresa com o Grão da Vida já começou na entrevista, quanto a Teca serviu um suco pra gente. Aquele calor infernal, e ela: “Vou lá dentro pegar um suco pra vocês” e trouxe um suco de maracujá. “Nossa”, eu falei, “Gente, onde já se viu? Vim fazer entrevista e ainda recebo um suco desse e ainda ficam incentivando a gente”. A partir dali fui tomada por um sentimento, uma emoção, eu senti uma valorização que eu nunca havia sentido antes, foi a partir dali que nasceu meu amor pelo Grão, eu acho, foi a partir da entrevista. Eu acho não, eu tenho certeza!

Jacira Rocha

EXPERIÊNCIA - APRESENTAÇÃO

EX-COLABORADORA

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IntroduçãO Era uma vez, numa terra encantada, dois reinos que guardavam um tesouro: o grão da vida. Esses reinos foram erguidos há muito tempo, tijolinho por tijolinho, unidos com argamassa especial – uma receita ancestral de afeto, ternura e conhecimento... Lá, crianças e adultos viviam felizes, brincando com a terra e com as histórias germinadas na natureza. Mas, para nós – os estrangeiros – tudo começou num povoado distante: Numa reunião com a Teca e o Toni, eles diziam que queriam fazer um livro: um livro sobre o Grão da Vida. Mas era diferente, porque não queriam escrever esse livro sozinhos, ou encomendá-lo a dois escritores: queriam fazer um livro com todas as mãos que trabalham neste projeto.

TÉCNICA - INTRODUÇÃO

(Nossa!)

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Primeiro, esquecidos das histórias mágicas, não entendemos; depois, achamos incrível, pois seria uma oportunidade única nas nossas vidas. Apesar da nossa experiência com oficinas de escrita criativa, nunca tínhamos trabalhado com tanta gente e num propósito coletivo. Nos cursos de formação em escrita, os interesses são muito diversos: uns querem publicar seu livro individual; outros, aperfeiçoar a linguagem; outros, escrever de forma segura... Então a proposta de orquestrar uma autoria coletiva era um desafio ao qual se somava o fato de que a maioria daquelas pessoas nunca havia sonhado, se-

quer imaginado, escrever um livro, ou ser escritor... Saímos da reunião radiantes. Não parávamos de pensar no projeto. Estávamos encantados! Aí outra reunião, agora com o Sr. Eduardo, que foi muito assertivo: queria uma coisa séria; queria ver o livro pronto. Ficamos com medo. E se isso? E se aquilo? No primeiro dia da oficina, pensamos: meu Deus, quantas pessoas! Será que vão se envolver? E se estiverem muito ocupadas para pensar em escrever um livro? Mas era uma proposta diferente: ser escritoras de suas próprias vidas... E que pessoa – criança ou adulta – não sonha em ser autora e protagonista de sua própria história? Aí a gente começou: levamos uma caixinha e cada participante tirou tanta coisa lá de dentro: filhos, amores, pessoas queridas, pedras, sentimentos, sonhos, conhecimentos, grãos... Era tanta vida e amor naquele espaço que, no final do primeiro dia, já não tínhamos dúvida alguma: seria uma honra acompanhar o processo de assunção da voz e da escrita na vida daquelas pessoas. A Teca e o Toni nunca duvidaram. Como aprendemos com eles! Com o desejo, a entrega, o acolhimento e a fé. Uma fé tão bonita porque nas pessoas. Uma fé que torna sagrada cada mão que prepara o fruto do seu trabalho: o cuidado e o amor.


Josefa, espero que essa carta encontre você bem e feliz. Eu estou me sentindo privilegiada. Comecei a trabalhar numa creche que está fazendo um livro e eu, mesmo estando a tão pouco tempo nessa equipe, vou fazer parte dessa escrita. Os autores do livro somos nós, os funcionários. Um livro de histórias reais, vividas por nós, que só nós mesmos saberíamos contar, descrever. Mesmo que nem uma frase minha vá para o livro, essas escritas me fazem expressar o que estou sentindo e que as vezes não consigo falar ou até demonstrar para alguém. Venha me visitar. Estou ansiosa para nos vermos e poder te contar todas as novidades do meu novo emprego pessoalmente. Beijos e abraços da sua amiga.

Flávia S. dos Santos

Ana, foi para você que desabafei a minha angústia do primeiro momento sobre a formação de escrita? Foi uma situação muito complicada. Uma mistura de ansiedade e medo de não saber como seria essa formação. Um desafio de como colocar os pensamentos, as vivências, as experiências no papel. Aquele medo de escrever certo ou errado. Mas, aos poucos, fui me transformando e consegui transformar as palavras em canto e poesia. Meus sentimentos foram transformados de medo e angústia para orgulho de estar vivenciando essa trajetória do livro Grão da Vida.

Michelle Gonçalves de Moraes EDUCADORA

EXPERIÊNCIA - INTRODUÇÃO

EDUCADORA E AUXILIAR DE COZINHA

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“E que pessoa – criança ou adulta – não sonha em ser autora e protagonista de sua própria história?”

TÉCNICA - INTRODUÇÃO

Com o passar do tempo, o trabalho foi virando tão pessoal que nos entregamos completamente. Nunca tínhamos encontrado pessoas tão apaixonadas pelo que fazem. Às vezes, a gente se perguntava se elas não estavam dizendo o que diziam – e escreviam! – só para ficarmos contentes. Mas não. Trabalhamos no projeto por 6 meses! E foram 6 meses de convivência semanal: toda semana estávamos 2 dias nas escolas. Passamos a conhecer as pessoas de perto, saber de suas vidas, das suas histórias, criamos laços afetivos muito fortes com o Grão da Vida.

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Chegamos lá para sermos os professores, mas tornamo-nos os aprendentes! Aprendemos com a alegria de estar juntos: brincando na natureza; comendo as delícias da cozinha; sentando no chão com as crianças, pegando-as no colo; abraçando nossas parceiras e parceiros quando riam das atividades de escrita e, também, quando choravam... Aos poucos, essa atmosfera foi nos contaminando e, muito logo, a gente se sentiu pertencente ao Grão da Vida. Então a magia aconteceu. Percebemos que toda aquela história que íamos ouvindo sobre o livre brincar, a preparação dos espaços para a expressão das crianças, a necessidade de cooperação, cumplicidade, confiança, entrosamento, alegria, amor, tudo começou a se manifestar na própria feitura do livro. Nós vivíamos o que falávamos. E a produção dos textos e rodas de conversa cada vez mais se assemelhavam ao que aquelas pessoas maravilhosas já faziam em seu dia a dia: era a orquestração do espaço para que ele fosse vivo, criativo e brincante. Com o passar do tempo, as pessoas foram se interessando cada vez mais pela escrita e pela leitura. Preocupavam-se de fato com os textos que traziam, ficavam ansiosas pela partilha dentro e fora da esco-

la, pois liam para os familiares para se certificarem se estavam comunicando suas ideias. Depois, liam ainda para seus pares poéticos, formados entre os grupos, para trocas de ideias e correções textuais. Não precisamos de aulas de gramática: as pessoas colaboravam com o que sabiam e assim se manifestava uma nova forma de construção do conhecimento. E, desde o início, privilegiamos a voz, a manifestação do corpo e do movimento na escrita. Queríamos trazer a escola para o papel: a multiplicidade de vozes, sotaques, afetos, contaminações... A polifonia da vida. Talvez por isso, acreditamos tanto no valor deste livro. Pela junção dos textos teórico-processuais com aqueles calcados na experiência, isso é, do conceito com a prática. Por pensar o brincar, brincando. E o acolhimento, acolhendo. E saímos desses dois reinos, as escolas CEI Manoel e CEI Marina, felizes e orgulhosos desse trabalho educacional, social, político e poético, que todas as nossas mãos, agora, oferecem à comunidade. Admiramos muito vocês, pessoas Grão da Vida. Mas, espere... Viemos de um povoado distante, mas fizemos morada nesse reino encantado. Construímos aqui – tijolinho por tijolinho, com argamassa especial – um pedaço das nossas vidas... Também somos Grão da Vida! Então, puxe devagar o ferrolho do portão e atravesse o muro que protege essas pessoas vestidas de palavras. Avance! Ao final da leitura, certamente você também terá plantado esse grão no peito...

Geruza Zelnys & Eduardo Guimarães FORMADORES E EDITORES DO LIVRO


Minha querida mãe, como vai? Eu estou bem. As crianças estão bem. Com saudades. Eu cheguei aqui em São Paulo cheia de sonhos, com a promessa de que iria estudar, fazer curso; ser alguém na vida e ajudá-los. Mas foi tudo muito diferente das promessas que te fizeram. Fui limpar e passar. Como foi humilhada. Comecei a achar que eu era tudo aquilo que falavam pra mim. Cresci achando isso. Arrumei um trabalho, casei, fiquei viúva e tive um filho, que mudou a minha vida. Ele me fez voltar acreditar que era possível. Por ele - por ele! - procurei melhorias, mudei para um trabalho onde tinha contato com crianças e foi onde me encontrei. Estudei, me formei e, antes de terminar, consegui um emprego num CEI. Passei por outras duas unidades até chegar aqui onde estou: no CEI Marina, um lugar onde as crianças podem ser crianças, brincar e ter suas escolhas respeitadas. Sentada no parque, até parece nosso quintal, aquele com os pés de manga... E a senhora não vai acreditar: estão escrevendo um livro e nós, funcionários, estamos ajudando a escrevê-lo. Tem tantas histórias lindas. Quando lançar, vou comprar um e ler para a senhora. Você vai adorar ouvir. Beijo da sua filha, Ariane.

Ariane Ribeiro A. de Araújo EDUCADORA

A paz do senhor...Elizângela, como andas? Vou contar-lhe da escola em que estou trabalhando e que gostaria que você trabalhasse também. Aqui somos ouvidas, temos abraços apertados e muito aprendizado nas formações continuadas. Vamos ao parque todos os dias. A escola fica no centro do terreno e os parques são distribuídos nas laterais formando um “O”. Eu trouxe minha sobrinha Nathassya. Ela gostou tanto do projeto que foi voluntária por mais de um ano. No parque e em sala, as crianças têm autonomia para brincar onde desejarem. Há contação de histórias e tem massagem embaixo das árvores.

Fica com Deus. Com carinho, Paloma.

Paloma Souto EDUCADORA

EXPERIÊNCIA - INTRODUÇÃO

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TÉCNICA - CAPÍTULO

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EXPERIÊNCIA - CAPÍTULO

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